Tribuna do Norte - 07/12/2012

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natal

CALAMIDADE

Luiz Roberto Fonseca, do Samu Metropolitano, explica ações da Saúde. PÁGINA 4

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BALNEABILIDADE Todos os trechos monitorados estão próprios para banho.

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Editora: Cledivânia Pereira e-mail: cledivania@tribunadonorte.com.br

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NATAL • RIO GRANDE DO NORTE Sexta-feira • 07 de dezembro de 2012

[ CLONE ] Grupo agia em São Paulo, Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte e contava com ajuda de funcionários de

banco e hipermercado. Estimativa é que somente este ano a quadrilha tenha causado um prejuízo de R$ 3 milhões aos bancos EMANUEL AMARAL

EMANUEL AMARAL

O grupo, segundo investigação da Polícia Civil, clonava cartões de créditos de várias bandeiras

A Cúpula da Polícia Civil do Rio Grande do Norte detalhou a operação durante entrevista coletiva

Quadrilha clonou 100 mil cartões ALEX RÉGIS

é impresso no cartão), entre outros. Uma outra parte do esquema contava com a participação de um bancário, que foi preso. Segundo Júlio Costa, cerca de 40% dos responsáveis por golpes com clonagem de cartão no Rio Grande do Norte eram ligados à quadrilha desarticulada ontem. Suspeita-se que os estelionatários atuavam desde 2007. Ao serem indiciados, membros da quadrilha poderão responderão por estelionato, falsificação de documento, descaminho de mercadoria e formação de quadrilha.

ISAAC LIRA repórter

Polícia Civil do RN desarticulou ontem uma suposta quadrilha especializada em clonar cartões de crédito com atuação em pelo menos cinco estados. A Operação Clone foi deflagrada na madrugada de ontem e resultou na prisão de 19 pessoas e no cumprimento de 32 mandados de busca e apreensão. Segundo informações do delegado Júlio Costa, foram apreendidos cerca de 100 mil cartões de crédito, impressoras, material para “fabricação” caseira de cartões, entre outros itens. A estimativa é que somente nesse ano a quadrilha tenha causado um prejuízo de R$ 3 milhões aos bancos. De acordo com Júlio Costa, que conduziu a investigação em conjunto com o delegado Ben-Hur Cirino de Medeiros, a quadrilha investigada vem sendo monitorada desde março deste ano. Há quatro núcleos de atuação, todos independentes entre si e com papéis bem definidos. A Polícia tem a convicção que os estelionatários atuaram pelo menos na Paraíba, em Pernambuco, Alagoas e São Paulo, além do Rio Grande do Norte. As investigações continuam no intuito de aprofundar o que foi descoberto e a lista de acusados pode aumentar. As atividades da suposta quadrilha consistiam na coleta de dados sigilosos de clientes, fabricação dos cartões clonados, compra de produtos com esses cartões falsos e a posterior venda para os receptadores. No Rio Grande do Norte, o núcleo se especializou em coletar

A

NOTA Acerca da suposta participação de funcionários de um hipermercado nas fraudes,a empresa enviou a seguinte nota ontem à tarde: “O Bompreço preza pela segurança dos seus clientes e funcionários e conta com modernos sistemas tecnológicos e procedimentos internos que garantem a privacidade e proteção de dados dos consumidores.Em relação ao fato,a rede informa que desde o início da investigação está colaborando com a polícia para a conclusão do caso”.

Um dos suspeitos, Plínio Tavares de Miranda, foi detido em casa, no bairro de Nova Parnamirim. Ao todo, 19 pessoas foram detidas

os dados e fabricar de forma caseira os cartões de crédito falsos. Em São Paulo, havia a venda do material necessário para a fabricação dos cartões clonados, como os hologramas e a tarja magnética. Júlio Costa acredita que esse núcleo fornecia material para todo o Brasil. “Temos evidências de que as pessoas presas em São Paulo forneciam o material para vários estados”, aponta. Houve a colaboração, segundo a Polícia Civil, de pelo menos três fun-

NÚMEROS

200

policiais civis na operação.

100 mil cartões de crédito e 30 impressoras apreendidas em São Paulo.

10 inquéritos abertos para apurar o caso.

3 milhões de reais foi o faturamento somente em um ano.

cionários de um hipermercado localizada na avenida Prudente de Morais na coleta de dados sigilosos. Ao invés de usar o já conhecido “chupa-cabra”, a quadrilha instalava vírus nos computadores da supermercado. Esse vírus gravava os dados do dono do cartão de crédito no ato da compra e enviava por e-mail para um outro computador, pertencente à quadrilha. As funcionárias recebiam, de acordo com a polícia, cerca de R$ 50 por cada cartão clona-

do. Os membros da quadrilha ganhavam, com as fraudes, entre R$ 20 mil e R$ 30 mil por mês. Já a fabricação dos cartões contava com o fornecimento de material vindo de São Paulo. Os vírus usados para coletar os dados também eram “importados” pelo núcleo potiguar, vindo de Pernambuco. Nas residências onde houve busca e apreensão foram encontrados pen drives, material em PVC, hologramas (símbolo prateado que

Temos evidências de que as pessoas presas em São Paulo forneciam o material para vários Estados” JÚLIO COSTA delegado da Polícia Civil

PRISÕES Entre os mandados de prisão não cumpridos estão o de um vereador eleito em Rio do Fogo e o de um policial civil. O vereador teria usado, segundo a investigação, cartões clonados para realizar compras no comércio. Já o policial civil foi flagradosendocorrompidopelaquadrilha. Oito mandados não foram cumpridos. Os investigados são considerados foragidos Em Santa Cruz um receptador foi preso. Ainda de acordo com informações da Polícia Civil ele seria marido de uma vereadora eleita na cidade. Entre os acusados considerados mais atuantes nas supostas fraudes no Rio Grande do Norte, segundo a Polícia Civil, estão Justino Henrique Nunes, Lander Charle Valentim, Dimanche Barros, entre outros.

LEIA MAIS Veja quem é quem no grupo detido. Página 2


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