Jornal UEL EM CAMPO

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EM CAMPO EDIÇÃO Nº 1

O esporte na UEL

Basquete para cadeirantes

NOVEMBRO 2011

Rugby luta por maior espaço na UEL

Praticantes da modalidade reclamam da Projeto dos cursos de Educação Física falta de apoio ao esporte dentro do e Fiosioterapia ajuda na recuperação de campus universitário P. 6 e 7 portadores de necessidades especiais Getty Images

Yuri Bobeck

P. 4 e 5

Atletismo da UEL se destaca na Copa Unisinos P. 3


2 OPINIÃO

UEL EM CAMPO, novembro de 2011

Editorial >>O esporte sempre teve um papel de formação no ser humano. Valores como espírito de equipe, superação, companheirismo, são facilmente assimilados por praticantes de qualquer modalidade esportiva. No seio da comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Londrina, verificam-se inúmeros praticantes entre os estudantes, mas que não tinham um veículo de co-

municação em que podiam divulgar seus projetos, participações em campeonatos regionais ou até de nível nacional. Pois bem, com esse espírito de inovação e desafio, surge o UEL EM CAMPO, um jornal mensal conduzido por estudantes do curso de Jornalismo e voltado para todos da comunidade acadêmica que, de alguma forma, se interessam por esportes e que

desenvolvem projetos dentro da universidade. Do rugby ao xadrez, esta nova publicação quer dar mais espaço para os que sentiam certa falta de apoio, divulgação de suas atividades. Porém, a direção do jornal não ficará apenas a cargo de estudantes de Jornalismo, mas será aberto a todos que quiserem participar deste novo projeto. Pluralidade, isenção, e

acima de tudo ética, são os princípios editoriais que norteiam o UEL EM CAMPO, um jornal feito por estudantes e dirigido para os estudantes que entendem e enxergam o esporte não como uma simples atividade de lazer, mas como um modo de vida, que preza pelo respeito à natureza e também ao próximo, valores que fazem com que uma sociedade se desenvolva em paz e harmonia.

EXPEDIENTE Jornal UEL EM CAMPO Diretores de Jornalismo

Reportagem

Diagramação

Fagner Bruno de Souza Marcos Roberto Carvalho Marcos Vinícius Gica Yuri Bobeck

Fagner Bruno de Souza Marcos Vinícius Gica Yuri Bobeck

Marcos Roberto Carvalho


ATLETISMO 3

UEL EM CAMPO, novembro de 2011

Equipe de atletismo da UEL surpreende na Copa Unisinos Com 3 medalhas de ouro e 2 de prata atletismo da UEL se destaca em solo gaúcho Associação Atlética da UEL (AAUEL) participou da 24ª edição da Copa Unisinos realizada na cidade gaúcha de São Leopoldo. Organizada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, a competição foi disputada do dia 20 ao dia 23/10. A tradicional Copa Unisinos recebeu varias instituições de ensino superior do Mercosul. Participaram da competição faculdades dos estados de: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e três Universidades do Uruguai. O grande destaque da UEL foi o atletismo masculino. Com três medalhas de ouro (salto em altura, salto triplo e 200m rasos) e duas medalhas de prata (100m rasos e salto em distância), os atletas Túlio Bernarde Macedo Alfano e Diogo da Silva conseguiram a terceira colocação na classificação geral do atletismo masculino. A UEL foi representada por 97 pessoas (diretoria

e atletas de diferentes modalidades) que participaram da copa nas seguintes modalidades: Futebol de campo masculino; Atletismo, Handebol, Vôlei e Futsal nas modalidades masculino e feminino. Além do ótimo desempenho no atletismo a AAUEL conquistou o segundo lugar no futebol de campo e o terceiro lugar na classificação geral. Os técnicos e diretores da AAUEL estão otimistas e prometem uma delegação maior e

muito competitiva na Copa Unisinos de 2012. A Copa Unisinos tem o reconhecimento das entidades de administração esportiva, como a Federação Universitária Gaúcha (Fuge), Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e o Ministério do Esporte, além de ser uma competição de alto nível é uma ponte para os atletas da UEL mostrarem o seu potencial, afirma o professor Ariobaldo Frisseli chefe da delegação.

Agência UEL

Atleta da UEL em prova de salto em distância

Adam Sobral

MARCOS GICA

Delegação da UEL; 97 atletas representaram a UEL em diversas modalidades


4 BASQUETE

UEL EM CAMPO, novembro de 2011

Esporte como resgate da autoestima Equipe de basquete para cadeirantes conta com apoio da UEL, que mantém um projeto com os cursos de Educação Física e Fisioterapia, além de ceder o ginásio do Cefe para os treinos YURI BOBECK

O esporte para portadores de necessidades especiais ainda encontra muitos entraves em nosso país. Por mais que bons resultados sejam atingidos em competições internacionais, como foi nos últimos Jogos Parapan-Ame-ricanos, a realidade ainda não é tão boa como foi o quadro de medalhas da delegação brasileira em Guadalajara. Porém, dentro do campus da Universidade Estadual de Londrina, um projeto há cinco anos ajuda na recuperação e ressocialização de portadores de necessidades especiais, tendo o basquete como forma de integração. Emanuel Carvalho, técnico da equipe de basquete para cadeirantes, explica sobre o projeto e destaca os benefícios da prática esportiva para os deficientes físicos, tanto a nível de condicionamento como a questão social. “O pessoal que busca o projeto já está totalmente reabillitado. Este projeto foi criado para dar algo a mais para o portador de necessidade especial, já que a fisioterapia não pode ir além da sua reabilitação. Então, eles buscam através do esporte um

melhor condicionamento físico e também uma recuperação social, um dos principais pontos desse projeto.” Atualmente a equipe conta com sete integrantes, já que de acordo com o técnico, muitos não conseguem transporte para se deslocar até o campus universitário. Os treinos ocorrem

duas vezes por semana, com duas horas diárias. O projeto foi desenvolvido pelo curso de Educação Física, e atualmente conta com a participação também de alunos de Fisioterapia, que realizam testes de aptidão físca periódicos com os atletas. Criada há cinco anos, a

equipe de basquete para cadeirantes já contou com mais participantes, e muitos que começaram no basquete vieram depois a mudar de modalidade, com explica Carvalho. “O projeto tem cinco anos de existência, e muitas pessoas já passaram por aqui. Alguns até começaram co-nosco no

Emanuel Carvalho (ao centro) é o técnico e um dos responsáveis pelo projeto, que há cinco p


BASQUETE 5

UEL EM CAMPO, novembro de 2011 Créditos: Agência UEL

basquete e depois mudaram de esporte, para o halterofilismo. Mas também outras pessoas não conse-guem vir aqui todos os treinos, por falta de transporte ou ou-tros problemas. São barreias que enfrentamos para manter o projeto.” O técnico da equipe de basquete para cadeirantes também comenta sobre a importância do projeto para os atletas, listando vários benefícios. “É importante primeiro o portador de necessidades especiais recuperar uma condição física, evitando vá-rios problemas, como a obesidade, um trabalho de prevenção. E também tem o lado social, de vir aqui, interagir com outras pessoas, descobrir que existem outras possibilidades, acho que isso é o que mais conta.”

Júlio César da Silva é um dos que participa do projeto desde o início. Ele sofreu um acidente de moto há quase seis anos, que o deixou paraplégico, e contou que logo nos primeiros meses de fisioterapia descobriu a equipe, que para ele é especial. “Para mim esse projeto é excelente. Participo desde o início, só no ano passado que não pude frequentar os treinos devido a falta de transporte, e isso fez muita falta. Quando retomei os treinos no início desse ano senti enormes dificuldades físicas, mas rapidamente me readaptei.” Silva também reclama da falta de apoio financeiro ao projeto, principalmente devido ao transporte, tendo explicado que a equipe que treina na UEL já

Alunas do curso de Fisioterapia realizam testes de aptidão física com integrantes da equipe

deixou de participar de campeonatos por não ter como se deslocar para outras cidades. “Acho que falta um apoio da Prefeitura, da Fundação de

promove a integração entre portadores de necessidades especiais com a equipe de basquete

Esportes. Já perdemos competições em Maringá e outras cidades da região por falta de transporte. Isso é algo que precisa ser investido.” Rogério Garcia, que também ficou paraplégico após um acidente, só que de carro, é outro que participa do projeto desde sua fundação, e comentou sobre as dificuldades de se iniciar no esporte. “O começo é complicado, ainda mais eu que não gostava de basquete, nunca havia praticado. Mas depois vi que se tratava de um jogo que depende muito do coletivo, aí passei a gostar”. Garcia também critica a falta de apoio por parte do poder público, e revela as mesmas dificuldades com o trasnporte, um dos maiores percalços para um portador de necessidades especiais. “Moro em Cambé, e o transporte nem sempre é fácil. Acredito que se houvesse um maior apoio, mais pessoas poderiam participar desse projeto, que nos ajuda muito e é, de uma certa forma, fundamental para nossas vidas”.


6 RUGBY

UEL EM CAMPO, novembro de 2011

Rugby na UEL tenta superar dificuldades O time de rugby da UEL, criado no ano de 2011 por estudantes, encontra dificuldades para se manter e se prepara para voltar às atividades no ano de 2012 FAGNER BRUNO

Dentro da Universidade Estadual de Londrina (UEL), mais especificamente no CEFE (Centro de Educação Física e Esporte), foi criado o time de rugby da UEL. A cidade de Londrina já possuía um time de rugby, com isso, alguns estudantes da UEL que já praticavam o esporte se uniram ao novo time. Mas por falta de apoio e estrutura o projeto do time universitário foi paralisado. As dificuldades do rugby em Londrina, sobretudo na UEL, são enormes. “Como já temos atletas de rugby dentro da UEL, a atlética se interessou em participar da Copa Unisinos – evento esportivo que recebe times de instituições de ensino superior da Mercosul – em outubro, mas a ideia

Daniel Gerônimo

Time de rugby de Londrina; o time compartilha jogadores com o rugby da UEL

acabou por conta de um campeonato que o time de Londrina iria participar uma semana depois. Então não poderíamos jogar na Unisinos e correr o risco de ficar de fora desse outro campe-

onato”, revela Daniel Luiz Gerônimo, estudante de Esporte e um dos fundadores do time de rugby da UEL. O fato do time da UEL compartilhar os mesmos jogadores com o time de

Londrina fez com que parasse o projeto deste ano. Gerônimo está voltado, por enquanto, para o time da cidade. “O time de Londrina já existe há quase 10 anos, está bem estruturado, o


RUGBY 7

Daniel Gerônimo

UEL EM CAMPO, novembro de 2011

treinador é formado em esporte e tem muita experiência”, confirma. Para o ano de 2012, Gerônimo quer preparar o time da Universidade com mais consistência. Projeta montar um time bem melhor estruturado e aplicar sua experiência com o time de Londrina. Rugby no Brasil Embora o rugby tenha chegado ao país no final do século dezenove, é ainda um esporte pouco praticado e pouco incentivado. No entanto, este cenário está mudando: A Seleção Brasileira de Rugby na categoria adulta masculina, nos três

últimos anos, subiu da 45ª para a 27ª posição no ranking mundial e na categoria adulta feminina conquistou a 10ª posição no campeonato mundial. A Copa do Mundo de Rugby é o terceiro maior evento esportivo do planeta alcançando a audiência de mais de 4 bilhões de pessoas. O canal esportivo de TV paga ESPN transmite jogos deste esporte em ascensão. A Copa Heineken de rugby, uma espécie de Liga dos Campeões da UEFA no futebol, é transmitida pelo canal.

Daniel Gerônimo

A partida de rugby sempre apresenta espírito de equipe e respeito entre os adversários

Em Londrina o time de rugby existe há 10 anos


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UEL EM CAMPO, novembro de 2011


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