Revista MPAC - Abril 2014

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Editorial

Desafios

Compromisso com o diálogo e a gestão compartilhada

C

Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto Procurador-geral de Justiça

omeçamos a nossa gestão com uma agenda de visitas ao centro de ação dos serviços do Ministério Público, as promotorias de Justiça, no dia 16 de janeiro deste ano, na Promotoria de Acrelândia. Com olhar de gestor, que antes de tudo tem como princípio zelar pela correta e eficiente aplicação dos recursos públicos, me vi diante do principal desafio: gerir com criatividade. Com recursos escassos, demandas reprimidas e expectativas de resultados no futuro, há que se buscar alternativas de soluções de baixo custo e alto impacto social. Ao analisar os problemas a serem solucionados na edificação da Promotoria de Acrelândia, por exemplo, o exercício da engenharia nos ensinou que, quando não há precisão dos parâmetros que estruturam os cálculos, por mais exata que seja a aritmética, porções de erros e desvios geram sucessivos erros, prejuízos e desgastes. Pensei em quanta verdade há no que diz Carlos Matus, economista chileno: “O planejamento é um cálculo que precede e preside a ação”. Para planejar, temos de conhecer a realidade. Daí, segui adiante com as visitas, com a certeza que a primeira iniciativa do gestor é conhecer a realidade in loco. Ao final das visitas, alinhamos as demandas dos promotores e promotoras de Justiça às estratégias contidas no nosso plano de gestão, em três grandes eixos estruturantes: tecnologia da informação, infraestrutura física e qualidade de vida no trabalho. Quanto à tecnologia da informação, temos o grande desafio de garantir a funcionalidade plena e integrada do SAJ; quanto à infraestrutura física, temos o desafio de garantir condições de acessibilidade em 100% das unidades do MPAC; e, na qualidade de vida no trabalho, temos o desafio de garantir as condições operacionais/funcionais e de qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Destaco aqui, mais do que um desafio, um desejo de que os profissionais do Ministério Público do Estado do Acre desempenhem as suas funções com o sentimento de felicidade, que exercitem a cordialidade, a compaixão e a solidariedade com o seu colega de trabalho e com o cidadão que nos procura. Pela missão que nos honra, assegurada na Constituição Federal, somos guardiões da dignidade humana dos acreanos. Portanto, cada hora despendida no trabalho equivale a assegurar uma ou várias vidas. Nesse ponto em particular, a nossa gestão recebeu da gestão anterior o projeto ‘MP na Comunidade’, que institucionalizamos como um projeto que permite ao MPAC ter um maior alcance e firmar laços de proximidade com o cidadão do nosso estado. Esse projeto permite levar a justiça, o direito e a cidadania às comunidades carentes e distantes, pois são elas o alicerce que garante a dignidade e o respeito do Ministério Público. Os desafios estão postos, mas temos a certeza que só os ultrapassaremos se tivermos a colaboração dos membros, servidores e dos nossos parceiros e colaboradores. Diante dos desafios, me sinto cada vez mais motivado a pensar e agir com criatividade. Essa será uma gestão pautada em amplos diálogos institucionais. Trata-se de construir uma lógica de crescimento para a instituição, com a participação de todos os seus membros e servidores. Pensar e melhorar constantemente o MPAC é, assim, a grande missão da atual gestão. Criando vários canais abertos de participação aos que fazem o Ministério Público (todos os seus membros e servidores), pretendemos fazer uma verdadeira mobilização coletiva, um genuíno esforço concentrado, para que o MPAC continue cumprindo - sempre melhor - com seu compromisso amplo de defender a sociedade.


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