Tribuna do Norte - 15/10/2011

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economia DÓLAR COMERCIAL Compra:R$ 1,7310 Venda:R$ 1,7320 DÓLAR PARALELO Compra:1,73 Venda: 1,89

SALÁRIO MÍNIMO

POUPANÇA HOJE 0,6267% CDB 11,42% BOVESPA + 0,79%

R$ 545,00 TAXA SELIC

12%

TELEFONES ÚTEIS Receita: 3232-2200 Procon Estadual: 3232-6869 Procon Municipal: 3232-9050 DRT/RN: 3220-2000

TRABALHO

O presidente da Associação dos Lojistas do Midway,Edmilson Teixeira,fala sobre contratações para o fim do ano. PÁGINA 2 DÓLAR TURISMO Compra: R$ 1,6470 Venda:R$ 1,8470 EURO Compra:R$ 2,4010 Venda:R$ 2,4030

Editora: Renata Moura E-mail: renatamoura@tribunadonorte.com.br

NATAL • RIO GRANDE DO NORTE Sábado • 15 de outubro de 2011

Com o apoio de países como Coreia do Sul e Estados Unidos, o Japão acionou a Organização Mundial do Comércio contra o aumento do imposto sobre carros importados no Brasil, acusando o governo de violar compromissos

[ VEÍCULOS ]

Exportadores questionam alta do IPI enebra (AE) - Os maiores exportadores mundiais de carros acionaram a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) pelo Brasil para carros importados. Eles acusam o governo de Dilma Rousseff de usar o real valorizado para justificar medidas protecionistas e violar compromissos assumidos por chefes de governo no G20. Há um mês, o governo anunciou a elevação de 30 pontos porcentuais nas alíquotas de IPI para veículos com menos de 65% de conteúdo nacional. Antes, o tributo variava de 7% a 25%. Com a medida, passou para 37% a 55%. Ontem, a iniciativa de lançar a queixa contra o Brasil foi do Japão, com apoio de Coreia do Sul, Estados Unidos, Europa e Austrália. Para esses países, as medidas podem ser consideradas uma violações das regras internacionais e seriam “discriminatórias”. Elas ferem acordos que regulam investimentos e ainda as regras de que um país deve tratar um produto importado da mesma forma que trata um nacional. Por enquanto, não se trata de uma disputa nos tribunais da OMC. Os países usaram um comitê técnico dedicado a assuntos de acesso a mercados para fazer o questionamento. Mas experientes negociadores em Genebra revelam que a decisão de levar o caso à OMC é um “sinal político” de que o Brasil será pressionado a rever suas leis e, num segundo momento, o caso poderia parar nos tribunais. Tóquio deixou claro que quer continuar a negociar uma revisão da medida e vai tratar do assunto com o Brasil tanto de forma bilateral como em fóruns multilaterais. “Estamos profundamente preocupados com a inconsistência da medida e com seu im-

G

NÚMEROS

30

pontos porcentuais.Foi em quanto a alíquota do imposto aumentou no Brasil,a partir de setembro.

90,8% foi a alta nas vendas de importados em setembro, puxada pelo temor do consumidor de pagar mais.

pacto no comércio”, declarou a delegação japonesa na OMC. “As medidas ferem as regras comerciais internacionais”, afirmou a diplomacia coreana. A avaliação dos governos da UE e dos Estados Unidos foi também de que compartilhavam a preocupação do Japão e prometeram continuar monitorando a atitude brasileira. Em declarações ao Grupo Estado, diplomatas de Bruxelas e Washington admitiram temer que a medida brasileira seja repetida por outros grandes mercados emergentes, em busca de um fortalecimento de sua produção. “Esse é um exemplo que não queremos ver repetido em outras partes”, afirmou um diplomata americano. Em Bruxelas, negociadores europeus admitiram que estão estudando a medida brasileira e não descartam um questionamento legal. Porém, montadoras que têm origem na Europa estão entre as que serão beneficiadas pela medida. Para Brasília, a ação dos governos do Japão e da Coreia pode ter sido apenas uma forma de dar uma resposta interna, já que estariam sob pressão das indústrias nacionais. Tanto é que escolheram o comitê de mais baixo perfil para o questionamento. ALEX SILVA

Galdini, da Abeiva: próximos meses serão difíceis para importadoras

Consumidor corre para garantir preços e ajuda a elevar vendas São Paulo (AE) – Com o temor de pagar mais caro pelos importados – em decorrência da elevação do imposto – os consumidores correram às lojas do Brasil e ajudaram a catapultar as vendas do setor. Segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), as vendas de veículos importados no país atingiram 22.569 unidades em setembro, uma alta de 10,5% em relação a agosto deste ano e de 90,8% na comparação com setembro do ano passado. “Nossa expectativa para setembro era de ficar entre 16 mil

e 18 mil unidades emplacadas, mas com o anúncio do Decreto 7.567, houve uma corrida às concessionárias, já que o estoque na rede de revenda estava garantido com preços sem o repasse do IPI”, afirmou, em nota, José Luiz Gandini, presidente da Abeiva. Segundo o executivo, os próximos 15 meses serão difíceis para as importadoras. “As filiadas vão permanecer ativas no mercado brasileiro”, ponderou. A Abeiva representa hoje 27 marcas, que possuem 800 concessionárias em território nacional e uma fatia de 5,9% do total do mercado no Brasil.


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