UALGzine 8 (Abr/2015)

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Engenharia Civil

Engenharia Mecânica

Uma área com futuro

Apostar nas renováveis

Tinha vários amigos que eram estudantes de Engenharia Mecânica na Universidade do Algarve, e, curioso, foi perguntando como era o curso e o que lá se estudava. Achou interessante e resolveu concorrer. Hoje, Valdemar Neto é proprietário de uma empresa distribuidora de soluções de climatização e produção energética e confessa que não se imagina “a fazer outro trabalho que o realizasse tanto”.

Nascido em Moura, distrito de Beja, Joaquim Vermelhudo deixou para trás as planícies alentejanas e rumou ao Algarve em busca de um “ensino de qualidade, rodeado de um ambiente onde é bom viver”. Ingressou no curso de Engenharia Civil da UAlg e, hoje, é um profissional de sucesso ligado a diversos projetos de construção em Angola. Optou pela UAlg por esta ser, na sua opinião, “uma instituição moderna e com um olhar no futuro”, que conjuga “um meio ambiente de tranquilidade com qualidade de vida”. É com saudade que Joaquim relembra os tempos na Universidade. Recorda-se do ensino ser “direcionado para uma vertente de aplicação prática do conhecimento, estimulando a aprendizagem e a rápida adaptação ao mercado de trabalho”, mas também das “várias amizades criadas” e “do espírito de equipa” dentro do curso de Engenharia Civil. Foi no último ano de licenciatura, em 2006, que Joaquim iniciou o seu percurso profissional na Protecna-Consultores de Engenharia. Nesse gabinete foi-lhe possível ter um “contacto inicial, devidamente acompanhado, com a área de projetos” que, garante, “foi decisivo para solidificar muitos conhecimentos académicos”. Um ano depois, surge uma nova etapa na vida profissional de Joaquim: começou a exercer a sua profissão, na vertente de obra, na Casais Engenharia. Durante esse tempo, teve a oportunidade de trabalhar em diversos projetos de habitação, unidades hoteleiras e unidades hospitalares.

Por consequência dos tempos difíceis vividos em Portugal, mas também pela “necessidade da diversificação de experiências”, foi em 2011 que o engenheiro rumou, sem hesitar, até África, para trabalhar no grupo Casais Angola. Joaquim encarou esta nova etapa como uma oportunidade de conhecer novas realidades na área da construção, acumular experiência e adquirir novas competências, tendo estado envolvido em vários projetos de renome, como é o caso da construção das Luanda Towers. Sempre com grande entusiasmo, o “orgulhoso alentejano” acredita que o curso de Engenharia Civil foi a “rampa de lançamento”, “um elemento imprescindível” na sua realização profissional. De momento, Joaquim é gestor de obras, ou seja, é responsável por aprovisionar e controlar os diversos recursos necessários à execução do projeto, garantindo prazos, custos e qualidade técnica da obra.

Crente de que uma licenciatura continua a ser o caminho certo, “não pelo diploma, mas pelo conhecimento ganho ao longo dessa formação”, Joaquim Vermelhudo acredita que ser engenheiro civil é “uma profissão com futuro”. Persistente e com uma grande vontade de aprender, este engenheiro, radicado em Angola, já tem planos para o futuro. Ainda este ano, pretende “sentar-se novamente nos bancos universitários” e alargar as suas competências na área da gestão, numa universidade britânica, mas quem sabe, um dia, não volte à UAlg para completar, ainda mais, a sua formação.

Nascido e criado em Serpa, distrito de Beja, o agora engenheiro sempre trabalhou. Dos 13 aos 18 anos trabalhou num café, aos fins de semana e nas férias, e quando ingressou no ensino superior tornou-se vendedor numa empresa dedicada a produtos alimentares. Ainda não tinha terminado a licenciatura quando começou a trabalhar na empresa de climatização e energias renováveis, Vajra, onde exerceu funções de Diretor Comercial durante 14 anos. Com a crise financeira que assolou toda a europa, a empresa encerrou, deixando-o desempregado. Mas sendo trabalhador, dedicado, humilde, motivado e persistente, o engenheiro acabou por arranjar uma solução e criou, juntamente com um amigo e colega de curso, a Be Sun, Lda- Solar and Heating Systems. Localizada em Loulé, dedica-se ao setor da distribuição de soluções de climatização e produção energética e centra a sua atividade na comercialização exclusiva de equipamentos. Neste momento, Valdemar Neto assume a gestão da empresa e desempenha o acompanhamento comercial e técnico.

A Be Sun representa marcas líderes de mercado e baseia a sua filosofia empresarial numa forte componente de apoio técnico ao cliente. Atua a nível nacional e quando precisam de recrutar novos profissionais “a primeira opção é sempre a Universidade do Algarve”, garante Valdemar Neto. Do curso recorda os bons amigos, o convívio e a boa relação com os professores e acredita que foi a licenciatura em Engenharia Mecânica que o lançou para a vida profissional, afirmando que “o resto vamos aprendendo com a experiência”. Utilizando o tão célebre provérbio “O Saber não ocupa lugar”, Valdemar mostra a sua posição segura de que um curso superior é sempre uma mais-valia para qualquer profissional.


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