Revistamaia2 2017

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REVISTA da MAIA, Nova série

Ano 1 – nº 2

julho/dezembro de 2016

de Faria, Prazeres Maranhão e outros corógrafos erradamente informaram sobre a vila do Castelo. Se tal nome pode usar, é apenas por estar aí a sede dos Paços do Concelho». Excerto bem elucidativo.

O Castelo da Maia nos finais do séc. XIX, vendo-se à direita a Câmara Municipal, com a escadaria e o brasão sobre a porta, segundo José Augusto Vieira.

É o caso também de Governadores Civis, como o esclarecido (e influente na Corte) Barão de S. Januário. Durante a sua permanência no cargo protagonizou vários acontecimentos, como por exemplo a inauguração da estátua de D. Pedro V. Mas aquele que mais diretamente nos interessa foi a elaboração de um relatório enviado em 20 de março de 1867 ao Ministro dos Negócios do Reino. Esse relatório fazia uma radiografia detalhada dos vários concelhos nos anos sessenta do século XIX. Por ele ficamos a saber muitas coisas sobre a Maia. E temos, o que nem sempre acontece, a possibilidade de fazer história comparada, já que possuímos a mesma grelha de dados para todos os concelhos. Dada a importância deste documento, resolvemos reproduzi-lo no que toca ao Concelho da Maia. Concelho da Maia O Concelho da Maia compreende 20 freguesias e tem 17.225 habitantes. É limítrofe com o Concelho do Porto e confina na sua maior extensão com os Concelhos de Bouças e Santo Tirso. Este Concelho, que actualmente é de pequena extensão, ficará regular quando lhe seja anexada a maior parte do Concelho de Bouças, se este como convém vier a ser extinto. O Concelho da Maia produz grande cópia de cereais, principalmente milho, que chega a exportar, e é muito importante o seu comércio de gado de engorda com várias casas inglesas. Na freguesia de Águas Santas existe uma fábrica de moagem de centeio e trigo, com motor hidráulico 68


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