Egitania sciencia - Número 6

Page 1

EQ itania b sciencia

i

nĂşmero 6

2

O

1

O


¼

4$-

-

ç%•.

3

-

-

1..

1

4

3

-

II

-‘

:‘

-

-:

4 -

4’.,

.*_,.

r’%*. _v’

%-.

-

-‘

tL

•‘

*

3’-

r»t

-—

—t*..i

£t

-.3. •

1•

1

-

:

7

3’

:1

Tine aoarJím:o ou-nal Fgrar 5czjoçja, pooe1y o’ tne instituto Pohtécn-co da Gua-da (lPG), is a petdc publica:io.n iha: epresen:s a cons:ant commirment to suppon -essa-co activity caheo oul a: the P0 ano the in!and -egbns of Polurul. lts fc’emos: object-ve is to give incentive to research in the a-eas O.’ oidaçt:os & peoaoooy. cukue and :ecnnciogy.

La Revista EG/TAN/A SOlFA/O/A, es propiedad do Instituto Politécnico da Guarda, es una publicacián periódioa que materializa la permanente preocupación de apoyar, primordialmente, la actividad de investigación deserivultu en ei IPG e en lo intehor dei País. Fomentar a investigacián nos dominios da didáctica, pedagogía, cultura e técnica é o principal objetivo de la revista de divulgaoión científica.

A Revista EG/TAN/A SOlFA/O/A, propriedade do Instituto Politécnico da Guarda, é uma publicação periõdic;a que materializa a permanente preocupação de apoiar1 priniordialmente, a actividade de investigação desenvolvida no PG e nu interior do País, Fomentar a investigação nos domínios da didáctica, pedagogia, cultura e técnica é o principal objectivo desta revista de divulgação cientiicu.

sciencia

Eq itania b

-

-

5,-.


Titulo

Eç’irania Sckrn ia Director: Fernando A.5. Neves dos Santos. CtinsLIlIo Editorial: Jorge M. Monteiro Metades, Fernando S \evcs Santos. Helder L. Rebelo Seqiieir.a. Nlimiiel A. Canailto Praia. Constantino Mendes Rei 1 lnslitolo Poliléenico da Guarda—l FOi. Comissão Cientiflen: Adento Neto Alcasa. Albeno Trindade Maninho, Amándio Pereira haia. Ana f’I. FsL (aMas Anião. Ana Maria Jorge. Ana Marearida 6. Fn:ssera. Ascensão t Manins Itraga. Carlos A. Correia Consto. Carlos 1’ Sonsa Reis. Carlos hI. Go:sçalses Rodriaue. César Rafael Gooçalses, Eurico) Guines Dias. Fzcqniel fttanins Carroiido. Fernanda hI. Trindade l.iipcs. Fernando C Silva Marques. Fernando Pires Valente. Filomena 5), Bolina Velho. Gonçalo J. Poeta Fernandes. Joaquim). Quadrado Gil. Joaquim M. Fernandes Brigas. Jorge Ar Fonseca Trindade José O. Peres Nlonteim, José M. Masor Gozizalez. José R. Santos André, Luisa Ml.. Queiroz de Campos, Manuel A. Boles Salgado. Maria (.5. Pinio Silveira, Maria Eduarda 1e nem. Maria E. Santos David, Mana l Santos Naiãrio. Maria R. GomesGouveia, Maria R. da Silva Saniana, Paula Isabel T.G. C. Boroes, Paulo A. Ntousinlio Barroso. Pedro £sl.S. MaIo Rodrigues. Rosa II. (Z Tracana Pereira. Rui A.P.S. Cunha Ferrem, Role MOA. Tei,eira Matos. Teresa). Trindade IsI C. Fonseca, Teresa Fsl. Dias de raiva. Turno MC. Santos Barbosa.

\Salter Besi (Flrmeniosdo P0),

Resisão Téenieir Ana Maria Jorge (ESS-IPG); Ana Morais Anião (ESTO-IPG); António 5. Am(o de Almeida (FSTM-IPL); António Rosa (ISCTE); Ascensão Maria Niarlins Braga (FSTG’IPG); José Reinas André (ESTG-IPG); Carlos Carreto FSTG-IPG); Fernanda Trindade Lopes (ESS-IPG): Filoiaieiaa Velho (FSECD-IPG): Luis Filipe Marcelino (ESTG-IPL); Maria do Rosário Sanlana (ESECD-IPG); Mário José Daplisla Franco IDGE-LlBB; Manuel tirito Salgado (ESTH-IPG): João). M. Feneira (DGE-UBI); Joaquim Delgado (ESTV-PV); Paulo Oliveira Dnarte(DGF.LIBI): Teresa Paiva(ESTG.IPG): Revisão de provas: Carlos Reinas Caldeira. Guadalupe Arias Nlcttdc,, Silvia Alexandra Lopes dos

Reis.

.

l’rnprirdmle: Instituto Politëenico da Guarda, A’. Dr, Francisco Sã Carneiro ia” 50 • 63(-559 Goarda Conlarlos: Telf. 271 220 III * l:ax 271 222 691), EnsaiE aieai iPOI Endereço el,: litlpwsvss.ipopl revistaipa’ Composição grãticu NI Comunicação Impressão e Acabamentos: Daniel Peneira e Francisco Leite Depósito Legal: ti” 260795’07 ISSN: 1636.8848 ol. VI. Maio de 2010 Periodicidade: Semestral iiragent: 1188) exemplares Assinalura: Ponnual 20€. Europa 30€. Resto do Mundo 51* Preço Capa. 20€ Proibida a reprodução total ou parcial desla Resista sem autorização expressa da Direcção de “Egitatna Seietieia’. Todos os diralos resenados. Forbiddeu lhe total or padial reproduction oí Uns Magazine svitliout express autharizatioit of lhe Direclion Board ot’ “Egitanin Seiencia”. AlI righits rescned. SItIOU 5 oslo ii Onicro:

frua/os ão para a Ckncia e a Teeu,o/ogio Banco Seintaoe/t’i’ Tatu,. Cindade de’ hit’cstigaç’1o para o DL’scnrohi IIocIlfta eh. birerior (UDI/JPG) Nota, Os artigos são da responsabilidade dos autores, não reI lectindo necessariamente os pontot de vista do direcção ou dos revilore,.

í

1

1 1

1

E 1 14

-

SE

IL.OL.

ia

INFFER\JENÇÃO AC11VA

Quando1 bá três anos, foi editado o primeiro número desta uma Revsta acentuámos a oportunidade e o interesse de publicação com carácter científico e pedagógico. Fomentar a investigação e a partilha de conhecimentos foi o nos domínios da cultura, técnica, didáctica e pedagogia Scienciau que, decorrido este objecfvo traçado para a “Egitania espaço de tempo, tem protagonizado unia crescente atenção mais por parte de autores e investigadores Ugados aos diversificados meios académicos. Aliás, não Qoderíamos deixar de registar a participação de colaboradores estrangeiros, na sequência dos contactos institucionais que o Instituto Politécnico da Guarda tem desenvo’vido além-fronteiras, com resLlltados francamente positivos. Neste contexto, a nossa Revista tem-se assumido como um espaço privilegiado de partilha de conhecinientos, divugaçãc de trabalhos ou projectos. nas mais diversas áreas. Ao mesmo Tenipo que nos congratulanios com esta nquesuànável evolução, preparamo-nos para novos desafios e reiteramos o conviTe para unia Intervenção, cada vez mais activa, por par.e dos nossos docentes e investigadores.

Presidente do P6

Jorge Manuel Mendes


171

125]

1391

[61]

[1

1TNDICE

A ESTËHCA Mus:c.AL NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA. PERCEPÇÃO E COMUNNCAÇÃO FACE À MÚSCA ERUDITA OO1TEMPORANEA Susana Maria Maio Porto

DO SEN]1D0 NA COMUNICAÇÃO AO SENTIDO DO CONSUMO Regina Gouveia

THE HISTORY OF TOURISM IN AZERBAIJAN: THE PAST AND THE FUTURE Bahodur Bilalov

THE EMPLOYEES SAPSFAC11ON AND THEIR PERCEPTON OF THE ORGANIZATON PERFORIvIANCE IN ATOURISM DESTINAI1ON Graciana Vieiro, Júlia Mendes, M. Manuela Guerreira e Patrícia Vaile José

AS COOPERAJ1\JAS COMO AGENTES DE EMPREENDEDORISMO SOCIAL NA ERA DA ECONOMIA DO CONHECIME’JTO Pedro Oliveira e Manuela Natário

D:FERENÇAS DE PERCEPÇÃO NO ASSËD:O su Olgierd Swiatkiewia

DIMENSÃO DESCRITIVA DO PLANEAMENTO ESTRATËGICO António Fernandes e Maria Isabel Ribeiro [135]

1111)

[157]

HABrrOS E COMPORTAMENTOS TABÁGICOS DOS PROFESSORES DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BRAGANÇA

Ana E. Vinha, Filipe Coutinha, Marta Soares, António Santos e António Almeida Dias

CARACTERIZAÇÃO QUIVIICA E ANTIOXDAEffE DO TOMATE POR1UGUES DE CULTURA BIOLOGICA E COIWENCIONAL: IMPORTÃNCIA DOS SISTEMAS AGRIOLAS NO SEU VALOR NUWICIONAL ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS: PASSADO, PRESENTE E FUTURO

VrrAM]NA C NA PREVENÇÃO DO EI’NELHECIMENTO CUTANEO Cintio Meneses Barros e Patrícia Martins Bock

171

[183]

Tânio Pires, Maria Ribeiro e António Fernandes


LJ [203]

PARDrGMS EvOLLmON IN COMPUTEE SCIENCE Dominik Strzalka


A ESTÉTICA MUSICAL NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA: PERCEPÇÃO E COMUNICAÇÃO FACE À MÚSICA ERUDITA CONTEMPORÂNEA

(scn,rcioíi’rr.p,p’)

CHILD: THE Or EDUCATION MUStCAL AESEHE9CS CCi2TMPOPÂRY GLASSIGQ MuSC. PERCEP]10N AND CC:VMU:1CA1ON LA ESTË’iCA MUSICAL EN LA EDUCACIÕN lNFAN1L: PERCEPCIÕN Y CQMLII [CAClÕN EN RELACIÕN A LA MÚSICA ERUDFFA CONTEMrnRÃNEA Susana Maia Portot

[SUMO

O presente estudo resulta de unia primeira fase de uma

ihvestiação —acção sobre formas comunicativas e perceptivas da criança

em relação à estética musical contemporânea, cujo objectivo é a procura

de abordagens metodológicas que facilitem a inclusão da música erudita do século )O( na educação infantil, por parte de professores generaListas e animadores socioculturas. Tendo por base as teorias estéticas da aprendizagem musical, pretendeu-se! nesta fase do estudo! investigar sobre a percepção musical da criança e dos luturos professores e animadores face à músca ccntemporânea, através da observação de actividades de reflexãc musical com seis giuoos de crianças (1 10 crianças no total. entre os 3 e cs 11 anos de idade) e através da aplicação de iriÉritos aos fon’iandos dos cu’sos de Educação Básica e Animação Sociocultural. O estudo teve corno conclusão uma cara aceitação e um certo entendimento da música do século >0< por parte da criança e a necessidade da sua introdução nos programas das unidades currcuares, conclusão iltima que resula dcs dadcs expressos nos inquéritos no que se refere à mpodânca atribuida e à falta de conhecimento sobre o tpc de música em análise. Palavras-Chave: estética musical, pcrccpção e ccmunicaçao. rr.üsica contempoiânea. educação da criança, educador/professor o animacior socioculturaf.


1 ABSTRCT -

The fcl!owing atole presenis us some data cl lhe 1 step of an acr/a/7 reseaicn aboul conlemporary musical aesthetcs and ch::dren’s musical educahon perceplon and mus[cal communicafion. te airn of lhe acUon research is lo find niethoddogtal approaches that make lhe contempora classical mijsic o lhe chrlds develcprnent accessible. Slaiting trom lhe aeslhetics lheories ot musical learning. lhe purpose 01 lhe 1- stage 01 lhe research was lo sludy De musical percepton of cbidren. leachers and soco-cuilural mcnitors lo realion to conlemporafy music, tnrough lhe obseivalion 01 lisleruna/apprais:ng actv,ties wilh six groupa of children (110 chi!dren belween 3 and 11 years old) and. Ihrough a quesUonnaire cornp!eted by fulure leachers and monilors, te resulta are: children accept and unclersland conlemporaiy claasical music: and 1 is necessary lo :ncl-ude lMs knd of musio in lhe cjrhcuar programa of fLilure teachers and morhtors. Tnis ast conciuatn is due to lhe queslcnnair&s data: stnce lhe ntomianls thrnk lhal contempcrar c!asscal musc is importanl. although they reveated serious problems aboul its knowledge. musical aeslhclics, laorccptioll and conirr-’urtcalion, conlemporai’ classical Kcy:;orJs:

rnustc, chiids odLication, lcaclicr and soda-cultural animalor.

[SUMÉN El presente estudio es ei resultado de a prirnera fase de un proyecto basado en ia nietodología de invesliqación-acoón sobre formas comun:calivas v oerceohvas dcl niho en relactón a Ia eslelca musical contempciánea, cuyo ooetvo es la búsqueda de abordaes metcdoóo.coa que taci.len la inclusión de ia música erudila cc’ s:g0 XX en la educac:ión infantil, por parte de profesores generalrstas y de animadores sociocullurales. Teniendo corno base las leorías estéticas dei aprendtzare rnustcal, se prelendió. co esta fase de] estudio, invesligar la percepción musical dei niho y de los tLllurcs profesorea y animadores en re!ación a la mus;ca ccntempoianea. a lravës de ia observadcn de activ:dadea de eflexrón mus:cal con seis grupos de nrics (110 nÔos co to;al. entre los 3y los 11 ados de eoao) y a través de ia api:caoón de cuesbonarios a los aleimnos de as carreras de Educac;rón Básica y Animaclón Socrocultural. Dei esludro se conciuye una clara aceptaclón y un derto entendimiento de la música dei sigio >0< por parte dei n:ho y ia necesidad de su introducción en os orogramas de las unidades cui-dculares. concluSão última que resulta de os calos ohten-co co cs cuestiona’ios en loque se refiere a a :rnpoiancia alhb’Jcla y la fata de ccnocmierlc sobre ei tipo de i11ú5 analizada.

r

PSabras-Ciavc: osotc-a musical, percepción y comunicacioo, música conlemporánea, educaclón inlan! 1, prc1csc-rv.anirrador sococult’Jral.

.DcjtencIanLL,:.s1diddeE:4eaadua:c3c0 L.;estee:ï E:Lea-a janicai ieriversdv ci Srev Ccc ‘cc-rr.lca Lentos, er eoUIHoaÇa& coa’ a Lc-cola sirerior d Educaçao do Viaria do castelo) Ucendacia em ciências Mjsicars/Ramo cIo Idasiodogia

Pciarcjre onde exerce funçoes docentes ‘lendo Oalntyo do 1LOO

(FOSH da Universidade Nova dc Usbon) Eqaipoacla a Fofessora Adjunta na Loo[a Saporior do Edacação cio Instituto Rlitêonico de goeca.ic ei-. lo 4reD dc )2 kcgo3:e€r 23trYezerOode2Cfl


FINTRODUÇÃO Para que as crianças sejam educadas musicalmente, há que encorajá-las a participar de forma activa em experiências que estão intimamente ligadas aos aspectos criativos da expressão musical. Deste modo, os processos de criação, improvisação, audição e percepção são importantíssimos na descoberta e exploração do som. E essencial que o professor e o animador’ sejam edL:cadores estéticos, tornando assim acessível o sentido filosófico e esp;ritua! da música no processo ensino/aprendizagem de orrna directiva, activa e envolvente (Reimer, 1989). A acção do professor, por exemplo, deverá pemiitir a vivência de experiências estéticas nas abordagens curriculares utilizadas e nas escolhas de recursos para a sua planificação. uma vez que encontramos urna tendência crescente (que já se faz sentir há algumas décadas) para a exploração, experimentação, criação e espontaneidade, em detrimento da educação rigorosa de leitura e escrita musicais. Independentemente da actividade mUsical, a criatividade e o sentido estético são factores fundamentais no desenvolvimento da criança, isto é, podemos falar de uni principio para unia educação estética, a essência musical (emoção e percepção sonora). Assim, educação musical é primeiramente educação estética, significa que deve permitir a análise e reflexão de qualidades intrínsecas da música de forma partilhada. Professores e alunos devem compreender, experienciar e responder em termos de coniunicação. não esquecendo que a compreensão e a percepçãc musicais se processam individualmente e de formas distintas, Nc que respeita a actvidades de audição, professores e animadores deverão seleccionar tipologias musicais que possibilitem alargar a cultura musical e desenvolvera sensibilidade auditiva, Para isso, há que implementar estratégias, na prática educacional, que permitam a utilizaçãc de sonoridades a que a criança de unia forma global e no seu quotidiano não tem acesso, como a música erudita contemporânea.

-

O professor de educação bade, e o ancrr!ador scciocr[ijral formam ‘urna parte inLsvanlo cio presente erfucto sendo o papel ris ambos e.cl’enramcnV rrp’lan!e 90 de5L-’Ef’-r’, g:Li du c’&ça. are, ao n:e.j edyrcç,; 00910 Cjtu’3I 500!ai psicofãg’eo Aco:tyrcs oiro-a e0-oampc’ãnri acarJe não Sá a t-jr:C3 cd nosso Sire Jíe, nas tonb-m à mi,le-ados&jro)Q(

r

1

Partindo da hipótese que a niúsica erudita do século )O<, à semelhança de outros tipos de música, é essencial para o desenvolvimertc auditivc e criativo da criança, ‘questioncu-se: que percepção têm as crianças e os futuros professores e animadores da música erudita contemporânea? Por conseguinte, um dos objectivos do presente estudo depara-se com a interpretação de atitudes e respostas da criança segundo as correntes da estética musical propostas por Bennett Reimer (1989) Re/e,eno/9smo, E\p/ess,’hnXs/no e Fonnahsn7o.

2. TEORIAS ESTÉRCAS EM ANÁLISE

-

A base da investigação assenta nas tecrias estéticas referentes à percepção que o individuo teni perante uma obra musical. Podemos assim falar de referencÁhs/77o, que se aproxima do contextua/ismo proposto por GilI (1992), em que a obra de arte interage sempre com referências, significados e valores extramusicais, o cuvinte contextualiza e caracteriza a obT-a musical através de ideias, conceitos, atitudes e emoções; de tbnna//s/77o, segundo o qual a arte tem um significado puramente artiático (Reimer, 1 989), não há qualquer tipo de referência exterior, isto é, a percepção musical encontra-se através da estrutura formal da obra, a audição musical resulta numa análise, por exemplo, da complexidade rilmica, da construção melcdica, do vibra/o do cantor, do trabalho dinâmico ou da virtuosidade’; e finalmente de expressioniámo, teoria estetica que converge com o conceito de re/atMsmo, proposto por GilI (1992), para uni entendimento expressivo e emocional da obra, o sentimento é por isso o ponto fulcral da abordagem express/onXsta e da experiência da arte vivida pelo indivduo. Ainda em relação ao exoress/onXsmo, segundo Meyer (1956), as três correntes estéticas aglomeram-se numa só a teor/á expresslb/7/sta -, isto porque a teoria abordagem expressionista consegue fundir de alguma fomia os tr-ês tipos de perceição. Para o autor, os expressionistas dividem-se em expressihn&as abso/utos e evpfessfón/stas re/ee7cy/Ástas os

Segunda ci: ipz este Iro ci’: rereerrãc csdb:a tombom r:c’io te’ o desrgnação de ,sQ.dc’o’2’sfi7o.


primeiros consideram o sentido da niúsica eni conformidade com uma emoção expressiva essencialmente “intramusical”, cujo entendimento não faz qualquer tipo de referência exterior; por seu turno, os express/?/?&as raereI7cf7l&as defendem que a expressão inerente à obra depende de um entendimento do conteúdo referencial da música. Encontramos, consequentemente, urna outra teciia que Meyer designa Por abso:út mc a con9uência entre a teo%7 tom ?a/&ae a teoria eÀvress/617X9t5(1956). Para Reimer (1989), absoutismo e feferenc/á//smo são distintos no que respeita ao significado e valor de urna obra de arte. Gonio anteriormente exposto acerca da abordagem reterei ;ciahsta, esse significado e valor existe fora do ‘objecto artitico”, enquantc que na visão absoluteta o significado e o valor da obra são rerentes às qualidades internas da própría obra niusicai. Sintetizando a exposição das teorias estéticas sobre a percepão musical, ccnduímos que a teoria em que se posiciona verdadeiraniente Reimer é o exoressionismo absoluto. Os expressihnistas absolutos induem significado e valor extrarnusical, através dos sentinientos vividos e da influência cultural/adistica, à Qbra de arte, contudo esse significado emerge das qualidades criativas inerentes à própria obra,

r

2.1. COMUNICAÇÃO MUSICAL E SEMIOLOGIA DA MÚSICA • A reacção natural da criança face à experiência musical está intimamente ligada ao processo de percepção e comunicação através da aprendizageiii. A obra de arte oferece-se aos sentidos, é-lhe permitida a sua compreensão e o conhecimento intuitivo, transformando-se assim num objecto estético por excelência, A • exteriorização imediata, por exemplo, como as criações livres e espontâneas após ou durante unia audição, possibilita um alto grau de experiência musical e de experiência estética na criança, e a reacção “nua e crua” perante o acto criativo do compositor, ou seja, a interacção entre emissor e receptor na comunicação niusical. • Faoihtando a peicepção musical no processo de aprendizagem. o professor podera ainda refiectir ccni as suas crianças, levando-as à compreensão da peça musical antes do trabalho pratico. Indubitavelmente que ambas as abordagens, a percepção através da pratica ou através de unia reflexão ou explicação prévias ria obra

totflnta

musical, são processos de extrema importância ria educação musical da criança. Tudo isto remete para a comunicação musical em termos de significação e linguagem. A interpretação e percepção musical pode e deve beneficiar de uma fusão de relações simbólicas em termos endógenos e exógenos, o reconhecimento do valor intrínseco à obra, as emoções expressivas no processo de comunicação e as referèncias a um mundo exterior são relações que nos remetem para uma hermenêutica da obra segundo as teorias estéticas eni estudo: £vr’?a!,&’no, eÀu/essiL-v2’sll7o e refeía’ca/’s’no. É na questão da música como linguagem e da semiologia da música que encontramos bastantes discrepâncias entre autores. Segundo Schenker (Sloboda, 1985), a música pode ser entendida como uma linguagem universal, uma vez que a sua composição se baseia no mesmo tipo de estrutura da ‘linguagem falada”. A semelhança da posição de’endida por Schenker, Elkoft (1994) e Cooke (1959) consiclerani a niusica como unia filosofia e linguagem “universais” contudo, Cooke limita a universalidade dessa linguagem e restringe-a apenas ao contexto europeu. Também Stefani (1987) defende a música como linguagem no que concerne à música erudita, no entanto, o autor considera que a música do século )O<, designada também por “músioa moderna”. embora conserve elementos de linguagem, já não funciona conio linguagem (Stefani, 1987). Parece-nos, deste modo, que a visão descnta por Stefani resulta nunia visão incorrecta se entendernios cada corrente musical do século XX corno unia relação simbólica particular, compreendida segundo os parâmetros e convenções próprias de cada tendência composicional. Ou seja, a música pode ser entendida conio uma linguagem específica, inclusive individualizada segundo algumas das tendências estéticas dos compositores actuais, e detentora de relações sih bólicas próprias, cuja finalidade primordial ê a comunicação estética. A título de exeniplo, Ligeti aceita a concepção hamiónica nas suas obras oiquestiais afirmando que “as harmonias não niudani subitamente mas amadurecem Limas dentro das outras” (Rasseur e Bosseur, 1990:1 19). Encontramos, deste modo, uni olhar sobre a harmonia para além do antagonismo histórico, independente de todo uni sistema, tonal OL’ atonal, cujo objectivo é, para o compositor, o equilíbrio da importância entre as partes instrumentais (Bosseur e


RosseLir, 1990). Também Mever (Fubini, 1992) aceita a musica conio linguagem Rias apenas no contexto da música tonaL Para Susan Langer (1971), a niúsica não é entendida como linguagem nem conio expressão imediata de sentimentos, no entanto é detentóra de significado, semântico e não sintomático, resultando por isso numa ‘expressão lógica” das emoções. Apesar de alguns autores não defenderem a música como linguagem (Langer, 1971; Naftez, s/d; Neto, 2005), ou por outras palavras, não considerarem corno partes integrantes do mesmo sistema lógico a música e a linguística, as suas análises críticas não colocam de parte possibilidades relacionais e suas aplicações teóricas. Se considerarnios a música como urna linguagem representativa das emoções, para a vzão referencaiXsta a müsica é efectivamente um sistema simbólico. Para os desde que as propriedades formais sejam bem constmídas, a obra musical é boa. independentemente da presença de tais “símbolos emocionais”. Em relação ao expressión/smo, o símbolo deve perder o seu carácter corno siínbolo representativo das emoções, no entanto deve constar numa obra musical para ‘dar um certo sabor”, ‘as salt adds Ilavour to a stew” (Reimer. 1989:42). Quer dizer que a obra musical não resulta necessariamente da construção de sistemas simbólicos mas é entendida conio unia obra emocional e expressiva. Muitos dos valores educativos atribuidos à música. especialmente os que dizem respeito ao desenvolvim ento da chança, são baseados na assumção que de música a um meio é de comunicação não verbal (Brocklehurst, 1971). Independenteniente da abordageni musical (criação, execução vocal e instnjrnental, nioviniento, literacia ou audição) e das destrezas a desenvolver, há senipre um processo no ensino/aprerdizageni que podemos considerar como um processc comunicativo que envolve conceitos esteticos conio a percepção e resposta niusicais. 2.2. PERCEPÇÃO E DKPERIËNCIA MUSICAL Segundo Stefani (1987), as sensações e percepções ïnerentes à experiência niusical estão, ria sua maioria, ligadas a experiências culturais múltiplas. Para cs rerere,7c/á&stas as resposlas surgem em lermos do caracter musical repercutido eni

r

memódas. pensamentos ou outras ‘inquietudes’ estimuladas pe!a música. Para os /orn7ahstas, as respostas encontram-se a um nível cnico e analftico, quer dizer que a percepção é puramente formal, isto é, o ouvinte faz unia constante análise musical. Por sua vez, a dimensão sensohal análoga às respostas intelectuais e criativas: marcam a posição dos exp1’ess/onXstas. O desenvolvimento de destrezas auditivas é um dos principais factores para a vivência musical (Glover e Young, 1999; Hennessy, 1998) e para a educação do ouvido. Webster e Richardson (1 994) defendem o pensar criativo como ponto fLilcral da planificação cLirricular: o pensamento musical representa unia poderosa fusão de conteúdos cognitivos e afectivos e é por isso indispensável que os professores induzam a criança a pensar no som (Young e Glover, 1998). Quando a criança se envolve inteiramente no pensar criativo, torna-se niais entusiasta para partilhar os seus pensanientos, tomando assim forma integrante a reflexão musical. O desenvolviniento niusical através da escLita activa é defendido por vários pedagogos, independentemente dos métodos utilizados (Amado, 1999); Jacques Dalcroze, solicitando a atenção auditiva dos seus alunos, proporcionava-lhes o contacto com a música de compositores eruditos e levava-os a retlectir e expressar-se através do movimento corporal; Williams propunha, nas aulas de educação niusical, exercícios de audição através da escuta, do reconhecimento e da reprodução, tendo como base diferentes fontes sonoras; ivlartenot, para que os seus alunos escutassem as pulsações internas do ser humano, chou uni insbumento electrónico Ondes MusicaIes Murray Schafer, Swanwick, Gordon e Wuytack tanibéni defendeni a audição conio ponto fulcral da educação musical e como destreza básica e fundamental do desenvolvimento musical. Amado propõe a audição de distintas ipo!ogias niusicais, não obstante, a autora acrescenta que a música erudita ‘é a que melhor satisfaz certas exigências de qualidade estética, culo efeito no apuraniento da sensibilidade e do gosto não pode ser esquecido” (1999:14), Na sua tese, Amado lista algumas das obras musicais destinadas às crianças, incluindo alguns compositores eruditos contemporâneos, dos séculos )O< e

Nu c’V>te daeFicaçãa musical. a reS22Ea crioLça são se apenas às aciividades de composição ou execução ‘ras lambem e de igual medo imperlar,ie, àS achvidades de audição.


O século )O< foi um século de rupturas a vários nieis, em relação às raficas artísticas não houve excepção, ocorreram mudanças nomeadamente no que conceme ao entendimento da própria ate. As teorias estéticas, da sensíbildade, do gosto e do belo, entre outras, perderam o seu significado devido à atitude críUca dos movimentos artísticos que emergiram a partir dos finais do século X[X. Numa visão feromenoógica, o beo é considerado como uma qualidade intrínseca aos objectos singulares, portadores de significado. ‘A Estética moderna procura fazer do Belo apenas um dos tipos possíveis de algo mais amplo, que os pós-kantianos chamaram de Estético” (SuassLina, 1992:101). Hoje em dia não existe a ideia de uni valor estético a partir do qual julgamos todas as obras, cada objecto singular estabelece o seu próprio conceito de beo. A partir do momento em que a arte rompe com a noção de im:tação do real e passa a ser criação autónoma, cujo objectivo é revelar as possibilidades do real, ela passa a ser avaliada segundo a autenticidade da sua proposta e aquilo que nos é oferecido aos sentidos. O conceito de belo, cujo sentido é inseparável do sensi’el, não é mais baseado em princípios inalteráveis. Há Lima beleza inerente ao acto da criação e à sua intencionalidade, considerada muitas vezes no mundo contemporâneo como o rompimento de todas as formas e ideias pré-estabelecidas sobre a arte, que poderá ser oompreendida se nos entregarnios às particularidades de cada obra, isto é, se estivermos mais interessados em oonheoer do que em julgar com preconoetos. Deste modo, enierge a questão do gosto. Sendo a presença da obra um aprendizado, o gosto formula-se e educa-se segundo a nossa disponibilidade e abertLira para tal conhecimento e entendimento dessa mesma obra. Isto é, devemo-nos abandonar perante um ‘objecto estético” e deixar que este vá formando o nosso gosto, transformando-o. Ao tornarmo-nos disponíveis ao que a obra tem para nos ofereoer, deixamos de lado as particularidades da sL:bjectividade e atingimos o universal.

E METODOLOGIA Os métodos utilizados na 1 2 fase da investigação-acção, cujos dados constam do presente artigo, incidiram na aplicação de

Í 1

orenças,

sentrnentos e

percepção

-

e a sua aplicação

na

inquéritos aos formandos dos cursos de Educação Básica (EB) e imação Sooiocultural (ASC) da Escola Superior de Educação do Instituto Politéonioo de Portategre e na observação de diatogos reflexivos entre professor/eduoador e os seus alunos, em três Jardins-de-Infância e duas escolas do 1 Ciolo do Ensino Básioo. Em relação aos inquéritos, objectivou-se a recolha de informação sobre o conhecimento/entendimento dos futuros professores e animadores acerca da música erudita contemporàiiea —

contemporãnea.

21 20 19 10 21 11

crianças ciionças crianças crianças crianças crianças

de de de de de de

3-4 anos {RD% com 3 3-4 anos 4-6 anos 6-7 anos 7-9 anos 10-1 1 anos

Tabela 1- Grupos de crianças

anos

de idade)

educação musical. O questionârio foi estruturado com uma questão aberta no final e várias questões fechadas e se,77/-fechadas. Na questão aberta, os inquiridos analisaram esteticamente dez exemplos musicais a partir da audição de obras seteccionadas aleatoriamente, Num universo de 340 alunos (população dos cursos em que a Unidade Curricular de Evpressão e Educação 4k,stcal consta do plano de estudos), procedeLi-se à amostrageni estratificada de acordo oom os cursos vocacionados para a eduoação e para a animação. Deste modo, o estudo incidiu sobre 18% da população, ccm uma amostra de 62 alunos, 11 formandos de EB e 21 formandos de ASC, número representativo da peroentageni total de alunos por cursos, sendo a proporção próxima dos 66% (EB) e 34% (ASC). No que oonceme à observação de actividades realizadas com orianças, foram alvo de estudo seis grüpos (1 10 crianças no total, entre os3 e os 11 anos de idade) (Tabela 1). Os grupos foram seleccionados de forma a permitir um leque alargado rJe idades, desde o Jardim-de-Infância à escola do 1.0 Ciclo do Ensino Basico. O intuito principal prendeu-se oom a recolha de dados sobre a percepção mLisioal da criança, através da audição e reflexão de vários exemplos musicais de música erudita

Grupo A Grupo B Grupo C Grupo O Grupo Grupo F

Para o trabalho reflexivo foram seleccionados aleatoriamente vinte e um exemplos musicais, dezoito exemplos do século )OK e


-

-

-

très exemplos do século )O<I, compreendendo diversas tendéncias composicionais, incluindo música jazz e música teatral. Pretendendo uni estudo comparativo entre as respostas, cada exemplo musical foi trabalhadc por dois/três grupos, de acordo com a d:sponhlidade e aceitação dos educadores e professores das turmas. O Grupo F, tambem peo facto de serem crianças mais velhas, foi o grupo que reUectiu sobre mais exemplos, conseguindo desta orma interagir com todos os outros grupos e inclushje com os adultos que responderam aos inquéritos. A razão fulcral prende-se com o facto de ser uma faixa etária em que, futuramente, nas próximas fases do estudo, a investigação poderá incidir. De acordo com a faixa etária e com os niVeis de ensino podemos agrupar e esquematizar da seguinte forma: 1. A/B crianças mars ncvas: Educação de Infância. 2. CID niVel intermédio: C, crianças que rio próximo ano lectivo fazem parte do Ensino Básico; D, crianças que entraram recentemente no ënsino básico (‘1 .° ano). 3. E/E cnanças mais velhas: 2.° e 4» anos do ‘7° Ciclo do Ensino Básico.

ri

cp

EF

Todos os grupos interagiram com os seus pares e com o grupo das crianças niais velhas (Figura 1).

AB

Figura 1: Interacção entre os grupos de crianças

o l3cLdedo, ou rr3s §[1,JDS rrrsrrD c>r’rrco nusicai

o

‘•-“-i-t) Lz-’[vamcr-Lte

Etenden.c çcr

As actividades de reflexão tiveram como base as teorias da estetica musical em estudo: teoriá referenc,á//sta (as crianças fizeram referência a elementos exteriores à música); teoná expressiónXsta (expressaram sentimentos face à audição); e teoná fon?78/XStfl (embora em numero reduzido, as crianças analisaram musicalmente alguns dos exemp:cs propostos).

-

resi)Iicip-eni “

FCONCLUSÕES DO ESTUDO

ASU

EB

DS,m

Os resultados da análise dos inquéhtos aos formandos dos cursos ligados à educação infantc-juvenil EB e ASC) e das actividades de reflexão observadas. enfatizaram a hipótese inicial de que a música erudita contemporânea, à semelhança de outros tipos de música, é essencial para a educação musical da criança.

35

30

20 Is I0 5

o

Gráfico 2: Conhecimento dos termos “música erudita contemporânea” e “música do século XX”

A necessdade da introdução da música erudita contemporânea nos programas das unidades curriculares dos cursos de EB e ASC, foi outro dado conclusivo resultante da informação expressa nos inquéritos no que refere à importância athbuída e à falta de conhecimento sobre o tipo de música em análise, Quando questionados sobre a “música erudita contemporânea” ou “niusica do século )O<”, 36 inquiridos num universo de 62 (58%), responderam não conhecer o temo’ 29 inquiridos de EB e 7 inquiridos de ASC, respectivamente. Entre os

Sai-te-se o file de e:’ede r)c, ce’i!e- nos curricu:e-esdeExr’cezceE.ti-seç:c Muz:ceccr,udesie:’:nhzi rica eruditu CCiucriipe’ãrlea, ncrÏ rfi.Zt:ciclcçpe raPa 3 c.ia

aprcuçàc.


20 3° 4° 51) 6{)

restantes, 25 inquiridos (14 de ASC e 11 de EB) afirmaram conhecer o termo e 1 inquirido de LB não respondeu (Gráficc 2). Ainda no que diz respeito ao conhecimento sobre a ‘música erudita contemporânea”, foi-lhes questionada a frequência. da audição de obras de compositores seleccionados aleatoriamenle (Gráfico 3).

lo

Gráfico 3: Frequência da audição de obras de compositores do século XX

Embora não seja surpreendente, é de assinalar que encontremos um valor elevadiásimo na moda referente ao tem desconheço o co/7?DosJtof com um desvio padrão de 1,73 Çfabeia 2). Re!ativaniente aos diálogos reflexivos entre educador/professor e seus alunos, o estudo conduu uma clara aceitação e uni certo entendimento da música do século >0< por parte da criança. O entendimento que a criança tem sobro unia determinada obra formula-se por si só através de unia escuta activa e das

7’

referências fantasiosas inerentes ao seu próprio mundo. Através de referências exteriores, as crianças analisaram musicalmente os excedos musicais indo ao encontro da ideia compositiva. Por exemplo, no Noctll77o de Benjamin Brillen, as cordas surgem, em determinados momentos, com movimentos melódicos ondulantes, semelhantes ao movimentc das ondas do mar, ao (ILie as crianças associaram o PiJata L9s Oaia1bas, ao Oapt4o Gancho, a guerra/luta de piratas e os canhões dos barcos do Capitão Gancho. Também numa das Soi7as e /ntedúd1as para Pdno Prepaiado de John cage, “Sonata V”, foi associado o ritmo irregular a unia dança descoordenada e ao discurso de um gago. Em Pacit?t 231 de Honegger, cuja pretensão do compositor é captar a dinâmica da locomotiva através de um trabalho rítmico de “aceleração” e “abrandamento”, a imagem referencial das crianças foi a imagem dos automóveis, ou seja, há aqui uma ligação ao meio de transporte e ao conceito de velocidade. Também o preto foi das cores niais assinaladas pelas crianças, a que podemos sem qualquer receio associar a sonoridade forte presente em Pacià 231 e a cor do carvão, indusive da própria locomotiva. Em Deambu/ações 4 de Carlos Barreflc, encontramos algumas relações simbólicas entre o aspecto compositivo e as imagens referidas pelas crianças niais novas: o vaguear constante de ‘telhado em telhado” do hoiem Aranha, a corrida do cavao analoga a unia base nimioa forte, e a procura do oavaerro pea sua princesa, que representa muito bem a deambulação. Em “A Noite’ da Suite Oitiéa op. 20, de Sergei Prokofiev, as crianças associaram a cor branca à atmosfera quase que ausente, fria e cristalina. Na obra serialista de Stravins[’, Vanátions (Em Memõná de Aldous HuxIey música senta de qualquer expressão, sentimento ou estado de alma, unia experimentação sonora/instrumental sem qualquer tipo de significação (o som per se), a intenção e posição estética do compositor foi verdadeiramente compreendida por uma criança do Grupo E: “Parecem músicos a experimentar os instrumertc&”. Crianças de 3-4 anos associaram ainda “Golliwoggs Cake walk” (boneca grotesca) de Ohi/drená Gomer de Claude Debussy, ao palhaço, pela cara pintada e, deduzimos, pelo seu ar “grotesco” que Leva muitas das crianças a recearem-no.


O

Álgumos Vezes 2

Raramente 3

Nunca

Desconheço 57

1 compositor

]

Tabela 2- Frequência da audição de obras de compositores do século XX

0

58

58

Muitos Vezes

3

3

Berio, tuc;ono

1 57

1

2

57

58

O

2

58

O

3

3

O O 1

2

O

O O 2

Brinen, Benjamim Co9e, iohn O O

Boulez, Pierre

Gioss, PhiIip O

57

56

Ices, Chorios

2

3

56

2

58

3

2 3

57

58

2

1

1

1

2

2

2

O

2

1

O O

3

O

Nono, Luigi

O

O

O

O

Nunes, Emnonuei

O

O

Reich, Sueco

O Si

Ligou, Gyõrgy

Schônberg, Arnold

57

Marco, Thonas

Stockousen, Korlheinz

3

3

58

58

1 2

5

3

1 1

0,51

3

2

O 1

1,06

O

0

Varêse, Edgor

O

O

0,82

1,73

O

Strovinsky, Igor

Webern, Anton Moda besvio Pad.ào

Esta interpretação vai sem duvida ao enccntro do títuo da obra de que não tiveram, à semelhança das outras obras musicais em analise, qualquer tipo de conhecimento prévio. Também em ‘Canção em Vez De’, de Kurt WeiIl, composição que funde características de tango e ritmos militares, inclusive tem um certo ar marcial que nos recorda alguns momentos da HJstóna de um Soldado, de Stravinsky, as crianças sentiram a marcha dos soldados e os sete anões a marchar. Em Nortoi ?s ‘RAhmique”, de Boulez, as imagens qLie surgiram relacionaram-se com a contibua, embora desconcertante e viotenta, orquestração rítmica. Há como que urna taquicardia instrumental com diferentes ataques, sempre fortíssimos e um crescendo no final, onde a orquestra se encontra competa e em verdadeira apoteose, ao que a criança reage com a expressão: “fizemos uma asneira, alguém descobre e estamos a tentar arranjar aquilo”. Em Moz-Ait á ia Haydn, de A(fred SchníDke, as crianças associaram a atmosfera quase etérea do ghssando de harmónicos no violino, cUja sonoridade é quase imperceptiet de tão baixa intensidade, à imagem de Lima antena de televisão num telhado que se move de acordo com o vento. Também o 081/nato rítmico-metódico de brevissimos sons ondulantes e gravitacionais.

.

.

CeyHra,

ainda na obra de Schniffke, foi associado à marcha encadeada e rapidíssima de um ratinho. Estas e outras respostas perante a audição de obras eniditas conteniporãneas, pemiftem-nos concuir que a criança entendeu e percepcionou de forma clara as obras eni estudo, através de uma atitude referencial. Contudo, para as crianças mais velhas, não só a abordagem e.vpression&a referenciálista é importante, mas também a percepção ligada à educação formal e analítica da obra. De facto, as referências “programãticas” e expressivas podem ser pertnentes para o entendimento das obras musicais, no entanto, entatizamos a necessidade de encontrar processos metodológicos e abordagens ourriculares, na formação Cido de Estudos de professores e animadores, que do 1 possibilitem unia analise mais precisa em termos de construção musical e aplicável não só ao desenvolvimento da criança mas à formação globalizante e não específica dos formandos, Neste caso, adoptando mais uma atitude formalista ou expressionista absoluta (Meyer 1956; Reimer, 1969), o professor generalista pode e deve ser acompanhado pelo professor específico de música, através de um trabatho de cooperação, essencial para a expressão/educação musical da cdança (Podo, 2003). Agarrando nas conclusões da 1 fase da investigação que afirmam a hipótese lançada previamente sobre a importância da música erudita contemporânea no desenvolvimento auditivo e chativo da criança, a 2.° fase do estudo irá prender-se com a procura de estratégias que facilitem a inclusão desse tipo de música na formação de futuros educadores/professores e animadores e consequentemente na educação musical da criança. A dimensão afectiva e psicológica ficoU também por explorar. Não esqueçamos que são diversos os factores a ter em consideração no ensino/aprendizagem musical e no desenvolvimento da criança.

EBLIOGRAFIA

knado. rue, Ljisa 1099) OPeze,De u2A:r/,ç’us; Ediie’iai Caminho, Li:ix.a

ses, DeTlriq.J: L Bessej’ Jean: v\6 ICÇO Reie5;Jas 4Z’s:ea WaJJ;ãO de i•ia-L José Bo::ne ia:ha±I. Lii’: dC nnã/?ea


1

BroorrVhurot 05an 7971,r Rosj.’oirse lo lIa: Fencytos of.e;ol’ EAoaz”, Roitedge &KJ Pa.E London 0z•oKe, Dc”,e(í0lo2 T,05.3533?0J[,’. 5.:: Ox!o’d L’ev•’st. Peso Elol. D,,orcl fl7-5 1- j,:( Education. Aad ttjsoai \aijoo” Ilda Ganrecr.’dos; Tritov. Crconor ‘JJFJa?7S Qi lhe 22 De-9j LbsÇv’; a Pe l’Sec?.Oí13! a LaSsas:’ 75 os :002.’ 05 .r.ri.: CI Ao. ‘(au, do;. Zea’.and Fuhr’p E’unc.c’ (1(192) Li E aos 1 1os :gaRasio La 4:;: ,;r;aaaa Hass, E’ Soro Xx, Jiaruza ES Madrid.

Giti. Ranobti 1992) ‘tncL’flancfinq And Ap3oincj Ae etius’ Jou”ra, 0/ lhe %oo’zcan O. D,oJao,sAs5xítorr Ayirt Gko?n JoannaE V0099, Susan 1909) F’v’:.r9’/1:Fo Lrer Yees Erdrr “Pess, Lordon. Hcnno:: Soan t1005) Qao-dr;airg4!os: c.vss P03P7’L?n Sol roo Fo!rr-ier P’ess. Lo. Lyoo’ :1y IiOfl)Faoz’o E’>.,j,a Cr.rro Ç1’a’Jjz De .2 .sés Ba:’, 3en Pe’ SSo’ Poito Lzc,dt195EE’ooa.’,a,oa/n12> U’i.3ir. OfCiieage Peso Natt’oz ica’ Jxq.os (S O Saroja Da Z’F:J \oja L .vosi,lt:k: rzt}:2. •JcoÕBo’qes 215.3 12,,s%R5 Lrv’neretT :robsvolrJnoa90 Ze. alça Vcdsrm tOjkjIyo’ LIozrsdodoFoLIo’otDoP3a.E?siI.

‘.

IGonfoldo Em cd/O2/2555} Porto. Susana (2003) .Ojçr Pao!oe 0/ 1 C)’olõ íe.sol;ors A Changa 0/41/odes, SubTÉL Farsa.’ E oo! For 4’I eLDeo E .aa/od Un.sito Ot Sree Roehamptcn. Lcw (D)ssortaç]o De Mostrado ï Educação !d.,scaI) 05 ii r Enrott (1060’) 1 P’r.L’sad5 O: e loro Eorza.a’ 2 Filo n’.: o Hatt ler J& C1J j1/” 1965) fi,r .‘‘jc’J,’rjj] Te Coo’o.ne Prr,irflra (7: .,/a5.’0Lsrst9 F 0.to’d SIeh’,i Grot105/(Co?ooaoa1v4/7aoa,Lt.5saP.rooc3.Lstca Bissetor A:y: 1902 /‘:uaç.loAEs,rroa 3’ Elção etçuoL’ o’si5’rL/€ Rede. ‘Sobolor 051cr And Rolado a GarJ iooa As orng c.’wdon Te 11(9’ ‘h,ut !i.jsv. 5/rojos /n / .Sso Eduo,e.vs Nu ser 2. dano. Pp 6 1.1 BusanE Glovor. Jcranna(190/5) / Jjr’illotj.t Rírrier Poros Londol.

vos]93


r

DO SENTIDO NA COMUNICAÇÃO AO SENTIDO DO CONSUMO’

*

(,gouveiapq,pt)

EROM THE SENSE COMMuNIOA1ON TQTHE SENSE OFEHE GONSU::POi DE LO SENTIDO EN LA OORAUNICAOCÕN A LO SENTIDO DE LA CONSUMIOIÓN Regino Gouvela

RESUMO

O objectivo central deste artigo consiste em desvendar o que diferentes sintaxes publicitárias dizem de igual, ou seja. destacar as estruturas de sentido que lhes são comuns, aquelas em que mais se fundamenta a comunicação de marcas e produlcs, logo, a orientação para o consumo. Tal propósito riipLcou recorrer à análise de algumas narrativas, tomando por base teórica o quadrado semiótico, um modelo formal operacionalizado por Gremas nos anos 70 do século passado

Pala’4as-Lo. Semiótica, naryativa, scr[t]do, simbólico.

ABSTRACT

The orncpa Sm of this adcle is to cienionstrate the common sense of different advetsng s:ntaxes. to h.ahlight lhe snared sgnif:cance

Stftctures. those niost cased tne commjncahor of hands and uroduots. so, the orientation for consumoUon, To do so. we analyse some naratives, liaving as theorevca: has:s the semiotics souare. a fomial !]iodel made opaacional by Greimas in the ate 705.

Kecids: Sewhtic.s. carab.c. senso. seTbdb.

Texto que seiviu de base à comurucação apresenlada, sob o mesmo tílulo, nas II JomecZs de 4’biketna da Escola Supeor cio Tecnologra c Gestão cio Instituto Po[itãcnico eia Guarda, a 27 do Maio de 2009.


FSUMÉN Ei objeUvo central de este artícuio cOnsiste en demostrar lo quê diferentes sntds pubiotarias dicen de iguaL destacar [as estruoturas de senUdo cornún. aquellas donde más sebasa [a comunicación de marcas y de productos, entonces. [a orientacón para [a consumición. Tal intenclón j implicó ei análisis de algunas narratvas, tornando para [a base teórica ei cuadrado serníótico. un modelo formal operacionahzado por Greimas en los aros 70 dei siglo posado. PaIabrs Clave: Scm:otca, narrativa, sentido, simbolca

Prolcesca Actacu da EsEco do IPC Ocilerada em cca-ieicaçao r,D[a udve’sdadc da Bci:a nleecr mcrnb:c eh UDI, unidade de lnvcsliaação para o DcsenvoM’iento do Inleer e do CEPESE, cedro dc Esl’jdos de Pepu!açãe. Ecenemia e Seededade. A)oen..eJoem ?deCu:uLwodo2009 o acete e,” 28 de Dezc-rb,c’ de 2009

E INTRODUÇÃO

Quando falamos em sentido, referimo-nos ao conteúdo significativo de um qualquer texto a o que ele diz. O terreno da significação cruza-se obviamente coni o da comunicação, uma vez que Comunicamos sentidos. Mas também o Marketing releva de uma lógica simbólica, de um plano em que os objectos assumem determinado valor ou estatutc, uni sentido ou sentidos, que justificam o seu consumo. Com efeito, o Marketing concebe conceitos de marcas e de produtos e é através de textos que consegue colocã-bs lia mente dos alvos. O produto em si, englobando a sua forma ou embalagem, o seu cheiro ou impressão táctil, entre outros aspectos sensíveis que o caracterizam, constitui o primeiro dos textos. Porém, não obstante o declínio que vem registando, a Publicidade assumese ainda como a técnica de comunicação que mais fala dos produtos, das mais vocacionadas para narrativas comerciais. Os textos publicitárfos, como discursos de convencimento ou de valor persuasivc, têm obrigatoriamente de se ancorar no imaginário social, Na maioria das vezes, reafirmam valores e hábitos, concorrem para integrar e confinar os indivíduos à ordem social estabelecida, Mas também fundam ou contribuem na instituição de novos/emergentes conteúdos simbólicos, nunca absolutamente desligados dos já aceites. Em contextos altamente competitivos, em mercados em que tudo parece já ter sido descoberto, afigura-se crescentemente mais complexa a invenção de novos conceitos de produto e, daí, que as estratégias de Marketing e de Comunicação se circunscrevam frequentemente à refomiulação sintáctica de estruturas de sentido por outros exploradas. Ou seja, recriam a sintaxe, mantendo o conteúdo significativc essencial, dizem o mesmo com outras formas, linguísticas, cónicas e/ou plásticas. A análise semiótica de narrativas através dc quadrado semiótico de Greimas conduz à identificação de tais sentidos comuns, estes de natureza profunda.


LJ

em

1 2.

três

si;

com

os

semântica,

que

O QUADRADO SEMIÓTICO DE GREIMAS

a

significantes

entre

Perspectiva 5intagmática

-

A semiótica, ciência dos signos, de todas as linguagens, afirmou-se como tal apenas na segunda metade do século XX. Concebida como lógica da comunicação (Fidalgo, 1995), estuda-a dimensões: a sintactica, respeitante às relações dos signos corresponde às relações dos significados; e a pragmática, ao estudar as relações dos signos com os sujeitos, os efeitos produzidos nos destinatários. O seu intuito não é verificar a correcção gramatical de um texto, mas a sua adequação a uma situação comunicacional, ou significacional, concreta. Centra-se no valor que um signo ou uma composição adquire em determinado contexto, mais do que no seu significado prévio, procurando perceber os resultados pretendidos, ou conseguidos, simbolicamente. O quadrado semiótico permite a análise de uma qualquer1 narrativa em duas perspectivas: a estática ou paradigmática, relativa à significação na sua estrutura fundamental, a um nível profundo; e a dinâmica ou sintagmatica, relacionada com as transformações operadas ao longo da narrativa, a história que é contada, e a articulação dos elementos abstractos (tematização) e concretos (figuratização) que compõem o esquema narrativo (figura 1).

Perspectiva paradigmática

(supeifidal)

Estrutura narrativa

e

Percurso seguido pela narrativa

(profunda)

e

Estrutura elementar de significação da narrativa Estrutura fundamental

e

Articulação de elementos abstractas (tematização) e concretos (figurativização) presentes no texto Estrutura discursiva

Figura 1: Quadrado semiótico de Greimas

Ao nível paradigmático, o único a que me aterei, a estrutura’ fundamental de sentido baseia-se num eixo semântico, ou, cone explicitou Greimas, nun]a «categoria sêmica binária, de tipo bran VS negro» (1970: 60), correspondente à linha superior do quadrado

que

ou

representa

e

entre

eufórico,

contrários

o

a

e

a

não

que

si,

-

-r’” ‘1 1 e II

três

projecta

entre

seu

ou

termo

formas.

a

tipos

o

signos

comparável,

investimento

negação,

económico,

necessariamente

e

oposição,

anterior

.

operar

relações

na

entre

a

relação de contrariedade entre Si, valor positivo S2, valor negativo ou disfórico. Cada uni destes, contraditório, Si e S2. compondo as linhas diagonais, A relação entre Si (não-Si) e S2 (não-S2) é também de contrariedade, equivalendo aos subcontrários. Os eixos verticais derivam das negações parciais de Si e 52, •sendo que Si é necessariamente não-52 e S2 é não-Si numa relação de implicação ou de indicação exemplar (Greimas, 1970). O quadrado semiótico constitui, pois, um esquema simples baseado apenas em dois tipos de operações asserção e e de relações: contrariedade ou contradição e implicação (Figura 2). Como modelo formal, é qualquer discursivo. obrigando análise é valores comparar

semânticos

disforia

4

si valor negativo

Relação de implicação (complementares)

Relação de contradição (contraditórios)

Relação de contrariedade (contrários)

euforia

4

valor positivo s

-

Figura 2: Relações semânticas da estrutura fundamental de sentido

vamos

Como poder ver a seguir, o eixo paradigmático da comunicação de alguns produtos e marcas mantém-se inalterado ao longo de anos de vida, de todo o ciclo até, sendo apenas actualizado mediante diferentes sintaxes. E marcas e produtos djstintos baseiam as suas estratégias de marketing numa mesma ‘rutura fundamental de sentido, explorada sintacticamente de .odos especificos.

1

LJ


LJ r

1

3. SER VERSUS PARECER E OUTRAS OPOSIÇÕES SIMBÓLICAS

não-ser

parecer

Uma das categorias sémicas binárias mais explorada resulta da relação ser-parecer» (Figura 3). Porque ser e da ordem do real ou verdadeiro, em oposição ao parecer, da ordem do ilusório ou falso, reside no primeiro a euforia CL] valor positivo, representando, como tal, o auto-posicionamento do promotor. Mais directa ou indirectamente, mais explícita ou implicitamente, marcas de todos os tipos de produtos argumentam serem o que outras parecem.

ser

não-parecer

Figura 3: Estrutura fundamental de sentido muito Comum em publicidade

«Ser’ equivae algumas vezes a substância, em oposição «parecer» como correspondente a (só) aparência. Por faltarem novos e melhores argumentos, ou por se tratar de produtos que; representam alto risco, ao nr’el da compra e/ou uso, convém1 reafirmar a fiabilidade (= verdade), baseando a mensagem em l relação, como acontece frequentemente no sector automóvel. Vejamos o exemplo do texto de um anúncio Aua que SLJr’ reforçado pela sobriedade icónico-plástica, mormente das cores modelo e do próprio fundo, apenas com rochas imponentes predomínio da cor branca. Nele se valoriza a substãncia, essénc ou ser, sobre o design exterior, aparência ou parecer, sem nega obviamente, este último atributo, porque tambérii importante para o produto em questão.

[

(.‘Ç.fl r

«Substãncià é O flk7/5 Z’l7pOdante: Descubra os etié/entes motores TDJ e TFS1 do novo Aiid’ A3 Gabnb/et. Para onde quer que terá 260 litros de hapagefra, Independentemente de lera capota fechada ou aberta, Desfivte da autent/c/dade de conduzir £1117 cabriolet soft-top dássibo. que tem mde para oferecer do que e/ei ndcs padrões de des/yf? eÀlenbr Expeml?e,?te o puro e ,hfrn#ãvel piazer de condução. »,2

Quando a compra depende mais da comunicação do que das wtras vadáveis do marketing, e dependendo de quem são os alvos prioritários, o seu perfil sociocultural, tende a apostar-se em mais investimento criativo. Não sendo tão caro, não envolvendo a sua utilização tão grandes riscos, há que colocar o produlo ria mente dos seus potendais compradores/consumidores de forma

parecer de modo particular e interessante.

• sibdicamente mais marcante. Assim intentou a Da ao absociar • os seus cafés a Fernando Pessoa, explorando a oposição ser-

cada um a sua /naneiia de sentir a rea/idede. O frl7portante é ser-se autént/eo e saber apreciàr o que é verdade1’o. Somos uma empresa de rosto humano fiéis às nossas or4e/?s e à 170553 r’ocação. A verdade do nosso cate.»

SLJbhR!Ud.E do an’zc!o eu

aJja!Ise.

«Ser» surge no anúncio ao café Deita como «verdade», cmceito expresso repetidamente no texto a verdade do café tal sano a verdade de Pessoa, autêntico e único. O contr&io não é d ente «mentira» ou «parecer», mas «fingimento’, o fingimento fico protagonizado pelos homónimos de Pessoa, a transpor para fhgWnento dos cafés de marcas concorrentes, IDom.ue menos rdade’wos, puros ou clássicos. A metáfora eni que assenta a estrutura fljndamental de sentido é veiculada através do (cone de Pessoa, construído de grãos de café. Mas a oposição verdadelo é desde logo introduzida no título, ao questionar «Haverá fim

1


LJ

-

algo mais verdadeiro do que ser pessoa entre a multidão?», sendo depois desenvolvida no body Em muitos textos publicitários, ser e parecer surgem associados a uni outro valor semântico, sempre de natureza positiva. O anúncio ao AuoY A3 U3híié,’et que atrás analisamos, assim o faz ao opor «ser bom, de eevada qualidade» a «parecer boni ou de elevada quahdade», mas há aquees em que tal combinação é mais explidita. A higiene feminina é pai1icuaniente promovida eni relação ooni beleza, De unia maneira geral, todas as marcas vão lançando e vendendo os seus produtos sobre a promessa de tornar belas as destinatailas. Não admira, pois, que, tal como outros valores já gastos, vão sendo (re)inventados novos subconceitos, como os de «beteza verdadeira ou autêntica» versus ‘beleza aparente ou falsa». Coni efeito, embrando a categoria sémica a que aludimos a propósito da publicidade Café Deita, a Dono lançou as suas loções corporais com nutri se’urn apostando eni particularizar a oposição ser-pareoer em «ser bela» a «parecer bela». Ou seja, ‘vendendo» a beleza verdadeira, profunda, que vem de dentro para fora, própria de uma pele bem nutrida com o seu produto, em contraposição com a beleza aparente, superficial, proporcionada peas outras marcas. Alóni de uma mensagem plástica muito simples, a preto e branco, usou o ibone de uma mulher vUlgar, aparentemente sem maquilhagem e mostrando uma cicatriz. A niarca afirma assim que a verdadeira beleza é possível iaara qualquer mulher, mas a verdade é que a sua estratégia de marketing passa sobretudo por vender os seus produtos às muitas mulheres que não são «modelos» de beleza. O siogan evidencia tal propósito «Todas as mulheres são bonitas quando a sua pele está bem nutrida.», nias o oonvenciniento passou por colocar pLiblicitariamente os testemunhos, manuscritos, de representantes do seu principal alvo. Estou cvjtente por mostrar ao mundo

que as pessoas CO!?? cc#rces tan7béin podei?? Cd! at’aentes. Stn;one

Para atingir os obechvos comerciais, a Doi’e teve que optar por se lançar com unia política de preços intermédia, definindo para os seus produtos um custo não deniasiado elevado, que lhe

L

permitisse uma penetração mais alargada do que o de certas marcas selectivas, particularmente as que só se vendiam em perfumarias ou famiácias, e não excessivamente baixo, a fim de se distinguir de marcas que lideravam massivamente o mercado dos sabonetes. Pretendendo posicionar-se como uma marca derente das até então geralmente à venda em lojas e supemercados, a sua promoção não fez obviamente referência à ligeira diferença no peço, mas às vantagens distintivas que os produtos ofereciam relativamente aos outros coni que concoiTia, vabrizando sobremaneira o cuidado de beleza que proporcionavani. Quando se trata de vender Produtos cujo alvo prioritário é formado por mulheres, seni que se destinem ao seu próprio cuidado e higiene, a beleza afigLira-se não raras vezes como o valor fundamental. Daí que na nossa sociedade, ainda bastante desigual quanto ao género na realização das tarefas caseiras, se vendam detergentes para lavar a roupa ou a loiça destacando a beleza que proporcionam às mãos, femininas, é claro. Recentemente, a Fa”y assooiou-se à Act a para promover dessa forma os seus novos prutos. não por acaso de aloé vera/pepino e sedaJorqudea, colocando a imagem de unia mulher de toalha enrolada ooni unia máscara facial de tratamento, lavando a loiça coni uni sorriso que evidencia o prazer de quem assim está a cUndar simultaneamente das mãos. Saienta-se como texto específico da campanha «Novo Fairy Limpeza e Cuidado ajuda a manter as suas mãos suaves e hidratadas», estrategicamente ancorado a Com o poder antigordura de Fainp. Com efeito, o poder não poderia ser negligenciado como atributo da marca, unia vez ciue o seu lançamento foi marcado pelo assumir de um preço mais elevado do que o dos concorrentes. A superior rendibilidade ou eficácia do seu prinieiro detergente, concentrado, para lavagem manual de loiça foi o argumento central de uma estratégia que visou convencer de que. embora mais caro, resultava mais econóniico, porque mais eficaz. A aposta consistiu em explorar o eixo semântico baseado na oposição «ser económioot do Fafrv ao «parecer económico» dos outros produtos (Figura 4). Num contexto de globalização, as imagens de pilhas de loiça que uma só gota do novo detergente lavava com ecáoia


LJ

-

1I

[.

foram vistas nos quatros cantos do Mundo, apoiadas em palavras também eficazes: «Uma única gota para um niar de pratos.:, Em ambos os casos, da estrutura profunda definida pela oposição «ser económico» e «parecer económico» deriva uma outra mais especifica em que se opõe «económico» a «ineficaz» Afinal, o combustível Ga/p e o detergente Fa’.ç sendo mais caros, surgem cano económicos; os produtos concorrentes visados, mais baratos, subentendem-se como ineficazes. % ineficaz económico t A publicidade só pode influenciar pela argumentaçãc se aptar as mensagens aos destinatários, escolhendo comc ponto outros produtos de partida «objectos» que lhes mereçam acordo prév!o. E a adesão marcas a tais premissas, no mibimo suficiente, que procura transTerir para as conclusões abonatórias dos prcdutos ou marcas que promove. Os não-económico não-ineficaz •objectos de acordo prévio» podeni ser sobre o real, em que se incluem os factos e verdades! além das presunções, ou sobre o preferível, o campo que a argumentação publicitária privilegia e de que fazem parte os valores, lugares e hierarquias (Perelman, 1993). Figura 4: Estrutura fundamental de afirmação da economia verdadeira/eficaz Quanto mais estes últimos estiverem socialmente consolidados, chstalizados ou não em fórmulas populares como provérbios ou A mesma combinação serviu há muito pouco tempo a, ditados, tanto mais fortes serão como base argumentativa, embora estratégia publicitária concorrencial da Ga!p Energiá relativamente tal relação não seja sempre linear, Dar que as estruturas aos postos de grandes superfícies. Vendendo os seus coniljustrk’eis fundamentais de sentido mais usadas pela publicidade as tenham a preços mais altos do que os adoptados por aqueles, restava-lhe’ cano ponto de partida: «Mais vale ser do que parecer» e «O barato argumentar que ha diferenças entre os produtos comercializados sai caro» sustentaram, obviamente, as que atrás ilustrámos. O nos postos Ga e os disponiblizados na generalidade dos] imeiro, em associação com a superioridade da essência sobre a distribuidores não especiahzados. C!aro que não podia, nem arência (hierarquia) e com o valor abstracto da beleza. O justificava, «atacar» da mesnia forma os postos especializados, até sejndo, com a superioridade do valor da vida sobre o da porque fornece alguns deles. As diferenças apontadas foram: economia, no exemplo Ga4 ao explorar a preservação do ambiente. ‘Menor consumo. Fvleihor na perormance. Maior protecção. MeIh& e o valor concreto da eficácia’rendibilidade no mesmo e no Fa’flK ambiente», mas a mensagem radiofónica insistia particulamierte na a, uma outra categoria sémica muito usada em rebção entre «ser económico» dos comhLJsteis Ga e o rpareca icidade aproveita o acordo prévio sobre a «diferença» como económico» dos outros. valor ou da superioridade do especial/diferente sobre o Tal como o Fafrv resultara mais económico, porque ma banavcomum. números tipos de marcas, de automóveis a eficaz, a economia real do combustivel Ga’p advirá da sua eficácia comestíveis e produtos de higiene, já basearam estratégias de para o próprio carro e, como convém neste sector, para o meio [lançamento ou até mesmo de expansão ria valorização da diferença ambiente a preservação do carro, dado o seu elevado custo. dos seus produtos. Revelam-se particularmente interessantes as obviamente valorizada, nias o cuidado com a natureza não tem, snensagens que jogam de modo mais criativo com tal estrutura preço. fundamental de sentido (figura 5). Foi o caso de unia campanha de promoção do vinho verde, em que a «negação» de objectos de acordo prévio sobre o real ir. seiviu para valorizar a diferença do produto Das várias versões, salientamos aquela eni que o Sol surgiu de cor verde, sobre uni Toxio de um ariúneio ao pnhi-ero delergc-i-ile RTdrL V’enz:L’, Rorr,eria. Lt ça’1a a 4 do r,.:Jo do 1O0


não-diferente não-especial

comum banal

grupo de jovens hilariantes, antecedido da mensagem verbal «Porque o amarelo já não me faz sorrir», assim negando o amarelo como cor do Sol! da luz! logo, da vida e da alegria! Uma outra em que os elementos icónicos elementares eram uma nuvem! também verde, e unia mulher relativamente jovem deitada sobre relva verdejante! olhando cómo quem sonha; no topo, o título «Porque os sonhos cor-de-rosa são banais!!! a completar a negação dos sonhos cor-de-rosa como sonhos bons, de felicidade. O frmeiro anúncio visava eshmular o consumo no segmento jovem, enquanto o Ultimo pretendia obviamente iroeitivar o segmento feminino. O vinho verde! sendo diferente! pode agradar muito aos jovens e às mulheres, menos propensos ao consumo «banal» de vinho (bana.

diferente especial

não-comum não-banal

Figura 5: Estrutura fundamental de afirmação da diferença

4. AFINAL! UMA LÓGICA SIMBÓLICA! DA DIFERENÇA!> Falar de um qualquer produto nas sociedades modernas é, como refere Baudríllatd, !!falar dele como objecto de investimento e de fasoúiio, de paixão e de proecçao!! (1995: 52)! Daí ser uma lógica do signo e da diferença a definir o campo específico do consumo nas mesmas, não unia lógica de uNidade, IodO uma lógica de mercado! não urna lógica do dom ou do objecto como s:hiboo (Baudrillard, 1995), Qualquer objecto consUmo, de independentemente do eixo semântico que sustente a

1

1

1

o

comunicação, adquire o seu sentido através desta e na relação com os outros objectos que disputam o mercado. As diferenças residem muitas vezes apenas na forma ou aparência dos textos, não ria sua essência ou substância semântica profunda. Explorar uma estrutura fundamental como a oposição «ser-parecer» serve normalmente para contornar a falta de novos argumentos (ou vantagens.’. Ao mesmo tempo que o rharkeUng e a cnunicaçôo vaorizam a essência como atributo de marcas e

odutos, promovem a aparência cairo base das relações e da

ordem social, Aliás, a atitude consumista deva de unia relação oom o mundo baseada na aparência. Sem o devido conhecimento interior, que exige reflexão profunda! mais demorada do que o tempo que lhe concedemos, faoilmente damos mais valor à aparênoia e à opinião que os outros têm de nós! Nada mais conveniente ao marketing do que as dinãmioas sociais em que os parâmetros de ju!gamento das pessoas e das coisas mudam vecz e constantemente, em que mais modas obgam a mais oonsumo, porque sustentadas numa lógica arbitrária ou de signo. Somos o que consumimos. O «ser» é, como sentido do consumo. um «ser-ter», melhor, uni «ser-mostrar-ter», logo, «pareoer» O sucesso das marcas e dos produtos está associado ao estatuto simbolioo que conseguem ter no imaginário social, este dependente de todos os seus textos. O primeiro e o próprio produto, mas o resto pode dizer muito mais e de diferente daquele. A publicidade vai criando e recriando novas formas de abordagem e, até, o próprio imaginário social, sem ousar nunca rejeitá-lo em absoluto e sem descurar a ligação aos destinatários, Marcas como Faik’comprovam a importãnoia de uma escolha muito bem pensada da estrutura de sentido em que se baseie a criação, desenvolvimento, consolidação e manutenção de um conceito de marca, Não obstante o facto de ter aportado alguns atributos mais novos aposta produtos, específicos ainda hoje de comunioacionalmente na eficácia superior como principal vantagem. E é sustentada nesta que continua a liderar um mercado que, em 2008, representou um voume de negócios de 33 milhões de ajrosD.

-Para comemorar o 30. an,versaho, a Git averO1Ou-Se ren a ca;cc;eraIc!tmUnte nova, es dctc’rgcntcs n.an!ias dc oiça, que. em 2008, repieserilaiair um vduii’c de negados de 33 mi’hões de ouros (...) Mcdwos as tencluxas dc


w .

Urna marca como a De/ia Lstra tambëm a fidelidade a um: argumento basicc, íeormu!adc ao iongo dos tempos de tão diferentes e criativas formas: o «ser, essénca ou verdade dos seus cates. E são oposições como «ser-parecer» e «diferente-banal», muito mais banalmente adoptadas do que cor.segLmcs mcstrar com os poucos exemplos que usamos, que melhor comprovam a tese de que uma marca ou marcas diferentes, dos mais diversos. tipos de produtos, podem sempre recriar sintacticamente uma mesma estrutUra de sentido. A descobeita de novas significações é também possiSeI, mas é indubitavelmente mais fécil, senão mais seguro, refomiular a expressão das que já são aceites pela sociedade e comercialmente eficazes. Numa lógica simbolica, pcde-se afirmar a dVerença quando quase tudo é igual, a cngirahdade onde impera a bialidade (oLi a banahzação’?).

BIBLIOGRAFIA

Ohzdr: o:urcc-ts-Leu.a. Ore-. nas For7cs, S>z PrJe. 1002.

Potro;) os -i::o’;oorçdo.

-4

‘daa

Baudr’ad, Para urra Go:a da Eaarvm.aPa::a do Sgna. Edições 70, Lshoa, 1’DE5. Eiriaeo•. Ariicrca. S:”aXj_ a da cc’’araaçõa, H: rYccpJ: cL Cera c0j—. 1005 Gre:iias. A:erdas Je:an. DL, La Seu:i. ‘ç7 PoF,tRÏJ’. cha:fr. O Impada Portar’. Pao’ar? e .4’upozrr -tu. Eações Asa. Ralo Pc-’cr’ Pararas.

ii

1 —1,—

1

1 1’’—,.

)(

T

i.

f

1

r51c:j:y d.ar:aae!Ic Enr:rtrair: a uma c.aeto’aada tara dnamzar a n-area no sorri- ante e oiofltrados, que :en vndz’ a ajoenar rrilar’!3 e rprrea ri it 1 quase malaia das san-aias da C5utrt a de octercientes !Ltnua5 do O E aTeara:-: uma n-arca ‘es:: n-craado a Se 0>5:-a gestor SOLeEL cio O em’ /

Mcjuel

i,li

r


E

THE HISTORY OF TOURISM IN AZERBAIJAN: THE PAST AND THE FUTURE

A HISTÓRIA DO TURISMO NO AERBEIJÃO: O PASSADO E O FUTURO LA HISTURIA DE TURISMO EN AERBAWÃN: EL PASADO Y EL FUTURO

(heincur65Rttcn,.tu)

STRACT

Ichadur Bilalov’

F

[

During the ast four decades, tourism lias become an important part of lhe Azerbarjaits economy. Azerbaijan conducts lhe poicy of expanding oonnect]on in Soulli Caucasus iii the field of tourism, deverng tourism serMces and ncreasing lhe number of foreign tourrsts, Today, torism is one of the priorifles areas in lhe non-oil sector of the Repub!rc of fliis research is dedicated to the iclentficahon of lhe reasons for development of Azerbaan tousm and is aimed to study lhe state po!rcy kerbaijan. axi involverieril cf lhe prvate seclor for lhe oast years. Il abo anayses lhe stncture o d!slrhLiUon re!c.ted lo tounsm for me purpose of assessmenl of fie capadty 01 Azerba-an tojnsni in broader lemis

Keords: tounsm. hstzrv, dc’.opment, Ajerhaar,.

SUMO

Duranle as últimas quatro décadas o lurismo tornou-se uma parte impartante da econoniia do Azerbaijão. O Azerbaiião está empreender uma polftica de expansão do turismo cri conexão com o Sul do Caucasus, entregando serviços de turismo e regslarido uni aumento do número de turistas estrangeiros. Hoje o turismo é unia área prioritária ião assocrada [ao sector do petróleo da República de Azerbaão. Esta pesquisa prelende identificar as razões para continuar a defender o desenvolvimento do luhsrc no Azerbajão e tem por objectivo estudar as poliUcas do Estado e o envolvimento do sector privado hos ultimos anos Também analisa a estrutura de CiistrLbuiçãO relacionada com o ILirismo para a avaliação da capacidade de resposta turística do Azerbaijão. em termos niais amplos.

Palawas-chac: iurismo, ii:slãria, dcsoiivcv:m.:rito, Azcrbiijão.


ÍSUMÉN Durante as utinas cuatro dëcadas e! tursnic se ha convetdc en una parte nipc’iante de a economÇa de Azerba*an Azerbaván eiprende ia pol1ica de expansão de? tuãsmo co conexão coo ef Caucaso dei sur, entregando los servicios de turismo y coo aumento deI número de turistas extranjeros, Hoy ei turismo es un área ihoritara en un sector diferente d petróleo, en la Repúbiica de Azerbaiyán. Esta investigación se dedica a la identJicacion de razones para ei desarro!!o de turismo de Azerbayán y con eI cbeI;vo de estudiar la política dei estado y la paiticipacón dei sector privano en los ultimos aios. Tambén pretende anaizar ia estructura de distribuc;ón re!acbnaua coo eI tursmo para una evauaoiãn de capacidad de respuesla Iursuca de Azerbayán co tãrm’nos mas a’lip:cs. cto’:c iijrisfro, ia iosryia, ci clesa,oo. Az:rbaivai-,. Paobrqs

crc1rd i’co tio Etei 5: Lo:’.’e’e’lv ia: e::’: ci C:roidee ei’, o:z’icai eccrccs c lacE-o. cinco 23X ,.p lo r00309! da’, cri ei dere’t’rc”.i ko’t.a:jan Tecem !r,:IiLir2 2XOPc:i dc: ic:ic.’.’s-p. ilccs:e L’i:.’e’cL en. 3i esv 1’. de de ci’’ 2.3 de Deierr.Nc. de 2039

O aO: le

r E

‘e

Tourism is an essenlial sector of economy. Mc.st countries of the worid are interested in the development of lhis sector already for a Iong time. Tourism holds Ieading posifions in the world economy, competing only with ou production. The role of international, regional and national lourism organizations that contribute lo lhe development of world tourism and undertake protectionisl policy within cerlain counifies and regions is important. Tourism has a signficart influence, fiom a social pont of view, on regions life cf lhe countrv: development of touhsm provide thousands of new johs, devebpmenl of communication systems, increase of literacy and world-ouflook of local population, etc,. in a number of regions, far from industrial and cultural centers. Tourism alone can fulfili these functions. Modern tourism is a stable developing sector of the economy wilh a serious impact on lo the social and ecoriomical development of many countries around the world, Ir 38% ot wcrld countries tourism is the mair source of inccme, whereas for 83% it is one of mcst irnportant ive sources of income. \AJoãcl tourism gained a particular success duhng last 35 years, when lhe total number of intemational tourists had increased at tour times, leading lo 25 times raise to foreign exchange income. This sector covers more than 10% of world GDP, more lhan 6% intemationai investment, every lO’ job and 12% of world consumer expendilures (Gulyáyev, 2003).

E POTENTIAL FOR TOURISM -

-

-

-

The Republic of Azerbaijan has a huge possibility for touhsm development. First of ali, Azerbaijan is in a favorable geographic a Europe and Asia location the junction of two continents junction of two world civilizations European and Asian and it is iccated in lhe head of Trans-Caucasus air corridor, sea, highway and railway connection between Europe and lhe countries of lhe aucasus and Central Asia. Occupying ralher smaii territow 86.6 thousand sq. krn with a popuafion of about 9 milion, the Republic of Azerbaijan has ciimatic features. Mountain tope leaving in a height, Bazarduzu. Shahdagh, Rabadagh, numerous falis ot lhe river’s of the

unique natural


-

-

-

-

southem s!cpe cf lhe Big Caucasus, transparent as cryslal turquoise; srnooth surface lakes, Goy-goi and Maral-gol, severe and at lhe sarne time picturesque mud volcanoes of Gobustar, unique reserves as in Lenkoran this is how Azerbaijan appears lo lhe eya of tourist. From 11 c-liniatic zolies of our plane!, eight, in this or thal kind, are present iii the temtoR’ of Azerbaijan: from subtropcs to high-mountainous Alpine rneadows. lhe floja amazes with lhe brightness and cocduIness. Here are almost ali verscns of lora of the Caucasus. Te Pinus eldarica, which ias resisted before rehef and chmatic changes, taking place on lhe Earth for last 13 mililon years, was preserved in natural conditions of Azerbaijan. An iron Treo (Parrotia persica) also grows here. lhe fauna is various and rich, More lhan 12 thousand veriebrates and invedebrates inhabt ii ,àzerbai]an. itese are as doer, gazelle, moLMon, Caucasian gcat, leopard, bear and other, as] well as raro bird species. lhere are 8 national pars in lhe coLinfty with natural and historical reserves. lhere are more than 1200 small and big rivers fiowing mi Azerbaijan. Many mountain rivers forrn noisy and rnajestic falis, lhe real peari of Azerbaijan land is mounlain and lüwland lakes, with Goy gol and Maral gol being lhe most famous of them. Waiers of lhe Caspian and basin rivers are inhabited by valuable fish sp€cies: siurgeon, salmon, trout. iliermal and mineral springs are of great value Badanli, lursh su, Isti su, and lhe equal famous Karlow Vary springs. Natur mud’s. with medical ou “Naifalan” being speciat among them, are effectively used for lhe treatment of locomotive and nenious syslems, skin, gynecological and olher diseases for moi-e lhan year (Mammadov e Bilalov, 2003). Azerbaijan is called sunny and it is not accidentallv. Vilh number of ciear davs in a year lhe republic can be comparabe lo ltaiy, Spain and Creece, and lhe sea coas! of lhe Caspian Soa stretched on fie terrtory of Azerbaijan for 825 km, lias ai preconditions or transformafion unto a conUnuous rest zona Sand beaches of peninsular Absheron, within Baku urban area, as weIl as Yalama-Khachmaz beaches of north-east of lhe counlry (220 away fromi BaKu) are akeaciy popular for a iong time, attracting wiil cool shade of forest right along lhe sea shore. Azerbaijan has heen reccgnized as and of health and pered resort area for a long time. lhe climate conditions are exceptional -

[

-

favorable, lhal is why Ihis countey hofds one of lhe ieading positions in lhe worid in terms of lhe number of long-livers. At lasI, but nol lhe leasi, healthy food and hght nuthtion is ol greal importance here too. Mother favorable condition for lhe development ol ali types of tourism in our countw is lhe sincere wamith and tradilionai hospitality o the people of Azerbaian Nc malter where lhe toreign tourisi is in lhe country. he or she will be suiTounded by care and allenlion, generosity and fhendly supporl of lhe peopie that [ve here. Azerbaijan is a country of rich history and ancient cuitLlre. lhe remains of the Neandedhal man which have been lound cLit in lhe Az1ik cave, leslify fhat lhe prirnitive man lived here for about 250 fiiousand years ago during an epoch o! an eariy Palecklhic, tere are more than 6 thousand histoncal-architecturai monumenis on lhe teffitocy of our country. mosi of which are localed aiong lhe route of arcient caravan wavs cf Greal Silk \Nay, 5h11 causing admiration. Ore speaks here ahout petroglyphs of primitivo peopie of Gobustan (60 krn from Baku), ruins of antiqLie cities, religious conslruction of before Islam era: Zoroastrian fire lempies, towers, Christian churches and chapels high in mountains, solid fortress walI and casties, as well as vast caravanserais, magnificent palatial, rmohal and rehgious and olher construclion of Islam eia. Nchitectural mcnuments of Azerbaijan of Xll-)Jlll c., were icIuded lo lhe go!den fund of woricl archilectural heritage. lhese ai-e Baku fortress Icheri Sheher” (an internal city) ot XII c., vvhere on lhe lerrftory oí 22 ha, surrounded hy fortress walI, 44 uniclue middle-ãge monumenis are located: Palace of Shirvanshakhs 0(’J c.), Sinik-gala minareI 0(1 c.), Maider lcwer 0(11 o.), minareI Juma- mosque 0KV o.). They created ir dilferenl centuries, yet they reflect, Iike in morrow, lhe peculiahties of own time and irnpress spectators with maiumentalily, magnificence and completeness (Mammadov e Bibbv, 2004i. lhe Ensemble “Palace of Shirvanshakfis”, lhe former resident of Shirvan rulers, is lhe dominating master piece in lcheh Sheher. II deserves lo be called “Acropolis of Baku”. lhis ensemble consists of 9 construclions, which, from diflerenl perspectives, create impression of ndependent pieces without shielding each other. These is lhe Divan-kliana with is beauhfui portal; prayer halI wilh cupola, buaI vau[t; double-cupola niosque witli eieganl minarei; rausoleum ot middle-age mathernatcian and astronorner Seyid Yakhya Bakuvi; Eastern gales; ovdan and lhe baths. Ali that


I.J

-

-

1

impresses wfth pertecon of composibon and tine stone-works. many cities of the counlry along the SiIk Way route. Among them Indeed, its worth of forth travelling lhousand miles just lo see this lhere are fontresses, rich decorated palaces, mausoleurns, palace. mosques, bridges, caravanserais, baths and olher objects of culture Tine only Azerbaijani carpet museum is Iocated on lhe territorv and community seivices. linese monuments are enrolled lo lhe of Icheri Sheher. II contains big number of exhibits. characterizing lhe golden find of architectural moinuments of Azerbaijan and are main diversity of the anistio Iegacy of Azerbaijani peope. Azerbaijan touristi: products aiong SiIk Way route (Mammaciov e Bilalov, 2004). carpets, fleecy and not, are unique pieces of ad iin terms of their Memorial conslructions of Middle Age along the SiIk Way are beauty and expressiveness, peculiar wilh original technical and represented by nnausoleLlnns: mausoleum of Díh-Baba XV o. in artistic features. the Maraza town. “Yeddi Cunbaz” Ç’Seven cupola”) of XVIII o. in lhe fire worshiper’s temple, Ateshgah Ml c.) Shamakhi city. cornplex of mausoleunns ol XVII o. in Kolakhani monument of zoroastrism, syrnbolizing lhe religion of fire is located setllement of Shamakbi district, lhe mausoleum ol Shei[n Dur-sun, 30 cn away from Baku. According lo ancient and middle-age wnitten caistructed ir 1 457 in Aghsu dty, lhe complex of nnausoeurns of sources, there were a number of such constiuclion on tine terrlory )QV-)Q1 c. ir lhe sell!emenl Khazra ol lsmayilli distnict, complex of Azer’oaijan. lhal were destroyed by Arabic conqLlerors at the time of mausoleums of XIX c. in tine settlement Poylu of Cazai4n distnict and dissemination of s!am in Azerbaijan in Vil-VAI c. Only ten centudes cnpIex of mausoleums Imam-zade” of XViI-XIX c. in Canja ciW. ateu traders tire worshipers trom India had constaicted preseni During ‘euda atomism Iinan’s palaces and ciladels were Atehsgah at lhe place of lhe temple in Surakhani sefflement where natural gas comes on to the and surface. Today, a museum, Ialking constructed in Azerba:jar. lhe most prominenl and preserved one is Une magnificenl palace of Sheki kinans of XVIII o. in Sheki lown. aboul life of fire worshipers is exhibited in the celis ot lhe temple. Fortress “Celerser-Conersen” (“You cain see only il you copie”) of Fortress wall, Ionely towers, destroyed caravanserais, temples, mosques and even ruins of antique and middle-age cities )øJ1ii c. in Sheki, Foitress of Shannil of XVIII c. in Zakatala, “Keroglu Ibat used lo be centers for crafis and culture of states Iocated on lhe 1 gala” fodress in Shenikir dislrict, ruins ol a huge tonlress “Culistan” in the vicinity of Shannakini where tine scienlists believe tine palace of ternitow of Azerbaijan at Ual time can be found along lhe Baku was located, are very iinterestiing nnonLnnneints. Shamakhi-Sheki-Zakalaia-Balakan-Ceorgia and Baku-Shamani Shirvanshakins As Azerbaijan was Iocated on tine junclion of innponlant frade Ganja-Gazakh-Georgia highways. These are Canja, Shamakhi, Barda, Habala, etc. StiII lhe magnificeni monuments of architeclure routes, caravanserais moteIs were constiucted iii many of Is cities. of tine lime ol Caucasian Albania, which used lo exist on the territory1 they are stitl a Iot Preserved in Baku aind iin Une surrounding arcas of of Azerbaijan thousand years BC and VII centuries AD are still Sheki, Canja, Shannakhi, Fizuli and other districte, Innpodant for final tinne were bnidges across Mouintain Rivers, conserved along these ways: temple ensembies in villages Lekit and Kum ol Cagin districl, in the vIIages Risln and Orla Zeyzit o Sheli requihng nct only special engineering knowledge, but also skiis lo district, near village Yukhari Eskipara of Gazakh district, etc. combine the aroh;teclure compositicin ot tine bridge with surrounding In VII c. AD Azerbaan was conquered by Arabs and lhe vironment. Such bridges can be found iii lhe town Coygol, near population conveded lo Islam. A new type of religious building Canja Agb korpu bhdge of XII c.; in Aglnsu lown, on tine way lo tine bridge starled lo be conslructed snce lhat lime mosques. tine most Sheki lhe bridge of XVI c. and in Sinannaklni town ancient cl them are Iocated in tcwns ShamaKhi, Canja, Sheki, canstncted ir 1 826. Durabílity of tinese bridges, preseived uintil our Zakatala, Isrnayilli. Kuba and otber districts. thEes stands oul for tine inigin levei qualily of Azerbaijan arclnitects, Since XII lhe development of state buiiding and lh Azerbaijan is lhe Iand of rich aitstic traditions. A!ready in the deve!opmenl of cilies were taking place on lhe tenllory of Azerbaijan. past ali types of folk decoralive arts pecuhar lo the Soulin Caucasus, Tinese were centres ot architecture schools, organically combining especially carpet innaking, were welI developed inere, in eacin of them local Iraditions and high levei professional skills. Architeclur we see an eiegainl slyle of work, typical to craftsmen of Azerbaijan. In monuments, created by lhe masters of lhese scinools are Iocated in


-

decorativo and appIied ais cf Azerbaiian a special place is held by ceramc. Aiiong the exhbits of the Museum of Histoiv of Azerbaijan, named afler Nízami ir Baku one car td a unique enrobed glaze ceramic, panted with: high art skiíl. Copper stamped, iI!gree and engraved metal producis of Azerbaijani masters of different time cm be found ir Baku museums, as weII as in rnuseums of Kremlin (Orujeynaya Palata), Istanbul, London, Paris, Philade!phia, Decoralive meta! work is very popular and distinctive in Azerbaijan and has centLiries of histow. Already ir the 1 c. DC. met gocds o iron, copper, siIver and goId, distinct wth VirtLiOsity mastery were riade in lhe ard of Azerbaijan. Ever lhe famous adventurer Marco Pdo (XIII o.) a son ol family of jeweers, was admired hy iuxurious pieces of artistio metal wcrk. Almost ali lypes of artisUc metal work art chasing, engrçwing, stamping, plotUng, fihgree, incnjstaiion and enameling were preseived ir modern Azerbaijan. Traditionai masters have nct

just preserved the best features of nationai distinclive au, but also gave them a new híe, deveioped and made them stiung (I’Aammadov e Bilaiov, 2003). Azerbaijan is tamous with its carpet weaving from lhe eaiest time.s. te virtuosic firgers of carpet weaving women tLirn cai pets h

to artistic-portiait pieces. Wohd famous Azerbaijan carpets decorate museums of the USA, lhe Uniled Kingdom, etc, ir Baku the museum ot carpet and applied ai is lhe first of a ind. Tourists get lo know the master pieces of carpet weaving; lhe process itse!f is introducecl lo them ir shops ir Icheri Sheher. Our countrv had greal capacity ir meeting demands of touhsls in the leld ol cLIture and arl. Tcur:sts get exposed to lhe rich musical legacy in ti-e Academic Theatre of Opera and Ballet, where performarce and rioh repe!ioire amaze imagnaIon. Baku lias lhe State Philbarmcnic Theatre and lhe Republicar Palaoe where fdk song and dance bands and actors piaying on lours show lheir performances. Azerbaan is alsc famous with it cuisine. Pienty of fmit and vegetabies. aromatic herbs and spices always inspired culinary expeuts of Azerbaijan, Ieading to a great diversity of dites, lIs hard to mix them w;th other nationa dishes. E’e lhe most experienced gcurrnets rom ali over the z’orld admire unique teste and flavor d Azerbaijar naflona! cusne.

[

Í

L

TQURISM DEVELOPMENT ACTIVITIES

Naturally, these opportunites allracted foreign tourists. te analysis of lhe touhst flcw dynamics shows us that the peak of me flow was ir 1970 lo 1988. Tourism ir lhis period was massive, popular and thus more democratic, gained new types and forms became equipped with new excursion programs, Iodging and service, meeting difterent tastes and wishes of a greal variety of people. te established syseni allcwed expandir.g t’e scale of Tourisuii lhe mcvemert ir countiy lcurism-excursion organizations had deve!oped vens’ many programs. ircluding, fiíst aí ali activiUes attrbuted to diferent signiticart dates of the counlw, secondiy, aimed at formalion of progressive union of youth and working peopie and thirdly. different tours and routs lo historical and cultural monuments of lhe country, Tounism deve!opnient activities were based on socio economio, geographic, industrial and transport, chmatic, denographic and other reseárches. in order lo identify efticient location o’ touristio hoteis and basis, the preliminary flow of tourists. tourism service demards and other conditions were assessed, iroiudirg labor force capacity and infrastructure availabihty. Tourism became one of the most imporlant means of active leisure, recreation and heaith improvement. hiiprovement of sector tourism-excursion positively infiuenced or lhe economio deveiopment cf lhe society as weW. Upgrading of arca of visits of tourists thrcgbou ¶he country had directiy contnibuted lo lhe increase of reverues ot the state. Tourism-excursion services have prorounced social orientation thal is why deahng with leisure time of popuiaticn was beooming more and more typical. This had Ied lo new torms of employment and business, for exampie, famiiy tourism, new methods of work started to be empioyed whiie setting up tourism and excursior services. This was oontributed by trade union activities, ieading to reduction of price of mass tourism: reduced tare traveis, group excursons, free tourist vouchers, as weU as simplifioatior cf dooLlnient processing. te rst stage of lhe deveiopment of tourism organizalion structure ir the USSR was iaurched ir may 1969 by the Deoision ot


k

[

r

r

ttrcIIlo

lhe CC CPSU (Central Cornmittee of the Comrnunist Party aí USSR), Cabinet « Mnsters of lhe USSR and AJ Uniors Cenler fa Uvities lo improve and prctect heailh aI lhe popuiation (Decision ol the Board of Trade Unions (AUCBTU) «On Activities for Furth CCCPSU 1961). Developnient cl Tourism and Excursions ir lhe Country», which sei lhe papuiation ir Azerbaijan are satisfied lhe network of lhe largels ot lransíorntng lhe tourism-excursicr irdustni ir lo a hu tourst organizations extended. Sc. ir. 1 969 ir Surngayt and service arca tor [he population (Decision of CC CPSU, 1969). Naftalan, ir 1971 ir Kharkendi, ir 1972 ir Mrgachaure, ir 1978 ir AUCB was appointed to run tourism ifldustw. CST Nahichevare. 1980 ir Lenkarane excursion bureaus were cpened. Central Soviel on tourism) was changed Central Soviet on Touris m Or December 27, 1980 lhe CC cl CP ai Azerbaijan, the and Excursions, which was based rnainly on lhe idea ol organi zatim Council cl Ministers aí lhe Azerbajar SSR and ABTU adopted a trips ali over the USSR, guided lhe developrnenl of active tourism , decision «Or Development and hnprovement aI Taurist joined was havíng exchange programa with foreign tourism trade unions Excursian Activities on the Repubhc». Based ar this decision, iii Ali and rnanaging lourisrn and excursions organizalions ai lhe levei c1j BaVramh town (now Shirvan Iown), as well as ir towrs Gazakh and repubhcs aI the USSR. L Shamakhi lhe BureaL;s cl Traveis and Excursions started operating. Tne sarne year, by the inittative aí lhe ieader of lhe Azerbaan In lhe sarne year in lhe resod settlement Zagulba (Baku) the Repudio Mr. Heydar Aliyev, a similar decisian was nade by the Intemationai Youth Certer was created, as weii as lhe “Absheron” SCÇP aI Azerbaijan, Cauncil a Ministers and Azerbafjar Board o Hotel for 940 visitors was iaunched (Bilalov, 2009). Irade Unians (ABTU). This decisions prescnbed minist des,; Te improve lhe delivew of tourisrn services lo foreign tourists, commillees and arganizatians la facibtate lhe developrnent aí] lhe Department ci Foreign Tourisrn was estabhshed ir 1 978 under tauhsm-excursion industry and imprave the perfamiance aI tcurism-] lhe Council aí Ministers aí Azerbaiian SSR. The Baku branch aI VAO excursian organizations. Based ar this decisian new taurism hoteis, 1NTURIST” had ir 1978 ir its baoks hoteIs fcr total 1500 vsitcrs. ir lcunisrn bases and camping sile, etc. were envisa ged lo be] 1982 campirg bases cl ABTU had already 2564 beds. constructeci over 1971 -1975 (Murvatov, 2009) Ir Apr 28, 1983 lhe Cauncil aI Minister aI UUSR adopted This decision was a ground for corsiruclion ir 1970 aí toun lhe Decision 375 «On Activities Airned at SeWng up AIi-UUSR leve! bases iii lowns Zakatala and Shusha for 100 tourists each. Ir 1 973 Resod Arca ir lhe Caspiar Sea in Azerbaijan SSR». This decision ir Baku lhe “Azerbaijar” hotel tor 1040 visitors was constru cted. h lhe purpose lo transform Azerbaijan in la an ail-UUSR resod 1 975 lhe tourist base Cafgaz” (Lhe Caucasus) was constructed In October 2, 1984 based ar this dccurnent lhe CasoU of aea. lhe lown Gulkashen (now Gabala), base “Dosliuq” ir Nabran for 4 Ministers of Azerbaijan SSR appioved lhe “Master Piar for visitors and lhe Hotel “Tourisi” ir Baku for 342 visitors. ir 1976 t Development cl Tourism ir Azerbaijan for 1985-1 990 and liii 2000”. “Moscow” Hotel for 200 visitors was laurched (Bllaiov, 2008). kcordi ng lo this program II lhey conslrncled 21300 taurism tacilities ir 1970 a number aI reguiations on safety of tourists were for visitors (Mu’rvatov, 2009). adopted. Forrning tcurist groups, develaprnent routes, etc. were: Over lhe reference penal, lhe country levei taurisrn, taurisni reguiated. Tourists cornpiying wíth ali requirernents were awarded abroad elsa staded lo deveiop. are af factars contnibuting lo this wilh grade and tiNe of “Master of Sports” of lhe USSR. was the development aI intemationai tourist-excursion relaVars. The legal trarnework on tourisrn was mostiy estabish These were directians af taurs aI frendship, mutual taunist groups’ during lhe second hai aI lhe seventies. lhe Constilution aI lhe tour lo twin cites, sites reiated la sorna evenl ai revolution, war UUSR aí 1977 (Adicies 20, 24 and 41, as weil as Articie 24 cl lhe and labor achievements af Soviet natiar. Canstitution of Azerbaijan SSR) covered for the first lime goals and Tauristic relations were rnostiy estabhshed with sociahst objectives aí lhe deve!opment o physical cuiture, spods and countries. Ir 1970, lar exampie, lhe repubhc had a total ai 4739 tcuhsrn. There were a lot aí reievant nonnatve docurn ents, visiting lourists, oul aí which 3227 were fram sociahst cauntnies; ir especiaily ai lhe organization levei, within the general legal framew ort 1971 total 5992 taunists with 4136 of them fram sociahst countries af lhe courtiy. Legislative bodies were ooking at tourism as part aí (Gasimli, 2005). lhe reducing af internationai tersion allowed


growirg lhe inlemalioral louristio relaliors. tis was cortribuled b signing bilateral acjreements belweer differert courlries, signir Hefsirki Ad and having Belgrade meelirg. louristic relatior; became ore ct importart ways of communicatior cf the Azerbaijan SSR wfth capitalist courthes. Ir November-December 1971 Paris lhe ‘Week of ToLihsrn ir Azerbaar” was organized. This wajl an exhibition and a rneetircj betweer tourism ccrnpaníes. 1h1 Frenoh press pubhshed sedes of matehals or touhsm ir Azehaan (SAPPPMRA. dcl, [.59, ui.150, p. 60-65.) ln 1972, 7026 foreign guests visited lhe Azebaiar SSR which ‘tias 13.9% more lhan iii 1971. Foreign tourist were fra’eWi rnostly from GDR, Czechoslovakia, Poland, Huiigaiv, as wel a France, FRG, India, Holland, Sweder, Canada, Austria, UK, etc total 33 countries (SARA! docurnent collection.26, lisi 12, unit issue.75, p32; SAPPPMRA dcl, [.59. u.i.176, p.88-91). lhe total r’urnher ol foreign touhsts visiting Azerbaqar duri 197’1-1972 was 13533 peopie. Ir 1973 this number was 10 1l’ with 7054 ol them fium socialist countries (Casimli, 2005). Leaders of lhe republic, Mr. Hevdar Aliyev perscnav, paid a great deal ol allenhion lo lhe development of international toudsm, May 21, 1974 lI-e Decision on “Activities for Fuilher Developniert o Tourisrn iii lhe Republic” was adopted ÇBakirskiy íabochí, newspaper, 1974). Ir Febmary 11, 1977 lhe other Decisior a “Sedous Caps ir lhe Peiiomiarce of lhe Depadrnent for lntemationI Tourisrn” was adopted as welI (“Bakirskiy rabochy” newspaper, 1977). lhese decisions helped lo overcorne a number d shortcomings 011 lhe way of the development of intematioral touhsm. Certain revival ir tourist groups exchange was observed & weII. Ir 1974 there were 16605 visitirg tourists, (of which 151w from socialist countries). ir 1975- 27550 tourists (20800), ir 197624740 (17690), ir 1977 24322 (19919), ir 1976 205 (1 3762), ir 1979—21426(13 946, Gasimli. 2005). Ir September 1979, the exhibition “Romaria lhe counky of tourisni, lhe countrv of ‘ríends” was held iii Baku (SARA dc.28, [.12, u,i,75, p32: SAPPPMRA dcl, [59, b.i.176, p.88-91). Ir December Uei-e vias ar exhbitior ir Baku, with paricipaUor d represenlalives o tcuhsm mkiistries of Hungary, Bu.garia,, Czetoslovakia, Poand, GDR (SARA dc. 28, [.12, u,i.75, p32). II sho’jld be mertioned lhat lhe volume of invitalion oreigr lourists durirg 1976-1979 was significartly Iess tha-1 potenlial capacity of lhe republic. Ore « lhe eadirg reasons f —

that was lhe rarrow geocjrapby ot foreign lourism iii lhe republic and absence cl car routes INTOURIST lo connect Baku with other ‘ouhsm centers of lhe counlrv, ln 80-ies tourst 9ow contirued growing: in 1980- 17994, ir 43177, ir 1964 31698, ir 1983 28660, in 1982 1981 47698 (Gasirnll, 2005). lhe geography of 41979, ir 1985 t::ism exparded on lhe accoun of Cuba. New Zealard. Brazil d [uxemburg. lhe number of jourraksls tom Switzeriaiid, Fjapan, Greece, Frarce and Italy bal ircreased as welI. Ir 1983 for lhe firsl time, allhouoh ir small rumber, lourisls from Kuwait. Pakistar, Israel and Syha vsted Baku. lhe arrival lourism agents from Asia, Africa, Latir America, lurkey ir Baku was speaking about growing tourism irteresl wilh reoards lo Azerbaijan (Gasirnli,

Sovereigrty cl union republic, arnouncernert by lhe internatioral comrnurity c lhe erd of lhe “cold war’ contributed lo the developmerl of lourisni re!ations. Besides lhe Mair Department for Foreigr lourism urder the Cabinet of Ministers ol lhe Republic cl Azerbaijan, ABIU, Sputnik», Society cl frierdship and cultural relations wilh toreigr courtries, lourislic organizatiors liRe “Veten” and others were cortribulirg as weII for this lourisni flourishincj. New relations ard torrns of lhese relalions were comirg. lhe total rumber of foreigr citizens visilirg our republic ir 1986 was 50575 ir comparsor to lhe 52315 ir 1985, includirg 45924 toudsts agairsi 47898 ir 1985. lhus, lhe flow of foreigr tourists ir 1986 was 95.8% of lhat of ir 1985, ircluding from socialist courtries 90.3%. Total rumber of visitors from capilalist countries ircreased tom 15903 lo 1 7023 people, meanirg 107.0% cl lhat ol 1965. lhat year lhe represenlalives of more Uiar 50 courtries visiled our republic (Gasirnh, 2005). Ir February 1986, ir Paris National Cerler for Technical Intormatior lhe Seccrd Sabor of lourism and Iravel was held. More thar 710 tourism, lrarsport and adverlisernert companies from more thar 1 00 coLintries of lhe world took part ir il (“Bakirskiy rabochiy” newspaper, 1986). French community showed a greal irteresi aboul lhe exltbilion of Azerbaijan. II was held on lhe developmert of inlernalioral louhsm and achievements ofkerbaijar ir this tield. Ir AprH 1986 people of Baku were captured by lhe e,ibiUon “Brgaria lhe courlry of lourism, lhe courtiv of friends”,


orgarized by Touhsm and Leisure Associa1ion o’ Bugaria, joiryi th lhe 3epadment for Tourisrn o Azerbaijan Repubic k”BaKnsk’ rabocMy’ newspaper, 1986). lhe total number ot forefgners visiting our counlry in 1987 was 63133 against 50575 ir 1986, induding 59861 tourists againsi 45924 in 1986. Thus, the infiow of foregn tourists to our repubiic in 1987 was 130.3% compare lo 1986, lhe irficw ol tourists from sociaiist countries was 69.8%, from VVesterr and deveiopirg counthes 18077 peope against 17023 ar 30.2%. These tourists represenled 50 couniries ot lhe world (Oasirnii, 2005). In 1 989 the agreernent between Turkish UEsir and “Azinturservice” was signed. II was a contract on foreigi-’ exchange free tourist groups exchange (“Vishka” rewspaper, 1989). in 1990, tourisis from 40 countries of flue world, inclLlding lhe United States of Arnerca (USA). Canada, Japan, France, Finland, Western Beriin, 1 Italy: Mexico, Australia, etc.(”Baku workmen” newspaper, 1990). For len years (1980 -1990) the number of foreign touhsts visiting Azerbaan had increased four limes, In turn, thousands ot cizensi of Our countiy had spent their vocations in different countries o’ lhe woild (“Baku workmen” newspaper, 1 990). Since lhe beginning o’ 1 989 lhe ‘intouhst” was reorganized, and a single seif-sustained organization “Azirtour” was created. Its objective was the developrnent of tourism both urder lhe State Cornmittee 011 Tourism, as weli as based on direct contracls. “Azintour” ohered more than 10 types o’ touhsm in 1990— group, individual, by professors. hunting, transit tI’rough the USSR, business lours for businessmen, oongress tours, ad festivais, tps to twin cities of Azerbaijan and olher countries, etc. Alter lhe coliapse of lhe USSA lhe tourism industry aí Azerbaijan faced the chalienge of irding such ways lo buiid effectlve \«ays of managemert that v:ould allow strencilher’iug market positions of everv orgarizalicn, dealing with seniice deiivery lo tourists, and thus tacíiitating lhe fudher developmert f: the entire tourisrn busiress sector. Onty lhe cleariy fomiuiated deveiopment concept for lhe sector couid ensure lhe relevar.t levei cl quahtj o’ tourisrn seivices, ccrnpiant with irtemationai standards. makïng lhe touhsrn sector o! the Republic aI Azerbaijan competitive and iead lo significant morasse of incoming and outgoing tourism, Given this condition, baseci on lhe recommendatior ot the national leader Heydar Atiyev,

r

(

-

-

lhe Law of the Republio of Azerbajan on Tourisrn was drafted and adopled, lhe Law on Tourism N674 lO, from the 04,06.1999 defined tourism as temporary depadures (traveis) o’ lhe citizens of lhe Repubhc o’ Azerbaijan, foreign citizens and peopie withcut cilizership and permanecI residerce, for healih, ccgnitive, ofessiona and business. relgious and olher purpcses without a’igaging in paid labor activities ir lhe oountiv (piace) of lemporaii residence (Biiabv, 2006’. Depending ar lhe services delivered and services category o’ population, tourism is divided mio domestic and international. Donuestic touhsnu is lhe lenuporany departure o citizens o’ a specific courtny from lhe pEaces of constant residence within rational borders of the sarne oourtr tor lhe purpose cl rest, provision ot own cognilive needs, spoils and olher touristic purposes International tourisrn is systematizad and targeled activities of lhe entities o’ tourism sector, relaleci to dehvery of lourism services and touhsm products lo toreign cítizens on lhe territory Çincoming tourism and lhe deivery of tourism services and tourism ucts abroad ÍDCfl tourisrn), lhe Law on Tourism aI lhe Republic o’ Azerbaan N674 IS, from lhe 04.06.1999 provides for foiowing definilions of domeslic, foreign and mncoming tourisnu: “Donuestic tourismi is lhe travei ol cílizens cl lhe Repubkc of Azerbaiar and peopie wilhout citizenship within lhe tenlloi’ of lhe Repubho o’ Azerbaijan; “Foreign tourisnu” is lhe travei aí citizens of lhe RepubHc o’ Azerbaijan and persons withoul cilizenship lo olher countw; “Incorning louhsm is lhe travei cl non-resident of lhe Repubkc ol Azerhaan and persons withoul citizenship within lhe terrilcrv aI lhe Repubkc o’ Azerbaijan (Biiaiov, 2006). Uteralure alce gives lhe defmnition cl a dcmeslio lourisl. lhis is a lemporaw visitor, slaying ovenuighl(s), i.e. visiting a piace for at leasl one night, conslanlly hving iii a cedam area and trave Wing for lhe purpose o’ tourisrn lo olhar lerritory wilhin own counlry, bul oulside cl lhe piace of residence for lhe period nol exceeding 1 2 nionlhs and rct engaged in lo paid abor in lhe placas of temporar’ residence (,Kvadanov, 2003). Cc April 1 B’, 2001 hy the Decree of flue Presidenl o’ lhe Pepublic aI Azerbaijan lhe Mmnistry aI Youlh and Spods was


transformed b to the Mn:stw of Youth, Sports and Tourism, The ne*

Ministry started active intemational cooperation for integration o!’ Azerbaijan ir to intemational tourism market. itis was also eased by tine estabiishment on Juiy 6, 2001 of a pubiic organization lhe Union for Deveiopment of Tourism lndustry of Azerbaijan ATSli), aimed at facilitating tine establishment of higinly efficient tousm industry. 1 On September 25, 2001, Azerbaijan become a member « tinis inlemalional organization General Assembly of World Tourism! Organization NTO) ineid iii SeoUl, Soutin Korea, lhe access ot] Azerbaijan in lo WTO, winicin unites 150 countries of tine world, f: ai ali woUdd heip tine integration of Azerbaijan as a country vtb high’ lcurism potential, ir lhe wcrid tourism market (Ragirnov, 2007). Or ot V’[fO areas is tine anaiysis of toLlrism capacib,’ of countries, coiiecting a slatistic data on ali types of tc’urism. VVFO periodicaityi sends tine Ministry of lourisrn of tine Repubhc of Azerbaijan differentj guirjeknes refiecting detaiied anaiysis 01 ditferent regions of tine wor’ from tourisrn capacity perspectives. WFQ organized severai tinï trainings for tine stall of tine Mnistry on humar resource tranng ir I[’ fieid of toLlrisrn. A ot of hopes were abcut tine irnp!ernentation of fir internationai project °Great SiIk Way” as Azerbaijan was inciuded V., to tine trans-conti entai toLjristic route, rehabihtated on tine account o! lhe cooperation between tine Worid Tourism Organization and’ UNESCO. “Great Siik Way” is very important for econorny, transport communication and tourism developmenl. t is weW known tinat Azerbaijan lias ricin cultural ineritage and ancient monurnents directy. reiated lo tine Siik Way, winicin is a veiv allractive resource for cuitura and cognite tourism, hi tine count linere are more tinan 6 tinousan monumer’ts ol archeoïocjv, arcinitecture and culture interest tinat a protected by tine state. A ict of tinem are dated BC (Ragmcv, 2007). lhe Azerbaijar Internationai Touhsm Exinibition (AtE) first inekI ni 2002, was not jU;st supported by WFO, but also was inciuded b tine general catalogue of tine organzator. Tine objective of tine yeariy conducted A1TF is tine clear visual and bhghi demonstration of th toursnn capactjof Azerbaan: deveiop beautiful pads of tine courby and to serve as ar active and efficient teci ir pusinilio tourism ofi ir to tine worid sertce market. hi 2002 WTO conducted ar assessrnent ot tourism capat of Azerbaijan, inowever tast improvements hi tine market requíre mor. frequent reviews. According to tine expeds, positive factors in tine

Ç

tousm sector ci tine repubiic create opportunity for raising tine competitiveness o! nationai tourism industry at tine intemabonai ievel. By tine Decree 1029 of tine President of tine Republic of Azerbaan Mr. Heydar Aliyev, from August 27, 2002, tine State Rogram on tine Development cl lourism in Azerbaijan for 200212005 and the reievant Piar of Actions for its impiementation ,pproved. Tine winoie range of tourism activity consisted of 30 types ci activities, approved ir tine reguiations “On irnprovement of Certain Types of Activities”, approved by tine Decree 782 ol tine President of me Repubhc of Azerbaijan, dated September 2, 2002 (See. hltp://wrtw. izvestiaru! azerbaiian/ ariicie3056D1. • of tine adopted Stale Prcgram cn Tourism basis Tine was tine estabhshment of tine mcst j Daelopment in tine couniry favourabie environment or aflraction ci investors ir to construction of bidsm infrastructures. ir paraliei, tine legal framework was devebped, tourism inormation dissentnation and support centers were created botin within coUlntry and abroad. Over tine entire pericd ci implementatior. cl tine tirst State Program, tine state iiad cinosen tine poiicy of minímai irtervention in tinís sector and tine ievei a quahty development and price parameters in tine sector were reguiated by market demand and suppiy. Sucin approacin parUy facihtated tine attraction of investors in to tine achievement ol tine targets set developmenf of tourism infrastructures. lhe Decree of tine President Minam Aliyev ‘Cii Activities for Acceleration of Social and Economic Deveiopment ir tine Republic of kerbaijan”, dated November 24, 2003 and “Tine State Program 011 Development ol Regions of tine Repubhc of Azerbaijan” from February 11. 2004 were important steps for tine furtiner development [of me country it is pieasant tinat tinese documents cover issues of fie deveiopment cl tourism in tine regions ci tine countRf. These &cumstances sinow tinat tourism reiated issues are in tine center of aflention of tine inead of tine state. Tine year 2006 remains iii tine inistory as tine year of tine determination ol the direction for tine deveiopment of cuiture and toism ir Azerbaiian. Based on tine Decree o! Une Presdent unam ‘yev, from Januarj 30, 20DB, tine Ministry of Culture was abohsined was tine Ministry of Culture and lourism nd a new unt astablisined (Biia!ov, 2008), Tinus, tourism became ar indicator of social-cultural deveiopment of tine counlry. Tine hcensing of inoteis

í.


relevanil

-

and elher edging facihties becarne lhe responsibility cl lhe re ministry. Based on the initiative of the Minist of Culture and Tou on December 22, 2006 the Azerbaiian Hotel Association wa esfabfished. TNs association is airned ai developrnent of ho business, mprcvernent of quality of services, development relevant legal frarnework, projects and programs. in 2006 lhe tirei students were admifled irio Azerbaija Tourisrn Institute. No doubt, thcse new specialists with hf. edLlcafion will greatlv conlribute lo lhe developrnent cl lcu intrastructure ei Azerbaijan. The students ot lhe new educaIi, facilify get education based 011 lhe curi iculum from lhe i<rerW Universily of Applied Sciences (Ausffia). this lnslitute pays a spe attention to mastering new technologies in this fied and to leamtç foreign languages, Given (he significant value of ver rich natural and rnedicir resoLJrCes for the protection ei health of population, the Presida ilham Aliyev, on Febnary 27, 2007 signed ar Order on lhe 81W Program “Resorts of Azerbaijan”, Reievant bodies were instructed ti ensure dornestic and foreign investments te deveiop resort areas Azerbajan, de[ver services up to international slandards and drail phased strategy foi lhe developrnent cf health and recreati centers. 111 2008 lhe Law ot lhe Republic of Azerbaijan tn Resoris, Natural -Medical Resources and Treatrnent-Recreation Sites” wr adopted. “Regulalions on Tourisrn-Recreation Arcas were approv1 hy lhe Orcier ot the President of lhe Republic ot Azerbaan, frofr.’ June 20, 2006. Regulations cornprehensively cover issues of wherej when and whal kind of facilities should be launched for full-sc ae u of tourism potentiai of lhe counlw. Paraliel lo üe dev&opment huge regional and local recreation areas lhere also rnust be transpod and engneering infrastwcture, adverPsernent boards ar well as anciliarv infrastwcture for tle relevant tourist roufs, frn Febniary 2009, lhe President of tlie Republic of Azerbaijan approv file “State Piugram on fhe Devefoprnent of Rescrfs ir flie Repubiic Azerbaijan for 2009-2016”. li is impodani lo emphasize lhaf lhe number of hoteis and lodgíng facikties keeps grcwirg every year. if ir 2001 fhere v’ere 66 holeis ir fhe ccuntrv, in 2008 lhe rumber of registered hoteis was 374. According lo lhe Minisler cl Culture and Tourism ot lhe. Repubhc of Azerbaijan Abulfas Garayev lhe Azerbaijan tourism has

an a worthy place ir lhe world fourist indusfry. The last four years. Azeitaijan are annually puf ir operafion about 30 hoteis. As lhe ter said. ir 2006 54 hoteIs slarted operafing ir Azerbaijan, il is 4ected lo have addifional 56 holeis ir 2009 and tola number cl [beds ir hoteis and lodging facilifies by fhe year 2013 ‘Mil be 60

aí Uiem

lisand (.Medeni.et” newspaper 2009). The total number cl ‘oreign citizens, vistirg kerbaiar in 36 was 1 898 939 whch is 42.5% more flan in 2007. According tsu1veys of speciahsls trom lhe Minisliv of Culture and Tourisni, out 1 408 988 are tourists, whch is 39.1% more fliar ir 2007. From among eI CIS counfries lhe mccl frequenf visitors are from lhe Iran, Uairu, Kazakhstan and Georga. Erom Muskm countnes Jdan, Babrain; from Eürope Gemiany. Austria, Bulgaria, Eintand. etc. A 101 of tourisfs also come te Azerbaijan from Soulh America; aity bom CoIumba there were 361 tourists ir Baku ir 2008 p:Mife:trend.a index,sbtnil/ newsid=1 426164). Since the development of multi-lateral relations is one ci lhe ç4bity directior of the pohcy ol inlernational tourisrn, the Ministry eI ufture and Tourisni continues own activities 011 sellrng up

boperation with UNWTO, lslantc Conterence Organization, Black Sea Ecoronlic Organizaton GUAM Tourism Council of 018, joining Sdsting tourism projects ensuring active padicipaton in international tnts, deveioping new proposals and projecte and sLgning seements on ceoperation.

The Minislr; cl CLilture and tourism takes part ia projects hke Wine Routes”, “Alexander Dumas ir lhe Caucasus”, implemented [under the Kiev Initiative of the Council of Europe, in lhe prcject “Gefman SeWenient in Azerbaíjar’ under UN’A[ÍQ.

lhe dalI agreemeni. te be signed betweer Azerbailan,

Kazakhstan, Iran, Russia and Turkmenistan 011 cooperation for lhe development ol cruise ruts ir file Caspian Sea, lias already heer

lhe Ministrv ci Cuiture and tourism lias drafted and submitted te lhe Cabinet ef Ministers lhe “State Prograni cii Developrnent cl Tcurism ir Azerbaijar”. One eI lhe mcst impoitant comporents cl lhe program is file developmert cl hotel capaclty Besides, lhe main emphasis ‘MM be niade cn lhe upgrading cl hotel capacity up lo intemational standards ci safety, hygrene and service quality. Another probieni requi[ing altenton s cvercomirg lhe easonality cl Azerbaijan teurism, when lhe main 1 low happers ir

j


c-J

sumrner times and rJuring the rest of lhe year, the sector is ir a stat’ o anabosis. lhe pr::g.ram ervisages Iearnirg lhe experience advanced touristic countries On attracting tourists during 10w seasrn establishing relevant irfrastructure ir the courtw and developing ne. types leisure and touristic routes. of Bv lhe initative of lhe M’nstr of Culture and Tourism January 2009 the Associatjon ot Touhsm Companies of Azerbaija. was established. Main goals ot AlGA is lhe developrnert ot toufis in ali regions ot lhe country, protecting lhe rights of citizens that u touristic seívices, assisting in the introduction 01 reduced taxatb. and deveioping legal frarnework. oitianizino trainings for upgradir lhe skills of personr:eI from te sector, delivering practical assstan lo toLlrism companies cl lhe country ir accessng intematio niarket, by mproving the image of Azerbaijan as a tourisrn countiy. There are eight National Parks in the countw (“Shirvan’,j “Qrdubad, ‘Aghgol”, “Hirkan”, “Albaghaj”. “Absheron”, Shakhgaghi and “Goygoi”.). 11-e purpose or the eslablishrnent « such parKs lhe preservation of endemic flora and faLira. National Parks is a ney phenomenon for Azerbaijan, bul they are aflractive for touhsri organizations from lhe perspective of ailracliveness of local natu:: By crealing Nationai Parks, we can deve!op ecological tourism ir countiv and increase lhe awareness o population on natural preseivation. Ore of the pricrities of lhe governmeni of Azerbaijan ir ti” tield of tourism is lhe construction of Summer,’Winter SporlsTouHst Cornplex “Shakhdagh”. II is envisaged to build hoteis, a CenL Square of the town, M’o main iiffing stalions, eight hfting stations, ar1 inslali equiprnerl Tor artificial sro, hLild ar nterral road art infrastfticture system during 2009-2010. AI the begirning of 119 project, lis ervisaged lo seI ore out ci lhree lifts and build fle fir hotel station and skhng routes. lhe first four lines ai-e expected lo fr buiit next winter. lhe state irvestments wiii be used for th developmenl ol infrasbuctuies and iíts, ali lhe other facilities (hotetj catering, and enteriainrnent) wUl be terdered for irvestors. Accordir to the assessment, lhe total cost of lhe project is about 1 .5-2 bilíio. doilars (hllp://gusainews.ucoz.m/news/2009-04-24-334). Ali of the above proves that significant positive charges ir 1h2 1 ie[d of touiisrn are observed ir Azerbaijar ir lhe iast several years According to lhe Worid Eoorc:niic Forum lhe ratng of Azertaiar the lasl several years has irnproved lhree Poslions. itis time, 1tav & louiisrn Cornpelitiveness Index for Azerhaijari was 3,84 poinis. —

o

lhe tirst one ir rating is Switzerand (5.68 poirts). Amorg Asiar counthes, Brunei and Sri-Lanka are ahead ol Azerbaar (1 3-14 places). Azerbaijan is the third ol CIS countries after Russia and Georgia. In lerms ol lhe quality ol legal framework ir lhe tourisrn sectors Azerbaijan ir ir lhe 47 poslilor, irlrastnicture and li1 environmerl 84, humar, cutlure and natural resources postion. We have lo note tal expeits assessed 133 countIN based 70 chleria. According lo WEF, lhe volume of tourism business ir Azerbaijan in 2008 was 509 miilion USD. lhe number of peopie empioyed in ttis tield reached lhe levei of 39 lbousard. According to forecasta, lhe average annuai growth 011 touhsrn in lhe country for 29-201 8 wW be 8.896 (hltp://tureOvjJt.fti! contenV view! 4059/2A

17 CONOLUSION

So, tourism-excursion companies liave conducted a significant work during lhe analyzed period. fl should be mentioned tbat lhe planning of activities of tourism-excursion companies, lhe voiurne ol service and quanlity ol tourists covered by services and sighlseers was made in accordarce wth amuei aid five-year piara. ir lhe 705-SOa, of lhe last cerluw, a cl ot attention slarted lo be paid to developmenl of a new and rich recreation area cl lhe Repubhc ol Azerbaan. On lhe account of a purposeful policy cl lhe slafo in lhe fietd of tourisrn, Azerbaijan was transformed irto lhe leisure centre of lhe Soviet peopte. Documerts, evidence thal organization-iechnical activilies were reguiarly deveoped and impiernented ir lhe countiv Íor lhe purpose of receiving and servicing foreign loLirisls and increasing their awareness. lhe program ol toreign tourisls arrival ir lhe countw was corstanlly improved. including visils lo historical monumenls cl Azerba!jani people. industrial, agricuilural and olher sues and facihlies, organization of thealre, spoits and olher niass sha performances round labie meetings, friendship evenings. demonstration cl docurnentaw and adverHsenient fUnis. lourism has become a serious factor of inlernational cooperalion in Azerbaijan.


FFERENCES

Q.I/e.e’L. LVOStu3.ftW acHj/.j3°j.)/

,

vovag1

Bakinskiv raIjochiy; rBaku oerkrTlcnD nicwspapor. 1974, Mzj 21 “Baknskiy raLoclw; {‘Bakn v:eknei’3 ne.;spaucr. 37 Fcbua’v Bakinskiy rahochiy; [Baku .‘orRmen”) ne::spaper, 1986, Eehruer 13. 2akiis(nvraLociaf; r6aku vcuko’.en’)ne.:spaçor, 1986. Ap 12. Bakirskiy rahochiy’; (“Baku uvorkmen3 nousapor. 1990. March 16. Biiatov B.A. (2006); Pio rcguzatvn ot (coei’ coMi’ Cm Azerbaijani Ianquage)-Bt “Mo’_it ard(m B;:ae BA. (2008); T7io/7s;c’’ 0/ toev:c’R !n Ao-:ba,ani ian.juagel.Saku. -i.’:nfl Rabv B.A. (2009); Y’ic%r 4 e:’and !cutem ct lrotsaiji fl :5lr3CC 1.:e-Jsn— Baku, (da’, 11. Docrsion ei CC OPSU, Council ei M;rtsteís o) USSR and AUCBTU ‘Moasures fudhor dcvc(oprnont of munem anui cxcursions o countlv’, cíd, 30 05.1969: 411./O USSR: 1989:17.91 Docision o) CC CPSU and Counci] o) k’í;ri;etore o) USER: ‘Fulmior dcvo[opmat ur. tfJ pcr1 cii 11 02 IsM ZOpnIlOC 411 ,/C USER 981 152, 1062; 24 Gasimli MD).: (2005): 47c!&%Sn iri ;ntcmcta7a/cuea/!059t/cns uDOS. iO Tbi& Gulyavev V.G (2003n Tour.s”?. ccjncrubs ,rd soto! coo onei’t (vI Finance a stai elo. Kvar)alncv LA. (2003); Tcor.”I v1.. F:qancc cci Mamr’adov DiA.; Biiabv B.A.; (2003); lnconincj tounem o lhe Rcpub[ic o! Azer (r:stor-ical anui ooorjiaphical and social and oconornic aspocte); monograph; BaFo. Mairmradov DiA.; Suam’, B.A. (200-9: lncorning toudsrr’ o) lhe Azom[aijan chvemc1creii trznds. li’CliDOmalDl’I. Bakj. M’uvatr,v A. (2009). Dclo9pJl;o7?t Q/13LZ’JSP’ ,h AzaLiai,n 0c-4j :3!, Hc’-rAjt”. riev!epapcr Azefloo;an”, 2009: Mcv 07. Medon’el” Newspapcr: Juno 18. Racjimev 5. (2007); Rb conte/coto 101170 futuro Li’ c9tec2p.hg touca”»’: newsp “Baku oorknon’: Scpten’be’ 12 Ruos 1cr olr.ariuzat:or’ and condeicton O) sdf-piannci toumistic traJe and lhe tc:ri!civ o) tre L’SSR Appnotcd Lo AUCBTU. dd. 28.11.1972. aneri a 25 .0 1. 1983. Stalo Archivo o) llie Repuhlic ci Aoerbaian (SARA docunicnt coltocton 28: hei urit o) saio 75: 32. SARA dc.28. L.12. u .75. 32. SARA dc.26. L.12, u.r75. 32. Siate Archivo ci PcLJIl:cal Pados anui Publio Movcmcrts o) fluo Rcpublic cii Azerb (SAPPPMRA); dcl; [.59; u.i.150; 60-65. SAPPPMRA, dcl: L59; u.i.150: 74. SAPPPJPA. dei; [59; u.C.176; 88-91. Vishkc’: newspaper; 1989; Octobcr 21. hutio//cc.lcilai-ftutronciay/lorwlsr’uJ1451 a56i,irr,J hfl!a:/jousarnc’;:s.0007.nJ/ric,•.’s/200904-21-334 htto’//lurccivnt.nJ/contcrLtlvire’o/4059/2/


II

THE EMPLOYEE’S SATISFACTION AND THEIR PERCEPTION OF THE ORGANIZATION PERFORMANCE IN A TOURISM DESTINATION

A SATISFAÇÃO DOS OOLABORADORES E A SUA PERCEPÇÃO DA PERFORMANCE DA ORGANIZAÇÃO NUM DESTINO TURÍSTICO LA SATISFACCIÓN DE LOS COLABORADORES Y SU PERCEPCIÓN DEL DESEMPEIO DE LA ORGANIZACIÓN EN UN DESTINO RiA ÍSTIOO

Giaciana Vieira * (aracionavieiro@hoImaiI.com) (jmendesruaiq.nt) Júlio Mendes M. Manuela Guerreiro *** (mngue,re(uaIg.pÍ) (pvaIIe(uaIg.pt) Patricia ValIe

[ESUMQ

A satisfação dos colaboradores é uma questão que tem vindo a recer grande atenção entre académicos e profissionais. A importância leste assunto é salientada pelos resultados a que chegaram alguns ÏJdOS que encontraram uma relação positve entre a satisfação dos »aboradores e a perfomiance do negócio, assim como pelo *senvoMmento e melhoramento de alguns conceitos de gestão. A Ídústria turística envolve uma amálgama de serviços e produtos e a .:yacção entre cclaboradores e turistas faz parte da própria expenência ft,fstica. Num estudo real!zado na região do Algarve (Portugal), um jestionário foi aplicado a unia amostra representativa de 577 aboradores, de organizações privadas e públicas, com 25 ou mais boradores. O inquérito foi dividido em cinco partes. Os resultados ómm analisados com recurso a um programa informático estatístico e permitiram à equipa de investigação apresentar sugestões e mendações com o intuito de aumentar a satisfação dos colaboradores de organizações de um destino turístico, muito dependente desta .&ústda. Acredita-se que o maior contributo desta Invest!gação relacionase com o facto da análise ter sido realizada de fomia agregada, incluindo jorganizações directa e indirectamente ligadas ao turismo, já que os turistas casomem não só serviços de alojamento e viagem mas também outros serviços como de comércio. segurança e saúde. Pvras Chave: satisfação dos colaboradores, athbutos cio satisfação, pedonEance da atização e destino turístico.

(

[


‘STRACT

a study cay

Emp[ovee saUsfacton has become a cmca! queshon, ::hdi led to an inoreased altenlon among academios and ;orotessionais, general. A positive reiationslip between employee satisfact:on, custom sahsfachon and busineas pedomiance found in some siudes aong t the deve1oprl]ent and ‘mprovement of some management conce h:ghiights the impoilance of 1h15 ssue. Tounsm is ao incustr Ihat invoM ao arnaigam of services and producte. where lhe interaction betwec

employees and tourists becomes part oí ao expenence

i-ac

oca

secunty services

sabsiactc.r’. saislacor aliriales, CR10251 •:i’

rarton-ance,

1

out in a Touilsm Regon of Aiaaie (Portugal), a suR’ey v’as applied to representaUve samp!e of 577 employees. from both pubiic ano priv organizahons, wth 25 and mote empbyees. The survey was dvided in fr. parte. ]ile resulta we’e anaiyzecl usirig a statscal procram aosng t team lo forniulate some suggesUons and recommendations in order k improve lhe empoyees satsfac:Ion in a tourism dasUnalton, high’ dependent on tMs industry. Tne main contribute of this research is belie lo be lhe agoregated way in whtch lhe empoyees ol lhe crganizaUon tourism destinaUon are analvzed. both directly ano indueoUv relzted to IL lourism actviti, as tour sts inleracI -iot only wlh accommodahon and tra se!vces, Dut also with shops. health and tourisír’ doai’

!SUMËN

La satisfacciãn cio los colaboradores es una cuesbõn oue t vendo a merecer gran atenclón entre academ:ccs y profesonsies. importancia de este asunto ha sido destacada por los esultadios a los qte llegaro:-i algunos estudos que encontraron una relacon positiva entre satisfacción de os coiaboradores y la actuacián deI negocio, así como ei desarrollo y a meiora de algunos canceptos de estão. La industZ1 tunstica abarca una amalgama de servicros y produotcs y ia ntetacoóil entre colaboradores y turistas hace parte de la propia experiencia turítica En un estuoro realrzado en la regiÓn dcl Algauve (Portugal). se apiroó LI1 cuestonario a una osijestra representat’va de 577 colaboradores, organizaciones privadas y públicas, coo 25 o mãs colaboradores. encuesta ue o,viuida en cinco partes. Los :‘esuilados fueron ana;izad con recurso a un programa informático estací:tico permibendo ai equi’ presentar sugerencias v recomendaciones con la meta de aumentar satisfacdón de los colaboradores de organizaciones da un destirt

ISDco, muy dependiente de esta industria Se ot-ee que a rnayor a’tIbUCIÓn de esta Vvèstigación se relaciona con ei hecho de que ei arJisisfue realizado de fomia auregada, induvendo organizsdones d;recta te irdrectamente unidas ai turismo, ya que os turislas consumen no sdo sacios de alojamiento y viaje sino también servidos de comercio, seguhdad y salud

Plabras Clave: satisfac: on do los colaburadores aIbut-as lo sEitotazocn actuartr Ia ganización y destino tu istico.

1

L,c-.crSll. ci /—igJrvd O:. tal Liam asd r ccii iia:9c t]2i.:ai A*::i*.t P’:icsoo ci tE ii; ci Economics, bn,vc’siiv ci Aigano, Pc’t’igot e r..-:arKcl,:lg Ascctaci Prefe’rZCr ai 1cr Facjliv cl Lz:et.,cs Lrv?r’it’, cl AIccrvo. Pelica PiLi ia Picd Qaa.tatz iZctczdz lo Eco-Elos Accou-l F oirsso ai no Rooja: ri Looccios. o -cru

ei Algarve, CentraL W,atDer 2ta:oci-2o)1


1’•

Ii

‘‘

1

LII

1.1

a

1,1. EMPLOYEES SATISFACTION

Scarpeilo, 1990; Rogers et ai., 1994; Lam eI ai., 2001; Matzier and Renzi, 2007). Concerning the service industry, there is lhe weii nown conceptualization “service-profit chaín”, which comprises a number of reiationships among employee satisfaction, customer byaity and company performance (Heskett eI ai, 1994). Even some new management concepts sucin as Total Quahty Management have highlighted lhe importance of behaviourai aspects of dpanizations lo increase productivity and satistaction,

[

1.

Matzier et ai. 2C04) claim that ‘iii modern manacement tey, empioyee satisfaction is corsidered lo be one of lhe most impodant drivers of quahty, cListorner satisfaction and productivity. Job satisactior nas been ccnsidered in a diversitv of ways and differertiy de9ned in var;ous sludies. lvancevich and Donneliy (1968) argue lhat there is an identical definiUon ot job satisaction, aimost every autinor lias given bis own. lhe most-used definition of job satisfactíon is given by Lccke (1976: 1304), who ftugh defines il as “a pleasurabie ar positive emotional state resulling from the appraisal ot ornes job or job experiences”. Robbins and Coulter (1996) affirmed that job satisfaction is ar employee’s general altitude tcwards his or her job. lhe importance 01 empioyee’s satisfaction as a dhver lo an organization success is highlighted by some managemenl concepls such as lhe Balanced Scorecard and lhe Total Qualily Management. Tine Baianced Scorecard underlines a causal relationship belween lnnovalion and Leaming, Internal Business Perspective, Customer, ad Firarcai Perforniarce (Kaplan and Ncitor, 1996). ir tine EFOM Modei lhe chterion People Results focuses on employee satisfaclior. among otiner indicators. From a maragerial perspective, it is imporlant lo krow which factors influence ernployee’s salisfactior. However, organizations are iifted by tine resources available, leading tinem lo decide how best freir e”orts shoud be appiied ir order lo achieve lhe desired levei of empioyee’s satisfaction. There are difterent methods for measuring emptovee attiludes. such as carrying oul empbyee surveys, conducting focus groups and interviéwing employees. Saari and Judge (2004) say thal

1

________________

II

lo be successful in a competitive rnarket, it is irnportant tha’ rnanagers know how their ernp?oyees feel and want about their work.J The human resource management shoLHd not be oniy a function strategy, bul an integral part aI corporale slralegy (David, 2001). Nowãdays, most organizations claim lo focus on thei customers lo provide strong cuslomer-oriented relationship, marketing. i\Ievertheess, empcyees are a key issue and as Chd (2006) daims, an irnpodant part of the organizaton seem lo be) sometirnes unncticed, DLI in irapprcpriate work environments and charged with lhe execution of unfair tasks, Due lo lhe pctenli impact they have on their business, it is impodant that manageis understand lhe specific dimensions tl-iat heip profile emplcyee’s afttudes toward their jobs. During the 1 960s and 1 970s, managers were especiaJ concerned wíth lhe organization efficient use of resources, Ir ord to deal wíth competitive envíronments, “optimization”, “cosi reduction”, ‘work measurement” and “quaiity conírci” were very irnpodant efforts to “do the job right”, being employees seen nurnbers rather than persons. lhe growing global competition of lhe 1980s cd lo lhe recognition that new strategies were needed, ieading some organizations in the foilowing decade to become more concerned about “doing lhe right job”, gaining “custom& satisfaction” and give more impoitance lo “empIoyee contenlmenl and loyally” (Rogers eI ai., 1994). Regarding lhe services ir general, and lhe tourism industry ir particular, lhe role of empovees is 01 extreme inlportance due lo the human conlact wiTch dErectiy influences tourists (customers satisfaction. Bueno (1999: 321) anjues Uat, in a tourism context “since competition between uirms is determined by skiWs, humr’ resources are a central factor ir achieving ccmpetitiveness becaus of tine new oppo:iunities broucht about by new technoiogies and importance of consumer iovaity ir mairtaining Mgh demand. Over the past decades, this industry and academics hae conducted stLidies or emplcyees. Role confiict, role ciarity, job’ tension, motivatior, empowerment, turnover intention and job satisfaction are some of tine arcas of stldy (e,g,: Kelly et ai., 1981; Dalessio eI ai., 1986; Lusch and Serpkenci, 1990; Vandenberg and


LJ

Due to its vson as a muitidimensional constwct. there are

he nost precise measure ms a wel-corstructed employee attitude survey.

-

-

-

varmePj number of standardized scaies to measure satisfaction on; severai dimensions (e.g.: Bettencourt and Brown, 1997; Hoffm and Ingram, 1992; Rogers et ai,, 1994), assuming that sonie ofthe dimensions are more impoitant to ernpioyees than others, Heizberg’s two-factor theory of motivation (Herzberg et ai., 1 959) is one ot the most influential and rnost criticized works ir this area. II diflerentiates between factors that can increase job satistaction rnotivators versus those which can prevent dissatisfaction, but do not lead to safistaction hygiene factois. Although Herzberg’s work lias received many critics, basio ideas have not passed out of’ hteratuçe. k fact, his basic ideas have aiso been adopted in marketing theory, Lising multi-affribute modeis to understand and expiam the construction of customer sai isfaction. ‘3. Kano lias deveioped a lhree-factor modei, hased mi Herzberg’s two-factor theory, bLii basic, performance and enhancement factors are nol defined a priori: the ciassificalionl depends on custorner expectations and varies between industries and even market segrnents. luis Kanos modei can be interpreted as a dynamic model (Matzer and Renz, 2007). There can be found in Pe human resource management hierature and in tourism and hospitaity research some factors thall influence empioyee satisaction. For exarnp!e, in a study carried ou in ;i-e Turkish Hotel industry (Karatepe and Sokmen, 2006), findings, showed that work and famiiy role variabies were predictois of job satistaclion: a study carried oul by Lam ei ai. (2003) zound thal individuais subjective nomis influenced ob satisfaction; LaTi et aLI (2001), in a studv on Hong Kong hotel empioyees, zound that age, educalional levei! ienpth of emp!oyment and marital status were related to job saUsfaclion; Brown and Peterson (1993) carried out a research which focLised on organizational vahab!es that influence’ frontline emplovee performance and job satisfaction, Seasonaiity, au irnportart variable in lhe touhsm inciustry and which affects ernployees satisfaction, has also been studied (Lee-Ross and Johns, 1995)!

EPAPER PREPARATION

lourism in Aioar’e has become ar industry of large irporlance. Beirg t’pmcaiy a sea-and-sur destination since the F196o’ it has beer the most impori tourism destinalon of Portugal. In Algarve. the Arade region lias become one of its reterence ints. li is composed by four municipalibes, with irnpodant and atfractive tourism facilities in the inland as well as ir the coastline. During 2004, the Arade destinabon registered 3.732.043 nights spent in hotel establishrnents, which means about 28,1% of ali lhe Algarve (INE, 2005). The anaiysis of employee’s satisfaction of this region was one of five studies that coniposed an aggregate research concerning lhe quality assessment of the Arade tourism destination, 2.1. MEFHCDOLOGY

lhe research was condLJcted during the year 2004, starting with a desk research ir order to coileci rehabie information of previous studies and coilect lhe available slatistics lo this research. Foiiowing this analysis, a survey was huiit, condensing many of the vaiiables identNed as importar’t ir pnavious studies. lhe universe was defined based on the tourism official statistics. ir hat year, there were 88 public and private organizations ii Nade regior that had 25 or more employees and fali into one ot lhe foliowing activities: a) at public levei: city halis, tourism oEfices, health, educaton, safety and justice services; b at private levei: cnmodatior. reslaurants, cates. bars and similar, travei agencies, transport seR/ices, rent-a-cars, parks, hbraries. museums, historic monuments, sports and spas. Ar extract sampling method was used to select the number of orgarizations. lhe extracts were iDropoionaWy delned accordmng lo lhe number of empioyees of each organizaticn, as wefl as their distribution within each job category. lhe organizations and empioyees were then selected aieatoriaiy. This resuited in a sampie of 577 suiveys. lhe self-admmnistered surveys were distributed, wiih the presence of an intervmew, 50 that they couid be immediateiy coilected, guaranteemng to lhe empioyees anonymity regarding their organizations. lhe suivey was divided mn five main parts. lhe first


.1

1

one inciuded 31 allributes associated lo the iJ&olrnance of people and organizations, where lhe responders were inviled to rated thern according lo their opínion and experience ir a tive levei importance Likert scaie. lhe sarne attributes were iii the second pait, but now lhe ernpioyees rated thern accoiding lo a five levei satisfaction Likert scaie. itere was ir this part a question regardrg lhe overai satsfaction with lhe working cordilions. lhe next Mc parts concerned dirnensions reiated to lhe way lhe organization delivered its services lo ckents, that the ernpioyees rated in order to assess 1 lhe quahPj levei ai lhe services, in their poini ai view and inlended lo know lhe way lhes’ saw lhe pedormance ai their organization. lhe iast part concemed socio-dernographic questions. lhe primary data was anaiysed using lhe statistic program Statrsticai Package for Social Sciences (SPSS), having ali lhe statistic tests been canied out with a significance levei of 596. 2.2. RESULTS AND DISCUSSION MosI of lhe coliected suR’eys are from Portirnão rnunicipahty (49,5%), refiecting Is weight in lhe universe, tolowed by Lagoa and Monchique municipahties, wilh 30,3% and 11 5%, respecliv% Çfabie 1). Municipa(ity

30,3

Lagoa

11,5

Mond.tque

8,6

Silves

49

Podínâo

1

TABLE 1— Sample distribution occording to the municipality %

2.2.1 EMPLQYEE’S DEMOGRAPHIC CHARACIERISTIOS ,AND JOB VINCULUM te table 2 surnrnarizes the dernographic charactehsucs of the respondents. lhe employees were rnainly wornen (580%), 83,4% of the empioyees were beM’een 20 and 49 years old, being lhe average age of 37,5. A erge propodion ai the sampie was Poduguese ahe airnosl half ai 1(465%) cornpieled the secondarv schooi. lhe iength of ernployment vahed, being “frorn 1 to 5 years° frequent answer (28,9%), foilowed by ‘from 6 to 10 years’

1

20-29

Under2ø

34,9

22.9

1,9

1

TABLE 2— Sample demographic charocteristics

1

42,0

Charaderisficc

Mole

58,0

sex Fende

3039

Age

40.49

12,7

25,6

95,6

2,1

Poduguese

26,7

46,5

26,7

4,4

Natio na IUy

60 and more

50-59

1

Olhers

Primary

Hiqhest educationai levei compleled

Secondary Universlty

2.2,2 A1TRIBUIES IMPORTANCE AND SATISFACTIQN According lo lhe 31 given attributes, reiated to lhe peopie’s and organzation’s peroimance, interesting resulta were tound Çfabie 3). Most ai the respondents rated the altributes with 3 or 4 points ir a 5-point scaie, where: 1 Noth//7g /27?po#ant aI a//and 5 &treme/i. /inpolla/7t, lhe ones wilh a higher mean rate were the emp/ej’rei:t slah/11y (4,32), the supenbrs professÁa/7a/ sAi/Is (4,29) and the i’aaéifl abi/ily of lhe supen’ors (4,28). lhe ieast imporlant alifibutes were lhe range aí tesAs (3,19), lhe invo/veinent Qí emp/oyees ih lhe decXsións (3,39) and the de/egation aí rasponsíh»2/’és (3,55). lhere was ar’ overail hornogeny, when anaiysing rdsuits according lo lhe type of organization (pubhc or phvate). lhe affhbutes that showed a deepen discrepancy were lhe job aulonorny, the career progression, lhe saiary adaptation, lhe existence ai clear crienlations and lhe quality ai the given pruducts and services (t-lesl.s for tNo independent sarnpies; p < 0,05).


Li o TABLE 3— Impartance and Satisfactian means

Adequole solary

3,91

3,61

4,19

3,42

3,32

3,04

2,68

Mean: impartance

Olher benefits given by lhe organization

3,85

3,55

3,27

Voriable

6.

Existente of doar orienlations

3,69

Mean: salisfactio n 3,56

7.

Tasks equally dislributed

3,70

3,35

3,19

8.

Slimulus to preseM improvemeni suggeslions

3,42

Tosks variety

9.

Adequato working hours

3,86

4,06

3,13

3,60

1.

10.

Adequole equipment Ia wark

4,05

3,32

3,87

1 1.

Organization strudure

3,85

3,91

12.

Stabllity of your warking tean

3,74

3,28

3,68

13.

Adequate employees lo lhe lasks

3,65

3,22

4,32

14.

Knowledge of lhe organization objectives and slratogies

3,91

3,53

3,68

Autonamous job

15.

Informatian exchange belween sedars

3,91

3,61

2.

16.

Access lo adequote information in time

4,05

3,73

3,44

17.

Oired camnunication with super!ars

4,20

3,68

Employment slability

18.

Exomple given by superiors

4,29

3.

19.

Cooperation and bom spirit

4,28

3,25

20.

Superiors professianal skiIls

3,41

3,51

4,10

21.

Superiors Ieadership abilily

3,94

3,36

4,21

22.

4,18

Career progressian

23.

Responsibility with lhe environment prolection

3,99

Training and professional impravemenl

24.

Emplayee’s resped and recognilion

5.

25.

Stinulating working environmenl

3,07

3,36

4.

26.

3,39

3,90

3,34

Evolving emplayees in lhe arganizalian’s decisions

3,58

Considering lhe emplayees, clients and owners cancerns

3,55

27.

Competentes delegalian

28. 29.

3,39 3,56

4,00 3,19

3,87

3,91

4,01

3,68

Innavolian ability of lhe organization Responsibilily with lhe environmenl prolection

4,32

Quality of lhe produds and services delivered

32.

Emplayee’s respedt and recognitian

30.

33.

Stimu?aling working enviranment

31.

34.

1

1

L?’enhi o

Li]

When lhe ana!ysing employees satisfaction with the sarne atlributes in a 5-poinl scaie, where: 1 Veiy u/7881/SfJéd and 5 Veiy satified the jób atJtonomy (3 91), the e/7]p/oyrne/7t stabi/ilv (3,87) and the supenõis professiàna/ sAl/Is (3,73) were lhe iterns with higher average rale. On lhe other hand, lhe adequate sa/aiy (2,68), olher nefits gAleii by the oiganLatiàn (3,04) and lhe ihvolvernent 0/ emp/oyees fr 1170 dec/s/ons (3,39) were lhe ones with iower satisfaclion leveis. lt can be conciuded that, the empioyment slabihty and lhe i supehor’s professionai skiMs were the two allributes that presented higher importance and satistaction averages in this study. Ai anaiysis cl lhe satisfaction according to some variabies allowed us lo flnd significant staUsticai ditferences according to lhe education levei and type aí contract (Kwskai-Walhs tests: p=O,000, 0.000). lhe mair ditíerences according to the education levei are regarding lhe ernpioyee’s perception of the quaht\i aí the organizalion’s products and services, lhe taking in consideration the empioyee’s interests, the avaiiabihty aí the necessary equipment and lhe adequate saar, whicb are inverseiy iower lo the educationai levei. Regarding the type aí conlract, the satisfaction ievel of empioyees is higher when they have a more stabie reialionship with lhe organizafion. lhere were few stalisticai ditíerences íound when exarnining lhe satisfactian per number aí working years iii lhe organizalion; lhe more reievant are regarding the íaliawing aftributes: the emp/oyment stablllfr, the autonoiny cl a/eiA and t/7e oiganL7atk3n ‘a responsibllily/ presefvatián 0/ lhe enl/fronipent (Knjskal-Waflis tesis: p=O,000). lo sum up this anaiysis importance versus satisfaction, a malrix was bLliit in arder la iMustrate the averah apinion aí Arades employees, regarding their work and respecliveiy arganizations (Figure 1). in general, lhe allributes were given itgher rates when considering lheir importance than their safisfaction. As lhe figure shows, most cl lhe atlributes fail inta the Quadrant 1, showüig higher leveis cl importance and satisfaclion ta attribules such as lhe emplcymenl stabihty, lhe superiors prafessionai skiWs, ihé professionai competence of superiors and the cooperation and team spirils. lhe adequate saiary stands out as a very irnportant variabte wilh a icw satistaction rate. inverseiy, the variety aí lasks gels a higher levei af satisíaction than importance.


1

4.50’

4,00-

3.50

3,002.50

9.11

9.111 3.00

•7

•28

o 1.

1

&‘ 4.31 26

29

S ali, faz lia e

24

21

39

•ii

•i

•22

Figure 1: Strategic matrix regarding lhe employee’s posilioning: Importance venus Satisfactjon

9.1

QAV 4.00

A global qLieslion was presented lo lhe enquired employees, relatively to lhe overall satisfaction wfth lhe working conditions, In a 5-point soale, where 1 — Veiy unsatif/ed and 5 — Le/3/ sa6fi 53396 staled lo be Satishecy. whi!e 5,996 were i”erv sahshái tb comes acno wth lhe results found so far when analysing the 31 allributes, rneaning a general gocd evauation ot lhe worK ir lhe Arada desi!nation. 22.3 QUAUTY OF THE SERVICES DELIVERED BY 7W ORGANIZATIQNS Jhe employees were invited to rale their organization according lo six diniensions related lo lhe quality ol lhe serx4ces deiivered lo clients. Within a 5-point scale, whei-e 1 — i/etj’ bad and 5— [/etj’good lhe means go from 3,53 lo 3,75 Çfable 4),

_______

Dimension

1v

ti

11.1

Mean

076

St. devintion

TÁBLE 4— Evaluation of the services delivered yjie organization Services detivered lo tourisli1clients

0,79

0,76

0,76

0,71

3,72

3,72

3,75 3,74

3,56

Sensitlvily Informotion given to lourisls/clienis

3,53

0,84

Phy&oI condilions of lhe working place

Professionolism Services coordinalion

An analysis par levei of identificaton wilh lhe organizalion allowed us lo find sign’icant statisticai ditterences lo alI dimersions except lhe pbysical conditions of D’e working placa (Kruskal-Wallis lests: j0,05). This is corsidered to be an important sign, showino j that employees have lheir opinion regarding lhe ser’Âces delivered and give importance lo lhat: lhey do not confne lheniseives to do ili&job.

1

2.24 THE PERFORMANCE OF lHE ORGANIZATIONS lhe overail evaluation of lhe organization, iii lhe eniployee’s opinion, was dona according lo four elements: lhe intention lo recommend lhe organization lo family and friends, lhe levei of identificaDor with lhe organizalion, the intenlion lo re-appiy to lhal organization and lhe evaluation ol lhe colleagLle’s commitrnenl lo lhe job. Regarding lhe inlention lo recornniend lheir organizalion to family and friends, lo woil<, 60,1 % would do 1 wilh no doubt. Only 32,5% said rnaj’be and 7,4% no. luis question presented a slrong corelation wilh lhe overali salisfaction < lest: 0,000). lhe satXsfied and lhe r•e’y saiis/’éd employees expresaed their recommendation inlention with more obviousness. hle sarne tendency was found when employees were asked abat their irtention lo re-apply to lhe sanie organization where they re working aI lhe momenl, when looking back — 61,1 96 said iÇes aid 31.1% n?aI’be. As well in lhe previous item, 1 was found a tecI: j0.W0). wilh süong correlation wilh lhe overali satisfaclion lhe ernpioyees sat,sfiéd and lhe veg’ sat/sfíéd declaring their intertion lo re-appiy wilh more cerlaint\’. Conceming lhe levei ol idenlifioation with lhe organization, ir a 3-point scale, where 1 — weak and 3 — strong 68,4% said to be roasonab/y /dentihëd and 21,9% strong/y identihéd


few

were

tine

were

fact

Wpe

satistadhon

is

ar

municipahties

ernpioyees

taur

onjanizalion

aI

seasonahty,

lheir job (siso1 te cornniitmenl ot their coileagues accordfng lo lhe previous scaie), received 727% teasonabÀd aí IL answers and 21,9% sirong, whch indicates an overali good irnpression aI the people working withir lhe sarne organization. hi an open question. where lhe empioyees were invi!ed lo] presert suggesticns lhat wou!d lo raise their satsacUon ievd1 regarding lhe arganizaton where thev worked, we can point aút a:, lhe lour more quoled: salaij/ ra/se, adequate se/ai 1K PayTY?eAt e.vtraord/hag/ woIk/170-/7ours and o//ter benefits, Ali these sucjgestions reiated lo cornpensalions, rneaning lhat, ailhough lhe empioyees aí lhe Arade region consider themseves genera*y] satisfied wilh lhe working ccndificns, they lhink lhey deserve l receive rnore.

very

ECONCLUSIONS in a region, where toLlrism has becorne one aí lhe mo’ impodanl seclors, lhe ernpioyrnent ias been one of lhe mo impodanl assets lo lhe residenis, Findings from this sludy ailow i.. lypicai of a sea-and-aj lo say fi’at, ailhough with consider4 lhe overali destinalion, 1 gool. arxI foLjnd within lhe Na dilterences Phvalej pubhc aI reiated lo the that we are eading with a rnatu which iead us relate lhe lo lhe destlnalion, where taurism is faced as ar intrinsic lart aí lhe Aigve, where lhis region sete. 1 lhe ernpioyment stabihty and lhe superiors professio abihty were lhe ailribL;tes with higher rale aI importance satisfaction. Oniy concerning lo lhe measure aI satisfaction tawa lhe gven attributes, significart statstical differences vere fai regarding lhe educational levei, lhe type aI contracl and number workng years. GiabaUy ali adributes were given higher rales wh& considering their impodance than their satistaction, which means gap lhal needs la be fLlltii!ed. Even lhough lhe overail satisfacljon considered lo be good, 1 doesnt meel lhe empioyee”

-

-

-

‘2 VJe:orwa:r (2033); ‘2 desVnations; Tcedsvn Rei-e.-: 58:

M and

li

-

Na-.-.’ rorsoccuvcs cl sdsfaelion r-escarch in 3. 6-14.

Beltencouri, L. and 5. Bro’:rn (1997): Oanlaot emp!000s. robtionship CITCI1cJ olpIace faimess. joh satnfaclron and prosocial behavors; Jcu.77a/ ofReia;’nrr 71 1. %-61. &e&n. S. and R. Pe4.ac:, (1993) Nilcccdcnls and CDns.aquel’Ic:s cl sa’espc-rscr, eh taclkx: i:-’--ar.a\’s(s and assessmorl c causal sffe:Is; Jveau’ ct 11e’t.g rc/ 62,88-98, B&nD, A. (1999): Conlpchl[vcI-Icss in lhe Tourisl lnduslw and lhe Rolo of the Sparnsh R Adminisli-atron; tLndam Spcds/ Issuo on C’cnioef,tjv,joss ih Tnyflsyj7 and f/ta//fr 47:3. 316-33] &. K. (2203’: A s!r*lL,ra) r::aI’cnshp anayss of hotel errpcvees tLintVCr r,Ier,1E:n AaPacJouma/cfTcu.,sn7p:DT/. 11:4 321-337 Dssb, A.. W. SE--ernan, J. Sohuch (1983): Palha lo tume,’or: a Ie-andysis and of existing data co lhe Mohlc-y. Honier, and Hdllingsv.-crtl lumovor modd; btnw,flelarons 39; 245-254. Dati, F. (2rn1); S:Jcgr A%nage-77o[?t: GOt7ccpt5 Upper Senda Rver: NJ: Pronlice

B1BL100RAPHY

expectations. For instance, lhe adequate saiary stands Oul as a very [frnPartant variabie wíth a iow satisfactian rale, An evaiualían aI lhe services dehvered by lhe organizations r received medium-high rales by lhe ernplayees according lo lhe .dimensians presented. This question and lhe pedarmance at the aganizatian, according lo lhe ernployee’s perceplion are generahy lo their levei aI ider:H9oalion w1h tiie arganizalion whe,-e tFey work. a nese resuits aliaw us la say that, althaugh wilh a satisfaction gap, lhe Arade empioyees are slrang!y camrnilled la lheir job and Ibeir deslinalion. INis study was a tirst picture of lhe Nade deslinalion mgarding this issue. lis argued that this kind aí study shouid be done, aI ieast lwice a year abng with a slralegio plan to improve lhe enployee’s satisfaclion, Betting on lhe improvernenl aI lhe satisfactbn ot lhe emp!oyees, according la lhe affributes presented raled as more irnpodant and iess salistactory, betier resuils coLiid [Jxobably be expeoted from lhe organizalions.

I -

±m

1x±is,

It -


LJ

.1

Hc7bolo, EB0iausner and B Soolonrar. ,959) fle ‘roIo!.:v /0 000’d NU ‘‘nrk,, V-.•Ç!cv Hcskell. J.. T. donos. G. Lovoniari, vV Sassor and L Schiesinger 1993’: Pullrng fr erv;c :jirotil cha)n (o c:ork; Haneío EL;5?;Jss Rotçc:t 1 154-175. HoAn-an, 1<. and T rigram, (1992); SCRico provider job saustachon and cuslome orion(od pedorn’ance; jcuina/o/Scji%ocs 1’Lsta:tnc 6; 1 68-78. (R’E nshtulo Nacional do Eslafratica (2005!, Ancoro Estot.stco 00 Ro2a do A/gawl 200-.’; Loboa. lvaricovich, J. and J. DonnoNy (1974); A Sludy ei Ec’!c C!aritv and NL:Cd for C[arity fr Thrcc Occsparonal Grc&ps: Acao:::. of 0roocj’:t[jzcra 47 26-3 KCpO’, R. and D. ‘oton (1996. Us:nci tlio ba’anced soorocard as a stat, nanacorror) C:Ct.T; Hsqs’JBLIST,cssRQno::: Janua/ Fobruan ctVo: in Kety. J.. 1. Gabo, R. HOe (1981); ConfiO!, C’aril’. TonOon aed Sal S;oro vÇro ‘cr ROos, doo-moi o/A:! .257-27-32 Lain, 1., R. Pino and T. Baum (2003); Subjectivo noons. Effccts on iob sahsfaclã Aortso/TounsmRcseawfl 30; 1. 50-177. Lam. 1., H. Zhang and T. Baurn (2001); Ao invostcjat:on o( emp!ovoos job saUsfact. lhe caso of hotds o Hong l<ong; roumOnM0nogomont 22; 157-165, Loc--Pnss. D. N. Johns 1995): D;mcnsionalih’ of lhe Iob diagnosl:c CURO’! arn dlislrrici subgroups ci soasonal holcl n-oil<ors; Hosrri :,j. Reseotch doiinoa 19: 2; 3’. 30 Locke. E. (1976:. Tr,c nature and causcs o ob sa’.stact;on. in [3 D. D.rrce Edj fLndboo’ or moro/tu! and o’as’;zofLn’;aI Q’;aOoo Ch;cago, Par.:i \‘.c-;aily; 1319 Lust R. aro: R Scipkorc’ 11990), Porsona! D,ic’oo:os, Job Ten6on. Job Ou4Te and Storo Perlorwanco. A StuJv ci RoLa Sioro lvtanaçic:s, rOumai o! ÂLsia:!2ro 85-01. MaL’br, K. and B. Rens! (2007); Assossincj asymmothc e)hcts in lhe (onTali1 a crnployoe salisfachon;, Tou’mOm AL’nagoniun 28; 1093-1103. Malz[or, 1<. M. Fuchs and A. ScLubod (2004); Emp!oyob salisfachon: Does Raros rodo! apphfl; TotaIOusin—.4flnooomcn/ 15; 9/10; 1179-1196. Robhrns, 5. and RÃ. Couor (1991) 41s’cioomcot Uppor Saddle Rmvor: 11; Prenlr Ha± 1995. Pomos. J i< Cb.i andl. IK.ali (16:1!: Increasina ou sais .a:o” o; ssrvoo p’orsom rhg’;O1OfSEr000SA!.s’1otm;2 6. 1: 11-26. Saan. L. and T. Jnd9o 1034): EnpO-occ aB’Iuc!cs sul job salsia-otror,; .Hc:’L. R:s:o:s1.0’mo”:on 43.1: 35-197, Vandenberg, A. and V. Scaipo[b (1990); lhe rnalchinçi modo!. ao exalrinatror’ o! l[ processos LlndortyiocJ roalistic job prove’o!s; JoLili;:? o! Appied As: oho.bay 75: 1 67,


-i3iç

Ne.

ir Clarity a strateg )n in ai sfac!tx

15:

2:311

C’ arnw

ictta (EdJ, IIy: 297-)

c4

54:1

Ditom€1 vtng, !Yid41

.Ka7os]

ersor

Hu7 31 Qf th 1, 60-

F

AS COOPERATIVAS COMO AGENTES DE EMPREENDEDORISMO SOCIAL NA ERA DA ECONOMIA DO CONHECIMENTO

THE 000PERA]1VES AS AGENTS DE SOCIAL ERFREPRENEURSHIP IN THE AGE DE THE KNOWLEDGE ECQNOMY LAS COOPER’CMS COMO AGENTES DEL EMPREENDEDORISMO SOCIAL EN A EDAD DE LA ECONOMÍA DEL CONOCIMIENTO

Pedro Oliveira * (oed ooviieiierq;rciiicrerpi) Manuela Notário **

EESUMO

Na era da globaBzação e da afirmação inequívoca da importância do Desenvolvimento Sustentável. focadas nos variados fómns internacionais, suscitam-se diversas questões em torno da participação colectiva em matéria de Desenvoviniento Regional; designadamenle quanto à imociÊ,noa do Tercdro Sector pata reforçar o captai socal e a espessura insttucional dos territór;os mais exoostos à desindusthai!zaço por falta de competit:vdacie externa, nLim esforço de mobàzação da siedade c’ii para vencer desafios comprometecores do bem-estar iaI das gerações vindoUras. No piesente adigo eYpHca-se porque o empreendedorismo socal poderá contrariar a lógica dualista de mpetitividade regional inerente ao paradigma da Economia do conhecimento”, sendo esta potenciadora de um confito entre eficência e &iuidade (social e territorial), pelo risco de polarização geográfica do capital humano e da inovação que lhe está associada, inihrndo o potencial endógeno de crescimento da produção, cio rendimento e do emprego das regiões depauperadas.

Pvras-ci ave: Co;:oat:as, cnpe:oncicdcrsino seas]. osiicssura ir !1’*1Cfl3i. mcd ifroyad, redes.

I


1 Rbb 1 HAU 1

Coopeolvos. soca! entropor c’ushp nstut:co.o! t dcknecs,

irnovatie

n lhe era of otba;zaUon jneouiv’ocai affrniatcn of tF’e mpc’itance of .Sustainabe Dev&onment. focused on various intemat onal forris, 1 rases severa questons aboul lhe coective pai:cpaton a Regiona] Deve]opment. patcularly on lhe importance of lhe “third sect lo reinforce social capital and institLttional thickness lhe territohes of more exposed lo deiridustha]z aton for lack of externa] competitiven ess, in an eftcd lo mobhze civ{ socety lo cverconie chaienges ocmxomising lhe weJa”e of fulu’e generatc’is. this As a:tce expa:ns. soci ent”epreneurship can ccj’te”act lhe dua:st:c caio. of region compelll!veness inhereri lo me paradigrn 01 “l<noe[jge Eccnomy”, tch is leading lo a conflict behveen efficiency and equity (social and territoha as lhe inherent Osk of geogr-aph:c poarization of burnan capital and nnovation inhibit’ng lhe enclogeno_is potentai of grovAb of uroducUon, and emc’oyment ‘n lhe depeled reatos. inccme

Kov,;ords

rr:;e’j

ISUMËN En ia era de ia g:ohahzación y de ia inequivoca afirmac.:ón de

Cooporaivas,

empronderdor

soca!,

espesor institucional,

medó

ulipoilancia dei desarrolbo scstertje menc’onados en los dvetsos ioros ntenctccnaies. varias preguntas se pantean sobre la parltctpac colecbva dei Desorrolio Recional, en oadicuar la iiiipoilanda de] ‘tero sector’ para reforzar ei capital social y ei espesor institucional de os terTitorios más expuestos a ia saida de la iridListria, debido a a falta de ccnipelitv;dad exienor. co un es!uerzo ir mcv;tzar ia scciedad civ.i para suoera os desatos que cc!000n co pegro ei b.eneslar de las generacones futuras. En este at’cj:o se expca la razón Dorque ei emprenciedor social puede conlíarrestar la ]ógta dualsia de competitividad regional inherente ai paraDigma de ia ‘Economia dei Conocinuento, que está dando Ligar a un confcto entre Ia efioiencia y b eqLlidaa (social y temtoriai) a través dei riesgo de la poiaiLacóri geográfca de: caplal n’jmano y de ‘a :nncvacion que se ie asoc!a, inhibiendo ei potencal endógeno dei crechnerto de ia producción, los ingresos de y dei emicIeo co las recones sH “ecurscs 1 Palabras-c.Iavo: lr[novador. rojos,

• calcado ci b’.c ‘rd ‘o i:isliIi.c Ssert cO ÇtrcL3s cio TabaIno e ia Eoj’cza Llijlc U’ire”s.tcric ,ic Eiufpa’ado a E’:fesscr /i ele cio Dri.ïL’untc dc Ciêoo’ias Sc,jais o 0anflr:caais da Escola 5,ipctr cio GeslOc, e Tecnologia dc lnsll,jto PoILIácaco d’o 5anta’”i

Doutca em Economia pela briversidadi- do Coca, Professora Acíjucta da Unidade Técnicc-Cirnfflica do Gestão e Lonomra da Esc.ola Superior de Gestão e Tecnologia do Inotitulo Potitccnico da Carda k&wa±em: 2 ie,,,,r: doZE’Z 4atsteer 23 cl: Oere”.’ :03


11. INTRODUÇÃO

1

Na era da globalização e da afirmação inequft’oca da importância do Desenvolvimento SustentãveL suscitam-se diversas questões em torno da participação colectiva em matéria de Desenvolvimento Regional, designadamente quanto à importância do ‘Terceiro Sector” para reforçar o capital social e a espessura institucional dos territórios mais expostos à desindusthalizaçãc por falta de conipetitividade externa, num esforço de mobi[zação da sociedade civil para vencer desafios comprometedores dc bemestar social das gerações vindouras. A qualidade do telTitório enquanto “meio inovador” (Avdalot, 1986) determina o seu posicionamento numa hierarquia global dei desenvolvimento que tende a ser liderada pelas regiões melhor dotadas de activos relevantes para a actuação dos seus sistemas de inovação (constituídos por subsistemas interactivos de produtores e utilizadores da mesma) eni redes de difusão capazes de gerar sinergias em termos, não apenas, de incremento no stock de conhecimento útil às organizações lucrativas como tanibém de empreendedorismo. Ora, sucede que o risco de aprofundamento das assimetrias reoionais implícito na oonvergénoia geografioa dos recursos públicos e privadós, considerados na literatura como estratégicos para o desenvolvimento regional, bem como o papei do empreendedonsmo de cariz social para contrariar essa tendência não tèm sido explorados em conjunto pela literatura dedicada à Economia do Território e da Inovação, habitualmente distanciada da Economia Social. Face ao exposto. pretende-se com este artigo efectuar uma revisão da literatura sobre a probematica das cooperativas oorm agentes de empreendedohsmo social na era da Economia do Conhecimento. Neste sentido, procura-se estudar as fragilidades do modelo teórico de desenvolvhiiento regional ditado pelo paradigma da Econo/l7k? do Oon/ieci?nento (OCDE, 1 996) e analisar o papel das cooperativas em termos de empreendedorismo social. Pretende-se, assim, saber se este tipo de empreendedcrisrc poderá contrariar a lógica duaUsta subjacente a uni modelo de crescimento baseado em rendimentos crescentes a escala, na forma de economias de aglomeração propororonadas aos agentes produtores e utilizadores do conhecimento por via da concentração geográfioa de capital humano e inovação. Para o efeito, indaga-se

E 1

tanbém acerca das razões que estarão na origem dessas economias e demonstra-se que delas decorro uni elevado risco de lazação regional e sooiai Além disso, com o presente trabalho pretende-se dar um contributo partioular eni termos de argumentos teóricos sobre o papel das cooperativas (enquanto agentes privilegiados da Economia Sooial) na valorização mercantil dos territórios sob risco de exclusão das redes de transferência de conhecimento de alto tecr tecnológico, na medida em que aquelas podem promover a reinserção prossicnal de trabalhadores locais tornados redundantes no mercado de trabalho pela inovação tecnológica e pela deslooalização industrial por parte das empresas multinacionais, oonoretamente actuando como agências de contratação de serviços especializados consoante as competências e qualificações desses mesmos trabalhadores Tendo em conta estas observações, o presente trabalho estiutura-se em 4 pontos. Após a introdução, na secção 1. na secção 2 efectua-se unia breve revisão bibliográfica relativa à emergência da Economia do Conbeoimento na transição para o paradigma Pós-Foidista de produção, realçando os fundamentos neo-sohumpeteriarios, a génese territorial da inovação e o risco de pelarização territorial e social intrihseco nas redes de conhecimento. Na secção 3. discute-se o papel das cooperativas 001110 agentes do empreendedorismo social. Finalmente na secção 4, apresentani se as principais oondusões retidas desta investigação.

EMERGËNCIA DA ECONOMIA DO A TRANSIÇÃO PARA CONHECIMENTO NA O PARADIGMA POS-FORDISTA DE PRODUÇÃO

2.1 OS FUNDAMENTOS NEO-SCHUMPEFERIANOS DA ECONOMIA DO CONHECIMENTO

sopr di-se cooU que no uE-15

ccetej

um

Após ‘Os 30 Glonósos Anos” (1945-1975) de enorme prosperidade (Soete, 2000; Sapir, 2W3)1, os anos 90 são

No ‘RcLlãlo

cese,mento mddio oniai do PIB e1 de 1.0% je 3.5% em tenieS prv cap.ij. em que 1/3 desse er/seimellio se iicou a deusr è


-,

-

precisamente marcados por Lima ç::iante alteração do padrão de1 cobipetitividade das economias da Tríade (EUA, União Europeia e Japão), sob o paradigma de desenvolvimento estru turad o em tomo da “economia baseada no conhecimento” OCD E, 1996). Originalmente caracterizada por se basear na produção , disth buiç ão e utilização de forma directa do Conhecimento e da Infor maçã o a ponto de o Conhecimento, imbuo nos seres humanos (con1 capia/ /v’nano) e na tecnologia, assumir um pape l central no desenvolvimento económico (OCDE, 1 9g6: 9) afirm ou-se na literatura com a designação simplificada de Economia do Conhecimento” (Cooke e Leydesdoit 2006). Posterioniiente, no Manual de Os/o (CCDE , 2005b:28) é assumido que esta expressão designa “te/7dé/7cgs /iaS economig avançadas em drecção a uma niajor depe nL7énc/ conhecihiento, h7foírnação e elevados nu/eis de quah fuéações (sM/sJ, e a urna necess’dâde crescei7te para 11/72 f0/710 aces so a estes fl pafle dos sectores pakado e púh//cd’. Para se perceber a aderência à reahdade desta concepção importa reter o signifi cado e o contributo da Investigação e Desenvolvimento (l&D): “A I&D compreende o fraba/lio cruát/io prosseguido segu ndo urna base s&ematica em ordem a aumentar o ‘stock’ de conhec/’nento, uhc/u/,7do o conh?ecfr77ento do Homem, a Ou/tu/a e a Soci édade, e o uso deste ‘stock’ para desentoiïr /7oi8s aplic açõeff OCDE, 2002:30). A importância que o capital humano representa para as economias mais desenvolvidas poder-seà cons tatar foirnalmerte no reforço da u/7tens/d9de em /&D ocorrido na maiori a dos países membros da CCDE, no período compreendido entre 1 995 e 25 (Figura 1?; não obstante a evidente disparida de em termos de desempenho, em 2005 a média da OCDE (2.25%) é quase 3 vezes1 ao u’ .ui’ação d capital co r.lanIe ao crescimonle da r-cii’iode lelo) dos (acleres Do acode com e iakko da OCDE (2:557:29), o copIe) ‘rjmac refcre se ‘ao: tu r’ïalo aptrdc’es, ecmieot-SicIao e aitJl J’frtri5eces aOS ir,cf:v,rjuoS farLM Ffl que a c-oçSo co bem-es a irOS000I social e 00090:m,uo. sendo ca1lado iodo numeo : de ara dc esooluadade A vet.*crda:ie co’ AD 0000lOi à um de paro modose pelo “á ent-oadespesaernoadarcc’7.Dr’ocluicdao seov-re epresa’iae o soterra cientiTio-o e Iccooloqíco. indeIx rrdccitErunle da s oatreza uridrca P5 r,a’aer o e ai A sua Piora te-Colo pe’oeb o qra:j intensi de dade tc,unoP rnioa na respec tiva eUJçàO n]OPn fKonlarito o grau de 0090erÇIênCra da ecorrenini em causa r,a:a O cfc’idcptaradi’ima Farqc’txrq e131 2505 155

1

_

_______ _____ _____

0,00

0,44

1,00

-

_____ _____ _____ _____ ____ _ ____ _ _____ __

3,00

4,00

• 1995

2,00

= 3,81 7 3,53 3,38 3,11 2,94 2,85 2,62 2,51 2,49 2,45 2,25 ,17 1,93 1,91

D2005

‘ 1

1,79

ZF 15

países da OCDE (1995-2005)

1,5’8 • 1,54 1,45 • 1,28 • 1,22 - 1,13 1,11 0,97 0,81 0,59 ••—‘ 0,59

-.

superior ao alcançado por Portugal (0.81%). Nota velm ente, a jjsiândia apresenta unia intensificação tal que ultrapassa paíse s corno os EUA, a Alemanha, a Dinamarca, a Austria, a França e o Reino Unido.

Sweden Finland Japan korea Switzerland lceland United States German Denmar Austria OECD total France Canada Belgium United Kingd. Austra lia Nethertands Luxembourg Norway Czech Republic lreland New Zealand Spain Italy Hungary Portugal Greece Turkev Poland Slovak Rep. Me xico

nQS

FonFe, OCOE 12009)

Figura 1: intensidade em l&D

Paralelamente, no plano académico é suscitada unia revis ão das teorias e modelos subordinados ao lema do cresc inien to económico, em inha de ruptura com as abordagens tradicion ais (modelos Haftod-Domar°, de Solow (1956); entre outros)

20’cdoloHo’odoiea(.toooonitrasoVC EZOnu’Yia do DesenveMrt:cnlc. foi o pomoiro modelo especifico de er000inrento ascreLJ’c’nrtn Pmhn’ O’nn lOifl’,,fl”- (ir

Li


apologistas de uma perspectiva mecanicista espehada nas tunçõj de produção tendo como argumentos principais o trabalho e SIÜCÁ de capital (tangível ou material) e tratando a tecnologia cono variável exógena, ou mesmo “residual”; a ponto de se poder conckf

que “o conhechnento e a tecno/ogiá são ihf/uênciás e’dema s r

produçãd’ (OCDE, 1996:11). Para lá das suas especif icidad conceptuais, as abordagens teóricas emergentes nos anos 80 e 90, reunindo autores designados de /7eo-SohlJmpete/iã/7oS, corro

Dosi (1988)! Lundvall (1992) e Porter (1990). revelam como traço comum de pensamento a importância crucial que atribuem à

do t4r b/-dàecc/onal entre as díQersas

1

ihovaçãó na dinâmica das modernas economias de mercad o, privilegiando não apenas factores de ordem tecrológica mas também sociológica; como seja a aprenchzagem por ihteracç (“/e3flpi7gby/h/e/8ctfi•çj’ de Lundv all, 1992), a qual potenc a ia assimilação do conhedmento tácito por parte do receptor e a respectiva capacidade para o reproduzir em diferentes espaços. A Ciência Regional passa, assim, a estar parbcu larruen te atenta à d/h7ensão co/ectfb9 e ihtemct&a no processo de criação de novo conhecimento, potencialmente gerador de valor acrescentado para a empresa inovadora, proveniente de fontes externa s própria à empresa por via dos contactos informais com fornecedores e/ou da colaboração coni universidades e centros independentes de I&D. Rompe-se, assim, com uma lógica detenninística , de cariz puramente científica e tecnológica na qual a inovação é tida como uma mera etapa intercalar entre a invenção (ou l&D aplicada) e a

con7u/7léação

difusão°, ‘numa sequênc,à que não admite iiifoirnação de reto/no

que gere

.‘

1

tenham desensetoice monetes cujas dderenças rodem sa’ cfa’a’uento eslabefecidas apresentam saticionle semelhança a qja possam ser denLP,cados e cansidemdos asãa Ãei’es a, dos ‘recidos de desen;tzros:tz cr Ei retos’ e. .9-59’EiØi chamá-lo mude)o Ha’rod, Já que coube frnidamrr,talm lo a es economisla o clcscnrMmentc do celebre modelo Anasaçãc. e a’en’z--.açã-z- e o aaeamcn: da gansa de vcd.ÁJ e serviços e dos me-e adas assceiades a clação de not meiedcs de 1-redação de apre .isiu’cmcnt.o o de diel’ibaiçao; aj rnt’cdução do atteraçccs na gestão, na organeaçãc e condiçes do t’abaTnc boi como nas q atiucações t’abalreniores’ comissão La’c’pda. 1O2, ir Em ice dr9niçãe censide-a que se Ircenção a pode ser are de irts seqejintes tipos: de procEde. de p’ocosso. de organização e marketinq ‘OOE. 2oâbLh A ojiasde no eciexto da i’io ação pode se’ dePoria ssnt t ruxesso de adopção do ana incoação coa en’prenç ia 000no:r,ia, espalhando se a pa’lir da fonte ou local cirjinuis. pa sedes teaiç Oosrein o Da Paul (2 86)

J:

1

1

t’

fl

1

1

-

eta,oas4’ (Cowan e De Paal, 2000: 86), passando-se para uma bgica sistémica, em que a inovação resutta de um prooesso ititeractivo e cumulativo, com “feeabacká’. Em consequência, a “caixa negra” da Economia do conhecimento encerra a inovação enquanto fruto de um processo stém/co de interacção social e aprendizagem cotecLva, tadktadas pela proximidade (seja cultural, social, institucional ou tecnologica), teixio como núcleos geográficos aquelas regiões (ou cidades, dependendo da escala territorial de análise) particularmente bem dotadas de aotorás e infra-estruturas relevantes para a dinamização das actividades inovadoras, Esta concepção sistémica de irovação assentará em três piares, de acordo com o modelo “He.2ce Tnؔ⒠(Etzkowftz e Leydesdortt 2000; Vang et ai, 2007): 9 o sistei77a pWutivo (empresas e respectivas relações rormais e informais, das tecnológicas às artesanais); ú2 a acúiwnlstração pubha (incluindo os derentes níveis de govemo); 119 os sistemas nacionais de ciéncio e tnoIogiá, de e/7sb7o e bnnação profissional Da permanente kãteracção entre essas três categorias de actores relevantes para a inovação (tomada em sentido amplo e não estritamente teor: t.c: :°) deverão resuttar sinergias na criação do referido conhecimento novo”, tanto de natureza codificada como táotta, potenciando a capacidade de inovação e de empreendedorismo 1 ‘dos teifitórios. Esta visão sistémica resulta na apologia da tese de que o conhecimento se encontra fragmentado entre diversos actores (públicos e privados), pelo que a sua tral7sferênclá3 requer a

I

-

E-o formas da corri cerra ao Sersri’r’ster. escona ‘:e e! ai (2mb O 1 Dl. cola concepção linear (citado na lite’al’ta 00h10 Ir) não ó a que gsi-ucnamcnte caraote’ea O omp’ocndcdor cnciiaio rdPd.uocr.t’ocaQc’irtnJe.nJ9’c.Ort0XhJd’:ne’0’. as os; a cem uma acuidade en nk 1 Antas se- ap)ca a grande cmpresa que mobihia avultados r600rses espocificoo de 1W inumanos listes e financeiras) incf’j:ndo instrumentos locais p-at::es piar CiOrjC’ up’cpieeiaorohfcfeel.ui.preerrrdeaozi usubuir dc’ um m.onopofio de mercado a:nda que tempo-ana. Prça da inuntação dos concor ao nico. Actualmente são consideradas como inpcntar,Iisscmds poros especialistas cm Pofilic-a Regional cufas acetaç’bas de inovação E o caso da rnoaçu-a socae ncnsc-adamerile quasde’ se 1-aia rc.udolça pr.oacti’.u dc- otitredes e co-ipo;rarerltoo do ‘upos ci classes sociais (p0’ cx, a mudança de monlardadcs quanta ao papel da mulher no ‘cercado de trabalho e à integração neto cio cidadãos cm ‘oca do cxci leão:’ cola rotação ers’’e-ez’inouas formas de ‘eqatação das im0ioçÕcoi ‘A lranrtenbnr!a cio conhecimentos cnvetve os processos do captação, recolha e partilha de conihccimontOs expticites e licitas,


-

-

criação de redes “fomiais e informais” (QODE, 1 996:7) de modo a aumentar a eficiência marginal do capital huniano; o que é manifestamente facilitado pelo progresso das Tecnologias de Informação e de Coniunicação CR0). Em consequência, os núcleos anteriormente referidos deverão destacar-se no panorama global da competitividade regional pela sua capacidade de reprodução de conhecimento inovador enquanto nós de redes de transferência do conhecimento (Amin e Thriff, 1992), funcionando como palco da “fertilização cruzada” (Lopes, 2001) de conhecimentc codificado e tácito graças à sua dàtação em agentes produtores e utilizadores de conlieciniento novo, relevantes para a criaião e difusão de novas 1 ideias, novas técnicas, novos modelos, entre outros. Configuram se, eni sunia, como verdadeiros põtos de excelência na investigação aplicada e desenvolvimento experimental, e de empreendedorismo. Não surpreenderá, como tal, que à escala nacional s evidente uma forte associação (em ternios de análise estáti entre o rankihg do /ndiée de DesenvclvZ’77ento Humano (OH)1° que tem1 na Educação unia componente fundaniental e a intensidade em l&D nas econoniias nacionais (Figura 2). Não considerando os países com maior índice de esforço em termcs de invenção e inovação tecnotãgioas1, liderados pela Suécia (S, Finlândia (FL), Japão (JPN), Coreia do Sul (KOR), Suíça (OH) e Islândia (IS), constata-se que o coeficiente de correlaçâa (pressupondo este uma especificação linear da tendência de distribuição da nuvem de pontos) é particularmente elevado (0.17, no máximo de 1) para o grupo de ‘países em convergência” na

-

incluindo aiidões e ccmpeté-ncias Inclui actrridadcs comerC ‘ião comerciais como as ccbbc’-açães em investiçação, a censuacria. a concessão de licenças, a c’iação de emjy derivarias, a mobi]idade dos 1’ rvcshgadocs. as puh[icações. Larboos a Lrria seja colocada nos conhecimentos cientiTc e tecnolãqioos. aDoeço tumbfrrn oritos formas como os (TOoe’ srn;(:.rssanarr, do cemporler’e toonefúgica’ comissão Ejrcçc (2co72:. T’ataso lo um indicador composto que rotiocto do tor conjunta as sop,uintos dimensões fundancont.ts ‘uma dtradouo e sajdâveP .ospe’ança ‘isdia do dIa. em a’x “conhecimento” (taxa lo litoocia e ‘iReI do csootaridado e podão de idacleconte’ (PIB por eopds USD em pandade dQ] poderes cIo compra) Honra,: DoIzcopp:srcHrocri2J[’/õ1396 q ittp.iiirir.uncfper;on,n-elimHDn_1CCi/10D8_Toch_Noto_i,pdt doedidc em t.iakz de 2005( Esta é de facto uma (imitação ou presento indicador não oraças que’-io a csMtan-erdo teraat clesic’nada’nonto a soda) e a i’olituc cosa) jfrj5 festas de

1’

1

_________

O

_____________________ _____________________________

:nedida em que a trajectória para o conjunto da OCDE sugere htuitivamente uma lei de rendimentos (marginais) decrescentes, alusão à hipótese da “convergência”-fl” que estipula existir

numa

-‘ii-’-

1z

1,00

‘2

c

•—

*

2,00

Coeficiente de Correlação para ‘países em convergência’

1,50

(III

-,

Pï riti

HITU K 0,50

-

1

-.L

t

4-L

——

jJ

3,00

1

j

LLL ‘JLIJJ

)‘•Ç

3,50

4,00

f

Coeficiente de Correlação i. para o total da amostra

1

!Ziz zz ‘E

2ZZL

2,50

-

ima cotelação negativa entre o rendimento per capita inicial e o tiftno de crescimento deste, para uma dada ci oss-sectiàn de países ou regiões (Silva e Silva, 2002:241)12

1

0,95

0,9

0,85

0,8

0,75 li

0,00

Intensidade em t&D (2005)

desenvolvimento da introdução e que, em última de tecnologia e Importa, ainda,

Fonte, Etoboraçôo próprio. Dados extraidos de 0CDE (2009) e PNUD (2000)

Figura 2: A intensidade em l&D face ao IDH, nos países da OCDE

Em resumo, pode-se afirmar que ‘o económico e a dinâmica produtwa dependem difrisão das inovações e do conhecimento, já análise, a acumulação de capital é acumulação conhecimento (‘Jázquez-Barquero, 2000:53). °

Esta rnte’prctaçào s050:ro se da nIca cidade em (&D como flato do IDH como o oufliç na linha da fraco que se segue Ropa’o se, porem, que não assumimos qualquer pressuposto’ em lentos de causalidade uni000a porque. por fo’ça do ambos retteotirem a qua)idado dos sistemas nadenais de novação (em parLoutar. na componente da edocação). o que nos pa’oce mais plauscoe.( é que caida causatidade ‘Tatua (em termos eoonomõtrioos) Tanto mais que a educação é a pipo. por excetõncia do stoo dc capital humano lODE 2007)

c-J


w

,1

1

acrescentar que os atributos cluahrativos que definem o carácter idiossincráticc de um dado tentóno pesarão criticamente na sua dinâmica inovadora, condicionando, desta forma, o seuj posicionamento em termos de capacidade tecnológica e o seu grau de desenvolvimento. Deste modo, na próxima secção pretende-se proceder à explanação desta concepção que, como Lopes (2001) refere, é considerada a génese territorial da inovação. 2.2 •A GÉNESE TERRITORIAL DA INOVAÇÃO

Pela sua natureza interactiva e colecUva (envolvendo múltiplos actores, públicos e privados) a inovação assume necessariamente uma ligação ao território (região)1’, pois que a transferência de conhecimento tácito por definição, pião codificável e não transfer&’el sem que haja coniunicação bi-direccional deperlde criticarnente da confiança entre emissor e receptor, a qual se constrói na base da intensidade de contactos formais e informais eni ambiente profissional e social entre individuos e organizações. A génese territorial subjacente à inovação surgiu no longo debate académico iniciado nos anos 80, por autores como Sthõr e Taylor (1981), Tddtling (1994) e Aydalot (1986), e por urna geração mais recente de aLitores como Camagni (1991), Maillat (1997). Cooke (2004), Vàzquez-Barquero (2000), Florida (1995) ou Sassen (1996)1.. A sua filiação em diferentes universidades norte americanas e europeias reflecte-se nunia miríade de conceitos de natureza socioeconómica, institucional, histórica e polftica (desenvolvimento endógeno, local embeddedness/ancoragem local, capital social, governança territorial, proximidade, etc.) que demonstram a ruptura desta corrente de pensamento com a concepção neutra de espaço isotrópico” e a visão puramente pecuniária das economias de aglomeração, patente nos autores neoclássicos contemporâneos (por ex. Lucas, 1 968 e Romer, 1990). Os diversos estudos publicados por estes autores têm vindo a propor conceptualizações de modelos de Desenvolvimento Regional alternativos aos tradicionais “pólos industriais”. Tais como: -

Ao longo deste documento, satvo monção exp-essa. tomamn a regEào enquanto unidade de dusão administrativa de um d ter’itõrjo nacional imediatan-pnte acima do nível local ou mjn (NUTS fl. ouit.2 na r,omlenrlatLlra da000E). Lindez (2X2) r’ocede a uma sisten-atização aprotunda destas diversas abordagens

I —

A actual tto,atu’a no domihio da Oiência e da Pctflioa Regconais e

-

Distntos Industnáis Italianos (Marshal, 1890), Gomplexos/S/stemas Produtivos Locahizados “Maillat, 1996), Clusters Industnáis (Porter, 1990), 4/eia Inovador (Aydalot. 1986), Regi4o Apiendiz (Ferrão, 1996), Sistemas de Inovação (Nacionais e Regionais) (Lundvall, 1992); e, mais recenteniente, as Regiões do OoiMeci’nento’5 e os ‘Glusters’ Onátivos as quais têm tido acolhimento nas ‘estratégias regionais de inovação” da União Europeia desde as prioridades inscritas na Estratégia de Lisboa Renovada (Rodrigues, 2006:14-15) e nos estudos de competitividade regional da OCDE (2008b, 2009). Estas construções conceptuais fundem-se numa hipótese teórica essencial: a ‘natureza do meio” em que unia empresa esteja kisehda condicionará a capacidade novadora desta; e, bem assim, a atractividade que o território de implantação possa exercer em termos do investimento privado, uma condição sihe qua nO/7’para o crescimento económico regional e o bem-estar social das respectivas populações, pilares fundamentais para o Desenvolvimento Sustentável (OCDE, 2008a:27). fiéis ao pressuposto de que o territdrib é um sujéito actAo do desenvoM2nento local e regianal (Lopes, 2001; Méndez,Intrinsecamente 2002), rio cerne do crescimento económico estará urna dialéctica entre duas esferas de competitividade (territorial e empresarial), reforçada pela globalização e pelo realce consensualmente conferido aos factores dinâmicos de competitividade, na qual jogam um papel decisivo as economias de proxknidadd’ face a um novo modelo de organização industrial designado por especialização ííex,í’el (Piore e Sabei, 1984). Desde meados da década de 90 que se tem vindo a assistir a uma pressão crescente nos mercados internacionais (incluindo bens transaccionáveis e não transaccionáveis) para unia inovação sistemática, fruto da procura cada vez mais sofisticada e da fortíssima concorrência decorrente da integração económica mundial que tornam a procura volátil e reduzem o ciclo de vida do produto. De modo que nas indústrias intensivas em alta tecnologia F as empresas tendem a optar por uma descentralização espacial das

i

U

Lrtjt em designações que. em geat, vatoüzam o Ocnhecrmsnte. a

Cnat[odtade e a tnovação enquanto activos intangíveis irieutactos

aos tonitorios. E ocaso das hiegiães do cenbecnseito destinadas

a ‘vomooor o onvotermento activo dos intoa’enrentes tocais na

elaboração de estratõgias cio conhecimento rogcena[s (Comissão Eurojaeia, 20071581


,

suas unidades funcionais ‘sebretudo. as multinacionais) conservando no “certo” aquelas que requerem competências em l&D, gestão, finanças e marketing e deslocalizando para a “periferia” as unidades de produção numa evidente fragmentação espacial das fileiras produtivas (Amin e Thrift, 1992; Tôdtling, 1994). Esta lógica espacial de disjunção funcional assentará no facto de os principais centros urbanos (o “centro”) se afigurarem como ‘potes” de capital humano e criatividade (determinantes para a busca de rovas soluções tecnoiógicas, oroarizacionais, financeiras e de comunicação com o cHente) e centros de consumo, cuja elevada dimensão pemiitirá testar o novo produto num curto espaço de tempo (seja pela elevada densidade populacional que facilita o contacto com a potencial clientela; seja pela facilidade em contratar agências especializadas em estudos de mercado). Em conjunto, tais atributo.s ajudam a reforçar a capaidade inovadora das empresas e responderem prontamente às recentes tendências do niercado onde se inserem. A gestão estratégica das empresas novadoras, no p!anc da referida dialéctica enipresa territono (ou “meio inovador”, conceito a abordar adiante), sumariamente consistirá em optimizar a localização das diversas unidades funcionais consoante os requisitos em termos de recursos associados a cada uma delas e as respectivas dotações existentes em cada região, Parale!amente, deverão estabelecer parcerias estratégicas com pequenas e médias empresas (PME) locais cujo Á17o!’v-hori/ podera polenciar inovações de processo (de carácter incremental), para além de proporcionarem uma redução de custos operacionais nomeadamente na ãrea de aprovisionamento (peio sistema de Just ih-Prne recorrendo ao outsourcuig de secções/actividades consideradas não centrais no seu negócio principal. Poderão, assim, alcançar ganhos de eficiência em face desta desintegração vertical; ao mesmo tempo oue passam a dispor de niais recursos financeircs próprios vitais para o fomento de actividades de suporte à inovação. em sunia, unia dupla lógica de proximidade que está implícita nestas vantagens econóniicas externas às empresas; 41 do meicado 00/75/1/ 77/dor 9 dos parce1f’os estratégzéos (centros de l&D e serviços avançados ás empresas incluindo ccnsultoha financeira ej de prcpheJade irteectoa, a favorecer a redução dos custos de transacção e a inovação de produtc: i) dos fornecedores e concoizentes (inovação de processo). Pelo que esta visão não se coaduna com a ideia de exporação das economias internas de -

-

-

-

-

escala e de gama que nortearam o ‘paradigma Fordista” de competitividade enipresarial predominante até nieados dos anos 80 na generalidade das fileiras industriais (siderurgia, petroquimica, farmacêutica. automóvel, etc,), por conseguinte sujeitas a unia integração vertical e produção em niassa (Piore e SabeI, 1984). Na origem destas economias de proximidade, que a literatura da Ciência Regional tem actualmente como relevante para as micro e pequenas empresas potencialmente inovadoias na medida em que estãc fortemente ancoradas ao local de vivência sociocultural dos respectivos empresários (Granovetler, 1 992), estarã uma complexa teia de activos intangíveis, intriiisecos à região. não transferíveis ou dificilmente imitáveis por outras regiões. Resumindo, os principais oontributcs da Escola Territorialista são: A trad/’ão /27dustna/ /ocat sinónimo de que a região será um pote de conhecimento tácito, fértil eni mão de obra especializada, reduzindo custos na contratação e formação profissional às empresas interessadas; A receptn’idade à ibovação por parte do tecido ernpiesanà/ da reg/âo, de importância estratégica perante a necessidade de diferenciação de produto e especialização em nichos de mercado; O cna de to/eiànc/a da cornu/7.’dade /oca/ ráce ao eventua/ ihsucesso eínpresana/de um seu membro, aliado ao sei 7tmento de pertença ihdividua/ a essa /77es/7la comunidade, resultantes de unia identidade cultural constniida a Partir da comunhão histórica de um código de conduta, tradições e laços familiares e de camaradagem entre os seus membros, que asseguram unia “crdadania vrtucsa” (Putman, 1993) traduzida eni reforço do capital social; O nível de capifa/ sociá/ de uma coniunidade local necessário à partilha de informação estratégica para a inovação increniental dentro da região, servindo como canal a elevada mobiLdade dos indivíduos detentores de “Saber Fazer” entre enpresas nela localizadas, genuinamente motivados para a criação do seu própno negócio depois de reunirem a adequada experiência, activando o empreendedorismo local; A existência de espessura ,hstitucio,u” (Antn e ilinft, 1994, / e. unia niassa critica de instituições (organizadas em torno de um sistema regional de inovação) a par de um qLiadro nomiativo legal e de valores socioculturais (partilhado pelos agentes públicos e pnvados) eficiente na regulação das transacções (Storper e Scoff,


-

1995)1 a ponto de incutir a cor vital entre os agentes para a cooperação em redes sociais de enipreendedorismo local; A capacidade endógena de goveinança aliada à existência de uni certo senMnei#o local de autonorniá pou’lka capaz de proporcionar um Pacto Territorial” Jázquez-Barquero, 20W); A presença de anen/dades tun,tíóas e resic1ei?ci.is na

região1’

-

-

-

-,

1

-

-,

infra-I

Esta amalgama de atributos, de composição e qualide variáveis consoante os territórios, a par da presença das estruturas de suporte à actividade Produtiva acessibilidades, interactividade e serviços intensivos em conhecimentoiS configuram uma “atmosfera industrial” (Amin e Thrift, 1992) potencialmente geradora de vantagens competitivas gratutas para as empresas que nela se embrenhem, Ao mesmo tempa possUiilitam o reforço da espessura institucional da própria região eni termos de adaptabilidade das suas instituições económicas, sociais e culturais à especialização flexível imposta aos sistem produtivos Focais na medida em que a atracção de empresas inovadoras fomente a aprendizagem institucional e individual no, territor io, a ponto de gerar retenção e reprodução de conhecimento inovador (codificado e tácito) iio próprio território de acolhimento. Portanto, para alem de induzir uni maior grau de atractividade em termos de investimento inovador e criação (líquid de emprego nomeadamente por parte de empreendedores naturais da região que estejam eniigrados noutros territórios tal valorização dos recursos específicos da região, contribuirá para reforçar a sua competitMdade ria economia global e favorecerá a concepção descentralizada de uma pohtica industrial coerente com! a políica de educação e de ciência e tecnologia, em ordem

per ala de informação, bens, vssoas e t’abaho ob-a dI r 5061 Destacam que quanto maior ê a ccmpLxLdade subslant a reeqularidade a incerteza ei a dificuldade em serem ccdircad reaLce e a sensibilidade roVrtrvzq-1n nt. O clictincia oecqrá ice-irado se im-arrvadas nee’ec ecndcôes. a aisãrã 1 de aua lado dranCtcz 1 A cso e1reil Erjuroela 11X2 -161i aveia na sazte’ilaja 90 contexto de ed’aléqias de Ma’Kdting Te’zitW ortenladas rara a oferta cultural e etc Lazer, cem :ista a crescinenio sustentado do tu-Lemo cultural ‘o de neqácios. Urra extensa tis’.ri deetes viços r.cdoá cv coneutada &O:E 2X0d°.

(lUOLI

[ientar eficazmente os recursos e as competências regionais para o paradigma da Economia do Conhecimento. Pode-se, em ultima análise, concluir que a i;oovação é um ulo do temiófio graças às externalidades espaciais positivas na 1ma de economias de organização especicas à indUstria (através [da desintegração vertical) e às economias de aglomeração (na jama de economias de proximidade), quando este se encontra Wtjído daquela “atmosfera”, a qual se vai renovando por via da pafmanente aprendizagem coectiva Focal, conferindo-lhe a natureza de meió ihovador(Avdalot, 1986; Maillat, 1997). Mas se existem regiões insLtfiãientemente dotadas dos atributos/activos druciais para gerar inovação, então, nunia kiterpretação a cont’anó do qLle é postulado pela teoria subjacente ao paradigma da Economia do Conhecimento, permite-se questionar quais serão as ameaças e as oportunidades que se oferecerão a estas. Neste sentido, na secção seguinte será itenipiada a sua sstematização, tendo como objecto emptfico os diversos territórios espalhados pelo globo 012, segundo a nomenclatura da OCDE) e a concepção dualista do desenvolvimento regional.

2.3 O RISCO DE POLARIZAÇÃO TERRITORIAL E SOCIAL INTRINSECO NAS REDES DE CONHECIMENTO

Na IiteratLlra sobre Geografia Económica e Ciência Regional, desde os D/stnos lndustná!s, de Alfred Marshall (1890), até à actualidade, teni sido tema recorrente de discussão académica a gica de organização espacial das actividades económicas e a sua relação com o Desenvolvimento Regional, com vários autores contemporàneos (da Nova Geografiá Econd’n.’éa de Paul Knigman (1991) à Escola Territorialista) a debruçarem-se sobre a questão de os territórios reveIarem uma capacidade diferenciada eni termos de atractividade das empresas, em muitos casos sugerindo a existência de economias externas resultantes da aglomeração espacial das empresas, a par de economias de escala e de gania ntewas à empresa), como causa de um inevitável modelo aúal’sla Çoi dicotómico) de Desenvolvimento aliás, celebrizado rias Teorias dos “Pólos de Crescimento” (Perroux, 1969), da “Causalidade

Li


Ecras tecias coo aaatisadas dc te-m com paraste em Sa’ a

-

Cumulativa” (Myrdal, 1957 e Hir schman, 1958 ou do Centro Penferia” {Friedmann, 1 972)’. A emergência de um novo paradig ma de competitividade,. imposto pela liberalização do comérci o internacional e alicerçado na) Economia do Conhecimento, rios termos expostos na secç anterior, não veio contrariar esta talh a de mercado. porquanto elevada mobilidade do capital finance iro e do capital humano (frutc da globalização), associada às eco nomias de aglorneraçã intrínsecas aos centros do Conhecime nto ora de proximidade (n visão terhtorialista). ora de urbaru zação/localização (Henderson, 1988 e Krugman, 1991) vem dar con tinuidade à lógica de urr hierarquia territorial de desenvolvime nto regional, ainda que c uma natureza menos dicotómica. Segundo a classificação estabelecida pela OCDE (2005a), temos então: a) cicácés e regiões centra’s as ‘cidades globai& (Sassen, 1996), -as regiões metropolitana s (como o Silioor Valley a região de Õresun- ) e a maioria das cap itais europeias; L) regii ,hteanédíàs a larga maioria das cida des de média dimensão, funoionaimente organizadas em sist emas policõnthcos coerentes em termos de complementaridades entre cidades e, interdependéncias com as regiões rurais pibximas; o) reg’ pei/téricas maio a ria das reg iões rurai s, situadas fora da hihter/andi das grandes cidades e dos sistemas pocéntricos: a) teg’ões ‘i/tra pentõricas’: situadas a Lim nível extremo de atraso relativamente m contexto regional da OCDE. Importa reter a noção de que o Con hecimento é. do pon1 de vista do seu usufruto, um “bem púb lico quase puro pois, nã

°

condecreetél -

cOOCO 24r arlalca a mq’ão dc Ó-csurd {cc’rrrec’,cIe -Idc 1 dc.t--”ttuicsda sudc 3scd aL’:’ am.e r;ciq aar!o crpiê’Icrab *rc:tÇ.ja 3aça5 a e’’U coer raç-o er,Oe ‘ntord rir moas dorcs de ‘te;ad.a e resp.r,sãr pdJs;as. ro4mx 2. exc:5ar: o em Ica o de roco roaç ão fjalrseai ar’ticada em ccc tems do lede inienordaje iecneL-q,ca inelarxio ri dia isracOjca e. e :-lrc,nz , o TiO e sacicatar irei-asIla alimer,Iar s1Jc a iedc’ o Pana teecua noses proc0000se roditos ‘ai Vos dc amhent’d ° RctsIse spra-: pot ro tem’ as caracevoIcas rrziçãc e pro’s ãc piLt icas stenríc mncio oVeptosmenta ias 3 Di :tdcnçãc mdan-a e e:L-çc ccl,-oieo sem que casta ‘r:uirdade c cxctusac ‘ia a:zuIm-a t:aiç ie ao parto de rrcPe’cicna’ ai Lo- ctrcis’acelorra raicite tcetanjacle ‘real eu c,i-a-i lIo’l tdlad z ‘la tio-a ba rcr cx5c scidade kio-,viedqe epiliceer ‘ia hte’Wri a1gIOsox cor-coar p-es’tr.a ai ãrca sota-e iricvaçt Cem a jLba!e-açãc da ‘—doo dc haqcie*n cL de

1

(novidade ou hiltação) que te??? geralmente um ihpacto post!vo no e a /horação de processo (adopção e uso de novas

demonstra que é essenC/à/ d/stingu/r ei?tie ínov9ção de produt o

Fagerberg (2005:590), “o tipo de /‘?OVaÇãO é unportante. A ei/,d énc/a

1bstante estar disponível em redes de distribuição (difusão) sob a !oa de acesso massificado à escala global atra vés das gcnologias de comunicação e da informa ção ÇRC sem ), riva lida e de quase sem congestionamento para a comunidade acadéntca e jdemais utilizadores, os receptores terão de reunir as ade qua das -cmpeténoias e aptidões para o descod ific ar. Não bas ta ace der à infamação; é necessário saber interpretá-la de modo a Litil izá-l a com vista a gerar a inovação e criar mais emprego (ou, mesmo , ca,seNã-lo) Todavia, a relação entre o tipo de inovação e o portamento do emprego não é unívooa e linear. Seg undo

-

-

-,

-

&no/ogLs.) noímai2nente CO!?? efeitos negat/i/os [design ada men te. desemprego do trabalhador por inadapta ção às nov tecn as olo gias e Iarização sa!ariat”, sendo melhor remuneradas as pro fissões associadas às indústrias de alta tecnologia e serviços intensiv os do caiheoimento OCDE, 2007 e 2009)]. Ora, cruzando esta “evidência” com a constat açã da o dMsão espacial da inovação gerada nas emp resa Çfõd s tling , 199 4) exposta na secção 2.2 por raciocínio puramente lógico ohe ga se ao seguinte corolário: as regiões perifehcas sob retu te, do, as 1 uhra-pehférioas) estarão mai s exposta risc s ao o des de emp rego estrutural e a níveis de rendimento per capita mais baix os. Por conseguinte, as forças cio mercado tenderão indu a zir efei tos uidos) de centrifugação dos recursos oom maíor potenc ial de aiação de valor e emprego na “Nova Economia”; não compen sad os r extemalidacles espaciais do Conhecime nto dad evid a a ente [dificuldade dessas regiões (geralmente situadas longe dos prin cipais centros geradores do conhecimento, cidades globais e reg iões centrais) em reunir massa crítica de acto res apto s à sua descodificação e utilização por manitesta falta de aptidão des ses

tpiitcveC

qjo

actual que cio podei 1cr Geme palco cem-andades acaciemicas e cinem as prec iuicc s ‘reais SlrinuiiCCtkJiO’itC disp erses pelo glob o Dess nodo e a arca ator lada neo dcpc’ciira mjS da dcjãncLi Ilsica da de ora oca dc certeira cier,hflca cc -ietecjten e abusa.

Li


I-1

territórios para autonomamente, lc menos, proporcionarem un “atmosfera industrial”. Deste modo, as regiões carendadas de tal atniosfaa sujeitam-se a estar afastadas das redes gcbais do conhecimento e da inovação, inibindo-se a sua capacidade endógena de formaç de capital humano. Toma-se, assim, praticamente iiremediâvel a, sua especialização produtiva em sectores industriais de reduzido valor acrescentado, recorrendo intensivarnente a nião-de-oa habilitada para o exercido de actividades rotineiras, desenquadraW dos requisïtos colocados pela Economia do Conhecimento; cïn, tal usufruindo de reduzida remuneração real o que impede respectivas economias regionais de enveredarem por trajectórias de crescimento sustentado na base da dimensão dos seus mercados internos. A tal ponto que os governos nacionais da OCDE, durante quase 40 anos (até meados dos anos 80), se deixaram influenci por unia filosofia neokei’nes,ána traduzida pela Teoria da Base o. Exportação e orientada para o colmatar das ‘fahas de niercado (Pdèse, 1998; Maillat, 1997) apostando no sector exportador corro dinamizador do produto inteiro e do emprego a nível regional (v* se o caso da Auto-Europa, em Portugal). Ora, com a globalização e a reorganização industrial, o grai de exposição dessas regiões ao “súidrorna da filial” (Maillat, 1 997)2t eleva-se de sobremaneira: as pohticas sectoriais definidas centralmente segundo unia concepção ‘de cima para baixo” do’ desenvolvimento regional. (Barbosa de Mdo, 2002), deixa a economia e as populações locais reféns das opções estratég das empresas multinacionais, particularniente em termos deslocalização das unidades de produção. A evidente pressão no mercado de trabalho. decorrente da inovação tecnobgioa (em ternios de automatização de processos produtivos que induz a substituição de Trabalho por Capital) e da perda de competitividade internacional de industrias associadas ao paradigma Fordista, vemi acentuar Lima polarização de dupa face: a socIá/ sobretudo nas grandes cidades onde se agudiza o 1 leque salarial dada a concentração metropditana das actividades As fiuia[Ç, atradas v-ra cataoem recai. rdcm qLJe.har a ‘solidariedade com o governo (r,acicnai ci iccail por meb destocaiLação assirr que cessa o pcOodo dc isenção deixando aro rnbte’r;a eccno2n:c e social s’i.o pc psoiv& riãcsde i..,’iOciO.S E1’,aiiris roapenasas-.zcislisi ‘.4J€ íic..a’ay ;e’ arecaja coto iaiui:.ém simonia Sur:icabm

cio :n:a-jcs sociais as-a o Erdo

-

L

%

e

e

—,

dl

1

1

adas à Economia do Conhecimento as melhor remuneradas, a ito de proporcionarem um elevado índice de qua9dade de vda aes respectivos trabalhadores Cincluindo o acesso às zonas sidenoiais mais exclusivistas) ao niesnio tempo que pela sua elevada densidade de comércio e serviços de consumo massificado acolhem um número significativo de trabalhadores com fraco poder de compra, empurrados pela “mão invisível” do rr€rcado para bairros pehféricos menos atractivos em termos de qualidade de vida; b,) teirtci/a4 ao cavar o fosso (por ex., em termos de contributo regional da produtividade do trabalho para o PIB da OCD entre regiões cue inovam e regiões que se “afundam” na hierarquia da inovação23.

r

3. AS COOPERATiVAS COMO AGENTES DO EMPREENDEDORISMO SOCIAL

P.- rT’rr,o na Penvcuia tosca

pi’ci

o d’zcuio ?O5 2dCS

thieni Jeantet, em 2002, referindo-se à”urgência do reconhecimento das noções de serviço publico’ e de interesse cdectivo enquanto iniperativo da coesão económica e social”. menciona a necessidade de “reihventar o soc,àf, contrariando a gica da mercantilização, essencialmente, destinada a rmunerar capitais que, segundo o autor, se veio a impor ao longo da presente década. Em nosso entender, podem reforçar a tese deste autor, os seguintes ¶actcs empiricos: i) A crise do sub-pnhie nos EUA e as falências de empresas de referência na banca e indústria Fordista, a par dos despedimentos em niassa à escala global, arrastando para o limiar da pobreza não apenas largos milhares de trabalhadores desempregados mas também parte significativa da população activa empregada (altamente endividada); A ausência de compromisso firme dos EUA e das novas potércias mundiais (Brasil, Rússia, India e China) na redução de i2 atmosféricas de CFC emissões (clorofluorocarbonetos), a fini de

-

-

Lonca (Nuis O *vçci o sei castenito co 0.71%. em cctact: (OrOAOniOCi&03%LaGi:!facOnScqF 107% canina 003% das s caros ccDE (2032 a


prevenir o efeito de estufa” prova da talha das actua is instituições internacionais em garantir um comeric internacional justo: i2)A elevada precariedade imposta aos jovens licen ciados no mercado de trabalho (que, entretanto. vai fech ando portas aos trabalhadores não qLlalificados).

itaisco 9e

-,

cLsta dc

ciJccIil-Zoiiade

-

Ou seja, as socfedades, os governos nacionais e as instituições internacionais enfrentam actualmente Lima complexa mistura de desafios a globalização, a evolução demografica, as alterações climáticas e a dependência ‘ace às ei-ergias fósseis importadas (Comissão Europeia, 2008). que obriga a rever de forma substantiva os clássicos” instrumentos de prom oção do desenvolvimento territorialmente harm onio so aplic ados durante ‘Os 30 G/onosos AnoS’, incluindo estes (OCDE, 2001:23-2 4): “Atn1x dção massiva de subsidiás pata co/7 a stiução de iifra esta ituias e estabe/ecfrnento de sen iças pubi7cos, de que resLiltaçam distorções de mercado e uma cultura de dependência; cotação de polos dê desenvoM’nento economicamente insustentáveis face á sua desarticulação com os recursos específicos da áreas/regiões de acolhimento, com a agra vante de implicarem benetidos fiscais sem retorno em temios de desenvolvimento sustentado subsequente e, bem assim, com prejuízo para as finanças locais: cotação de ‘»o/a teci s 7o/oglêos’ desilgados da periferia, sem exercerem os desejavei s efeitos de arrasto leoricamente associadas ao investimento ; vob.’zação de tundos puNidas, oriundos dos orçamentos dos gove rnos nacionais, para manter a sobrevivência de sectores industria is em declínio nomeadamente grandes coniplexos agro-industria is, herarça da politica industrial dos anos 70 e 80 tentando asseg urar os postos de trabalho, de forma infrutífera na maioria dos casos.”-. Face a esta conjuntura impõe-se que supletiva mente a sociedade civil exerça uni papei activo nessa reinv enção de que dá conta Jeantet (200Z. Apelando ao seu espírito de iniciativa e de participação voluntária, organizadas em redes sociais de cooperação” (Méndez, 2002) dinamizadas por instituições públicas e privadas (clesignadarnente. as cooperativas, as comunidades locais poderão avançar com soluções inov ador as sem estarem confinadas às directrizes de política socia l, cuja “lógica funcionalista”, burocrática e centralista, poderá comprometer a O

1 [1

1

viabilidade económico-financeira de projectos de inovação social urgentes para atender às populações económica e socialmente em risco (Vázouez-Barquero, 2000; Barbosa de Meto, 2002; Figueiredo. 2002: Santos, 2002r cooperativas, As enquanto promotoras do empreendedorisnio social, poderão servir de in-stnimento de devolução do poder local tesouro Britânico, 2006), recuperando a auto-estima dessas populações coistituidas maioritariamente por trabalhadores da “velha” economia Fordista ao niesmo tempo que servirão de alavanca para a sua integração em redes de microempresas, contribuindo assini para dotar os territórios carenciados de recursos estratégicos para a inclusão social e a competitividade empresarial. Poderão ser o instrumento capaz de reorganizar em rede os actores privados para estimular a “cidadania virtuosa” e. em última analise, conibater a “inercia social” (Fageroerg, 2005) predominante nas regiões deprimidas, caracterizadas por uma tal entropia a ponto de se revelarem impotentes para desenvolver formas apropriadas de acção colectiva, bem como, instituições regionais aptas a dar resposta aos desafios da economia global (Storper e Sc.ott, 1995).

3.1 O EMPREENDEDORISMO SOCIAL

O empreendedorismo social ë hoje uma via promissora pai-a relançar o desenvolvimento sustentavel (00DB, 2008a), especialmente num contexto socioeoonómico em que trequentemerte se fala em crise do Estado e das instituições, designadaniente em temios de normas e valores que regulam e facilitam as transacções. Em grande parte, tal se deve à relevância que a Economia Social teni vindo a assumir nas sociedades contemporâneas, conio resuilado. por um lado, do enveliiecimento da população e, por outro, devido às dificuldades orçamentais que afectam os governos nacionais em termos do actual modelo social europeu (00DB, 2001: Rodrigues, 2006). Neste contexto, o empreendedorismo passa a assumir um âmbito mais lato face à interpretação estritamente mercantil de Sohumpeter (1934), puramente centrada no empresário heroico e inovador e na criação de empresas orientadas estritamente pela mdmização de lucro. No entanto, segundo Mair e Marti (2004) pode ser, iguaniente, empreendedor o cidadão que, orientado por forte


1

convicção pessoal e unia con&Etn ;. social genuína, conhecedori das pessoas e respectivas dificuldades a nível local, decide avança com a implenientação de uni projecto economicamente sustentáv e socialmente inovador: seja, por exemplo, um centro de dia para apoio às pessoas da terceira idade da sua freguesia rural, introduzindo actividades de animação e de valorização das competências cognitivas individuais desse público-alvo. Para estes autores, a concepção do empreendedorisnio social pode ser entendida segundo duas correntes distintas: unia que o encara corno urna utilização inovadora dos recursos para explor& oportunidades de preenchimento de necessidades sociais de uma foana sustentável; outra que o distingue do empreend&dohsn tradidonal pela natureza das oportunidades que se pretendem explorar. Ambas as perspectivas concordam na criação de uma nova actividade corno elemento distintivo do empreendedorismo. Segundo Moil e! aI. (2003), o empreendedorismo social é uni conceito multidimensional envolvendo: 9 Um comportamento empreendedor virtuoso para obter unia missão sodal; 4) Uma unidade de propósitos; iJi) Unia acção coerente face à coniplexidade nioral: /v1 A capacidade de reconhecer oportunidades de criação de valor social; i’) Como características chave da tomada de decisão a inovação, a proactvidade e aceitação do risco. Acrescentando, tanibéni, que unia “nova actividade”, para se enquadrar como empreendedorismo social, deverá assumir um conjunto de dimensões das quais destacamos: a Reconhecimento de oportunidades sociais, isto é, oportunidades de criar novas actividades que, de forma sustentada, forneçam um vibr sx supen’or °; b) Unia intensa actividade de inovação, de proactividade e de tolerância ao insucesso e ao risco da parte dos promotores. Fazendo uma breve pesquisa à concepção assumida por alguns agentes do empreendedorismo social, vejamos algumas considerações. Citado por Jeantet (2002), Jerr Boschee (fundador é .1 director executivo do Instituto para Empreendedores Sociais, organização sedeada nos EUA), coniparando com os gestores de organizações sem fins lucrativos afirma: ‘Os empreendedores sociais estão igualmente preocupados com ambos os h)i,áres cnos, o que significa que eles devem 1 r Por vatc secar entende-se o conceito definido pc-r Sc’iumpet& iODO Halo re’ -tca’os-: ,D:Oi soonio o qo sociedade definir o \-afd’ dos bode O scnaÇeS enqoanto ‘eXPT :3-qireiseo:ar

[

analisar siniultaneamente o impacte social e a viabilidade financeira de cada produto ou setviço”°. Da Ashoka, organização internacional há muitos anos ‘cacionada para esta emáUca, constata-se que: “O enipreendedor social da Ashioka é unia pessoa viái6naná,

aiát&a, prãtha e pr99ma fica; que sabe corno jiltiapassar obstáculos para cnár 1’nudanças socíáis 5/d/7/f/cat/vas e s/stéindas.

Possui urna proposta verdadeiYarnente ihovadora, já Gol?? resultados impacto soc’áJ vos!tÁD na tegio onde actua, e den7onstla estratógiás concretas paia disseinhlaçao dessa ideia nacional e/ou flernadonafrnenta”

-

-,

Em sibtese, o empreendedor social eúne atributos típicos do empreendedor tradicional como criatividade e determinação aos quais se acrescenta a necessária visão de sustentabilidade de 1 um empreendimento tendo conio parâmetros de actuação a eficiência e eficácia, com unia genuína motivação pessoal no sentido de mobilizar pessoas que se encontram abaixo do limiar de pobreza e/ou em situação de exclusão no niercado de trabalho, retirando-as da condição de dependência da caridade pública ou das ONG e conferindo-lhes unia voz activa na construção de unia autêntica Economia Social.

3.2 A MISSÃO DAS COOPERAtIVAS

Genencamente, a missão das cooperativas assenta na intenção voluntária de cooperação denionstrada por vários elementos da Sociedade Civil partilhando interesses legitimados nas aspirações das populações, na sLia dignidade, na sustentabilidade e satisfação das suas necessidades económicas, sociais e culturais comuns. A Deobiação sobre a Identidade Cooperahva, digada pelo INSCOOP : sustenta que as coõperativas norteiam a sua actuação baseadas eni princípios de ajuda e responsabilidade ófras. democracia, igualdade, equidade e solidariedade.

Tradução de texto acedido co’ Ma:o de X9: iiitr’ O çv.—.’;.secialer,t oo3ibebVixitJ5trabogic tu1arkehng pdü Texto od,ipiaclo ‘lo sogu:nie endcmço (Maio de Iii ]‘c.-.v..asnc<ac-gI;’ínoi rp’i_iio.2_rb oa+orn tOjo Co. c’namenias :.AI..:a..idcinsi,i.to:k;n;rs..,ndosnri,_ccor.r.d_


-

paal

A actua crise ‘L-’EEH :‘:z. global contribui decisivamente tomar o desemprego nunia autëntica chaga social que se aastra na União Europeia. Eni Portugal. preocupante cenário tem expressão no numero de desenipregados que já ascende a 500 mil indivíduos activos, eevando a 8,996 a taxa de desenipregc registada no fln do pnnieiro trimestre dc ano de 2009 (÷1,3 pontos percentuais face ao penbdo homotogo de 2008). Estes dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística, no mês de Maio, denunciam dois aspectos particulamiente preocupantes: i) o ritmo de crescimento muito precipitado (+ 17% dedesempregados apenas no espaço de um ano); o nível historicamente elevado: a mais elevada dos últimos 23 anos. A analise normativa prcpordonada pelo conceito de empreendedorisnio social entrecruzada com a análise positiva subjacente à Economia do Conhecimento, sugere-nos a apologia de uma concepção pró-activa eni niatéria de acção colectiva para o desenvolvimento sustentado, cabendo às cooperativas uni papd relevante enquanto veículos de transferência de conhecimento propagador do empreendedorisnio, As cooperativas podeni, assim, ser consideradas agentes socialmente empreendedores na niedida em que estão ancoradas a comunidades locais, mais expostas aos riscos de pobreza e exclusão social que são acentuadcs pela ineficacia (ou mesmo inex!sténcia) de instituições efectivas de regulação da eccnomia çiobalizada. A ccnjuntura actual, não sendo Propicia ao c[ma de confiança dos agentes económicos, revela tcdavia oportunidades de indusão social e rendibiLdade económica desde que sejam estabelecidas parcerias estrategicas entre os actores sociais. Nesta espéde de contrato social para o crescimento e o emprego as ccoperativas poderão actuar como valvula de escape promovendo a reafectação da força de trabalho d:spensada a unia actividade meritória, cinientando a solidariedade soc:al e a satisfação de uma necessidade colectiva latente, traduzindo-se na criação de vab social e econóniicc, Serão, assim, actores de inovação e empreendedorismo social através da orientação dc stock de conhecimento tácíto de muitos destes cidadãos para o mercado, organizados eni rede comandada por unia instituição mbu ida de princijãios propiciadores de capital sociál (cf. secção 2.2), a ponto de beneficiarem de sinergias de conhecimento graças ao cruzar de saberes e experiências unia concretização da aprendizagem colectiva

1

4-

1

-

LI

tLn”fl.

ORGANIZAÇÃO N5TITUOONAL EM REDES SOCIAIS DE COOPERAÇÃO

1

ACTORES LOCAIS (PÚBUCOS E PRIVADOS)

despertando para unia vida 21) secção interactiva (cf. empresarial, num “virar de página” nas suas vidas, escudados numa económica soLdaria. A vant-agem socialmente apanização recómica principal desta rede estará na possibilidade de enfrentarem uni risco partilhado com os restantes cooperantes; sobretudo quando entre estes se encontram parceiros estratégicos que cubram verticalmente a respectiva fileira pi-odutiva’°. RECURSOS E ACTIVOS TtRRFTORAIS ESPECiFICOS

1

ORGANIZAÇÃO PRODUflVA BASEADA EM REDES DE EMPRESAS

(socialmente) inovador (Adaptado de Méndez, 20021

Figura 3: Condições para a formaçáo e desenvolvimento de um meio

0350

dc

susosso

arr000FrzarJem. cai

LJ

em-os de cxpctncJa couc’eta representado eiaisn»goi’

Face a esta reabililação para o exercício de uma actividade profissional próspera qLie tais ccoperatívas poderão proporcionar. pensa-se que elas constituirão uni instrumento eficaz da Sociedade Civil em prol de um modelo sustentavel de Desenvolvimento Regional, matizado por unia consciência moral e social e não apenas por uma visão iniediatista de um modelo de estrito crescimento econóniico insensível aos problemas draniaticos que o desemprego de longa duração acarreta. Como afirma Simões Lopes (2002.17): “O c3’7ceito de desenl’olvi’7Je/7to E/7I’fl’L€ di2rensões que transcendem a econômca. a liberdade, a justiça, o equilibrio, a harmonia são-lhe inereites; de tal modo que não pode considerarse desenvolvida a sociedade, por mais rica em termos niédios e materiais, onde a opressão e as desigualdades se instalaram, onde

O

Em manrra cio

voja SO

Co7n,acc,q Ocepo’zas:ui. sedeada ‘ao País Casco, reqOo muito ciebilitacia econóa::ca e socialmer,ie após a Ouerra cLil cuja redtalóação se da com a insialação do uma escda cio formação p’efissicnai cm ÁÂaoJ’agéz; t1943) a qual cersiiiuiu um marco picicire na prosperidade dessa ergaleação cocpeativa.


o bem-estar de alguns acontece àcusta da pobreza de outros, Até onde a sensibilização existe para que a globalização respeite os objectivos do desenvolvimento? Em suma, as cooperativas socialmente empreendedoras serão ‘urdamentais para contrariar c desemprego estrutural (de lorga duração) que afecta as ecoromas ocais, particu!amiente em regiões deprimdas, contribuindo para vaohzar ou, pelo menos. proteger o proprio território, nos termos expostos na secção 2.2 mas com a mais-valia de um nieio soc9/mente inovada (esquematcamente organizado nos termos da Figura 3).

ECONCLUSÃO

-

Face às ameaças económicas e sociais que pairam sobre as regiões menos prosperas (a fuga de capital humano, a deslocalização industrial, o desemprego de longa duração, o alastramento da pobreza e da exclusão social). fruto não apenas da lógica mercantilista subjacente à globalização reinante tJeantet, 2002; Simões Lopes, 2002) mas também dos condicionaísrnos impostos pelo paradigma da Economia do Conhecimento (demonstrados nos pontos 1 e 2). é leginio concluir que a capacidade de resistência das suas popuações dependera em mUito da sua afinidade com os territórios onde habitam. Estes não serão apenas mero suporte físico de recursos tangíveis (Ribeiro e Santos, 2005), mas também espaços com identidade própria (Lopes, 2001), habitados por comunidades que em termos económicos deverão buscar soluções empreendedoras ao nível, por exemplo, da oferta de bens não transaccionáveis, como sejam o seu património histórico. arqLnteotónioo, cultural e natural (,:e. as amenidades culturais e naturais), visando a “inimitabilidade sustentada” (FigueLredo, 2002), em estreita articulação com as actividades primárias, particularmerte no caso das regiões rurais (Barbosa de MeIo, 200Z. O empreendedorismo social enquanto sentimento genufno das populações para chamarem a si a busca de soluções realistas para os problemas soc!oeconómcc que as atingem, reforçado pela fertilização do conhecimento tácito local com conhecimento tácito e codificado de origem extema sendo esta, por sua vez, ililicu nosso,

1

[

-,

u

será o favorecida pela partilha de um ambiente cooperativo Jistrumento basilar da Economia Social e de afirmação daquela afinidade. Podemos concluir, com este trabalho, que não se pode norar a importância da dimensão social e institucional nas redes de transferência do conhecimento, e bem assim, no processo de geração da inovação e do empreendedorismo, realidade omitida na kteratura sobre Economia dc Conhecimento e da Inovação. Deste modo, este trabalho permitiu contnbuir para um melhor conhecimento a dois níveis: primeiro, equacionando o papel das cooperativas no emprendedorismo social e, segundo, enquadrando estas no processos de desenvolvimento regional e nas dinâmicas territoriais de inovação. Tal tacto oonstitLn um contributo particular, em termos fundamentalmente teóricos, de que as cooperativas (enquanto agentes privilegiados da Economia Social) terão uni papel essencial na valorização mercantil dos territórios sob risco de exclusão das redes de transferência de conhecimento de alto teor tecnológico. na medida ciii que aquelas promovam a reinserção profissional de traball’adores lcoais tornados redundantes no mercado de trabalho pela inovação tecnológica e pela deslocaIização industrial por parte das empresas muitinacionais; designadamente, actuando como agéncias de contratação de serviços especializados consoante as oompetências e quaUfioações desses mesmos trabalhadores. Além disso, ainda que limitada a uma revisão da literatura, desta investigação resulta unia implicação fundamental em termos de orientação estratégica para política regional, particularmente em regiões deprimidas: a concepção de estratégias regionais e locais de reanimação económica deverá atender às espeoifioidades da cultura local confiando uni papel de participação activa aos grupos organizados de cidadãos e tirando partido da criatividade, do espírito de cooperação e democraticidade em forma de descentraiização pclíioa, de modo a apurar os ingredientes que propícia ao industrial fomentar a atmosfera permitem desenvolvimento regional sustentado. Como limitações deste trabalho, apontamos o carácter frmndamentalmente teórico do estudo, traduzindo-se numa revisão de literatura, o que sugere a necessidade do desenvolvimento de outros trabalhos de investigação, de nível mais empírico, com recurso ao estudo de casos específicos ou outro tipo de


metodologia a definir, para der t!.Ew as dinâmicas de pormenor deste processo. Assim, como pistas para investigação fL1tura, fioa o desafio

de serem desenvolvidas medidas que permitam avaliar de forma robusta a importância eoonómioa do meio novador enquanto recurso territorial intangel, assim corno analisar o desempenho das cooperativas portuguesas implantadas em regiões rurais na

qualidade de agentes de empreendedorismo social.

REFERÊNCIAS

r

kr’in, \sh e T1,rtt, Nigei (.1 992). Neo-Marsha[Iian nodos in globai rietwod<s. /ntenat/ora’ J0fl13/otUTb008nc/RcVVllJiROSod/Jh 16. 571-567. Atrin, Ash o Thrifl, Nige! 1 994i LMng in lhe global. Enc Aii-i. Asli & Nigo) ]laffl (orgs.). GoLuratd!7,sJs.tutc/s and rgizvia/ oh’Cepne’nt ih Enopo Oxford unHçrsr. Press, 2-17. jr3 POUQ í2002). A c1c-ào’ aI :a e as rz-cas dc doscrve;.7rento Barcc-sa da locaL Em Cccl:,. Jo-s-i Suva (coordenadori. C’gc’d’clo c7o Eoaoe’nO RLo.vsc 515533 Associação Portuguesa pala o Deser,volviirento Pag:onal. Coimbra. Avcl1ot, P (1980. /.1..cu hw@:us :se;;Evwpo Groupe do Rache:; he Eco-ptev ar es (-Âi)eux lrnovrcurs 0REMi). Pi Cadima Rhdro. J. o Fre:tas Sariles, J. (2005) iVa t:7io 1t urna nova putOa 53312]ai biFE / WP 1 5. universidade cio MHho. Carnagni, R. (1991). Iroovaton !1ct0’OlkS .sI:atiaI perspectives. London: Pintar. Comissão Europeia (1990. Grcrn P-?peroi7 /iu;otaton Comissão E’jropea (2003). flÚd&nooear; flopol on Soletro S Tcchnobu;’/nLLoators, 2cVS Tocada a Cc:irssão Eulcr:.ri (20-07). A0-lccar a !:ai:si:ren. de coohmrne’#cs ente as ao - ‘estdcção e as e.’nnnesas cdd a E,n’pa: pata tu ;a ‘r: aç abo’a /nodn’;c-ot.vçao eta 4qs’rta do L.sL’os Oom’jncaçao da Con:ssão ao Ccnsolc ao Paanv o Euvapeu, ao CariL E:enc’olco e SccL-I Ecn:peu e ao Comte das Rcg:Ses. COM 162 Era’ Comissão Eoropca )2’0-98. Reg;ons 2020’ 4’; assossrnc’nt cl kjLno cha 0-ricos 0-; EU íJ%bflS COM 2666 linal. Cooke. Pi0-ip (2004’. Regional kiieo(cdcjo capabilitios, emboddedness o) Srn:s ar ndustr orcjarizatien: bioscience megacentres and econon:ic geographv. £:-op P/Jnrte7 Studcs vol.1 2. 525-541. Cooko. Phillip ci Locclesdortt, Loot. (2095). Rooiooal clove!opir:rlt in lhe kneviedge- 1 baseci econorry: fle oonstru:ttjoli of ad’.-antage Jot;nij o! T:oi:no,’oa’ Tçc’o’,t vai. 31,5-15 Co’nan. Ruh:n e De Paai. GorI vau 2000). /i:noiatd; pan ;.“ a Kco:cacige-Sased Fconorni. A neta snio) cewnSs6v;ed Li tho &copcan C’r sola E- Liprise D::ectoratc Gerierai cJ the Oorrrnss00 :1 the Europcar Oorrirur.i:es. Luerrbouigc.

[

.

L

tUc,ILOI

lifl

-

-

ao

Dcwnaç Eusey O. 245 Caitai Exparis Pote ot Grovnh and Eng0cn!ert. Ecaemétrc4n. 4abrih DosL Giovarini 1956,. Sejrces. ;:ro:edures and :r.icraeccnouics egocis o, flhiL’VOi’L t,io!&etion:dL;’at:ue. vaI. 26, 1 120-1171. si. Cc Preeman, O.: Nelsui’, R.: Silverherci. 3. o Sacio. L. (orcjs.). Tec’indal (2hange sdEconc,’nd Picoiy Pinter Publishers, Londres. Ekowitz, Honw e Leydesdoifl, Loet (2000). ]lie clvnamics cl innovatien: trair Nat:onal Sssterns and idade 2’ lo a Triplo Helix aI universilv-industiy-gavernmont relatiens”. RescaicnPa%i. vai. 29, lssuc 2, Eebmary. 09-123, Fagerberg. Jar (20051 Inrievation: A Cuide tu lhe Literatura. Em Facjcrberg, Jan: Mawerq, O.: Ijelscui, R. (args”. Pia Oatvd flodt’oo/c o! /nnouaton O.4ord ueiversuP Rees. eh. 1. Fueirejo. A. A. 20D2,’. As pcl:ticas e o I%300amcrita cio cicson’.’clvinento ‘eg:onal. Em: Costa. José 5-loa (coordi. O rc0-ejd c/o Eco’ai0-, Reoa’tat A°DR. Coimbra, 477-502. 0’ Edu-:.aão. 500 edaclc Cagnrtrva e egO-os ntcigcntes. urra Farão João ailculaçãe pioniissera. /í;f2a7o0. 11 91-104 Fbdda, R. i1995i. Tc-vard lhe barning cíjion. Futuros, val.27. rï5. 527-535. Fdedir-anri. Jonh :1972). A general thcery ei po!arized development. Em: Hansa. N. (edj. Groi/’ centres fr; reg&rideve0-prncnt The Free Prese, Nova larque. Granovefter. Ltark 1992) Economio instilu!.c’ns as social cunstuolions: A harriec’omk t&analysis. 4t;Soraogva, caL 35, n1. 3-11. Fxlerscn. Venic-n 1988). ULan doic’Lr%nient P;oe.n. 0-ri coa ilc’sr-r lkiivers±v Prese. Harc-i. Rc— 1239’i An essav ! aynantc lreorv. Eccncvn:dJoo;na( vai. 49. 4-23. Hrsebranr. A. : :958. 77,e SOataoi- cl Eocr;cnc Deie0-prnca Vale u’gverei:v Prese. artet. Thcnv 2092). 4 Eocncr,;h Soco? E.copca. cm tudo a Dc-:cc-,oc0- Ea :o!s Poseidor, A!bLI!crra. Krugman, Paul i 991). 1 nc.ieasiug retorne and oconomie geograpliy. Jeurnal cl Pouca? Economy vc-l. 99. n 3. 483-499. Lopes, Raul 2001 1. Ocrnpci,hvdsd Inovação o Tcniteii;ós. Celta Editora, Qc-iras. Lucas, Rubor! (1988). On lhe mechanics e) c-conomio dovelopmont. Jounial e! MonetaiyEooiicrn0-s, vol.22. n 1,3-42 Lundvall. Serril Ate (1992). Atatcna? /ncolc;/Lois Sis’tc;’;s: ta::ards a 1/icei cl ate.’” and mie-atua e 0-atuou. Rolem. Lo-vires. Mairat. Dennrs 1997). M:oux lnnovateuis eI ‘lcmmve!cs GOnurapons do °c-utques g!onalos E’ . Ferião. João (ccordoraclcr). Pedras de k:uiaç2o e Deser;ivin;c’;0lCSUN-!SCE. 13-20. Malat. Dance (1998). lr,toracto-ns holsoecu u:oan systoms and leoaiized precimi:ivc systems. au appreach te ondogonous egional developmaril in torres cl oriovative rnilieu, EnopoanPOnozg SIclos, vai, 5, n 2, 117-129. iviair. Johanna e Mad, Ignasi (2004). Soca? Eot,op;cneuisolp: LVhat Ate l’i’e T0-dig Aboet?A Franici:odvtdrFutute Pesearc0- lESE Bus:ness sehool-universitv eI liavansi. Marshall, Alfred (1890). Prhc,iads o! Ec-enomcs. Lonchos. Méndez. Ricardo (2002), lnnovacien y cles.amete temtonal: cIgLinos debates [educas receoLa. SURF vcL 26 n 84. 63-63. Santc,oo do Ch(e. Moi!, Guian 5., \-,tee:acarder a, Jav e Carneoie. Kashon;a (200-3). SeoNi entreprencursr.p. tccocde conoeprudlzation. k;tcu;atdoaí Jaumal o! No’.’c.’ and L’cdoiao Seoto.’’11c-or.’:j 5.76-88. ‘rda. Gunriar (19-57). Eocv:o.’ed ti:ect and L.0-ahtloidopca Retacos: Ouck’.’,orlh. Nova arque.


0095 o96L 0005 2X Turr.rLaloutj4.c 0002 (2002). Pasam ti [ti tuas proposed standard p’actL-e for SilR’QVS cv reseac and (‘Àpai ‘tentai developmcnt 00D5 (IDOSa BLJ.dnQJjt7Ix.tctotjasstzo:zs,,djc tr..e 0002 2005b. Osô itL-ae,:tl Gzda:hes for JOLt’t3 aidui toíp; izgi;nc;aon ii 3 citi e-a, OCDE (2007). Hurnaji GepLe: ho:z’ hat j’ou Anca shapes cor /zfc. OCDE (2008a). Susta.rabbDui’e.bpntent LuJk:Ig000nomv sedati andenVcnrnent OCDE(2008bi. Tcaitctl,/r.ioesP:an OCDE (2009). Pcg-da satagonaa Rerroux. Erarço;s (1969) L Eacncn co do \0 &io PiE. Paris. Piore, Micluol o Sabd, Chades (1984), Pie Scco;d kidust0/ Rodo: passVtt’fies f 1 osTento Base. Books. Poicce, Mano (1998). Gct’qaendc’ de Ecc:cm.3 Rxa’;a/o UtL’aia APOR Co:mLa. Reler kOcliaef (1990). Te- Go’npc-r,ve dai :enL?go ci A0téns Nc York, N.Y., Frete Presa, A-ograrra das Naçoes Undas paa o DesonvoMm snto (2r308). Hurnan Detchp”cit ‘t

-

Puirv.an. Polort (1993). The Prosprno’js Corriminite Soco) Cdotal anel Pjhc UIe. .407c:Japp05?00t13 35-12. -RoeF’ucs Maria João (2005; ifie Lisbcn Siratcey ahcr tias n;d-i:m’ rew impicaitons for innovatccn and (te Iong learning. Citípaiato Govornan;c, cc) 6 (4), 349-’j 357Pomar. P. 1 1990). Erdocjcnous tochr,o’egicai change. Jc:ret o.’ E(t-ai Eaca,y coLOS. n 5. 71-102. Santos, Dom:ras (2002). O marido de causd:elacie c*cdar e curruiaO:a e omode4 ce-nlre-pentera. Em’ Cosia, Josá Silva (eoordj Ccn7pc½dc de Ecc,eozda Rcg/cit APDR, Co;mbra, 180-200. Saprr Aidrõ ce’a/ (2003) AnAcenda fora Ci :ngEír ca’ 0&rcJ Ua0erst: Rress Sassor, Saskra (1996) Cita and Commurii,es ia date Global Ecanon-’y: ri! iinking os conce;As. 1/ieuJap EL o:aepscrr#s) co! 29, a 5 629-639. Sch’jmpctor JA. (1934) 7lat- P;ocn o! Eaa’;o,i0 Devet’pnaen r Cambddge: MA Harvard, University Pross, (Peproduced, Nau York 1961). Sterpcr Miei ad e Scott Aten (1 095L The o-cada ot r—rn< ‘raiVa forces and ty !!TperaLves’,n loca, and g;ohA corRa Riu 105 cr1. 27. 5. 505516. SiP.a, leRdo ç Sik’a, Sorrira ilCOl). Cortvorj[nc0 corsus d7<ergércia Em, Casca, S:lva lcoorclcriodorj Ren adc ao Eacnoini RLS7Ofldl APDR, Coimbra, capiLilo 5 Simões Lopos, Anlonb (2002). Globalização o Doserivolelipento Reqional, Gestão e Dcserr;celrnaujuc, 119-25 Sosie, Lute (2000). A Econoria BasearIa ao Conliccin-en to num Mordo Gblealiza clcs_attce e putectal Errv Rcincutjz. Mana João’,Ccc ri-) Reo urna Etapa litavoção o do Con!;eo-iy,ey tia eItr”egc, refomps ooondoejcis e coesão sooU! Ceifa Editora, Ociras, cap:kiio 1. Sabei. A. (1 956). A Contrftiut;on te the ]lieoni aí Err,r,orrrc Gra’.ah. Q•*»1 Joend cfEca’a.e:asvcl. 70 ), 55-94. Stdhr \‘J e Taior. E 981), L2aa’eLnppu ‘be;oL’ar crda0a:°Jehn VAler & Sons. Toso’jrci Brilánico (2005). Devoi-Ang Jecision maktng: 3 — Moctiarj date regó’d economic chalionge: ]‘lie importantes aí cites te rcgional gro’.ah. HMSO. LoiceIros. Tõdflrnnr, Erar, (1994’. T’ie Uneven Landsaape aí lnnc’vation Polos. E,’: Atem Asia at Voei Tnr,fr (erga ). GUt’a!zat9r, /itsttjt,cits aitd Rooãna/ Dei daprneuet üi Ev Oxford Univeraria: Pretas. 58-83.

r

J: L.: acrh&h, 0.; E (2007). Ut.’cas)bs, Rcgt Ivat i ha Baagabro Expcdcnce: Tocais a Qewitoxtua! ad Evulutivweuy Persuecctkc, 8v: O-ea, ia; Ors, Xci ind >Qc4rLye. V&; (Eds: o7::g 10[b” 1.tnatjt ocií Cty hnstaifrU/r2n Jb’itjv Pa’ax#,niscati,eE k;tn?ta So,)rvs:’tc’7 ALo j rdr&rtw,SACR90acUts-fl.Rcss 651-SEiS. .Vãzquez-Barquero, Pilado (2000). Dssarrcllo endúgeno y globalizaciõn. EL’RE rol. 23, 79, 47-65. Santiago dc Chile.

BDEREÇ0S EcECTRÕ 9003 CONSULTADOS: tUtpJY’Mw ,asicut o.zr:cbctra(ra.piafcar = (6cn2arh iMaro efe l000i. http:11.fnscoop.ptmnscaoplsect;oopoiatvoiidontidadocooporaitva,Iatmil (acedido Maio de 2609). Ntp-J/vns.rrordragor.rrcc.osJospnroopcratnis;rafcxparrce/L’cn’aiahtrv (acci:cb ui’ Maio de 2009 ttp:/kw.v.soeia cct:V(::ltL ‘Sfrotcrjm:’arkzOaq.peit )lda:o de 2000r. hlp:/ftdr.undporgicn;’raccelia”HDR_200720D8jech_Note_1 pdf (aced:clo em Maio do 2009)


nia

DIMENSÃO DESCRITIVA DO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO

DESCRIPTiVE DiIvIENSON OF STRATEGIC PLAkIINING DIMENSON DESCRIERVO DE PLANIRCACIÓN ESTRATÉGICA

António Gonçalves Fernondes * (Ioieãipb.pI) Maria Isabel Ribeiro “ (xiioieipb.p4

FSUMO

É, fundamentalmente. a mesma ópUca prescri liva que encont se ra rs principais aboroagens do fenóm estraté eno g:co nas década s de 50 e 80 do século passado. A parir de nicados da década de 80 surgiram as escolas descritivas e com elas prevaleceram conceitos como a intençã o estratégísa. as competéncisa centiais e o enfcque no mercad o. A ssagem das estratégias de oesenhos, dos pianos e/ou das posiçõ es • precisas, tão características da dimensão prescritiva para visões vagas e perspect\’as aargadas da diniensão descritiva surgu com agima natura!dade. Apesar d.sso, na actLIaiaaoe. as vsões que pretend se em estritamente descritvas são ainda prescntivas ou contundem as duas perspectivas Palavras Chave Planear’ ento Estratãgico, Cirronsão Dcscritva, Escoas .

STRACT

Fundarnentally, ts the sarne prescri ptive optical that appear s in lhe main approaches of lhe slraleg:c phenom enon in the 50’s and 80’s of lhe ast centurv. in lhe middies 8Qs, lhe descrpttve schools appeared wth concepts like strategrc intention, central compe tences and market focus, lhe passage from dra’.jings. plans and/or pTecis e posit ons sirateg ies, that are characlehstics of the !Dresc riptve di’iien sion. lo vague vistcns and enlarged perspectives of the descrip tive dimens ion appear ed naturaf ly. ln spfte of that. presently. the visions that are ntended. strictly, descnp tive are stiil prescnptive or, in some cases, lheres a mix of lhe lwo oerspe clves.

Kewords: Sitatogio parnrncj, Descnphve dimcnsccn, Schoo!s.

Ei


FSUMËN Fundamerita[mente, esta es ei mismo óptico preceptivo que parece por o general acercamientos dei fenómeno estratégico en los aôos 50 y anos 80 dei sigla pesado. A medica de os aflos 80. as escueias descriptivas aparecieron con conceptos - como interición estratégica, competencia central y foco de mercado. El paso de dibuios, uroveotos ylo estrategias de posiciones precisas. oue son características de ia dimens;on orecepliva, a Vis!oflS vagas v perscectvas amp:adas ce d’mensón descriohva apareco naturaimerte A pesar de esto, actuaimenle. as v:sones que son querdas. estr;ctamenle. desc’plivc s tcdava precepivas o, en algunos casos! hay una niezca de as dos oerspectivas. Paiabras c[3v0, i, íIflcaCicjíiO5irdtCCiCa, dimension Dcscrcptva, Escudas.

P’einooe!a Asieoie Lii’ra’ada dc’

‘io.hi’je e-ehkceico

• P’cfessc- Ad a E-9J:rero.Jc: de Molhe °Ou13 O (I1 O3gWÇa Dcjtc’ ei’ OssO-o r-oe. L :eo:dot: (Is Fazes ‘jontes e Ucte i.’ti-LeEÍ.ooioadec-zi:’: deV.oaç1OodLfla’’3.

B’apoça. Dc:jic’eem E1.30cre[3 rola L’nrsc!sIdid de T’ás-os i.’e•rdcs e ‘1ie Dewo Momlyo EfeotLso do cc:-re de [r,eesigfl de olenIar,ha d 1103 33 aos e em: 23 da Dop%ys (1.3 2309

1

1

E INTRODUÇÃO

LJ

Segundo Couiliart (1995), entre as décadas de 50 e 80 do sécuio passado, as escolas prescritivas dominaram o panorama do planeamento estratégico das organizações. Segundo este investigador, o modelo de análise SWOI dominou o pianeamento esfratégico da década de 50, A década de 60 trouxe consigo os n’odeias quahtativos e quantitativos da estrategia. Para Mintzberg (1973), os anos 70 contribuitam com aiouns modos alternativos de concepção da estratégia, designadamente, o modo empreendedor fnituitivo) e o modo adaptativo (aprendizagem). Segundo Gouiliad (1995), durante o início da decada de 80, o pianeamento estratégco tornou-se padronizado devido ao uso em massa do n’odeio de Porter 986). Para Goulhart (1965) e Caiori (1998)! foi a partir de meados da década de 80 que surgiram as escolas descritivas e com eias prevaieceram conceitos como a intenção estratégica, as competências centrais e o entcque no mercado. Segundo GouWiart (1995), na década de 90, a transformação o-ganizacionai ganhou centrahdade peb que os modeios das escolas descritivas passaram a coiocar ênfase na adaptabilidade, fiexibihdade, importãncia do pensamento estratégico e aprendizagem organizacionai. Neste contexto, segundo o mesmo investigador, a agihdade estratégica tornou-se mais importante que a própria estratégia uma vez que a agihdade permite que a organização mude a sua estratégia à medida que as niudanças j ambientais ocorrem. Assim, pode dizer-ée que a migração registada das estratégias de desenhos, dos pianos e/ou das posições precisas, tão caracterícticas da dimensão prescritiva, para visões vagas e perspectivas aiargadas da dimensão descritiva surgiu com alguma naturahdade. Na dimensão descritiva, Mintzberg eta! (2005) e Mintzberg e Lampei (1999) inoiuem sete escoias de tormuiação da estratégia, nomeadamente, Escoia do Empreendedor, Escoia Cognitiva, Escola da Api’endizagem, Escola do Poder, Escoia Guitural, a Escoia Ambiental e a Escoia da Configuração. No entanto, a Escoia da Configuração destaca-se das escoias descritivas por. segundo Fernandes (2007), integrar no seu seio tas as outras escoias e por, na óptica de Femandes e Ribeiro (2008). possuir uma perspectiva unificadora e um carácter ecietico. Desta forma, os contributos, as perspectivas e as reivindicações, quer das escoias prescritivas quer das escoias descritivas, são tidas


Ii

em conta para urna visão da estratégia mais abrangente. Assim, por não se tratar de uma escola, verdadeiramente, descritiva optouse pela sua excusão da revisão da literatu ra sobre estraté gia e planeamento estratégico levada a cabo neste artigc. Pelo exposto, o artigo estrutura-se em torno das diversas escolas descritivas com excepção da Escola da Configuração.

EEsco DO EMPREENDEDOR O contributo da Escola do Empreendedor, no que diz respeito à formação da estratégia, gravita em torno de um actor principal que, como a designação da escola indica, é o empreendedor. Na teoria de Schumpeter (1947), este actor é o responsavel pela introdução da mudança no sistema económico. Mudança essa que, para Drucker (1992) e Weimer (2001), é promovida pela inovação, Segundo estes investigadores, a tese schumpetenàna aponta no sentido da destrLlição criativa ou transformação radical como o motor da mudança organizacional. Portanto, para estes investigadores e McFa,lino, (2000), a inovação não é um ajustamento autoniático nias unia ruptura coni o passado, Neste contexto, a principal preocupação de SchLlmpeter (1 947) residia na obsolescéncia tecnológica porque esta, segundo Weimer (2001), representava uma séria ameaça para a vantagem competitiva1 das organizações. Mintzberg e Lanipel (1999) consideram que a Escola do Empreendedor surgiu conio uma abordagem completamente diferente no que diz respeito á formação da estratégia. Apesar disso, à semelhança da Escola do Desenho, esta escola centra o processo de formação da estratégia na gestão topo do e, em completa oposição á Escola do Planeamento, centra-o na intuição e na criatividade. Nesta linha, Calingo (1989) e Boyd et aí (2001) consideram que o sonho ou a visualização subjacente a este tipo de abordagem da estratégia é uni acto criativo, improprio para a formalização. Por essa razão, Mirtzberg (1 993) defende que esta abordagem visionãria da estratégia é uma fomnia mais flexivel para

1

5gu’dc Oaei 1995 ccx•::tz 1 va-;brrq c:rnpcuva í•z I:’iiJzaic pcr SchtjrrreI.r .a ijV’.t ia scbe gestie

1

fazer face a um mundo inoerto Razão pela qual, Fulnier e Perret (1993) e Hamel e Rrahalad (1994) aiegam que o futuro deve ser iventado e não previsto. Por seu lado, Wesley e Mintzberg (1989) comparam as visões ou as nietas visionárias ao desenvolviniento de peças de teatro. Efectivamente, para estes investigadores, uma eia despoleta o desenvolvimento de uma visão ou, dito de outra forma, dá origem a unia representação niais completa da ideia. Desta forma, a visão fonia-se cada vez mais elaborada, tal como o texto do guionista se vai desenvolvendo, cada vez mas, à medida que os pornienores do enredo surgem da imaginação do escritor. Como foi já referido, o actor principal desta peça é o empreendedor. Por issõ, não é de surpreendente que, no âmbito desta escola, Mintzberg (1993 e 1 994) defina estrategia como um processo visionario na dependéncia de um lider forte e criativo. Efectivamente, segundo este investigador e Mintzberg ei aí (2005). o processo de criação estratégica está oentralizaclo no lider e incentiva alguns jrocessos mentais corno a intuição, a sabedona, a experiência e a visão futura. Para além disso, para Mintzberg (1973), este processo de torniação da estratégia é dominado pela procura de oportunidades e esta oentralizado nas niãos do presidente executivo. Em síntese, segundo Mintzberg ei ai (2005), na mente do líder, a estratégia existe como uma orientação de longo prazo; a formação da estratégia assenta na expehéncia e na intuição; o lidem promove a visão e controla a sua implenientação; e, por fim, a estrutura organizaoional simples permite que a organização seja, suficienteniente, ‘lexível de fornia a responder de forma eficaz às directivas do líder. A visão empresarial, quando colocada em termos conoretos é, para Hinterhuher e Popp (1992), a base da filosofia das organizações ou o credo ideológico. quer do empreendedor, quer dos gestores de topo. Segundo os mesmos investigadores, esta filosofia é conio que uni bom grito de guerra que, para Shaw citado por Hinterhuber e Popp (1992), representa meia batalha ganha. Nas palavras de Kouzes e Posner (1987), uma visão é uma imagem idealizada da própria organização e da sua singularidade que, simultaneamente, permite à organização olhar em frente. Por seu lado, para Mourdoukoutas e Papadimitriou 1998), a visão do negócio é iniportante pois fornece a racionalização ideológica para o trabalho de equipa. Nesta linha, segundo Kouzes e Posner (1987), a visão proporciona aos membros da organização uni claro sentido


de direcção, urna mobilização de energia! unia visão do futur o que pode ser partilhada e! a sensação de se esta envo r lvido ern algo importante. Na mesma linha, Mther (1993) conside ra que a visão define, em sentido lato! as linhas de orie ntaç para a ão formação da estratégia e, por isso deta os : lhes dev ern ser trabalhados niais tarde. Outros investigadores com Tre o goe et ai (1969), reuniram uni grupo de gestores dos niais div erso sec s tore s de actividade económica com o intuito ana de lisa ren as mo i tiva ções que poderiam estar ria base do desenvolvimento de unia visã o para as suas organizações. Tregoe et a!. (1969) iden tifica ram sete motivações, nomeadamente. a nec essi per dad cep e tive de uma l visão comum e sentido de trabalho em equipa; o des ejo experimentado de controlar o destino da organiz açã von a o; tade de obter mais recursos para a operação; a certeza de que sLic o esso operacional actual da organização não é a garantia par a o futuro; a necessidade de evitar problemas; a ocasião de exp lora uni r a nova oportunidade ou de lidar com unia nova ameaça; e, final mente, a necessidade de passar o testemunho e de o transportar .

3. ESCOLA COONITIVA

1

Segundo Calori (1998), até à década de 70 do sec ulo )O(, os estrategas obedeciani à tradição racionalista das escolas prescritivas. Por essa razão, não é de estranh ar que os investigadores da gestão da cognição estivessem seg , und o Simon citado por Calori (1996), tão interessados na investi gação das fronteiras racionais, Efectivamente, para March e Sinio n (1958), a maioria das decisões humanas, que r indiv idua is quer organizacionais. dizem respeito à descoberta e sele cção de alternativas satisfatórias. Apenas em casos excepcion ais, dizem respeito à descoberta e selecção de alternativas óptima s. Segundo estes investigadores, trata-se da racionalida de limitada, p& J oposição à racionalidade completa. Est a situação acontec porq e ue os individuos que fazem parte da organização possue imita m ções cognitvas e afectivas. Tais linttações obrigani à substitu ição de uma 1 realidade complexa por niodelos simplificados ton de iada de decisão que se caracterzam pela substituição dos objecti vos gerais por objectivos parcelares. Precisamente, para Mintzber g et aí (2005) e Mintzberg (1994), a Escola Cognitiva surge com o intuito

[

.1

de tentar conipreender a forma como as estratégias evoluem na mente do estratega. Por isso, para esta escola, o processo de formulação estratégica é, essencialmente, mental porquanto leva em linha de conta o que acontece na cab eça do gestor quando lida com a estratégia, Neste contexto, segund o Mintzberg e Lampel (1999), a origeni das estratégias gerou, especialmente, na frente académica, um interesse considerável. No entanto, conio se disse, o interesse residia, não nas estratégias em si, nias nos processos mentais que levam à formulação da estr atégia. Fvlais, segundo estes investigadores, interessava estudar os qua dros, modelos, mapas, conceitos ou esquemas que estariam na base da formação da estratégia. Segundo Mintzberg e Lampel (1999), durante toda a década de 60 do século passado, este tipo de investigação desenvolveu-se e cresceu, até à actualid ade, no que diz respeito aos aspectos cognitivos da criação da estratégia e da cognição como processamento de informação e mapeaniento da estrutura do conhecimento. Ainda segundo os nies mos investigadores, outro ramo mais recente desta escola adoptou unia visão mais subjectiva, interpretativa ou construtivista do pro cesso de formação da estratégia, nomeadamente, que a cogniçã o é usada para construir estratégias enquanto interpretações criat ivas, em vez de ser uni simples mapa da realidade, de uma form a mais ou menos objectiva, ainda que distorcida,

FESCOLA DA

Para Mintzberg e Lampel (1999), o doni úiio das escolas prescritivas apenas foi beliscado pela escola da aprendizagem. Efectivamente, segundo estes investi gadores, esta foi a unica escola que se transformou numa verdad eira onda. A este facto pedera não ser alheia a visão emerge nte que esta escola tem cio processo de formação da estratégia. Efectivamente, segundo Mintzberg (1994), a estrategia eme rge num processo de aprendizagem colectiva. Ou seja, esta abordggem depende, segundo Mintzhei g (1993), de vários factores susceptíveis de experinientação e integração. No enta nto, segundo Mintzberg (1996, na linha de Miitberg e Waters (1985), tal não sign ifica que deixe de se pensar e agir racionalmente nni snn’ ,nrln AinfFn.. s


i

r

(1 996L ao planeamento deliberado, apan ágio das escolas prescritivas, deve aliar-se aprendizagem a emergente. Efectivamente, Mintzherg e Waters (1 985) e Minzberg (1 9). perceberam que a estrategia é o resultado não só das acções deliberadas mas também das acçes emergentes cujo significado sã pode ser compreendido à postenõ’i Esta postura é, segundo Goold (1992). reconciliadora na medida em que pode s considerada urna sftitese das posições antagónicas defendidas pa Mintzberg (1990) e Ansof (1991) aoerca da Escola do Desenho. Efectivamente, para Minberg (1990), a concepção de uma nova 1 estratégia é, em primeiro lugar, um processo criativo (síntese) para qual não existem técnicas formais (análise). Segundo este investigador, a prograrnação de estratégias só se justifica em organizações complexas nas quais a análise formal se torna imprescindível. Por outras palavras, a estratégia deve ser concebida informalmente para, posteriormente, ser programada tormalmente. Ansoft (1991) é, especialmente, crítico relativamente à formação da estratégia baseada na tentativa e processo experimental da Escola da Aprendizagem. Efectivamente, para este investigador, o resultado deste processo é uma estratégia observável que obedece a um padrão lógico subjacente a uma sequência histórica de tentativas felizes. Apesar de observável, a estratégia não deve ser tornada explicita porque, segundo Mintzberg (1 990), conduz à cegueira. Para este investigador, esta cegueira é causada pelo bloqueio da visão periférica que acontece sempre que se põe em evidência a direcção. Ansoft (1 991) critica ainda o facto da estratégia emergente não poder ser formulada em ambientes imprevisíveis. Para além disso, segundo o mesmo investigada, também não é possível formular uma estratégia viavel em ambientes previsíveis nem prever o futuro com completa confiança pois, para Mintzberg (1990), os gestores não devem actuar antes de terem a certeza das coisas. Por essa razão, Ansoff (1 991) considera que, no âmbito da Escóla da Aprendizagem, os gestores não devem faza] declarações acerca do futuro se não estivereni, totalmente, seguros do que estão a dizer; e, não devem avaliar os pontos fortes e fracos da organização enquanto os mesmos não se tornarem evidentes a partir da experiência de tentativa e eao. Desta forma, segundo Ansoff (1991), toma-se impossível planear e coordenar o processo de formLllação da estratégia em organizações complexas. Apesar destas criticas, Mintzberg (1 990) conclui que a abordageni da, Escola da Aprendizageni através da estratégia emergente deveriaj

w

vcgania e n t. a

[ser aplicada a todas as situações excepto no período inicial de concepção da estratégia em novas organizaç ões; no período de transição entre uma fase de mudança e urna fase de estabilidade operativa; e, como foi referido, em organizações complexas. Nestas situações, segundo o mesmo investigador, aplica-se melhor a abordagem das escolas presoritvas. Afinal., o que é a estratégia emergente? Como surge? Segundo Peters (1993), a estratégia emer gente surge como um esforço bem-intencionado de corrigt aquilo que se identificou como um desvio face ao previsto. Por isso, a aprendiz agem é definida por Ngyris (1995) como a detecção e correcção do erro. Segundo Ngyris (1995), a aprendizagem acontece aquando do primeiro encontro entre as intenções e as suas consequê ncias. Por isso, para Mintzberg e Waters (1985), estratégia eniergente pode ser definida como um padrão que emerge a partir de im fluxo de acções ou como um processo de aprendiz agem levado a cabo a partir da experiência. Por seu lado, Cunningham (1 999) considera que a aprendizagem através da experiência é unia abordagem aamente sofisticada ao desenho significativo das experiências de aprendizagem levadas a cabo por uni colectivo, Apesar de remontar o conceito a 1 945, Keys (1994) considera que a aprendizagem através da acção, nos anos 90 do século passado, representava. para as organizações aniericanas, uni novo e revolucionário tipo de aprendizagem organizacional qLie procurava ensinar e aprender coni os seus gestores. Revans (1972) considera que, do circu da lo aprendizagem, fazem prte as seguintes compone ntes: aprendizagem a partir da experiência; reflexão; partilha da experiência coni outros; crítica e aconselha mento por parte dos colegas, aceitação dessas criticas e conselho s, consideração e sua implementação; e, por fini, reflexão e partilha das lições aprendidas. inda segundo o niesmo investigador, o proc esso de aprendizagem através da acção baseia-se na interacção entre dois tipos de aprendizagem. O primeiro está, intimamen te, relacionado com o conhecimento e com as capacidades e segu o ndo diz respeito ao vocesso de exploração desse conhecimento, em termos praticos. Nesta linha, Mumford (1 995 e 2000) considera que a aprendizagem é um processo social no qual cada indiv itluo aprende coni os outros. Por isso, segundo este investigador, para os gestores e para os profissionais da aprendizagem, aprender sign ifica tomar efectiva a acção. Por essa razão, as necessidades de anrpnd iyrnm rlc’,zn,

[


F

r

ser expressas através das acções nos problema s reais do traba lhai as quais devem envolver quer a implementação quer análi a se e a recomendaçãc. Pedler e Boutali citados por Vince e Martirn (1993), véem a aprendizagem através da acção com e um conj unto de quatro elementos que se irter-r-elacionam, designada mente, a pessoa, o problema, o grupo, e a acção sobre o prob lema na organização. Por isso, por um lado, para Stein 1 er 998), a. aprendizagem organizacional diz respeito às competên cias dos indivíduos em comunicar e resolver, com sucesso, dilem as e problemas quer no curto quer no long o praz Por o. outro , para Moilanen (2001), embora a aprendizagem, em si mesm a, seja um processo muito pessoal, ela deve ser vista como send o uma parte vital de todas as estruturas e processos organizaciona is. Por seu lado, Zuber-Skerrit (2002) atimia que a acção através da aprendizagem consiste em aprender apre a nder . Neste contexto, o indivíduo associa-se no sentido de traba lhar com problemas reais. O gestor individual beneficia através do trabalho com os colegas; da detecção dos problemas; da fomi ulaçã o de opções; dos acordos obtidos com o grupo acerca das acções a tomar; e, por fim, uma vez que a acção e aprendizagem nec essït unia da outra, da actuação dos indivíduo s sobr e o problema levantado. Por essa razão, a aprendizagem não pode , segundo Jonhston e Caldwell (2001), ser vista como uni exercibio ocasional mas como unia necessidade conhhua Para além disso, para Sinkula (2002), qualquer organização pode ser cons iderada uma organização aprendiz porque, segundo este inve stiga dor, toda a organização aprende, desde que mantenha a sua exist ência. Por oposição à Escola do Empreendedor, Jonhston e Cald well (2001) defendem que a organização aprendi: não cons é egui da através de unia mudança dramática ou por unia súbita conversão mas através do desenvolvimento gradual de cada unia das cinco disciplinas referidas por Senge (2006), nomeadamen te, os sistemas de pensamento, a mestria pessoal, os modelos men tais, a vis partilhada e a aprendizagem em equipa. Pelas razões apontadas. segundo Jonhston e Oaldweli (2001), trata -se de uni processo dej difidl revelação pelo que deve ser criado um clima organizacional favorável ao trabalho conjunto das cinco disciplinas. Mour doukoutas e Papadimitriou (1998) consideram que a intensificação competitiva ocoida na década de 90 do sécub passado fez reviver o conceito de ‘vantagem compe titiva sustentável”, o mesmo é dizer, o desenvolvimento de estratégias

I

que não possam ser copiadas pela concorrência. Segundo estes investigadores, por noniia, os estrategas identificavam três form as alternativas de competição baseadas, nomeadamente, no custe e na qualidade (eficácia operacional), no produto (desenvolvimento de prutos diferentes) e no mercado (enfoque no merc ado) . Na década turbulenta de 90 do século passado, na qual Min tzberg (1994) tece duras criticas ao planeamento estratégico, Prah alad e Hamel (1994) acreditam que o pensamento estra tégic o é mais necessário do que nunca. Mas, para Prahalad e Hamel (1990) e Hamel (1991.), a vantagem competitiva deve ser construíd a com base nas competências centrais pelo facto desta serem s mais dteis de imitar que as estratégias tradicionais. De facto, segu ndo estes investigadores, as competências centrais são Lima combinação das muitipla.s tecnologias, da apre ndiz agem colec tiva e da capacidade de partilha. Precisamente, a concepçã o de comportaniento na organização defendida por Cyert e Maic h (196 3) baseia-se, principalmente, na adaptação e aprendizagem contibua s, Nesta linha, Prahalad e Hamel (1994) consideram que a chave do [sucesso das organizações reside na aprendiz agem De . facto, segundo estes investigadores e Unla nd Kleine e r (199 6), é o processo de aprendizagem que torna as organizaç ões mais adaptáveis face às rápidas mutações do meio amb iente . Por seu lo, segundo Mintzberg eta! (2005) e Mintzberg e Lampel (1999), no processo de criação estrategioa é a natureza oom plex a do mercado que pressiona as organizações a seguirem o cami nho da aprendizagem contínua. Neste contexto, o papel do hder consiste na gestão da aprendizagem, de onde pode rão emer gir novas estratégias. No entanto, as estra tégia s surg eni com o padrões inspirados no passado, só mais tarde, como planos para futur o o. Segundo Prahalad e Hamel (1994). dura nte a déca da de 90 do século >0<, a natureza do espaço competitivo era moldado pela competição global, entergência de novos blocos com ercia is, descontinuidades tecnológicas e estruturai s, fusõ es aqui e sições, preocupações ambentais, excesso de capacidade, mud ança das expectativas dos consumidores e, por fim, dimi nuiç ão do proteccionismo. Face a este cenário, Prahalad (1998) cons idera que este milénio testemunhará grandes mudanças na paisageni competitiva. Segundo este investigador, pode ni iden tificar-se algumas desconlinuidades na paisagem competitiva emer gente que devem ser geridas em simultâneo, padiculamiente, glob a alização, a

L


1 ‘1

desregulação, a volatilidade, a convergência, a indeterminação das fronteiras da indústha, os padrões, a desintemiediação e a ecosensibilidade. Estas descontinuidades colocam novas exigências aos gestores que, por seu lado, terão de criar novas competências. Gerir estas competências, num ambiente multiculturaL constitui uma tarefa complicada uma vez que c gestores devem absorver e integrar novas correntes de conhecimento, colaborar com outras culturas, aprender a esquecer e desdobrar as competências atraves das fronteiras das unidades de negócio. Ainda segundo Prahalad (1998)! o domínio déstas competências exigirá que as organizações globais reexaminem, de forma critica, os seus perfis. de competências.

5. ESCOLA DO PODER Para Mintzberg et aí (2005), a Escola da Aprendizagem introduziu os conceitos de poder e polftica mas é com a Escola do Poder que a formação da estratégia passa a ser vista como um processo de exercício de influência, de enfoque na utilização do poder e da polftica para negociar as estratégias niais favoráveis. Neste contexto, Hardy (1996) refere que as acções cruc iais, para que os objectivos estratégicos sejam conseguidos, não acontecem i por acaso mas resultam do exercício do poder na medida em que este é o responsável pela orquestração das acções referidas. Precisaniente, Lloyd (1996)! considera que ao poder estão ligados três conceitos chave, nomeadamente, a liderança, a responsabilidade e a aprendizagem. De facto, segundo Mintzberg (1994). para esta escola, o processo de formação da estratég assenta no poder e na exploração do mesnio para a resolução de conflitos. Por isso, para Mintzberg e Lam pel (199 trata 9), -se de urna correhte estreita na qual form a ação da estra tégia situa as suas raízes no poder. Para estes investigadore exist s, em duas1 orientações distintas, A do micropoder que olha para o desenvolvimento de estratégias no interior da organização como.) essencialmente, politico, como um processo que envotve persuasão e confronto entre actores que paitUham o poder, A do macropoder que considera a organização uma entidade que usa o seu poder sobre os outros e entre os seus parc eiros em alianças, jbiht-ventures e outras relações de rede para nego ciar estratégias1

1

1

%CL-flr

ESCOLA CULTURAL

a

colectivas no seu próprio interesse. Ou seja, segu ndo Mirtzberg e! aí (2005) e Doz e Prahalad (1991), a estratégia é concebida pelo poder e pela politica dentro e tora da organizaç ão. Para estes investigadores, o micropoder considera a formação da estratégia una acção conjunta que, através da persu asão da e negociação. assume o carácter de uni jogo político. Coni base no macropoder, a organização promove o seu própno bem-estar. Segundo Pfefter (1992). as organizações podeni recorrer a três tormas de levar a cabo a sua niissão, designadamente, a autoridad e hierárquica; a visão partilhada ou cultura organizaoioral; e, o pode r ou influência. Ainda segundo este investigador, é possft’el exercer o poder e a influênda sem, necessariamente, ter de reco rrer ao uso da autoridade formal nem a unia cultura organizac iona l forte e à homogeneidade que ela implica porque com o pode r e a intiuência a ênfase reside niais no método do que na estrutura. Para Pfefter (1992), o processo de implementação através do poder tanibém tem alguns problemas nias, segundo este investiga dor, o poder e a influência devem ser vistos, não como a única maneira de fazer cumprir a missão da organização, mas com o mais unia possibilidade.

E

Para Mintzberg e Lampel (1999), colocando o poder num • espelho, a sua imagem reflectida (invertida) será a cultura. Enquanto o poder se concentra no interesse próprio e ria fragm entação, a cultura concentra-se no interesse comuni e na integ ração. Por isso, para a Escola Cultural, a formação da estratégia é vista como uni processo social enraizado na cultura. Segundo estes investigadores, trata-se de uma corrente que centr a a sua atenção na influência da cultura rio desencorajamento de mudanças estratégicas significativas. Efectivamente, para Min tzberg et a! (2005) e Pfefter (1 992), a cultura pode funcionar com o um factor de resistência à mudança porque é muito difícil supe rar a sua inércia. Efectivamente. Normann (1971) considera que, quer o sistema de valores quer o sistema de poder, servem com o mecanismos de filtragem na niedida eni que aceitam determinadas ideias e rejeitam outras, Nesta linha, Pascale (1999) defende a ideia de que os

L--I


valores são como os anticorpos e que , como tal, tudo o que é exterior à organização é rejeitado. No entanto, segundo Peters e] Watermar (1982), as organizações de sucesso utilizam as vantagens competitivas assentes em valores como o serviço ao] diente ou a inovação para sustert estr aL atégias notáveis. Segundo; estes investigadores e Deal e Kennedv (1 982) gerir através de uma visão partilhada com uma cultura organiz acionai forte tem sido uma prescrição muito popular para as organiz ações. Para Pteffer (1 992 e 1995), a cultura organizacional e a cap acidade, personificadas na força de trabalho, permanecem fontes de vantagem competitiva) porque são difíceis de imitar e, para além disso, outras fontes de vantagem podem ser, facilmente, des gastadas pela competição. Apesar disso, sem negar a eficácia e a importância da visão e da cultura, Pfeffer (1992) considera importa nte reconhecer que as organizações que baseiam o cumprim ento da sua missão através destas podem ter problemas. Em prim eiro lugar, desenvolver urfla concepção partilhada do mundo requer tempo e esforço. Segundo. este investigador, existem momentos na vida da organização de crise ou confronto nos quais, sim plesmente, não há tem suficiente para gerar premissas par tilhadas acerca de corro responder. Em segundo ILigar, uma cultura forte consiste num paradigma organizacional que prescre ve como olhar para as coisas, que metodos e técnicas usar para a resolução de problemas, Para Mintzberg e! a! (2005), a formaçã o da estratégia, no contexto da Escola Cultural. consiste num processo de interacção cultural baseado nas crenças par tilhadas pelos membros da organização. As crenças são, segund o os niesmos investigadores, adquiridas através de um processo de aculturação que é tâcito e não verbal. Por fim, estes investigadore s consideram que a cultura e a ideologia encorajam a perpetuação da estratégia existente. Efectivamente, segundo Mtzberg (199 1), apesar do processo s colectivo e assumir uma dimensão corporativa, a formação da estratégia assenta. essencialmente, na ideologia. Por isso, para Mintzberg e Lampel (1999) eWallace eta! (1999), a cultura tomouse uni problema central fias obras norte-americanas após a descoberta do impacto da gestão nip ónica nos ancs 80 do século passado. Mas, segundo Mintzberg e Lam pel (1999), só mais tarde se veio a prestar alguma atenção às implicações da culturá na formação da estratégia. No entanto, segundo os mesmos investigadores, as primeiras investigaç ões cujo tema central é a cultura remontam à década de 70 do século )OK e são da

rnsson

responsabilidade de Rhenman (1973), Normann (1977) Hed e berg e (1977). Segundo Wallace eta! (1999), o interesse gerado pelo terna, durante o final na década de 70 e início da dec ada de 80 do século passado, foi desper tado pelo trab alho Pet de tigr ew (1979) segundo o qual a cultura organizacional se resume a uni sistema cognitivo através do qual os indivíduos pensam, raciocinam e tomam decisões. Para além disso, este investigador defende a existência de diferentes níveis de cultura e considera que a cultura consiste num sistema complexo de valores, pressupos tos e crenças que definem a forma como a organização conduz o seu negócio. Esta foi, segundo Wallace eta!. (1999), a base de trab alho que investigadores como Pascale e Athos (198 1), Pet ers e Waterman (1 982) e Deal e kennedy (1982) viriam a usar no estu do da vantagem competitiva das organizações assente em valores, profundamente, partihados. Para Deal e Kennedy (1982), a cultura eía forma como se fazem as coisas aqui”. Por seu lado, segundo Bate, citado por Maull et a! (2001), a cultura é uni fenómeno estratégico e, simultaneamente, a estratégia é um fenómeno cultural, porque , em primeiro lugar, a formulação da estratégia é uma actividade cultural, isto é, o desenvolvimento da estratégia é desenvolvimento cultural; e, em segundo lugar, a mudança cultural é mudança estratégica. Hotstede (1980 e 1994) e Hotstëde et a! (1990) concebem a cultura como uma construção que se manifesta na própria organização influenciada pela sua localização num dete a rmi nad a sociedade. Na mesma linha, Schein (1 984 e 1990) defende que as organizações desenvolvem culturas de maneira semelhante form à a como as sociedades, em geral, desenvolvem as suas cultura s. Schein (1 984 e 1990) define cultura como um tecido de pressupostos bàsicos, inventados, descobertos ou desenv olv ido s por um dado grupo à medida que aprende a lidar com os seu s problemas de adaptação externa e de integração interna que funcionou, suficientemente, bem para ser considerado válido e, por conseguinte, é ensinado aos novos mem bro com s ton o a iia correcta de apreender, pensar e sentir em relação a esse s problemas. Para além disso, este investigad esp or ecif que ica ao analisar a cultura de uma organização, existeni três níveis nos qua is a cultura se manifesta, designadamente os artefactos observaveis loduindo o comportamento, os valores e os pressu pos bás tos icos subjacentes. De entre estes factores, que estão no centro da

Li


1 resto,

uru

muito

maioria das acções em siste mas sociais, apenas os artefactos

acerca

são directamente observáveis. Tudo o dc qual é inconsciente, deve ser inferido dos que são obse rváveis, incluindo valcres que podem ser determinados apenas indirectamente. Precisamente, segundo Peterson d98 8) e DuFour (1998). as celebrações, as cerimónias e os rituais de uma organização podem ser considerados artefactos observáveis na medida em que revelam muito acerca da sua cultura. Para Scheir (1984 e 1990)! os indidos comportarnentais sobre a cultura da organização abundam rias estruturas físicas e nos locais da organização, na forma como acolh e ou se defende de intrusos, nas histórias de campanhas aceita dos bons (ou maus) velhos tempos, nos que são considerados heróis ou vilões da organização, rios ritos ou rituais da organizaç ão, entre outros. Mas, para este investigador, tudo isto deve ser descodificado. No entanto, esta descodificação é difícil porq ue obriga à elaboração de inferências, frequentemente, controversas acerca do significado sUbjacente e do significado do comportamen to. Por isso, toma-se Lima das tarefas que, regularmente. precisa de ser iniciada e gerida pelo responsável do planeamento estrategic o. A cultura niachista é, segundo Sobem (198 4 e 1990). uma cultura individualista na qual se correm gran des riscos ruas o meio envolvente reage! rapidamente, em relaç ão a essas acções! fornecendo o feedbacÁ do seu acerto ou desacerto. Na cultura de muito trabalho/muito divertimento, os enipregados correm poucos riscos, e mesmo os poucos que correm téni rápidos íeedhacks. Para a organização ser bem suce dida, os empregados devem manter uni alto nível de actividades de! relativamente, baixo risco. A cultura de ai-riscar a organização exige decisões de alto risco! passando-se aros ate que o nieio forne ça feeabacA claro sobre a decisão, Por fim, na cultura processu al o téedbacA é nulo, ou quase nulo, e os empregados ccnsidera ni difícil niedir o que estão a fazer. Por isso. concentrarii-se na forma conio o seu trabalho é feito. Este tipo de cultura é detec tavel em organizações altamente regulamentadas tais como as agências governamentais, insUtuições publicas, entre outras. Por seu lado, Harrison e Stokes (1992) proliorcioriani outro modelo alternativo que envolve, igualmente, quatro tipos genéricos de culturas organizacionais. A cultura do poder baseia-se no pressuposto de que uma desigualdade de recursos é uni fenómeno que ocorre naturalmente, isto é, a vida é uru jogo de roleta com

i

t

em

os

fase

assistência

ria

comunicação

centra-se

técnica

criação

t:U4LanIa (1 t’ 1

missão

que

acima,

sempre

riecessario.

ncedores e vencidos. Segundo estes investigadores, as cultu ras de poder são as que melhor servem as organizações enipresariais de iniciação em que os líderes são os que têm as visões e levam ao desenvolvimento da organização. Contudo, à nuedida que as organizações crescem e se tomam niais complexas, aos líderes í exigem-se múltiplas decisões tornando a cultura de poder ineficaz. Segundo estes investigadores, a cultura de desempenho assenta no pressuposto basioo de que o trabalho é melhor executad o através da regra da ei. As culturas de desempe nho que são berii geridas proporcionam estabilidade, ushça e eficácia porque as pessoas estão protegidas das decisões arbitrárias vindas do topo e pedem, assim., empregar as suas energias rias taref as em vez de tentarem proteger-se. Ocasionalmente, quando surgem novo s problemas, são deservolvidas soluções sistemati cas que são incorporadas nos procedimentos operacionais normaliza dos. Contudo, o ponto fraco da organização está ria confiança depositada nestes procedimentos inipessoais. De facto , segu ndo Harison e Stokes (1992), estes prooedimentos têni tendência a asfixiar a criatividade e a inovação e, para além disso, são basta nte inflexíveis, o que é perigoso para a vitalidad orga e nizac iona l ciii ambientes em que a evolução é rápida. Por seu turno, a cultu ra de realização assenta no pressuposto básico de que toda s as pes soa s quereni dar contribuições significa tivas ao seu servi ço e à sociedade e gostam de se inter-relacionar com os clientes e com colegas. O papel da gestão em tais cultu ras é dese nvol ver suações de trabalho que façam com que as pessoa s se empenhem. Os gestores deverão estar disponíveis para dar apoi oe Existe uma aberta, isto é, abaixo e eni paralelo e, pai-a além disso, nesta cultura as pessoas têm a opor tunid ade de aprender e crescer com o serviço. O poder ria cultura de realizaçã o da e no controlo da sua realização. O lado negativo da cultura de realização reside na dific ulda de em manter a energia e o entusiasnuo no desenvolvimento inicial da organização. Finalmente, a cultura de apoio baseia-se no pressuposto de que a confiança mutua e o apoi o são os pilar es do relacionamento entre o indivíduo e a organização. As pessoa s são valorizadas como seres humanos e não apenas como contribui ntes

de trabalho oLi ocupantes das diversas funç ões orga nizac iona is. As pessoas tíabalhanu eni organizações de apoio porq ue se

U2J


preocupam verdadeiramente com quem traba lham , Devido a esta preocupação fazem amizade com os seus clientes e com os seus colegas. A comunicação entre as pessoas de tais orga nizaç ões é, extremamente, aberta e o relacionamento muito próxim o. Se, por um lado, o ponto fraco da organizaçElc de apoio está mais no compromisso interno com os seus próprios membros do que no compromisso de realização do trabalho externo, por outro, os pontos fortes residem na estimulação e desenvolvime nto dos seus membros. A cultura de apoio vai, claramente, ao enco ntro de algumas necessidades importantes do ser humano que são muitas vezes ignoradas pelas organizações.

EESCOLA AMBIENTAL Para Mintzberg e Lampel (1999), a Escola Ambiental merece também alguma atenção por lançar luz sobr e as exig ências do meio ambiente. No entanto, segundo estes investigadore s, talvez não se trate de uma corrente da gestão estratégica no sentido estrito, quando se define gestão estratégica como a forma como as organizações usam diferentes graus de liberdade para actuarem nos seus ambientes. Por seu lado. Míntzberg (1994) consdera que, para a Escola Arnbiental, o processo de form ação da estratégia não é mais do que uma resposta passiva face às torças externas. No entanto, para Mintzberg ei ai (2005), esta escola tem o mérito de ter urna visão mais abrangente da formação da estratégia na medida em que posiciona o ambiente externo, até então desprezado pelas outras escolas, como uma das três forças do proc esso em conjunto com a liderança e a organização. Assim, a envolvente torna-se o actor principal no processo de formação da estratégia pelo que a organização deve estar preparada para responder , de forma eficaz, às forças externas, Para isso, a liderança deve ser o garante de que a estratégia está, devidamente, adaptada a essa mesma envolvente, Segundo Mintzberg e Lampel (1999) e Doz e Prahalad (1 991), na Escola Ambientai, podem incluir-se teorias acerca da. adaptação ambiental, designadamente, a teoria da contingência, a teoria da ecologia das populações, a teoria institucional e a teoria da dependência dos recursos

ivnrp

Na óptica de Katz et aí (2003), a teoria da contingê ncia analisa as respostas esperadas por parte das organizaç ões quan do confrontadas coni certas condições ambientais. Ou sela, ocup a-se da adaptação estrutural das organizações face às contingé ncias ambiertais, Esta teoria foi desenvolvida, segu ndo Doz Prah e alad (1991), na década de 60 do século passado e teve como princ ipais contribuintes Lawrence e Lorsch (1967), Thompson (1967) e Woodward (1965). Ainda segundo Doz e Prah alad (199 1), a investigação empírica acerca da teoria da contingência tem sido, na sua maioria, estatica e! por isso, raramente se debruça sobre o processo de mudança. Por seu lado, Hann an e Free man (1 977), na teoria da ecologia das populações, reivindicam limites severos às opções estratégicas. Segundo Doz e Prahalad (1991), esta teoria assume que os recursos ambientais estão desigualmente distribuídos por nichos existentes no nieio ambiente e que, por isso, as organizações se devem inserir num dado nicho sob pena de talharem, A teoria institucional de Selznick (1948) ocupa-se das pressões institLlcionais enfrentadas pelas organizaç ões e pode, por isso, segundo Mintzberg e Lampel (1999), ser considerada uni híbrido das escolas do poder e cognitiva. Efectivam ente, segundo Doz e Prahalad (1991), esta teoria perm ite considerar as interaoções, a consciéncia mutua, a informaçã o, os padrões de competitividade e o comportamento das coligações entre organizações como determinantes da sua adap tação. Por fim, Pfeffer e Salancik (1978), na sua teoria da dependência dos recursos, espedticam as estratégias que as orga nizações devem adoptar para fazer face à complexidade e incer teza cIo ambiente, nomeadamente, a acção política, as estrategias de crescimento, estrategias de diversificação, e ligações inter-organizacionais. Segundo Katz ei ai (2003), estas estratégias perm item reduzir a dependência dos recursos, aumentar o poder nego cíal, e antecipar os objectivos organizacionais, De facto, para Prah alad e Hamel (1994), a perspectiva desta escola, o suce sso da organização reside na maior ou menor capacidade de adap tação face às mudanças do meio ambiente. Por isso, segundo Doz e Prahalad (1991), na linha de Miles e Sr:ow (1 986a e 1 986b ), as organizações muito verticalizadas, ou seja, organizações nas quais o fluxo comunicadonal dimana de cima para baixo e o grau de dependência é muito elevado, são pouco adap tativas pois os jogos passíveis de serem jogados incluem uni número muito reduzido de

LJ


1 1

estratégias que não podem ser mudadas facil mente. Pelo contrário, as organizações menos verticalizadas nas quai s as ligações laterais e diagonais prevalecem são mais adaptativ as pois a rede de ligações pode ser reconfigurada à medida que as contingéncias ambïentais se vão tomando cada vez mais impo rtantes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

BIBLIOGRAFIA

É muito antiga a reflexão acerca da estratégia e do planeamento estratégico. No entanto, dura nte séculos, encontra-se presente na generalidade dos autores urna óptica, essencialmente, prescritiva. Por vezes, surge mesmo a afirmação de que é isso que cabe ao planeamento estrategico. E, fundamentalm ente, a mesma óptica que’ se encontra nas principais aborda gens do fenómeno estratégico ao longo de sécutos. E tardia a passagem à reflexão e investigação acerca da realidade estratégic a tal corno é, sem as subordinar à pretensão de aconselhar a melh or escolher de entre as estratégias de desenhos, dos planos e/ou das posições precisas. Aliás, durante muito tempo e, ainda hoje, as próprias visões que se pretendem, estritamente, descritvas são ainda prescritivas ou confundem as duas perspectivas. Tal significa que, aparentando ou até proclamando estar apenas a proceder a analises, na realidade estão ainda no campo das tentativas de apontar como se deve proceder OLI que fins se deve visar no campo estrategico.

Ar:D

f!rjof (1 0!l). cr.w c :1 Hcnrv f Otrr: sdc-s;gr schoo rccons;dei(nq U ;e hesic prcrrrsos o) strategic nar,aqerrierit; St’atExJr ALw;agrnci#j:umaf 12; 1: 4.19—461. Nrrcris, 686s (1905’; A.atbn sc(ence and orciar!zalional Icam(ng; Joumaíof4!a’;ageW Sjte’cxoav 10; 6; 20-26, 68v1, L\q,n ctaI :2&31); A ia.v 4opr oaJ: To Stïateçp. FonruFaton: Openinrj lhe B(ad< 1 Sex. J:L,/y;aicf FJuc ocfcr80ooross 76. 3: 338-344. ca(ingo. Luis (1989:; Err.’!ronmonta( detom:r.a nts cl çenedc competitNe strateies: preliminar,’ evidence trem strjctjr comten t anarvsis cl fudune and Business W anlictes (19681984i: Huncw8e2bng 42; 4:353-369.

1

1

1

-

a

-

Galori. Rolaiid ‘:1998); PhilosopliL’üicr on strat cqic n;anacjement modele: Oígen’ut:hr; 5W?es 19:2; 281-306. Cunninghaw, Mthon (1999); coinnientaiy confessbns o) a moflcc tk’o prac titnn er: meeling lhe c-hatlcnges cl markelin’j’s ciestnj ctjon; EJreprcsn Joume!o! ti3’a0’3;7a 33; 7/8; 685-697. Cyemt, Richard e Narch, James K1953 .4 Lehe:rb.’a! 11)ocvc’ 3/ 11)3 0ir P;ent;cc-Hai ); Eng!ewocd cliffs DeaL Temence e Konncdv. Allan (1982); Gc 1: ccít;/rc’z Adclison-Wosley; Rcacfnrj. Doz. Yves e Prahalad, cetirbatome (1091) ; Maia o[ng DMNCs: a sea’clr ter a r;c-.-: paradigm, Satcg’i-L agemo;aJounu/ 12; 4; 145-164, Druckem, Pcter 1992). Tiie no’:; sooety ri ojan za1bre Hm,vídEushess R:;.c;:; 70. 5:95-104 aiFour, Rck 1 995, ‘Phi; cetobrate? II sond e a vkicl n ‘ossage about v’.bat e varued. Jajma/ofsta!’Dotre’oprncc/ 19:1 , 58-5 9. Fem ande Mtu s, nio (200 Driron h; s14o hlcra tiva do Planeamento Estratãcjico; R &WL4yLesa e&35.3T132’GrslaD. 6: 2; 14-lE r Femandes, António o Rbcho, i-Jjaiia (2008) , Problemnatica e Drínonsõce etc Raneamento Estratlcico; PoIs/a Eq.tenó ScIír cz 3: 2, 135-149 Fulmer, Rebeil e Perret Sdan ge (1093) ir Ti ; Mediu cxcçcisc; futuro l;y torce ccl or ftAurebyinventbn?; P?eJouma/oMtueeq crccr tDc’LoLpmcn4 12; 6:4452, Gid. Miehaei ‘1992); Pescar.:h rotas and comrr’unical!ons dosion. leantra and anning: a turinur obseft’ation on lhe desig n sclrool debato-; Si.est:gt’ A-L?naoenlcnt nc1 13; 2; 159-170. Goufliail. Dareis (1095), lhe dcv thc nusic dicd Jcurna!c/E:,s.)ess S/retpj; 16: 3; 14-19. Hamd. Gar, 1091); compctitc’n ler coup e-ten ce and inter-periner icalrcng o.-,tit’ htemahonal strategic af]iances; St’a(egcl 4.fw rsgc’rc# IsceIs 12; ri. especial; 63103. Hancel. Gar. e Prahalad, Coirr-batorc- (1994) ; Compc’tng /cv &‘ tu/era Harvard Business Sehoc’( Prcs Besten. Hannan, Michart e Frcen;an, John (1977); 11’.e pe;Isadon eceiogv o) or9anizatiors; Aeren’canJourna/c/Socogy 82; 5.929-96 4. Hardy. Guthia 1096), understanding po.’e r: brinoinri aboLil etrateer d’anca; S’;tsO Jcuv,/e!Manaqe-n 7; n esperai. 53-5 16. Hartison, Rc-j-cr e Stokes Hcrb (1992), Dagn csn9 c.’aancet.a-rs/ altere .cs’a,ment Jossey-Bass’Pfe;fter: San Francisco. Hedberg, 68 Jons e son, Sten 1977). SlraIcc lv feun ulalien as a disconlinucus process; flernata’;a/SudesotA-Lgementa;dfl’genzit ez: 7:2:8 9-10 9. Fntofliuber, Hans e Popp. Wotfgang (1992) , No yuu a stratccjist or Just a managor ?; I’v3dBL.sressRevie-e;7D; 1,105-113. Holstcdo, Guril 1960). C;vu’al ccsrscqucnccs Sage Publlcat;ons; lhousand Oaks. Fblstede. Gr11 (1904), Husticss cultu ras; L’A’E SCOcece3zcc 47; 4’ 12-16. Holstedo. Gemi e) a! (1990): Mcasunnej organizakonal cuturos. a quciltatle and quantitativo stucbi acrose 20 cases; Adnucs/c stt-v Sc,hnce Q:iazte;A< 35; 2; 286-316. Jonhslon, CaieI e Caldccetí, Bian (2001); Lc-adc rship and orcarisaloral lrantna in lhe quesi tom e-orlei class schools, 7he /ntc.77atc/;3/ Jouínai cf Euícjcatona/ 14eraqanent 15:2; 91.102. tz. Ham, eta! (2003) : lhe ne’:t 37at icn o) lhe 0V-IA. nlcgialing reiieclivo hargarnrng, liticai achou, and organiz’rig; 100c/stretS Labc RoI-tL’ns Rc’vón c 56; 573 4; 565 Keys, Louiso (1904); Aliou lcarning; cxccLd r/o deveiopirent o) cheiro for thc- 199J s, .hima/c/ManagorncvrtDeie.cpmc’irt 13; 6, 50-56.


K’ou:es. Jarnes. e Pesner. Banv (1987’: Pia kders/i n cAi7engcc’taordhan’llangsdo:)eJh3rga/7J’aj,’c,75, Jossev -Bass: San Francisco. La’A-rence. Paule Lorsoh, Jay (1967): OrganiPatibnaiidenv2oiwner:t Har:ard Universfty Prc’ss; Can’bridqc. LI cc’d, 5w: u.1 396: lhe paiadex et posar and )eaining; %b n)0r052t Detetyorne,t 9: 3: 5-7. MarcO, Jan-,es e Sin-on, Horbeil (1958); O!J4/2L7JÇS L’v; No:. York. MauJI, Ro’:er ata! (2001;; Orqanisationa) cuture and quahtv iltiporcoemerit. Iat,anjat/onaf J’7aIC!OpC!CS4’./3jJCjaf74,;:Çfc:-:1 21.3; 302—326. McFarllrn. Bnjco (2000). Schurreetzrs entrcpínou:s and cusmons sacereii auliionity; Journa/ aí Econo,n/a /38JG5 34 3; 707-721. M;Jcs, Rairnunci e Soe-o, Charies (1956a); Nc-Pc,orfr organL’alions: now concepts f ne:: tc’nys. Jha,Uck?nsct’Qjada 4: ’\: 53-65. Mies, Ra:ir,LJnd e Soco, Chades (198Gb); Orqanizations: na.’.’ concepts for no:.. forms, Ca1n.áAogur#Raatn 28, 62-73, 3; MJnI.’berq, Henry (1973); Strategv makng in three medes; Cfíorni A-b::egarnent Hai:L’o 16:2; 44-54 24 rtzbercj, Henro (1090)- 7(y cledgn schoeL rccoi-s achng Ir:- bani’: piamises of sIratcqc anaoen—ent: Statc JA-t.nagemn-#í:07:c 11:3; ( 171-195, (vt:ritzbcrg, Honr’ 1993); lhe pitIaJJs cl stratcgic panirung; c?íían3 /Wioga’nent Rot;v 1:32-47 M:rtberri, H’ox’ (1994); Pia /. r;J /4? cl stratccp2rcmo rac .‘cv’g /Orr forp2nn?;a, p.sris p-OnJ]2T5 T)ic Fies Prcss; [‘ron YerI< tvtr,tzbcrct, Henrv (1996ï Rcpty lo Md1ad Geo!d; GaUc,n3 Â-?anagament fl: .3;v 38; 4; 96-99. IvJi-lyeci Henr’í e Lempa), Jescph(1999); RJIect’ng cri lhe slrateci’; precess. Stin /vL1/uoao;c,’?tHcr:c:v 40; 3; 21-30. Mnit7berq, Hcnrv e V’!aors, Ja3.es (1085): O) nttated,c’, dc?beratc and c:inergenl; Sfraíag:éManac;:vcn tiouira 6:3: 257-272. Z Mrrtzbcrq, Hcnn, at a! (2005); S&stac- sa-Se: a aufdcd teor threueh thc t:Vas e! srfarcgr»;aacmaní mcc Prosa, I’c:’; YorK. Mo)aneri. Nau! 2001): Dagnes%: boIs for Ieam.:n crqan7at;ocs: Pa’ Lean,fr Organ;ato; 8; 1.6-20. Meurdeukoutas. Panes Papadurnitho e u, Slrales (1998); De Japanese companies hae 9; a ccmpchl”.t ntratccr;?: Ec:cc’o’ar Eis/oca s 4 227 —224 MLflTIOFJ, A)an (1995); Lcantnq o aLIlan. /!;ousf:a/ anal ‘,?me!c,a/ Pcn’c 27: 8: 3640. Vj:jn’,foi’d, Alan (2000); Alearninq apprcach te stralegy; Joutna/oíí.i!orkp/accLcaonhg 12; 7:265—271. Nein:ann, Ric)iaci 1071;; Orgar izalrcnal innc’vai:-encs. produot vadacon and r0090-nta?:en.Ao»;h2t.3-vSc.-2nae Qr,.stal: 15-; 2. :03-215 Nermanri, Richard (1977): ALuqcn?d3n For / G-o:ll t”í:’e’r. Nc-.-i Yerlc Pascale, R’chard (1999); Surlir’ig lhe edge eI chaes, S-ban %iY er,?ant Ah/eu: 40; 3:83-94 Pascale. RrcharJ e Alhos, Ps:flen: dOEi 77a’ ,cff :1 Javinese na’oga’ir’;t Sonhe; Neo’ Ycrl’:. Retais, Jehn (1993); Co amolO, 4l;7eo’c’;tDea’o[7 31:6:18-20. Pobre. Tem e V5atemian, Rehol :108.2; /r saaich oíexcc1lnaa Heier E-o..’: & !iew Ycrk Petorsen. Kcnt (1988); -.-ect’,an:srrs cl o1luo bu,JJro and Ofld-i)CC)’5 aohç Eavcato’ and Udun Socaj4 250-251. 20.3; Pettigi’e’o. kdrc-w (1979; Co studvinq erganizatienal cultures; 4d.’rLn3baíL’o Sc;êí -; 24 - 4: 570-581.

1 I

‘1 995’.; Peep)e, capabutn anJo:” i-pctl-.-o sr;cces s, / Lw:aga”eo’;t

ReItor, Jeffrey (1992); Undcrstanding pewer in onganizalens . Ca/t’n:/ A!uHgano.’;t Rei?ii: 24. 2; 29-50. Refler, Jc-ffco’.

-,,-‘.,,.

Reiler, Jeilre: e Sabrcik, Senalci 1978); Pie e.xranaí contrai aí OQan.i#ons: a esourcc deperio 1ar;cea tspcc’t i’e Harper Rj.v, & [1: o York. flt..__l.,,’o-t —., e-,.. r-.-.-i. - o. L’’’j_’ . -L.S cr0 p,,. h.e.anr RaJiatac. CooL-atore -1 909’; 24riac,Jra :12: :rtnu:t:rs: lhe Cri erdinisi CI’,t’Dr:riCS. Resoa’eh TracJn;o/ogr Ma’alg one.t 41:3, 14-22. Rahalad. Coimbatero e Hamol, Cary (1990); lhe core cernpctencios cl lhe cuporation. Haiia’J EL-sirena EL’,:oia SE. 3; 79-91 Rcalad. Ceirr:hatore e Harnel, Gano 1994): Straro;r; as a tich ef studv: :vh’.’ sc-arch ter a neo panad;gn 7, St’atcgL A-Z;:aJcu::oo jL-’renai 5; cspoca i: 5-16. Revans. Reginaid ‘1972): Actien )c-aniindl: a manaqerncril dcve)opmont prcgrarr’rne: Pc.ç’ee:’R’uh’.: 1,1.36-44, ftnran, E’o 073. Q,’:unofon:’ooz oortang,a;oicpo’:h Wiey: Lerjon. Sebelo, Ejoar -t95-4t: Coi’-Eri,j lo a no’.’: ao’a’-:ness cf ergan:7atIc-r LaI cdtuic, SL’en 4l;agL000-’;tHclOa:v 25; 2;3-16, Schein, Edgar “1990), Crganrzationa) culture; d’cercar’ Psie’,o .bost 45. 2; 109-119 &humpoter, Jc’:acph (hIlir: lo: c’calr:e responso ri econiomL hstcry: a,c;a’ ar Econorn:c E/atei: 7:2. 149-159 Selznick, Pliihp 3046), Feuncialions ei Ii’:- II rcc’r’ ci cftianizai,on, 4nienon Soc.’e.’eaLa/ Reweri:13;i,23-35. Senge, P’i:r 2006): lhe [tO dsc-p/nu tiro ad and p’ec-’.oe j 7%— agaJseta-.n Cu:ron-:v Dcuh:ecray: It:-.vY ct. SÍkJa. Ja’rcs’/260:2). L’ia-k:t-ir1s:j nu: :-:-ss. cl’-jar:?alo-rra) reut)rcs, arr:t or.cairrr-.’7; irnaIot5:.’sncssSi’msna/Á4a,’;ctne 17:4; 253-269. Steiner, bons (1998); Crgan:zaticnat d:’Jernn:as as baixiers lo Jcaming. T’rc Lean%og Ooarate’t 5:4; l93-01. &“pscr..Jan—es (1957). Ora.a;zctzns .0 :antJ7 SCCC1 sao’;:a Lesos aí rn.’n/st’oto’a roe.-; ldcGnao-Hii; Tio-o’ ‘York. Trc-a-:e, Benjamrn eta! (1989), 14$:Lvo 1o actor); 15:7 nua ioflh statoaj ’ te oiA; Sínico & Schuster. No-.’.- Ycrk

Unland. L1ai’k e Kerncr, Brian (1906). [‘(co’ dcv6cpir:nts o creanizinq ancorei cone cen-.pcL, -o-do zs vai,dtn cltaç::: adOcemos, , cii taslenois, Las Stcaj. 45 2. 5-1. Vinca, Rues o Marhr L!nda (1993); Incide actren Jcantng: ao cxpIc’retioi ef lhe

psychc]o’ and Ioe/tmcs cl ilha- a:imen Ioantng rnedel nnanagomcnt .4 %nagcn:e”t Eeotco’,’coO c:e3o’a 24.3.20 n’,r. 5-215. WaJlace Jcseph ct a: (1999). lhe rc’at’onship betoce n e’qaoisal:cna cu;-ture. orqannsot:onal cl;nate on-:i managona) vatues: Fria /ntc,nat anal decoro-! ci PuL%c Sector Manage.n;cnt 12; 7; 548-564, Werm-:r. Sacras i2901): Rena. crcatmvc- dcslwcli-oo; 4-literal HandO;p A?crc:qon:ec t 56; 2. 16-20 Wesley. flancos e l—.l’nttoig.. Hare- (1937): Visionais Ieadcrship and s:ralc’i;c rnanagemcnt, S’ateqc4-biaocn;cotJouinat 10; espedai; 7-32. WoI’.’:ai’J. Joar (7963): Iodos/dai o:genoaton: tEcer- ai’dpactc.o O>ctmemi Univers:tv Ress. einden. Zjber-Skonm. Orle’, -10-02). T’-p o:ncept cl aden camiSa; lhe Lcam).’ O-oo’ccncn 9;3; 125-131.

Li


Is r

[

DIFERENÇAS DE PERCEPÇÃO DO ASSÉDIO SEXUAL EM PORTUGAL

(nlgi.d€est.ips.pp)

DIEFERENCE IN PERCEP11OI\iS ON SEXUAL RARASSMENT IN PORTUGAL DIFEERENCIAS EN PERCEP]1ONES DE SEXUAL HARASSMENT Ni

PORTUGAL

ESUMO

Olgierd Swatkiewiczt

r

condLita impnUpria,

Porlugal

O atgc apresenta os resultados das oercepções de diferentes tipos de conduta como exemplficaç.ões de assédio sexual no hca de üaIho. Os esuitados foram obtidos através de um riquérto realizado e!1 poitaI em 2004. numa amostra nor convenrénca. As percepções de [assédio sexual foram analisadas à luz da influência das var:avers ÇuMduais e institucioi’iais) independentes (sexo, idade, nível de formação, antiguidade na empresa. posção hierárqLnca; sentimento actual e futuro segurança de/no emprego e de progressão na carteira, propriedade e aigem do capital da empresa; dimensão, idade. sector/ramo de acUvidsde e situação económico-financeira da empresa). Os resultados demonstram, entre outros. que as mulheres em maior percentagem do que os homens tendem a classiticsr quase todos os tipos de conduta como exemplos de jassédio sexuaL o sexo! a idade e o nível de formação dos inquiridos condicionana significativamente as percepções dos inquiridos; os homens com a idade tendem a ser menos tolerantes em relação a determinados tipos de conduta. enquanto as mulheres, pelo contrário. com a idade apresentam unia tendência para uma maior tolerância em reação a cedas condutas.

as-chave: assédio sexual,

STRACT

Tie paoer cresents results on percepton of differert types cf [v;or as exemphíicatons cf sexua harassment at wod<iace lt is bssed an empihcal study caried cut in Portuga in 2001 on convenence swnpe. lhe perceptions were aralyzed in the right of the impact of Eseiected independenl (individual and nstitutional) vanab:es sex; age; leve of education: tenure: hrerarchncal levei; actual and future sense of security cf emoicvment and cercar devecnment: nrcnarh’ and r:aittnl flriclifl « tua

L


1

r

company: its size, age! sector and financial situation). lhe main resufts point a that women, more frequenty Pan meu, tend lo c!assiy quite

types of behavior presented as examples cf sexua harassment: s!gnifi cant ditíerences were Íound in perception of respondents due to sex, age and. leve! of education dtterences: meu. as they grow oder, tend to be iess

n’iisconduct.

Porlu:jaL

tolerant in relation to some concíucts ot sexua harassm ent. whereas wcmen rnverseiy, when becorne o;der, tend to be more tolerant ri reiatim lo some conciucts of sexua’ harassment Kcy v,ords. sexual harassrrierit.

RESUMEN El documento presenta resulta los dos sobre percep ia ción de los’ dpferentes tipos de conoucta corno e;ernp:os de aceso sexual en ei lug de lrahao. Se basa eu un estudio empihco Nevado a cabo en Portugal en 004 en ia muestra de conveniencia. Las percepciones se anaizaron a ia luz de ias repercusiones de delen-n!nados independientes (indv:duaies e institucionales) variables (sexo. edad. nivei de educacrón. ia tenencia, ei nível jerárquico, ei sentido actuai y futuro de la segu dad dei empleo y ei desaifolio de ia carera. la propiedad y eI origen dei capital de de ia emoresa. su tamaõo, edad. sector y situaciõn trnanci era). Los phncip ales resultados serialan que as mujeres. ccii más frecuencra que los hombr es, l’enden a ciasificar bien todos os tipos de compo rtamen to presen tan corno ejemplos de acoso sexual, se encont raron diferen cias signiro ativas eu ia percepción de los encuestados por sexo. eoad nivei y de diferencias de a educanón, los hornbres, como que vau crecien do. tienden a ser menos tolerantes en relacrón con algunas conductas de aceso sexual

, mieniras que ias mueres a ia inversa. cuando vau creciendo, tienden a ser

más lo::erante eu relac,ón con agunas conduotas de acoso sexual, Paíabras Clave: Acesa sexual, mala conduota, Porkioai

-.

Dwhr em Oesiãc, P’oíessor Mi’xilo Eqipar’ :io. Escola SÚ de iecnok’qia rio 30t hei lnstllab Pojiiec’irco de SelaLai .1goe’Tnai2crn.1’ deO..:uaoda2ÇYDg 4.132 aue.lo e’ Cade r02.6.. de 2010

(

E INTRODUÇÃO

Ao longo dos ultimos dez ou quinze anos em Portug al, ouvese falar cada vez mais frequentémente de casos de assédio sexual . Nas noticias e nos filmes, na sua maioria de oricem norte-americana b anglo-saxánica, ouvimos falar de escândalos de assédio sexual , Çde acusações deste tipo de práticas e, por vezes, de hdemnizações devidas às vítimas, tanto nas empresas, como nas instituições públicas ou organizações não governamentais. Contudo, estes escândalos, estas acusações mútuas e eventuais indemnizações não tèm visibilidade na realidade nacional. Sera o assédio sexual uni problema de outros povos, de outras culturas ou de relações laborais próprias cle outros países? Não parece que existam razões para considerar o assédio sexual improv ável ou inexistente nas relações laborais em Portugal, contLido, pouco se faz nesta matéda, ‘aros são os estL:dos, escassas as estatísticas e poucos ou quase nenhuns os mecanismos de prevenção e de luta contra este fenómeno que as organizações impiementam. Raras são também as queixas sobre este tipo de actos por razões muito simples e muito humanas: as vítimas tém vergonha de serem assediadas sexualmente, têm vergonha de poderem ser Jsidiculahzadas ao revelarem estes factos e, ao mesmo tempo , temem as retaliações por parte dos seus opressores, as quais podem anieaçar a continuidade do vihculo laboral e/ou da carreir a profissional. De acordo os estudos de Amãncio & Linia (1994) e de Leite (2001) o assédio sexual é percebido como um pioblema sério que afecta as relações labcrais e académicas em Portugal. Inserindo a palavra-chave “assédio sexual” por exemp lo num motor de busca da nternet como Google em Oulubro de 2009 obtinh a-se entre 16 e 35 mil referências/páginas sobre o assunto apenas de ogem portuguesa. Algumas desta referên s cias/pá ginas explica m em que consiste o assédio sexual, qual é a súa gravidade e como se deve proceder em caso de assédio, sendo que a maioria tem o carácter de notícia sensacionalista. Com o presente estudo pretendia-se saber quais das condutas apresentadas (e anahsadas nos estudo anterio s res, noutros contextos socioculturais) seriam percebidas pelos trabalhadores portugueses como exemplos de assédio sexual de uma chefia em relação à sua subordinada e quais as suas condicionantes (individuais e institucionais).


r

1

EREVISÃO DA LITERATURA

A Comissão Norte-Americana para a Igual Oportu nidade de’ Emprego (U,S. Equal Empioymert Oppcilunity Comm ission EEOC)1 define assédio sexual 001110 “indesejados avanços sexuai s pedidos de favores sexuais e outras condutas verbais ou físicas de natureza sexual, quando esta conduta, expkcita ou implicitamen te, afecta o emprego do individuo, injustificadamente intertere no desempenho do indivluo no trabalho ou cria no trabaho uni clint intimidativo, hostil ou ofensivo”. Na literatura (Ferrell & Fraedrich, 1997; Buchh olz & Rosenthal, 1998: Lewicka-Strzalecka, 1999; Welstz , 1999 distingue-se dois tipos principais de assédio sexual. O primei ro é o assédio directo tipo qrnd pro quo, quando o perseguidor/o press& proniete à vftima um favor (contratação, progressão na carreira, aumento salarial, melhores condições de trabalho etc.) em troca de relações sexuais ou, então, a anieaça com consequência s em caso de recusa. O segundo é o assédio indirecto relacionado com criação de uni ambiente/clima de trabalho hostil. intimid ativo ai ofensivo (cartazes de mulheres nuas; graffitis; piadas sexuais;. gestos sexuais; palavrões; boatos; apalpões: insinuações; comertarios relativos ao corpo, ao vestuário, etc.). Buchh olz & Rosenthal (1 998) chamam a atenção para uni terceir o tipo de assédio, que ocorre frequentemente nas situações, eni que Wo assistente ou r .presentante de vencIas tem de deslocar-se para tom da empresa para visitar um cliente, uni utilizad or um ou fomece doro que a/o torna padicularmente vulneravel para este tipo de assédio. Neste caso o cliente, o utilizador ou o fornecedor podem surgir no papel do opressor. Em todo caso não se pode esquecer que existeni cultura s de trabalho ou tipos de empregos/trabalhos sexuah iiente carregados ou pernhissivos (empregadas de mesa em topless ai stripteasers nalguns tipos de bares nocturnos, modelos das revistas tipo Playhoy ou Penthouse, etc.), onde ‘os compo rtamen tos degradantes e sexuais se tornam componentes institucionali zadas’ do trabalho” elsh, 1999, p. 174). ou como escrevem Wlliam s, Giuffre & Dellinger (1999) “o namorsco, o gracejo e outras interacções sexuais sãc comuns nas organizações de trabalho. Nem todas estas interacções constituem assedio / relações /; sexuais consensuais, definidas conio aquelas que reflectem

I

ç [

(ÍvOCI

a

expressões positivas e autónomas da vontade sexual dos abalhadores, prevalecem igualmente cc local de trabalho / /0 canportamento sexual que num contextc seria escandaloso e fl’resultaria num processo sobre o assédio sexual, noutro contexto podia fazer parte da descrição de tarefas” (p.73-93). No Código do Trabalho (Lei n 99/2003. de 27 de Agosto) 1da República Portuguesa à proibição do assédio sexual foi consagrado o « 3 do art.° 24, coni referência ao n° 2 do mesmo artigo e ao n° 1 do art. 23 (‘Proibição de dischminação”) da Subsecção III (Igualdade e não discriminação’), com o seguinte teor: “constitui, em especial, assédio todo o comportamento kesejado de cai-acter sexual, sob forma verbal, não verbal oLi fisica com o objectivo ou o eteito referidos n número anterior’. A pratica de assédio, -que abrange, entre outros, o assédio sexual, foi classificada como uma contra-ordenação muito grave e foi sancionada com uma coima dependente do volume de negócios da empresa e do grau de culpa, segundo o art[ 642 da Lei n° 99/2003. Na página de lnternet da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) do Ministério do Trabalho e da Solidadedade Social da República Portuguesa pode-se encontrar um conceito de assédio sexual que se resume literalmente ao teor do art2 24 do Código do Trabalho supra citado2. • SegLuido a Comissão Nárte-Americana para a Igual Oportunidade de Emprego (EEOC) o assédio sexual pode ocorrer num conjunto diverso de circunstãncias, que incluem, mas não se limitam ao segLlinte: a conduta do opressor é indesejada; a vítima e o opressor podem ser mulher ou homem; a vítima não tem de ser do sexo oposto; o opressor pode ser o superior hierárquico da vftima, o agente do empregador, o superior hierarquico de outra área, o colega ou uma pessoa que não trabalha na organização; a ,1ima não tem de ser a pessoa assediada, mas pode ser qualqL,er pessoa afectada pela conduta ofensiva; assédio sexual pode ocorrer sem dispensa ou dano econóniico para a vítima, De acordo com Ferrell & Fraedrich (1997), o assédio sexual não se limita a nenhum tipo especitico de profissão ou posição hierárquica. Na maioria dos casos as mulheres são vítimas de assédio sexual e os homens são persegLudores/opressores, dai o assédio sexual ser considerado, principalmente, como unia forma de discriminação das mulheres (Nnãncio & Lima, 1 994; Ferrell &


ci

-

1

Frgedrich, 1997; Lewicka-Strzalecka, 1999). Segundo Welsh (1999), dependendo da amostra, os rJados empíricos evidencbmt que entre 16% a 90% das mulheres profissionalmente activas experimenta assédio sexual durante a sua vida. Conforme os dados apresentados pela Comissão Narte-Arnerícana para a Igual Oportunidade de Emprego (EEOC), das 12679 queixas sobre ol assédio sexual, registadas em 2005, apenas 14,3% constituíram queixas apresentadas por homens. Buchholz & Roserthal (1998) achani, contudo, que o nuniero de acUsações sobre o assédio l sexual apresentadas por homens irá aumen tar no futuro, com o aumento do número de mulheres a assumir posições de poder nas organizações. Segundo Ferrell & Fraedrich (1997) , assédio o é uni assunt o complicado “devido ao facto de o homem e a mulher terem atitude s diferentes perante o que constitui o assédio sexual. De acordo com uni estudo, 67 porcento de homens inquiridos ficaria lisonjeado se uma mulher lhe fizesse uma proposta dessas, nias 63 porcento de’ mulheres ficaria ofendida com este comportamento dos homens” (p. 250). Leite (2001) tira conclusão semelhante no seu estudo empírico: ‘as mulheres parecem ser relativamente intolerantes ao assedio, enquanto os homens demonstram elevad a aceitaç ão dos mesmos incidentes” (p. 297). Contudo, “a maioria das mulheres não comunica as suas experiências de assédio sexual” M/elsh 1 . 999. p. 182), tentando ignorã-lo, desviando a atenção com a brincad eira, afastando-se ou evitando o opressor, porque têm niedo das retaliações, da perda do emprego, da deterioração da situação. da nidicularização ou descrença (Amáncio & Lima, 1994: Welsh, 1999). O assédio sexual pode causar graves danos (psicol ógicos , sociais, materiais e profissionais) à vitima, mas também prejud ica a enipresa e afecta negativamente as relações entre as pessoas que trabalham nela, porque aunienta o stress no tiabalho, diminu i a eficácia e a eficiéncia ou simplesmente o desem penho no trabalh o e a produtividade do trabalho, contribui para o aumento do absentismo e da rotação do pessoal, baixo moral na empres a, diminui satisfação do trabalho e a lealdad e dos trabalh adores í empresa, deteriora a imagem da organização e traz custos judicia is (Amâncio & Lima, 1994; Fenell & Fraedrioh, 1997; Buchh olz & Rosenthal, 1998: Lewicka-Strzalecka, 1999; Welsh, 1999; Leite, 2001). Perante as ameaças, que podem ter conseq uência s prática 1 para a organização (custos judiciais e eventuais indemnizaçõe s

F

an Ia

.-..

[devidas às vítimas) e/ou em resposta ao impera tivo da responsabilidade social que implica o elo pelo beni de todos os stakeholders, inclusive os trabalhadores, muitas das empres as implementam niedidas preventivas, tais como, treino o ou a formação que têm como objectivo a sensibilização dos trabalhadores para esta problemática, a criação ou o desenvolvimento de niedidas organizacionais interna s tais como as linhas telefonioas para apresentação de eventuais queixas ou ocorrências deste tipo de situações que garantam trataniento sigiloso ou confidencial, a elaboração de proced imento s ou de medidas de resolução de casos de assédio sexual, a definição pecisa da política da empresa no que diz respeito a condut as inaceitáveis e de sanções em caso de violaçã o das regras (Fenel i & Fraedricb, 1 997; Buchholz & Rosenthal, 1998: Lewicka-Strza lecka, 1999 Welsh (1999) analisa no seu artigo, nível a sooletal, organizacional e individual, varias teorias que, com maior ou nienor sucesso, tentam explicar a ocorrência e as origen s do assédio sexual. SegUindo esta autora, o assédio no modelo socioc ultural é sto como resultante de diferenças, culturalmente legitim adas, no poder e no estatuto entre o homem e mulhe a r, com ogeni na sooiedads patniarcal, um mecanismo através do qual o homem nntém o poder e a dominãncia sobre a mulher no trabalh o e na sociedade. {.io modelo socioculhjrat, o genero é a variável explicativa do assédio, nias também a idade e o estado civil medeiam o baixo estatuto e a falta de poder socioo ultural da mLilher. ftitro conjunto de explicações parte da própria organi zação e do poder que ela concede ou facilita. A posse de poder formal nas organizações pode levar ao assédio entre o supedo r e a subordinada, mas também os pares/colegas e os subord inados que dispõem de outras fontes de poder informal ou contrapoder podem envolver-se eni assédio ‘Veish, 1 999). A predom inância [riimérica de um dos sexos, a dominância ou sobrep osição do papel do genero sobre o papel profissional e o montan te de contactos entre os homens e as mulheres (rácio do género dos gupos de trabalho) nas situações de trabalho ajudam a esoareoer a ocorrência de certos tipos de assédio e a probab ilidade de Lima pessoa se senUr assediada, Ferreli & Fraedrich (1997), por exemp lo, explicam o aumento do número dos casos de assédio sexual coni o aumen to do númer o mulher de es trabalh a ar, em especia l nas 1 ofissões até aí dominadas pxrir JRiw.qrnntn nnr hnrnnnn /4 ‘4...-’.

Li


-

1

)

organizacional Gani valores e normas de conduta supo rtados pelos seus colaboradores em casas de deéorganizaçãolco nfus ão no trabalha, de relações antagónicas entre as traba lhad ores au de consumo de álcool na trabalho prop iciam a asséd io sexual de mulheres, enquanto políticas pró-activas que tentam mud ar a cultura dominante no local de trabalho através de treino e de outras medidas especílicas, abordadas acima, contribue m para a diminuição da assédio relacionado com o ambiente de trabalho 1 hostil elsh, 1999). Segundo Lewicka-Strzalecka (1999), na Polónia, as queixas relacionadas com o assedia sexual no trabalho eram aind muflo a raras e o proprio conceito novo, o que não quer dizer que o fenómeno fosse mais circunscrito ou limitado do que noutros países. O sexo/género3 diferencia significativam ente as percepções sobre o assedio sexual conforme indica ã literatu ra (Lewicka Strzalecka, 1999: Welsh, 1999; Leite, 2001). Lewíck a-Strza lecka (1999) verificou na amostra polaca que as mulheres em maior percentagem do que os homens tendem a class ificar todas as condutas apresentadas como exemplos de asséd io sexu al de uma chefia em relação à sua subordinada, contudo, diferenças estatisticamente significativas foram confirniadas [Dela auto ra apenas no caso de duas condutas (convidá-la para urna esca pada nocturna para visitar um cliente e colocar no escritório iniagens de mulheres nuas). Segundo Leite (2001) as percepções do assédio sexual entre os homens e as mulheres diferem significativam ente, porque, conforme os resultados obtidas por esta autora, as pessoas do sexo feminino tendiam mais frequentemente, do que as dc sexo mascUlino, a classificar condutas apresentadas com o casos de assédio sexual. De acordo com os resultados apresenta dos por Leite (2001), as estudantes em maior percentag em do que os estudantes tendem a classificar todas as condutas apresentadas como exemplos de assédio sexual do corpo docente (den e fora tro da sala de aula), dos funcionarios não docentes e dos colegas/estudantes, excepto o caso de unia conduta (consented sexual activity) do corpo docente fora de sala de aLda, onde se verificou uma tendência inversa.

,

No rrescrite osí:jcIcno s’ faz dsliqção catre o sexo o e çrro. Esta pohlerrãliea. apesar da sua irnpcrt ãncra ara a campree lo fsnãrnc ae de asoed2 sex Is!. ,lcrtas, ado casla iszra se., aqi abo’dada. Sobre a dis’inção erd’e o sexo o o gne’o ver Ba &

‘:híe2co3}•ustcabs ng’amOrzzca2DDE)

1

Na amostra portuguesa espera-se que as mulheres em porcentagem significativamente maior do que os homens indiquem as condutas apresentadas como exemplos de assédio sexual. Leite (2001) afirma que a investgaçãc sobre o impacto da variável idade torna evidente que as mulheres mais novas habitualmente comunicam menos casos de assédio sexual percebido: ‘as pessoas mais novas, como se sugere, tolerani mais [o assédio sexual do que as mais ve9as” (p. 302). A autora não apresenta, porém, resuitados empfricos do seu estudo que possam confirmar esta tendénoia. Segundo Welsh (1999) “as mulheres solteiras e mulheres jovens podeni ser percebidas como mais disponíveis para a interacção sexual do que as outras mulheres e, por isso, podem sentir níveis mais elevados de assedio sexual” (p. 111). Amãncio & Lima (1994) no seu estudo não veríficaram diferenças signifioativas na classificação dos comportamentos em tunçãc da idade, constataram, porém, que “a idade e o estado civil, são facilitadoras das situações de assédio” (p. 69). Lewicka Strzalecka (1 999) na amostra polaca analisou o impacto da vanáve! idade sobre a percepção de condutas apresentadas conio exemplos de assédio sexual, constatando que não se podia tirar conclusão univoca e simples conio no caso da variável sexo: a autora polaca verificou que com a idade (com cinco escalões etários em anõlise) existe uma tendència, estatísticaniente significativa, inicialmente crescente e, a partir do grupo etário de pessoas cõm 26-35 anos, decrescente, na classificação de cinco das nove condutas como exemplos de assédio sexual de unia chefia em relação à sua subordinada (tentar acariciá-la ou beija-la; propor aumento ou pi ogressão na carreira em troca de um encontro; convidá-la para uni almoço ou jantar; convidá-la para unia escapada nocturna para visitar um cliente; propor uni encontro): constatou ainda uma percentagem significativamente maior de individuos n escalão etario com 46-55 anos, do que nos outros escalões, que classificaram a colocação de iniagens de mulheres nuas no escritório como uni exemplo de assédio sexual. Lewioka StEa!eoka (1999) não analisa, em separado para cada um dos sexos, as tendências de percepção de condutas conio exemplos de assédio por idade. Na amostra portuguesa espera-se que a variavel idade esteja relacionada de algum modo com a percepção de certas condutas apresentadas como exemplos de assédio sexual de Lima chefia eni relação à sua subordinada,

Li


Amâncio & Lima (1994), no seu estudo, não verificaram diferenças significativas na classificação dos comportamentos em função do nível de instrução, mas a aniostra neste caso foi restrita exclusivamente ao sexo feminino. Lewicka-Strzalecka (1999) na amostra polaca analisou o impáctc dc nível de formação na percepção de condutas apresentadas conio exemplos de assédio sexual. A autora verificou que a classificação de quatro das nove condutas como exemplos de assédio sexual de unia chefia em relação à sua subordhiada (tentar acariciá-la ou beá-Ia; contar anedotas obscenas na sua presença; propor aumento ou progressão na carreira eni troca de uni encontro; propor um enoontro) cresce significativamente com o aumento do nível de formação dos inquiridos. Na amostra portuguesa espera-se obter unia relação positiva entre o nível de formação dos inquiridos e a percepção das condutas apresentadas como exemplos de assédio sexual de uma chefia eni relação à sua subordinada.

3. METODOLOGIA O estudo enipírioo da problemática do assédio sexual constituiu um fragmento de uma investigação enipírioa mais abrangente. A recolha de dados ernpírioos no estudo foi efectuada através de uni inquérito por questionário. O questionário, que incluía, entre outras, a questão relativa ao assédio sexual, consistiu numa versão mais ampla e adaptada para a realidade portuguesa do questionário de Lewioka-Strzaleoka (1999) aplicado no estudo polaoo em 1997, e dos questionários norte-americanos elaborados no Ethics Resource Center (Goodell, 1994; Joseph, 2000). A questão relativa exclusivamente ao assédio sexual foi traduzida do questionário norte-anierioano (Goodell, 1 994), à semelhança dc que tinha feito LewiokaStrzalecka (1 999) no estudo pclaco. A expressão de opinião pelos inquiridos sobre tipos de conduta que exemplificam assédio sexual resultou da resposta a uma questão fechada com o teor e as condutas/itens conforme apresentados na tábela 1. O questionário foi anónimo e auto-administrado pelos inquiridos. O inquérito foi realizado na primeira metade do ano de

1

.1

1 1

1

1

1.

o L’tIC

2004, excepto unia pequena parte da amostra, que serviu como teste de consistência do instnjniento, recolhida entre Novembro e Dezembro do ano anterior. Dos 653 questionários recolhidos, N=640 constituiu a amostra (por oonveniênoia) sujeita a análise, sendo, 70% de respondentes ao inquérito trabalhadores-estudantes dos cursos profissionais, de bacharelato, de licenciatura, de mestrado e de pós-graduação, enquanto 30% dos questionários foi recolhido direotamente nas empresas ou através do processo de “bola de neve”. Eni termos geograticos, o inquérito abrangeu, em proporções diferentes, Setúbal, Lisboa, Faro, Loulé, Evora, Miadora, Sintra, Leiria e Porto, A questão da percepção pelos inquiridos de determinados tipos de conduta enquanto exemplificações do assédio sexual foi analisada à luz da influênoia das variáveis (individuais e institucionais) independentes (sexo, idade, ni’el de formação, antiguidade na empresa, nível de responsabilidade organizacional/posição hierárquica, sentimento de segurança de/no emprego e da carreira profissional, tipo de propriedade e origem do capital da empresa, ramo de actividade, dimensão, idade e situação eoonóniioo financeira da empresa). Ao longo do texto, entre parênteses, foram apresentados, quando se justifica e em oonforrnidade com os pressupostos estatístioos, os resultados do teste do Qui-quadrado de independênoia e o coeficiente V de Cramer de associação entre variáveis qualitativas, assim como a diniensão da aniostra (N), graus de liberdade e o nível de significânoia. Fói assumido o nível de significânoia estatístioa p=W0, 10 como aceitável e os resultados oomo estatistioamente significativos.

[7

-

PERCEPÇÃO DE DETERMINADOS TIPOS DE CONDUTA COMO EXEMPLIFICAÇÕES DE ASSÉDIO SEXUAL RESULTADOS EMPÍRICOS OBTIDOS EM PORTUGAL EM 2004

Uma das questões espeoicas relacionadas com condutas comprometedoras de nomias éticas colocadas aos inquiridos foi a questão de assédio sexual. Questão idêntica foi originalmente colocada aos trabalhadores norte-anierioanos, no estudo de Goodell (1994) e, posteriormente aos trabalhadores polacos, no


-

estudo de Lewicka-Strzaleoka (1999). No n’ 3 do arL 24 do novo Código do Trabalho (Lei n° 99/2003, de 27 de Agosto) da República Portuguesa, o assédio sexual foi destaoado como urna forma espeoííica de assédio do trabalhador. Como se pode observar na tte 1 as mulheres eni niai percentagem do que os homens indicam sete das nove condutas como exemp:os de assédio sexual de uma chefia em relação à sua subordinada, numa conduta as percentagens de ambos os sexos são dênticas (convidá-la pata uni almoço ou jantar 1 6%) e noutra conduta ainda a tendência é inversa (elogia-la pelo desempenho no trabalho). Quatro das nove condutas (tentar acariciá-la ou beiá-h 95%; propor um aumento ou progressão na carreira em troca de um encontro 92%; convidá-la par-a urna escapada nocturna para visitar um cliente 70% e propor um encontro 65%) ‘oram apresentadas pela maioria dos inquiridos como exemplos de assédio sexual. As duas primeiras condutas são exemplos expliéitos de assédio de tipo quid pro quo e, as duas restantes, em termos de consequências implicitas da relação de subordhação, representam igualmente o assédio de tipo quid pro quo. Analisando as condutas assinaladas pelos inquiridos como exernphficações de assédio sexual em conjunto com as características individuais e institUcionais da amostra, verifica-se a dependência entre a escolha de determinadas condutas e algumas das caractei ísticas individuais (sexo, idade, ni’el de formação e sentimento de segurança no emprego) e institucionais (tpo de propriedade/origem do capital da empresa, dimensão da empresa e situação economico-financeira da empresa). Não se veh9ca a dependência entre a opinião dos inquiridos sobre os comportamentos que co:istituem potencialmente os exempos de assédio sexual e as segu:ntes características sujeitas á análise: antiguidade do inquirido na empresa, posição hierárquica, idade da empresa e ramo de actividade da empresa. Deve-se assinalar ainda que nalguns casos não foi possível prosseguir com a análise devido ao não cumprimento dos pressuposlos da estatística dc , nomeadamente no que diz respeito à posição hierárquica e a duas condutas tentar acariciá-la ou beijá-la e elogiá-la pelo desempenho no trabalho; ao sentimento de segurança no emprego e elogiá-la pelo desempenho no trabalho; ao tipo de propriedade/origem do capital da empresa e elogiá-la pelo desempenho no traba[ho: à dimensão da empresa e elogia-la pelo desempenho no trabalho: à idade da empresa e elogiá-la pelo desempenho no trabalho; ao

1 trabahc, -

%

tL’’st

1

tI,ItanIn

‘_

ii

-

ramo de actividade da empresa e duas condutas tentar acariciá-la ou beijá-la e elogiá-la pelo desempenho rio trabalho; à situação económico-financeira da empresa e elogiá-la pelo desempenho no

25

1

98

16

28

94

Mulheres

90

92

20

27

Homens

92

95

Contar anedotas obscenos no sua presença

28

Totol

ResuHodo em

Tabela 1. A opinião dos inquiridos sobre as condutas que exemplificam o assédio sexual

Adia que os seguintes compodomenzos de uma chefio em relação á suo subordinado podem ser designados cano assédio sexuol

Propor aumento ou progressão na carreira em Iroca de um encontro

9

16

Temor acariciá-ta ou beiiâ-lo

Colocar no escritório imagens de mulheres nuas

8

2

16

77

8

4

72

16

64

Convidá-la para um almaço ou jantar

3

58

Elogiá-la pela roupa au o penteado Elogiá-la pelo desempenha na trabalho

70 Propor um encontro

Convidá-la para uma escapada nocturna para visitar um cliente

293 630 337 N M percentogens nãa somam 100%, devida à passibilidade de assinalar todas as repastas adequada,.

2.

A escolha de quatro dos nove comportamentos como exempliticações de assédio sexual depende do sexo dos inquiridos, verïicando-se também uma associação fraca entre as variáveis, como se pode observar na tabela 2. Tabela

Masc.

Fem.

x’=

p<

0,148

V

0,005

0.001

p<

Sexo

O sexo como característica de diferenciação de opinião dos inquiridos sobre as formas de assédio sexual (%)

Adia que os seguintes comportamentos de uma &ef ia em relação á sua subordinada padem ser designadas como assédio sexual

0,1 11

0,001

0,001

0,001

0,005

0,138

7,712

0,149

1 3,763

0,001

25

12,191

0,001

98

14,393

16

77

92

72

Testar acariciá-la ou beiiá-la Contar anedotas obscenas na sua presença

64

293

para

58

escapada nocturna

Convidá.la para visitar um cliente

337

uma Propor um encontro

As mulheres em maior percentagem do que os homens indicam como exemplos de assédio sexual de uma chefia em relação à sua subordinada, condutas como: tentar acariciá-la ou beijá-la; contar anedotas obscenas ria sua presença; convidá-la


-

para urna escapada nocturna para visitar um cherte e propor um encontro, A escolha de dois comportamentos como exeniplificações de assédio sexual depende da idade dos inquiridos, verificando-se também urna associação fraca entre s variáveis, como se pode observar na tabela 3. Ë menor a percentagem dos inquiridos do escalão etário mais velho (30 ou mais anos) que considera a tentativa de acariciar ou beijar uma subordinada conio exemplo de assédio sexual do que nos dois escalões etários mais baixos (até 24 anos; 25-29 anos). No que diz respeito ao elogio feito pelo chefe em relação à roupa ou ao penteado de uma subordinada, é muito maior a percentageni dos mais novos (até 24 anos 93%) a indicar esta conduta como um assédio sexual, do que nos dois escalões etários mais velhos (25-29 4%; 30 ou mais 9%). —

25-29 93

30 ou mais

9,187

6,565

X2

0,0)

0,05

P<

0,121

0.103

V—

0,01

0,05

p<

Tabela 3. A idade como caracteristica de diFerenciação de opinião dos inquiridos sobre as Formas de assédio sexual Idade (%)

98

9

24

97 4

274

At&

Tentar acariciá-lo ou beijà-to 13 199

Acha que os seguintes comportamentos de uno chefia em relação à suo subordinada podem ser designados como assédio sexual?

Eiogiá-Ia peia roupa ou a penteado 146

A tabela 4 apresenta a classificação de condutas como exemplos de assédio sexual de uma chefia em relação à sua sLibordinada segLindo a idade dos inquiridos e em separado para o sexo masculino e feminino. Como se pode observar nesta tabela a tendência de os homens considerarem duas das nove condutas (contar anedotas obscenas na sua presença e propor um aumento ou progressão na carreira em troca de uni encontro) casos de assédio sexual aumenta com a idade dos mesmos; a percentagem de homens que considera conio assédio sexual o elogio da roupa ou do penteado da subordinada é significativamente (y=7,134; g.l.=2; p<0,05; V=0,147) mais e!evada entre os mais jovens (até 24 anos) e os mais velhos (>30 anos) do que entre os do escalão intemiédio (25-29 anos); a percentagem de homens que considera como assédio a proposta de um encontro aumenta signiticativarnente ty-=7 664; g.l.=2; p<0,05; V=0, 1 53) com a idade dos mesmos.

11 1

1’

Lo.

EQ4tôflIfl

O

Tabela 4. Classificação de condutas como formas de assédio sexual, segundo o sexo e a idade do inquirido

>30

Até 24

2529

>30

Fen,nino

Idade por sexo j%)

,

2529

Mascui,no

Até 24

24

98

Mia que os seguintes comportamentos de uma chefia em relação à suo subordinado podem ser designados como assédio sexuai2

25

99

93

28

92

31

IDO

29

12

19

97

18

2

7

89

93

24

6

IS

89

28

19

2

96

87

25

20

3

17

II

30

1 1

à

Ii

93

Colocar no escritório imagens de muiheres nuos

-Propor aumento ou progressão na carreiro em troca de sen encontro

15

1

2

Tentar acariciá-la ou beijá-ia

flogiá.ta pela roupa ou o penteado

Canvidã-io para um almoço ou jantar

3

lo

Coatar anedotas obscenas no sua presença

EIogiá-ia pelo desempenho no trabalho

62

fl

57

6)

65

69

72

79

SI

981w

75

80

66

74 -

um cliente

74

46

Convidá-la poro uma escapada nocturno paro visitar Propor um encontro

NJ

A percentagem de mulheres que considera deteirninadas condutas corno assédio (tentar acariciá-la ou beijá-la; contar anedotas obscenas lia sua presença; convidá-la para um almoço ou jantar; convida-la para unia escapada nocturna para visitar uni cliente; propor um encontro) tende a diminuir com a idade das mesmas, ou seja, aumenta a tolerância deste tipo de condutas; a percentagem de mulheres que acha a colocação de imagens de mulheres nuas no escritorio como exemplo de assédio sexual tende a aumentar coni a idade das mesmas; a percentagem de mulheres que considera o elogio feito por uma chefia eni relação à roupa ou ao penteado da sua subordinada como exemplo de assédio sexual diminui significativamente ty1=6994; g.l.=2; p<0,OS; V=0,155) com a idade das mesmas. A escolha de três dos nove comportamentos coni-o exemplificações de assedio sexual depende do nivel de formação dos inquiridos, verificando-se também uma associação fiaca entre as variáveis, como se pode observar na tabela 5. Com o aumento do ne! de formação aunienta também a percentagem dos inqutidos que percepcionam as duas primeras condutas (tentar acariciá-la ou beija-la e propor uni aumento ou progressão na carreira eni troca de um encontro) como assedio sexual e, no que diz respeito à terceira condLlta (elogiá-la pelo desempenho) a tendencia é exactamente inversa.


A associação obtida entre o nível de formação e a escolha da conduta elogiá-la pelo desempenho como forma de assédio sexual parece resultar ou da falta de compreensão desta problernáUca ou da falta de seriedade/maturidade associada a níveis mas baixos de fomiação, ou então, das duas.

desempenha

no

118

9

89

89

Até 12’

277

2

90

96

Freq. Sup.

220

1

96

97

Superior

18,081

7,202

11,908

X

0,001

0,05

0,005

p<

0,171

0,108

0,139

V

0,001

0,05

0,005

p<

Nível de formação (%)

Tabela 5. O nível de formação como característica de diferenciação de opinião dos inquiridos sobre as formas de assédio sexual seguintes os Acha que comportamentos de uma chefia em relação à sua subordinada podem ser designados como assédio sexual? Tentar acariciá-la ou beijá-la

pelo

Propor aumento ou progressão na carreira em troca de um encontra ElogIá-la trabalho

Entre o sentimento de segurança no emprego e a escolha da conlduta colocar no escritório imagens de mulheres luas como forma de assédio sexual vei fica-se uma relação de dependência (‘Z4,4i7; g.l.=1; p<O,05; N=568) e de unia associação muito fraca, quase inexistente ÇV=O,08S; p<0,05): 31% dos indivíduos que se sentem seguros actualmente e não receiam o futuro próximo quanto à sua situação de emprego ou carre:ra profissional e apenas 2296 dos que se sentem’ pouco ou nada seguros, consideram ocmo uma forma de assédio sexual a colocação no escritório de imagens de mulheres nuas. A escolha da conduta elogiá-la pela roupa ou o penteado como forma de assédio sexual depende do tipo de propriedade/origem do capital da empresa epresentada pelo inquirido (y2=6,356; g.l.=2; p<0,05: N=605) e verVica-se urna associação muito fraca entre as dLlas variáveis @J=Q, 102; p<0,05): 12,596 dos indivíduos das enipresas püblicas ou municipàs e 1 2,396 das empresas privadas estrangeiras considera como uma forma de assédio sexual o elogio feito pelo chefe em relação à roupa ou ao penteado da subordinada, enquanto apenas 6,3% dos trabalhadores das empresas privadas nacionais partilha essa opinião. A escolha da conduta tentar acadoiá-la ou beijá-la coma forma de assédio sexual depende da dimensão da empresa

I

1

•1

representada pelo inquirido (yZ=4,9SS; g.l.=2; p<0,10; N=545) e verifica-se uma associação muito fraca entre as duas variáveis (‘=Q,Q95; p<0,10): 93% dos indivíduos das grandes empresas (500 ou mais trabalhadores) considera como unia forma de assédio sexual a tentativa de acariciar ou beijar uma subordinada, sendo superior a percentagem entre os trabalhadores das médias (21 -500 pessoas 97,7%) ou das pequenas (até 20 96296) empresas a partilhar dessa opinião. A escolha da conduta tentar acariciá-la ou beijá-la como forma de assédio sexual depende da situação económico-financeira da empresa representada pe!o inquirido (y=6,192; g.l.=2; p<O,05; N=50’4) e verifica-se uma associação niuito fraca entre as duas variáveis V=Q,101; p<0,05): 97,796 dos indivíduos das enipresas em fase de desenvolvimento ou desenvolvimento rápido considera como unia forma de assédio sexual a tentativa de acariciar ou beijar uma subordinada, enquanto apenas 91,7% dos trabalhadores das empresas em fase de declínio, assim como 95,3% das empresas estab[izadas partilha a mesma opinião.

E DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Quatro das nove condutas analisadas foram indicadas pela maioria dos inquiridos oomo exemplitioações de assédio sexual 95%; propor uni aumento ou (tentar acariciá-la ou beijá-la ogressão na carreira em troca de um encontro 9296; convidá-la para uma escapada nocturna para visitar um cliente 70%; propor um encontro 65%), sendo também essas quatro condutas formas explícitas ou implícitas de assédio tipo quid pro quo. A indicação pelos inquiridos de cedas condutas como condicionada é sexual assédio exemplficaçôes de sightioatvamente por algumas características individuais e institucionais, nomeadamente: As mulheres em maior percentagem do que os homeris tendiam a classificar sete das nove condutas apresentadas como casos de assédio sexual; no caso de a conduta convidá-la para um almoço ou jantar as percentagens dos dois sexos eram iguais e no caso de a conduta elogiá-la pelo desempenho no trabalho a tendência era inversa (M 4%; F 296) este ultimo resultado pode


-

sugerir unia atitude perante o assédio sexual da mulher mais séria no caso dos inquiridos do sexo feminino do que masculino. Há significativarnente maior percentagem de mulheres do que de homens que considera quatro das condutas analisadas (tentar acariciá-la ou beijá-la; cortar aidc.ta obscenas ra sua presença; convidá-la para unia escapada nocturna para visitar um cliente; propor um encontro) como casos de assédio sexual de unia chefia em relação à sua subordinada. Estes resultados confirmam a tendência descrita por outros autores e verificada noutros estudos (Ferreil & Fraedhch, 1997; Buchholz & Rcsenthal, 998: Welsb, 1999; Lewicka-Strzalecka, 1 999: Leite, 2001) e a necessidade de protecção da niullier conio principal vítinia de assédio sexual no trabalho. Há significativaniente menor percentagem de pessoas mais velhas (30 ou mais anos), do que de mais novas, a considerar a tentativa de uma chefia de acariciar ou beijar uma subordinada conio assédio sexual. E significativamente menor a percentagem de inquiridos do escalão etário inlerniédio (25-29 anos) e dos mais velhos (30 ou mais) do que os mais novos (até 24) a indicar elogiá-la pela roupa ou o penteado como uni exemplo de assédio sexual. Verifica-se, portanto, uni auniento de tolerância deste tipo de condutas coni a idade. Os homens, coni a idade, tendem a considerar certas condutas conio casos de assédio sexual (contar anedotas obscenas na sua presença; propor um aumento ou progressão na carreira em troca de um encontro); no caso da proposta de um encontro verifica-se uma associação positiva e significativa estatisticamente entre a percepção desta conduta conio unia forma de assédio e a idade dos inquiridos do sexo masculino. As mLrlheres, inversanierte aos homens e excepto unia conduta (colocar no escritorio iniagens de mulheres ruas onde se verifica uma tendência negativa entre a idade e a tolerância desta conduta pelas niulheres), coni a idade tolerani melhor certos tipos de condutas: em relação a deterniinados tipos de conduta (tent acariciá-la ou beijá-ia; contar anedotas obscenas na sua presença; convidá-la para um almoço ou jantar; convidá-la para uma escapada nocturna para visitar uni cliente; propor uni encontro) a percepção deste tipo de situações conio exeniplos de assédio sexual tende a diminuir coni a idade da mulher; no caso de uma conduta (elogiá-la pela roupa ou o penteado; verifica-se ate uma associação negativa, significativa estatisticamente entre a percepção desta conduta cocr

uma forma de assédio e a idade dos inquiridos do sexo feminino. Estes últinios resultados, ou seja, a percepção do assédio sexual por mulheres com diferentes idades, parece dar a razão à tendência descrita na literatura e resumida por Welsh (1999) e não a pressuposta por Leite :2001). Com o aumento do nível de formação aumenta significativamente a percentageni de indivíduos a escolher duas das três condutas analisadas (tentar acaricia-la ou beijá-la; propor um aumento ou progressão na carreira em troca de um encontro) como exemplificações de assédio sexual ro trabalho, veriticando-se unia tendência exactamente inversa no que diz respeito à conduta elogiá-la pelo desempenho no trabalho associada, ao que parece, não tanto ao assédio, mas ao grau de niaturidade e de compreensão deste fenómeno. As pessoas pouco ou rada seguras de emprego signi9oativaniente em menor peroentageni do que os inquiridos, que se senteni seguros actualmente e não receiani o luturo próxinio quanto à sua situação de emprego ou carreira profissional. classificam a colocação de iniagens de niulheres nuas no escritório corno exeniplo do assédio sexual, porque, provavelmente. aceitam quaisquer condições para não perder a fonte de subsistência. Os trabalhadores das empresas piivadas nacionais são significativamente niais tolerantes perante a situação em que Lima chea elogia a sua subordinada pela roupa ou pelo penteado. enquanto os trabalhadores das empresas pübHcas/municipais e privadas estrangeiras em maior percentagem classificam estas situações como assédio sexual. Os trabalhadores das grandes enipresas (500 ou mais pessoas) significativamente eni nienor percentagem do que os trabalhadores das médias e pequenas empresas atribuem à tentativa de unia cheia de acariciar ou beijar unia subordinada o nonie de assédio sexual. Coni a nielhoria da situação econóniico-financeira da empresa tende a aunientar signiíicativamente a percentagem de indivíduos que classificani a tentatrva de unia chefia de acariciar ou ijar unia subordinada conio uni assédio sexual.


ÍECONCLUSÕES

a1

-i

Tanto em Portugal, de acordo com os resultados obtidos no presente estudo, como na Polónia, de acordo com os resultados obtidos por Lewicka-Strzalecka (1999), as condutás do tipo quid pro quo explicitas (tentar acariciã-Ia ou Ieija-la e propor aumento progressão na carreira em troca de um encontro) ou as que podem dãncia i ler consequências implícitas (em caso de concor oposição) na relação superior-subordinado/a (convida-la para uma escapadela nocturna para visitar um cliente e propor uni encontro) foram escolhidas pela maioria ou grande parte dos inquiridos corno: exempbs de assédio sexual. A infomiação cortida no estudo norteamericano de Goodeli (1994) é incompeta, por isso, é difibil tirar quaisquer conclusões. As condutas indicadas por Lima minoria dos inquiridos portugueses e polacos (ver Lewicka-Strzalecka, 199 constituem casos de assédio sexual devido ao ambiente ou ao cliiha de trabalho hostil, intimidativo ou ofensivo. Dos resultados comparativos, tendo em conta as diversas limitações (como a fafta de representatividade das amostras portuguesa e polaca, bem como o desfasamento temporal entre os estudos), pode-se concluir ainda que os trabalhadores polacos mais frequentemente do que os seus pares portugueses toleram a totakdade das condutas i apresentadas, registando-se o maior diferencial na classificação de condutas como os casos de assedio sexual entre as amostras portuguesa e polaca (PT-PL) nos casos da proposta de um encontro a Lima subordinada (-2296), do convite a uma subordinada para uma visita noctuina a um cliente (-21%); da proposta de um 1 aumento ou da progressão na carreira em troca de um ercontro & 1 296); da tentativa de acahciar ou beijar a subordinada (-9%); do] convite a uma subordinada para uni almoço/jantar (-9%).

BIBLIOGRAFIA

Ira d Awàncio, L. B. O. & uma, M. L. P 1994;; As&ddo seÂua/no mc:cao de ; EFP/Cc’u’;ssi-o para a cw(dacio no Traha;o e no Errrrzoe/ciESiScTE Lisboa. Oonk Boroa, S. & \vhite. G. 2003’: ‘Sex’ and ‘Condor”: Tn’o Oorfusocl and 01cm anL Literaturo. JL,uina’ aí 8jsãs. corcopis v lhe Won eu v Coqiorate Bicas, 47: 89-99.

1

I

,

Bueltoiz, R. A, & Rosenihai, 5, O. (1998): Busihess Etíuhas Prentico Hali; Upper Saddie RK-er. lo 7’aLu’hc. Leio 992W3. de 27 de Agosto. da Ro;juboa °o’1uuesa. c&rissRc para a igualdade no Trabaiiio e no Emprego do Miiiistório cio Tiaba[Fo e da idariedade Social da Repúbhca Portuguesa; hiti. ‘70 .32d Ferrefl, O. O. & Praodnci’, i. ]997); BL.s:hnss E”?-s &/4d?/ Darshon ses. Hcucii:Lr Ll:fiu Ooupariy; Bc’stor’ -lcov YoTk. Gxde, R. (1994. E:cs ii, A,,,enjjjr, &,zo’r, Poic.•cs. PiVL7-ams and Pornio/,õns Ethics Resource Oenter; \!ashington:. ..bseph. J. 1260Y; ?L7C!2 Aa’73/Eau’;js E*s SL<’ic; I’91gie 1: ht’:: E’cLaoes Porceive Ethivs a? i’/h. Ethics Rosounze co-tai: Washrcile:-. isfte. R. 25Dfl, Percepficis and Atitudes towards coxuai harassmon(: Eo case aia Podugueso univorsit\. Gc/’?po/t9monro Onan’zan/0 Gcst?o, vai. 7. n 2; 297-317. (? 999:. Er StO7da “ri caJ:cjct. VJojao.r orna Lec,ka- St’za ocka

McCabe, AO., ingram. E. & Dato-on, ao. (20061; The Business ol Eth:cs and Gcndcr. Ia/ofBus,ncssE?9,-cs 04.101-116, E :r;a Erni:lovu-ert Con-misson, (IS. Oi:iDorIurnï”4’LoZ O Welsh, 5. ‘1999); Condor and soxuai harassnient. Aenua/ Rc:ev aí Socidb, 25, 169-100. Y.*arns, O. L.. :j’fr, P A. & DeHdgor, 1<. (1999); Sc:-:uai: in filo nuii:-:acc-: O9anzaIarai O-crjroi. Scxuai H. acs-rei and ihe Pu:sc,1 ai Roaso-o, .icçoa!pnj; Ofc;oiogv 25: 73-93.


VITAMINA O NA PREVENÇÃO DO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

•‘JFAI’.LIN C lN SKIN AGING PREVENQN VFAV1INA O EN LA PRR’ENOIÕN DEL EFWEJEOIIvUENffO OJFÃNEO

Patrício Martins Bock • (nc.:cio.bafi-re.odiE,cdcwiedu.br)

Cinlia Meneses Barros*

[SUMO

O envelhecmenlo ela oele ocorre por acúmulo de radcais livres

nas céuias el:ieia s. Ex slem dos tpos de processos de envelhedmento: o nttseco. de natureza ger]étca, e o exlrhseco causado por exposições reoet R’as aos ra os solar es ultravioleta. O objetivo deste estudo for revsar na literatura evioélcias da utilização da vitamna O na prevenção do enveinecimento Ácido ascãrb:co é um ant oxidarite ai:ado na p’evenção do envehecimenlo. com capacrdade de var-rer esses radicais livres. Este nutrienle pode ser administrado de maneira tópica, na ornia de cremes contendo o nutrente ou seus derivados; e de maneira oral com ingestão •de alimentos ou sup:emenlos. sendo ambos eficazes na prevenção e proteção do envelhecimento cutâneo. Existem vários esludoá experimentais que demonstram a eficácia desta vitamina na proteção a processos odativos. No entanto, há mais relatos de estudos na utilização tópica, sendo necessárias mais evidências sobre o uso oral da vrlamina O na prevenção do envelhecimento outâneo.

Palavras-chave: Vitan-ir-1a O: Derivados ela vitamina O; Envolhedmento cutáneo: Ajitioxidarrtcs.

[STRACT

The aging of the skin oocurs for accLimulabon of free radicaIs in the epithelial cells. T’No types of aging processes exist: the rntrins;c orie. of genet:c nature, and tne extrins-c one caused tor repelrive exooslions lo W scar rays Li travo!et. Tne objectve df 1h s sludy was lo rev:se in lfterature evdences of the use of vitamrn O in the prevention ot the agng. Asccrbic acid is ao anUoxiaant substance ri the prevenh’cn ot lhe agng, wth caDacity of lo eliminate lhese free rad.ca!s. 1i1!s nutrient can he used ir topical v’ay, in lhe forrn of creams 1 contend the nutrient or Is cierivatves: e in oral way wlh food ingestion or supplements. berng bolh efficient ri the


prevention and protection it cutaneous aging. Some experimental studies exist that demonstrate tc lhe effectiveness of this v’tamin in lhe protection lhe oxidatives processes. However, ii ias more reports of studies in the topcai use. being necessary more evidences on lhe oral use ot vitamin O in lhe prevention of lhe cutaneous aging. Key•.cords: Vitamin O; Doricalivos ei viam:n 00H.r Aging: toxiclants.

SUMÉN

n

Ei envejecimiento de ia piei ocurre para ia acumLiiación de radica!es hbres en ias células epitelia!es. Dos tipos de procesos dei envejecimento exislen: ei intrínseco, de ia naturaleza genética, y ei extrínseco causó para as exposiciones repetdoras a ios rayos soiares uitravioletas. O objetivo deste estudo foi revisar na Uteratura evidências da itihzação da vitamina C na prevenção cio envelhecimento. E! ascórbico ácido es un aliado antioxidante de ia sustancia en ia prevención dei envejecimiento, con capacidad de bater estos radicales libres. Este atmento se puede manejar de manera dei tópica, bajo ia forma de me bate afirman ei alimento o sus derivados; e de ia manera verbal con la ingestián o sup!ementcs dei aUmento, siendo eficiente en La prevención y ia protección ei enveecintento cutáneo Algunos estuchcs experimentaies existen que demuestran a ia eficacia de esta vitaniina cri ia protección ios procesos de ios oxidativos. Sin embargo, tiene más historias de estudios en ei uso dei tóp:ca, siendo necesario más evidencias en ei uso verbal de ia vitamina C en ia prevenclón dei envejecimiento cutáreo. O; Donvacios de ia vtammna O; Er!vejecrniento cutáneo; Palabiailavo: Vitanina

Sustancias anlicxiclantos

-

cr.ad’uada em N d’e io rolo cc’-iro U’iivereiia9o Melodista iPA (20031 caduada cm Farmdcia rola Uni .csidadc Fcde’ai do R[o Gras do Sul (10971 Mcst’acio em cioncias Relógio-as (Hsio[ogiai Unie’s,ciade Foderal do Pio Grande do Sai (23301. Professor Maia do’ irjsliiuio Feio 1eg’e da kycia Melodista periÚncia na árcade Hsiulogia e Bioquímica esisesse exidativa, radicais iies e a’iticxidar,ies Farnacêulica) Me-sire em Fisiologia. A’rDer,adrern iJuAriesdeO-CÇO’ A’ioe’ asco cm 25 da 30000Sfe is

E INTRODUÇÃO

-

-

O envelhecimento da pele ocorre por acúmulo de danos moleculares nas células epiteliais. existem dois tipos de processos que podem levar ao envelhecimento cutâneo: o primeiro sendo de natureza genética, chamado de envelhecimento intrínseco, que não é passível de intervenção, tendo como exemplo, mudanças hormonais associadas à menopausa. O segundo ocorre por acúmulos de danos ao dna, causados por exposições repetitivas aos raios solares ultravioteta e efeitos quihiicos que são os chamados processos oxidativos, sendo identificado como envelhecimento extrínseco (lvié, 2008; Shibayama et ai, 2007; Velasco eta!, 2004). Espécies reativas de oxigênio, incluindo os radicais livres, são geradas por reações fotoquihiicas provocadas por exposição aos raios ultravioleta. estes são os principais causadores dos processos oxidativos, que por sua vez, são os mediadores dos efeitos deletérios do envelhecimento da pele. Como conseqüênda podem danificar o dna, membrana das células e proteínas, conio colágeno e elastina. (Farris eta!, 2005; lvié, 2008). O ácido ascõrbico é uma vitamina hidrossolúvel, que age como uni antioxidante. detoxificando os radicais livres das células e combatendo os processos oxidativos, desta forma, é uni aliado na prevenção do envelhecimento da pele, Este nutriente pode ser fornecido ao organismo de duas maneiras, por via oral ingerido através de alinientos ou medicamentos que contenham a vitaniina e de maneira topica, sendo aplicado na forma de cremes ou produtos semelhantes (lunn, 2007; Shibayama, 2008).

E

O presente artigo foi elaborado através de pesquisa bibliográfica eni bases de dados nacionais e internacionais, como periõdicos CAPES. PubMed, Scielo, através de livros e artigos, publicados preferencialmente nos últimos 10 anos.


E uso TÓRCO DA VITAMINA C E DERIVADOS

.

A vitamina C pode ter importantes efeitos no anU envelhecimento, corrigindo perdas estruturais e funcionais da pele, Isto foi demonstrado em uma pesquisa realizada com trinta e três voluntárias, que aplicaram uni creme 6ortendc 396 de vitamina C no seu antebraço, por 4 meses rio inverno, O resultado encontrado foi que a região tratada coni o creme contendo a vitamina, teve aumento da atividade prolieraUva da epder me e cio número de vasos sangürneos novos. Com isso, a vtamna O pode estar relacionada à regeneração da epiderme, tendo um efeito foto protetor na pele. Após o fim do trataniento, as céiulas foram analisadas por 2 meses, não havendo diferenças significativas em sua evolução (Sauemiann et a’, 2004). Na França, foi comprovado que a aplicação tópica de creme contendo 5% da vitamina, m&Jiorcu a aparência de peles fotodanificadas, por ativar a síntese de fibras elásticas dérmicas, aumentando a densidade e diminuindo assim a profundidade de sulcos dérmicos. A pesquisa foi realizada coni vinte voluntárias saudaveis, com idade entre 51 e 59 anos. Dentre elas, uma foi exduída, por motivo de doença. Das dezenove mulheres. dez aoeitaram fazer biopsia da pele após seis meses de tratamento. O estudo consistiu na aplicação de dois crenies, uni contendo 5% da vitamina na sua composição e uni segundo orenie sem adição do nutriente, para ser analisado o efeito placebo entre as voluntárias. Os cremes foram aplicados no antebraço e na parte baixa do pescoço, sendo analisados 3 e 6 meses após aplicação diária, comparando com análise feita no inicio do estudo. A biopsia consistiu na retirada de 3 miliiietros da pele do antebraço para análise (Hurnbert eta!, 2003). A semelhança dos estudos, referente a aplicação tópica de cremes contendo uma porcentagem de vitamina O no seu conteúdo, sugere a eficácia do nutriente na proteção cutânea contra danos às células epiteliais. Os resultados demonstram que a vitamina protege a pele contra radicais livres formados por exposição solar repetitiva, podendo criar uma camada fotoprotetora na epiderme. Também é interessarte ressaltar, que mesmo uma baixa porcentagem e um tempo relativamente curto, quando se tratando de cuidados estéticos, se mostram eficientes aos cuidados da pele. O ácido ascórbico é uma vitamina instável em temperaturas

alias e facilmente oxidada. Por este motivo, foram sintetizados a partir da própria vitamina, derivados anfifilicos chamados de Isostearil 2-O-L-ascorbil fosfato dissódico QVCP-IS-2Na) e ácido L ascórbico 2-fosfato Ç’JCP-Na), que se caracterizam por sua estabilidade eni diferentes soluções aquosas e faixas de pH e por sua não-redutibilidade. Estes derivados são utilizados ria fabricação de cremes e assemelhados, que são aplicados de maneira tópica na pele (Shibayama et a’t, 2008). Em alguns estudos realizados no Japão, foram demonstrados efeitos efetivos 110 USO de VCP-IS-2Na no fomeciniento de vitamina O para a pele. A vitamina O sendo aplicada diretamente ria pele não obteve diferença rios resultados. O objetivo era estudar os efeitos do pré-tratamento em fibroblastos com VCP-IS-2Na na proteção contra lesão celUar induzida pelos e’eitos físicos (UVA e UVB) e químicos (HOr.) que são relacionadas com os processos oxidativos das células, caL:sando o envelhecimento da pele. No segun.do estudo, o autor confirmou que derivados de vitanirna O melhoraram e pronioveram a síntese de colágeno tipo 1 em fibroblastos na pele (Shibayama ei a!,, 2007; Shibayania eta!., 2008). O tratamento da pele com ácido ascórbico e seus derivados é eficaz no enibranquecimento da pele por inibir a síntese de melanina em melanócitos. Este processo ocorre porque VCP-IS 2Na inibe a atividade tirosinase celular em células de melanoma e melanócitcs diminuindo assim a síntese de melanina, evitando a conversão de tirosina em eumelanina ou fecnielanina. lambem foi notado no decorrer da pesquisa que VCP-IS-2Na é mais eficaz que a vitamina C e VCP-Na no enibranquecimento da pele, isso pode ter ocorrido por esses dois componentes serem menos resistentes a altas temperaturas e efeitos oxidativos (Matsuda eta!, 2007). A eficacia dos derivados da vitamina C ria proteção e promoção na síntese de colágeno, embranqueciniiento da pele e na inibição da síntese de melanina, podem ser notados por algUns estudos realizados. Isto ocorre provavelmente, pela melhor estabilidade desses, em diferentes faixas de ph, temperaturas. exposições solares e outros processos que oxidani facilmente o nutriente. A vitamina O isoladamente utilizada, não apresenta resultados representativos para as pesquisas, fazendo com qL.e o uso de derivados, ganhe um espaço maior no mercado. Também é possívei notar, que existem outras formas de fornecer a vitamina ao

-


organismo, mesmo que de maneira topca, tomando-a eficiente da mesma Forma. Existem outras maneiras possíveis para analisar a eficáci a da vitamina C e seus derivados. Um destes métod os a é aplicaç ão dos derivados em modelo de pele huniir a fr tiro. Foi realiza do um experimento, utilizando Magnesio L-ascorbil-2-Fosfato ‘AsPM . um derivado da vitamina C, nesse model o de pele, onde, houve melhora e uma regeneração na junção déniiica-epdérrnica (DEi). Esta melhora cccrreu porque este derivado aumentou o númer o de fibroblastos e queratinácitos, que são as proteínas respon sáveis pela sibtese desta junção. Quando a DEi sofre alteraç ões dermatologicas, pode ocorrer o envelhecimento cutâneo (Marri onnet eta!, 2006). A aplicação dos derivados da vitamina G, Ascorbii letra isopalmitato (ATIP) e Magnésio ascorbil fosfato (IvIA1D, demon straram o aumento da Limidade no estrato cómeo e da hidratação das camadas celulares profundas. Porém, foi MAT que aprese ntou maiores beneficios para o tratamento da pele. A vitami na C que também foi utilizada para comparar sua eficácia diante dos seus derivados não apresentou resultados representativos. A pesqui sa comparou estes dois derivados mais ácido o ascórb ico, em uma análise que foi reahzada em dois momentos. O primeiro h tto, onde utilizou-se um sistema aquoso e um lipídico, mostra ndo uma boa atividade antioxidante dos derivados mesmo em baixa concentração. E o segundo ih vivo onde foi apticado diariam ente no antebraço de 40 voluntarios uma solução contendo estes derivados por 4 semanas (Campos eta!, 2008), E possível notar a variedade de derivados da vilami ra O que são eficientes na proteção contra danos molecu lares na pele A grande quantidade de estudos com estes derivados, abre um leque de oportunidades na área da estética e proteção contra o envelhecimento, que é uma das maiores preocupações da população atualmente. Equipes relacionadas a este tema, que se envolvam na produção, apoacãc e orientação sobre o nutr ente, fazem com que cada vez mais prossionais ligados à busca pela beleza, surjam, para atender a demanda de seu público alvo. A apBcação tópica da vtanina lia pele, protegendo contra radicais livres provenientes de efeitos fiÉicos e químioos, confirma a &ioáoia desde nutriente, mostrando que a vitamina C e seus derivad os, se relacionam com a qualidade de vida e bem estar do ser human o

o

E USO ORAL DA VITAMINA O

A ingestão de vitamina O, um potente antioxidante encontrado em alimentos frescos, é importante, pois previn e o acúmulo de radicais livres no oraai-iismo, que são os princip ais causadores do envelhecimento, Esta afirmação pôde ser confirmada em um estudo reãlizado nos Estados Unidos, sobre ingestão alimentar e envelhecimento da pele. Foi mostra do que mulheres com menor ingestão de alimentos ricos em vitamina O, tinham a pele mais enrugada, seca e atrofiada! do que mulhe res que tinham uma boa ingestão de alimentos com o nutnente. Maior ingestão de vitamina O demonstrou um aumento na foto-proteção da pele. O estudo foi realizado com 4.025 mulheres com idade ertre 40 e 74 anos. Os dados alimentares foram colhidos por recordatório 24 horas e questionário para outros dados também analisados (Cosgrove eta!, 2007). Na Suécia um estudo realizado sobre os habites alimentares de gregos e suecos, concluíram que a pele fotoenvelhecida pode ser influenciada pelos alimentos consumidos e que suecos têm menores problemas relacionados à danos cutâneos. Foi realiza do um questionário com 453 indivíduos com 70 anos ou mais. O questionário colheu dados dos habitos alimentares do ano anterior das pessoas pesquisadas. Os alimentos contidos no questionario eram comumente consumidos por cada população. A análise biológica da pele, foi avaliada pelo niétodo de miorotopografia nãoinvasiva, no dorso das mãos, avaliando assim o proces so de envelhecimento da pele. A vitamina c um é antioxi dante que está relacionada nos nutrientes que diminL:em os dados aotibio os da pele. Com base nisto, suecos por terem unia ingestão elevad a de alimentos ricos em antioxidantes, apresentam menores proble mas de pele. Entre os alimentos relacionados no questionário estavam inseridos as hortaliças e as frutas frescas, que são os mais consumidos por está população (Purba eta!. 2001). Pesquisa com mulheres vegetarianas e não-vegetarianas, avaliou qual dieta é mais eficiente no controle aos danos oxidati vos. O resultado enoontr’ado foi que a dieta vegetariana, é mais rica em antioxidantes, entre eles a vitamina O. O aumento do nível plasmátioo de vitamina O no organismo diminu iu os níveis de danos oxidativos, que são os maiores responsáveis pelo envelh ecimento. Também foi avaliado. que antioxidantes ingeridos através do


F 1 consunio de alimentos, são mais eficazes na redução dos danos no DNA, do que coni a suplementação (Krajcovioová-Kudlácková eta!, 2008), Uma dieta adequada é extremamente importante para a prevenção do envelhecimento cutâneo. Há diticuldade principalmente de idosos, em ingerir alinientos frescos, como frutas e hortaliças, que são os alimentos riCos na vitamina O. A diculdade está relacionada com problemas na mastigação, preparação e na aquisição destes produtos. A ingestão inadequada da vitamina, está vinculada com niaior probabilidade de ocorrer doenças relacionadas ao envelhecimento, como acidente vascular cerebral e problemas cardíacos. O ácido ascõrbico, diminui a glicação de protefnas, com esta diminuição o processo de envelhecimento torna-se niais lento (Bartali eta!. 2003; Nelson eta!, 2003; Krone ei’ a’, 2004 Em um estLido realizado ria Finlândia com unia população de Ldosos fumanles do sexo masculino, observou-se que a suplenientação de vitamina E associada a uma dieta com altos níveis de vitamina O, tornou-se benéfica para este grupo populacional. Esta junção de vitaniinas diminuiu os riscos de doenças relacionadas ao envelhecimento, refletindo erii menores iidices de mortalidade, Os benefícios ria combinação destas vitaminas, ocorrem provavelmente, por ambas serem potentes antioxidantes, neutralizando assim processos de estresse oxidativo que são as principais causas do envelhecimento humano (HEMILÃ ei ai, 2009). Suplementação de antioxidantes por via oral, entre eles a vitantna O, ria foniia de cápsulas, são consideradas potentes seqüestradoras de radicais livres. Este método é bastante utilizado pdas pessoas que não conseguem manter urna alinier:tação balanceada, necessitando desta maneira, suplementar os nuthentes que estão em carências no seu organisnio. Porém, a suplementação de vitaniina C e outros antioxidantes, podem não ser benéficos para o metabolismo, Estudo relata que há uma maior incidéncia de câncer de pele em mulheres que aderem a este tipo de sLip?ementação, difereníe dos homens. Isto pode ocorrer por causa da diferença metabólica entre os sexos ou pela ingestão dietetica diferenciada de ambos. Outra hipótese, é que a suplementação de vitamina O em nijeis elevados, quantidade não mostrada no estudo. podem tazer a vitariiina agir como uni pró oxidante, que desencadeia a produção de efeitos oxidativos, tendo assim, uni efeito contrário do esperado, causando assim danos na L

J

pele (Heroberg eta!, 2007)

17 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As informações descritas rio presente trabalho nos permite reconhecer a importância de uma alimentação rica em antioxidantes. Estes são essenciais na proteção à fotodanos, ocasionados por radicais livres, provenientes de processos físicos e químicos. Alem disso é possi\iel analisar que existem vários estudos que niosiram a eficácia da vitamina C, na proteção da pele, em duas formas de administração, que são: o uso tópico e o uso oral. Ambos os métodos são de grande importância para o ramo da estética e com grande relação com a qualidade de vida dos seres Humanos. Entretanto, existem mais estudos que relatam o tratamento da vitamina O na pele, de maneira topica, com aplicação de produtos que contenham o nutriente ou seus derivados na composição. Existem poucos estudos que apresentam resultados do uso oral do nutriente, tanto na ingestão de alimentos como na utilização de suplementos. Portanto, são necessários niais estudos que comproveni a eficacia da vitamina O, em seu uso oral na prevenção e proteção do envelhecimento da pele.

BIBLIOGRAFIA

‘:

Barlui E c!&. (2003). Age Aed DSbiIil\ AfI+:ci Drt:t”v ieI.iK J ALztr. V 1 33. iiarv: 2508-2973 OamvsPMBOM cc:i.;ivescr1scjspir LH2XS).inViraAr,hc>icIJ9tAdc0i:ki1[n Vr,c EIf,jr Cl Terc2 F.:’t Jii”: Ccti*,:’i-? Viijy:-i O k’ïi is De’hJhsE S3yLsl klst’isJs Hes 7rJI1:J Tc.-izsz’ V 14 Er:Lg 376-390

Fere.

AeciA-rct;snA’err’n. AP7JC,]A)Jt V 8,3. LSA 1223-1231 Far’is, P.K. (2005): Tepicai \amin O A Usef-ji tc hcating P’iclcagng jnd Oincr Ds:mJtIcV:3c Ocnchtses EO’Dc:s v 31 i’!sv:Oriemns. 814-BIS NeisO H J 5:7-33, icj.Euji:ei Oi lhe Etfeci Di E Sjnr”—-rs-iiei:ci On 1 r.n7ui::&-s-reecskc-jH-jDeiz\-’3is’Ric 4s;jEue: v107 e 946-953 He’eh g. 5. ! (2007) kiIe’xíde’ii Sjpp!cmcnlúhci inceases Irie RrsR 01 Skjri Oinc cr3 ri \Vcmaq Eut rui e Me-i J15,-’r. V 137 2909-2163 Hseis-3. pc eraS (SOEz’, Ic;7.z3i ascc:Ix: stI ci ni3-.:eae:i sei. O[l:cei, iepcc:uI:-ZS Cci SasU rira) ,s-.±ct:oi: 4: ri: bicci sOai. es n.teccu-: SCe-:n::’r2’De’r37-:zSe.e 12 Face 237- 244


OL.2301005

Lro’oal EIad.’”EaI -Jiiflolicfl In A k%ai& E’i’o5u’’2e Lau,T loa: V.15. E

a

[.1 P 122C8 Skín Anjnc, 4c.v D,’n 7 to:a \‘ 17. N .17 Kajë .1L. .ia .FÍ’.]ë.uuH 5!R 2CO8 Effrr’:fs üf 2h01 AndAg e Ofl OxidaLve Darnage I:1H.1;.3jt.lc’ h P:;5n1 V5?.Sl 7/1.,. ovakR hpabii c.t3h7. 051 I2 A LI’., 3.1 A .220-1. Aso [lir Ar 3. CUs alio. 1 01:01 s’rv-3tçJoin A9r: Aging. 4i H;s.0,escs ‘:02,LS A 275LJ L.i’in 3 Ilri fO EL’. Ho’:S.sirLr.ot 20.’s.4E’e.’al/65, Age 0509 M130flCI. O ‘ ao 2’D1{’.‘j

r-(Ir.irv:j Sfrrin. EncHIa! Ettoolr . 0’! Itjmiin O

[25 [32

r

.L!:j’,ie O o.’a IDui VloLo’Et hclet ahho iAss:bo Doivale Doo u,pIsosieal2Q LAos blRiu : Voa eboeronclo Ctao A’oa”: El rijO .lapan.222 20? Netscrj. .J.L. e! ar 2QC3. Dielar.,’ Mo-Jif ic.ilion A’ :1 loba !. kilio>o riariI Sapple Lfru;a!’ti, AlUO! Sc’urn Coclono:b: A/:r>.i baai Lovete And kta.’oo 01 0>jdative 01O’ J’f7ij J’Vil’ V 133 St. USA. 3117—311.2 Loba. LI e/a/ (205h, Skoa Wnndog: (o.,--. V.201401..V.100vosicni 05° Rol Ma A Diftrerooa Ar’o’:a’ hOO Saaorro,nn.K e!a/çZ0ir1cp;caI.S ‘1 0ApjVz1VVansnCl’.o’ocoolTaoDo’o .sOlDo-nop hAgodHut.anSkin, &o. D.o’oootu», V 4 Gc’.ran Srsbavaya, Li :1 as (2205). dilosi 0! A Nos! Aeoobi’. Do ato.;: Doodiun’ !sesiea!yi 2OLAlooLvI Po oç:aie On H,.oTaa L’n.al FçLs.o btaele 0100023 Coo; 3: ijisis kad Umpi Eov P’;a”s Fr’ 021 Japan. 503-500 •S’v.Ua.nno,H o’ a’. 2CCii Ell20l0iA Ncor ikoo ’txc Dc ative LIoJV ir Fs-osiea.l2O-L A020Lvl Fv:p-lni.7 001 ‘lo’ al L1ora’a Do:al PiL’cb%e o Aga;r,ei Roative Ox’vg en Sec. Japon, 1015-1022 ‘Assoo. AVO e! ar 21-1 O. Rgovencscimcnto cii peie por i.etLg quhoo-o° ent’-qae no pobig do icoot 4’; L e Doa’; lo’ ij 79 Rio °e Jn’i°i»7 Jan Los’ 91 -09.


_____________________

e,

CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ANTIOXIDANTE DO TOMATE PORTUG UÊS (L YCOPEPS/OON ESOULENTUM M/LL) DE CULTURAS BIOLÓGICA E CONVENCIONAL: IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS AGRÍCOLAS NO SEU VALOR NUTRICIONAL

CHEMICAL AND ANTIOXIDANT CHARACTERIZATION CF THE PORTIJGLIESE TOMA TO OF BIOLO GICAL AND CONV ENTIO NAL CULTURE: IMPORTANCE OE THE AGRICULTURAL SYSTEMS IN F1S VALUE I\UTRICIONAL CARACTERIZACIÕN QUÍIvDCA Y AJ’111 OXIDA NTE DEL TOMA TO PORTUGUËS DE LA CULTURA BIOLÓ GICA Y CONV ENCIO NAL: IMPORTANCIA DE LOS SISTEMAS AO-RICOLAS EN SU VALOR NUTRICIONAL Ana F. Vinha • (ç.vJ!!hcjTce:j2uI); Filipe Coulinho Marta O. Soares António Sanlos A. Almeida-Dias *****

FSUMO

O principal oectivo deste estudo foi o de avaliar caracte e rizar o perfil quitico e o teor de compostos anlioxidanles do tomate poitLJguãS cv, Redondo, cultivado por lécn:cas agrfcolas diferen tes (biológica e convencional), Atendendo ao imDacto Que a dieta mediterrânioa tem na saúde pública! também foi estudado, por análise sensorial, o grau de aceitação e diferenciação organoéctica do fruto, produz ido em diferen tes sistemas agrfcolas Os tomates foram analisados. in natura, como inteiro s. sem pee e sem semente. As amostras foram avahad ss quimic amente quanto à actividade de água! humidade, sólidos sohjve is totais! pH, cor! teor de ácido ascórbico, teor de fenólicos totais de e l:copen o. Para a anáse estatística dos resultados, utilizo u-se análise a univ aada ANOVAL teste de Tukey e o de t-Stdudent, adoptando-se um nível de significância


teores de compostos de 5%. Dos resultados obtidos vehficou-se que os biológico (p<O.05), fenó!icos e ácido ascórbico são superiores no tomate urna forma geral, o fipo não existindo significáncia no teor de licopeno. De semente: influencia o de preparação doméstica (inteiro, sem pele, sem apresenta maior vator nutnconal do fruto. sendo o tomate inteiro o que assumiu um valor de compostos bioactvos (p<O,05). O tomate biológico importância dos papel preferencial na análise sensorial, evidenciando-se a geral. produtos bio!ógiccs na promoção da saúde pública em 3. Acido Palavras-Chave: 1. Lycopeís/cafl escuntun 41ff 2. Alimentos biológicos ascorbico 4. Fonois tetas 5. Ucopono.

ÍSTRACT The main obiective of this study vias lo evaluate and characteriZe

escU/7Lll’7 ,11.4 2.

Botogical fooda

3. Aseoriyc acid

4.

compoLlnds of tomato the chemical profile and content of antioxidant techitques. organic Portugtiese cv. Redondo, grown in different agriculturai Medrterp’anean diet has on ard conventionai. Given the impact that the of acceptance health, was also studied, by sensory analysis, the degree in drfferent farming and organoléctica diflerentiation of lhe fruit, prociuced sktess and systems. Tbe tomatcea were analwed, h natuia, as whole. for flue water activity, wthout seed. The samples were chemically evaluateo total uhenolic moisture. soluble solids, pH, color, conteni of ascorbio acid, results. usng the content and iycopene. For the statiaticai analysis of whichever is univariate anaiysis (ANOVA, Tukey’s test and the t-Stdudant, lhe content of phenoiid a significance levei of 5%. tlue t’esults ver!fied that (p <0.05), compounds and ascorbic acid are higher in organic lomatoes general, the type of there is stgnificance in lhe oontent of lycopene. In lhe nutntionai home preparation (whoe. skinless, vathout seed) affects value of bioactive value of fnjit and the whoie ahows that flue higher preferenttai role in compounds (p <0.05). lhe organio tomatoes made a products in the sensory analysis showing the impodance of organio pronioton of puhlic health in general. Koy-v.’orcis’ 1. Lyeopers”cQrl Phonolic totais 5. Lvcopone

ISUMEN ei El objectivo principal de este eatudio era evaluar y caracterzar tomatoe perfil químico y cl cantidad de compuealos antoxidantes dei deI agrícolas, poduguéS cv. Redondo cultivado para diversas tëontcas ia dieta biológicas y convencionalea. Lievando cuidado dei impacto que nuediterránica tiene en la saiud púbi:ca, tamb:én fue estudiado, para ei dol

:1

análisis sensorio, ei grado de aceptación y diferenciación deI organoléctica de la truta, producida en diversos sistemas agrícolas. Los tomates habian sido analizados, en natura. corno entero. sin la piei y la semiila. Las muestras habían sido evaluaclas químicamente cuánto a la actividad dei agua, humedad, sólidos solubies, pH, coior, cantidid dcl ascórbico ácido, dei phenolio totales y iicopeno. Para ia estadística dei anáhsis de los resultados, era ei anáhsis usado dei univariada (ANOVA), prueba de TLIkey y de t-Stdudant. adoptando un nivel de a significación dei 576. De los resultados conseguicios fue verificado que ei texto dei ascórbico ácido y dei phenolio lotales es superior en ei tomatoe biológico (p<0,05), significación no existente en ei texto dei licopeno. De uno forma ia generahdad, ei tipo de influencias domésticas de ia preparaclón (entera, sin ia piei, la semiila) ei valor dei nutricionai de ia fruta, siendo ei tomatoe entero quê presenta a mayor valor de los compuestos de los bioactivos (p<0,05). El tomatoe b:o!ógico asuntó un papei preferenciai en ei anáhsis sensorio, probándolo impodancia de os productos biológicos en ia promoción de ia salud pública en general.

Paiabras-Cla’.’e: 1. Lvcope,s;ocn ucuícntr/m Ml 2. Atn”ent.us biotogices 3.As.oorbico ácido 4.Phenoiic tot-alos 5. Ucopeno

Prol, Adiunta do Depa’iamenlo de Fanráca. Escola Supele’ de Saude do Vate do A’.’-o. Invcstigactera do Centro clv tn’.-cstroaçcio e leenoiclo da Saude Asosteate le-cruco do Centro de in’.tst:gaçlo e Tecaclegra da Saúde CIIS). Escola Supale’ de Salde do Va[e do Ave!CITS/iPSN CESEU. 4760 Via Neva de Famalicão, Eciugati Prol Adjunta da Escota Supener de Saude do vab do Ave, tnvcstiqacL-a do Centro de Investigação e IcenoVgia da Salde

tCTS/iPSN cESpu). Fel Ceordenader Sem Ag’egação da Escota Supsior do

Saúde do Vate elo Ave/ investigador do Centro de tnvestigação e Ice nologra da Saúde ICIIS) Prol Coonlenade’ com Ag’eoação da Escola Superior ele Saúde do Vale do Ao! R.zsident’o do Instituto Petileniso de Saúde elo vate do Avo fPSN/CESPU)

k:goervaio em 25 efe Lteodo 2009 An c ace.ro erre 20 de Oeverjxo do 2009

LJ


E INtRODUÇÃO A segurança alimentar tem sido cada vez mais valorizada, em conjunto com os novos processos de industrialização e com as recentes tel-déncias do comportamento do consumidor, especialmente na vertente que enfatiza os aspectos qualitativos “food saíeti7. Assim, pode-se definir “food Sa(9tV” como a garantia do consumidor em adquirir alimentos com atributos de qualidade e com conteúdos nutricionais fundamentais à saúde púbhca. A escassez de dados e estudos publicados nesta área constituem argumentos que juskticam a intensificação de PesQuisas por parte dos investigadores. Ao longo dos anos, têm sido observados factos que evidenciam uma mudança de hibitos alimentares entre a população portuguesa, na direcção de uma maior procura de produtos biológicos, caracterizados pela ausência de fertilizantes quibiicos e na aplicação de metodologias agrícolas que reduzam, ao mínimo, a contaminação do ar, solo e da água. O objectivo principal da agricultura biológica é obter uni nível óptimo de saúde e produtividade das comunidades interdependentes de onanismos do solo, plantas, animais e seres humanos (FAO!OMS. 1999). De acordo com Smith (1993), o risco da ocorrência de doenças associadas ao consLimo de alimentos ricos em aditivos, pesticidas, hormonas, toxinas naturais ou outros tipos de substâncias, tem contribuído para criar uma maior insegurança no consLinlidor. Os dados publicados até à data, sobre a composição química dos frutos, são bastante variáveis, em decorrência das numerosas condicionantes, tais conio, as diferenças entre cultivares, grau de maturação, época de colheita, clima, qualidade do solo, entre outras, Segundo vários autores, as perdas de nutrientes, especialmente, da vitamina C, podem ocorrer devido ao armazenamento inadeqLiado e a períodos excessivamente longos, contribuindo para a alteração qufmica do fruto (Paffbamakanokporn ei, ai, 2008; Javanmardi e Chieri, 2006; Dumas ei. 8/, 2003) O tomate é uma planta da familia das solanáceas, cuja espécie basica é denominada cientificamente de Lj-’copersica’i escu/enluin M¼ O tomate, como fruto, faz parte integrante da dieta mediterrânica, e o seu baixo valor energético torna-o característico das dietas hipocalóhoas (Chang et. ai, 2006). Em Portugal, o tomate é descrito como um dos alimentos mais consumdos, tanto ih natuta como processado devido à sua biodisponibilidade ao longo do ano e pela sua acessibilidade económica. Por outro lado,

trogtan ia

e relativamente ao seu perfil químico, os tomates têm sido alvo de estudos científicos. pois são caracterizados como unia importante fonte de compostos antioxidantes, tais como o licopeno, compostos fenólicos e vitantna O (George e!. ai, 2004; Sahlin ei, 8/, 2004; Raifo ei. ai, 2002). Os carotenóides integram o sistema de defesa antioxidante e interagem sinergicamente com outros antioxidantes (Stahl e Sies, 2003). Embora sejam desafios, nos frutos e nos vegetais, como principais compostos antioxidantes os de estrutura polifenálica, o principal antioxidante dos tomate s não é um polifenol, mas sim um carotenóide, o licopen o. Este composto, de natureza lipossolúvel e de cadeia aberta, faz parte integrante nos meios de defesa do organismo humano, envolv endo-s e na actividade de captação de duas espécies reactivas de oxigénio oxigénio singleto (101 e radicais peroxila (RO)j, como também é o principal responsável pela cor vermelha, característica do tomate (Spencer ei. ai, 2005; Stalil e Sies, 2003). Além do licopeno, os ácidos fenólioos e flavonóides, presentes no tomate, estão associados à prevenção e tratamento de processos inflamatorios , doenças cardiovasoulares e cancros (Slimestad e Verheul, 2009). Actualmente, já se encontram no mercado tomates cultivados sem sistemas biológicos e conven cionais . A qualidade nutritiva dos alimentos cL:ltivados pelos dois sistem as é, geralmente, comparada em termos de macronutrientes, vitami nas e minerais, tomando-se unia mais-valia, estudar diferentes aspecto s, tais como, o valor nLitriciorial, a qualidade sensorial e a segurança do alimento. Segundo Ormond ei. ai, (2002), realçaram-se os reduzid os estudos efectuados, que visam comparar os dois meios de cultivo, A analise sensorial pode ser caracterizada como um poderoso instrumento para medir e interpretar o sinergi smo entre as características fiico-químicas dos alimentos e a forma como são aceites pelos óroãcs dos sentidos humanos, Ao longo dos anos, foram desenvolvidos vários testes sensoriais, aplicados aos objectivos das investigações nesta área (Meilgaard ei. ai, 1999). Os testes sensoriais podem-se dividir em métodos discriminativos. analíticos e afectvos. Os testes disoriminativos são usados para estabelecer diferenças qualitativas e/ou quantitativas entre os produtos, enquanto, os testes analíticos caracte rizam os atributos sensoriais do produto em causa. Relativamente aos testes afectivos, estes têm como finalidade avaliar o grau de aceitação e preferência de uma população, face a uni produto (Meitgaard ei. ai, 1999).


Deste modo, o principal obiectivo deste estudo foi comparar o efeito do cultivo (biológico e convencional) sobre o conteúdo nutricional, nomeadamente no que se refere ao p&it físico-químico e teor dos compostos anticxidantes. Para além disso e. visando preencher a lacuna das informações sobre o conhecimento e aceitabilidade de alimentos biológicos, por parte da população portuguesa em geral, efectuou-se urna avaliação de análise sensorial, comparando os atributos dos tomates biológicos e convencionais, relativamente, ao aroma, sabor e cor.

E MATERIAIS E MËFODOS: 2.1 MATERIAL

ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS:

Durante a selecção das amostras do alimento, tentou-se controlar diversos factores, tais como: cultivar do tomate, região de produção, época de plantio, grau de maturação, condições de transporte, embalagens adoptadas, exposição à humidade, luz e calor. Foram anahsados frutos de tomate (LvcaDersiCQfl esCu/e/7tU/77 Mll.) cultivar Redondo, produzidos por nieio biológico e convencional, do mesmo produtor, situado a Norte de Portugal (Póvoa de Varzim). Os frutos foram colhidos, quando atingiram o ponto comercial “salada”, próprio para consumo de mesa. A preparação das amostras seguiu algumas técnicas utilizadas em ambientes domésticos, diferenciando-se as amcstras em tomate ih natura inteiro, tomate ih natuta sem pele e tomate ih natura sem semente. 2.2

Os parâmetrcs de qualidade dcõ tomates cv Redondo, foram avaliados a partir das análises fisico-quím:cas reaUzadas no Laboratório do CITS (Centro de Investigação Tecnológico de Saúde) do Instituto Politécnico de Saúde do Vale do Ave da CESPU. A determinação da humidade f0j feita por gravimetria. através de secagem em estufa WC binder TUHLINGEN, Oemiany) a 1 D5 C±1°C, até peso constante. O registo do valor de pH foi obtido com o auxilio do pHmetro Microprccessor Bench-top HI

8417, Hanna lnstruments (AOAC, 1998). O teor de so!idos solúveis totais foi registado em Brix, utilizando um refraotórnetro tipo Ahbe Refractometer (Mcdeo 2WAJ, Shangai Optical lnstrument Company). A cor foi determinada através de um colorímetro (Color Quest II Sphére, Hunter Lab), através do cálculo de °h (ângulo de cor) pelas leituras a, b, c e L de uma porção de amostra urVormemerte homogeneizada. O Ii define a cor básica, onde O = vermelho, 9O = amarelo, 1 80- = verde. Para a medição da actividade da água (a:.) recorreu-se ao medidor automático Hygropafm, marca Rotronic. A a-. é expressa pela razão de pressão de vapor de água da amostra sobre a pressão de vapor da água pura à mesma temperatura.

2.3 REAGENTES

O reagente de Tillmans (2,6 diclorofenol), carbonato de sódio, ácido oxãlico, etanol, n-hexano, acetona e o ácido ascórbico foram obtidos da Sigma-Aldrich, St. Louis, Mc, USA. O metanol, o reagente de Folin-Ciocalteu e a catequina foram adqukidos da Panreac Química Lda., Portugal. Todos os reagentes e soluções foram preparados através de um sistema de puhticação de água Mil]i Q tÀillipore, Bedford. MA).

2.4 ANÁLISE DE COMPOSTOS ANTIOXIDANTES:

-

Determinação de ácido ascórbico: diluíram-se 5g de amostra, triturada e homogeneizada, em 90 mL de ácido oxalico (0,4%). Após homogeneização, tomou-se uma aliquota de 2 mL, à qual se adicionou 50 mL de água destilada, que na sequência foi titulada com reagente de Tillmans. O nétodo baseia-se na redução do 2,6-diclorofenol (DIP) pelo ácido ascórbico, expresso em nig ácido ascórbico/1 OOg amostra. A quanlidade de ácido ascórbico nas amostras foi obtida com base na curva padrão do ácido ascórbico (y=l .121x—2.652x10 , r=O.99385). Quantificação dos fenóis totais: a extracção dos oompcstos fenólfoos seguiu o procedimento descrito por Genovese et. ai, (2003) para a determinação do conteúdo erólico total rios frutos, usando o reagente Folin-Ciooalteau. Cada amostra (5g) foi homogeneízada com 100 mL de metanol/água (80/20), por 1 hora. O sobrenadante obtido foi filtrado, em sistema de vácuo, e o volume


‘i Iexa’iC’

=[ (AxVxl Oj/(3,45OxMxl 00)]

(1)

final corrigido com metanol para 100 mL. A detem iinação dos fenóis totais foi realizada de acordo com Zieliski e Kozo wska (2000) com algumas alterações. Do futrado final de cada amostra, tornaram-se 0,5 mL, adicionaram-se 8 mL de água desti lada e 0,5 mL do reagente Folín-CiocalleaLJ. A solução foi homogen eizada e, após 3 minutos, acrescentou-se 1 mL de solução saturada de NaCO As soluções ficaram 1 hora em repouso, para o desenvolvimento da cor, através da redução dos ácidos fosfomoli bdico e fosotúngstico, em meio alcalino, As leituras das absorvãncias foram a 720 nm por espectrofotometria (Shimadzu UV-21 00), utUizand o a catequina (EC) como padrão em mg (EC)I1 OOg de amostra, Quantificação do licopeno: O teor de licopeno foi extraído a partir de uma homogeneização de 5g de amostra em 50 mL de uma solução n-hexanolacetonaletanol (2:1: 1, v/v/v), para solubilização total dos carotenóides. Após agitação constante durante 30 minutos, adicionaram-se 10 mL de água destilada. A solução foi mantida em repouso, na ausência de luz, de forma a obterem-se 2 fases distintas; 35 niL de fracç ão polar e 25 mL de fracção não-polar, a última contendo o licop eno. A quantificação foi efectuada utilizando-se uni espectrofotómetro Shiniadzu UV-21 00 a 472 nm, usando o n-hexano como branco. Os resultados foram expressos em mg de licopeno/1 OOg amostra, mediante a seguinte fórmula: Licopeno (mgIl OOg)

V vOPLflfle(íer, .r,n(oL .masada amet’aafcrwhg, A aHon.IricLI Id. 1/1 ‘iri!; 3 -iEQ: cccv v ‘iv de exUnço rara o rNqme r,to cm

Avaliação sensorial: Os provadores foram selec cionados em função do interesse e disponibilidade em parti cipar no estudo, criando-se critérios de indusão e exclusão, para que a população se enquadrasse num padrão pre-definido. No total participaram 50 individuos, com idades entre 20 e 50 anos, sendo constituídos por alunos, tuncionãrics e docentes do IPSN . Para avaliação dos atributos sensoriais (aroma, cor, sabor), serMram-se aproximadamente 30 g de tomate /17 natura inteiro cv Redondo, de cultura convencional e biológica, em prato s descartáveis, com 1 copo de água e garfo de plástico. A escala hedonica Itrida de 7 pontos (0=não gostei totalmente; 4=não gostei nem desgostei;

1

1

r

1’

It•flI

7=gostei totalmente), proposta por Vilanueva (200 3), foi utilizada como instrumento de trabalho de medição da prefe rência,

E ANÃLISE ESTATÍSTICA

Todos os resultados obtidos foram avaliados através de análise de variânoia (ANOVA). a partir de ensaios em triplicado em cada determinação, fazendo-se a analise das médias dos resultados para um nível de 5% de signifioância. O teste de 1Student, para observações inde pend entes foi , usad o para estudar a dependência entre o perfil químico e o tipo de ou[ti vo.

a. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os tomates, para serem consumidos ih natu ra, têm de apresentar uma percentagem de coloração verm elha igual ou superior a 50 96 da sua área total. No sentido de melhorar a lacuna da falta de inforniação sobre o perfil quíniico antio e xida nte de frutos produzidos bïologioamente, efectuou-se, neste estudo. unia avaliação rigorosa entre amostras de toniate da niesn ia cultivar (cv Redondo), produzidas, em sistemas agrícolas difer entes (biológico e convencional) pelo mesmo produtor. Os resultados das analises tísico-químicas dos tomates inteiros, cultivados pelas duas técnicas agrícolas estudadas, estão apresentados na tabel a 1. Relativamente aos resultados obtidos entre as amo stras de tomate inteiro, apenas dois parâmetros ê que não apresentaram relevânda estatística bO.O5). sendo eles, o teor médio de água e a sua actividade, com valores de 9196, e de 96% respectivamente. , Analisando a acidez do fruto, o tomate intei ro convencional apresentou um valor maior de pH (4.46) relativam ente ao tomate inteiro biológico (4.37). Estes valores lustificam o aumento do teor de sólidos solúveis totais, na amostra biológica (3.90°Bhx). O ângulo de cor (°h) define a coloração básica das amostras e repre senta a tonalidade média das amostras de tomate. Quanto maior for o seu valor, tanto mais próxima do verde está a cor do fruto. Desta forma, a amostra biológica apresenta um valor de °h = 67.7, enqu anto a amostra convencional tem °h = 46.8. Avaliando os teore s de compostos antioxidantes, ácido asoórbico, fenólicos totais e licopeno, verificou-


) entre as se que todos apresentaram relevância estatística p<0.05 de ácido amostras. O tomate biológico apresenta maiores teores mg/1 OOg) ascórbico (40.04 mg/1 OOg) e de fenólicos totais (221 .83 de 27.91 relativamente ao tomate convencional com valores tenólicos mg/1 OOg, para a vitamina C e de 167. 14 mg1l OOg de uma diferença totais. Relativamente ao teor de licopeno, ainda com quando pequena, o seu valor é superior no tomate convencional, de 2.19 comparado com o biológico, apresentando valores valores mg/1 OOg e 1 .98 mg/1 OOg, respectivamente Estes referidos, justificam os resultados dos ângulos de cor, acima no tomate evidenciando-se unia cor vemielha mais intensa convencional. -

Teor humidade (‘,J 3.21±0.0V’

97.5±0.22

Agricultura Convencional’

II

Preparação amostras

91.5±0.22vA

Inteiro,

92,4±0.SlLc

Sem pelei

3.40t0.0Ij

91.00.0R”

Sem semente,

3.900.02

91.l±0.44vA

Inteiro,

3.30±0.01»

91.B±0.9d

Sem pele,

3.36±0.01’

91.4±0.08v.

Sem semente,

[

Dos resultados apresentados na Tabela 2, pode-se verificar que a remoção de parte do fruto afecta é perfil nutricional do tes mesmo. Dos parâmetros avaliados, destacam-se os diferen função antioxidante é teores de compostos bioacUvos, cuja fundamental para a boa prática alimentar na promoção da saude de pública. Os valores de ácido ascórbico encontrados variaram s 24.96 a 40.01 mg/1 OOg, encontrando-se senipre eni maiore quantidades nas preparações de tomate biológico, inteiro e seni pele. Estes resultados estão de acordo com os valores publicados conteudo de ácido por George et a!, (2004), que avaliaram o obtendo valores entre 8.4 a 32.4 mg/1 OOg (base húmida) na polpa do fruto. ascórbico em tomates,

(%)

das Tabela 2. Valores obtidos experimentalmente. As preparações amostras leram: inteiro,,,; sem pele,,,; sem semente,,,

9).) ±0.44

4.43±0.01’.°

96.0t0.0O’

4.56t0.OIbfl

9á.00.00’

53.5±1.69’.’

4.37±0.0fl’

96.OzO.0l’.

70.2±I.83’

4.50±0.Olfl

67.1±3.89”

24.96:0.82”

3.89±0.Ofl,C

38.4±0.48’.’

38.38±l.62

1.85±0.16”

3.2)’O.Ol’,

534±1.43b.C

96.o±0.0oA

.10.04:0.78”

l.ô4O.0.l’

200.33:0.76.’

rins;

9ó.0±0.o0’.

28.66:0.02’.’

1.98005’’

183.68±2.16’.’

3.90±0.02”

46.B±0.6BvA

30.360.57.t

1.91±1.47’.’

221.83±0.60”

4.51±0.01’A

27.91±3.S2vA

1.74±0.tOb.C

132.23±2.99U

d.46±0.04’A

.‘

Actividade dc o o Mgulocor

2.19±0.02”

l23.77r2.55’

pH

96.0±0.01 67.1±3.89” 40.04±0.78” 1.98±0.05” 221.83±0.60”

Ácido oscõrbico ng;lOOg) bropeno mg/_lOOg) fenólicos totais

Os teores de fenólicos totais foram niais elevados no tomate te biológico, com valores de 183,88 a 221 .83 mg/lOOg. bastan superiores aos quantificados lias amostras de tomate cultivado de fon’na convencional (123.77 a 132.24 mg/100g). Estes resultados a!., são concordantes com as informações obtidas por Toor et. em (2006) que obtiveram valores superiores de tenólicos totais tomates adubados de forma orgânica comparativamente com os adubados convencionalmente. O icopeno 0 o carotenõide mais abundante presente nos tomates vernielhos, constituindo,

Jmg.100g1 Valores expressos em médiardesvio padrão, a partir ti.; Sisiemo agricolo Convencional e Biológico, respectivomente. iguais no mesmo coltn,o, considerando.se de ensaios realizados em triplicsdo.’.”.’Valores com letras minúsculos que não hostve diferenças estatisticomente amostias de tomote inteiro, nem pele se sem semente, indicoe &!SJ.’Volores com letras maiúsculos iguais na mesmo cobsso, significativas entre os médios oo nivel de 5% {p>O.OSl. og,icotou diferentes, indicam que não tswve conide,ondose o mesmo tipo de preparação do amostra, em sistemas diferenças estotisticamente significativas entre o, médios ao nivel de 5% (pO.OS).

167.14:3,79”

4.37±0.01’

Agricultura Biológica’

das Caracterizaçào química e de compostos antioxidantes Tabela 1 idos por dois tipos de tomates inteiros, in natura, cv. Redondo, produz tivamente. técnjcas agrícolas, convencional e biológica, respec

Sólidos solúveis totais {Brix) 446±0.04”

Ca7ncterilaçõa Guimica

Valor pH

46.8±0.68

96.0±0.00

Ângulo Cor (‘h) 27.91±3.52”

Actividade da água (R)

Ácido ascórbico (mg/l OOg)

2.1 9±0.02” 167.14±3.79

l.icopeno $tng/l OOg) Fenôlicos Totais (mg/ 1 OOg)

realizados em triplicado. “Voloren na mesma ‘Valores espresso, em médiazdeseio padrão, o partir de ensaios l e os diferentes réatzos agticolos (convenciona St/u, licõo, mediante o parâmetro onalisodo, comiderondo’se significativos entre os mêdias ao nivel de biotóqicol, indicam que existem diferenças eslotisticomente

e No sentido de estudar a perda de nutrientes, durant a possíveis de preparação doméstica, consideraram-se três formas sem pele e consumir o tomate ih natura, nomeadamente, inteiro, resultados sem semente. Assim, na Tabela 2 encontram-se os ico) da obtidos, para as amostras de tomates (convencional e biológ relativos à forma inteira, sem pele e sem seniente. Os valores são natura cv. caracterização quiiica das amostras de toniate ih Brix), pH, Redondo: humidade (%), sóhdos solúveis totais (° dos actividade da água (%), ângulo de cor (°h) e qLJantitcação fenólicos compostos antioxidantes (ácido ascórbico, licopeno e totais representados por mg/1 OOg).


15

lo

Parân,stro. sensoriak avahados

Cor

t

Oqanicu

• Cn,sgnvi anal

aproximadamente, 90% do total de carotenóides (Abushita e! ai., 2000. Anaiisando o inter.’alo de valores obtdos na quantificação de licopeno (1.64 mg a 2.19 mg por lOOg base húmida), encontraramse resultados com significância estatística (p<0,05), quer entre os tratamentos efectuados às aniostras mnteiro. sem pele e sem semente) como também eni relação à práfica agribola, Teores semelhantes foram encontrados em nove cultivares de tomate espanhol (1 .86 a 6.50 mg/1 OOg) por Martinez-Valverde eta!, 20Q2). De unia forma geral, a nível de caracterização quihiica e antioxidante das amostras estudadas, foram encontradas significânoias estatsticas (p<0.05) em todos os parâmetros avaiados, quer mediante o tipo de cultivo, quer a nível de tratamento da amostra,

a

Ar um

Figura 1. Distribuição de frequência dos provadores que mais gostaram de cada um dos parâmetros sensoriais avaliados (aroma, cor e sabor).

Com o intuito de estudar os graus de aceitação e preferência entre tomates biológicos e convencionais, efectuou-se uma avahação sensorial, cujos resultados estão expressos nas Figuras 1 e 2. Com os resultados apresentados nas Figuras 1 e 2, pode-se constatar que os provadores prefehram o aroma e a cor do tomate convencional, no entanto, a nível de sabor, o tomate biológico assume valores superiores de aceftação. Os resultados podem ser explicados pela ocorrência de reacções qurhi!cas e de hiossrtese dos compostos bíoactivos presentes nos frutos e as substâncias fertilizantes presente no solo.

Noa rosto

1

/ —

--

Ir.ran tmt,-

N.’5ÔflÇt.

/

r.Irntanwnit

14 ao otta nw&mdamcnte

C,

cor

_________

(1’.t.I

e,trem.,mpotp

‘4

‘::

bosta .nnteradamrntr

(‘ata Iignrarnrntr

n€O1

degnta

sabor O para sistema agrícola biológico)

—4—

-

dsrom,1(.

CorC

(urO

—Salsnçc

fl

—————Aro,i,a O

——-Satkwfl

C e sabor C para sistema agricolo convencional e aroma O, corO e

Figura 2: Representação gráfica das frequências das preferências dos provadores aos parâmetros sensoriais avaliados (aroma

4. CONCLUSÃO

Considerando-se que os tomates são um dos principas componentes das reteições diárias da população dita mediterrânica, toma-se cada vez niais importante investir ria avaliação do seu conteúdo nutrioional, principalmente do seu elevado teor em compostos antioxidantes. A ampla gania de factores que pcdeiii alterar a composïção dos alimentos, tais como geneticos, condções climatéricas e características da colheita, fizeram aumentar as pesquisas que visam comparar o valor nutricional de alimentos provenientes da cultura biológica com a já existente agricultura convencional. Este estudo conhrmou que os produtos cuWvados de forma biológica apresentam um pertil nutricional mais rioo, com quantidades relevantes de vitamina C, de licopeno e de compostos fenólicos. O tipo de preparação doméstica também foi estudado, conoluindo-se que o tomate deve ser consumido de uma forma inteira, isto é, com pele e sem remoção da semente para minimizar as perdas do.s conipostos fundamentais à acção antioxidante dos radicais livres formados rio metabolismo humano. Pela análise sensorial e mediante as características químicas e antioxidantes obtidas, poder-se-á afirmar, a titulo conclusivo: “O


tomate convencional atrai-nos pelo seu aspecto visual, mas o tomate biológico alimenta-nos pelo seu valor nutricional,”

REFERÊNCIAS

AhwL’ta, AA.: Hehsh!. E,A. (1997): Wcod. H.G; Rys. P A. ‘Duerratcfi uí antro.cdaí ii otarens o ton’ato os Foco G!,uyn, 2:20760, 212. Associaton o) Offlcral AaIytcaI Chcrnists (1908): c7tOi/ “c!;cds cf a,u’s!s a’ t’?c Assccatono/Ozo/4na,ca/C:cp:Lce 16.oc[ N)ngtin: AOAC, vi. Charri, c H.; Un. H Chang Y.; Y.: MC. , c Liu. ‘Oump (2006) ansxc , thc anic:•d ant propcrlios o) (rcsh, froceo-díjoci and i?ot-air-dhcd tc’matoos. Jaunal o! bcJ Erig.nc ciih 77. 478-18 5. Dumas, “, Dadomo. M.: Di Lucra, G.: Giolier, P. (2003L Ro;icv . Etscts of cnvironrrontal faotom and agrcIJ tuai tccistjos aa anoxidani crie r,1otÇ ;rrraues.” J ScJFcodAgcc .. 83, 369-38 2. EAO/Organixaço Mundial do Saücio (1 999L E’ C’odo 4!2’on trcs: Díoct’ cs Piea La Prcdc/JacR EsL’crac;d Eotatado Y Ccmcyc.a.’zac;ci Dc 4mcats P’c&n’ts OvJ’3ca’cmc. Pai tI,:’ a, Gonovoso. Mi.: Santos, R.J.; Hassimoto, N.M,A., Lajob. EM, (2003) ‘Deter , minação do contoLido do fonô(c os tc’ta!s em tnutas.” Rcv2o Céric P2mua yteas. 39. 167-169. Georgo, B.; Kaur. 0.; Kiiurd(j.a, D.S.. Rapoor, H.C. (2004) “Ant:o : xdants in tomato (Lcpascc;i escu.atLn’;Jas a func.Iion o) gonoty pe Fcodch cni, 84. 45-51. Javanm J,: arcü. Kubot a, O (2006) ‘vanaf ; lon o) ycopon antbx: e, daot activitu, total solublo solrds and ‘a’a:u.ht Ices of t’Jrrat.) d’’r.g i:csthan’oet stoae,’ z.’ Pjst!sa ost Eo.’oL’e; and Techno: 31. 151-155 Martncz-Vavo icio, 1., Periag ivl.J,; o. Provan , 0. (2002) Phono : lic conipounde. Ivcopene arcI antioxdant activitv (o cornrTruroral ‘.‘adctios ei tonzato (Lvcop orsicon oscubritum).’ J Sc!FccdAgsc. 62, 3. 323-330. Moflrjaard, [vi.; CivWc. V.; Carr. B T 1967): Sonsoiv E\a(us ton Totn:-ues Rato,’? —Fiz ORO Prese. ter..; 261. Orwond, J.G.R; Paula, 5.R.L: Faturo) Fi]ho. P.; RocLia, L.T.M. (2002) ; “Agiiouura onj3nca: quaerJo o passad o é !ulreo”; E\PES Sctc;.j o. 3-34. 15; PatIF’amakanokporn. O.: Pu-.’.astien, P Nithar imvori A.: Stchak q. \.’a!. P.P. ‘,20); thancjos ot arii:ox dant activitu and total phunol ic corrpo unds dur)ncj etorage o) sjocted ftuits’: Jounra/ aí Fccdj pcsícn andAn 241-24 a’vs3, 21 8. Rallc’. A.. Maita. 0.. Fo:ano, V. 2CO5,; Seasonai varaton s n ar.t:ox ziar: ccrrpcr.ents aí chen’y tcmatc’cs (Lccporsicor osculor:trj’y cv NarrO El 1’; Jounu’ o! Goa pos’I ci’ ,WldA/7,r’rSS 19: 11 -19. Sahlin, E.: Savarj G.P.; o. Os-ter, 0.6. (2034’: Nnv’rs taatron ot tho antcxidant properties ci iomatoos alta prüuessrH’, 3:í J Ga”r’o s! naL, 17; 635-54 5; 7. Siimostad R.: Verhoiul. lv). ‘3909), ‘Ezurz, aí flavena ard ds c.ttrc: phendics tear (n)s ot diffororit toirvilo (Lj’copais/con cscu’cçtum Mi) cuWvars’ J Se:; Fcod Aaq., 89, 1255-1270. Smith, B.L. (1993), ‘Organro te eis-te. supomrartct toada. eierr.e nt leveis.’ Jcuqw/oí pcdA’iza,, 45. 1: 35-39.

Spence r, j.P.E,: Kuhnle. 0.0.0.: Ha;irozaoi, 1’!.: Mock, H P.; Scnnec a!d, U.; FAce E;ans, 0. v3’5: The Fonot.’p:c “.‘ar,zt:cr CI Thc tjte:’jcL!’,t P’rter’i!ai Ot Dituranil Tar rjt. VarloPes; Pau Rad,. Pos 39. 005-1033. Siahl, “7.: Sus. H. (2003); ‘Antiox:’dant acbvi ot caroionoicis.” Moi Aspocts Mcd.. 24, 345-351. Tcor, E K; Sa-a-je G.P ; HuaL, O.. í206v3i; Infiucero cl d:ffarer,1 vpcs o) renizcrs on fim o raI...ririf ocnrc:c Ci r:s tCH’3toCs’ JFoo:z Ga’ c traí. 19, 1’ 20-27. Vüanuova, ttD.r’d. (2003) Aiaaçao do dcscr-npcnho dc qu?do .‘nctrdcs- do esca/on amcr:t ora o tcs0s scnson as aé ccc icçio uttand a ‘naco Os rhrWJCEs adt.ios de a-raso Lí.’e-YZ,? ‘T.53S O u?tJ,’nos p.-u-t:’ dc Jeci. Carrp: rias. SP. llOp. T0s-0 da D:utc’raclc Faru7iade do Er,cen[,ana de A(t:sr-rs Ur3;er sdacIc Eetac:ual do Campinas. Zehski, H.; Kczo’..ska, H. (2000). ‘Nit;oxdar,t act’vHv and total pl:enolcs lo soiectcd

GcF’i .Jru”s cri V’ic:r d.ff:a’.: rrcrphdo9!cst irart:on s Jloac Foco Ghana. 48. 2008-

20’ E


HÁBITOS E COMPORTAMENTOS TABÁGIÕOS DOS PROFESSORES DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BRAGANÇA

TEACHERS’TOBAGCO HABEUS AND BEHAVIOURS: THE CASE OF BR%GANZA’S POLYFECHNIC INST ITUTE HABITOS Y COMPORTAIviIEN TOS TABAQUISTAS DE LOS PROFESSORES DEL INSTITUTO PO LRECNICO DE BRAGANZA

Tânia Cristina de São * Pedr o Pires ft,p esii ve.comji) Maria Isabel Barreiro Ribe ** iro (xiro IeaiD b.pt) António José Gonçalves Fernande s (Ioze@ipb.pi)

SUMO

Os obiectvos deste estudo envolvem a dete rmi naç ão da prevalência do tabagismo num a amostra de docentes do ens ino sup erIo r púbco do distrito de Bragan ça, o conhecimento dos seu s hab itos compolamenlos e a dentific e ação dos factores associad os ao con sumo do tabaco A prevaléncia do consumo de tabaco -ect ista da foi 15,1%. de As razões que levam ao consum o do tabaco são, entr e out ras, ter irmãos fumadores, ter um parceiro que fuma, conviver com famI!!ares fumadores. combater o stresse

e obter prazer O inqurido tem Con sciêncIa que fumar pode orejud;car outras pes soas e fazer mal à saúde, contudo não abdica

deste hab:to.

Palavras Chave: Tabaco, Epdcn-’ioIoqa , Provaüncia.

STRACT

Tne main objectives of this oua ntitative studv are: lo dete rmi ne the smokwig prevalence in a teac hers’ sample of pubhc higher edu cati on in Braganza district lo know thei r habita and behaviors and dete lo rmine associated factors with tobacc o consumphon, The smo kin g pre valence was 15,1%. lhe ressona to smoke are. among oh ers, to hav e a smoker brotheIsister, to have a com panion that smokes, to Ive tocj ether with smoker famy members. lo fíght stress, to hav e p!e asure. Most respondents knows that smo king is a bad habil with con sequences for


their and olhers heallh. However, it seems that leaving tobacco addiction is verv dtflcuit. Kco::Jo: Sncklicj, E1:ernckjo;. Prevalonce.

IESUMËN Los objeUvos principates de este estudjo c.uanhtaUvo envueven a detemiinaccón de la frecuencia hurneante en una rnuestra de profesores de educación superior pública en e) dístrito de Braganza, saber sus hábitos y conduclas v delemiinar los taclores asociados ai consumo de tabaco. La trecuencia humeante fue 151%. Las razones para fumar son, entre otras, tener hermanos fumadores, convivir ccii miembros de a familia que fuman, combatir ei stress, tener piacer. La mayoria de los respondedores sabe que fumar es un vicio con consecuenc:aS para su salud y para la salud de otrcs, sin embargo no abdica deo. Pa!abr.ots-dave: Tahaoo. Epidonlc!orjía, Prcvaicncca.

Mc’OIOfl [la

loco co Suroore’ de Fapo acto Peicosea fino rq.j,orodo do inni,tjo PoSlic’licc de Bagonça e Membro Efechco cio ceotro de Invcnl:goçãc de

‘31,0

CíriO -

Prcesscr fdjunio cqiijeooado do nsWilc P.oIrt&’cc ( Cagonça e Membro Efechco do cc-’iI’.o de rrc3kiaçãc de Mc oIaoha Ao jo obre cm 27 do drero dor

,p 30 cc: ri:’ em Stde Oj:u:so 1:

i

1 j

1

E INTRODUÇÃO

Fumar é, segundo Ferreira-Borges e Cunha Filho (2004), o factor de risco modificável com o maio r numero de mortes athbuídas. Para Machado et ai (1995), a eleva da prevaléncia de fumadores no grupo dos profissionais de saúd e, nomeadamente, nos médicos e enfermeiros, e nos professores, merece alguma atenção, uma vez que poderão funcionar com o lideres de opinião tendo, por essa razão, uma grande influência nos comportamentos sociais. Assim sendo, este estudo de carácter quan titativo pretende contribuir para o conhecimento acerca do tabag ismo num contexto especitico. Os objectivos deste estudo envo lvem, por ísso, a determinação da prevalência do tabagismo numa amostra de docentes do ensino superior público do distr ito de Bragança, a caracterização dos seus habitos e com portamentos e a identificação dos factores associados ao consumo cio tabaco. Para levar a cabo o estudo empftico reco rreu-se à elaboração e aplicação de um questionãrio do qual constavam perguntas fechadas. Este questionário foi enviado por correio electrónico a todos os membros do corpo docente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) .que é constituído por 377 indivíduos. Os dados recolhidos em Dezembro de 2008 foram , posteriormente, tratados recorrendo a técnicas estatísticas como a estatitica descritiva e o teste da correlação ordinal de Spearnian. A anãlise descritiva dos dados fornece resultados acerc a das características não só da amostra mas tambëm dos comporta men tos que levam ao consunio do tabaco. O teste de hipóteses referido perniite verificar se existe associação entre duas variaveis ordinais ou superiores, nonieadamente, entre o consunio do tabaco e os hábitos e comportamentos dos fumadores. O prog rama infomiático usado para o tratamento dos dados foi o Stat&íca/ Package for Soc,I Sc/ences (SPSS), versão 17.0 para M’»ido i’vs. Para melhor compreensão do estudo com eça por se enquadrar, tecricamente, o tema. De seguida, descreve-se a forma como os dados foram recolhidos e trata dos. Posteriormente. caracteriza-se a amostra e os hábitos e com portamentos tabág’cos recorrendo, para o efeito, à apresentação e discussão dos resultados.


2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO Segundo Fraga ei aK (2005), as primeiras referências ao tabaco surgem entre as populações nativas do continente americano, que o usavam como psicoestim u(an te, não apenas fumado mas também em pasta como produto med icinal, pois acreditavam no seu poder divino, A sua introduçã o na Europa deuse no século XVI e foi, consequentemente. expo rtado para os países africanos e asiaticos acompanhando a grandios idade das trocas comerciais no período dos Descobrimentos. Na actualidade, o uso abusivo das subs tânci as psico ativas (SPA) constitui, segundo Costa ei a! (2007), um dos mais importantes problemas de saúde publica mundial, cons iderando a magnitude e a diversidade de aspectos envolvidos, O consLimo das SPA percorre diferentes países, contextos geográfic os e culturais, classes sociais e faixas etárias, provoca preju ízos pessoais, familiares e sociais, tem uni alto custo económic o e fomenta a violência urbana, familiar e interpessoal. As doen ças e os e’eitos relacionados com o tabaco são bem conh ecido s de todos, designadamente, políticos, profissionais de saúde e consumidores. Trata-se, segundo Fraga eia! (2005) e Costa ei ai. (2007). da pele seca, queda de cabelo e aparecimento precoce de rugas, cataratas e glaucoma, bronquite crónica, enfisema e aumento em seis vezes do risco de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC ). disfunção sexual, osteoporose, doença vascular periférica , arteriosclerose; aumento em duas vezes do risco de doença coronaria ; e, em cinco vezes de Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) Acid e ente Vascular Cerebral (AVC). Para Costa ei ai, (2007), o tabaco contribui ainda para o aumento em duas vezes do risco de cancro nom eadamente, da boca, faringe, laringe, traqueia, estôm ago, colo do útero. pàncreas, bexiga e rim. No caso do cancro do pulm ão, o aumentc é, segundo o mesmo investigador, de dez vezes. O reconhecimento científico dos male bdio s do consumo de tabaco, da poluição tabagica ambiental e as prop riedades aditivas da nicotina com repercussões na efectMdade das medidas de desabituação tabágica têm, segundo Bulhões ei ai. (2007), estimulado o desenvolvimento e implementação de um leque alargado de medidas, programas e políticas de controlo do consumo.

1

.1

.1

Portugal encontra-se, segundo Kleinnan ei a! (1 988), num estádio da epidemia menos adian tado em relação à maioria dos países desenvolvidos. Contudo, o padrão de evolLição é distinto, verificando-se urna ligeira diminuição nos homens e uni aumento nas mulheres, o que faz esperar, segundo Falcão (1983) e Lunet e Barros (2004), além das complica ções comuns a ambos os sexos, adicionais consequéncias na função reprodutiva e no resultado da gravidez Aliás, a elevada prevalênc ia de consumo de tabaco nas grávidas deve, sequndo Machado ei a! (1995) e Santos e Barros (2004), obrigar a fortes medidas de combate ao consLlmo de tabaco nesta população. OLitros investigadores como Diez-C-anan eia! (2002) e De Matos (2003), preconizam a adopção de medidas eficazes para o controlo do consumo do tabaco conio a forma de ultrapassar a!guns estádios da epid emia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) desempenha um papel importante através dos ‘Plan os de Acção para uma Euro pa Livre de Tabaco” que tiveram o seu início em 1 987 defendendo uma estratégia global, compreensiva e gradual para reduzir os efeitos negativos do consumo do tabaco. Esta estratégia da OMS foi consolidada pela realização da j3 Conferência Europeia sobre Tabaco ou Saude em 1988, na qual ficou aprovada a ‘Carta Europeia contra o Tabaco” e foram definidas as “Dez Estratégias para unia Europa sem Tabaco”. Estas estratégias e ohentações são divulgadas nas comemorações do “Dia Mundial Sem Tabaco”, a 31 de Maio, constituindo sempre uma ocasião para se aprofundar certos aspectos da política glob al de combate ao consumo do tabaco. A comunicação social enaltece as iniciativas realizadas nesta data, no sentido de confronta r responsáveis políticos com as medidas implementadas. Em Portugal também foi instituido o Dia Mundial do Não Fumador (17 de Novembro) pela Resolução n,° 35/84 do Conselho de Fvlinistros de 11 de Junho de 1984, A responsabilidade das actividades relacionadas com este dia foi atribuida ao Conselho de Prevenção do tabagismo (CPT). O Banco Mundial adoptou Lima politica, em 1 991, que tinha como principio-base não fornecer investimentos ou empréstimos à produção de tabaco. ao seu processamento ou marketng A União Europeia ja apiovou duas directivas, nomeadamente, a Directi va 2001/37/CE de 5 de Junh o para regulamentar a produção, a rotulagem e avisos dos maços,


1

teores de nicotina e alcatrão, controlo de cométciç e circulação dos

produtos de tabaco; e, a Directiva 2003/33/CE, 26 de Maio para pôr fim à publicidade e patrocúiios dos produtos de tabaco. A OMS aprovou, em 2003, a “Convenção Quadro sobre Controlo do Tabagismo que! segundo Ferreir a-Borg es et ai. 200%), é im marco histórico da saúde pública mundial e da efectiva prevenção do tabagismo. As pohtcas de prevenção do cons umo de tabaco deverão ter como grande obctivo prote ger as prese ntes e futuras gerações das consequêndas sociais, econ ómicas, ambientais e para a saúde do consLlnio do tabaco. Em 1 983, foi criado o Con selho de Prev enção do Tabagisnio (CPT) e são, segundo Cosia e! ai (2007) , definidas corno coritra-ordenações todas as infracções à proibiç ão do uso do tabaco. O Conselho de Prevenção ao Taba gism o (ORO segu é, ndo Moreira ei ai (1995), o organismo responsável pela implem entação de niedidas e progranias para reduzir o consumo de tabaco em Poriugal, assim como pela disseminação de informação dos perigos associados ao consunio de tabaco. O CPT publicou diverso s relatórios que indicavam, nos últimos anos , uma desc ida no consumo do tabaco em Portugal, apesar de estudos de mercadc e analises independentes apontarem para unia tendência contrár ia. De facto, em 2009, Euromonitor Intemational estima que o mercado do tabaco tenha crescido, significativamente, rondando os 4%, Segundo Menezes e! ai. (2001), estão bem definid os os objectivos gerais de prevenção e controlo do tabag ismo, designadamente, diminuir a incidéncia (evitar a habituaçã o tabágica) e a prevalência (apoiar a cessação tabágica) de fumadores; regulamentar as condições de fabrico e de venda dos produtos do tabaco; proteger os não fumadores da exposição ao fumo passivo; criar um clima em que funiar não sela norma.

3. TRATAMENTO DOS DADOS Como foi referido, este estudo de investi gação teni conio objectivos, determinar a prevalência do tabagismo num amo a stra de docentes do IPB, conhecer os hábitos e comporta men tos do consumidor de tabaco e detemiinar os factores asso ciados ao consumo do tabaco.

1

Í

T

1

EQctflflIfl

Para levar a cabo o estudo empírico recorreuse ao méto do de investigação por questionário do qual cons tavam perg unta s fechadas. Desta forma, segundo Azevedo e Azevedo (1994) e Patton (1992), os inquiridos deveni escolher de entre unia série de respostas alternativas, aquela que melhor traduz a sua situação face à realidade inquirida. O questionário, com probabilidade de resposta igual para todos os inquiridos, foi enviado por correio elect rónic o a todos os professores do IPB em Dezembro de 2008. A população alvo deste estudo é constituída por 377 professores de toda s as escolas de ensino superior integradas no IPB, desig nada men te, a Escola Superior de saúde (ESSa), a Escola Superior Agrária (ESA) , a Escola Superior de Educação (ESE), a Escola SLlper ior de Tecnologia e Gestão (ESTG) e a Escola Superior de Comunic ação, Administração e Turismo (EsCAT). Os dados recolhidos foram, posteriormen te. trata dos recorrendo a técnicas estatísticas como a estatística descritiva e a análise bivariada. Para além disso, assegurou-se a confidencialidade das pessoas envolvidas assim como dos seus dados pessoais. A maioria das variáveis contidas no inquérito são qualitativas na medida em que identificam alguma qualidade, catego ria ou característica não susoeptível de ser niedida nias que pode ser classificada. Para além disso, segundo Pestana e Gageiro (2005) e Maroco (2007), estas variáveis odem exprimir-se na esca la norrn al ou na escala ordinal. Para estes investi gadore s, num a esca la •noniinal, os elementos são atributos oLi qualidades. Por isso, esta escala é usada para variáveis em que cada obse rvaç ão perte nce a unia de várias categorias distintas. Exemplo disso, são os dados pessoais dos inquindos com excepção da variavel “idade ’ que é uma variável quantitativa e usa unia esca abso la lüta. Da niesn ia forma, os dados relativos aos habitos e coniportamentos tabãg ioos dizem respeito a variáveis nominais com a excepção da ‘idade de inicio do consumo” e do “número de cigar ros oons umid os por dia” qLie são variáveis quantitativas e dos aspectos comportamen tais que poderão estar relacionados com o consumo do tabac o que são variáveis ordinais. A semelhança da escala nominal, estas última s usani cafugorías mas, neste caso, existe uma relação de ordem entre essas mesnias categorias. As escalas de hked usadas variam de 1 (discordo totalmente) a 5 (concordo totalmente) são escalas ordinais, vulgarmente, utilizadas em ciências sociais e humanas que

1::!


permitem avaliar uma série de aspectos comportamentais que, comc foi referido, poderão estar relacionados com o consumc do tabaco, Os dados re!ativos às vailáveis qualitativas são passíveis de tratamento estatístico com recurso ao cáicub de frequências absolutas ou reativas, Estas últimas exprhem a relação existente entre a frequência absoluta e a dimensão da amostra, O cálculo de frequências relativas revela-se, especialmente, útil para definir o perfil dos respondentes e caracterizar os hábitos tabágicos. O calculo da média e do desvio-padrão são, segundo Pestana e Cageiro (2005) e Marcco (2007), medidas paraméthcas, particularmente, adequadas para niedir variáveis quanhtativas peb que foram utilizadas para o estudo das variáveis “idade”, “idade de inicio do consumo” e núniero de cigarros consumdcs por da”. Segundo Maroco (2037), depois de constitufda a amostra de acordo com as boas práticas da teoria da amostraQem e da caracterização da amostia com recurso á estatística descrit’a! o procedimento seguinte poderá envoiver o recurso a testes de hipóteses relativos aos paránietros da população apoiados numa medida concreta do grau de “(in)cerleza” referente à decisão tomada, Neste estudo, foi aplicado o teste da correlação ordinal de Speainan unia vez que, segundo Pestana e Oageiro (2005) e Maioco (2007), é o teste adequado para verificar se existe associação entre variáveis ordinais ou superiores. Neste caso concreto, pretende-se verificar se o consumo de tabaco, niedido pelo número de cigarros fumados por dia depende de diversos aspectos comportamentais niedidos com recurso a escalas de LÁ-e# Para o tratamento dos dados foí usado o programa informatico Stat,st/cal Package for the Sociál Sc/ences (SPSS), versão 17.0 para M4í;dol1’s.

FCARACTERÇÃO DA AMOSTRA Dos 99 questionãrios recebidos, 97 foram validados pois estavam devidamente preenchdos, o que corresponde a uma taxa de resposta de 25,7%. No entanto, dos 97 inquéritos validados neni todos estavam completamente preenchidos dando origem às chamadas não respostas ou m/sszhg-ra/ies. Sempre que se verifique esta

situação, far-se-a referência á frequência absoluta e/ou reativa com que surgem os mÁssihg-ta/ues para, posteriormente, proceder à análise dos casos válidos para cada unia dessas variáveis, A tabea 1 mostra como está distribuída a amosira por escola.

EsAT

ESIO

ESE

ESSA

ESA

Escola

97

14

27

19

13

24

Frequência absoluta

100,0%

1 4,4%

27,8%

19,6%

13,4%

24,8%

Frequência relativo

Tabela 1- Distribuição da amostra por escola

Total

Género dos inquiridos

DM,ssiny.votue

o Feminino

O Masculino

Como pode ver-se na figura i, à pergunta acerca do género não responderam 4 inquiridos a que corresponde unia percentagem de 4,1%. Igualmente, verifica-se que 53,696 pertencem ao género feminino e 42,3% pertencem ao género masculino.

Figura 1

Para os 88 inquiridos que responderam a esta questão, a média de idades é de, aproximadamente, 39 anos, Cinquenta por cento dos inquiridos teni menos de 38 anos, sendo que o valor que mais se repete é 39 anos. As idades mínima e máxima registadas foram, como se pode ver na tabela 2, de 24 e 57 ancs, respeotivamente.

LJ


Tabela 2 —

38,8

Máximo

Minimo

Desvio Padrão

57

24

8,22 1

Medidas de dispersão

Medidas de tendência central e dispersão relativas à idade dos inquiridos

Média

39

38,0

Medidas de tendência central

Moda

Mediana

e 24 o anos

33 anos

Tendo em conta a distribuição dos hquiridos por classe etária verifica-se que cerca de 2696 têm idade compreendida entre 24 e 33 anos, 45,596 têm entre 34 e 43 anos e 284% têm idade supehor ou igual a 44 anos (ver figura 2), 26,1%

034043

Dsuperior ou igual a 44 anos

Figura 2— Idade dos inquiridos por classes etárias

CONSUMO E COMPORTAMENTOS TABÁGICOS

4,1% 2 5,8%

O Nunca experimentou

Relativamente ao consumo de tabaco, a figura 3 mostra que 25,896 dos inquiridos nunca fLlmaram, 44,3% experimentaram mas não continuaram, 25896 experimentaram e continuaram e, finalmente, 4,1% não responderam.

,fl,,

//n/zntnnn

25,8°/o

Qexperimentou mas não continuou O experimentou e continuou

0 Missing-va!ue Figura 3—Consumo de tabaco

No que diz respeito ao consumo de tabaco por género hoUve quatro não respostas (l77Xss/hg-vakJes pelo que a análise é

1

1

r

civn’Í

3

feita apenas para 93 observações. Como pode ver-se na tabela 3, a prevaléncia no género masculino é de 14,6% contra 15,4% no género feminino. Na globalidade, a taxa de prevalência registada foi de 15,1%. Estes resultados são consistentes com os estudos de Horta et 4 (1997), Menezes eta! (2001) e De Vries eta! (2003), que identificavam um aumento da prevalência de mulheres fumadoras, especialmente, entre as mais novas e as mais escolarizadas. E de salientar que, embora crescente, a proporção de mulheres portuguesas que fuma, diariamente, é inferior à média europeia. Para Magalhães et a! (1996) e Diez-Ganan et a! (2002) isto poderá mostrar que Portugal se aproxima, lentamente, do padrão de consumo dos países da Europa do Sul. Nesta linha, estudos como o de Brandão (2003), revelam uma prevalência de 30,3% de fumadores nos professores do género masculino e de 24,3% de fumadores nas professoras.

Fumodor

6

35

N

100

14,6

85,4

%

52

8

44

N

100

15,4

84,6

Feminino

Não

41

Masculino

Sim

Género

Tabela 3— Consumo de tabaco por género

Total

(%)

Tendo em conta o género do indivíduo, a percentagem de fumadores do género masculino é ‘superior na classe etária dos 24 a 33 anos (25%), como pode ver-se na tabela 4. Resultados estes que são contrariados pelo estudo de Santos e Barros (2004) no qual esta classe de idades regista consumos mais elevados de tabaco. Para o género feminino, a percentagem maior regista-se na classe etária dos indivíduos com 44 ou mais anos (28,696).

Feminino

Tabela 4—Consumo de tabaco por género e por classe etária

44

Género

34-43

Masculino

O

100

24.33

19,0

81,0

Fumador

25,0

100

75,0

100

Não

100

Sim Total


A idade de inicio de consumo de tabaco é, segundo Vitória ei aí 2004), um importante determinante do consumo regular. Para Prabhat e Cliaioupka (1999), quando o consumo se inicia na intáncia ou rias fases mais precoces da addescênoia é mais provável que resulte num consumo regu!ar e, futuramente. num

risco acrescido de morte por doenças, habituaimente, relacbnadas com o tabaco. A nível mundial, observa-se uma tendência para a diminuição progressiva da idade de início de consumo de tabaco. Em Portugal, os indivíduos do género feminino tém vindo, igualmente, a iniciar o oonsumo do tabaco mais precocemente. Nos indivíduos do género masculino regista-se a mesma tendência ainda que menos acentuada, Tal facto, segundo Lopez ei aí (1994), pemiite posicionar Portugal numa fase inicial do estádio 3 da evolução da epidemia do tabaco.

6,272

Medidas de dispersão

Feminino

Desvio Podrõo 10 25

Mmmc

Máximo

Medidos de dispersão

Masculino

Minimo

20

14

2,160

Máximo

-

Mediana

14

16.5

Desvio Podrão

Modo

Medidas de tendência central Média 16,7

Tabela 5—Medidas de tendéncia central e de dispersão relativas à idade de inicio do consumo de tabaco por género

10

16,5

Medidas de tendência central Média 17,0 Mediano Moda

Corno pode ver-se na tabela 5, os indivíduos do género feminino começam a fumar mais cedo do que os do género masculino. De facto, os Inquiridos do género teminino que experimentaram fumar, hioiaram o consumo de tabaco, em média. aos 17 anos de idade, sendo que 50% tinha idade inferior a 16.5 anos. A idade mi’nima egislada para o inicio do consumo foi 10 anos, sendo a idade máxima de 25 anos. No que diz respeito ao género masculino, o inicio dooonsumo de tabaco ooorreu, em média, aos 1 6,7 anos, sendo que cinquenta por cento dos inquiridos fumadores tinha menos de 16,5 anos quando começaram a fumar, A idade mínima de inicio do consumo foi de 14 anos e a idade máxima foi de 20 anos. O início do consumo do tabaco ocorre, phnoipamente, entre amigos (37,5%) e colegas da escola (22,596), tal como pode observar-se na figura 4.

-

1

1

r

e

1

co e

t

ii

Scom namorodoici

Dentre omtgos(os)

Li

Dentre caiegos do escoio

Centre colegas da Iraboibo

•entre familiares

D sozinho

O outros

Figura 4— Contexto de inicio do consumo de tobaco

Quanto à quantidade de cigarros fumados por dia verifica-se que, em temios niédios, os indivíduos do género feminino fumam mais do que os do género masculino com unia média de 1 3 cigarros/dia e 10 cigarros/dia. respectivamente. Por outro lado, regista-se um menor consumo de cigarros na classe etaria dos 2433 (média de 6 cigarros/dia) seguindo-se-lhe a classe etária dos 34 aos 44 anos com unia média de 13 cigarros/dia e, por fim, a classe etária que inclui os individuos com idade igual ou superior a 44 anos (média de 14 cigarros/dia). E de salientar o facto de o consumo de tabaco no género masculino ficar muito abaixo da média nacional que, segundo Machado ei aí (2009), é de 20 cigarros/dia. No entanto, no qUe diz respeito ao género feminino, o consumo atinge a média nacional de 13 cigarros/dia, Quanto ao local onde os inquiridos terão iniciado o consumo de tabaco, os resultados obtidos e ilustrados na figura 5 mostram que os trás !ooais mais referidos são, por ordem de importância, a

escola (33,396), a residéncia própria (27,3%) e o café (21 296). Curiosamente, os menos referidos foram as discotecas e os bares

com apenas 3% e a casa de amigos com igual percentagem.

3,0%

Figuro 5—Local de inicio do consumo de tabaco


O curiosidade

OViu outras e experimeantcu

Tal como se pode ver na figura 6. o principal nioUvo que levou os nquridos a experimentar o labaco toi a curiosidade. De facto, esta foi a razão apontada por 69,4% dos respondentes. No entanto, foram identificados outros motivos, designadamente, o facto de terem visto outras pessoas a fumar (10,2%), a necessidade de se relacionarem com outras pessoas (10.2% e, ainda, para se sentirem mais adultos (4,1%).

1 • para se relacionar com os outros apara se sentir mais adulto O outro

Figura 6— Motivos que desencadearom o consumo de tabaco

Tentou deixar de fumar? 2a4

Quantos vezes?

Uma vê é” 539%

Quando questionados sobre eventuais tentativas para deixar de fumar, mais de 90% afirmaram que sim. Destes, 53,8% fizeramno pelo menos uma vez e um número elevado de responder.tes. correspondente a mais de 45%, afirma ter tentado entre duas a quatro vezes, tal como pode ver-se na figura 7.

Não 7,1%

Sim 92,9%

Figura 7—Tentativa de desabituação tabógico

Como foi referido opoilunamente. outro objectivo desta investigação envove a identificação de factores associados ao consumo do tabaco, Para isso, usou-se o Teste da Correlação Ordinal de Spearman uma vez que este é o teste adequado sempre que as variáveis a estudar são ordinaís ou superiores. Para verificar se existe relação ou dependencía entre variaveis as hipóteses a testar são as seguintes. Hc,: Não existe relação entre as variáveis. H1: Existe relação entre as variáveis.

j

r

Variável

0,300

0,193

p-value

_______

Idade de inicio de consumo

0,076

Resultados do Teste da Correlação Ordinal de Spearman

Número de tentativas para deixar de fumar

0,118

Consumo ocasional de ã!cool do inquirido

Tabela 6

Consumo regular de álcool do inquirido

0,002

0,000

0,340

Inquirido fuma dentro do carro mesma quando não está sozinho

Hábitos tabágicos do pai

Irmãos do inquirido são fumadores

Hábito, tabágicos da mãe

0,403

0,886

Amigas fumadores

Frequentar bares, cafés, pobs e discoteca,

0,494

0,000

0,473

Fumar em casa de amigos e colegas

0,000

Pessoas com statu, social e profissional são fumadores

Fumar poro combater o stresse

0,000

0,000

0,176

Prazer de fumar

Preferência par estar com pessoas fumadoras

0,000

O parceiro sexual fuma

Fumar dentro de coso, mesmo quando não está sozinho

Fumar faz mal à saúde

Pode ter-se problemas de saúde por se ser fumador

Bom desempenha pratissional

O fumo pode prejudicar outras pessoas

Tem difituldode em deixas de fumar

Fumar para parecer mais adulto

0,576

0,001

0,652

0,957

0,000

0,013

0,000

0,000

Começa-se a fumar por influência de um grupo de amigos

0,576

-

Medo da reacção dos pais

0,084

Fumar á frente dos filhos e familiares

Começa-te a fumar porque muitas vezes os cordsecidos oferecem cigarros

Escotas responsáveis par implementaçáo de politicas de prevenção do tabagismo

Familiares fumam dentra de caso à minha frente

professores fumam dentra da sola de aula

0,134

0,5 IA

0,239

0,186

Os

Fumadores são pessoas inteligentes

Para um nível de confiança de 95%, a regra de decisão consiste em rejeitar a hipotese nula se p-value for inferior ao nível de significânoia (a=5%) concluindo-se, por isso, que existe uma relação de dependência entre as variáveis estudadas.


Como foi referido, alguns invesfigadores aportam a idade de início do consumo corno um importante determinante do consumo regular de tabaco. Contudo, nesta investigação a idade de início do consumo não se mostrou correlacionada com o consumo do tabaco. Na tabela 6 pode, ainda, verificar-se que os factores positivamente correlacionados com o consumo do tabaco são, designadamente, o individuo fumar dentro do carro quando está sozinho (0.000), ter irmãos fumadores (0.002). fumar dentrc de casa de amigos e familiares (0.000), fumar para combater o stresse (0.000), ter prazer em fumar (0.000), ter um parceiro sexual funiador (0.000), fumar dentro de casa mesmo quando não esta sozinho (0.000), fumar à frente dos filhos e de faniiliares (0.000), fumar para parecer mais adulto (0.000). E ainda, de saBentar que os nojiridos têm consciência que fumar pode prejudicar outras pessoas (0.000) e fazer; mal à saúde (D.001) mas. apesar disso, nãp abdicam deste hábito.

6. CONCLUSÃO Neste estudo vericou-se que a niaior parte dos inquiridos pertencem ao gënero feminino e são fumadcras. Estes resultados vêm apoiar estudos como os de Horta et 4 (1997), Menezes et 8í (2001) e De Vries et a! (2003), nos quais se identifica uma tendência que vai no sentido do aumento da prevalênda de mulheres fumadoras. especialmente entre as mais novas e as mais escolarizadas. Esta tendência revela, segundo Magalhães e! a! (1996) e Diez-Ganan e! aL (2002), que Portugal se aproxima. lentamente, do padrão de consumo dos países da Europa do Sul. Exemplo disso mesmo, o estudo dë Brandão (2003) revelou unia prevaléncia de 30,3% de fumadores nos professores do género masculino e de 24,3% de fumadores rias professoras. Ccntrariamente, ao estudo de Santos e Barros (2004), a prevalência de fuiiiadores rias diferentes classes etarias revela consumos mais elevados nos indivíduos com idade igual ou superior a 44 anos (14 cigarrcs/dia) ainda que abaixo da média nacional. Este estudo revelou que o inicio do consumo de tabaco ocorre, frequentemente, na adolescência, Para além disso, registou-

1

1

1 1

r ‘

se uma tendência que vai no sentido de as mulheres começarem a fumar mais cedo dc que os homens seguindo, segundo Prabhat e Cha{oupka (1999), a tendência mundial de diminuição progressiva da idade de início de consumo de tabaco. Por isso, investigadores como Medercs e! ai, (1982), Lunet e Barros (2004) e Rios e! aí (2005) defendem que as iniciativas destinadas à prevenção do de tabaco devem ter como público-alvo os diversos consUmo grupos de risco dos qLiais destacam, pelas razões referidas, a população adolescente. Para ambos os géneros, o local onde mais ocorre o início do consumo de tabaco é a escola com uma frequência relativa de 33.3%. A curiosidade fci o factor explicativo mais, frequentemente, referido para o início do consumo de tabaco (694%). Estes resuftados seguem o padrão de outros países desenvolvidos do sul da Europa onde, segundo De Vries ei a! (2003), se assiste a uni dect:hio da idade de início do consumo de tabaco por parte dos

rapazes e a um aumento por parte das raparigas.

Apesar de investigadores como Vitória d a! (2004) chamarem a atenção para a idade de início de consumo de tabaco como sendo um importante detemiinante do consumo regular deste tipo de produto, os resultados desta investigação revelaram que o consumo do tabaco não depende da idade de início do consumo. Verificou-se, no entanto, que o consumo depende, entre outras razões, do facto de o inquirido ter irmãos fLimadores, ter um parceiro que fuma e conviver com familiares fumadores. Para além disso, o tabaco é usado para combater o siresse e obter prazer. Mais, os inquiridos revelaram estar conscientes do facto de o tabaco ser prejudicial não só para a sua saúde mas também para a saúde dos outros. Apesar disso, a desabituação tabágica revela ser, extremamente, difícil. A lei portuguesa sobre a Prevenção do Tabagismo é restritiva mas necessãnia. Mas, segundo Matos e! aí (2003) e Pires (1996), torna-se necessária Lima entidade que fiscalize o seu efectivo cumprimento. O conhecimento acerca desta epidemia é. neste contexto, extremamente importante, razão pela qual Kleinmar e! aí (1988) e Pargana ei a! (2001) defendem a monitorização da prevalênda de fumadores em Portugal, com recurso a amostras representativas da população continental e regiões autónomas, que permitam a análise de dados estratificados, em termos


demogrãfïcos, sociais e económicos, bem como outros trabalhos de investigação, com ênfase em grupos populacionais de risco, designadamente, adolescentes, grávidas e profissionais de saúde.

BIBLIOGRAFIA A’ovcdc Carlos e lecccclo. ASia (109h: ,t-Ic:oacoad Canjf oca: :Lee’s v:atcOs paJa a otaboíaçio de b.sYios aeaadnúos EJ:ção Carlos Azvadc, Porto. Biandão, Mar;a (2002); AUUL/es. Gonheementas e Hab/tos 7Obág’cos dos pe’tessores dos 2. o 3. cídos do Eis/no Búsda do Pai/LI: D:sseriação do Mestradc em Saúde Poh:ca, Eacddacledo M•nddna dc. Peito. Bulhões. Cbudia et a! (2007); Aiáse da exposiçã’:, labágica no dorniciflo o suas rcpoicussões rcspralorias em crianças do ensino básico da cidade (lo Biaga, Rei /sta Po’tuguesa de GOta Geta! 23; 673-84. Costa, Maria e-É a! (2007); Experimentação o uso regular de bebidas alcoolicas, cigarros e outras substàncias es’cojti’:as/SPA ria adolescência, Cine-a & Saúde Ge 12;5; 1143-1134. Do Vries, Hon c’t.t (2003)- The Europeia Srrcking Prcverit:cn Fran cv.’cri Approach (EFSA): ar oxarnple ol integral pi uvontion. Húdl’/; Echieston Rese-eic? 18; 5; 011 -525. Drez-Ganan, Lucla eta! (2002). Caractcnst:cas demográficas, hábitos de vida e historia dcl consumo de tabaco do los (Limadores oc-asiona!os cri Espaca, Pavsta Espaaola

-

Euromonitar lntcrnat(orial. Tobacco ri Portugal, hflp://ourorr.onilor.com/lobaccoinPoiiuga( Falcão. JosO (1985); Fumar: Homens e Mulhores a Caminho do uma Igualdade desnocossária; 5-sebo cm Nu”ie’íos: 3; 1. 1-6, Fcneca-B-ciries. Csc:ria e Curiia F/l’ru. H:son i200Ji. Tabaai’re. Crropsi Ea.la’es: bsboa. Fenoira-Eci:jes carina ct a;: (2006); Prejj9nna cletem:;nantc e s ps:coss&c;a; s do c:ensumo ele tabaco em jovens do 2 c 3 ciclo do ensino básico do conceilio de Cascais: o papel da (an![lia o do contexto; Pevsta Poituguc’sa de Saude PuLta 24; 2; 41-54, Fraga, Svra ei az i2005l: Tabaumo cm Portugal: l’qeeic’s Ã.ddo 19; 5-6; 207229. Fiaga, Silvia eta! (2006). Sniokjng and (Is associatcd lactois rn Portugucse aclo]cscenl sludcnts: Rena/a do Seedo PuLO es, 40: 4;620-626. Horta, Bernardo e-É a! (1997), Tabagismo em gestantes de área urbana da região Sul do Brasil, 1982 c 1993. R:r:-s!a de Sa yePee’Oc -31: 3. 147-25-3. K(cinman, doei ct a! II 9%5\, lhe eff:cts cl rrel-arnal smokng ori total and infan! ii j:iId/c: 4;Ler,eaPJbiín;a!0ÍEP,den:oLior.; 127; 2,174-282, Lopez, Alan eta! (1994r; A descuplivo model of lhe cigarctte opideir’rc in devcloped countnes; ToLueco Gen/ro! 3, 242-247. Lunel, Nuno o Bafos, Henrique r2004d A epidemia do tabaco em paSse dc iing portuguesa; 4’q.wosMedc;ha iS; 3; 155-158. 1/e-chade. Aia e! a! (1995: Ado:c’scc-i.; Sr’ok:’rs in Ocrtuguese Schcols, SOda e’is Numc.v 10; 17-19,

-

eIent

.1

lde.aseen/es O o /aCaCO. LZ5

Machado, Ausenda e! a! 2009): Consumo do tabaco na Papo/ação Pach4luesa. ana/,se dos dados do /iiquekte Alce/anal de Saúde 2d95’2W12. Depadaireritc do Ep:’cier-.oiocta ieslÉr:c: Nacie:z/a dc Saude Dr Ricardo Jorge Magalhãos. Eduardo et a! (19001: Hah-los Tab:O’cee da Pqu;y;o Poloceesa 1995.97, Rei ração do agãme- 4; 207-229, Mar eo, Joáo (2007); Ares/se FaLi/soes com Utãzação do SPSS Edições Siabo. Lisboa,

MaLe, R/iiiiancla e-! aí 2003);

e ‘cace-ris Faca-lide de M:tri--idado Humana L;sboa. e: a/ (1 98/a. inq’.iorito aos Hibles Ialx coe de MudO os do Hc’:pila) da Universidade dc Coimbra; Goa/aia A-/dOce- 3: 5; 311347. Mereces. Ana cO a! (20011; Evolução temporal do tabagismo em csludantcs de medicina. 1985, 1501, 1995: Rei-/atido SaúefePb/;e- 35, 2:165-15.9 rrcuni Leia era! l1995r Prc-valcnc;a do tabacen-o nntrcpotana da rcq:ão -Sul elo Bras,l; R;naLsolc5sjj/ e LIcros assoc,a:los em área oh’ea 29 1; 40-51 Pargana, Ersa eta! 2001); Tabagismo Passivo o gravidade da asma brônquica lia criança; Rena/a Poduguesa de Pneumooglc 7; 1, 25-32. Patton, Miclad (1990), Qua//at’i o E .udstbr’ end Resea,oh Alet’,’oolc Sagc Riblicatioras; ‘ie-.’sLu:v Paik, Pc-st,1na, Maria o Gagesro. João (20051: Acaso de ciclos rica e-aneis secai 1 coa ip/a 7s*c/3.03ido do SPS Ed:çscs Siabo. Lisboa. Pires. Sara (.1996): Juventude e Tabaco. Rei/ate de Saude Ama/o Las/ano 1; 2; 1244, PaN rat, Jha e Chaloupka, Fiarrk (1999)’, Ca?Ltrji t/ieEcc/a’aic- Goi e-rei anta ano’ Pie ‘/& d Bank: \“Jashrrigron. DC, Rarros, E!1sabcle e Barros, Herhquet2005r: Rc-ut-:rc eI hypener;sren in 13-voar-/ad adolcscorits in Podo, Pedriocl’ Rei 9/e Pozt.guesa ao Cwd.o 24; 9; 1075.1057. Res, Sandra e! a! (2005): A Exposição ao Fumo Passft’o e os Habites Tabiqicos Numa Escola Secundina; /nte-mat/c,’)a/Joun?a! ot Guiai and HeY/h Rsrc’;olcc 51 143-159 Santos. Aia Cristina e Barros, Henrique r200;; Smoking partenis n a com’yen/a’ sampie ei Paiogucsc adufls. 1099-0000: P!avoqti.eA/ esoe,-bo 1:114-119 38; Vltõna, paulo e-É a! (2001). Prevenção do tabacrismo nos Jovens: Resultades elo Pre-ecqo ESFA. G/h,’ca S Sabe 1; 4. 4145.


PARADIGMS EVOLUTION IN COMPUTER SCIENCE *

(strznikn(à*,x.edup))

A E/OLUÇÀO DE PARADiGIvtAS EM INECRIv1A1ICA LA EVOLUCIÕN DE PARADIGMAS EN LA INFORMA]1CA Dominik Stnnlkn

FSTRACT

Th;s papar presenls a prob!em ci paradgrn evolulion n compuler scence. A briihant ides of Tudng machine, whbh is lhe basis cf alI theoretcal considerahons in lhe contemporaiy computa engineehng, seems lo be Irom lhe system anaiysis point of view, only a compicated system that works only under an algorthmic processing moda Meanwhile, ¶aking rito account lhe physioal struoture, lhe character ol reazed tasks and inleracive processing mode of nowadays computar syslems, it seema tiat they are comp’ex cries and ther anaysis reques a definitey dtferent approach. lhe ancient rule “QVde ancf conquei’(reduclion,sl approach) caril be used in the case of complex syslems, because they are goverried by AnstoUe mie “a who/e is more that suin of da paris’. Thus lhe anaiysis of modem compLiter syslems requires the understanding of general laws that govern lhem as a whoe and lhe aiso requires a ditferenl, syslem approach thal takes rito acccurl lhe iong-range dependences ri time and space domam. e.. lhe parad:gm of comp!ex systems.

Kcv::crds: cornp!cx syslsi-ns, cornpuicr systcms, paradiqri-s cvclut:or.

SUMQ

“uni

Este arFgo apresenta um problema cc evolução do paradgma em informalica, Uma idea bnlhante de máqu:na de Tur,ng, que é a case de todas considerações leóricas no computador projectar contemporâneo, parece ser do ponto de vista de análise de sistema, SÓ um sistema complicado que trabalha só sob um modo aigorítnuico de processamento. Entretanto. evando em conta a estrutura t(sca, o carácter de tarefas comüreend:dos e modo com nteracção de processamenlo de hoje em dia sistemas de computador, parece que são complexos e sua anà?se exige uma chegada sem dúvida diferente. A regra antiga “discórdia e (chegada reducioniata) não pode ser usada no caso de conquista

sistemas complexos, porque são governados por regra de Aristotie


tcta é riais que soma de suas partes Assim a anãise de sistemas modernos de computador exige o enlend:menta de ies gerais que os governam como um tota e isto tambem exige uma chegada d:ferente de astenia que eva em conta as dependências a longo prazo como tempo e domibio de espaço, isto é. o paradigma de sistemas complexos. Palavras Chave: Sistemas complexos. Sistemas intomátoos, evolução cIo paradigmas.

ÍSUMÉN

Eng

Aceiros! Fc’tosser ct Depcvtrneni o! Disidbjted

Este arhcu!o pieserita un probema de a evdudón de paradigma en la informática. Una idea brillante ce máquina de h,nh que es a base ele todas conside-aciones teoricas en Ia ingenería co’iternporé.nea de cdenador. parece ser deI punho de vsta de! anás de aStenia, 5iO n sistema coniplicado que trabaja sólo oajo un procesaniiento algorilmico eI modo. Mientras tanto. teitendo eu cuenta la estrnctura física, e! carácter de tai-es dados cuenta de y procesantento recíproco e! modo de actualmente sistemas de ordenador. parecen que ellos sõn compiejos y su análisis requiere un enfoque definitivamente diferente. La antigua regia “div:de y conquista” (enfoque reduccionista) no puede ser utizado eu eI caso de sistemas ccmejcs, poque etos son oobernaoos por R9 a de Nistótees un total es más que sunia cie sus partes. Asi e! aná:isis de sistemas de ordenadcr modernos requiere la comprensión de ias ieyes generales Que 05 gobiernan en total y eslo tamb:en requ:ere un diferente, enfociue de sistema que tiene en cuenta las oependencias de largo alcance en ei dominio de tempo y espacio, es decir, eI paradiama de sistemas compiejos. Paiabras clave: Los sistemas con.p!qos, os Sisten;as de orderiaclor, la evolucbn de paracigmas.

• P;D

Svst.crus, Rzeszãv.’ Cri •erEitv ei Tecencrcv.c Pelejei un arca o! mereci eenip!ex s some n-.cdeling. San extensivo siahsital meemnnics. cemputersvsiems behs;ior

ci,ervadoer’ ‘jccjicrodceyc ase.:e cn 25 de Jy’e rode cc;

1

.4

r

E

1

LO

1

1

a

Donald Knuth entitled his famous work “Pie ad o! Goinvuter Program/nk7’ (Knuth 1968-73). Frequently asked in the seventies ol lhe )Q<h centLi abouf a reason for such a titie, he wrote ar essay (Knulh 1974), in which one can read: “II seems lo me 1/ia! ,! lhe auihors / stucted w-ere nriiug today Iabout what is a science and what is ar art added by D. Strza Ka], U’iej’ n’ou!dagree xi/h lhe !‘/2V»7J/ Cha/a01er/3af,y7; Seménce /s kiow’ede Ii-/7/d) I’Ve unde.rsland 80 n’a’! lhal i can teach ‘1 lo a conoulec and,! no don’l k4), uf7dersland somnelhhóq, /11:9 an ad ( ). 4’4’ íeeímng /5 lhat [1.178/7 i-ie prepame a [computer added by D. Strza kaj program, II 08/7 be /,ke con7posmg poelg’ or nius,b ( ) programmnmhg 08/7 gmi/e us boI!? //7lellectLia! and emot/à17a! salisíact,órf. Moreover, resuming lhe whole assay he also wrote: “( ) computem- progran7/77,Q7g /5 an ar4 hecause 11 app.’mes accun7u!ated /nox1edge lo lhe ucvkl [description added by D. Strza kaj. because /1 reqtnes &S/f’ and mhaenum,< a/7d espec/á/4/ because ml produces objecls o! beauiv A programmer ve’7o suhconsc’bus4’ iqevs hfriisa’/as an adsI :/ emty 49781/78 does and J do ml belo,?. Similarly architecture, n this case according to lhe cornputers, especially aÍ lhe creating sfage, is an art, In FeIbaum dictionary (Felibaum 2006) about the nofion “con7pLmler amch/teclurê’ one can find such an expression: “lhe ad o! assemi7hhhg /og/5a! e/é/nem718 ihto a computmha de&e; lhe Soecff/5al/6/7 o! lhe re;,tomi beM’een paIs o! a co/l7puter sysleni’. Despite that rnernbers of ACM in their manifesto anrounced that (Knuth 1974): “7! CQmL7uter pvgramnmn’ngm:9 lo heccvne am i1 npoilai71 paI o! coo puter roscamoh a/7d del’é9!Opn?en4 a fra/7S/lho/) O! p/Ogramnhmmig fiem an ad lo a d/scm»hhed science musi be eftécted stitl computer engineering is an art, beoause there is a ot to understand, that results from KnuU’s words mentioned above. In lhe middle of lhe seventies ol lhe )Q<t centLlry Pefer Weoner also published a weII-krown adicie AJegner 1976), ir whoh he sfated, thaf a computer engineering carne through three stages of developrnenf:


• 1950-60 empiricai discoveries stage, in which lhe were engineering of comptter oundatons established; • 1961-69 theoretical considerations stage, in which by formaiized was engineering computer mathematicai anguage; • trom 1970 technoiogy deveiopment stage, ir wMch ore couid observe lhe deveioprnent cf hardware and software Probabiy We-gners lhree stages cl deveiopment Wcu!drt be slrange, 1 not lhe fact, that he also noticed ir 1976 that lhe quíck expansion of hardware and sofM’are Ied computer engineering towards cornplex systerns science N’Vegner 1976): “I’1/hen C0/77puterS I3f e /frst deveioped ih lhe 1940s ( ) so/Ai’are costs v;’ere leas 1h31? 5% o/ hardware costa. ( ) li? lhe 1950s and 60s hardíare costa decreased by a factor o/ 2 eva’ lÏ’;o or th,ee ‘ears a/7y coniputers ta’e apvked lo /hcfeas/hg4/ [number of added by D. Slrza kal syste/77s. ( ) to accornp4sh snch t7sAs [II added by D. Strza kaj /7733/ require ,ii,/hàns 0/ /lJstftICt/O/7s and /77/!hO/7S o/data items, ( ) t added by D. Strza kaj has led lo a situat/Lw? whe,’e so/tii’are costa averaged 70% of total syster 17 cosI íh 1973. ( ) an i/npodant reason /or sAyrockelihg sofiware costs anses from lhe tâci that cunent larga softn’are systems are much [77015 cc/I7peÀ than lhe systerns beh7g deve/oped 25 vears ago or even teu vea’s ago. II M0S p011 7ted out by D/iAstra [ir 1972 added by D. Strza ka] that lhe sinictural co/7?p/ex/ty o/ a larga soMia,e svsten í’ greater than that o/ai?)’ other system consfiucted by mau ( ) As a matter ol fact Wegner wrote that the rnanner ol dealing with this probiem can be lhe decomposition and structural ohenled programrning, but it’s worth to underhne lhat lhe lbirtj years ago lhe awareness ol not oniy paradigms ëvolutions ir coniputer engneering exsled but also its inevitable direcUon lowards ccmpiex syslerns. Neverlheless, aI lhat Ijme there still were in force notewoihy achievements of theoreticai intormatics rom lhe sixties, which mostiy based on a Turning machine paradigm, which was (and sUil is) a point of reference in alrnost ali dehberations.

ETURING

MACHINES PARADiGM

A proverbial work of art, which is a basis of existence of computer engineering and whose message nowadays is lried lo be understand once again is a briUiant idea of Turing machine (Penrose 1 989i. Wien in lhe torties 01 )O<’ century lhe first compulers appeared, lhe general idea of Turing machine was “cut do’v4’ lo lhe commoniy ruied rnechapistic paradigm (a simpie systern,, usirg lhe rnathematical idea of lhe aigohthrnic (deterministio) computing. lliat conception of processing was connected with lhe hardware receiving ir this way a general-purpose computer controiied by software. This approach, inciuding oniy lhe single task sequential (serial) processing ir system with uniimited esources1 is based on a sinipie systems paradigm and lias dominated compuler ergineering for mary years. Hcwever t shouid be ernphaszed that lhe general conceplion of Turing machire, goes lar beyond lhe individual, unitaw use and not accidentaily Aian Malhinson Turing is rated among co creators of the conipiex systems dea because Turing was lhe first man, who described lhe conceptions of neural nelworks, genetic aJgorithms, evoiutionary compulalioris and ieawing wilh feedback ir the unpubhshed repori ir 1948 (Eberbach etal2005). lhe traditicnai and brcadiy accepted definftion cl lhe machine is reiated to physic.s. II assumes lhat machine is regarded as a physicaj system wcrking deterministicauy ir basic welI-defined, physical cycles, buílt by lhe man, and intended to concentrate lhe dispersion of lhe energy in crder lo do some physicai work (Horákowá eta! 2003), ius, lhe machine works airnost accoring lo Deutsh concepfion (Deutsh 1 951) as a perfect mechanism lhal moves cyclicaily accordng lo lhe weil-[1own and described laws ot physics; il is a simpie system but sometimes it can be buiit ir a complicaled way (Slrza a and Grabowski 2008). Conlra lo what 1 seems, the nobon “Tunh inachihé’ is ir r€akly a conception from abslract malh, but not a physical device (Penrose 1989) ir lhe meanirg of the definition cited above. Aiar Mathirson Turirg irtroduced it ir 1 935-36 Çfuring 1 937) as ar

ca’r ot •.n..9I:crJ ‘escjcc-s ri Turrrig rr31,ne n he Icnqtli ei tape


answer to lhe problem that was presented ir 1900 by David HLbed, caMed ir Gernar ianguage £Jtsc/?e/dúngsp/ob/em (Penrose 1989). This briiliant malhematician asked a kindamental question: if there is a general algohthmic procedure lo decide cl any niathematical problems. First aI alI Hilberi wanted lo realize the program cl buHding nialhematios on lhe urquestionable basis wt once for ali estabiished axoms and lhe provno mies. Hiter ever started worKing on such a program bul 1 was /v7Ock&d-OLJf by Kud Gõdel in 1931, who managed to shock mathematicians’ world with his iheorem, proving that the realizalion of such an idea is impossibie (Gõdei 1931). Gõdel showed thal basing on ogic its impossibie lo prove each mathematical lheorem Ihus £‘#scheiãingspobíin partcLJiarly can lx soived, basing on (ogic. Simi!ar conciusions were pubhshed by Alonso Church, who used his lambda calculus (Church 1936). However, Turing approached HUbeit’s probtem in a little bit diff€rent way. he wanted lo huiid a some general mechanic procedure, which wiIi aliow a solution ore by ore not necessary ali, but beiongkig to some weil-defired class, mathematicai probems. lhe principie conception was ir a sense weil known lo lhe mathematician in a general form by lhe existence of algohthms that solve some problems (e.g. ELlchdian algorithm), but there was a iack cl precise deIinítions. Turning machine lias a simple data structure rnosfiy identified with a sequence ci symbos or a tape. te tape lias an intirite lenglh that in spile cl expectations is not wfthout meaning, because lhe existence cl tape limit allows only possihility of having Imite number of niachine configurations thus Turning machine wiii be reduced lo lhe tirite aLilcmalon (Eberbach eI a! 2005), lhe accsssble operations aiiow to niove cursor ieft ard right, write cn a current cursor posilion and lo decide about further direction ol caicuiations accoíding lo lhe value of current symbol. Aboul TLiring machines one can think about aigorithrns soiving problema conrected \lh words and il ii is a manrer o’ writing any probiem that is created by such words, an algontbm for computationai probiem is simply a Turing machine, which decides aboul an adequate language (Papadimilriou 1994). II a problem needs more cornpiicated answer, iii order to solve 1, Turing machmne computes adequate funotion on words, and lhe resuil is presented by a new word sirni!ariy to the irput data1 bul reading of this word is possibie cniy when the machine acheves state h (Penrose 1989). tia probiem is directly conneoted wilh a halting probiem Çfuring 1

1

1 1

1 1 1

r

Eortan Ia

proved that lhis problem is Liflsoived in itseif, giving another prool that Fntscheldungsprob/ern can’t be soived), but aigodthm definition assumes (Knuth 1968-73) lhat algorithm is correct, when it fuIflls one ol the condition, which says about the necessity aí finishing compLiting ir lhe Imite time, lhus this probiem won’t be discussed liere.

machine is very a pcwerfui modei aí aigorilhmic camputalion Turingand there weren’t infroduced any cl its improvements which increase lhe domam cl decidabie its working time more than poiynornial languages or influence on one (Papadimitriou 1994). tus Is a modei, 1iicl can see fcr lhe impiementation cl any aigcrithm, Cl course lhere isn’l any prool cl this siatement, because it’s impossible lo describe what “any a!gonu/?ni’ reaily means, but t resuits from Alonso Church thesis, which says lhat (Papadimilrjcu 1994. Church 1936):

“Fac!? reasonab.’e aIlempt lo cleale rnathenat,Lna/ ‘7lodG’ 0/ aon11y,»c con?pL1l7g and de/,h,/,án o//is woíkihg l7it/sI /ead lo lhe mode! 0/ Cornpulihg and cor 7nected 4,111? # measure 0/ lime cosI, are po!yno/n,á! equA’a!ent lo Tunhg rnach,hes”

The impiementalions ci trino machines are characterized by lhe fdllcwing prcpeities that aiicw for mcdelirg aigcrithmc compufino (Eberbach età!2005 Wegner and Goidin 2003): • their computations are “clcsed”, e., the influence cl surroundings is excluded which also means that lhe values cl each inpLit shcuid be known pilar before a ccmputirg begins: • their resources (time and memcry) are hmited. bul ir a mainemalicai mcdel the iength cl tape used dLiring computations is infinile; • their behavicr is stricüy detemimned, wHch resuits tiom lhe taci that compulations aiways begin for lhe same starting ccnfiguration and dcn’t depend cn time. II shcuid be orce agem markediy underhne that this properties are appropriate for aigcrithniic and unquesticned ubiquitous cl Turing ccrnputatjcns modehng niachine ieads te lhe appearance cl Turing machmne paradigm. which is based cn lhe fcUcwing fundamental assL:mpticns (Stepney eta!2006): • ciassical physics: information can lx coped and mcdified withcut limitations; il lias gol a iccai characler


and particular states have gol sthctly defned value. Meanwhíle going beyond classical physics II turns-out that on a quantum levei iriformation cart be ctoned, quantum entanglement means the iack of Iocality and particular states can exist as a superposition of others. atomicity: computations have gol a discrete character in time and space, which means tbat previous and next state exists and beM’een them there is a transtormation from one to another, Meanwhfle, the realization ol the implementation on a quanlum levei can require intermediate states. unlimiled resources: in Turing machine lhe tape length is unhmiled and energy consumption for compuling is O. Meaniwhile. resources are always limited and physicai machines aiways need energy for their work, resLllt as a detail of implernentation: Tuhng machine has gol ralher a logic nol physical character (ii should be treated ralher like a rnathernatical idea) and lhe resuits of Is work doni influence lhe manner according lo, which 1 works. Meanwhile, doing any computations requires lhe existence of physical imp!ementation while constructing some of its elementary decisions (choices) is being conducted, whose consecluence is the influence of expected resuil Cli lhe way of building and worklng. lhe universality is a superb assumphon: lhe universa algohlbm is being executed on a universal device. Meanwhile, lhe pmblem solution ofren reqLlires selection o the device physical implementation according to lhe character ot task, whose effects can be projects and siructure realizalions even with hybrid character giving in relurn definiliveiy more eflective resulta ali computalional problems bave gol algorithmic character: Turing machine during computations isnt subjected lo any inleraclions wilh the environment lhe program becomes a map that Ieads trem the start;ng siage (input) lo lhe final stage (output) ignoring lhe influence ol extemal environmerit. Meanwhile, many real svstems during lhe reallzation ol Ibeir tasks lollow lhe way ol adaptalion dynamically adjusting lo the environment changes. which iead lo lhe situation where

1

r

J’UOCI

U

lhe same roles on input can give diflerenl vatues as a resuil ( the butteifly eflécf’) Eie necessily of the existence ot Turing mach ine physical impíementation mentioned above today is tomially realizsd with macbines that are beng buill based on lhe model prop osed by John von Neurnann. in the middle of lhe seventies )O< centurv John Backus noliceci lhat (Backus 1 978) in lhis simp le model a “boffieneck appears, because lhe processing unil and memory are connected with lhe transmission channei, in whic h continuously backwards and foiwards single words are lransrnate d. Moreover, lhe majority of this traffic doesn’t come from data traffic bul rather mm address trafiic and other operations lhal allow lo fix these addresses, Backus goes further in his deliberations and wrote that this is, no! only [terally. but also inlellectualiy botti enec k, because É influences lhe language programming siructure. Thos e commenls were made by Backus and showed that von Neumarn’s conception, despite lhe facI lhal lis simp le in its inlention, nol necessary should be simple iii impiementalion. There are usually physical hmitations cl actual approach and there is no way oLit taking mIo account of mutual interactions belween: inpul data and slgorilhm (Grabowski and Slrza ka 2096 ). algorithm and programming language, programming language and machine, layers cl transmission channel (Grabowski and Strza ka 2005, Slrza ka and Grabowski 2005, Strza ka and Grabowski 2009) and viwses spreading in nelwork. The Arislofle definilion of sysle m (Apostle 1966), which says: ‘systern is iore //75/? Sufi? ci’ its pa%s’, and following ali lhe calegories and aftliclions thal desc ribe time relations belyíeen elemenls, are being read again and newiy. However, classical inlerprelations ol Aristolle’s delinition was usually only related lo lhe space bLil time was perceíved in short-term calegones, meanwhite in realiPj lias gol a long -lerm character. It seems lhal in such a lime-spalial context one can unde rsland what lhe systern is.


E INTERACTIVE COMPUTING In tMs chapter we w foow lhe approach that was proposed by Wegner and his co-operators (see for example Wegner and Goldin 2003). We start from lhe simple observation that despite Turing machine IimitaUons nowadays they are lhe basis of theoretjcal divagations in compuler science. Obviously, ii resuts froin a strong Turing thesis (Eberbach e! ai 2005), vvhdch ir one ot its possible interprelations says that: “A Tun?7g Machh7e cai7 do eveij4hihg a real co/7lputer cal? dd’. Unfortunately, ii is a little knowr act that even turing dídnt agree with this Diesis because was aware of about agohthmic machines rnodel lirnilations (Eberbach ei ai 2005). He knew that lhe algoritbrnic machines don’t give a complete model for solving comlDulational problems wilh their physical and malheniatical limiltions and being aware of this fact ir his aTticle Ç[uring 1937) he proposed also other computing models, vvhose developmert will allow to take mIo accoLlnt such problenis as: • interaction with the er’vironment; • infinite resources; • evolubon (changes iii time) of computer system configuration. Moreover, a very irnporlant matter is a fact of using word computer. wMch at Tuhng tinies denoteci someone, who makes calculations. Ir dicflonary AHD 2004) one can still f ind such a definihon “one IV170 coinptileff junderlmne by D. Stiza kaj, and on vwvv site ol WordNet (English lexical on-line base) such meaning an exped ai calculatihd’ is presenied (Fellbaum 2006). Choice machines (c-machines) were lhe model of machine proposed by Turing, which nowadays seems to be the most inleresting. They can work mnteractive wth an operator (sirnilarly lo nowadays computers). Ther characteristic feature was that they cou(d stop at some rnoment of piucessing and wait until some, arbitrary choice was made by an operator (Eberbach ei ai 2005 Turing 1937, Wegner and Goldin 2003). Unfortunately, Turing didn’t develop this conceplion iii Iiis works; first ot ali he focused on proving lhe lack of problem soluflon gi-ven by Hilbert. The concepfon cl algoriUmic machines allowed to achieve lhis assumption, thus mostly he paid attention to its deschption.

1

r

o

Ir. 1945 Turing embrdled in lhe ACE ;Autcmauc Gomputing Engine) machine constructing, which liad to be practical a impementatior of turing machmne (he wrote about that in Çfurirg 1946)); a firsi computer in which data and progíam had lo be stored in the physical rnemow. He was pertectly awai e of lhe fact that lhe problem with the physical implementation of such a machine Iies mostly with the problem of tape realization, but not ir keeping their propertles. An implemenlation of computing machire proposed by turing was extremely di#erent from lhe one so far realized (ENIAC, Colossus) and in many cases it was ahead of one limes by 30 40 years not only by Is theoretical aspects, but also in contrad iction lo lhe others, didn’t require again configuration every time alter cornputing. Unfodunately, lhe precursor’s ideas require d a lot of money and, although it sounds slrange, frightened his supe hors. In 1 937 Turing also introduced the notion cl universal Turing machine, i.e., lhe machine that can simulate othe r Turing macMnes Çfuhng 1937). lhe introduction of lhis notion was very fateful especialiy ir a matter cl interprelation of strong Turing lhesis mentioned above, because il contributed to the introdu ction of lhe Llniversahity thesis that says: “Any dass of effecM’e detes for compuühg fL/l7CtíbflS cai be sfrnuiaied by a Tunhg rnach/nd’. ndeed, the first cornputers were devices, which serve d to function values computing (similarly to lhe case cl Turing machine): their architecture excluded any possibllíly of interactive mode they were ccnstructed lo manage batch processing. This situaPo n Ied lo lhe equivalence between coinputers and atgorithrnic compL iting and also lo lhe incorreci interpretalion of universality thesis (Eberbach ei ai2005): “Anv cofl7puter 0817 be st?nulated by a Tunhg machihé’. The interpretation of lhe universality thesis is carecI ir lhe case cl lhe situation, when computers are limited te lhe executing tasks that rely on computng algorithms (or functions). lhus ir the context ol nowadays computer systems lhat are highly interac tive, ts use seenis lo be quite a big overuse, lIs a resull, cl lhe appe arance eI lhe first pubhications conceming a computer engineeu ng aI lhe beginning of the sixties of )O< century, Turing’s conlribution lo lhe process of new a domam cl science appe aran ce mus t be presented ir lhe way that was niostly approachable. As a result, lhe Church


c-J

(Church-Turing) thesis and lhe interpretation of the universahty rule were without deeper understanding connected together and as a resuit commonly known and repeated ir many pubhcations. but, it should be emphasized, the incoffect interpretation of strong TLing thesis appeared: lVJ?enever lhere is Cr7 e/lêct,ie /77elhod lár computihg a fl7aihelnatfdai íui701/ón II can be cci nputed by a JZnhg mach.’he or by iail7bda caicuiLis”. A present generalion of informatics unconditonaiIy accepts thjs interpretation without thinking about resuiting tom it consequences believing that their chalienge is IiKe a heresy (Goidir and Wegner 2005). Meanwhlle to the honor of Alan Tuhng it shouid be noticed lhat in 1937 he was aware ol how iimited is lhe use of his machine, ite classical example that exposed weakness of nowadays understariding of Turing idea is the robiem dhving home from work (DHF\A Çwegner 1997, Wegner and Goldin 2003), in which lhe problem of generating time sanes that represenls a car, which have some kind of autopiiot, the control Jrocess is concerned. From ar algorilhm point of view tbat is being realized cii Turing machine, it”s a not compLilable prob?em, because to determine algoníthmically Uie route for car ít requires kriowiedcje about ali possible input inormation, but ir lhe reality this problem isnt so compHcated and is computable, see for example lhe autopilot of the passenger pne lhe missile control device. 111LIS only one problem ci coinputer systerns interaction with the environment orders a little bil dillerent approach lo lhe leveIs of compexity of such a svstem. Turing machine appears ir undísputed manner tom its physic.aI construction (only head and tape) port of view like a simpie system, whch wonks like deleministic clock mechanism; one can convince aboul lhat reading lunings article tTuning 1937), where he wrole: “lhe possibie behai’vor 0/ lhe il]achh7e a! any nloi7?ei7t Ás detei777/hed by lhe fl7-cOf47u/al/h/7 {o conditions added by D. Strza kaj q and lhe scanned sj’z boi 4. 1hL pair Q, ,%i) tll be caied lhe êonfJ?juralf2n Inus lhe cci71/gural/on deterni’hes lhe possibie behavibr o/lhe rnachind’. lhe attempts to niake the implementafion of such a machine in real conditions seems to be, at best, like a compkcated system, because lhes’ can consist ot (probably) many parIs, each of which will have a well-defined role (Grabowski and St7a ka 2008). ir lhis conviclion, the strengthening is also incorrect in many cases lhe

tsqtaiiIa

interpretation of computer regarded oniy as a physicai implernentation of Tuning machine, Hovjever lhe computer isn’t only a universal device, Ihat aulomatcaiJy processes pul data (Le. aIgorithmic pI’ocessing) under lhe control of the instujotion sei (usuaily cailed computar prograni) stored in memory Çfunirg 1946), bul also lhe syslenu lhat (Stallngs 2003): • usuaily works in an interactive mode (it is a moda that is diterent tom algohthmic processing); • existing ir the envirorrnent with almoal unlimited resources of memory (ii should be noticed lhai lhe exislence cl the Internei can be treated ike a physical implementation of unlimlled resource of memoiy); • working continuously (nowadays computens and managing fluem operating systerns work continuousIy even for several tens that can put halting lhe probiem in question); • processing unfinjshed streams of dynamicaliy generated queries on ínput (state of output of such a system is defined by both: actual state of nput and history of executed by system computations); • evoiving by lhe charges of Is physical structLire (ir many computer systems lhana is a possibility to plug in, disconrect and on-Une configuring differenl Pipas of devices duhng a normal syslern wonk), Moreover, wher lhe system that wonks ir ar interacbve mode, consists cf many wonkiro aLitonomio (also asynchnonous) concurrent components can’t be simuiateci by lhe excluson of kcwIedge about behaor of lheir subsyslems and existing belween them inleraclions, Such behaviors emerge rol as índivídLjal fealures cl particular charges, but as a result of Iheir 000peration. taIs why a computar sysiem shouid be lrealed as a compiex system. Herbert Alexander Simor (Sirnon 1969) was written about this in 1969 oonsidering computer systems as a pecUliar type cf compiex systems, Peter Wegner and Diana Goidin preseit a little bit different argumentation. Ir their artide (Goldin and Wegner 2005) about connections, which join mathernatics and computar systems they wrote that: “( ) coi7nection beiWeen ccmputers and n7alhen,at,és


was ( ) used lo deve/op a matheinalica/ foiindat/on for computer sc’i ice, coinparab/e te matheniatièal foijndatiàns for phvsics and other scénces. ( ) Tunhg nachihes are hiappropnáte as a uni: ‘eísa foundation for computabonal pioh/eu -so/v’nQ. and lhat con iputer sciénce is a fundamentallv noii-rnalhematical disci4ihne [underíined by O. Strza kaj°. lhe last statement, which seems lo be particulaMy bo!d, is sLlpported by otlier ones presented in the sanie manner; if —

oniy

like the

one lreats computer sc/ence ( ) as infoonal/on processhig. Iii a sense added by D. Sitia a1 a transfc,inahoi offtiput lo ou!put vha’e lhe ihput is comp/ete/v demed hetve lua statl of

computatoii’, sUCh transfotmation seerns (o be —

added by D. Strza ka] ;‘ere “meclia,iistii !ransfonnatibns [that Iong kf?Ofrl’/7 i?i mathemal/cs as algonthins. Neverthetess, such a domam of computer engineering as: “adificiál ,hte/llgence. giaph/cs and lhe lnteniet cannot be expressed 1w Tunhg ,nachihe.’, because “i7 each case, ,hteract,hn bettive/7 lhe piegia’n and lhe M’or/d (bnviïonment) 1/ia! lakes pL9ce aúnhg lhe cotupulation p1ws a Áey role tiial cannot be rep/aced lij’ 8/73/ se! of éiptits detennihed pdor lo lhe computa lÁoil’.

(Knuth 1968-73): “au a/gor/lhm lias fA’e uhipoilant features: fin#eness

77/•5f//I

However, it should be noticed lIiat from lhe functions poinl of view, which are realized by nowadays computer system. thev car be basically reduced to: • data processing (these are ali types of data operations connected with forrnaflincj, sortincj and different tvpes of Iogic and arilhrnelic operalions); • data siore; • data transmittira; • control. liiey are partiaiiy reahzed by the sarne universal computer system, which causes that it becomes an interactive, general appiication system. te side effect of this “uniiersalió)’ is a problem (Qrabowski and SÍria ka 2006) that ieads (o lhe exislence f of high order dynamical phenornena. Above dehberations seem lo have only “academ/c fomi’, Wt presented ir the paper paradigm evolulion ir compuler engneerig lias also appeared in the detinition oí notion algoriUm. Knuth wrote

quanbhes Mia! are given lo ut uhituàl4’ before lhe agcvilhr L7S.

), defhi/teness ( ). ihput ( ), output ( ), eftectiveness ( )“. Ali of these features are shortiv exp!ained. Sul the descriptior of injt n the first and second edibon is: Ai? algonthm fts zero ormore ihpJs,

1: e.,

Piese /nputs are taken hei?] specuhéd seIs 0/ oLyécts (...)“, whiie in lhe thrd editior one can ¶ind: “AJ7aí:g0/7h/?? lias zero ormore ihputs, ia, quai?t,hes #?at ate gii’en lo ut ubiha/4/ hefote lhe algorilhui begihs or dyI]a/n/ca/4/ as lhe algontliiij nuns, Pese uhputs ate talçen

from specihéd sets 0/ objécts (.,.)“. So in lhe third edition Knuth lias changed Ihis poirt and aliowed for lhe pcssibihty of frierachon during aigoritriniic processino, Papadirnitriou wrote thal between aigorithms and Tuhng machines there is an equah ((Papadimitriou 1994): “Que cati t/bik of Tu’;’,ig mach,?ies as lhe a/gonihmti’), so the data input dunng computatjons shouid be excluded. Oina Goidin co-author of (Eberbach ei 8/2005, Wegner and Goidin 2003, 001dm and Wegner 2005j in private correspondesice with lhe aulhor of ihis paper (D. Strza ka) wrote ihat she believed that Kruth didn’t chancje lhe d&rrtion ahowing dynaniic data inpul, however, alie aiso conirnied lhat ir their phvale taiR Knuth lold her that he coi-isidered such a possibilíty. As we can see lhe definitjon lias been changed.

4. CONLUSIONS

Reassurnmncj lhe above deliberations lwo inteiesljng questiona should be asked: is interaction problem oniy an algorithmic computing domam or can 1 also appear (probabfy ir a little bit diftere,it form) in case ol algohthrnic computing by the existence of some interactions (dependencies) betpieen task and algorithm ÇfL;rirg maciline)? Can some hidden properties of task (input data character) considerabiy influence an algorithm working character and íf yes, what shouid the conseqLlences be (what kind cf dynamic interactions there will be)? As the possible answer to these questioris leis cons!der the follcwing (simple) case, Crie of the mamn prob)erns iii aloorithm!c prccessing is lhe probiem of sorling (Knuth 1568-73), As it is known, lhis probiem is algorithmjcaiiy closed and lhere are aigorithms lhat have computational complexity qNg() — where N stands for input set sue. Rui among lhe existing algorithnis one can hdicafe at ieast crie (i,e., inseion sort algohthm). whose behavior, described in tes connectecl with ciassical, malhematical approach for their modeiing (i.e.. by direcl counting of lhe number of dorninant


01 operations needed for each sorted key), indicates the existence ties dvnarnical interaclions that are caused by inpct data proper sing (Grabowski ahd Strza ka 2005). ri this algorithm during proces of finding a right place for eaoh sorted key is done by lhe executions ions, intemal Ioop ir lhe optirnistic case there wiII be no Ioop execut the while in pessirnistic one for each successively soded elernent lhe oop will Iast crie domrant operafion longer. But these case are simplest ones in many other cases lhe number cf dominant Ioop executions isn’t constant or governed by simple deterministio rule .<a and but depends aíso on the propedies of input set Strza GrabowsM 2010). For exampie, if in input data there are the Iong ed range dependencies the behavior of tlus aÏorithrn is also govem the by such dependendes (Stua ka and Grabowski 2008a; and siatistical pioperties of this algorithm can he connec:ied with nor extensive statistical rnechanics (Strza ka and Grabowski 2008b). Other içteresting cases can be found for exampte ir (Srnith 1003).

BIBLIOGRAPHY

1

.1

4

1

Indiana U. Press. A4)QSUO 0. (1966r •4lLr”SALiJe)’ISQE’ Hpcccrehzs Bioenimilen. aaa Foudh AHD (2004), Pia .4iaeat’ HChÍ3OEØ Dtta’rEn’ e? lhe E:a33’ Lanq:. Mjtn Cerupane. EcM.on Copv:.jnt 03 by Heuhtoni )t(l(rl Compano: Hc.’J:(F-irc’r’ Neumann se? A Bates J. 19781: Cai vcoramlTling be hbcratcd trem lhe von 513— tceLra e) pr—çjran-s’ GLa” ci.JSievS e! h’E” 401 21(8): Iuncflen.a( sty)e anel 03 1 ; ,4’,a03an Ciiuioh A. (1935.); /i Ur-sdvab[e Problern cl Elcrr.ontarv Nurrber llioerv JcL.lafo!AL:t/;cnLtds v. 58. :330—3[3, P1; tsep!a ei Sc1nc’ 1%: Deutsh 1<. t1951); Mechanisnn. Organism. and Soctiy’, 230-252. cl Computatien’ Eborbacli E.. Go)dcri D.. Weqner P. (2035); luring’s Ideas and R4ecIcIs r A.5n. lill;.ucT LIa and Leezacn cl 3 Orce? Tnnka,1 Teuster. Oh. (ei). Sphnae e ‘LaR Ver:ag. Berlr, HSCdDIbeIg, An Etchcnic Lcx;cal Datanese. (tJ ess. Ec[(bauir Cri, (20361, VebrçiHj htlp://v.’crdnct.pni ccton.eclu/. lhe 11Ab”: in Gc’)c((ii D Veagricr P. i200.3): Tbe Che’cl-Tehr.j Thesis: Biaa’d’eci cl Ccc )rc;tna ((enger Ratut.na lhe SIrene CI;r;rei:-Tud;a 77:t’s,t: 77r /rlz’aciïe Atraí’ vers:on(. 152-166. ma1aa und 06cm) 1<. (1031); Übei torn-.aI uro! lsche!dbare S3tze dci Phncip:a ‘JatI-,c :3%; 173-93. Trar.s)ated vercandtcr Svs(cine, Aiana!s!cr.a ira Altt’uca’i and Fr%s.;e k,la’Ijn H!rie(, 2030).

mc,

r

1

-

-

• ,

.Xi’c D.íai !ED—it’O.

,,“

‘Qr ‘nltjurabc s:slems oath Grabe-esk E. Sza ka D. :2005’; Leog-to-rrr processes o :e 1025 (in packct sa’itching; Pevcedhgs ef (‘11/ Ala/renal Selenti[c O It’e’nc RUO 107. PcLish (ariguage): OticynaVlvda.nicia Politochniki Szczeci sk(o); 150— ii risi rJrs_d’ , Grauu sr,cF Ora ,D

,

-

.

-

Tne Systeirs Grabo’::ski F., Strza ka D (2008); Srmp[e. Compflcated and OCITpLX 1 and 2; 570— Brio) (nlnudu’:lion: 1212? C.ae1c’ír’,ice Cc H:jn;:in S:’slv’i /i,?z’aejens, Ve). 0/ e lhe 201h Oentury Horak:’.va 3., Kcícmeri J ‘apek 3. (2603i: Turrnc, von )‘icun-ann, and r” de/ei ven Evolurco 01 lhe 000Lccpt o) Machine; Interna/renal Cci 1e.’cnoe oi A kener;a a)eh’: nz’ /vc’:.»nann Cear’ teSeerh BudapcsE; 121—135. tI’;.: A.-mdac1.cz:c-ç K.riuth D i190.%-73. Pai ia? e? Caneca/o,’ Prec;a,r,,;na. -‘e 1-3. Inncvat:ons. 40W: 17 Rï’:uth D. (1 97$ Cornpuler pi’eçlran’ming as an crI; Cernrnun,’catbns ci lhe (11. sc;’.Wcs).w Papaci: r.:t.rpyj. &J. 109h. C’e’9cu.t8c’naí’Ca:’;oaa..f1 Aej.’:’ A-Lhas and Pie Penrose R. (1989); PIO E”;pci’ae a A01t- Â:n Canccrnng C’o’epu&’ra Lata JP.01-S:es Oxlciee( Unhersilv Picss. i..’i:T Prese. Sliy’Jri H. A. 1959:’; Pie Se-teces e.4#oO,-aZ , 1’iIa,a/ L4-e Sm:th 3. (1003h Rand5capo. Comp(cx irages nem’ Si’’’pío Aic(oriti,rr’s ‘ai. 01): 67—78. 4rj-h:ir’.-/:n Dcs.zw, for :ie”?c?aCje Stc:ngs VI (2003). CJ.7rcta’ O :s’c’eet.;vr aej Pcnt.: Ha’I Add:s 1.. Stcpnoy 3.. BraunsLiri 3. L. COrk 3. A., Tyn’eI A.. Adar. MaR’, A., Snuth R. E. ys iii neo Johnsen O.. Tllrrr’is J., Welch P.. rjjner P Parliidgc O. (2006); Journe rercru’ aai-cai e! Reçr’Lr4 obsscal car.pr.tatoo !: letal ioenievs and -.eavpaots; fnÉc.-’ &‘anaia;t dP.a/rcbatn; 5 ataca e. 21(2). 07—125. ses co OParLOCI Strca (<a D.. Grabowski F. (10051; “ln(luoricc ei iong-lem’ proces A1ct Tecluictaca (in Po)ish Ianrjuacje): WNT; pclomainca”; Oerneutcí Neto aiAs G[(..(cc, 133—137. s ín kajenthir:c Síria ka O., Grahoe•vski E. 2006a). Leng-Ranrge Dcperidencie 570—575. Cempuhnq, 2028 6’en03rcnee On Hrirnan Siatcri; /11/arca/rena, Ve). 1 and 2; nOn.r\lotlsflfe V100T’edv’lan’:r_s S)ra Li D G.tc’.’.’ski E (20080; Toe’a”ds re-seb!e 1:: DiC” til:: etals’c:’ ij’echan’c.s o) ;nse,1’an sal a:aci’th,í o? Macht’: JeuinaleíA•.eae’nPhyses Coei. 19(9); 1143—1458, l capac/rv; Sire ka D Grabov.’sk, E. (2039): irifluence cl oxcess 1 / noise en channe Qe7otc\Sst1ca ‘ai. 18(2). 205—200. precrss “:9 ‘O car-putcr SIre Ri D. Oracc’t’.’sRi P. ‘31Q. De’na’re.s cl ajc;riii’jrc s’,’slcms; Oemptx SIclo! iis, (lobo puh”lislied). lo lhe Tudo:, A. lvi (1937); On cemp:itah)e numbcrs, with an epp[Loaton Santa 2: e. En,tschc:dunc,spreltem. P.’eeccahes e; 1/ai Lendori A.hffjorna!cal Secou; 42; 230—2’S.S. Errata appcaicd in Sonos 2. 43, 514—546. 1946 and 01/ice TLihndi A. (1946): 91’ie ACE Rcpeit’; o A. Ai. TaL igt Moe Repor? e! Reavia eds. O. E. Carceritcra,’d ri. VI Dorani. MIT Prese, R 19117’, e A. Tuheq A. ((0-7). hxt’jre tolhe harjon Maih. Se:icty co 201h Ecbft;a i Tannat Mcc Rape.’? e! /945 and 0//aia Pape’a eis. B. E. Corpentor and A. W. Doran, MFÍ Prese, e: lhe .Ora V’Iegrer P. (1976); R.eeearch parad:gms iii ccn’pu(ce Sc:0000: P’eccejnes :a; 322—330. k:te’rce?c’.a/Ocraec:eSe.i:ercEeaí-ccr.’e SanFranoisco, CaJo’n Oerni’;rintatbns Wogner P Go)din D. (2003); Cemputailen Beyond Turing Mac.hines, eflheAOAi vaI. 46(4); 100—102.


Wcgnor P. (1997); V.liy InteracUon is Moro Poweitul an A[gorhms; cornmunication o!theACA1 v. 40(5); 61-91.


.

--

-

‘.-_vu

-

.

—ti

*

--..-‘

t ‘0

o’ ‘o 0


£q itania b

sciencia

Normas para Apresentação de Artigos

A Revista EG/T4N/i SG’EA’G1, proprie dade Institu do to Politéc nico da Guarda, é urna publicação pehéciica que nuterializa perman a ente preocu pação de apoiar, pámordicirnente, a actMdade de investigação clesenv cMda no l e no intedor do País. Fomentar a investigação nos domínios da didácti ca, pedagogia, cultura e técnica é o principal obctivo desta revista de diíulga ção cienli5ca. Deste modo, e no sentido de garaifir a qualidade técnica da Revista, derem-se as seguintes normas de apresentação de artigos: -

1 Os artigos devem ser apresentados em poiugL lés, espanh ol ou inglês devidamente estruturados, apresentando de forma organi zada capflLllos e os sub-:apu!os do texto, indicando os tonTos ou exp4es sães impriïï a rir em ‘óa ou a destacar de qualquer outra forma gailica. E e,dgido um n&’el excdere para a redacção em inglês; se assim não for, o trabalho poderá ser recusado, ficando semlxe sujeito a revisão.

2Os artigos devem incluir a identificação do(s) autor(e da s), categoria ou (unção (quando se justiflcará, da qualidade profiss ionaL lcat de trabiho e respectk’o erclefeco (postal e electrónico), ben como o coutac to telelõnico.

3Os arirgos devem ser acomparhados de um CLÁ’t ui’7; btse 1C\. resumido (máximo cito linhas), do(s) autor(es) e um de cbcum ecrto assinsdo pelcts) articuhsta(s) abdicando dos direitos a favor da Revist a £gtan 5bónc;, ccnfmundo a crignalidade do trabalho e cb:bracdo o trabaP não será dl apresentado, em simuráneo, noutras revistas nacionais ou estrangeiras.

‘te J:-

tr

c-.e

rre t-.ej

‘rt’eai:’

Os trabalhos devem i’çcl& o fflrio em jr tuguês , espanh ol e em inglês, o resumo eni portugues, ‘asu.na’J em espanhol e absttac o t em inglês, cada um com o máximo de 15W caracteres e a indicação até 5 palavw as-chave/ca&b’as c! e’Kecaa’ds. no mimo. O resun.o/resumen/ahsy’3ctd eve expor o olDjeCtMD do trabalho, a metodologia seguida, os resultados obtidas e as conciusécs apresentadas.

eia’


Os t:abalLvas devem ser olgiras inéditos e não devem exceder cerca de 520 páginas AI; devem apresentar a seguinte estrutura: na primeira página deve ser hclicaclc o Wulo na Vngua nnai, a identificação do(s) autor(es) e CV: o nome cio(s) autor”es ria segunda página devem ser apresentados os Mulos (português, espanhol e inglês), e o resumo/resunien/abst,art bem corro as palavrus-chave/palabras da’e/Árt :LYL/ o artigo propriamente dito será iniciado na te:ceira pechia.

6Os artigos devem ser en-aclcs em suporte oighal, fornlatados em l1lrd letra l7mes Na: Pomori— corpo 12, espaço de 1,5 linhas, com texto justificado; a proposta cIo artigo deve ser en4ada por e-mari (o contacto com os autores será efectuado exclusk’amente por e-ma,L A bibhporafia deve ser apresentada em letra T7rnes Ne:-t’Roman— corpoS, espaço simples. texto iustiflcado. 7A utihzação de siglas ou abredaturas deve restrinoir-se à forma padrão. evanclo a sua inserção no tituh; a designação completa da nnstituição/organisnio/obra à qual se refere uma abre\iatura ou sigla deve preceder, no texto, a primeira indicação destas, exemplo: Estados Unidos da Miéhça IEUA). Não devem ser utilLxados pontos pias siglas (exemplo: PUA em vez de EUAu.

-

-

-

-

6Os vccabLllos esrandros úeçoni ser de\ioarïente assHaiaclos (em i;aàd e as cftações de textos cleven figurar entre aspas, segunoo as exigências tradiciornalmerde exigidas, remetendo, quando for caso disso, para a nota no fundo da página. As referèncias bibhiográflcas integradas nos textos devem ser aoresentadas na forma autc’r-data-localização e de acordo com os seguintes exemplos: “contribuem pana o Irem (Hjohes, 1 g99i’: Como ê retendo por Zen (1 89D)’; “Octyecto n-3/eopiaça» (Reis, 2).’; Dversos Autores: (Santos e Neves, 2zl) ou quando nisis que 3 autores (Salgueiro et. a/, 1996). 9As equações e fórmulas dleven ser colocadas numa nova linha e centradas em ração ao torro.

A lista bibliográfica (obrioctorian a incluir no final do texto, tem de ser

10- Os !iúmerOs, dlualido não 1 oreni seguidos por unidades de medida, deverão ser apresentados por extenso, de primeiro a ciecimo e de um a dez (inclusive), e por algarismos a partir deste último número. 11-

onganizsda lX orderri alfabetos e de accroo com o seguinte criieno: -

-

pas rene,rroxb ca qsnqn p:!J:!’-nss

LMo: ApeTicio. Nome prbpric’, Tniulo do Livro, Editor(a), Local da edição, ano); ,Artigo de Revista Ç4peliclo, Norie próprio, ‘Titulo cio atigd’, Nome dia Revista, numero cia Revisto. nata. xaI da acção, paginas): 2 Os 3ICr53 r,59 is-e sEf

1r 1

1

‘l

-

-

Texto de cdectknea Apehoc. l—.orne próprio, ‘Teuh do exto”, ‘o Apalclc, Ncre próprio (Org./ Ed-, ?uF: da ccniectãnea, Editor (a, Local de edição, ano, páginas); Para esclarecer casos não considerados , os autores dever ão cumprir a normalização em vigor em Portugal (Nonoa Portuguesa de Descrição Bibliográflca, NP 405-1) e a ISBD /nteinatéd Srn7á/JAc7’d]io USZ’ UT O’? for &a»svr’?á Rearteces.

12-Sempe que se incluam fgu’as, qrtccfrcs, esquemas, gratos ou totograflas destinadas a inserção no texto, estas devem ser enviadas eni ficheiro independente do texto, urna por pagina. A sua localização rio texto deve ser indicada por unia linha intercalar destacado a negrito (ex.: a figura 1 aproximaclarrente aqu(’b As figuras, quadros. esouemas, gratos cu fotocraas devem ser numerados de forma ccntnhua e cmi numeração árabe (as fotografias devem posanir a resdução m:hima adequada a imlxessãoi.

15O niateriai grafico (e ilustrações) deve ser apresentado com as seguintes configurações: fonte fl)nes Narr Rcmatz corpo 8: preferencialniente preto e branco; dentro do proprio artigo; o triulo deve ser apresenitado em 772dS copo 8, a negro, antes da fiou’a: deve se’ numerado de fonra /n;;-.q,

secruenoal. em numeração árabe.

1-1Os artigos enviados, ou solicados, para a Revista E!’?. Sceni ser-ão apreciados pela Direcção por e dois Professores Docrtoracios conio revisores, eni bãrd ‘aferee estes não terão conheciment o cIo(s) autor(es) do(s) trabalhos, nem estes uflimos dos memb’os a consultar A decisão da lcJJicaçio

é tomada com base ‘iessa hormação (podendo ser sugeddas ao(s) aut(es) algumas alterações), teraclo air,oa em conta as pr.cridsdesedryians.

15- O aulor compromete-se a considerar e rever os textos de acordo coni as sugestões apresentadas pela Comissão Científica, A Direcção da ES roserva-se o oireito de recusar artigos cujos autores não considerem as modificações sugendas pela Comissão Cientfica, cora apenas al:reciaat os textos enquadraoos nas normas estabele:rcias.

16- A Revista Egtona Sc/ncá7 declina a responsabilidade de pubhcar trabalhos não solicitados, a que a Direcção não atribua nfvel adequado ou que não obedeçam às normas estipuladas. A Revista declina, ainda, a responsabilidade de devolução dos trabalhos, que apenas se--a e’&ctnjada a pendo, por escrito e com os custos a &portar pelos autores.

17- Desde que os artigos sejani acehes, e publicados ria Revista ZJY7á Sc/óncà7, ficam a ser propriedade da mesma, sendo proibida a sua reprodução parcial ou total, exceptuando-se os casos de citações do texto eni publicações de informação geral, em artigos cientificos ou pubhicações especializadas;

18- O{s) autor(es) do artigo tem (têm) direito a 2 (dois) exenipleres da Revisda em q je for p jblicado o trabalho.


O aigo é da intei respensabiliciade do(s) seu(s) autorçes)

ALidiovisLiais e 1 9- Os artigos devem ser enviados para o Centro de Pubtações (SenÃçOS Centrais do instituto PoiftécnicO da Guarda Av. Or. ou entregues Francisco Sá Carneiro « 50 53m-559 Guarda, pessoalmerte. 20-

P0, Setembio 2W6

1

sciencia

Publication Guidelines

lhe acaciemic journal Eg#anzal Sc/e çic, propor ry of the Institu to Po!itéc nbo da Guarda (iP0), is a lJeodic publication that represe nts a cons tait comrn itment tO support research actMty canied out at the P0 and the inbnd regbns of Portugal. hs foremost objective is to give incentive to research in the arcas ot ddactks & pedagcgy, cufture and technology. To ensure the technic al quailty of the journal, lhe fcIbving guidelines wIi iDe fctwed for ali pjbiications:

1. The articies Mil iDe hflen in efther Portug uese, Spanis h or in Engfsh and stnicureci in chaprers and subchapters, ilh saiient ternis and expressions o italics or olhervÂse graphicaliy representeci. ?ny adides to iDe publlshed in Enghsn wilI meet dgorous standards; hen these are not meL the a’licie vÁil iDe rejezted pendino fijrther revision by the aiihor(s).

2. Ali articies must dentity lhe auther( s), job fflie(s) (vMen app1icabeL p1ace ei empbyment, acidress (postal and e-mali), and p4ione nimber.

3. klditional reciuhed intorniatbn holucles a surnmary cl Vie aalhor’s lor aLrhors’) cu3icMm \itae (cv), in a niamum cÁ ftve (5) lhes. Submission is a representation that the manuscript has nefther been pubiish ed pr&ousty nor is currentiy being considered ior Dublic ation eIse1 iere. Ii the manuscp1 is accepted for pubilcation, a signed statem ent must be subnttted, tnsnsfening copvright to lhe academic journai &anc Sc’énc al and conrning lhe alicie lo iDe oiiginai vork.

‘1, Ali articies must indude lhe tftie and abstrac t in Portug uesa, Spanish and Engiish, each respeciirq the maximum of 12W charac teis, viIh up to ffia (5) kewords/pa]avras-chave/paJabras-ciave. The abstrac Vresum o/resumen viU cover lhe objecu e, methndology, resulis and conciusions of the articie.

5. Ali artides di iDe new, odginal and iU not exiceed about 20 pages. Tlie papar stnicture shoelci foiow the orgenization: flrst pane flUe o otinai ianouage,


2 lula, abstracYresumo /resumeR ard autor(s) and cv(s); secorxi paqe key.ords/pa%as-chava’paiabias-ciave in frio tnrae lancaices Poluguase, Spanish and Engllsh. lhe text of lhe atticie wiiI begin on the Uird page.

Alicies should be submitted in digai fonnat, in Word, limes New Roman 6. 12, 1 .5 spadng, Ieft and hght justii]ed. The proposal musti be sent by e-mali from the contact lhat iIi be used for any fijrlher communbaiion 4Di fhe author. The hibllcxiraphy wiI be fornialled in limes New Roman 8, singie space, ieft and right j’jsiified. ALb’e4atbn and acronyrns w not appear in the iltie and, ‘Mien used in 7. frio rei of lhe alicie, iN a[svas be precedod by frÊ- friiI-bngth deschpiion, e.g. Uned States of Mierica (USA). Also foi the absence of riocís ((nU stopsu, e.g. USA not USA. My foreign words i-i :•ll appear ih /ta/ibs v4iiie citations viD appear beM’een 8. quofation marks (inveded commas) and aiso ih #a1Õs wllh fhe source cifed in a foofnof e. Rbhographic references 1lliin lhe fcxl of fhe aUcie vAi respect Dia authcr-date-bcaizalion and crio ot Pie fdio1ng noation sts1es: tc/hepubc922í’ (Hughes, 1999) According to Zen (1890), PEeLTct/Jll?Isakce(Res, 2CE0). Severa] aLfli’ors: (Santos and Neves, 200-li o- more fhan 3 aUIhDrE (Salgueiro et a 1998)

Cardinal and ordinal nurniaers detween one and len vÃ] be vsiffen out.

Formulas and equations wiN be centered, vth a biank hne above and 9. betow.

10.

-

lhe final bbbgraitiy, vtiich is compuiscry, 1ii be pesented h 11. a!phabaticai order in ihe cibMng st4e: Rock: (lei reme, t-st reme, liDe, ecO. ci-, idace. yead: Jouniai Alicie (last nahie, first name, liDe of anioi&, journai, number, date, piace, pagas); Compendium cÁ texta (iast liame, flrst name, liDe of text/arlicie”, ,h iast name, flrst name (org./edi, book file, editor, place, year, pagas); for other cases, Poluguese Bibhographic Guidehnes, NP 405-1, and lhe international Standard Bihhograpliic Descdption for Electronic Rescurces D be aptd. Rgres. teMes, graplis, schen’ata, and photographs to be included ri lhe 12. laxi v41 ije san!, me pe’ pane, numlDered appopd:ie[y and sequenhiai[y wih Nabc nuirbers, in a separa:e filo. fleir place in t[’e !exi viii de indicaled bj a separate hne in boici lliat reads figure 1 hera Photoçjrap(is vdi be subnted v4th minimum resolution required for phnting.

13. Odiar par1ih. maredai and iljstratjons dl be presenteci in limes F\’ew Romai 8, preferabiy in biack and 1iite, 4thin the alicie, lia tftle, in limes Ner’ Romai 8 bold, dN precede lhe figure, vAth sequential Aabic nunibers.

14. Ali alicies lo be pubhshed iii the academio journai Fgtanii 80/me/á viU be re\lewed by fhe Rau-d and M’o Doctorai R’ofessors as re\dewers luis w’N follav lhe blind referee proceas in that lhe icenfftv cÁ lhe ajíbor(s) vi] La remaVmg unkrç.ç PuMis’tng \t4th o- vitbouz aeraDons) vii proceed based m the ciecisions of fhis referee procesa and pubhshng pdohties.

Trio aulhoris) 15. masf ccAiimD lo irrplaTenlu.ng lhe suggest aller-aricns, lhe Boord reserves lhe hght lo refLise alides that cio not foiiow the guideiines for pubhcation Anal lesponsibiliy for correcting errors lies itli the author.

16. Ria acaclemic journai E?n07 Sc/enc,-á reserves Dia dght lo keep ali micha] san! for possibie publicalion. liie nialedal ili be relunied only upon

lequesl, in iling, ilh maWng cosis paid in ftj] by lhe aulhor(sf.

1 7. Upc’n acceplaice and pubiicajicn by the acadeniic jouwiai Ra•len,.ã &r72e tlie at decomes propetly of sd jou.-nai. Parfisi or lota] reproducrioq is p;ohibited. excepl in cases of cilations in sedntic and/o- spe:akzecJ publitations.

19.

lia alicie is of sola responsibiift’ of fhe aulilor(s),

Alicies vii (a subnhitted ri pesor or sent lo lhe follo’Mng adlciress: Centro de AuJicvlsLla(s e Rib!baçhes, Sen4ços Centiais instituto Pcitëcnioo da Guerda Av. Di. Francisco Sã Carneiro, n° 50 &390-559 Guarda

18, lhe aufliorisi iN recek’e Me copies of the issue in wiich the alicie was pub?ished,

20.

lR3, Septernijer 2006


1

Eqitania

b selencia

Normas para presentaclón de Artículos

La Re’4sta EQ/TW4 SCENCI4 es propiedad do Instituto Pottócto da Guarda, é una publicación pehódi ca que materializa perman la ente preocu pación de apcyer. pdmordlalmente, ia aclMdacl de investbacbn clesesvclta en ei IPO e en lo interior dei Pa:s. Fomentar a invesTigació s nos dorninlas da didáctica, pedago gia, cultura e técnica é o principal objetivo de Ia revista de diiIgación cientilica. Así, e en ei sentido de garantir Ia calidacl técnica de la Re\4sta, definen-se las siguientes norrres de presentac:os de articulos:

1Los arlibulos deben ser presestados en Podugués, Espariol o Ingles debidamente estiucturados, presentando de fornia ciganizada los capitulos los sub-capubs de lo texto, iridbando tenrcs los expies o bnes ïmpdrnfr a en /tailcc o a destacar de cuslner otra forma grafca. Es exigido ir nivel excelente para a redacción es ingles o espa’iol; se así no suceder, lo trábalo podre ser recusado, pennaieciendo siempre sujeto a revisián.

2Los artículos clebes hcluV a id&itfficació n de lo(s) aLilots de la ), categoria o funcián (cuando se justifique), la calidad profesbnal, local de Irabajo y respectivo endierezo (postal e electrónico)! hen como lo contacto telefónico.

3Los artículos cabes ser acompaôados de un Cumu,’um Vtae (0V), resuntdo (máximo cinco lineas), de lo(s) aulor(es e de un documento asignado pelo(s) articulista(s) abdicando de los derech os es favor de la Revista EZanLa &irc confirmando la originalidad deI habajo y declarando que lo 1rabao no será presentado. es simuhaneo, a olras revistas naciosales o extrasjeias.

4Los trabajos deben incluir ei titulo en Poilugués, Espariol e es Ingles, o ‘estimo es Portugués, resume,? en espcWiol lo aLwtra y ctes Inales, cada un con lo máximo de 15C0 caracteres e la indicad ón hasta pa•Iatr as-cJis 5 ta’pdab ras clave!K&yi 1 ords, en ei niáximo. Lo iesun? dresum en1abs ftact debe demos trur ei objetivo do trabajo, la metoclolegiá seguida, los resuitaclos obtenid os e ias cosclusiones a presentar.


Los trabajos deben ser originales inéditos e no deben exceder cerca de 520 páginas Ad; deben presentar ia siguiente estnjctura: en la primera pagina ciebe ser indicado lo Mulo en la lengua original, la identfflcación de lo(s) autor(es) e CV; ei nombre de lo(s) sutorf s); en la segunda página deben ser presentsdos los títulos (Portugués, Espariol e ingies), ei ,esunn’resurnen/absftact bien corno las pa(sras-chaua’pa}abras clave/kej4l’ord, lo artículo propiarnente dito será iniciado en ia tercera página. 6Os artículos debsi ser enviados en suporte digital, formatesdos en i’Áao letra limes NeivRoman cueqo 12, espacio de 1 5 líneas, con texto justificado; la propuesta de artículo clebe ser enviada por e-ma//(el contacto con los autores será efectuado exclusivmiente por e-ma4. La bibliografia debe ser presentada en letra limes A/ai’ Romaq— cueqx 8, espacios simples, texto justificado. 7La utilización de siglas ou abreviaturas debe restringir-se a ia forma padrón, evitançio la su inserción co lo Muh; la designación completa de ia instituciórilorganismo/obra à cual se reflere una abreviatura o sigla debe preceder, en ei texto, la primera indicadón, ejemplo: Estados Unidos da América (EUA). No deben ser utiNzados puntos en ias siglas (ejenplo: EUA en vez de E.U.A.).

-

-

-

-

Los vocablos extranjeros deben ser debidamente sertalados (en itã/kxl e 8las citaciones de textos deben figurar entre aspas, segundo las exigencias tradicionales, remetiendo, cusndo ceja ei caso, para a nota no fundo da página. Las referencias bibliograficas integradas co los textos deben ser presentaciss Autor-clata-losalizacián y de acuerdo con los siguientas ejemplos: ‘contribuyen para o bien (Hughes, 1999) Como es referido por Zen (1890) “«El ob,eto i&e elprecb» (Reis, 2090).”; Diversos Autores: (Santos e Neves, 2904) o mas que 3 autores (Salgueiro et. a!, 1998). Las ecuaciones e fórmulas deben ser colocadas en una nueva línea e 9centradas en reiación con ei texto. 10- Los números, cusndo no sean seguidos por unidades de medida, deberan ser presentados por extenso, de primero a décimo e da un a diez (indus[ve), e por nurneros a patir diste uftimo número.

-

-

11- La lista bibliográfica (obligatoria) a incluir en ei final de lo texto, tiene de ser organizada por orden aifabética e de acuardo cõn o siguiente criterio: Ubo:(Apeliicb. Nombre propio, Título dei Ubro, Editor(a), Local da edición, ano); Mbio de R&sta ApelIido, Nombre propio, Título do articulo”, Nombre de la Revista, número de Revista, data, local da edición, páginas);

1r 1

-I

-

-

Texto de cobctkea (Apeilido, Nombre propio, ‘Título dei Texto”, ihApellido, Nombre propio (Org./ Eci.), Título da coiactánea, Editor (a), Local de edición, ano, páginas); Para esclarecer casos no considerados, los autores deberi cumphr la normalización cii vigor en Portugal (Norma Portuguesa de Descripoión Bibliografica, NP 405-1) o la 1SBD /ntemat,bna/ Standajd8btóorsp/?/b Desct/pt’bn for E/ec!rcvt Resources.

12- Siempre que se incbyen figuras, cuaciros, esquemas, gráficos o fotografiás destinadas a inserción en ei texto, estas deben ser enviadas an fiche:o inclependiante dei texto, una por página. La suya locahzación en ei texto debe ser indicada por una línea intercalada destacada a negrito (ex.: “ia figura 1 aproximaciamente aqui’). As figuras, cuaciros, esquemas, gráficos o fotografias deben ser numerados de forma continua e con numeración árabe (as fotografias deben possuiria resolución mínima aclecuacia à impresión).

13- Lo material grafico (y ilustraciones) debe ser presentado con as siguientes configuraciones: fuente li’nes Neu’ Roinan, cueo 8; de preferencia negro e bianco; dentro ciel propio artigo; lo título debe ser presentado en limes Nai’ Roma,?, cuerpo 8, a negro, antes de ia figura; clebe ser numerado de forma secuencisi, en numeracián árabe.

14- Los artículos enviados, o solicitados, para la Revista Egufená Qénci (55) serán apreciados pola Dirección e por dos Profesores Doctorados, como revisores, en bkhdíeferee estés no teran conocimiento de lo(s) autor(es) de lo(s) trabajos, ni estés últimos de los miembrus a consultar. La decisión de pubhcacbn es tomada coo base en esa información (pucienclo ser sugeridas a lo(s) autor(es) algunas alteraciones), tiendo aún co cuenta ias prioridacies editoriales.

15- O autor compromete-se a considerar e rever os textos de acuerdo coo ias sugestiones presentadas por la Comisbn Cientilica, La Dirección de ES se reserva lo derecho de recusar artículos en que los autores no consideren ias moditicaciones sugeridas por la Comisión Cientifica, que aponas apreciará los textos encuadracios en ias normas estabiecidas,

16- La Revista Egflrnà Sc,sncL»j declina la responsabilidaci de publicar papara no sohcftados, à que la Dirección no atribuí nivei adecuado o que no obedezcai à las normas estipuladas. A Revista declina aún, la responsabiJidad de devolución de los trabajos, algo que apenas sera efectuada a pedido, por escrito e coo los costos por cuenta de los autores.

Lo(s) autor(es) de artículos tien (tienen) derecho a 2 (dos) ejempiares da

17- Desde que os artículos cejan aceptes, y publicados en ia Revista EzLs,zi b/?ca queda-a propiedad de la misma, sendo probibida siga reproclucción parcial o total, excepto en ios casos cie citaciones de io texto en publicaciones de información general, en artículos científicos o publicaciones especializadss; 18-


Lo artibulo es da entera responsabilidad de lo(s) su(s) autor(es).

,

19- Los artículos cleben ser enviados para lo Centro de Audiovisusis e Publicações (SeMços Centrais do Instftuto Politécnico da Guarda, Av. Dr. Francisco Sã Carneiro n 50 63W-559 Guarda, cap@ipq.ot o entregues personalmente. 20IFO, Setemlro 20)5


1

II


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.