Turbo Frotas 06

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#6 AGOSTO 2017 PEUGEOT

JOÃO MENDES “OBJETIVO É CONTINUAR A CRESCER”

N O E T R VW A

APOSTA PREMIUM A PARTIR DE 47 815€

4,5 L/100 KM // 114 GR/KM CO2

HYUNDAI i30 SW REFORÇA GAMA MALA 602 LITROS // GARANTIA 5 ANOS // PREÇO 20 900€

NISSAN QASHQAI

BEST SELLER ATUALIZADO

OPEL INSIGNIA SPORT TOURER

BUSINESS EDITION POR 25 000€



SUMÁRIO #6

AGOSTO 2017

RADAR

14 Híbridos Plug-In PERSPETIVA

24 Arval

CLIENTE

70 ISN: “Serviço público nas praias

TENDÊNCIAS

28 Novas soluções renting

NOVOS MODELOS

NOVOS MODELOS

34 Peugeot 308

32 Nissan Qashqai DESTAQUE

66

Peugeot: “Objetivo é continuar a crescer sustendamente” COMERCIAIS

76 Mercedes-Benz Citan Tourer Standard 78 Nissan NV300 120 dCi L1H1 80 Novo Renault Kangoo ZE

GUIÁMOS NESTA EDIÇÃO

50 Alfa Romeo Stelvio Diesel

AGENDA FISCAL

81 Tributação Autónoma: o que precisa saber

GUIÁMOS NESTA EDIÇÃO

38 Opel Insignia ST 42 Volkswagen Arteon 46 Peugeot 5008

52 BMW 419d GrandCoupe 54 Mercedes-Benz C 350e 56 Hyundai i30 SW

58 BMW 530d Touring 60 Opel Crossland X 62 Ford Mondeo SW Business AGOSTO 2017 TURBO FROTAS

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EDITORIAL

COMPREENDER A MUDANÇA E AGARRAR AS OPORTUNIDADES A

s profundas alterações a que por estes dias assistimos nos modelos mais tradicionais da sociedade deixam-nos de boca aberta mas poucas dúvidas restam de que o que aconteceu na última década não é nada quando comparado com aquilo que se prepara para os próximos três a cinco anos. Interessam-nos, neste caso, as enormes transformações por que passa a industria automóvel que mais não é do que a consequência direta de um novo paradigma de mobilidade que está já em marcha, o qual, por sua vez, é o resultado de todo um conjunto de alterações comportamentais que a própria sociedade está a experimentar. É uma revolução fascinante caracterizada, no essencial, pela transição do modelo de posse, que vigorou durante décadas, um enquadramento de co-propriedade. As implicações são profundas. E se as marcas e os agentes da indústria da mobilidade estão a trabalhar neste novo enquadramento é importante que os utilizadores e em especial as empresas comecem a compreender que algumas das balizas por que se orientam agora não existirão mais num prazo não muito distante e que no seu lugar surgirão novos fatores que influenciarão os negócios. Por exemplo, num

PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO LDA NPC 508735246 CAPITAL SOCIAL 10 000€ CRC CASCAIS SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. DAS OLAIAS, 19 A RINCHOA 2635-542 MEM MARTINS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL: TURBO@TURBO.PT DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt DIRETOR ADJUNTO

cenário de propriedade partilhada é fácil compreender que a importância do valor residual para quem faz uma opção para um determinado modelo para a sua frota será bastante menor do que a tipologia de operação. Ou seja, tenderão a pagar mais os co-proprietários que desenvolvam negócios em que toda a gente pretende utilizar a viatura às mesmas horas. É apenas um exemplo de como aquilo que nos preocupa hoje vai perder importância e de como aquilo para que não olhamos, como a organização das operações, pode ser, afinal, determinante. Não estamos a falar de nada que tarde séculos ou décadas a acontecer: está aí!. Como estão já aí novas ideias que já hoje fazem todo o sentido e para as quais é fundamental que comecemos a olhar, como é o caso da tecnologia plug-in hybrid. Apresentamos-lhe nesta edição um dossier sobre o enquadramento fiscal e sobre a oferta existente e, sobretudo, dizemos-lhe que a quantidade de novos modelos que vão surgir até ao final do ano e durante 2018 não é obra do acaso mas sim da convicção inabalável das marcas de que esta é uma solução tecnológica com vantagens que todos (empresas e consumidores) vão compreender e valorizar.

JÚLIO SANTOS DIRETOR

ANTÓNIO AMORIM

antonioamorim@turbo.pt DIRETOR DE ENSAIOS

MARCO ANTÓNIO

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4FLEET; FLEET DATA IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt

DEKRA - O USED CAR REPORT É UM RELATÓRIO ANUAL DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DA DEKRA COM BASE EM TESTES REALIZADOS, NA ALEMANHA, AO LONGO DE MAIS DE DOIS ANOS DE PERMANÊNCIA EM MERCADO DE CADA UM DOS MODELOS. SÓ SÃO FORNECIDOS DADOS QUANTITATIVOS PARA MODELOS DE QUE TENHAM SIDO INSPECIONADOS PELO MENOS MIL UNIDADES. SÃO DEFINIDAS DIFERENTES CLASSES E O “BENCHMARK” (RESULTADO DE REFERÊNCIA) É RESPEITANTE Á MEDIA DE CADA SEGMENTO, NÃO SENDO, PORTANTO, INFLUENCIADO POR RESULTADOS DE OUTRO TIPO DE AUTOMÓVEIS. DEFEITOS RESULTANTES DE MODIFICAÇÕES REALIZADAS PELOS PROPRIETÁRIOS AO MODELO ORIGINAL NÃO SÃO LEVADOS EM CONTA

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TURBO FROTAS AGOSTO 2017

TIRAGEM 4500 EXEMPLARES ISENTA DE REGISTO NA ERC AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 DE 9/6 ART.O 12º Nº 1 A. DEPÓSITO LEGAL N.º 415871/16 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS



EM MOVIMENTO

LEASEPLAN PORTUGAL

RESULTADOS RECORDE EM 2016 Para a LeasePlan Portugal, o balanço do ano de 2016 foi bastante positivo, com um crescimento em todos os indicadores relevantes para o seu negócio

A

LeasePlan Portugal obteve resultados recorde em todos os indicadores relevantes para o seu negócio em 2016: crescimento, rendibilidade, reforço de de parcerias, satisfação de clientes, condutores e colaboradores. No que se refere ao crescimento, a gestora de frotas destaca o número de automóveis sob gestão, que ultrapassou a barreira dos cem mil, adicionando à frota gerida dez mil novos veículos. A LeasePlan entende que para este resultado contribui “a melhoria geral da conjuntura externa e, em particular, do setor automóvel”, adiantando que este aumento permitiu consolidar a sua quota de mercado, nomeadamente junto dos “segmentos menos maduros – PME e Particulares – para os

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quais a LeasePlan tem dirigido grande parte das suas novas soluções de mobilidade”. Na rentabilidade e após vários anos condicionados pela conjuntura, a LeasePlan refere que 2016 foi o primeiro ano “sem quaisquer sinais de crise, com um crescimento muito expressivo”, confirmado por um resultado líquido superior a 24 milhões de euros (+68% do que no ano anterior). Na satisfação para com a empresa e com os serviços prestados, a LeasePlan adianta ter obtido “índices muito positivos e acima dos valores que constituem a referência do mercado”. Externamente, destaca-se o reconhecimento da LeasePlan por clientes e condutores como um “facilitador” e merece menção a redução no número de reclamações registado face ao histórico. Internamente, alcançou-se o nível de compromisso mais elevado de sempre (80 pontos face aos 64 pontos que constituem a referência do mercado), outro

recorde para o qual contribuíram as várias iniciativas de envolvimento na cultura empresarial e as formações prosseguidas. No âmbito da sua atividade, a LeasePlan procura distinguir os melhores carros para empresas no segmento de ligeiros de passageiros, através da atribuição dos prémios “Carro de Frota do Ano 2017”. O vencedor da 15ª edição deste troféu foi o Renault Megane Sport Tourer, que obteve a melhor classificação global entre os nove carros em concurso. Fatores como a versatilidade e funcionalidade do habitáculo, o design, o TCO e o volume de vendas (ACAP) foram determinantes para que este modelo se destacasse. O prémio “Carro Frota” da LeasePlan abrange três categorias: “Pequeno Familiar”, “Médio Familiar Generalista” e “Médio Familiar Premium”. Para além de ser eleito como “Carro Frota do Ano 2017“, o Renault Megane Sport Tourer 1.5dCi Intense ven-


KIA MOTORS CARRO DE FROTA LEASEPLAN 2017 O Renault Megane Sport Tourer 1.5 dCi foi eleito “Carro de Frota 2017” pela LeasePlan e também obteve o primeiro lugar na categoria “Pequeno Familiar”. A concurso estiveram nove modelos, avaliados por um júri de 14 frotistas

RECORDE DE VENDAS

A

Kia Motors voltou a alcançar um novo recorde de vendas na Europa (UE e EFTA) nos quatro primeiros meses deste ano. De acordo com os dados da ACEA (Associação Europeia dos Construtores de Automóveis), a marca matriculou 166 266 unidades, o que constituiu um crescimento de 11,7% face a período homólogo do ano passado. Este resultado confere à Kia uma quota acumulada de 3% na Europa, o que acontece pela primeira vez e contrasta com os 2,8% do período homólogo. O crescimento da marca foi impulsionado pela renovada gama de modelos compactos e pelo novo leque de unidades híbridas e elétricas. O novo Rio registou uma subida homóloga de 22% (28 025 unidades), enquanto o Picanto obteve um aumento de 23,4% (combinação da geração anterior e da que foi introduzida em março). Os modelos com propulsores ecológicos constituíram a área de maior crescimento. As vendas de híbridos e elétricos Kia foram nove vezes superiores às registadas entre janeiro e abril do ano passado, fruto da chegada do crossover Niro (10 339 unidades) e do Optima Plug-in Hybrid (307), a par da subida de vendas do Soul EV (1 487). As gamas Niro e Optima vão conhecer este ano nova expansão com a introdução do Niro Plug-in Hybrid e a chegada das versões híbridas plug-in à Optima Sportswagon.

ceu, ainda, na categoria “Pequeno Familiar”. Nas restantes duas, os vencedores foram Ford Mondeo Mondeo SW Business Plus 1.5 TDCi e o Volvo V60 D4 Momentum 2.0, respetivamente. Para apoiar as PME e particulares no processo de decisão relativo ao renting automóvel, a gestora de frotas LeasePlan acabou de publicar um útil e prático guia online, que está disponível em https://escoladorenting.pt/. Este site disponibiliza conteúdos didáticos e um simulador comparativo, para que os utilizadores fiquem a conhecer quais as situações em que é mais vantajoso optar pelo renting automóvel. O simulador permite comparar o custo mensal da compra versus a renda mensal do renting, tendo por base pressupostos como o financiamento do veículo, os custos de utilização, os custos de imobilização, os custos de gestão e a venda do veículo usado. /

NEGÓCIO GRUPO PSA / OPEL

UE APROVA COMPRA

A

s autoridades da concorrência da União Europeia aprovaram a proposta de aquisição do negócio automóvel da Opel/Vauxhall, subsidiária da General Motors, pelo Grupo PSA. A proposta de aquisição vai permitir ao Grupo PSA tornar-se no segundo maior construtor automóvel da Europa e servirá de base para o crescimento rentável do grupo a nível mundial. O acordo inclui também a aquisição das operações financeiras da GM na Europa pelo BNP Paribas e Grupo PSA. Esta proposta de aquisição das operações financeiras da GM na Europa está também sujeita a aprovação pelas autoridades da concorrência da UE, esperando-se que a decisão seja tomada durante a segunda metade do corrente ano.

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EM MOVIMENTO GESTÃO DE FROTAS

NEGÓCIO CRESCE COM O MERCADO

O

crescimento da importância das novas tecnologias, a exigência por parte dos clientes de maior mobilidade e a cada vez maior digitalização dos veículos, são desafios que o mercado automóvel encara com a preciosa ajuda das gestoras de frotas que, por via disso, têm visto o número de veículos geridos a crescer. O mercado de veículos automóveis continua a crescer de forma clara. Exemplo disso são as 92.100 unidades (entre ligeiros e comerciais) que foram vendidas nos primeiros quatro meses deste. Ou seja, uma variação positiva de 6,2% face a igual período de 2016. Se desambiguarmos essa cifra pelos segmentos de ligeiros e de comerciais, sabemos que foram comercializados 78.698 unidades de veículos ligeiros de passageiros e 13.402 unidades de comerciais ligeiros e pesados. Contas feitas, os ligeiros cresceram 5,8% face a 2016. Quer isto dizer que o mercado automóvel continua a crescer e está cada vez mais próximo dos valores antes da crise de 2010/2011. Em 2016, foram vendidos 247.343 unidades em todo o mercado (mais 15.8% que em 2015, dos quais 207.345 veículos foram ligeiros de passageiros) e acredita-se que em 2017 esse valor possa chegar próximo das 300 mil unidades, fasquia que todos os observadores entendem ser a dimensão do nosso mercado. Com evoluções positivas do mercado a rondar os 20%, o negócio automóvel regressa ao topo das prioridades de muitos e volta a ser um setor procurado por empreendedores, arrastando no-

AUMENTAM VENDAS A FROTAS Um dos setores que mais aproveitou o aumento de vendas de automóveis foi o da gestão de frotas

vas ideias e aproveitando as novas tecnologias para influenciar a forma de concretizar a venda. Um dos setores que melhor aproveitou este movimento positivo nas vendas de automóveis novos em Portugal foi o da gestão de frotas. Segundos dados recolhidos pela TURBO FROTAS, a evolução de contratos novos registou um movimento positivo de 11,5%, alinhado com o crescimento do mercado. O desafio da digitalização no automóvel e do relacionamento do cliente com o automóvel e a gestão das frotas, é um dos que mais preocupação levanta. O novo paradigma de utilização dos veículos tem permitido que o renting comece a ganhar terreno face a outras formas

CRESCIMENTO DA HYUNDAI A Hyundai foi a marca que mais cresceu entre as 20 mais vendidas no mercado nacional no primeiro semestre deste ano, tendo registado um aumento acumulado de 50,9% contra os 7,9% do mercado total no mesmo período. Segundo a marca, o sucesso destes primeiros meses assenta nos novos produtos, nomeadamente o face-lift do Hyundai i10, o novo i30 e a nova i30 SW. Aqueles

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de financiamento. Segundo a ALF (Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting), as opções renting e leasing são mas mais procuradas e lideraram em 2016. Contas feitas, foram 31.840 as viaturas adquiridas em aluguer operacional, das quais 25.436 foram de veículos ligeiros e 6.404 de comerciais. Ou seja, uma em cada seis viaturas novas, foram adquiridas em renting o que perfaz um volume de negócio de 624 milhões de euros. No que toca ao leasing foram comercializadas 23 mil unidades, perfazendo um volume de negócios de 463 milhões de euros. Para 2017, as previsões são animadoras para o setor, pois o mercado continua a crescer. /

CEM MIL CITROËN C3 VENDIDOS

três modelos representam o ADN da marca na Europa. Para o segundo semestre, a Hyundai deposita elevadas expetativas no Kauai, o novo SUV compacto para o segmento B e na introdução do Ioniq Plug-In Hybrid.

Lançado em novembro do ano passado, o novo Citroën C3 alcançou já o patamar das cem mil unidades vendidas. Trata-se de um marco que representa um crescimento de 70% nas encomendas do modelo C3 no primeiro trimestre do presente ano, face a igual período de 2016. Em Portugal, o C3 regista mais de 2 500 unidades vendidas, um resultado que permitiu à Citroën alcançar uma quota de mercado de 10,2% no primeiro trimestre

do presente ano, entre as berlinas do segmento B. No acumulado até final do mês de abril, as vendas do C3 em Portugal registavam um crescimento de 47%, comparativamente aos quatro primeiros meses de 2016. Uma em cada três unidades vendidas no nosso país são do nível de equipamento mais elevado (Shine), mais de 50% das vendas são em versões bitom, 85% têm Airbump e mais de 40% dos clientes escolhe um interior colorido em opção.



EM MOVIMENTO GRUPO EUROPCAR

CRESCIMENTO POR AQUISIÇÕES

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om o objetivo de consolidar a sua estratégia de líder mundial em soluções de mobilidade, o Grupo Europcar tem vindo a efetuar um conjunto de aquisições. As mais recentes foram a Buchbinder (Alemanha), a SnappCar (Holanda) e a Goldcar (Espanha) O Grupo Europcar ambiciona reforçar o seu papel na indústria da mobilidade e para acelerar o seu crescimento tem vindo a realizar um conjunto de significativo de aquisições, que incluem empresas especializadas no aluguer de veículos comerciais ou de passageiros low-cost, assim como operadores de carsharing. No mercado alemão, que já é um dos mais importantes em termos de receitas para o Grupo Europcar, o reforço da presença deu-se com a aquisição da Buchbinder, que é uma das maiores empresas de aluguer de automóveis daquele país, especializada nos segmento de comerciais ligeiros e low-cost. Fundada há mais de 60 anos, Buchbinder é a quinta maior empresa de aluguer de automóveis do mercado germânico, com uma rede de 152 estações, incluindo 18 em aeroportos. A sua frota média é superior a 20 mil veículos. Este operador é ainda líder de mercado na Áustria, estando presente na Hungria e na Eslováquia. A Buchbinder tem um modelo de negócios diversificado, uma grande base de clientes com foco em pequenas e médias empresas (PME) e uma marca de renome elogiada, por clientes locais e pela quali-

ACORDO ENTRE NISSAN E TNSC O Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) e a Nissan estabeleceram uma parceria que tem como objetivo diminuir as emissões nas deslocações dos colaboradores daquela instituição. O diretor-geral

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dade do serviço. O volume de negócios em 2016 foi de 200 milhões de euros. Segundo o Grupo Europcar, a combinação da oferta de comerciais ligeiros da Buchbinder e da Europcar Alemanha, irá permitir a criação de um líder de mercado e constituirá um dos pilares centrais para estimular a estratégia de expansão desta tipologia de viaturas em todo o grupo. A Europcar anunciou ainda o investimento minoritário de 20% na start-up holandesa SnappCar, que se dedica ao desenvolvimento de soluções de carsharing na Europa. O investimento foi realizado através do Lab, a unidade do Grupo dedicada à inovação, e tem como objetivo ampliar a sua atividade de carsharing. Com este investimento, a SnappCar avança para uma nova fase de desenvolvimento do seu projeto que tem como objetivo contribuir para a diminuição de cinco milhões de veículos particulares até 2022. A SnappCar é atualmente o segundo maior operador de carsharing na Europa, contando com mais de 250 mil clientes e mais de 30 mil veículos disponíveis na sua plataforma. A empresa está presente na Holanda, na Dinamarca e na Suécia e pretende expandir-se para novos mercados. Um outro investimento consistiu na aquisição da espanhola Goldcar, que detém uma forte posição no segmento low-cost dos mercados espanhol e português. Com esta compra estratégica, o Grupo Europcar aumenta

da Nissan em Portugal, Guilaume Masurel, entregou as chaves de um Nissan LEAF, de um e-NV200 Evalia e de um X-Trail ao presidente do TNSC, Carlos Vargas. “O facto de passarmos a deslocar-nos em viaturas elétricas da Nissan, constitui uma afirmação quotidiana da dimensão ecológica, económica e de desenvolvimento sustentado que uma instituição como o TNSC não pode deixar de assumir e valorizar”, refere Carlos Vargas.

TRÊS NOVAS COMPRAS A Europcar adquiriu várias empresas, casos da Buchbinder, a SnappCar e a Goldcar

a sua exposição em três grandes motores de crescimento – a região do Mediterrâneo, os segmentos de lazer e low-cost – tornando-se

ALD AUTOMOTIVE ESCOLHE PARKOB A ALD Automotive selecionou o projeto da empresa austríaca Parkob para otimizar o estacionamento urbano, no âmbito do concurso lançado pela gestora de frotas às startups para apresentarem soluções ou serviços sobre a temática “Estacionamento digital”. O objetivo da primeira edição do ALD Automotive Startup Challenge era otimizar a experiência de condução em todo o processo de parqueamento em áreas

digitais. Após vários meses de trabalho em equipa com os mentores da ALD Automotive, os cinco finalistas tiveram sete minutos para apresentar a sua solução e cativar os membros do júri. O projeto vencedor consiste numa aplicação móvel inteligente que dá aos condutores a oportunidade de economizar tempo e dinheiro, uma vez que a aplicação conduz os utilizadores a locais de estacionamento gratuitos e disponíveis.


RENAULT

KOLEOS CHEGA À EUROPA

A num dos principais operadores no segmento europeu em maior crescimento, que é o de aluguer de tarifa baixa. /

Renault vai lançar o seu novo SUV topo de gama no mercado europeu. Apresentado mundialmente no Salão de Pequim de 2016 e já em comercialização em alguns mercados (Austrália, países do Golfo, América do Sul e Ásia), chegou a vez de ser introduzido na Europa. A nova proposta vem enriquecer a gama de crossovers, onde se inclui o Captur, e o Kadjar, e é o quinto modelo da marca francesa a exibir a assinatura Initiale Paris. Com um comprimento exterior de 4,67 metros e uma distância entre-eixos de 2,71 metros, o Koleos recebe um motor 2.0 dCi de 175 cv , associado a uma caixa automática X-Tronic, que foi concebida para melhorar o prazer de condução e reduzir o consumo em comparação com uma caixa automática tradicional. O Renault Koleos será comercializado em versões de duas e quatro rodas motrizes, oferecendo ainda capacidades de progressão em todo-o-terreno, graças a uma elevada distância ao solo. O novo Koleos assenta na arquitetura modular CMF-C/D da Aliança Renault-Nissan, comum a vários modelos, casos do Espace, do Talisman e do Kadjar na Renault, do X-Trail e do Qashqai na Nissan.

MERCEDES VENDE UM MILHÃO

PRIMEIRO HÍBRIDO PLUG-IN DA MINI

A Mercedes-Benz alcançou o seu maior crescimento de sempre nos primeiros seis meses de 2017, tendo comercializado mais de 1,1 milhões de automóveis em todo o mundo, o que correspondeu a um crescimento de 13,7% face a período homólogo do ano anterior. O segundo trimestre também foi o melhor de sempre, com a entrega mais de 583 mil unidades a

O Mini Cooper S E Countryman ALL4 é o primeiro híbrido plug-in da marca britânica e está disponível com um preço de venda ao público a partir de 39.350 euros. Este veículo dispõe de um motor elétrico de 88 cv e um bloco de combustão de 136 cv, oferecendo uma potência combinada de 224 CV. A marca anuncia um consumo médio entre 2,1 e 2,3 l/100

clientes em todo o mundo. Em junho, a Mercedes-Benz foi marca líder no segmento premium na Alemanha, em Itália, na França, na Bélgica, em Portugal, na Áustria, na Coreia do Sul, no Japão, na Austrália, em Taiwan, nos Estados Unidos, no Canadá e no Brasil.

km, uma emissão máxima de CO2 de 52 g/km e acelera dos 0 aos 100 km/h em 6,8 segundos. Com as baterias carregadas, o Mini Cooper PHEV dispõe de uma autonomia elétrica de até 42 quilómetros a uma velocidade máxima de 125 km/h.

AGOSTO 2017 TURBO FROTAS

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EM MOVIMENTO OPEL GRANDLAND X

NOVO SUV CHEGA EM NOVEMBRO

TERCEIRO MODELO X Com a chegada, em novembro, o Grandland X passará a ser o terceiro elemento da família X

A

Opel vai apresentar no Salão Automóvel de Frankfurt, no próximo mês de setembro, o seu novo SUV compacto, que vai receber a designação Grandland X. A sua comercialização no mercado nacional está prevista para o mês de novembro. Este é o terceiro elemento da família de modelos X da Opel, seguindo-se ao Mokka X e ao Crossland X. Com um comprimento exterior de 4,48 metros e uma distância entre-eixos de 2,67 metros, o novo modelo da marca alemã oferece espaço para cinco ocupantes, respetiva bagagem e equipamento desportivo. A pintura pode ser bi-tom, separando visualmente o tejadilho. O Grandland X vai ser proposto com um vasto conjunto de tecnologias de apoio à condução, desde o Alerta de Saída de Faixa de Rodagem ao Reconhecimento de Sinais de Trânsito ou a Assistência ao Arranque em Subidas, entre outros. Os mais recentes sistemas de informação e entretenimento IntelliLink também estarão disponíveis, possibilitando a integração das mais variadas funções dos telemóveis, garantindo uma total conectividade com o exterior. O sistema OnStar, de apoio em viagem e em emergência, vai integrar o equipamento de série. No capítulo mecânico, o Grandland X será proposto em duas motorizações, gasolina e

diesel. A primeira opção é constituída pelo bloco 1.2 Turbo de 130 Cv, com injeção direta e um consumo médio anunciado de 5,4 l/100 km. O propulsor diesel consistirá no 1.6 Turbo D, com 120 CV, que oferecerá um consumo médio entre 4,3 e 4,6 l/100 km. Para garantir uma condução em segurança em todos os tipos de piso, o novo SUV com-

COMPRAS DO RENT-A-CAR AUMENTAM 50% As empresas associadas da ARAC adquiriram um total de 9 809 veículos no mês de junho deste ano contra as 6 494 unidades em período homólogo de 2016. Isto representa um crescimento superior a 50%, um valor que é superior ao do mercado. Segundo as estatísticas da ACAP – Associação Automóvel de Portugal, o mercado português de veículos ligeiros de passageiros e comerciais

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ligeiros encerrou o mês de junho com um volume de vendas de 28 634 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 7,6% face ao mesmo período de 2016. De acordo com ARAC, o crescimento das frotas do canal rent-a-car deve-se ao aumento da procura do nosso país como destino turístico, uma vez que o número de visitantes estrangeiros não tem deixado de crescer de forma significativa.

pacto da Opel vai contar com o sistema Grip Control de controlo de tração. Com cinco modos diferentes de funcionamento, o sistema ajusta a distribuição de binário entre as rodas dianteiras, permitindo a “patinagem” de uma roda, se necessário, e consegue alterar o curso do acelerador e os pontos de passagem da caixa de velocidades automática. /

TOYOTA BISA “WORLD GREEN CAR” A Toyota alcançou pelo segundo ano consecutivo o prémio “World Green Car”, que foi atribuído por um painel de 75 jornalistas do ramo automóvel de 23 países de todo o mundo, incluindo 13 europeus. O prémio ambiental relativo a 2017 distinguiu o Toyota Prius Plug-In, sucedendo ao Toyota Mirai, o vencedor da categoria em 2016. A cerimónia de entrega do

prémio decorreu no Salão Internacional Automóvel de Nova Iorque. “É uma grande honra ver o Prius Plug-In reconhecido com o prémio “World Green Car”, afirmou Jack Hollis, vice-presidente da Toyota Motor da América do Norte.



EM MOVIMENTO DRIVENOW

BMW E BRISA COM PARCEIRA NO CARSHARING

A

BMW vai entrar no carsharing em Portugal através da sua participada DriveNow e em parceria com a Brisa. A operação irá arrancar em Lisboa até ao final do ano e a capital portuguesa será a primeira cidade da Península Ibérica e a 13ª na Europa a receber a DriveNow. “A operação da DriveNow com a Brisa, em Lisboa, será uma mais valia relevante para a mobilidade partilhada na capital e um momento importante na concretização da nossa estratégia de transformação de gestor de infraestrutura em operador de mobilidade em Portugal”, afirmou Vasco Mello, presidente do Grupo Brisa, na conferência de imprensa para apresentação desta parceria com a DriveNow. “O projeto representa mais um passo no caminho da Brisa para proporcionar mobilidade às pessoas de forma eficiente”, adiantou. “O mundo está a mudar alavancado na revolução digital e nós estamos a acompanhar essa mudança. Estamos confiantes que a oferta combinada das duas empresas seja benéfica para os cidadãos e para a cidade de Lisboa”. A DriveNow resultou de uma joint-venture entre o BMW Group e a Sixt SE para o carsharing, encontrando-se atualmente disponível em 12 cidades de oito países, contando já com 925 mil clientes. Este operador disponibiliza uma frota de veículos de baixas emissões ou de emissões zero das marcas BMW e Mini,

com base no princípio do free-float, isto é, o utilizador não tem de devolver o veículo no ponto de origem, podendo terminar a reserva em qualquer zona dentro da área definida do serviço. “O DriveNow reforça o sistema de eco-mobilidade urbana com a sua solução de oferta à medida das necessidades de desloca-

AUDI REVELA NOVO A8 A nova geração do Audi A8 foi a grande sensação do Audi Summit, que decorreu em Barcelona. O novo modelo conjuga um estilo vanguardista com um conjunto de soluções que estão à frente no seu tempo, introduzindo o sistema de 48 volts como a principal corrente elétrica do automóvel. Esta geração estreia uma nova plataforma e estará disponível em dois comprimentos de carroçaria – 5,17 metros e 5,30 metros.

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A gama de motores será composta inicialmente pelos 3.0 TDI de 286CV e 3.0 TFSI de 340CV em novembro, e posteriormente reforçada com os blocos de 4.0L TDI de 435CV e TFSI de 400CV, bem como o W12 de 585CV.

DRIVENOW EM LISBOA Após o registo na plataforma, o utilizador terá acesso à frota de veículos de car sharing da DriveNow na cidade de Lisboa

ção dos ara criar um sistema de ecomobilidade. As equipas do Grupo Brisa e da DriveNow estão a trabalhar na adaptação do serviço de carsharing às especificidades da mobilidade na cidade de Lisboa, estando prevista a divulgação de todos os pormenores do serviço – incluindo frota e preços – para o final de agosto. /

FORD FIESTA RENOVADO A Ford está a introduzir uma nova geração do Fiesta, que substitui aquela que foi lançada em 2008 e atualizada em 2013. A carroçaria cresceu sete centímetros para os 4,04 metros. Em termos mecânicos, a oferta diesel assenta no bloco 1.5 TDCi de 85 CV, que será reforçada, em setembro, com uma motorização de 120 CV. Na fase de lançamento, a gama está disponível

nos níveis de equipamento Business e Titanium, que, será complementada, no final do verão, pelas versões ST Line e Vignale. O mais barato dos diesel (1.5 TDCi de três portas) tem um preço de venda ao público a partir de 20 384 euros.



RADAR

HÍBRIDOS PLUG-IN

INCENTIVOS JUSTIFICAM APOSTA NOS PLUG-IN?

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capacidade para carSerá que os incentivos oferecidos regar, externamenpelo Estado à aquisição de modelos te, as baterias de um híbridos Plug-In, justificam a aposta modelo híbrido define a sua categoridos gestores de frotas na aquisição zação como Plug-In. destes veículos, sabendo-se que, Além dessa função por exemplo, não é possível deduzir tem de possuir uma o IVA na gasolina? bateria com capacidade superior a 4 kW/hora TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA

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e autonomia superior a 16 km em modo totalmente elétrico, sem intervenção do motor de combustão interna. O primeiro esboço de híbrido Plug-In, foi o General Motors XP-883, um protótipo que albergava seis baterias de


25KM

AUTONOMIA ELÉTRICA MÍNIMA PARA QUE UM VEÍCULOS POSSA SER CONSIDERADO HÍBRIDO PLUG-IN

50MIL€

CUSTO MÁXIMO DE AQUISIÇÃO DO VEÍCULO, PARA CONTAR COM O ABATIMENTO DO IVA

75%

DESCONTO OFERECIDO PELO ESTADO NO VALOR DO ISV

12 volts na bagageira e um motor elétrico transversal que acionava as rodas da frente. Podia ser ligado a uma tomada comum de 120 volts para recarregar a bateria. Depois, temos de avançar até aos anos 70 do século passado para escutar, pela primeira vez, a expressão “Hybrid Plug-In”, criada pelo engenheiro aeronáutico Andrew Frank, reconhecido pela maioria como o “pai” destes modelos, o mesmo homem que tinha criado o primeiro carro a usar a transmissão de variação contínua (CVT) como meio de reduzir o consumo e aumentar a performance. O interesse por esta tecnologia só regres-

sou aos estiradores dos engenheiros em 2003, quando a Renault começou a vender o Elect’road, uma versão híbrida Plug-in do comercial Kangoo. O modelo tinha uma autonomia de 150 quilómetros utilizando uma bateria de níquel cádmio e um motor a gasolina com 500 c.c. e 16 kW de potência, que funcionava como extensor de autonomia pois alimentava dois alternadores que ofereciam até 5,5 kW às 5000 rpm. Também um Prius da Toyota foi alterado pela CarCars, uma organização norte americana sem fins lucrativos, fundada em 2002 para promover os modelos híbridos Plug-In como chave para

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MODELOS HÍBRIDOS PLUG-IN À VENDA NO MERCADO PORTUGUÊS

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RADAR

HÍBRIDOS PLUG-IN

UM HÍBRIDO PLUG-IN OFERECE 75% DE DESCONTO NO ISV E ABATIMENTO TOTAL DO IVA PARA VEÍCULOS DE PREÇO ATÉ 50 MIL EUROS (VALOR SEM IVA) lidar com a dependência do petróleo. O protótipo chamava-se Prius+ e com a adição de 130 kgs de baterias, aumentava a autonomia até aos 15 km em modo puramente elétrico. O Prius manteve-se como o baluarte dos modelos híbridos, mas a faculdade de ser carregado de forma externa só surgiu bem mais tarde, em 2007, quando a Toyota viu o

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TURBO FROTAS AGOSTO 2017

Prius ser homologado como híbrido Plug-In e iniciou vendas em 2009, para frotas e em 2010 para clientes particulares. OS MODERNOS PLUG-IN

A evolução tecnológica tem sido imensa e, hoje, são mais de duas dezenas de modelos que estão em comercialização em Portugal.

Não falta, sequer, um mega desportivo para os mais abonados ou berlinas de luxo. A TURBO FROTAS dá-lhe a conhecer nestas páginas a oferta nacional e, também, os incentivos que podem faze-lo inclinar-se para a aquisição deste tipo de veículo. Além das vantagens fiscais que descrevemos em outro local deste artigo, utilizar um híbrido Plug-In é ajudar a mitigar os efeitos da poluição, pois com a ajuda do motor elétrico e a capacidade de propulsão puramente elétrica, os consumos reduzem-se drasticamente e as emissões seguem o mesmo caminho. E não tenha preocupações com a


QUAIS OS INCENTIVOS PARA OS HÍDRIDOS PLUG-IN

utilização, pois a atual tecnologia permite que seja indiferente usar um modelo puramente mecânico ou um híbrido Plug-In. E se a sua paixão são os desportivos, a BMW, por exemplo, oferece-lhe pelo preço de um Porsche 911 um desportivo híbrido. Se a sua preferência vai para os SUV, tem duas opções: ou tem orçamento ilimitado e pisca o olho ao Audi Q7 e-tron, ou o seu caminho rumo aos híbridos Plug-In passa por preços mais acessíveis e aí encontrará o excelente Mitsubishi Outlander PHEV. O primeiro, utiliza um poderoso motor a gasóleo juntamente com um motor elétrico que assegura mais de 50

Se depois de ler este artigo está a pensar em comprar um modelo híbrido PlugIn, fique a saber qual o incentivo fiscal que essa compra lhe garante. O Governo português oferece-lhe 75% de desconto no ISV (Imposto sobre Veículos) desde que a versão escolhida tenha uma autonomia mínima de 25 km em modo puramente elétrico, sendo que este desconto é oferecido sem necessidade de entregar um veículo com mais de 10 anos para abate. Poderá deduzir a totalidade do IVA se o veículo em questão custar até 50 mil euros (sem IVA) e no que toca à Tributação Autónoma, é atenuada consoante o preço do veículo, oscilando entre os 5 e os 17,5%. O Estado português oferece os benefícios fiscais acima referidos, mas não há dedução do IVA da gasolina. Diz o Código do IVA no nº1 do Artigo 21º que “não são dedutíveis despesas respeitantes a combustíveis normalmente

utilizáveis em viaturas automóveis, com exceção das aquisições a gasóleo, de gases de petróleo liquefeitos (GPL), gás natural e biocombustíveis.” Mas esta situação deve ser vista com outros olhos, como sucede com os fiscalistas. Paulo Luz, o CEO da TCA Gest, colaborador da TURBO FROTAS, refere que no que toca a dedução do IVA da gasolina deste tipo de veículos, este não é um sinal contraditório. “Não me parece, porque o objetivo é premiar os veículos 100% elétricos e não os de combustão, por isso as isenções e deduções aplicam-se sempre aos elétricos e mistos. Se fosse concedido o benefício de dedução do IVA da gasolina destes veículos estava-se a dar um sinal contrário. Não nos podemos esquecer que mesmo os veículos mistos (elétricos e de combustão) têm deduções específicas e reduções de tributação autónoma em sede de IRC.”

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RADAR

HÍBRIDOS PLUG-IN OFERTA NACIONAL DE HÍBRIDOS PLUG-IN

quilómetros de autonomia elétrica, rodeada de conforto, luxo e equipamento que quase cem mil euros podem adquirir. Já o segundo, é bem diferente, mas mais interessante. Além de ter como modelo de base um SUV de uma marca reconhecidamente importante nesse segmento, a Mitsubishi, o Outlander tem um dos melhores sistemas PHEV que oferece capacidade para recarregar externamente as baterias, mas também com o recurso ao motor de explosão interna. Pode, ainda, limitar a utilização das baterias, para assim que chega à cidade, rolar em modo puramente elétrico graças á autonomia superior a 50 km. Caso seja adepto das marcas alemãs e da BMW em particular, poderá encontrar um modelo para as suas necessidades, já que a oferta nacional passa por um monovolume compacto (225xe), berlinas médias (330e), berlinas grandes (530e) e modelos de topo (740e iPerformance) ou SUV (X5 xDrive 40e). E se a Mini for aquela marca que o faz suspirar, lá está um Countryman híbrido ao seu dispor. A Mercedes também oferece propostas para o Classe C e para o Classe E, a Porsche oferece o Panamera mais potente de sempre (650 CV) com motorização híbrida e performances de tirar o fôlego (310 km/h e 3,2s dos 0-100 km/h) e um SUV que rivaliza com o Audi Q7 e o BMW X5, mas também com o Volvo XC90 T8. Com propostas híbridas a roçar o campo desportivo, a Volkswagen oferece o sistema híbrido Plug-In nas versões GTE do Golf e do Passat. Enfim, as propostas híbridas são cada vez mais e melhores e, neste momento, começa a fazer sentido pensar, seriamente, em incluir nas opções de compra, os veículos híbridos. São mais amigos do ambiente, oferecem várias benesses fiscais e são, neste momento, a melhor alternativa para reduzir os níveis de emissões, pois são mais flexíveis que os modelos puramente elétricos, nomeadamente, no que toca à autonomia e á facilidade de utilização. /

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AUDI A3 E-TRON PREÇO 42.943€ // MOTOR 1.4 TFSI + MOTOR ELÉTRICO; 203 CV // DESEMPENHO 7,6 S 0-100 KM/H ; 222 KM/H (130 KM/H MODO EV) // CONSUMO 1.6 L/100 KM // EMISSÕES CO2 36 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM

AUDI Q7 E-TRON PREÇO 93.616€ // MOTOR 3.0 V6 TDI + MOTOR ELÉTRICO; 373 CV // DESEMPENHO 6,2 S 0-100 KM/H; 230 KM/H (135 KM/H MODO EV) // CONSUMO 1.8 L/100 KM // EMISSÕES CO2 48 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 54 KM

BMW 225XE ACTIVE TOURER PREÇO 40.060€ // MOTOR 1.5 + MOTOR ELÉTRICO; 224 CV // DESEMPENHO 6,7 S 0-100 KM/H; 202 KM/H (ND MODO EV) // CONSUMO 2.1 L/100 KM // EMISSÕES CO2 46 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 41 KM

BMW 330E PREÇO 47.660€ // MOTOR 2.0 + MOTOR ELÉTRICO; 252 CV // DESEMPENHO 6,1 S 0-100 KM/H; 225 KM/H (120 MODO EV) // CONSUMO 1.9 L/100 KM // EMISSÕES CO2 39 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 33 KM

BMW 530E PREÇO 62.200€ // MOTOR 2.0 + MOTOR ELÉTRICO; 252 CV // DESEMPENHO 6,2 S 0-100 KM/H; 235 KM/H (120 MODO EV) // CONSUMO 1.9 L/100 KM // EMISSÕES CO2 44 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM

BMW 740E iPERFORMANCE PREÇO 105.390€ (740Le 108.500€) // MOTOR 2.0 + MOTOR ELÉTRICO; 326 CV // DESEMPENHO 5,4 S 0-100 KM/H; 250 KM/H (140 MODO EV) // CONSUMO 2.2 L/100 KM // EMISSÕES CO2 50 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 44 KM


BMW X5E XDRIVE40e PREÇO 79.557€ // MOTOR 2.0 + MOTOR ELÉTRICO; 313 CV // DESEMPENHO 6,8 S 0-100 KM/H; 210 KM/H (130 MODO EV) // CONSUMO 3.4 L/100 KM // EMISSÕES CO2 78 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 31 KM

MERCEDES E350e PREÇO 62.700€ // MOTOR 2.0 + MOTOR ELÉTRICO; 286 CV // DESEMPENHO 6,2 S 0-100 KM/H; 250 KM/H (130 MODO EV) // CONSUMO 2.1 L/100 KM // EMISSÕES CO2 49 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 33 KM

BMW i8 PREÇO 142.900€ // MOTOR 1.5 + MOTOR ELÉTRICO; 362 CV // DESEMPENHO 3,4 S 0-100 KM/H; 250 KM/H (120 MODO EV) // CONSUMO 2,1 L/100 KM // EMISSÕES CO2 49 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 37 KM

MINI COOPER SE COUNTRYMAN ALL4 PHEV PREÇO 41.210€ // MOTOR 1.5 + MOTOR ELÉTRICO; 224 CV // DESEMPENHO 6,8 0-100 KM/H; 198 KM/H (110 KM/H MODO EV) // CONSUMO 2.3 L/100 KM // EMISSÕES CO2 40 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 42 KM

MERCEDES C350e PREÇO 79.557€ // MOTOR 2.0 + MOTOR ELÉTRICO; 279 CV // DESEMPENHO 5,9 S 0-100 KM/H; 250 KM/H (130 MODO EV) // CONSUMO 2.1 L/100 KM // EMISSÕES CO2 48 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 31 KM

MITSUBISHI OUTLANDER PHEV PREÇO 47.501€ // MOTOR 2.0 + MOTOR ELÉTRICO; 203 CV // DESEMPENHO 10,5 0-100 KM/H; 185 KM/H (ND MODO EV) // CONSUMO 1.7 L/100 KM // EMISSÕES CO2 52 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 54 KM

PORSCHE CAYENNE S E-HYBRID PREÇO 94.510€ // MOTOR V6 3.0 + MOTOR ELÉTRICO; 416 CV // DESEMPENHO 5,9 0-100 KM/H; 243 KM/H (125 KM/H MODO EV) // CONSUMO 3.4 L/100 KM // EMISSÕES CO2 79 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 36 KM

PORSCHE PANAMERA TURBO S HYBRID PREÇO 197.934€ // MOTOR V8 4.0 + MOTOR ELÉTRICO; 680 CV // DESEMPENHO 3,2 0-100 KM/H; 310 KM/H (140 KM/H MODO EV) // CONSUMO 2.9 L/100 KM // EMISSÕES CO2 66 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 25-50 KM

VOLKSWAGEN PASSAT GTE PREÇO 47.511€ // MOTOR 1.4 + MOTOR ELÉTRICO; 218 CV // DESEMPENHO 7,4 0-100 KM/H; 225 KM/H (120 KM/H MODO EV) // CONSUMO 1.8 L/100 KM // EMISSÕES CO2 40 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM

PORSCHE PANAMERA 4 E-HYBRID PREÇO 117.141€ // MOTOR V6 3.0 + MOTOR ELÉTRICO; 462 CV // DESEMPENHO 4,6 0-100 KM/H; 278 KM/H (140 KM/H MODO EV) // CONSUMO 2.5 L/100 KM // EMISSÕES CO2 56 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 25-51 KM

TOYOTA PRIUS HYBRID PLUG IN PREÇO 41.200€ // MOTOR 1.8 + MOTOR ELÉTRICO; 122 CV // DESEMPENHO 11,1 0-100 KM/H; 162 KM/H (135 KM/H MODO EV) // CONSUMO 1.0 L/100 KM // EMISSÕES CO2 22 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM

VOLVO V60 D5 HYBRID PREÇO 61.355€ // MOTOR 2.4 TURBO DIESEL + MOTOR ELÉTRICO; 288 CV // DESEMPENHO 6,0 0-100 KM/H; 230 KM/H (ND MODO EV) // CONSUMO 1.8 L/100 KM // EMISSÕES CO2 48 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM

PORSCHE PANAMERA SPORT TURISMO E-HYBRID PREÇO 120.093€ // MOTOR V6 3.0 + MOTOR ELÉTRICO; 416 CV // DESEMPENHO 5,9 0-100 KM/H; 243 KM/H (125 KM/H MODO EV) // CONSUMO 3.4 L/100 KM // EMISSÕES CO2 79 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 36 KM

VOLKSWAGEN GOLF GTE PREÇO 44.695€ // MOTOR 1.4 + MOTOR ELÉTRICO; 204 CV // DESEMPENHO 7,6 0-100 KM/H; 222 KM/H (115 KM/H MODO EV) // CONSUMO 1.8 L/100 KM // EMISSÕES CO2 40 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM

VOLVO XC90 T8 HYBRID PREÇO 87.994€ // MOTOR 2.0 + MOTOR ELÉTRICO; 407 CV // DESEMPENHO 5,6 0-100 KM/H; 230 KM/H (ND MODO EV) // CONSUMO 2.1 L/100 KM // EMISSÕES CO2 49 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 45 KM

AGOSTO 2017 TURBO FROTAS

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OPINIÃO

O FUTURO? MANUTENÇÃO PREDITIVA! O gestor de frota moderno, com todo o suporte que a tecnologia disponível lhe proporciona, deve mudar o seu paradigma clássico de manutenção. MARCELO OLIVEIRA CONSULTOR

Até aqui vigoram os conceitos da manutenção preventiva, que não é mais do que toda a ação planeada de controlo e monitorização, com o objetivo de reduzir falhas no desempenho de equipamentos, como também o da manutenção corretiva, que consiste no conjunto de serviços executados nos equipamento com falhas e/ou avarias. Mas estes conceitos de manutenção não têm por base um conceito científico, ou seja, a possibilidade dos custos inerentes não são previsíveis, pois estamos perante variáveis que nem sempre controlamos. No entanto, o conceito de imprevisível na manutenção automóvel está a mudar, rápida e radicalmente. Uma startup portuguesa, a Stratio Automotive, com apoios da União Europeia e da Microsoft, revoluciona o conceito de manutenção preditiva, que é aquela que indica as condições reais de funcionamento dos equipamentos, com base em dados que informam o seu desgaste ou processo de degradação. Com este projeto, introduziu-se o modelo de “Transformamos a Manutenção de Frotas numa Ciência Exata”. Mas como? A Stratio desenvolveu um dispositivo que, ligado a uma ficha EOBD, permite a recolha de dados em tempo real de todos os sensores do veículo. Através da utilização da Inteligência artificial, é possível prever e identificar problemas antes destes acontecerem, evitando avarias graves e paragens prolongadas do veículo. Este dispositivo identifica potenciais problemas e fornece informações sobre o tempo de reparação estimado, custos potenciais e um guia de reparação com infor-

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mação passo-a-passo acerca do problema encontrado, para além de ter a caraterística de ser um sistema agnóstico, ou seja, funciona em todos os veículos, independentemente da idade, marca ou modelo, permitindo assim, a otimização dos custos operacionais da frota através da redução dos custos de manutenção e reparação, a diminuição do tempo de inatividade do veículo (tempo que está parado por questões de manutenção) e aumentar a vida útil do veículo. Para além de toda esta componente mecânica, que é o foco da solução, o dispositivo está dotado de georeferenciação permitindo obter informação sobre a localização das viaturas. Outra abordagem para a manutenção preditiva foi dada pela MOTORcheckUP, devidamente certificada pela TÜV. Este produto é de utilização simples: basta retirar uma gota de óleo, através da vareta, e colocar no centro do teste, aguardar 3 a 10 horas para que a gota de óleo seja absorvida e o algodão separe os contaminantes e, por fim, comparar o resultado do teste com a folha de resultados. Com este procedimento, é possível aferir se existem fugas de óleo, de líquido refrigerante, demasiado combustível no óleo, entre outros. Este diagnóstico, ainda antes de ser detetado ou pelo condutor ou pelos sistemas eletrónicos da viatura, “antecipa” a avaria, evitando, assim, custos desnecessários. Assim, e como demonstrado, é ainda mais óbvio o conceito de que para termos resultados diferentes, deveremos seguir sempre caminhos diferentes. (www.marceloxoliveira.com)



PERSPETIVA

GESTORA DE FROTAS

ARVAL

APOSTA NA DIFERENCIAÇÃO Diferenciação e disponibilização de um serviço de valor acrescentado ao cliente são apostas da gestora de frotas Arval, segundo garantiu o seu CEO, Phillipe Bismut TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

C

ada vez mais os clientes têm a expetativa de que as gestoras de frotas ofereçam um conjunto alargado de serviços, que vão para além de soluções tradicionais de financiamento, garante Phillipe Bismut, CEO da Arval, durante um encontro com jornalistas da imprensa especializada, em Lisboa. “Os nossos clientes pedem mais valor acrescentado num mesmo contrato de financiamento. Pretendem que entidades como a Arval disponibilizem serviços completos, que incluam o condutor e todas as tarefas relacionadas com a gestão das viaturas”. O CEO da Arval entende que a disponibilização desse tipo de serviços tem contribuído para o crescimento desta gestora de frotas, que é detida pelo BNP Paribas. “Obtivemos um crescimento assinalável nos últimos anos e para 2017 esperamos alcançar um aumento de 8%, que será superior ao do mercado. Acreditamos que continuaremos a crescer nos próximos anos”, afirma o responsável. “Estamos a beneficiar dos ventos favoráveis num setor que, cada vez mais, privilegia os operadores de maior dimensão”. O responsável máximo da Arval adianta que a evolução do negócio da gestão de frotas tem sido dominada por duas grandes tendências: crescimento generalizado do mercado e a concentração em operadores que disponibilizam serviços completos. No que se refere à primeira tendência, Phillipe Bismut destaca o alargamento da base de clientes às PME e a empresários em nome individual, num setor que estava direcionado para as grandes empresas. O aumento do número total de clientes leva a que estes sejam de me-

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TURBO FROTAS AGOSTO 2017

nor dimensão, obrigando, por questões de rendibilidade, ao estabelecimento de parcerias comerciais com redes de retalho e bancos. “Não se justifica investir num canal de vendas direto para trabalhar clientes individuais, num mercado cada vez atomizado, afirma Phillipe Bismut, adiantando que a frota média da Arval é de dez veículos. “Temos clientes com frotas superiores a dez mil veículos. Por outro lado, temos cerca de 70 mil clientes individuais, incluindo médicos, enfermeiros, advogados, entre outros”, acrescenta. A Arval está presente em 28 países diretamente e em 21 outros mercados, através de uma rede de parceiros. Por outro lado, o número de operadores globais também tem vindo a diminuir como consequência das operações de fusões e aquisições. A própria Arval adquiriu a GE Capital em novembro de 2015, ascendendo à liderança da tabela das gestoras de frotas na Europa, adicionando 160 mil veículos à frota de 930 mil veículos que já tinha sob sua gestão. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO Relativamente à evolução do setor, o CEO da Arval acredita que as empresas de média dimensão, que não têm recursos para investir em soluções de gestão de frotas, irão, à semelhança das grandes empresas, apostar em serviços abrangentes, o que constituirá uma oportunidade de crescimento para as gestoras de frotas de maiores dimensões. O responsável adianta que a Arval está preparada para esta mudança com a oferta de propostas completas que permitem às empresas externalizar os serviços de gestão de frotas. “O desafio está agora na diferenciação”, sublinhando a importância crescente das tecnologias de informação, quer para contacto com

"NÃO SE JUSTIFICA INVESTIR NUM CANAL DE VENDAS DIRETO PARA TRABALHAR CLIENTES INDIVIDUAIS NUM MERCADO CADA VEZ MAIS ATOMIZADO"


o cliente, quer com a rede de fornecedores de serviços. “Isso garante um melhor serviço e uma melhor experiência para o cliente”, afirmou, adiantando que a tecnologia está, cada vez mais, presente nos veículos. “A telemática que instalamos nos veículos que gerimos para os nossos clientes permitem a extração de todos os dados relevantes – quilometragem, velocidade, consumo, localização – e os hábitos de condução, o que é muito útil para melhorar a gestão dessa frota”, refere o responsável. “Investimos fortemente numa infraestrutura integrada para fornecer serviços de gestão de frotas aos nossos clientes. Basicamente, esta combinação de tecnologia, a relação direta com os condutores e a rede de fornecedores permitiu alargar o nosso serviço tradicional e acreditamos que daqui a alguns anos iremos passar a ser a referência do setor”.

Os períodos de utilização dos veículos de frotas dos clientes tenderão a alterar-se, com uma maior partilha e uma menor utilização individual de um determinado veículo. “O tempo de imobilização dos veículos terá tendência para diminuir”, esclarece Phillipe Bismut. “As empresas vão optar cada vez mais por soluções de car pooling e car sharing, que permitem aproveitar um meio, que, nalguns casos tem uma taxa de utilização do seu tempo útil entre cinco a dez por cento. Nesse sentido, a Arval tem vindo a desenvolver soluções para otimizar as frotas dos nossos clientes com o objetivo de oferecer soluções mais flexíveis para as frotas, começando pelo conceito tradicional de car pooling”. O responsável adianta que a tecnologia atual permite fazer este planeamento da frota com toda a facilidade. A Arval está igualmente a desenvolver soluções de car sharing,

que procuram não só otimizar o uso da frota, como reduzir os custos com transportes”. “Em vez de uma empresa atribuir uma viatura a um funcionário, o desafio é disponibilizar a mesma para vários funcionários, quer para uso profissional, quer particular. Estes sistemas podem ter fins exclusivamente empresariais, mas também podem ser usados para gerir (e cobrar) a utilização da viatura, rentabilizando a utilização das mesmas”. OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO EM PORTUGAL Relativamente a Portugal, Phillipe Bismut, refere que o mercado automóvel voltou a crescer, o que se deve à recuperação da Economia nacional. “A penetração do renting multisserviços ainda é bastante baixa, sobretudo entre as PME. Para a Arval, isso constitui uma ex-

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PERSPETIVA

GESTORA DE FROTAS

celente oportunidade para crescer e oferecer propostas diferenciadas aos clientes. A Arval não é líder de mercado em Portugal, mas isso não constitui um problema. Não competimos para sermos os maiores, mas na construção de um portefólio de longo prazo para clientes fidelizados. Acreditamos que o mercado português tem “apetite” por este tipo de serviço, o que não sucede em todo o lado. Todas as inovações que temos em mente poderão ter uma excelente recetividade em Portugal”. O CEO da Arval refere ainda que se está a verificar uma redução do peso dos diesel

"A ARVAL NÃO É LÍDER DE MERCADO EM PORTUGAL, MAS ISSO NÃO CONSTITUI UM PROBLEMA. NÃO COMPETIMOS PARA SERMOS OS MAIORES"

nas frotas, reconhecendo que essa alteração ainda está a ocorrer no mercado português. “O diesel continua a ser dominante nas empresas portuguesas”, adiantando que será uma mudança gradual. “Nos veículos mais pequenos, oferta gasolina já é mais competitiva que os diesel, mas tudo dependerá do perfil de utilização de cada veículo”. Para quem faz muitos quilómetros em estrada, o diesel continuará a ser a melhor opção. Para percursos urbanos, qualquer das alternativas ao diesel – gasolina, híbrido ou elétrico – será viável. /

ESTUDO “MOBILIDADE NAS PME PORTUGUESAS” A Arval divulgou um estudo relativo à mobilidade nas PME portuguesas, realizado pelo Corporate Vehicle Observatory (CVO). A investigação teve como objetivo fazer um retrato acerca das caraterísticas da frota automóvel neste segmento de empresas – as quais representam entre 90 a 95% do tecido empresarial – e a forma como são tomadas as decisões de gestão sobre esta área de custos nas empresas, bem como

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TURBO FROTAS AGOSTO 2017

as necessidades, atuais e futuras, dos gestores das PME. Segundo o estudo, 71% das PME recorrem ao crédito para aquisição das viaturas, considerando esse financiamento como um investimento para o negócio. Por outro lado, apesar de 47% das PME portuguesas considerarem que o custo é o principal critério de escolha para aquisição de uma viatura nova, as questões do consumo de combustível e

da carga fiscal não são devidamente valorizadas. Na verdade, apenas 17% dos gestores das PME dizem analisar os consumos médios das viaturas antes de decidir pela compra e só 3% admitem ponderar o peso da carga fiscal. As principais necessidades referidas pelas PME são a segurança e benefícios para os colaboradores, a redução de custos e do tempo despendido com a gestão de frota. O estudo também indica que o principal motivo

para a aquisição de viaturas é a necessidade de aumentar a frota automóvel, uma decisão que é tomada, maioritariamente, pelo responsável máximo da organização. As principais soluções de financiamento são o crédito bancário e o leasing, apesar de se notar uma diminuição nestas modalidades. Todavia, o renting só é utilizado por 13% das empresas, com 47% das PME a desconhecer essa forma de financiamento. Não

obstante, o renting é o modelo com menor taxa de abandono. Na esmagadora maioria dos casos, cerca de 80%, as viaturas de serviço são destinadas ao diretorgeral / administrador, sendo que, em 37% das situações, as viaturas são atribuídas às equipas comerciais. Finalmente, mais de metade dos empresários inquiridos referem estar dispostos a pagar um valor mais elevado para estarem protegidos de eventuais custos adicionais.



TENDÊNCIAS

RENTING

Além das instituições financeiras tradicionais existem outras entidades que já disponibilizam soluções de aluguer operacional de veículos para empresas, designadamente para PME. Os casos mais recentes são protagonizados pela ZEEV e pela Norauto TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

A

pesa r do crédito bancário e do leasing continuarem a ser as principais fontes de f inanc ia mento para as frotas das empresas portuguesas, o aluguer operacional de veículos (renting) tem vindo a ganhar expressão no mercado nacional. Segundo dados da ALF (Associação Portuguesa de Factoring, Leasing e Renting), este produto financeiro foi

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TURBO FROTAS AGOSTO 2017

SOLUÇÕES ORIENTADAS PARA AS PME responsável por uma produção de 642 milhões de euros em 2016. Tecnicamente, o renting consiste numa oferta integrada de serviços, que tem por base o aluguer operacional de um veículo novo para um determinado prazo e quilometragem, mediante o pagamento de uma renda fixa, onde o cliente apenas suporta a depreciação da viatura estimada do contrato. Este aluguer operacional inclui todos os serviços necessários ao normal funcionamento da viatura e à sua conservação. O renting dirige-se a empresas ou entidades equiparadas, empresários em nome individual, administração pública e também particulares. A principal vantagem para uma empresa deste

produto financeiro consiste na possibilidade de poder concentrar de forma mais intensa os seus recursos na sua atividade, além de poder ajustar a frota às suas necessidades em cada momento. O aluguer operacional de veículos permite à empresa ter sempre a sua frota atual e operacional, com contratos a partir de 12 meses, beneficiando ainda de serviços de assistência 24 horas por dia, durante todo o ano. O contrato de renting também permite eliminar os riscos operacionais, designadamente a desvalorização e a manutenção corretiva. A gestão do contrato está concentrada numa única entidade e o pagamento da utilização da viatura é efetuado mensalmente, que inclui numa única fatura todos os serviços. Os


contratos de renting têm normalmente associados a gestão oficinal e a manutenção automóvel, a disponibilização de uma viatura de substituição em casos de avaria, gestão de pneus, assistência 24 horas, gestão de seguros e sinistros, negociação, compra e entrega do veículo, pagamentos de impostos e gestão de multas, relatórios de gestão e consultoria. O contrato de renting tem uma duração que, regra geral, varia entre os 12 e os 60 meses, podendo, no entanto, este prazo ser estendido. As quilometragens é que não podem ultrapassar os 180 mil quilómetros nos veículos a gasolina e os 200 mil quilómetros nas viaturas a gasóleo. No mercado nacional, a atividade de renting é efetuada diretamente por gestoras de frotas

como a ALD Automotive, a Arval, a Athlon, a Finlog, a LeasePlan e a Locarent. Este produto financeiro também é disponibilizado por instituições financeiras dos construtores automóveis, como a BMW Financial Services, o RCI Banque, Toyota Financial Services ou o Volkswagen Bank, e também pelos bancos tradicionais – Bankinter, Caixa Geral de Depósitos, Millennium bcp, Banco Santander Totta, Montepio Geral, Novo Banco – que em muitos casos comercializam aos seus balcões produtos de renting, cujos contratos são geridos pelas gestoras de frotas. Mais recentemente, outras entidades têm vindo a propor aos seus clientes este tipo de financiamento, casos, por exemplo, da ZEEV ou da Norauto.

ALÉM DAS GESTORAS DE FROTAS E DOS BANCOS EXISTEM OUTRAS ENTIDADES QUE JÁ SE DEDICAM À COMERCIALIZAÇÃO DE SOLUÇÕES DE RENTING AGOSTO 2017 TURBO FROTAS

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TENDÊNCIAS

RENTING

A ZEEV LANÇOU A SOLUÇÃO DE FINANCIAMENTO "JUSTGREEN", QUE ABRANGE O VEÍCULO ELÉTRICO E INCLUI TODOS OS SERVIÇOS, DESDE A MANUTENÇÃO ATÉ AO CARREGAMENTO “Existe um crescimento do número de consumidores que vai descobrindo as vantagens fiscais do renting e que adere por questões de otimização financeira”, afirma João Guerra, diretor de marketing da ZEEV, empresa pioneira na oferta de soluções de mobilidade elétrica, incluindo a comercialização de veículos elétricos, híbridos plug-in, carregamento e assistência após-venda. “Em 2016, o renting cresceu com grande contributo das PME e dos particulares, o que nos leva a considerar que o negócio já não é só de grandes frotas, mas, sim, uma tendência generalizada do mercado. Um gestor de frota de uma empresa já não quer ser

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TURBO FROTAS AGOSTO 2017

um “financiador do mercado”, mas, sim, um gestor de mobilidade que tem de satisfazer o seu cliente interno”, acrescenta o responsável, adiantando que “muitas empresas estão a converter as frotas de veículos de status, de forma a dar resposta à subida dos preços e dos impostos. A ZEEV reconhece esta tendência e identifica uma outra, que consiste na “proliferação dos impostos sobre veículos ligeiros referentes às emissões de dióxido de carbono”, a qual contribuirá para a “alteração do tipo de veículo circulante e onde o elétrico tem muito espaço para crescer”. Por sua vez, para o diretor de marketing da Norauto, Miguel Costa, a introdução de um serviço de aluguer operacional de veículos teve como objetivo “oferecer um conjunto de serviços e produtos que facilitem a vida dos nossos clientes”. SOLUÇÃO JUSTGREEN A solução de financiamento da ZEEV recebeu a designação de “Renting ZEEV – Just Green” e compreende uma oferta bastante alargada, que abrange o veículo elétrico e todos os serviços incluídos: manutenção especializada, pneus, seguros, cartão de frota, veículo de substitui-

ção e gestão de frota. “Queremos diferenciar-nos, colocando em alguns casos o foco mais no preço e noutros na oferta”, afirma João Guerra, diretor de marketing da ZEEV. Para o primeiro caso, o responsável faz referência à solução de financiamento para o Tesla S, considerando-a como a “mais competitiva do mercado em termos de renda, com um valor abaixo dos mil euros (sem IVA), com tudo incluído, para um prazo de 60 meses e 75 mil quilómetros”. Para veículos de gama média, como o Renault ZOE ou o Nissan LEAF, a solução de renting da ZEEV, que também tem um prazo de 60 meses e 75 mil quilómetros, tem a particularidade de possibilitar ao cliente de usufruir da experiência de condução durante três dias de um Tesla por trimestre. “O nosso objetivo é proporcionar experiências e o cliente que já se rendeu ao veículo elétrico vai poder sentir o que é um automóvel com uma potência de 285 kW (382 CV) e único em termos de tecnologia”, afirma João Guerra. “Caso o cliente opte por outro veículo elétrico é possível construir à medida, uma vez que a oferta não se esgota no Renault ZOE nem no Nissan LEAF”, refere o responsável, adiantando que o “JustGreen inclui outros pacotes opcionais ligados à mobilidade elétri-


um nível mais global, destacamos duas grandes vantagens da mudança para a mobilidade elétrica: o total controlo de custos com a viatura e com tudo o que lhe diz respeito, incluindo a energia para carregar e o facto de não ter de ficar na posse de um veículo, que, pelas suas caraterísticas, é mais suscetível de uma rápida desatualização tecnológica”. O diretor de marketing da ZEEV adianta que, “pela experiência acumulada e por ser uma empresa focada exclusivamente nos veículos elétricos”, oferece soluções de financiamento “competitivas” para frotas. Os contratos são geridos diretamente pela própria ZEEV. “As gestoras de frota tradicionais estão apenas preparadas para a gestão do contrato no âmbito exclusiva da viatura. A solução de renting da ZEEV assegura também a gestão e manutenção dos postos de carga e em alguns casos dos sistemas de energia renovável associados ao carregamento”, refere.

NORAUTO RENTING A Norauto e a ALD Automotive iniciaram a disponibilização de uma oferta de renting. O produto recebeu a designação "Norauto Renting"

ca: carregador, produção de energia através de painéis fotovoltaicos e veículos pessoais como, por exemplo, trotinetes ou bicicletas elétricas. Com todos estes componentes fica justificada a designação JustGreen, pois é realmente um renting sustentável e diferente”. Para o cliente, a principal vantagem para o cliente desta solução de renting é a simplicidade na transição para uma solução elétrica. “Evoluir para a mobilidade elétrica não pode significar uma dor de cabeça para o cliente, utilizador ou gestor de frota, com a escolha do posto de carga, a infraestrutura, o controlo dos consumos de eletricidade ou o cartão de frota elétrico”, garante João Guerra. “A ZEEV oferece uma solução completa e totalmente integrada, incluindo a gestão da própria frota. A

ALÉM DA UTILIZAÇÃO DO VEÍCULO, O CLIENTE DO NORAUTO RENTING TEM A POSSIBILIDADE DE FAZER A MANUTENÇÃO AO LONGO DE SETE DIAS POR SEMANA E EM HORÁRIOS ALARGADOS NOS CENTROS AUTO DA MARCA

NORAUTO RENTING Reconhecida pelo mercado pelo seu nível de serviço e acompanhamento ao cliente particular e empresarial, a Norauto passou a disponibilizar uma oferta em conjunto com a ALD Automotive, que recebeu a designação de Norauto Renting. “Houve uma oportunidade que se criou para fazer esta parceria e conseguimos concretizá-la, sendo a Norauto Portugal a primeira do Grupo a lançar este tipo de oferta”, afirma Miguel Costa, diretor de marketing da Norauto. “A ALD Automotive é uma dos grandes operadores internacionais no setor de renting e gestão frotas, com bastante know-how e que nos permite oferecer condições financeiras bastante competitivas no mercado, aliado aos serviços muito vantajosos da Norauto”, refere o responsável, adiantando que esta oferta se enquadra na filosofia da Norauto, “de zero preocupações para os nossos clientes que adiram a este serviço”. Para além da utilização do automóvel, o Norauto Renting inclui conjunto de serviços, como seguro, IUC, assistência em viagem, linha de apoio ao condutor, inspeção periódica, manutenção e pneus, como opcional. “O cliente do Norauto Renting terá a possibilidade de fazer a manutenção e pneus ao longo de sete dias por semana em horários alargados”, afirma Miguel Costa. /

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NOVOS MODELOS

NISSAN QASHQAI

ESTICAR AS RUGAS Dinamismo e capacidade de resposta são essenciais no universo automóvel e até mesmo o Qashqai, “pai” do segmento dos crossover, não escapa a constantes intervenções para evitar que as rugas possam beliscar as vendas. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA

A

atualização imprimida ao Qashqai não é profunda e, na essência, destina-se a colocar o estilo da face dianteira igual aos mais recentes modelos da Nissan. Depois acrescenta um novo patamar de equipamento, algumas alterações no interior e serve de base para o lançamento do Propilot, sistema de condução autónoma. Não, não pode comprar já um Qashqai com este sistema pois a Nissan falou, muito sem dizer nada, sobre o sistema que chega ao mercado, apenas, em março do próximo ano. Mas fica já o anúncio para deixar a concorrência em sentido. Olhemos, então, para as novidades que poderá encontrar no “novo” modelo caso seja um dos 2,3 milhões de pessoas que já comprou

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um Qashqai, ou se está a ponderar engrossar esse número. A Nissan optou por, finalmente, ouvir os adeptos do Qashqai e ficou a saber que a maioria deseja um carro mais forte em termos de estilo, com melhores acabamentos e refinamento, mais equipamento e envolvência na condução. Perante este caderno de encargos dado pelos clientes, a Nissan focou-se em quatro áreas: estilo exterior, qualidade do interior, melhoria do prazer de condução, novas tecnologias. Não podendo mudar tudo, a Nissan deu uma nova frente ao Qashqai, semelhante á que usa no Micra e que é, enfim, a assinatura em termos de estilo da casa japonesa. A grelha em V mais agressiva (e que tem dois acabamentos, uma para a versão base e outra para as de topo), os novos faróis, capot e guarda lamas, são as maiores alterações introduzidas. Na lateral,

um ligeiro retoque, na traseira novos farolins e um para choques redesenhado. Contas feitas, o Qashqai está ligeiramente maior (mais 17 mm) que o anterior. No interior há novos bancos com novidade absoluta, a regulação elétrica com memória. Nos modelos de topo tem direito a um desenho tridimensional que aumenta o conforto, outra estreia no Qashqai. A Bose passa a fornecer, também, a Nissan e, destaque maior desta renovação, o novo volante igual ao do Micra. MAIS AJUDAS À CONDUÇÃO Além de mexerem na afinação dos amortecedores, molas e casquilhos, os técnicos da Nissan incrementaram a dureza das barras estabilizadoras e juntaram o sistema “Active Ride Control System”. Na direção, a árvore de ligação é mais fina e a caixa de direção mais rápida e a Nissan


NOVIDADES ligeiras neste renovado Qashqai, com destaque para o novo volante, novos bancos e alterações na estética dianteira e traseira. A mecãnica ficou igual

NISSAN QASHQAI oferece o “Active Return Control” que faz o volante regressar ao ponto neutro central com mais facilidade. Depois, a Nissan agrupou no “Nissan Inteligent Mobility” o avisador de tráfego quando estamos a sair de um estacionamento, travagem de emergência inteligente com reconhecimento de peões, controlo do ângulo morto traseiro baseado em radar, reconhecimento dos sinais de trânsito, avisador de fadiga do condutor, estacionamento automático, vista 360 graus e avisador de transposição inadvertida de faixa de rodagem. Para o ajudar nos arranques a subir ou a descer, existe, ainda, o SSA. Que trava o carro durante 3 minutos em qualquer das duas situações, acionando o travão de estacionamento casa nada suceda nesses 180 segundos. MECÂNICAS SEM ALTERAÇÕES Não há grandes novidades, apenas uma oferta de blocos diesel (1.5 110 CV, 1.6 130 CV) e a gasolina (1.2 115 CV e 1.6 163 CV) que podem ter caixa manual de seis velocidades ou uma automática CVT. As emissões vão das 99 ás 134 gr/ km de CO2 e os consumos oscilam entre os 3,8 e os 5,8 l/100 km (gasolina e gasóleo). Quanto a preços vão dos 24 mil aos 40 mil euros. /

ÍNDICE DE QUALIDADE (USED CAR REPORT)* KM (em milhares) 0-50 CHASSIS

50-100 100-150 (0,9) 1,0 (3,1) 4,0 (7,7) 12,0

DIREÇÃO MOTOR

(1,4) 1,7 (5,0) 4,1 (12,1) 9,5

E AMBIENTE

115 GR/KM

EMISSÕES DE CO2

CARROÇARIA

(0,5) 0,4 (1,2) 0,8 (2,0) 1,4

INTERIOR TRAVAGEM ELÉTRICA

(2,6) 2,8 (7,3) 7,0 (12,4) 12.2 (5,0) 5,2 (11,8) 13,4 (23,2) 28,0

E ELETRÓNICA

4,4 L/100 KM CONSUMO MÉDIO

S/DEFEITOS PEQS DEFEITOS

130 CV

MOTOR 1.6 DCI

30 MIL KM

INTERVALO DE MANUTENÇÃO

(92,9%) 92,2% (83,1%) 82,4 (70,4%) 67,5

RELEVANTES DEFEITOS

(2,1%)2,1% (6,5%) 5,8 (12,0%) 11,7 (5,1%) 5,7% (10,4%) 11,9 (17,6%) 20,8

CONSIDERÁVEIS

*Os dados referem-se a defeitos verificados nas unidades ensaiadas da anterior geração  entre parêntesis, os valores médios do segmento  melhor do que a média do segmento  pior do que a média do segmento Nota: Apenas foi considerada a geração atual, pelo que só há registo para viaturas com até 50 mil kms percorridos

AGOSTO 2017 TURBO FROTAS

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NOVOS MODELOS

PEUGEOT 308

NOVO MOTOR DIESEL A renovação da gama 308 vem acompanhada por um novo motor diesel de 130 CV, que promete reduzir os consumos entre 4 a 6%. Todavia, não estará disponível logo no lançamento, em setembro, chegando apenas no final do ano TEXTO ANTÓNIO AMORIM

P

or vezes há destes dilemas. A marca tem importantes evoluções a inserir na gama, mas fá-lo aos poucos, adiando o melhor para mais tarde. É o que se está a passar com o renovado 308. Chega em setembro com uma frente renovada e mais tecnologia, mas também terá um novo motor turbodiesel 1.5 BlueHDi de 130 CV e uma importante renovação do 1.2 Puretech. O novo diesel no final do ano e o Puretech mais limpo no início de 2018. Até lá, vamo-nos contentando com esta frente com três novas entradas de ar inferiores, uma ao centro e duas laterais com os faróis de nevoeiro, se for o caso, LED integrados nas óticas (full LED nos GT Line, GT e GTi) e, atrás, novos farolins agora sempre acesos. Há também novas jantes à escolha. No habitáculo aparecem todas as tecnologias que encontramos nos novos crossover 3008 e

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5008. O i-cockpit mantém-se, com o seu minúsculo volante por baixo da instrumentação, a consola quase isenta de botões e um ecrã central agora mais evoluído e capacitativo. Os revestimentos também mudam. É no capítulo conetividade que há grandes melhorias. Fica disponível a navegação 3D com reconhecimento de voz, conectara com o sistema TomTom Traffic que envolve informações em tempo real sobre trânsito, meteorologia, estacionamento e outras. Surge ainda a função Mirror Screen que replica o ecrã do smartphone no ecrã do carro e possibilita também aqui o comando por voz, incluindo chamadas telefónicas, mensagens escritas e ditar endereços para a navegação, tudo compatível com os protocolos Mirrorlink, Android Auto e Apple Carplay. Outra subida de degrau dá-se na eletrónica de assistência à condução e segurança, também ela herdada dos crossover. Destacam-se o alerta de colisão, incluindo para peões, com travagem autónoma de emergência (5 a 140 km/h); a corre-

ção de trajetória para o alerta de faixa; o alerta de atenção do condutor com aviso de tempo de condução; os máximos automáticos; o reconhecimento de sinais de velocidade com função de velocidade recomendada e o programador de velocidade adaptativo, a manter a distância ao carro da frente até à imobilização, se necessário (com caixa automática). Passa ainda a ser possível usar a assistência ativa ao estacionamento, para estacionar “sem mãos”. EMISSÕES PARA 2020 Sempre com o intuito de tornar o 308 mais económico e menos poluente, a marca centra o miolo da renovação em quatro elementos mecânicos: novo motor diesel de 1.5 litros, um renovado 1.2 Puretech a gasolina, uma nova caixa automática de oito velocidades e uma caixa manual de seis também nova, tudo a chegar mais tarde que a gama de lançamento. O novo diesel de 1.5 litros não tem qualquer relação com o conhecido 1.6 BlueHDi, que


PEUGEOT 308 ÍNDICE DE QUALIDADE (USED CAR REPORT)* PEUGEOT PROMOVE ligeira atualização cuja maior novidade é o motor 1.5 BlueHDI e o renovdo 1.2 Puretech. Mas estes só chegam a Portugal no final do ano

KM (em milhares) 0-50 CHASSIS

50-100 100-150 (1,2) 0,2 (4,2) 1,0 (8,9) 2,3

DIREÇÃO MOTOR

(2,2) 1,9 (5,8) 4,9 (12,8) 8,5

E AMBIENTE CARROÇARIA

(0,5) 0,5 (1,3) 1,0 (2,7) 1,5

INTERIOR TRAVAGEM ELÉTRICA

(3,5) 5,5 (10,4) 13,7 (17,0) 16,3 (7,2) 6,6 (15,6) 12,4 (29,8) 22,1

E ELETRÓNICA

S/DEFEITOS

(90,4%) 90,6% (79,3%) 81,3 (65,6%) 73,0

RELEVANTES PEQS DEFEITOS DEFEITOS

(3,1%) 3,0% (7,4%) 6,2 (12,8%) 10,1 (6,5%) 6,3% (13,3%) 12,5 (21,5%) 16,9

CONSIDERÁVEIS

*Os dados referem-se a defeitos verificados nas unidades ensaiadas da anterior geração  entre parêntesis, os valores médios do segmento  melhor do que a média do segmento  pior do que a média do segmento Nota: Apenas foi considerada a geração atual, pelo que só há registo para viaturas com até 50 mil kms percorridos

130 CV 1.5 BLUEHDI

300 NM 1.5 BLUEHDI

420 L

CAPACIDADE DA BAGAGEIRA

200 €

DIFERENÇA DE PREÇO PARA O ANTERIOR

acabará por substituir. Debita 130 CV, mais 10 CV que aquele, indo buscar mais pujança na parte superior do conta-rotações graças à adoção de uma cabeça de 16 válvulas. A marca aponta-lhe uma redução de 4 a 6 por cento nos consumos devido à menor cilindrada, ao novo sistema de combustão inspirado no 908 de Le Mans. É, no entanto, o sistema antipoluição que faz a alma deste motor. Envolve um módulo único de limpeza de gases muito próximo do motor e do qual fazem parte o catalisador, o SCR de redução catalítica seletiva e o filtro de partículas (FAP). Este módulo já não precisa do aditivo específico do FAP, mas sim do mais “democrático” AdBlue, razão pela qual os 308 passam a ter agora uma tampa de abastecimento retangular, para lá caber um segundo gargalo. Este novo motor permite à Peugeot antecipar em 3 anos as exigências ambientais da norma Euro 6.c no que respeita aos perigosos óxidos de azoto (NOx), conseguindo já o fator de desvio de apenas 1,5 entre

as emissões de laboratório e as reais, apenas exigível em 2020. Guiámos este motor pelas exigentes subidas dos Alpes nos arredores de Salzburgo e notámos grande generosidade de binário em baixo regime, assim como uma resposta linear em toda a faixa de rotações, É natural, já que o binário é de 300 Nm às 1750 rpm e a cabeça multiválvulas tem o seu efeito. Outra novidade de monta é um mais evoluído 1.2 Puretech de 3 cilindros. Também este motor será compatível com a norma Euro 6.c. de 2020. Debitará os atuais 130 CV mas anuncia melhor performance, menos consumo e menos poluição, graças à adoção de um filtro de partículas de gasolina (filtragem a 75%), uma medida exigida em 2018 a todos os motores com injeção direta de gasolina devido à sua perigosa emissão de micropartículas. Novas tecnologias de catalisador, injeção elevada a 250 bar, novos turbocompressores e menos atritos internos resumem o leque de altera-

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NOVOS MODELOS

PEUGEOT 308

MATERIAIS REVISTOS conferem ao 308 maior qualidade ao habitáculo, destacando-se, também, o reforço do sistema de info entretenimento e das ajudas à condução

ções deste 1.2 Puretech, apenas agendado para o início de 2018. Com ele virá uma nova caixa manual de seis, mais suave e eficiente e tão pequena como a de cinco. O motor 2.0 BlueHDi mais potente (180 CV) também recebe um reforço importante: uma nova caixa automática de 8 velocidades e conversor de binário (não de dupla embraiagem) feita pelos japoneses da Aisin. Fará parte da gama de lançamento, em setembro, e conduzimo-la na ocasião, com grande conforto

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TURBO FROTAS AGOSTO 2017

e suavidade proporcionados pelo minúsculo mas intuitivo seletor, a incluir função de parque automática assim que se desliga a ignição. Já as patilhas do volante, pequenas e fixas à coluna, escapam aos dedos se a patilhada não for feita como é suposto, ou seja, antes ou depois da curva. Embora os preços anunciados fiquem sempre a alguma distância dos preços reais, a marca não deixa de anunciar uma tabela bastante próxima da gama a substituir, sublinhando

mesmo algumas reduções no caso dos modelos base a gasolina. A base da gama passa agora a pertencer ao 1.2 Puretech Access de 110 CV, que começa nos 23 mil euros sem jantes de liga leve e com ar condicionado manual, enquanto o Active de 130 CV orçará em 25 050 euros. O diesel mais barato será o 1.6 BlueHDi de 100 CV Access, por 25 740 euros. No geral, os gasolina ficam 760 euros mais baratos e os diesel uns 200 euros mais caros, com a carrinha a ficar entre 900 e 1200 euros acima do carro. /



ENSAIO

OPEL INSIGNIA SPORTS TOURER 2.0 TURBO D INNOVATION

UM BOM CARRO DE EMPRESA A nova geração do Opel Insignia representa uma grande evolução em relação à anterior. Para este primeiro contacto escolhemos a versão mais familiar, equipada com o motor diesel mais potente TEXTO MARCO ANTÓNIO FOTOS LUIS VIEGAS

C

omo familiar, a nova carrinha alemã está a par das melhores realizações do género, desde a qualidade até ao comportamento dinâmico, passando pela segurança e pelo infoentretenimento onde se destacam os sistemas IntelliLink e o OnStar. Entre os principais concorrentes nova Insignia apontamos a VW Passat Variant e a Renault Talisman Sport Tourer. Como o mercado ainda prefere as versões diesel às versões a gasolina mais atuais, apesar das polémicas à volta das emissões, nada melhor que começar por abordar a versão equipada com o motor 2.0 Turbo de 170 CV. Esta não será a que melhor interessa ao mercado frotista devido à tributação autónoma, no entanto é a única disponível no momento até chegar a versão 1.6 Turbo D de 110 CV, na qual a marca aposta para o vasto mercado das empresas ao propor preços nas fonteira dos 25 mil euros.

MUITO DIFERENTE Construída a partir da nova plataforma Epslion 2, não admira que a segunda geração da Opel Insignia Sports Tourer seja radicalmente diferente da sua antecessora, em relação à qual tem mais 55 milímetros e uma aparência mais atlética e ágil . A postura da nova Sports Tourer na estrada também é acentuada pela longa distância entre eixos, que cresceu 92 milímetros, para 2,82 metro,s o que fez reduzir a projeção dianteira em 30 milímetros, um pormenor que

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TURBO FROTAS AGOSTO 2017

influencia a habitabilidade e a mala, que cresceu 100 litros, para um total de 560 litros. Um valor que pode ser ampliado até aos 1665 litros se rebater o banco traseiro. Entretanto o sistema de arrumação FlexOrganizer conhecido da anterior geração, permite, como o nome indica, organizar melhor a arrumação de pequenos objetos. Para facilitar o acesso a tampa da mala possui comando elétrico que pode ser operado com um simples movimento do pé sob o para-choques traseiro, enquanto à semelhança do modelo anterior, a amplitude de abertura da tampa da bagageira pode ser regulada a partir de um botão colocado no interior da porta do lado do condutor. O correspondente aumento do índice de habitabilidade deve-se sobretudo ao aumento de algumas medidas interiores como a largura à frente e atrás, a altura e o comprimento do habitáculo. Este sofreu também grandes transformações ergonómicas e de design, ao mesmo tempo que conquistou novos equipamentos como o head-up display que projeta no para-brisas um conjunto de informações como a velocidade, sinais de trânsito e indicações de navegação permitindo que o condutor não desvie a sua atenção da estrada para consultar estas informações relevantes. Informações que podem ser complementadas por uma instrumentação que concilia o analógico com o digital. O desenho da consola central contempla, entretanto, três zonas funcionais distintas. De cima para baixo, surgem primeiro os comandos do sistema de informação e entretenimento concentrados no ecrã tátil, segue-se a climatiza-


COTAS MAIORES O Insignia Sports Tourer cresceu 5,5 centímetros face à geração anterior, apresentando um aspeto mais atlético e ágil. A distância entre-eixos também foi ligeiramente alongada para melhorar a habitabilidade

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ENSAIO

OPEL INSIGNIA SPORTS TOURER 2.0 TURBO D INNOVATION

ção que neste caso contempla o aquecimento e o arrefecimento dos bancos e mais abaixo os comandos de alguns equipamentos de assistência à condução e onde está também o acesso às funções do sistema FlexRide. Este permite alterar, o comportamento da suspensão, da direção e a reação do motor entre um modo mais confortável (Tour) e mais desportivo (Sport). A funcionalidade também não foi esquecida com a criação de múltiplos espaços de arrumação. Atrás o espaço é grande e encontramos algumas mordomias, como duas entradas USB e o aquecimento dos bancos mais juntos às portas, uma opção dos bancos em pele premium que custa 3750 euros. Estes são alguns dos ingredientes que se conjugam para proporcionar um conforto acima da média.

NOVAS TECNOLOGIAS Das novas tecnologias destaque para a segunda geração dos faróis adaptativos IntelliLux de matriz LED com máximos que são capazes de alcançar uma distância de 400 metros! Em relação à primeira geração tem agora 32 elementos em vez de 16 elementos. A duplicação da

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TURBO FROTAS AGOSTO 2017

capacidade luminosa, permite maior precisão na reação dos diferentes padrões de luz que encontramos numa condução noturna, ao mesmo tempo que garante transições mais suaves. Este é um elemento fundamental que otimiza a segurança da nova Insignia, a par de outras ajudas que utilizam o sistema Opel Eye para o processamento da informação. Também o sistema OnStar é uma tecnologia que, não sendo totalmente nova, possui novas funções como a possibilidade de marcar hotéis ou procurar sítios livres para estacionar. A caixa automática de 8 velocidades é também uma novidade importante, ainda que a versão ensaiada tivesse montada a caixa manual de seis velocidades entretanto revista. Uma revisão que melhorou a precisão e a rapidez de engrenamento e sobretudo o escalonamento de forma a aproximar os consumos reais obtidos pelo novo ciclo de testes WLTP e os consumos NEDC ainda em vigor. Embora o método que usamos para medir os consumos não seja obviamente igual ao ciclo WLTO, os resultados obtidos confirmam que estes não andam muito longe. Os baixos valores de consumo são um contributo para custos de utilização

CONTRATO AOV A Opel Renting propõe um contrato de AOV para a unidade ensaiada - Insignia Sports Tourer 2.0 Turbo D Innovation - pelo valor mensal de 759,50€, com IVA incluído. Para a versão de frotas - 1.6 CDTi 110 CV Business Edition ST - a renda situa-se nos 520,77€. Em ambas as situações, o prazo do contrato é de 48 meses ou 80 mil quilómetros


mais baixos, não sendo por isso de estranhar que o custo TCO/100 km se situe nos 96,36 euros. Este valor corrobora o facto de a Opel ter anunciado uma redução da ordem dos 8 por cento dos custos de utilização/manutenção.

OPEL INSIGNIA SPORTS TOURER 2.0 TURBO D INNOVATION

ABAIXO DOS 25 MIL EUROS! Numa análise comparativa mais detalhada e considerando esta versão mais equipada (Innovation) podemos verificar que a nova Opel Insignia, não sendo muito barata, se posiciona na fronteira dos modelos premium mais acessíveis, mas desprovidos de metade das ofertas! Esta é aliás a estratégia que os restantes modelos generalistas seguem como a VW Passat Variant e o Renault Talisman Sport Tourer. Também nos valores de retoma a Opel não se encontra atrás, considerando o histórico do anterior modelo, enquanto as garantias alinham pela mesma bitola. Esta não é, contudo, a versão que mais eco terá no mercado dos particulares e muito menos nas empresas, onde o foco se concentrará na versão 1.6 Turbo D de 110 CV devido à tributação autónoma. Como referido anteriormente, o seu preço para frotistas estará abaixo dos 25 mil euros. /

TCO - CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE PVP 41 330

VR 22 318

DEP 19 012

MAN 1 939

€ COMB. UTILIZ 5 071 868 (32

PVP - Preço de venda ao público / VR – Valor residual / DEP - Depreciação / MAN – Manutenção € COM. – Combustível / UTILIZ – Custo total de utilização

PREÇO 41 330€ // MOTOR 4 CIL.; 1 956 CC; Turbo; 170 CV; 4000 RPM // BINÁRIO 400 Nm; 1750-2500 RPM // TRANSMISSÃO Dianteira; MANUAL, 6 VEL. // PESO 1633 KG // COMP./LARG./ALT. 4,98/1,86/1,50 M // MALA 560 L // DESEMPENHO 8,9 s (9,2s*) 0-100 KM/H; 223 KM/H VEL. MÁX. // CONSUMO 5,3 (6,3*) l/100 KM // EMISSÕES CO2 139 G/KM // REPRISES 40-90 KM/H 8,9 S* // TRAVAGEM 100-0 km/h 43 M*// IUC 252,47€ *As nossas medições

CONFORTO / QUALIDADE / EQUIPAMENTO

ESPAÇO ATRÁS / CHAPELEIRA

AGOSTO 2017 TURBO FROTAS

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ENSAIO

VOLKSWAGEN ARTEON 2.0 TDI 150 CV

COUPÉ DE QUATRO PORTAS O Volkswagen Arteon procura atacar a hegemonia das marcas premium nos coupés de quatro portas

MAIS EXECUTIVO O novo Volkswagen Arteon vem substituir o VW CC e colocar-se no topo da gama da marca alemã, que decidiu adiar indefinidamente a produção do novo Phaeton. Para este contacto escolhemos a versão que mais interesse tem para as empresas, o 2.0 TDi de 150 CV.

E

TEXTO MARCO ANTÓNIO FOTOS JOSÉ BISPO

ntre as formas do concept desvendado há dois anos no Salão de Genebra e o modelo definitivo que agora chega ao mercado nacional não há muitas diferenças. Apesar do Arteon substituir o CC, ele tem um alvo mais ambicioso no ataque à hegemonia que os coupés de 4 portas oriundos das marcas premium

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TURBO FROTAS AGOSTO 2017

alemãs como o Audi A5 Sportback, ou o BMW Série 4 Gran Coupé, têm junto de muitas empresas que elegem estes carros para os seus quadros médios superiores. Tomando como base de comparação a Audi, podemos dizer que o Arteon se situa entre o Audi A5 Sportback e o A7! Este posicionamento, juntamente com um desenho invulgar que enaltece bastante o lado desportivo são dois argumentos muito importantes que, aliados ao preço conquis-

tarão a preferência de muitos clientes, à semelhança do que aconteceu com o CC. Mas o VW Arteon tem outros atributos, como uma tecnologia avançada em vários domínios, nomeadamente do ponto de vista da conectividade e da assistência à condução, duas vertentes cada vez mais apreciadas, especialmente pelos quadros mais jovens, que não passam sem estas inovações e um sem número de ajudas. Entre as múltiplas ajudas destacamos o contro-


lo adaptativo da velocidade de cruzeiro (ACC) que tanto jeito dá para uma viagem mais descontraída, a iluminação ativa, a assistência à travagem de emergência, o sistema proactivo de proteção dos ocupantes, o sistema de ajuda à manutenção da faixa de rodagem, o reconhecimento dos sinais de trânsito e muitas outras ajudas. O sistema ACC, que ainda não está disponível, configura uma inovação e uma ajuda importante, uma vez que funciona a partir da interação entre o cruise control adaptativo e o sistema de navegação que fornece um conjunto de informações relevantes. Nessa altura o Arteon consegue, por exemplo, reduzir a velocidade perante um sinal de velocidade mais reduzida ou na aproximação a uma rotunda ou a um cruzamento, entre outras funções que tornarão a condução mais suave e descontraída. Uma condução que passa também por um nível de conforto muito grande

como resultado de vários fatores. Um deles é a excecional habitabilidade graças à generosa distância entre eixos, com reflexo no espaço atrás que é o mais generoso de todos os seus concorrentes. Só é pena que a acessibilidade não seja tão boa devido à forte inclinação da carroçaria nessa zona e que acaba na porta de acesso à mala, cuja capacidade se situa nos 563 litros ou 1557 litros se abdicarmos do banco traseiro que pode ser facilmente rebatido. Nessa zona da carroçaria existe um pequeno defletor sobre a tampa da mala com o objetivo de aumentar a força de sustentação sem a necessidade de utilizar um defletor escamoteável como acontece, por exemplo, no Audi A7, ao mesmo tempo que contribui para uma boa prestação do ponto de vista aerodinâmico, conforme se pode ver pelo baixo Cx de apenas 0,26! Para esse bom resultado contribui também as linhas esculpidas do capot e a forma original de toda a parte frontal, por

ventura, o melhor apontamento estilístico deste novo modelo. No interior destaque ainda para o painel de 9,2 polegadas com um sistema de controlo gestual mais evoluído e para o painel de instrumentos digital, uma solução já ensaiada noutros modelos com grande sucesso. Este pode assumir várias configurações conforme as informações que quisermos ver destacadas, como o mapa, que para ficar arrumadinho entre o velocímetro e o conta-rotações diminui o tamanho destes. Nessa altura o mapa deixa de ficar disponível no ecrã central. A existência da instrumentação digital acaba por dar muito jeito, pois permite um grau de concentração muito maior, podendo esta ser totalmente controlada a partir do volante. Volante que esconde atrás as patilhas que controlam manualmente a caixa automática DSG de sete velocidades. O escalonamento está, neste caso, programado para aproveitar

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ENSAIO

VOLKSWAGEN ARTEON 2.0 TDI 150 CV

ao máximo os 150 CV, desde que o binário atinge o seu valor mais elevado de 3 40 Nm logo às 1750 rpm até às 4000 rpm, período durante o qual o motor é muito linear e tem o máximo de rendimento. No programa Sport, as reações são mais rápidas, enquanto a suspensão (aqui representada na versão DCC mais simples) assume uma afinação mais firme, mantendo sempre uma dualidade equilibrada entre o conforto e a dinâmica de condução. É com essa regulação que o VW Arteon assume a sua atitude mais desportiva, ainda que, não seja essa a vocação deste motor 2.0 TDi de 150 CV em que a marca mais aposta no mercado nacional (a versão de 190 CV chega mais tarde). Para a boa agilidade em curva contribui a direção progressiva com uma desmultiplicação muito direta para obter uma resposta espontânea e a suspensão que com amortecedores a gás atrás garante um bom apoio. Para isso não é alheio a estrutura multilink na traseira, enquanto à frente o esquema escolhido foi a solução Mac Pherson. Mesmo no modo mais desportivo é fácil alcançar consumos médios inferiores a 6 l/100 Km o que é uma meta muito boa tendo em conta as aptidões dinâmicas e a relação peso/potência. São três os níveis de equipamento: Basis, Elegance, R-Line com uma aparência claramente mais desportiva. Embora não consiga fugir à tributação autónoma, esta versão apresenta custos de manutenção (TCO) competitivos em relação aos seus concorrentes e rendas relativamente acessíveis. /

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VW ARTEON 2.0 TDI 150 CV AOV A Volkswagen propõe através do Volkswagen Bank um contrato de renting para o Arteon 2.0 TDi pelo valor mensal de 690 euros, com seguro de quatro por cento de danos próprios

PVP 43 500 € //MOTOR 4 CIL; 1968 CC; 150 CV; 3500-4000 RPM //BINÁRIO 340 NM //TRANSMISSÃO Dianteira; 7 VEL Aut //PESO 1643 kg //COMP./LARG./ALT. 4,86/1,87/1,45 //DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2,83 // MALA 563 L //DESEMPENHO 9,1s (10,1*) 0-100 KM/H; 220 KM/H VEL MÁX //CONSUMO 4,5 (5,7*) //EMISSÕES CO2 116 G/KM // IUC 218,92€

QUALIDADE / CUSTOS DE UTILIZAÇÃO / IMAGEM / CONSUMOS

RUÍDO MOTOR / ACABAMENTOS / CONFORTO (S-LINE)


JÁ NAS BANCAS

O GUIA INDISPENSÁVEL PARA QUEM VAI COMPRAR CARRO


ENSAIO

PEUGEOT 5008 2.0 BLUEHDI GT LINE 150 CV GRIP CONTROL

DE MONOVOLUME A CROSSOVER Tal como o 3008, o Peugeot 5008 deixou de ser um monovolume, passando a ser um SUV. A versão GT Line oferece um elevado requinte, que rivaliza com os concorrentes germânicos

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DAS CINCO ÀS SETE Para quem tem uma família numerosa os sete lugares do 5008 podem ser um trunfo importante a juntar à boa figura que faz como carro de serviço TEXTO ANTÓNIO AMORIM

P

ara além das diferenças de estilo, a terceira fila de dois bancos é a grande diferença prática entre um Peugeot 5008 e um 3008. Há mais dois lugares na mala, funcionais para crianças mas, para adultos, apenas utilizáveis numa situação de emergência. Uma caraterística interior que também tem efeitos na imagem externa do 5008. A traseira resulta um pouco mais cúbica e o comprimento total cresce 19 cm em relação ao modelo de cinco lugares. Embora se assuma como um crossover para sete, não restam dúvidas de que, quanto mais à frente formos sentados, mais cativantes são os bancos e tudo o que os envolve. Gostámos dos três lugares da fila do meio, com excelente acesso proporcionado pelas amplas portas e todos com muito espaço para as pernas. São ainda reguláveis na inclinação e em comprimento (algo que não acontece no 3008), para dar mais alguma margem de manobra a quem tiver o azar de viajar na terceira fila. Os dois metros de largura exterior do 5008 também trazem vantagens no habitáculo, mas com o apetecível teto panorâmico de abrir com cortina elétrica (1300€), o espaço para a cabeça passa a poder considerar-se à justa. A volumetria de bagagem é outra vantagem. Mesmo com os dois últimos bancos montados, há algum volume disponível, sendo especialmente aproveitável o espaço onde estes bancos se escondem quando não necessários. Na configuração de cinco lugares, ou seja, com a

terceira fila escondida, a marca anuncia 780 litros de volume de bagagem com a fila do meio chegada à frente. Também constitui vantagem a possibilidade de, pura e simplesmente, deixarmos os dois banquitos na garagem caso não se preveja a sua necessidade. Quem tiver hérnias discais deve ter em conta que pesam 11 kg cada um, mas não são difíceis de desmontar e a sua ausência a bordo sempre liberta peso e o tal espaço sob o piso. Os miúdos não vão gostar desta opção porque gostarão certamente de os ocupar durante a viagem, mas convém ter em conta que não existem fixações isofix nesta fila, o que não deixa de ser estranho já que é para crianças que o seu uso mais se presta. A título de conclusão intermédia, o 5008 não brilha propriamente na desafogada lotação, mas antes pela condução que proporciona tendo em conta as suas dimensões. O motor turbodiesel 2.0 BlueHDi de 150 CV (370 Nm às 2000 rpm) torna-o leve e não exige muito gasóleo em troca. A média oficial é de 4,6 litros aos cem e nós verificámos 6,1 l/100 numa utilização despreocupada e o mais parecida possível com a de qualquer condutor comum. Num registo mais acelerado fomos aos 6,8 l/100, e no extremo oposto, ou seja, à velocidade estabilizada de 90 km/h e praticando uma condução extremamente económica, conferimos no computador de bordo uma média de 4,5 l/100 km. A viagem também adquire uma certa qualidade pelo facto de estarmos a bordo de um dos habitáculos mais sofisticados da classe, na ergonomia, no design e na exibição das informações. Assume a designação i-Cockpit,

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ENSAIO

PEUGEOT 5008 2.0 BLUEHDI GT LINE 150 CV GRIP CONTROL

PEUGEOT 5008 2.0 BLUEHDI GT LINE 150 CV GRIP CONTROL

TCO - CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ 34 572 17 632 16 940 1 962 4 019 22 921 (28,65) PVP - Preço de venda ao público / VR – Valor residual / DEP - Depreciação / MAN – Manutenção € COM. – Combustível / UTILIZ – Custo total de utilização

PREÇO 34572 € (43 752€ unidade ensaiada) // MOTOR 4 CIL; 1997 CC; 150 CV; 3750 RPM // BINÁRIO 370 NM // TRANSMISSÃO Dianteira; 6 VEL Man // PESO 1490 kg // COMP./LARG./ALT. 4,64/1,84/1,64 // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2,84 // MALA 780 LITROS // DESEMPENHO 9,6s 0-100 KM/H; 206 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,6 (6,1) // EMISSÕES 125 G/KM // IUC 252,47€ *As nossas medições

CONFORTO / CONSUMO / REFINAMENTO

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PREÇO / ESPAÇO NA 3.ª FILA

A PEUGEOT PROPÕE para o 5008 GTLine o sistema "Easy Credit" cuja renda mensal é de 330€/mês, para um prazo de 48 meses e 40 mil quilómetros. A prestação final é de 22 787€ e a entrada inicial de 6 670€

aqui na sua vertente mais sofisticada Amplify. Destaca-se pelo ecrã de instrumentos digital configurável, com diversos gráficos, uma consola envolvente com um belo ecrã central tátil no topo e o habitual volante minúsculo. Esta é a parte do i-Cockpit. A parte do Amplify diz respeito à possibilidade de escolher vários tipos de iluminação interior e de fragrâncias emanadas da ventilação, mas também se refere ao botão Sport colocado junto ao do travão de estacionamento. Pressionando-o, sentimos logo uma reação diferente do acelerador, enquanto a direção fica um pouco mais pesada e o som do motor começa a “sair” também das colunas áudio. Não há tração integral mas a aderência pode ser rentabilizada com o Hill Descent Control”e com o botão rotativo do Grip Control, que ajusta os controlos de tração e estabilidade para situações de estrada, gelo + neve, areia ou grandes irregularidades, para além de permitir desligar o ESP. A utilização é comprovadamente saborosa. Quanto a custos, os 43 752 euros pedidos ao grande público por esta versão já não o serão tanto. Contudo, o mercado frotista saberá certamente usar da sua perspicácia escolhendo a versão 1.6 BlueHDi 120 Active, a começar nos 34 572€ e com custos operacionais mais leves (TCO de 22 291€ a 48 meses). /



ENSAIO

ALFA ROMEO STELVIO 2.2D Q4

ESTILO E EMOÇÃO DIESEL Surgiu como First Edition equipado com bloco a gasolina poderoso e ao nível do que foi outrora o “Cuore Sportivo”, rende-se agora ao mais racional gasóleo rimando o estilo e a emoção com a racionalidade do lema “La meccanica delle emozione”. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA FOTOS LUÍS VIEGAS

A

beleza do estilo e a imponência de u ma volu met r ia que o coloca no patamar do Audi Q5 e Jaguar F-Pace, acaba por mitigar o sentimento de traição que os mais puristas defensores da marca e da tradição possam sentir. Primeiro porque a Alfa Romeo fez, e muito bem, um SUV, depois porque lhe colocou um motor diesel. O Stelvio é um carro de classe e de categoria e por isso não vale a pena sentir traição pelo caminho que a Alfa Romeo decidiu en-

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veredar. Está no rumo certo porque, aqui, é que mora o lucro! Na essência, o Stelvio é um… Giulia! Porque está sentado na plataforma Giorgio, porque o sistema Q4 de tração integral “on demand” mantém o Stelvio como um tração traseira a maior parte do tempo, porque o motor diesel é o mesmo bloco 2.2 litros do Giulia, aqui na versão de 210 CV e, finalmente, porque o interior é decalcado da berlina. Até o estilo bebe inspiração no Giulia, com uma traseira admirável em termos de equilíbrio entre forma, função e estilo. Escusa de procurar por um Stelvio com o motor diesel de 180 CV porque… não há. E também só exis-

te com a tração Q4 e com caixa automática de 8 velocidades. QUALIDADE E ESTILO EM ALTA Os tempos são muito diferentes e respira-se qualidade dentro de um Alfa Romeo. Ainda há aqui e ali uns “soluços” como o botão de comando do sistema de info entretenimento ou um ou outro plástico de qualidade mais modesta. Os alemães também já não passam sem eles, por isso… seja como for, até onde os nossos olhos alcançam, temos um interior arrumado e que destaca o volante com o botão de arranque do motor lá colocado e as fabulosas patilhas do comando manual sequencial. Ou


ALFA ROMEO STELVIO 2.2 TURBODIESEL Q4 PARA COMPRAR O STELVIO DIESEL basta contratar a opção de financiamento da Alfa Romeo que por 595€/mês sem entrada inicial (36 meses/60 mil quilómetros) oferece manutenção, seguro, pneus ilimitados, veículo de substituição, garantia total Premium, IPO e IUC

TCO - CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ 57.194€ N/A N/A N/A N/A N/A PVP – Preço de venda ao público / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN. – Manutenção / €COMB. – Combustível / UTILIZ – Custo total de utilização. Valores para 48 meses/80 000 km

PREÇO 57.194 € // MOTOR 4 CIL; 2143 CC; 210 CV; 3750 RPM // BINÁRIO 470 NM // TRANSMISSÃO integral; 6 VEL Man // PESO 1734 kg // COMP./LARG./ALT. 4,687/1,903/1,671 M // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2,818 M // MALA 525 L // DESEMPENHO 6,6s (7,9*) 0-100 KM/H; 215 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,8 (7,3*) // EMISSÕES CO2 127 G/KM // IUC 252,47€ *As nossas medições

ESTILO // EFICIÊNCIA

seja, poucas são as diferenças face ao Giulia. Diferenças existem na posição de condução – estamos 190 mm mais acima dentro do Stelvio – mas é curioso como os técnicos da Alfa Romeo conseguiram “disfarçar” esses 19 cm e quase nem percebemos que vamos tão altos. O espaço interior é razoável, enquanto a bagageira é impressionante com os seus 525 litros, sendo prática e fácil de utilizar. COMPETENTE E FÁCIL DE USAR A horda de guardiões das tradições ficaria ainda mais incomodada se a Alfa Romeo não oferecesse ao Stelvio capacidade dinâmica suficiente para justificar o velho lema “Cuore Sportivo” e a versão moderna que diz “La meccanica de la emozione”. Colocado em andamento, o Stelvio surpreende pela sua leveza e facilidade em ganhar velocidade. A direção é levezinha mas, sobretudo, direta e pode exigir algum tempo de habituação. O conforto a bordo é excelente e a insonorização de bom nível. O chassis e

as suspensões controlam bem os movimentos da carroçaria pelo que curvar nunca será um problema com o Stelvio. EFICIÊNCIA: MELHOR QUE OS ALEMÃES Com um excelente valor de binário, o motor diesel é um nadinha mais agradável de utilizar que o bloco a gasolina, particularmente em estradas mais sinuosas. Como a insonorização é excelente e o motor a gasóleo é mais eficiente, a vantagem está toda do lado do Stelvio turbodiesel. E a verdade é que, no papel, o modelo italiano consegue ser melhor que os seus rivais alemães. Vamos a factos! O Alfa Romeo Stelvio emite 127 gr/km de CO2, o que fica abaixo das 132 gr/km do Audi Q3 2.o TDI 190 CV e que os 142 gr/km do BMW X3 2.0d ou as 139 gr/km de CO2 do Jaguar F-Pace. E se não conseguimos igualar os 4,8 l/100 km de consumo médio anunciado – as nossas medições ficaram nos 7,2 l/6100 km – a verdade é que os rivais alemães ou o solitário britânico

DETALHES ACABAMENTO

não fazem melhor que o italiano, com motores menos potentes. EQUIPAMENTO COMPLETO Para lá dos sistemas de segurança e ajuda à condução, o Stelvio turbodiesel está muito bem equipado e pelos 57.194 euros pedidos, oferece ar condicionado automático bi-zona, estofos em tecido e pele, portão da bagageira de abertura/ fecho elétrico, sensores de luz e chuva, sensores de estacionamento traseiro, entre muitas outras coisas. Depois é deitar mão á lista de opcionais e enriquecer o seu Stelvio com um teto de abrir panorâmico (1.000€), bancos em pele (1.000€), jantes de liga leve de 18 polegadas (1.000€), câmara de visão traseira (500€) e sistema de navegação 3D (1.600€) entre muitos outros. Olhando aos rivais, o Stelvio turbodiesel consegue ser mais barato 4.125 euros que o Audi Q5, 7.695 euros menos que o Jaguar F-Pace e meros 736 euros que o BMW X3, todos eles com motores abaixo dos 200 CV. /

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ENSAIO

BMW 418D GRANDCOUPE

ELEGANTE E POUPADO Nascido para incomodar o muito bem-sucedido Audi A5 Sportback, o Série 4 GrandCoupe exibe elegância e com o bloco 2.0 litros turbodiesel com 150 CV, um apetite de pisco que o torna sedutor para quem procura um carro de estatuto e o Série 5 já fica muito longe no que toca à renda mensal. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA

O

lhando o preço final, pode até torcer o nariz, mas se pensar que um Série 5 com o mesmo motor mas 190 CV custa mais 7.600 euros, diga lá que não vale a pena olhar para este 418d GrandCoupe com outros olhos? E a BMW não se limitou, nesta renovação, a polir as formas mas introduziu novidades que mexem com o carácter do carro. Para lá das suaves mudanças feitas nos faróis e farolins traseiros, chegaram luzes LED, faróis de nevoeiro à frente e atrás, ligeiras modificações no painel de instrumentos, um novo volante e a mais recente evolução do sistema BMW iDrive. Debaixo do manto, os engenheiros tiveram

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muito trabalho, pois o centro de gravidade do carro foi rebaixado 30 mm, tendo alargado as vias dianteira e traseira e revisto o software do sistema de controlo de tração e estabilidade. Não houve alterações na excelente capacidade da mala – continua com 480 litros que podem chegar a 1300 litros, somente menos 200 litros que uma carrinha do Série 3 – nem no interior, acolhedor e de qualidade, como é norma na BMW. O espaço no banco traseiro está influenciado pelas cavas das rodas, porque roubam algum espaço e no que toca à acessibilidade, obriga a quem lá se sentar a “saltar” e depois “cair” no banco. Um quinto elemento vai ter alguma dificuldade em encontrar espaço em altura e, sobretudo, em largura. Os dois lugares exteriores são aceitáveis, mesmo que o desenho

do banco empurre os ocupantes para o centro do automóvel. EQUIPAMENTO COMPLETO, EXTRAS ONEROSOS O equipamento muda consoante a linha escolhida, mas a versão Advantage (em análise neste ensaio) já oferece, de série, ar condicionado automático, kit de ligação smartphone com tomada USB, sistema de navegação Business, banco traseiro rebatível assimetricamente, sensores de luz e chuva entre mais algumas coisas. Naturalmente que pode fazer um upgrade, mas para a versão Sport são mais 2.700 euros e para a Luxury fortes 4.350 euros. Depois é deitar mão à lista de opcionais para compor o equipamento do seu 418d GrandCoupe, como o alarme (208€), vidros com proteção solar


BMW 418D GRANCOUPE ADVANTAGE PARA COMPRAR ESTE BMW 418D GRANCOUPE pode optar por duas vias: sem entrada inicial fica com uma renda de 668 euros/ mês (48 meses e 80 mil quilómetros) ou então, entregando 9.250€ e fazendo um pagamento final de 20.801 euros, a renda será de 407€ durante 60 meses

TCO - CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ 46 894€ 25323€ 21 571€ 1 860€ 4 019€ 27 450€ PVP – Preço de venda ao público / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN. – Manutenção / €COMB. – Combustível / UTILIZ – Custo total de utilização. Valores para 48 meses/80 000 km

PREÇO 46.894 € // MOTOR 4 CIL; 1995 CC; 150 CV; 4000 RPM // BINARIO 320 NM // TRANSMISSÃO traseira; 6 VEL Man // PESO 1510 kg // COMP./LARG./ALT. 4,640/1,825/1,389 M // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2,810 M // MALA 480 L // DESEMPENHO 9,0s (12,1*) 0-100 KM/H; 213 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,1 (4,8*) // EMISSÕES CO2 118 G/KM // IUC 218,92€ *As nossas medições

COMSUMOS / QUALIDADE VERSATILIDADE

RECUPERAÇÕES / PREÇO FACE AO 420D

(365€), assistente de condução (540€), serviços Concierge (258€) ou ainda o carregamento wireless do seu smartphone e ligação de vários aparelhos móveis via Bluetooth (405€). MOTOR SUFICIENTE Com mais 90 quilogramas que o 318d, poder-se-ia pensar que o bloco 2.0 litros com 150 CV tivesse alguma dificuldade em movimentar condignamente o 418d GrandCoupe. É verdade que não tem a capacidade do 420d, mas ainda assim mantém-se vivo e com um bom ritmo. Com a caixa manual de seis velocidades bem escalonada e muito agradável de utilizar, o 418d GrandCoupe exibe um comportamento seguro e previsível, fácil de conduzir graças às muitas ajudas á condução disponibilizadas de série. Se não deseja dar entrada para adquirir este BMW418d GrandCoupe, em 48 meses e 80 mil quilómetros, terá uma renda mensal de 668 euros. Porém, pode optar por outra solução financeira BMW, que com um entrada inicial de 9 250 euros e um pagamento final de 20 801 euros, lhe oferece uma renda mensal durante 60 meses de 407€. No que toca á desvalorização, ronda os 54%, dando um valor residual de 25.323 euros no final dos 48 meses. Contas feitas, ste BMW custa-lhe 3,43 euros por cada quilómetro percorrido. /

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ENSAIO

MERCEDES-BENZ C350 E

MUDANÇA… NO BOM CAMINHO O caminho faz-se caminhando. E a mudança faz-se… mudando. O Classe C 350e protagoniza mais uma etapa do caminho para a mobilidade de baixas emissões que a Mercedes está a percorrer. TEXTO JÚLIO SANTOS FOTOS JOSE BISPO

O

s “complexos” relativamente aos automóveis elétricos tendem a dissipar-se porque a evolução tecnológica nos últimos anos mostra-nos que a maior parte das atuais limitações deixarão de o ser muito em breve. Mas se o assunto deixou de ser tabu, mesmo entre os mais céticos, tal ficou a dever-se, também, a engenhosas soluções de transição como são os híbridos plug-in; os principais construtores já os têm na sua oferta ou tal acontecerá muito em breve.

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É o caso da Mercedes que está a prepara para o próximo ano uma forte ofensiva plug-in Hybrid, antecipando a chegada dos primeiros modelos totalmente elétricos, em 2019. Por agora, no seu catálogo, destaca-se o C350e proposto na versão berlina de quatro portas com um preço ao público de 57 550€. No caso das empresas é importante levar em a redução do ISV prevista no pacote de incentivos fiscais do Estado, o que possibilita que a Athlon, a empresa financeira da MB Portugal, esteja em condições de propor um contrato de Aluguer Operacional, com a duração de 48 meses, com uma mensalidade de 910 euros (ver condições). Uma vez que este valor já inclui o IVA e o seguro

não restam dúvidas de que estamos perante uma opção que merece ser levada em conta por aqueles que procuram um carro de representação, de altíssima qualidade e com todas as vantagens no plano emocional (dinâmica, prazer de condução, imagem, etc) e racional. Às vantagens fiscais já referidas juntam-se custos de utilização muito favoráveis, com destaque para a reduzida depreciação e baixos custos de manutenção, o que resulta num custo total de posse que, de acordo com a nossa consultora especializada FleetData, é dos melhores do segmento Premium. Paralelamente, à bem conhecida qualidade de construção junta-se um interior confor-


MERCEDES-BENZ C350E

TCO - CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ 55 344 28 225 27 119 2 949 2 386 676 (40,57) PVP - Preço de venda ao público / VR – Valor residual / DEP - Depreciação / MAN – Manutenção € COM. – Combustível / UTILIZ – Custo total de utilização

PVP 57 550€ // MOTOR 4 cil gasolina; 1991cc; turbo + motor elétrico; 279 CV/5500 RPM // BINÁRIO 350 Nm/1200-4000 RPM // TRANSMISSÃO Traseira, Automática, 7 VEL // PESO 1780 KG // COMP./LARG./ALT. 4,68/1,81/1,44 M // MALA 335 L // DESEMPENHO 5,9 (6,0*) s 0-100 KM/H; 246 KM/H VEL. MÁX. // CONSUMO 2.1 (5,8*) l/100 KM // EMISSÕES CO2 48 G/KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 31 KM // TEMPO CARGA 1H45 A 2H // TRAVAGEM 100-0 km/h 45M // IUC 141,12€ *As nossas medições

PREÇO / HABITABILIDADE / MALA

tável e com bastante espaço, ainda que a capacidade da bagageira seja ligeiramente prejudicada pela colocação da bateria. Esta é de pequenas dimensões (6,2 kWh), permitindo uma autonomia elétrica anunciada de 31 quilómetros. No nosso ensaio chegamos aos 27 quilómetros mas para tal foram necessários cuidados que poucos estarão dispostos a ter na utilização quotidiana. Realisticamente, podemos dizer que a autonomia elétrica rondará os 22-25 quilómetros, sabendo que acima dos 130 km/h este modelo elétrico é desativado passando a funcionar,em exclusivo, o motor de combustão. Trata-se do bloco de quatro cilindros a gasolina com 211 CV de potência que, ao receber a “ajuda” do motor elétrico de 89 CV (60 Kw), resulta numa potência combinada de 279 CV. Um valor que explica as excelentes performances mas, sobretudo, um prazer de condução que suplanta largamente aquilo que os motores diesel são capazes de garantir. Suavidade e disponibilidade (graças, também, ao bom aproveitamento conseguido pela caixa automática de sete velocidades) estão, na verdade, entre os trunfos desta versão que, assim,

acaba também por convencer, sem restrições, aqueles para quem a dinâmica é a prioridade. E o arrebatamento é ainda maior quando verificamos que apesar de estarmos perante um motor a gasolina essa suavidade de funcionamento não tem como moeda de troca um consumo excessivo; esta é mesmo outra boa surpresa que o C350e nos reserva. Se formos capazes de aproveitar convenientemente os modos disponíveis facilmente conseguimos gastos com combustível que estão em linha ou mesmo abaixo dos proporcionados pelos motores diesel equivalentes. Nomeadamente, numa utilização mista de estrada/cidade, em que reservados a utilização do modo elétrico para o pára-arranca, cumprindo o trajeto sub-urbano com o motor de combustão, não é excesso de otimismo dizer que o consumo médio para 100 quilómetros pode ficar abaixo dos 4.5 litros. Claro que o caso muda de figura se não aproveitarmos convenientemente esta oportunidade e, principalmente, se carregarmos a bateria utilizando o motor de combustão, em vez de aproveitarmos a faculdade de carregarmos a bateria á noite em casa ou no escritório, enquanto trabalhamos. /

IMPRECISÃO DA CAIXA / RUÍDO DO MOTOR

CONTRATO AOV A Mercedes-Benz propõe, através da gestora de frotas Athlon Car Lease, um contrato de renting para o Mercedes-Benz Classe C 350e pelo valor mensal de 909,98 euros, com IVA incluído. Neste contrato estão abrangidos serviços como manutenção e reparações, pneus, IUC, assistência jurídica e seguro

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HYUNDAI I30 SW 1.6 CRDI 136CV STYLE 7DCT

CAMPANHA PARA EMPRESAS Para frotas, a Hyundai propõe a versão Comfort Navi 1.6 CRDi da i30 SW, com preço a partir de 22 900 euros

PONTO DE EQUILÍBRIO A ausência de defeitos pode ser a melhor das virtudes. Sem ser especialmente marcante em nenhuma matéria, a carrinha i30 acaba por merecer uma classificação de topo face à concorrência direta TEXTO ANTÓNIO AMORIM FOTOS JOSÉ BISPO

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equilíbrio das formas funciona como uma espécie de cartão-de-visita da nova carrinha Hyundai i30. Não nos mostra propriamente o caminho do futuro, mas olhamos para ela e vemos harmonia. É tão bem proporcionada e tem acabamentos tão cuidados, que somos obrigados a perceber, de uma vez por todas que, nos dias que correm, o emblema pode ser o que menos interessa. E o que interessa nesta carrinha é praticamente tudo o resto: tem espaço, anda bem, conduz-se com prazer, está muito bem equipada e é verdadeiramente confortável. Brilha desde logo no espaço oferecido pela mala: 602 litros (contando com tudo o que é buraco sob o fundo), o que bate todas as rivais da classe, exceto a Skoda Octavia Break (610), a Honda Civic Tourer (624) e, por pouco, a

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Golf Variant (605), para além de oferecer bons dispositivos de fixação e separação da carga. Rebater os bancos na totalidade permite aumentar a volumetria de bagagem para os 1650 litros. Um excelente aproveitamento de uma traseira que, não só é elegante e esconde bem o espaço que tem por dentro, como tem ainda o condão de oferecer mais alguns milímetros de espaço para a cabeça de quem se senta lá atrás. Também pelo ponto de vista do condutor a i30 SW continua a colecionar virtudes. A posição de condução tem todas as regulações necessárias mas está correta na sua essência, o que nos leva a encaixar quase à primeira. A boa ergonomia continua nos restantes elementos. O tablier e consola estão extremamente bem arrumados, agrupando os comandos por funções. O plástico abunda, mas o efeito visual é harmonioso e a robustez à prova de ruídos-parasita. Nesta versão, a i30 SW está equipada com o maior ecrã central tátil da gama, com 8 po-

legadas de diagonal. Foi graças a ele que desapareceram imensos botões, pois é por aqui que temos acesso à navegação, áudio, telefone, câmara de marcha-atrás e conetividade Apple Carplay ou Android Auto. Já no volante não faltam botões, para além das patilhas da caixa automática 7DCT de sete velocidades e dupla embraiagem, disponível apenas nesta motorização turbodiesel mais potente 1.6 CRDi de 136 CV/4000 rpm. As possibilidades são assim imensas, se juntarmos os modos manual sequencial ou automático disponibilizados pela caixa, aos três modos de programação do chassis presentes neste nível de equipamento Style (Eco, Normal e Sport). A suavidade e o silêncio marcam o ambiente a bordo. Mesmo nas rotações intermédias, só se ouvem as rodas, não porque os Michelin Primacy 3 em jantes de 17 polegadas sejam ruidosos, mas sim porque o motor nem parece um diesel, o que não significa que a sua entrega seja


HYUNDAI I30 SW 1.6 CRDI 136CV STYLE 7DCT

TCO - CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ 26 457 11 377 15 081 1 679 3 732 426 (25,61) PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual. DEP – Depreciação. MAN – Custos com Manutenção programada (exclui pneus). COM – Custos com Combustível. UTILIZ – Custo Total de Utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos/80 mil km)

PREÇO 30 000€ (CAMPANHA) // MOTOR DIESEL; 4 CIL EM LINHA; 1582CC; 136 CV/4000 RPM // BINÁRIO 300 NM/1750-2500 RPM // REL. PESO/POTÊNCIA 9,85 KG/CV // TRANSMISSÃO DIANTEIRA, AUTO 7 VEL. DCT // PESO 1340 KG // COMP./LARG./ALT. 4,58/1,795/1,47 M // DIST. ENTRE EIXOS 2,65 M // MALA 602/1650 L // DESEMPENHO 10,9 S 0-100 KM/H; 198 KM/H VEL. MÁX. // EMISSÕES DE CO2 112 G/KM *As nossas medições

MALA / CONFORTO / QUALIDADE GERAL

CONSUMO / PREÇO

modesta. Pelo contrário, os 300 Nm de binário (entre as 1750 e as 2500 rpm) permitem-lhe grande elasticidade desde o arranque, com uma boa ajuda da rapidez de “raciocínio” da caixa de velocidades, sempre pronta a poupar combustível recorrendo às relações mais altas se formos moderados no pedal do acelerador. Especialmente no modo Eco. Já no modo Sport há reduções mais frequentes e maior aproveitamento das rotações elevadas, com alguns efeitos nos consumos. Não conseguimos confirmar as médias de 4.3 l/100 km que a marca anuncia em percurso combinado, mas verificámos esse valor nas condições mais favoráveis à economia, ou seja, entre os 80 e os 100 km/h. Com as variações de ritmo típicas de um percurso misto com alguma auto-estrada. Com algum trânsito urbano e parte de estrada aberta, os números sobem ligeiramente até aos 5,6 l/100 km. Já conduzindo de forma mais despreocupada os sete litros aos cem surgem com maior insistência no computador de bordo. O preço venda ao público desta unidade com o nível de equipamento Style é de 32 216,49, mas é possível adquirir na gama a versão Blue Comfort, também com o motor 1.6 CRDi mas com 110 CV e caixa de velocidades manual por 26 457€. Neste caso, a Fleet Data indica um custo TCO total de 20 491€ para um contrato a 48 meses e 80 mil quilómetros, o que representa um TCO de 25,61€ a cada 100 km. /

136 CV

4 cil linha diesel

10,9 S

0-100 km/h

4,3 L 100 km

112 G/KM CO Classe C /

2

143,17€ IUC

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ENSAIO

BMW 530D TOURING

ESTATUTO SUPREMO Mais desportivo que um Série 7 e menos agressivo que um Série 4, a versão carrinha do Série 5 casa na perfeição uma imagem profissional com uma utilização familiar de extremo conforto TEXTO ANTÓNIO AMORIM FOTOS LUÍS VIEGAS

N

as últimas quatro décadas a Série 5 da BMW tem sido o alvo preferido de qualquer executivo apreciador da condução. A nova 530d Touring surge, mais uma vez, como a resposta mais apetecível para esse tipo de utilizador. Muita da tecnologia foi herdada do navio almirante Série 7, a começar pela própria plataforma. Não é, portanto, exagerado afirmar que estamos aqui perante um concentrado de Série 7, embora 16 cm mais curto mas com 570 litros de bagageira, extensíveis até aos 1700 litros re-

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batendo os bancos na totalidade. A nova estrutura implicou, face à geração anterior, uma importante redução do peso e uma suspensão nova que, na Touring, é pneumática no eixo traseiro, com efeito autonivelante. O sistema de interface iDrive também é herdado do modelo de topo, tal como os comandos gestuais e algumas capacidades eletrónicas que vão no caminho da condução autónoma. É o caso do programador de velocidade ativo, que mantém a distância ao carro da frente agora com mais rigor, associado ao monitor de faixa de rodagem com intervenção no volante. Tudo isto permite agora mais tempo no quase-piloto-automático, desde que as mãos se mantenham no volante.

A redução de peso também permite maior contenção nos consumos. A marca anuncia, no melhor cenário, uma média de 4,7 litros aos cem em percurso misto, nós realizámos 7,7 l/100 ao longo deste teste. Com os programas desportivos Sport e Sport+, a carrinha transfigura-se por completo, passando a aproveitar todos os 265 CV do turbodiesel de 3.0 litros, com a ajuda da caixa automática de oito velocidades, que lhe explora na perfeição os 620 Nm de binário disponível na sua totalidade entre as 2000 e as 2500 rpm. A suspensão também se torna mais reativa, tal como a direção. O habitáculo adquire caraterísticas do mais puro luxo na aquisição de alguns (dispendiosos) equi-


pamentos opcionais. É o caso da climatização automática de 4 zonas, da iluminação ambiente configurável, função de massagem dos bancos dianteiros ou, um dos elementos mais dispendiosos: o sistema de som da Bowers & Wilkins. Também merece destaque o sistema multimédia “Professional” nos bancos traseiros, que inclui os dois ecrãs táteis com acesso ao iDrive. Os fãs da linha desportiva M também olharão com apetite para este soberbo conjunto de jantes de 19 polegadas com pneus 245/40 à frente e uns grossos 275/35 atrás, sem dúvida envolvidos no prazer com que nos atirámos a cada curva ao longo deste ensaio, mas também para isso há que abrir mão de mais dinheiro (1500€), a somar ao pacote desportivo M que envolve este volante, estes detalhes aerodinâmicos e entradas de ar no para-choques, travões desportivos M com maxilas azuis que tanta margem nos dão para travar antes das curvas e uma série de frisos, embelezadores e forros, tudo a totalizar quase cinco mil euros. Feitas as contas, somam-se 37 mil euros de opcionais, para um total de 117 mil deste exemplar. No entanto, é possível adquirir uma versão base por 79 664€, situação em que o TCO se cifrará nos 47 349€ /

BMW 530D TOURING PARA FINANCIAMENTO DESTE 530D TOURING a BMW propõe uma renda de 1066,11€, sem entrada inicial a 48 meses e 80 mil quilómetros. Se quiser incluir manutenção total, seguro com danos próprios e franquia de 2% e IUC, o valor final da renda é de 1270,37€

TCO - CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ 74 594 35 805 38 789 3205 4540 92 950 (116.19) PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual. DEP – Depreciação. MAN – Custos com Manutenção programada (exclui pneus). COM – Custos com Combustível. UTILIZ – Custo Total de Utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos/80 mil km)

PREÇO 79.664€ MOTOR 6 CIL.; 2993 CC; 265 CV; 4000 RPM // BINÁRIO 620 Nm/2000 rpm // TRANSMISSÃO Traseira, 8 vel AUTO // PESO: 1825 kg // COMP/LARG/ALT 4,92/1,8/ 1,50 m // MALA 570/1700 L // DESEMPENHO: 5,8 (6,8*)s 0-100 KM/H; 250 KM/H VEL. MÁX.; 27,3* s 0-1000 m // TRAVAGEM 100-0 km/h: 43 M* /CONSUMO 4,7 l/100 km // EMISSÕES DE CO2 124 g/km // IUC 65,89€ *As nossas medições

CONFORTO / QUALIDADE / CONDUÇÃO

PREÇO / EQUIPAMENTO DE SÉRIE

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ENSAIO

OPEL CROSSLAND X 1.6D

MONOVOLUME OU SUV? Diz a Opel que substitui o Meriva ao gosto do mercado, mas olhando bem para este Crossland X, para as suas características e para o facto do Mokka X continuar ao seu lado, é mais um monovolume compacto travestido de SUV. O que não é necessariamente mau. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA FOTOS JOSÉ BISPO

C

onstruído sobre a nova plataforma do grupo PSA (algo que estava já acertado antes da compra do grupo Opel pelo grupo PSA), o Crossland X não tem capacidade para oferecer tração integral, é menor que o Mokka X (exatamente 63 mm) mas exibe maior espaço interior e maior versatilidade. Perguntará o caro leitor, mas por que razão a Opel vende dois carros semelhantes no mesmo segmento? Porque, na realidade, são carros diferentes e a casa alemã quer abraçar todos os clientes, os que adoram o seu SUV-B e aqueles que dizendo que querem um SUV, choram em privado pelo seu monovolume compacto. Com o Crossland X, a Opel coloca no mercado um crossover compacto com ampla habitabilidade, prático, versátil e eficiente. Mas, olhando para a forma da carroçaria – bonita ou feia, cada um dirá de sua justiça – e para o arranjo do interior, tudo grita monovolume e não serão as proteções das rodas e o arregaçar das suspensões que fazem pensar de forma diferente.

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Com o Mokka X, a Opel oferece um verdadeiro SUV-B – até tem tração integral se quiser! – muito giro e que tem um sucesso, na Europa, impressionante. Entre nós é um Classe 2 nas portagens (uma injustiça cada vez menos justificável) sendo essa situação um travão para maior difusão, o que pode deixar caminho aberto ao Crossland X para brilhar. INTERIOR ESPAÇOSO Partindo de uma base excelente, a Opel não podia errar no interior do Crossland X. Por isso não espanta que o espaço interior seja muito generoso e que a bagageira seja líder no segmento com 410 litros de capacidade que se estendem até aos 1255 litros, o que é clara mais valia. A posição de condução, elevada como se impõe, é boa com muita possibilidade de ajuste, apesar do volante estar exageradamente saído face ao tabliê. O equipamento é bastante completo e, na versão Edition, oferece de série jantes de liga leve, espelhos elétricos, banco rebatível 60/40, ar condicionado, cruise control, rádio InteliLink 4.0 com comandos no volante, computador de bordo.

Como opcionais, encontramos, entre outros, os estofos em pele (900 euros), as jantes de liga leve de 17 polegadas (400 euros) e utilidades como a câmara de visão traseira (junto com os sensores de estacionamento à frente e atrás, 600 euros, custando mais 140 euros se quiser a câmara 180 graus), Pacote Edition Plus (faróis de nevoeiro e sistema de navegação InteliLink, custa 600 euros). Pacote Park & Go (avisador de veículo no ângulo morto de visão, câmara traseira e assistência ao estacionamento, 750 euros) e Pacote Versatilidade (banco traseiro ajustável longitudinalmente, rebatimento secção central e piso duplo da bagageira, por 400 euros). A qualidade do interior não deixa ninguém de boca aberta e não dará dores de cabeça aos modelos Premium, mas a Opel fez um belo esforço para arrumar tudo de forma competente e com uma montagem sem falhas evidentes. O conforto é aceitável. MOTOR DIESEL COMPETENTE Evidentemente que para as frotas a melhor opção é o motor diesel, e para isso a Opel oferece


OPEL CROSSLAND X 1.6D CONTRATO AOV A Opel propõe para Crossland X um valor de 421,67€ de renda mensal (48 meses e 80 mil quilómetros) para a versão Innovation (20.661,60€) a mais apelativa para os frotistas

PREÇO 22.830 € // MOTOR 4 CIL; 1560 CC; 99 CV; 3750 RPM // BINÁRIO 254 NM // TRANSMISSÃO dianteira; 5 VEL Man // PESO 1203 kg // COMP./LARG./ALT. 4,212/1,765/1,605 M // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2,604 M // MALA 410 L // DESEMPENHO 11,6s (12,1*) 0-100 KM/H; 180 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 3,9 (4,8*) // EMISSÕES CO2 102 G/KM // IUC 143,17€ *As nossas medições

ESPAÇO / CONSUMOS / VERSATILIDADE

PRESTAÇÕES / ALGUNS MATERIAIS

o bloco do grupo PSA com 1.6 litros na versão de 100 CV, aqui no Crossland X com 99 CV. O propulsor do grupo francês é suave e, como se sabe, calmo a sair dos blocos entrando, depois, na sua zona de conforto facilmente. Se na cidade acompanha bem as necessidades do tráfego urbano, saindo do casco citadino as coisas complicam-se. Apesar de ser muito progressivo e linear, o motor do Crossland X nunca se mostra arisco ou com capacidade para nos surpreender e os níveis de performance confirmam essa impressão. Boa surpresa reside nos consumos, baixos, a rondar os cinco litros por cada centena de quilómetros. A caixa de cinco velocidades manual está escalonada de acordo com as características do motor, mas o funcionamento é um pouco vago. Nada que afete a sua boa relação com o motor e o condutor, embora por vezes seja complicado perceber qual foi a mudança que engrenámos. Questão de habituação. CUSTOS AINDA DESCONHECIDOS Sendo um carro que acabou de chegar ao mercado, ainda não há valores de depreciação ou do custo total de utilização ou até o custo por centena de quilómetros percorridos. Porém, um fator é conhecido, o consumo. Comedido, o Opel Crossland X turbodiesel anuncia 3,6 l/100 km, valor que no mundo real é impraticável. Porém, após o ensaio concluído tivemos a grata surpresa de ver registados 4,8 l/100 km, um valor excelente e que lhe permite saber que após 48 meses ou 80 mil quilómetros, não gasta mais que 4 mil euros em combustível. /

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ENSAIO

FORD MONDEO 1.5 TDCI ECO SW BUSINESS PLUS

BAIXOS CUSTOS DE UTILIZAÇÃO A versão de frotas do Ford Mondeo SW oferece um custo de utilização de 28,72 euros por cada cem quilómetros. Não será de estranhar que tenha sido considerado o “Médio Familiar Generalista”, em 2017, pela LeasePlan TEXTO E FOTOS CARLOS MOURA PEDRO

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ara o mercado empresarial, uma das apostas da Ford no segmento dos familiares médios é o Mondeo 1.5 TDCi Eco SW Business Plus, que mantém todos os atributos que tornaram este modelo da marca norte-americana numa das referências da sua categoria. O Mondeo SW destaca-se pelo seu porte considerável, pelo generoso espaço interior, pelo elevado equipamento (mesmo na versão de frotas), pela imagem exterior agradável e bem conseguida (com realce para a grelha tipo Aston Martin)

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e um desempenho em estrada que está ao nível dos melhores. Com um comprimento exterior de 4,87 metros e uma distância entre-eixos de 2,85 metros, a versão SW do Mondeo carateriza-se pela sua excelente habitabilidade, com cinco verdadeiros lugares, e uma bagageira que oferece um volume útil de carga de 525 litros, valor esse que pode ser ampliado para os 1630 litros com o rebatimento dos bancos traseiros. O interior proporciona aos ocupantes um elevado nível de conforto, contribuindo para o efeito os materiais de qualidade, assim como a dotação de série, que inclui um sistema de info entretentimento, com ecrã sensível ao toque de

oito polegadas na consola central, permitindo aceder a várias funções, como o sistemas de som, de navegação ou de conectividade Sync 3. Os menus podem ser igualmente consultados no painel de instrumentos digital, evitando desviar a atenção da estrada. A versão Business Plus conta ainda com ar condicionado automático, computador de bordo, vidros elétricos dianteiros e traseiros, retrovisor interior eletrocromático, consola no tejadilho (porta óculos e espelho de obervação de crianças), sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, travão de mão elétrico, limpa pára-brisas automático com sensor de chuva ou controlo automático da velocidade


FORD MONDEO 1.5 TDCI ECO SW BUSINESS PLUS

TCO - CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE PVP VR DEP MAN € COMB. 30 101 12 040 18 061 1 468 3 444

UTILIZ 22 973 (28,72)

PVP - Preço de venda ao público / VR – Valor residual / DEP - Depreciação / MAN – Manutenção € COM. – Combustível / UTILIZ – Custo total de utilização

PREÇO 30101€ 30 869€ (unidade ensaiada) // MOTOR 4 CIL; 1499 CC; 120 CV; 3600 RPM // BINÁRIO 270 NM // TRANSMISSÃO Dianteira; 6 VEL Man // PESO 1605 kg // COMP./LARG./ALT. 4,70/1,84/1,51 // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2,66 // MALA 540 LITROS // DESEMPENHO 11,9s 0-100 KM/H; 187 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 3,8 (6,1) // EMISSÕES 99 G/KM // IUC ??€ *As nossas medições

HABITABILIDADE / EQUIPAMENTO

com limitador de velocidade, faróis automáticos, retrovisores exteriores eletricos e recolhíveis eletricamente. A nível mecânico, o Mondeo SW Business Plus recebe um motor turbodiesel de 1 499 cc, que desenvolve uma potência de 120 CV e um binário de 270 Nm entre as 1750 e as 2500 rpm. Para fazer deslocar uma massa com mais de 1,6 toneladas, este propulsor revelou-se efiCONTRATO AOV ciente a acelerar, denotando algumas limiA Ford propõe tações nas recuperações, sobretudo em espara um contrato tradas mais sinuosas, obrigando ao recurso de renting para o frequente à caixa manual de seis velocidades, Mondeo 1.5 TDCi Eco que, de resto, está bem escalonada e é de fácil SW Business Plus manuseamento. Para otimizar o consumo de pelo valor mensal combustível, este motor recebeu a tecnologia de 479,88 euros, Econetic da Ford, que inclui Start/Stop, auxicom IVA incluído, liar de arranque em subida e carregamento para um prazo de regenerativo inteligente da bateria. A marca 48 meses ou 80 anuncia uma média combinada de 3,8 l/100 mil quilómetros. km, um valor difícil de alcançar em condições Neste contrato estão reais de utilização. Os dados do computador abrangidos serviços de bordo durante o ensaio indicaram uma como manutenção, média de 6,1 l/100 km. inspeção periódica, Em termos de segurança ativa e passiva, pneus, IUC, seguro destaque para os sistemas de travões anti-

RECUPERAÇÕES / SISTEMAS APOIO À CONDUÇÃO

-bloqueio (ABS) com distribuição eletrónica do esforço de travagem (EBD), o programa eletrónico de estabilidade (ESP) e os airbags, incluindo frontais para condutor e passageiro, laterais para tórax e pélvis, além de cortinas laterais a todo o comprimento. Para não agravar o preço final, esta versão de frotas do Mondeo SW não dispõe de sistemas tecnológicos avançados de auxílio à condução nem câmara traseira. Com um preço de venda ao público de 30 869 euros, que o posiciona nos escalões de tributação autónoma, esta versão para empresas do Mondeo SW oferece um custo total de utilização de 28,72 euros por cada cem quilómetros percorridos, segundo dados da consultora 4Fleet. Ainda de acordo com estes dados, apresenta um valor residual de 40% no final de 48 meses ou 80 mil quilómetros, o que significa que esta versão deverá valer 12 040 euros. O custo de manutenção previsto situa-se nos 1 468 euros. Estes valores de custo total de utilização estiveram na origem da obtenção do primeiro lugar na categoria de “Médio Familiar Generalista” do prémio “Carro Frota do Ano 2017” da LeasePlan. /

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DESTAQUE

GRANDE ENTREVISTA

JOÃO MENDES, PEUGEOT DIRETOR COMERCIAL

“O NOSSO OBJETIVO É CONTINUAR A CRESCER SUSTENTADAMENTE” Com base em três pilares estratégicos – produto, rede e estrutura interna – a Peugeot tem a ambição de continuar a crescer sustentadamente no mercado português. Para uma marca que tem a ambição de ter uma quota acima dos 10%, o mercado empresarial é considerado determinante TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSE BISPO

A

Peugeot tem vindo a crescer sustentadamente em termos de quota de mercado desde 2009, tendo ultrapassado a barreira dos 10% em 2014. Segundo o diretor comercial da Peugeot Portugal, a marca tem como objetivo “continuar a crescer sustentadamente” com base em três pilares estratégicos: produto, rede e estrutura interna. Pelo seu peso no volume total de vendas, o mercado profissional tem uma relevância bastante significativa e a marca trabalha este canal de empresas de uma forma específica. Nalgumas regiões do país, designadamente Lisboa e Porto, a rede de concessionários possui estruturas próprias, denominadas Peugeot Professional, que dispõem de mais meios para responder às necessidades específicas dos clientes, incluindo uma maior oferta de veículos de demonstração, vendedores especializados, soluções específicas desde o financiamento até ao após-venda. O mercado profissional representa cerca de 70% do total de vendas em Portugal? Como é que a Peugeot olha para o mercado de empresas? Para uma marca como a Peugeot, cuja ambição é ter uma quota de mercado acima dos 10%, o segmento de empresas é determinante. A nos-

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sa estratégia é baseada em três grandes eixos: produto, rede e estrutura interna. Em função das necessidades dos clientes, o mercado português é específico e apresenta diferenças em relação a outros, como, por exemplo, o espanhol, quer do ponto de vista do produto, quer da sua tipologia. O segundo eixo é a rede. Tivemos a sorte de ter construído uma rede Peugeot, que poucas alterações sofreu desde a sua constituição em 1995.Há uma relação de empatia e de proximidade muito forte. Atualmente, a rede é bastante especializada em alguns casos; noutros está de uma forma não especializada, mas orientada. A rede trabalha este canal de empresas de uma forma específica, que é diferente do cliente particular. Como está estruturada a rede em termos de canal de frotas? Existem concessionários especializados para atendimento específico a frotistas? Em Lisboa e no Porto, sim. Aquelas regiões representam entre 60 a 70% do volume total de vendas do país. Existem estruturas próprias, denominadas Peugeot Professional, que dispõem de mais meios, de uma maior oferta, desde o financiamento até ao após-venda, passando por vendedores verdadeiramente especializados, que não fazem atendimento a clientes particulares. No resto do país, são estruturas mistas porque não há dimensão para que exista

alguém a trabalhar especificamente empresas. Os vendedores estão orientados para trabalhar as empresas. As metodologias de trabalho são diferenciadas para assegurar os serviços específicos que as empresas necessitam. Quais são as valências do Peugeot Professional? O Peugeot Professional tem uma estrutura própria, com vendedores dedicados, disponibiliza uma oferta completa para o mercado empresarial: financiamento, veículos de substituição, veículos para test-drive, proposta de venda mais completa quando o cliente se desloca a esses pontos, veículos transformados, mais capacidade de empréstimo de carros, designadamente nos comerciais. Em Lisboa e no Porto, o cliente consegue encontrar uma Partner, uma Expert ou uma Boxer para experimentar. Em outros pontos do país já não é tão fácil encontrar veículos desta tipologia, principalmente da gama Boxer. Qual é o terceiro pilar? É a estrutura interna da Peugeot. A maior do tecido empresarial português é constituído por PME, mas também temos cerca de 150 empresas de maior dimensão. Para esses grandes clientes dispomos de uma estrutura central própria que trabalha diretamente essas empresas com key accounts, mas sempre em ligação com os concessionários.


FROTAS APOSTAM NO PEUGEOT 308 Os modelos mais procurados pelo segmento empresarial são o Peugeot 208 e 308. Este último tem um peso bastante superior nas frotas, afirma João Mendes

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DESTAQUE

GRANDE ENTREVISTA Qual é o peso das PME nestas vendas a clientes empresariais? No total das empresas, as PME representam 80% do volume de vendas. Há abordagem diferenciada para as PME em temos de venda e após-venda? Cada caso é um caso. Para trabalhar este mercado, temos recorrido a mais formação para identificação das necessidades de um cliente profissional. Há clientes que querem um custo total de utilização (TCO) baixo. Outros pretendem um modelo de um determinado segmento e não estão dispostos a que seja qualquer carro. Há ainda quem queira determinados equipamentos ou um determinado serviço. Há quem privilegie mais o serviço de após-venda. A Peugeot tem tentado encontrar um conjunto de serviços que possam ser utilizados na parte correspondente às necessidades dos clientes. Por exemplo, lançamos no ano passado o Peugeot Rent, que consiste na disponibilização pela rede de concessionários de um conjunto de carros que podem ser alugados como num rent-a-car. O serviço permite fazer o aluguer de um ou dois dias a um cliente particular que vai fazer uma manutenção ou o aluguer temporário para as empresas. Existem situações em que uma empresa tem um volume adicional de trabalho, mas não se justifica a aquisição de uma unidade adicional para a sua frota. A relação com a nossa rede permite o acesso a esses carros que podem ser utilizados durante um, dois ou três meses. A Peugeot procura ir construindo serviços que permitem fazer a diferença face à concorrência. Um outro aspeto muito importante são as soluções de financiamento. Qual é o posicionamento da Peugeot neste domínio? Tem alguma financeira cativa? Trabalha com gestora de frotas? O Grupo PSA vendeu a sua financeira cativa há cerca de três anos ao Banco Santander, o qual passou a funcionar como uma entidade cativa para a Peugeot em termos de produtos financeiros que oferece. Isso é fundamental porque cada vez mais se assiste a uma tendência do mercado para substituir a aquisição do veículo pela sua utilização. Para responder a essa necessidade lançamos um produto, denominado Peugeot Easy Credit, que oferece a possibilidade ao cliente de não adquirir a viatura, permitindo a sua utilização durante dois, três ou quatro anos, sendo assumido pela marca um valor residual no final do período acordado. Para todas aquelas empresas que ainda não decidiram optar por um aluguer operacional e continuam a preferir a posse do veículo, esta é uma solução de aquisição com riscos financeiros mais controlados, possibilitando ainda colocá-lo no imobilizado da empresa. Este produto funciona quase como um aluguer, apesar

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de existir a compra, e tem um valor residual no final de quatro anos. Este tipo de produto só pode ser garantido por uma financeira de marca. A segunda tendência do mercado é o aluguer operacional. Nesse capítulo trabalhamos com todas as gestoras de frotas em parceria. Em muitos casos, é mais fácil ganharem todos: a marca, o cliente e a gestora de frotas. Em termos de produto, a Peugeot tem desenvolvido soluções bastante competitivas para o canal de frotas. Quais são as principais preocupações nesse domínio? Obviamente que o TCO é um dos fatores mais importantes. Por um lado, existe um trabalho que é realizado pela engenharia e pelas fábricas para diminuir o custo de utilização das viaturas. Com o lançamento do novo Peugeot 308 em setembro vamos assistir a mais uma grande evolução neste domínio. Existe ainda a componente ambiental que começa a ser bastante relevante porque a sensibilidade das empresas para esta questão é cada vez maior, não só em termos do consumo, mas, também, das emissões. Qual é o outro fator? O outro fator é a gama. Tivemos a sorte de o Grupo PSA ter continuado a investir e de criar produtos disruptivos, como, por exemplo, a gama SUV. Em conjunto com os monovolumes representa 25% do mercado, mas na Peugeot a sua expressão é de 35%. Até há pouco tempo, a Peugeot não estava presente em toda a gama dos SUV. Por isso, outra das coisas importantes para estar com mais força junto das empresas é conseguir ter uma gama que consiga cobrir mais necessidades, desde um nível inferior com uma viatura de serviço até um mais elevado com um Peugeot 3008 ou 5008, que tem a particularidade de oferecer dois verdadeiros lugares na última fila. Ao mesmo tempo não descuramos a questão da tributação autónoma, que nos últimos anos passou a constituir uma preocupação para as empresas. Isso levou a marcas a construírem produtos com um posicionamento de preço que permite responder a essa necessidade. Na Peugeot, passamos a propor um 508 por 25 mil euros, com motor 1.6 BlueHDi e GPS. Retiramos alguns equipamentos para que possa estar num nível, para as empresas, acessível. Com o downgrade que as empresas fizeram continuam a permitir aos quadros dessas empresas continuarem a utilizar um automóvel de um segmento superior. O mesmo modelo está disponível por 35 mil ou 40 mil euros. O que representa o segmento dos comerciais ligeiros? A nossa quota de mercado português está ao nível da existente no país de origem, que é a França. Com a produção local na fábrica de

GAMA SUV IMPORTANTE Os monovolumres e os SUV representam cerca de 25% do mercado. Todavia, na Peugeot a sua expressão é de 35%

Mangualde, a aceitação da Partner é muito boa. Os tempos de espera muito curtos, o elevado nível de qualidade, a funcionalidade dos três lugares, o equipamento, a possibilidade de reforço da carga são fatores que têm contribuído para o sucesso deste nosso produto do segmento dos pequenos furgões. A oferta da Peugeot é bastante abrangente neste segmento? Os nossos três modelos adaptam-se muito bem ao mercado nacional. O primeiro é o Partner, onde somos líderes e estamos sempre muito próximos do Citroën Berlingo e do Renault Kangoo. O segundo modelo da nossa gama de comerciais ligeiros é o Expert e insere-se no segmento K1, oferecendo uma maior capacidade de carga. A mais recente geração foi lançada no ano passado, com uma oferta que vai desde um furgão mais curto, passando por um médio e um maior. Paga Classe 2 nas autoestradas como os


restantes concorrentes. Isso significa que não é tão preferido sobretudo pelos clientes que precisam de fazer autoestrada. Por fim, o nosso grande furgão é o Boxer, que tem registado uma elevada procura nos últimos dois anos. A nossa oferta é complementada por um veículo mais pequeno, Bipper, que está mais vocacionado para a cidade. O seu volume útil de 2 m3 é mais do que suficiente para fazer entregas porta-a-porta. Em muitos casos veio substituir os derivados de passageiros, que tiveram um aumento de carga fiscal muito significativo. A Peugeot vai lançar uma nova geração do 308. Qual é a importância deste modelo para a marca? Para a Peugeot é fundamental. O 308 SW é o mais vendido do subsegmento das station-wagons. Neste momento estamo-nos a bater com mais uma ou duas marcas num subsegmento, onde as empresas representam 80% do volume de vendas.

Qual é a estratégia para o segmento de rent-a-car? Existe a recompra obrigatória dos veículos? O nosso princípio é esse. Uma das nossas preocupações é conseguir assegurar aos nossos clientes que estão a fazer uma compra que tem um valor seguro no final de três, quatro ou cinco anos. Obviamente que temos de estar presentes num mercado que representa 20% das vendas totais, mas queremos que a nossa quota seja inferior à do segmento de particulares e empresas. Para nós, isso é sempre a primeira condição para estarmos presentes no segmento de rent-a-car, que absorve um volume de aproximadamente quatro mil veículos por ano. Qual é o objetivo da Peugeot neste mercado empresarial? O que ambiciona atingir? Queremos manter uma estabilidade naquilo que temos vindo a fazer. Desde 2009, a marca Peugeot tem vindo sempre a crescer em termos de quota de mercado. Desde 2014, que a

nossa taxa de penetração está acima dos 10%. Acreditamos que o trabalho que temos vindo a fazer – sustentado nos três pilares (produto, rede e estrutura interna) – podemos continuar a seguir este caminho. A partir da nossa quota de mercado atual, vamos ficar satisfeitos com a nossa evolução, independentemente da posição que alcançarmos. Não estamos presentes em Portugal com a ambição de chegar a alguma posição, seja ela qual for. Estamos presentes em Portugal para todos os anos podermos sustentar um pouco mais a nossa estrutura. Para isso contribuem muito os produtos. Felizmente, tivemos a sorte de ter uma gama que se vai renovando de uma forma muito positiva e permitiu aumentar bastante a nossa oferta porque não estávamos presentes com a mesma força do que outras marcas numa parte do mercado. Hoje conseguimos, com o 2008, o 3008 e o 5008. O nosso objetivo é continuar a crescer de uma forma sempre sustentada. /

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ISN

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PAULO SOUSA COSTA INSTITUTO DE SOCORROS A NÁUFRAGOS DIRETOR

SERVIÇO PÚBLICO NAS PRAIAS Nesta edição damos a conhecer uma frota que tem uma missão muito específica: o patrulhamento das praias não vigiadas e o socorro a banhistas. Sem o apoio da SIVA, o Instituto de Socorros a Náufragos não teria os meios para desenvolver esta atividade TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

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om mais de 800 quilómetros de orla marítima, o litoral da costa portuguesa é bastante procurado pelos banhistas durante a época balnear. Todos os anos, as praias nacionais são frequentadas por mais de 75 milhões de pessoas. Desse total, 63 milhões de banhistas são portugueses e os restantes 12 milhões estrangeiros. Um levantamento exaustivo efetuado pelo Instituto de Socorros a Náufragos apurou que na costa portuguesa existem 115 quilómetros de praias vigiadas e 484 quilómetros de praias não vigiadas. De acordo com a legislação nacional, o Instituto de Socorros a Náufragos, que este ano assinala o seu 125º aniversário, é o organismo, integrado na estrutura da Direção-Geral da Autoridade Marítima, com atribuições de direção técnica para as áreas do salvamento marítimo, socorro a náufragos e assistência a banhistas. Para assegurar a vigilância nas praias não concessionadas durante a época balnear, o Instituto de Socorros a Náufragos tem ao seu serviço uma frota de pick-ups de todo-o-terreno Volkswagen Amarok, que foram disponibilizados pela SIVA ao abrigo do projeto “Sea

Watch”. Criado em 2011, resultou de uma parceria entre o Instituto de Socorros a Náufragos, a SIVA e os concessionários Volkswagen para promover a segurança nas praias portuguesas. “Sabemos que muitos areais são frequentados por banhistas e tivemos de montar uma estratégia para assegurar o socorro nas praias não vigiadas”, comenta Paulo Sousa Costa, diretor do Instituto de Socorros a Náufragos. A legislação nacional determina que os concessionários de praia têm a responsabilidade pela contratação dos nadadores-salvadores, que asseguram a vigilância desses areais. Para os restantes quilómetros de praias não vigiadas, o Instituto de Socorros a Náufragos conta com uma frota de 28 veículos Volkswagen Amarok, que estão ao serviço durante quatro meses, entre os dias 1 de julho e 30 de setembro, que se destinam a ser utilizados na assistência balnear e no socorro. Concluída a época balnear, as pick-ups são devolvidas à SIVA. “Das 28 viaturas que nos foram atribuídas pela SIVA, alocamos 26 unidades para as praias, que são entregues aos capitães de porto, pois são eles que têm a responsabilidade de verificar o cumprimento das assistência balnear nas praias”, explica o diretor do Instituto de Socorros a Náufragos, adiantando que “são

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ISN

PROJETO "SEA WATCH" Criado em 2011, o projeto "Sea Watch" resulta de uma parceria entre o ISN, a SIVA e os concessionários Volkswagen para promover a segurança nas praias portuguesas

DURANTE A ÉPOCA BALNEAR DE 2016, AS 28 PICK-UPS VOLKSWAGEN AMAROK PERCORRERAM CERCA DE 280 MIL QUILÓMETROS AO SERVIÇO DO ISN os capitães de porto que fazem a distribuição das viaturas nas praias não vigiadas dentro da sua área de jurisdição”. As pick-ups Volkswagen Amarok foram distribuídas pelo Continente e também nos Açores, encontrando-se uma unidade em Ponta Delgada. Segundo Paulo Sousa Costa levou-se em conta as extensões de areal não vigiado, mas também o número de pessoas que frequentam essas praias. “O Porto Santo tem um areal extenso, com vertente de praia vigiada e não vigiada, mas as pessoas concentram-se na zona concessionada”, adianta. CONDUÇÃO EM TODO-O-TERRENO Os veículos de vigilância das praias são tripulados por militares da Marinha com valência de nadador-salvador e formação na condução em todo-o-terreno. “Há um curso de condução de viaturas de todo-o-terreno, que é dado na Marinha pela Escola de Fuzileiros”, salienta o entrevistado. “Os tripulantes têm de ter formação para saber como progredir no areal, evitar as dunas e monitorizar a pressão dos pneus”, acrescenta o capitão de mar-e-guerra. Os tripulantes das Volkswagen Amarok são selecionados com base num convite lançado em janeiro e fevereiro de cada ano aos militares da Marinha interessados em participar nesta

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iniciativa durante os quatro meses de verão. “Todos os anos temos sempre mais voluntários do que lugares disponíveis”, afirma Paulo Sousa Costa. “Trata-se de uma atividade que sai do âmbito normal das funções dos militares da Marinha. É um outro tipo de missão de serviço público”. As outras duas pick-ups Volkswagen Amarok estão afetas a outras missões do Instituto de Socorros a Náufragos, servindo as deslocações pelo país das equipas que certificam os nadadores-salvadores após a conclusão dos seus cursos. “Os nadadores salvadores frequentam escolas de salvadores nadadores, onde tiram os seus cursos, mas isso não lhes dá o direito de exercerem a atividade porque têm de fazer um exame específico de aptidão técnica”, refere Paulo Sousa Costa. “Antes do início da época balnear, o Instituto de Socorros a Náufragos tem de fazer os exames específicos de aptidão técnica dos nadadores salvadores. Como vamos a todo o país, fazemos as deslocações nessas viaturas”, acrescenta. RESPONSABILIDADE SOCIAL Estas duas viaturas também são utilizadas para apoiar as campanhas de sensibilização nas praias, que são efetuadas com os



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EQUIPAMENTOS DE SALVAMENTO As pick-ups Volkswagen Amarok foram adaptadas às necessidades operacionais do ISN. A transformação inclui suportes para equipamentos de emergência, pranchas de salvamento, macas e luzes de emergência

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parceiros. “Este ano vamos fazer 70 campanhas: 30 com a Vodafone, 30 com o Lidl e 10 com a Nestlé Buondi”, afirma o diretor do Instituto de Socorros a Náufragos. “As nossas equipas percorrem as praias de todo o país e montam um pequeno stand. No caso da ação com a Vodafone, vamos buscar as crianças e depois transmitimos as nossas mensagens: alertamos para os perigos do mar, qual o papel do nadador salvador, o que devem fazer”, explica o responsável. Por sua vez, as campanhas com o Lidl estão orientadas para os surfistas, uma vez que são as pessoas que estão todo o ano na praia e conhecem bem condições existentes. “Se houver necessidade de socorro de uma pessoa, os surfistas já estão na água”. A sensibilização para a importância dos surfistas na assistência balnear e no socorro a náufragos, o ensino de técnicas de resgate de náufragos para pranchas são os principais


temas destas ações. Para o público em geral são realizadas campanhas em colaboração com a Nestlé Buondi, que procuram explicar os cuidados a ter na praia, os significados das bandeiras, o papel do nadador salvador. “Para estas 70 campanhas durante a época balnear necessitamos dessas viaturas para assegurar as deslocações do nosso pessoal pelo país”, salienta Paulo Sousa Costa. Para o diretor do Instituto de Socorros a Náufragos, as parcerias com a SIVA, com a Vodsfone, com o Lidl e a Nestlé Buondi são “fundamentais. Temos 484 quilómetros de areal não vigiado. Se não tivéssemos estas parcerias, designadamente com a SIVA, não teríamos meios nessas zonas. Se tivéssemos um pedido de socorro, provavelmente teríamos de recorrer ao pessoal das estações salva-vidas, que teriam de se deslocar pelo mar, o que demora sempre mais tempo. Estas pick-ups permitem chegar mais rapidamente aos locais para prestar assistência balnear. Tratase de um serviço público que é feito no âmbito da responsabilidade social das grandes empresas”, comenta. Na época balnear de 2016, as 28 pick-ups Volkswagen Amarok percorreram um total de 278982 quilómetros, o que corresponde a uma média de aproximadamente dez mil quilómetros por viatura. Como curiosidade, o veículo que efetuou mais quilómetros estava afeto à zona balnear da Nazaré (14612 quilómetros) e o que fez menos quilómetros estava em Peniche (8173 quilómetros). O projeto “Sea Watch” permitiu o salvamento de 262 banhistas na época balnear de 2016, tendo sido realizadas 542 assistências de primeiros socorros e 36 buscas com sucesso de crianças perdidas. /

PREPARADAS PARA O SOCORRO NAS PRAIAS As picks-ups fornecidas pela SIVA ao Instituto de Socorros a Náufragos possuem tração às quatro rodas para poderem circular nos areais e vêm equipados com o novo motor 3.0 TDI V6 de 224 CV, cujo binário mais elevado confere melhores capacidades de condução na areia. As pick-ups Volkswagen Amarok dispõem ainda de caixa de velocidades de dupla embraiagem (DSG) e pneus de estrada, que além de permitirem rolar melhor na areia do que os pneumáticos mistos utilizados no passado, também contribuem para um consumo de combustível inferior. Os veículos afetos ao serviço do Instituto de Socorros a Náufragos possuem uma decoração específica, ponte de luzes, central de emergência sonora, com dispositivos luminosos e acústicos, e contam com um conjunto de equipamentos para assistência balnear, incluindo duas bóias, dois cintos de salvamento, uma prancha, uma mala de primeiros socorros com todo o material obrigatório por lei, um kit de oxigenoterapia com oxímetro, medidor de glicémia capilar e um medidor de tensão arterial. A manutenção dos veículos é efetuada pela Volkswagen, mas, segundo Paulo Sousa Costa, não exigem cuidados especiais. “No âmbito do protocolo assinado com a SIVA, as pick-ups têm de fazer manutenções periódicas nos concessionários da Volkswagen”.

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COMERCIAIS

NOTÍCIAS

DEUTSCHE POST E FORD

PARCERIA PARA FURGÃO ELÉTRICO VERSÃO ELÉTRICA DA TRANSIT A Ford e a Streetscooter desenvolveram um veículo de distribuição elétrico com base na Transit. A produção já arrancou e, até final de 2018, a DHL contará com uma frota de 2 500 unidades

A

Ford e a Streetscooter, subsidiária da Deutsche Post, estabeleceram uma parceria para o desenvolvimento e produção de veículos elétricos de distribuição, com base no modelo Transit A produção arrancou no mês de julho, prevendo-se que, até final de 2018, a operação de distribuição urbana do Grupo Deutsche Post DHL seja apoiada por 2500 veículos. Este volume de produto permitirá a este consórcio tornar-se

no maior fabricante europeu de veículos de distribuição de dimensão média. O Grupo Deutsche Post DHL e a Ford acreditam que a mobilidade do futuro passa pela redução das emissões e pela criação de novas soluções de tráfego. Esta parceria constitui um passo importante para a concretização desses objetivos. A StreetScooter é uma startup que foi adquirida pela Deutsche Post, tendo iniciado a sua atividade com o desenvolvimento e produ-

RESERVAS ONLINE PARA MERCEDES CLASSE X Os clientes que queiram garantir as primeiras unidades da pick-up da MercedesBenz, desenvolvida em associação com a Aliança Renault-Nissan, já podem fazer a reserva online num microsite criado especialmente para o efeito. A pick-up Classe X vai chegar ao mercado no final de 2017, permitindo à Mercedes-Benz tornar-se na primeira marca premium a entrar no segmento das pickups médias. Segundo Dieter Zetsche,

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ção de um veículo comercial compacto, equipado com sistema de tração elétrica. O novo veículo comercial elétrico desenvolvido pela StreetScooter e pela Ford terá motorização totalmente elétrica, enquanto a carroçaria especial será construída com base nas especificações da Deutsche Post e da DHL Paket. Além da linha de montagem para o fabrico da nova versão baseada no chassis da Ford Transit, a produção da gama atual da StreetScooter será reforçada significativamente. /

FIAT DUCATO 4X4

presidente do Conselho de Administração da Daimler AG e diretor da Mercedes-Benz Cars, "Com a pickup Mercedes, preenchemos uma das últimas lacunas no nosso portefólio. O nosso objetivo é oferecer a cada cliente um veículo adequado para as suas necessidades. O Classe X faz parte de um segmento de crescimento”.

A Fiat vai reforçar a oferta da gama Ducato com a introdução de uma nova versão 4x4. O sistema de transmissão integral é permanente e inclui uma caixa de transferências, assim como um sistema de acoplamento viscoso central automático. Este dispositivo assegura uma correta distribuição do binário entre as rodas dianteiras e traseiras, otimizando a tração na lama, na neve e na areia. O sistema de tracção está localizado num dos lados do veículo para não ocupar espaço por baixo do chassis e não restringir

as possibilidades de carroçamento, que é um dos grandes argumentos deste modelo. O Fiat Ducato 4x4 recebe motores Euro6B, que dispõem da tecnologia Low Pressure EGR (LPERG). A gama de motores MultiJet2 compreende blocos diesel de 2,0 litros (115 cv), de 2,3 litros (130, 150 cv e 180 cv).


PEUGEOT

APOSTA NAS PICK-UP

IVECO

VERSÃO STRALIS XP ABARTH

A D

epois da Fiat, da Renault e da Mercedes-Benz, a Peugeot também decidiu reentrar no segmento das pick-up, que regista um elevado crescimento nos mercados emergentes, mas não só. A marca do leão revelou as primeiras imagens da sua pick-up, que se destina aos mercados africanos, designadamente para o Magreb e o oeste subsariano. O novo produto faz parte da ofensiva de expansão global da marca e oferece todas as caraterísticas dos veículos deste segmento: robustez, durabilidade e tração integral. Apresentada como uma viatura de utilização mista, permite responder aos anseios dos que procuram uma ferramenta de trabalho fiável em todas as circunstâncias, mas está igualmente apta para momentos de diversão. A marca gaulesa garante que a Peugeot Pick-up está preparada tanto para as tarefas laborais como para as ocasiões de lazer em família. Com um comprimento total de 5,08 metros, a Peugeot Pickup tem uma área de carga de 1,40m de comprimento por 1,39m de largura, e encontra-se protegida com uma resina própria que contribui para aumentar a sua resistência. A capacidade de carga é de 815kg. A cadeia cinemática é assegurada por um motor turbodiesel de 2,5 litros, que desenvolve uma potência de 115 cv e um binário de 280 Nm, associado a uma caixa manual de cinco velocidades. A Peugeot Pick-up recebe ainda um sistema de tração integral não permanente.

Iveco estabeleceu um acordo de parceria com o Team Abarth Scorpio para ser o fornecedor oficial de logística desta equipa. O protocolo entre ambas as partes prevê a disponibilização de dois veículos Iveco como parte da frota de apoio da Abarth, um Stralis XP e um Eurocargo. Ao abrigo desta parceria, a Iveco irá lançar uma série especial, limitada a 124 unidades, do Stralis XP Abarth “Emotional Truck”, decorado sobre uma base branca com as cores tradicionais da Abarth (vermelho e cinza).Estas 124 unidades celebram o famoso Abarth 124 Spider, um automóvel com um estatuto lendário nas estradas e nos ralis mais emblemáticos, A unidade número "Zero" desta Edição Limitada, será usada pela Abarth como camião de apoio logístico durante as provas em que a marca estiver envolvida. A sua decoração foi projetada e desenvolvida pelo Centro de Design da Abarth, tendo sido dada especial atenção à personalização com as cores e grafismos da marca. O interior do veículo, de verdadeiro estilo Abarth, ecoa o do 124 Abarth, recorrendo a estofos, volante e painéis de porta em couro. Este “Emotional Truck” celebra, também, os níveis de performance alcançados pelo novo Stralis XP, que foi projetado para maximizar os níveis de fiabilidade, reduzir as emissões de CO2 e reduzir o TCO (Custo Total de Propriedade). O novo e melhorado sistema de transmissão, a nova caixa de velocidades topo de gama, o motor totalmente redesenhado e a tecnologia HI-SCR foram associadas às funções preditivas do sistema de GPS de última geração, bem como a uma série de novos recursos destinados a melhorar a economia até 11,2%, conforme foi demonstrado nos mais recentes testes realizados pelo Centro Europeu de Certificação da TÜV.

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MERCEDES-BENZ CITAN TOURER STANDARD 109CDI/27

DIFERENÇAS ALÉM DA ESTRELA Para o transporte combinado de pessoas e equipamentos ou bagagens, a Mercedes-Benz Vans disponibiliza o Citan Tourer de cinco lugares. Um dos seus muitos argumentos é o generoso espaço interior TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

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om o intuito de preencher uma lacuna na sua gama de veículos comerciais ligeiros, a Mercedes-Benz Vans recorreu à sua parceria com a Renault para reforçar a sua oferta com um produto posicionado abaixo do Mercedes-Benz Vito. As versões de passageiros receberam a designação Mercedes-Benz Citan Tourer para fazer a distinção relativamente aos furgões de mercadorias. Apesar de partilhar a mesma plataforma e estrutura da carroçaria com o Renault Kangoo, o Mercedes-Benz Citan apresenta uma identidade própria, designadamente na parte frontal, com destaque para a grelha e os grupos óticos, inspirados no Mercedes-Benz Sprinter. Mais profundas são as diferenças no habitáculo do

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Citan, designadamente ao nível de um tabliê específico, dos principais comandos (luzes, limpa para-brisas, luz de emergência, computador de bordo), assim como o design do painel de instrumentos e da consola central. Os bancos também são exclusivos da Mercedes, bem como os revestimentos interiores. Uma das versões disponíveis na gama Citan é a Tourer Standard 109 CDI/27, de cinco lugares, que apresenta um comprimento exterior de 4,3 metros, uma largura de 1,82 metros e uma altura de 1,81 metros. Estas dimensões exteriores, associadas a uma distância entre-eixos de 2,69 metros, permitiram disponibilizar um habitáculo bastante espaçoso, quer para os dois ocupantes dos lugares da frente quer para os três passageiros dos lugares traseiros. O acesso é assegurado por duas portas laterais des-

lizantes, cujo mecanismo de abertura poderia ser mais simples de operar. Igualmente espaçosa é a bagageira, que, com os bancos da segunda fila montados em posição normal, oferece um comprimento de quase um metro, uma largura de 1,46 metros e uma altura de 1,25 metros (sem a chapeleira). Os bancos traseiros podem ser rebatidos assimetricamente, numa configuração 1/3, 2/3 ou na totalidade. Neste último caso obtém-se uma superfície de carga plana, com um comprimento de 1,75 metros. O acesso à bagageira é assegurado por um portão traseiro basculante. Menos generoso é o equipamento de conforto proposto de série pela marca alemã, resumindo-se ao fecho central de portas com telecomando, aos vidros elétricos dianteiros, aos retrovisores exteriores aquecidos e reguláveis eletricamente e ao sistema de assistência no


MERCEDES-BENZ CITAN TOURER STANDARD 109CDI/27

PREÇO 32294 € // MOTOR 4 CIL; 1461 CC; 90 CV; 4000 RPM // BINÁRIO 220 NM // TRANSMISSÃO Dianteira; 5 VEL Man // PESO 1950 kg // COMP./LARG./ALT. 4,32/1,82/1,80 // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2,69 // MALA 398 KG // DESEMPENHO ND 0-100 KM/H; 160 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,3 (6,4*) // EMISSÕES 112 G/KM // IUC 42,80€ *As nossas medições

MOTOR/ VERSATILIDADE

CONTRATO AOV A Mercedes-Benz Financiamento propõe um contrato de renting para o Citan Tourer Standard 109/27, com a duração de 48 meses e 80 mil quilómetros, pelo valor mensal de 354,42 euros (sem IVA)

arranque. O ar condicionado (980€) integra a lista de opcionais, assim como os sensores de estacionamento traseiro (311€), os vidros elétricos na porta de correr (186€), os vidros escurecidos na traseira (181€), o sistema de navegação com rádio incluído (859€). A nível mecânico, o Citan Tourer recebe o motor diesel Euro 6 de quatro cilindros de 1461 cc, que desenvolve uma potencia máxima de 90 cv às 4000 rpm e um binário de 220 Nm. Em associação com uma caixa manual de cinco velocidades, este propulsor proporciona um desempenho agradável, não só pela disponibilidade de binário a baixas rotações, mas também pela sua elasticidade. O Citan Tourer vem equipado de série com o pack BlueEFFICIENCY, que inclui sistema Start / Stop, para otimizar o consumo de combustível quando o veículo está imobilizado numa

CAIXA CINCO VELOCIDADES/ PORTAS LATERAIS

situação de trânsito e permitir um consumo médio anunciado pela marca de 4,3 l/100 km. Todavia, em condições reais de circulação e em percursos mistos, o computador de bordo indicou um valor de 6,5 l/100 km. Onde a marca alemã não abdicou foi no capítulo da segurança, uma vez que a dotação de série do Citan Tourer compreende o assistente à travagem de emergência, o sistema de travagem com ABS e ASR, o programa eletrónico de estabilidade, o sistema de monitorização da pressão do pneus ou os vários airbags para condutor e passageiro (duplo dianteiro, lateral e de cortina). O Mercedes-Benz Citan Tourer 109 CDI/27 está disponível a partir de 28255 euros, com IVA incluído. Os opcionais incluídos na unidade ensaiada fazem elevar o preço final para os 32294 euros. /

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COMERCIAIS

NISSAN NV300 1.6 DCI 120 L1H1 BASIC

À IMAGEM DOS CROSSOVERS Com um design exterior inspirado nos crossovers da Nissan, o novo NV300 insere-se no segmento dos furgões médios, com capacidade de carga até 1,2 toneladas. Ensaio à versão 1.6 dCi L1 H1 Basic TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

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inco anos ou 160 mil quilómetros é a garantia de fábrica da Nissan para a sua gama de comerciais ligeiros, a qual se estende, naturalmente, ao mais recente lançamento da marca, o NV300. Desenvolvido no âmbito da Aliança Renault-Nissan, este modelo veio substituir o anterior Primastar e insere-se no segmento dos furgões médios, com capacidade de carga entre 1,0 e 1,2 toneladas. Com uma imagem exterior inspirada nos crossovers da marca, a gama é constituída por versões de chassis curto e longo, com teto normal e alto, compreendendo furgões de mercadorias, de três e seis lugares, e combis de passageiros de 9 lugares. A oferta mecânica assen-

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ta no bloco 1.6 dCi, de origem Renault, que é proposto em níveis de potência de 95 CV, 120 CV, 125 CV e 140 CV. Para o mercado nacional estão disponíveis quatro níveis de equipamento: Pro, Basic, Comfort e Luxury (apenas a Combi). Todas as versões contam, de série, com airbag do condutor, ABS, ESP e ASR, assistência ao arranque em subida, fecho central de portas com telecomando, rádio com Bluetooth, ligação USB e leitor MP3, computador de bordo, espelhos retrovisores aquecidos e com regulação elétrica, porta lateral direita deslizante, ar condicionado, vidros elétricos, retrovisor interior com grande visão com redução de ângulo morto. Uma das versões disponíveis do NV300 furgão é a de chassis curto, com teto normal, motor 1.6 dCi 120 e nível de equipamento Basic. As suas

dimensões exteriores – 4,9 metros de comprimento, 1,95 metros de largura e 1,97 metros – facilitam a sua utilização em ambiente urbano, assim como o acesso à maioria dos parques de estacionamento subterrâneo. O compartimento de carga da versão L1H1 do NV300 oferece um voume útil de carga de 5,2 m3, graças à combinação de um comprimento interno de 1,91 metros, uma largura de 1,62 metros (sendo de 1,22 metros entre as cavas das rodas) e 1,38 metros. Para permitir o transporte de objetos mais longos, a divisória entre o compartimento de carga e a cabina dispõe de uma porta no lado do passageiro, que permite aumentar o comprimento útil para os 2,02 metros. O acesso ao compartimento de carga na unidade ensaiada é feito através da porta traseira de batente, com abertura até 180º, ou por uma


NISSAN NV300 1.6 DCI 120 L1H1 BASIC

CONTRATO AOV A Nissan, através da LeasePlan, propõe um contrato de renting para o Nissan NV300 1.6 dCi 120 L1 H1 pelo valor mensal de 426,5 euros, com IVA incluído

120 CV

potência máxima

5,2 M

3

Volume útil de carga

6,5 L/100 km Consumo de combustível

1,91 M

Comprimento interno

porta lateral deslizante, com uma largura de 60 centímetros. Isto permite carregar o veículo, utilizando um empilhador. A cabina oferece lotação para três ocupantes, uma vez que conta com um assento duplo separado do condutor. O banco do meio pode ser transformado numa prática mesa de apoio através do rebatimento das costas. O condutor, por sua vez, beneficia de uma posição de condução elevada, o que garante um elevado domínio sobre a estrada e o ambiente envolvente. No capítulo mecânico, a unidade ensaiada do Nissan NV300 contava com o motor 1.6 dCi de 120 cv e uma caixa manual de seis velocidades. Esta combinação oferece uma condução bastante agradável, designadamente em termos de disponibilidade de binário a baixas rotações e de elasticidade. O consumo, por sua vez, é outro

PREÇO 29041 € // MOTOR 4 CIL; 1598 CC; 120 CV; 3500 RPM // BINÁRIO 300 NM // TRANSMISSÃO Dianteira; 6 VEL Man // PESO 2800 kg // COMP./LARG./ALT. 4,99/1,95/1,97 // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 3,09 // MALA 1000 KG // DESEMPENHO 12,6 0-100 KM/H; 166 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 6,5 (7,7*) // EMISSÕES CO2 170 G/KM // IUC 52,00€ *As nossas medições

MOTOR/ VERSATILIDADE

CAIXA CINCO VELOCIDADES/ PORTAS LATERAIS

dos pontos positivos, com um consumo médio de 7,7 l/100 km no ensaio, um valor acima dos 6,5 l/100 km anunciado pela marca, mas, mesmo assim, bastante interessante num veículo que pesa em vazio mais de 1,8 toneladas, e se traduz em custos de utilização bastante competitivos No nível de equipamento Basic, que acresce o airbag duplo e o computador de bordo relativamente à versão de entrada (Pro), a versão de chassis curto e teto normal do NV300, com capacidade útil de carga de uma tonelada, e motorização 1.6 dCi 120, tem um preço de venda ao público de 29041 euros. A Nissan tem em vigor uma campanha que oferece um desconto de 20% na aquisição de um NV300. Para os clientes da marca, existe um benefício adicional que consiste na oferta de quatro anos de manutenção ou cem mil quilómetros. /

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COMERCIAIS

RENAULT KANGOO ZE

MAIOR AUTONOMIA A Renault introduziu uma nova bateria no Kangoo ZE, que permite aumentar a autonomia em aproximadamente 50%, de 170 para 270 quilómetros. A nova proposta chega a Portugal em setembro TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

O

comercial ligeiro elétrico mais vendido da Europa, com mais de 25 mil unidades comercializadas desde o seu lançamento em outubro de 2011, vai passar a estar disponível, a partir de setembro, com uma nova bateria de 33 kWh. Em conjunto com um novo motor, um novo carregador e a integração de uma bomba de calor para climatização, passa a oferecer uma autonomia de 270 quilómetros em ciclo NEDC (New European Driving Cycle), o que corresponde a cerca de 200 quilómetros em condições reais de utilização. A nova bateria do Renault Kangoo ZE foi desenvolvida em parceria com a LG Chem e tem uma maior densidade energética e, por consequência, uma maior capacidade de armazenamento, mantendo, no entanto, as mesmas

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dimensões e o volume útil de carga. Segundo a Renault, este aumento da densidade energética foi obtido graças ao desenvolvimento da química das células da bateria. O Renault Kangoo ZE recebe um novo motor R60 de 44 kW, que deriva do motor R90 do ZOE, que é mais eficiente em termos energéticos e beneficia de uma gestão eletrónica do veículo em andamento. Esta combinação de tecnologias limita o consumo elétrico do veículo em andamento – a marca anuncia 16,2 kWh/100 km -, mantendo a sua potência. O Kangoo ZE estreia uma bomba de calor, ligada ao ar condicionado, que preserva a autonomia com tempo frio, permitindo melhorar a autonomia porque diminui o recurso a resistências elétricas, que consomem energia. Além disso, o sistema de pré-climatização possibilita o aquecimento ou o arrefecimento prévio do veículo quando está em carregamento.

Igualmente novo é o carregador de 7 kW AC, que permite carregar a bateria em cerca de seis horas numa WallBox de 7,4 kW, o que se traduz numa diminuição de 1h30 face ao que sucedia anteriormente, para obter mais 50 por cento de autonomia. O novo Renault Kangoo ZE entra em comercialização no próximo mês de setembro e, apesar do aumento de 50% da autonomia, não terá acréscimo de preço, sendo proposto a partir de 25547 euros (com aluguer da bateria). A marca francesa passa a permitir a aquisição, em todas as versões, do veículo com a bateria, por 7626 euros. O comercial ligeiro elétrico da Renault oferece a mesma diversidade de versões que o modelo anterior, estando disponível em dois comprimentos de carroçaria (Standard e Maxi), dois ou cinco lugares, num total de quatro variantes. O Renault Kangoo ZE oferece um volume útil de carga de 3 a 4,6 m3 e uma capacidade de carga de 650 kg. /


AGENDA FISCAL

VEÍCULOS ELÉTRICOS

VANTAGENS FISCAIS! Em Portugal ainda são poucos os que conduzem um carro elétrico ou híbrido. Mas este é um caminho de não-retorno. Cada vez mais cidadãos vão preferir uma opção mais sustentável TEXTO PAULO LUZ CEO TCAGEST

A

eletricidade é cada vez mais levada a sério quando se trata de substituir combustíveis convencionais. E, com as melhorias verificadas ao nível das dimensões, do peso das baterias, e no que diz respeito à autonomia das mesmas, os automóveis elétricos já são uma alternativa real. Sobretudo quando são os próprios governos a criarem um conjunto de benefícios fiscais e incentivos que facilitam e promovem a aquisição deste tipo de veículos pelas empresas. VEÍCULOS 100% ELÉTRICOS • Incentivo de 2 250€ para aquisição de veículo elétrico, sem obrigatoriedade da entrega de um veículo com mais de 10 anos, aos primeiros 1000 veículos (através do Fundo Ambiental)

• Isenção de Tributação Autónoma em sede de IRC; • Isenção do pagamento do ISV (n.º 2 do artigo 2º, do Anexo I do Código do Imposto Sobre Veículos) e IUC (alínea d) do n.º 1 do artigo 5º, do Anexo II do Código do Imposto Sobre Veículos); • Dedução da totalidade do IVA das despesas relacionadas diretamente com viaturas de turismo elétricas, incluindo a compra, aluguer, utilização (custo da energia, por exemplo) ou reparação; • São aceites como gastos as depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao valor de reavaliação até ao valor de 62 500€. VEÍCULOS HÍBRIDOS • Redução de 75% do ISV para veículos híbridos plug-in que tenham uma autonomia mínima, no modo elétrico, de 25

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AGENDA FISCAL quilómetros, resultante da aplicação da tabela A constante do n.º 1 do artigo 7º, do Anexo I do Código do Imposto Sobre Veículos, até ao limite de 562,5€ (de acordo com o Artigo 191º da Proposta de Orçamento de estado para 2017), sem obrigatoriedade da entrega de um veículo com mais de 10 anos. • Dedução da totalidade do IVA das despesas relacionadas diretamente com viaturas de turismo elétricas, incluindo a compra, aluguer, utilização (custo da energia, por exemplo) ou reparação; • São aceites como gastos as depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao valor de reavaliação até ao valor de 50 000 €; • A taxa de Tributação Autónoma sobre encargos com veículos híbridos plug-in varia entre os 5% e os 17,5% de acordo com o valor de aquisição da viatura. Devemos realçar que nem todos os híbridos têm direito a benefícios fiscais, isto é, apenas aqueles cuja bateria possa ser recarregada (ligando o carro à corrente doméstica ou em postos de abastecimento próprios), designados por plug-in, e que tenham um mínimo de autonomia para 25 quilómetros são tidos em conta para os benefícios fiscais. As empresas, tal como os privados, beneficiam logo à partida de um incentivo monetário: um subsídio para particulares e empresas no valor de 2 250€ na compra de um veículo elétrico, sem necessidade de entregar para abate um veículo com idade igual ou superior a dez anos. Este incentivo é suportado pelo Fundo Ambiental e, no caso das empresas, pode ser reivindicado até um máximo de cinco veículos. Para se conseguir este apoio é necessário submeter uma candidatura e comprovar não só a aquisição, como a inexistência de dívidas à Autoridade Tributária e Aduaneira, bem como à Segurança Social. No entanto, este cheque de incentivo está disponível apenas para as primeiras mil candidaturas. IRC - QUE GASTOS SÃO ACEITES PARA EFEITOS FISCAIS NOS DIVERSOS TIPOS DE VEÍCULOS? São aceites como gastos, para efeitos fiscais, as depreciações das viaturas ligeiras de passageiros na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao valor de reavaliação, até ao montante de: Ano 2017 2016 2015 2014

Veículos elétricos 62.500 € 62.500 € 62.500 € 50.000 €

Híbridos Plug-in 50.000 € 50.000 € 50.000 € 25.000 €

GPL e GNV 37.500 € 37.500 € 37.500 € 25.000 €

Outros 25.000 € 25.000 € 25.000 € 25.000 €

Que encargos estão sujeitos a tributação autónoma em IRC e quais as taxas a aplicar? Os encargos efetuados ou suportados por sujeitos passivos que não beneficiem de isenções e que exerçam, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, relacionados com: viaturas ligeiras de passageiros; viaturas ligeiras de mercadorias referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 7.º do Código do Imposto Sobre Veículos (veículos da categoria europeia N1 tributados à taxa de 100% da tabela A do ISV); motos ou motociclos Os custos a considerar são: depreciações; rendas ou alugueres; seguros; manutenção e conservação; combustíveis, portagens; IUC.

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Custo Aquisição < 25 000 €

Veículos elétricos Isentos

+ 25 000€ <35 000€

Isentos

+ 35 000€

Isentos

GPL Híbridos e GNV Plug-in 7,5% 5% (10% em (10% em 2014) 2014) 15% 10% (27,5% em 27,5% em 2014) 2014) 27,5% 17,5% (35% em (35% em 2014) 2014)

Outros 10% (Igual a 2014) 27,5% (Igual a 2014) 35% (Igual a 2014)

Conforme fica patente, as empresas estão isentas de pagamento de tributação autónoma das despesas com carros elétricos e beneficiam de um aumento da taxa de depreciação permitida para veículos elétricos face aos com motores de combustão. No que diz respeito ao Imposto Único de Circulação (IUC), este fica limitado a um valor que oscila entre 7,91€ e 35,87€ no caso dos elétricos. Já os híbridos "plug-in" poderão beneficiar de um valor mais baixo de IUC, dependendo das emissões de CO2 declaradas. Em sede de IVA, a situação é muito semelhante. O artigo 21.º, n.º 1, do Código do IVA diz-nos que estão excluídas do direito à dedução do imposto: • “as despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação, à utilização, à transformação e reparação de viaturas de turismo…”. Por outro lado, as alíneas f) e g) do n.º 2, do mesmo artigo, dizem que: • Não se verifica, contudo, a exclusão do direito à dedução nas despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação e à transformação das viaturas híbridas “plug-in” ou movidas a GPL ou GNV, • cujo custo de aquisição não exceda o definido na portaria a que se refere a alínea e) do n.º 1, • do artigo 34.º do CIRC. A PORTARIA N.º 467/2010, DE 7 DE JULHO, FOI ALTERADA PELO ARTIGO 24.º DA LEI N.º 82-D/2014, DE 31 DE DEZEMBRO, APLICANDO-SE TAMBÉM ÀS DEPRECIAÇÕES DE VIATURAS. Uma viatura elétrica pressupõe a dedução de 100% do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Depois, ao longo da sua utilização, tanto o custo da energia como os gastos com reparações poderão beneficiar da mesma medida, colocando o valor integral do IVA pago na coluna das deduções. Os incentivos à mobilidade elétrica começam a ser uma prática comum em muitos países do mundo. Em Portugal este apoio poderá representar um custo total de 2,25 milhões de euros para os cofres do estado, que pretende ver disseminada esta tecnologia por forma a diminuir a dependência energética do nosso país e reduzir as emissões poluentes dos transportes privados. A decisão de comprar um carro não é fácil, sobretudo pelo investimento financeiro que implica. E na hora da escolha, a racionalidade económica e ambiental não será o único fator de decisão para quem compra um carro. No entanto, os carros elétricos estão aí, e serão cada vez mais! /




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