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23 de OutubrO

1.º rali do Faial Além Mar páGina 11

Tribuna das Ilhas

direCtor interino: Manuel CriStiano beM 4 núMero: 436

8.OutubrO.2O1O

SAi àS SextAS-FeirAS

1 euro

Ângelo Duarte e empresários às avessas presidente da CCiH perdeu a confiança de alguns associados. na última assembleia-Geral houve páGina o2 mesmo quem pedisse a sua demissão. tribuna daS ilHaS ouviu os dois lados da história paULa oLIVeIRa

“Se pudesse, mudava-me para os Açores”

Saúde

MédiCoS e enferMeiroS reuniraM no faial para refleCtir Sobre a diabeteS

páGina o3

Centenário da repúbliCa Alunos da EBI da Horta recriam Revolução g

Autarquia presta homenagem a Arriaga g

Lançado volume II da História do Faial g

Exposições no Faial e no Pico lembram República páGinaS o8/o9 g

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em deStaqUe

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edItoRIaL

MAiS “MArAvilhAS”… g Após o recente concurso para a eleição das “sete maravilhas naturais” de Portugal, vale a pena reflectir sobre esse importante evento que a RTP levou a todo o país e a milhares de portugueses espalhados pelo mundo. E vamos fazê-lo com base nas reacções e opiniões do público anónimo, registadas no âmbito das conversas de café e das tertúlias em que se comentam os acontecimentos regionais e certas facetas da vida nacional. E uma ideia que a esmagadora maioria dos comentadores de ocasião têm sustentado é a de que a Montanha do Pico e a paisagem vulcânica que lhe está associada, é a “maravilha” dos Açores com mais força natural do que as outras concorrentes da Região, embora apreciadas nas diferentes categorias da competição. E talvez porque, paisagens de “lençóis de água” bordados a verde de vários tons e com outros “adereços” de beleza, são afinal vulgares no país e por esse mundo fora. Ao contrário, uma montanha com 2.351 metros de altitude – a maior elevação de Portugal – erguida numa terra a meio do mar e dominando, na sua proximidade, outras duas ilhas, não é, de facto, uma obra da natureza fácil de encontrar. E há também uma opinião comum sobre as Sete cidades: sem dúvida um maravilhoso quadro natural, que até parece obra do pincel de um pintor, mas com a marca da presença humana a tirar-lhe o valor de “natureza pura”. E, por isso, muita gente admite que teria sido mais coerente a qualificação da belíssima Lagoa do Fogo em vez da das Sete cidades. Quanto às outras duas “maravilhas” apresentadas pelos Açores, ainda que possuidoras de alguns pormenores de beleza e interesse, no capítulo de grutas, sobretudo o Algar do carvão, há quem pensa que não mereciam distinção, no país, na sua categoria. E até um bom número de pessoas viu nessa proposta uma intenção de contemplar as respectivas ilhas, visando os efeitos turísticos. Mas o que ninguém ainda descobriu por aqui foi a verdadeira origem da proposta das cinco “maravilhas açorianas” a concurso. Terá sido uma comissão nacional que escolheu e lançou as 21 concorrentes iniciais. Terão sido três comissões ou entidades a fazer essa selecção dentro do seu próprio espaço geográfico – no continente, na Madeira e nos Açores – fornecendo à Organização, os respectivos valores? Quem foram os autores da primeira escolha e com que bases a fizeram? É que, considerando a Montanha do Pico e toda a envolvente “paisagem vulcânica” como a “maravilha maior”dos Açores, o povo anónimo fala também das “maravilhas” esquecidas das Fajãs de São Jorge, das Lagoas das Flores, da caldeira do Faial, do caldeirão do corvo, de São Lourenço em Santa Maria. com razão, pois, um colaborador do TRIBuNA escreveu, numa das últimas edições, que “maravilhas são as 9 ilhas”…

Tribuna das Ilhas

CCIH Reúne em aSSembLeIa GeRaL extRaoRdInáRIa

Ângelo duarte não fica a tempo inteiro Maria José Silva g Foi no Salão dos Bombeiros Voluntários que empresários e direcção da Câmara do Comércio e Indústria da Horta estiveram reunidos numa Assembleia Geral extraordinária, no dia 25 de Setembro, cujo ponto único da ordem de trabalhos versava a análise da situação da instituição. Nos últimos tempos, questões como a permanência a tempo inteiro de Ângelo Duarte na CCIH e o engano no envio do documento sobre o PROTA, “muita tinta têm feito correr” nos órgãos de comunicação social locais e até mesmo regionais. Esta reunião serviu para elucidar os empresários e associados da CCIH sobre todas estas questões. A direcção assume-se como satisfeita com o resultado da AG, mas alguns empresários não partilham da mesma opinião e dizem mesmo que “a atitude mais correcta” passava pela demissão da presidência. TRIBuNA DAS IlHAS esteve à conversa com Ângelo Duarte e com Francisco Rosa, o presidente e um dos associados da CCIH. “Comecei por me pronunciar sobre aquilo que tem sido o desenvolvimento dos trabalhos da CCIH até ao presente e aquilo que é o cumprimento do plano e actividades que potenciamos no sentido de estarmos mais próximos dos associados e sermos úteis” – começou por dizer o presidente da CCIH, que acrescentou ainda que “dentro dos seminários, estamos com uma taxa de execução na ordem dos 60%, na formação a execução ronda os 40% e depois temos desenvolvido várias acções de ‘oportunidade’que têm trazido ao Faial mais valias”. Ângelo Duarte diz também que as questões dos associados incidiram sobretudo sobre a “troca do documento do PROTA, a Derrama e a minha permanência ou não a tempo inteiro na CCIH. Creio que prestei os esclarecimentos necessários, no final um dos associados pediu que ficasse registado em acta a expulsão imediata do presidente, mas os restantes levantaram-se e deu-se por encerrada a reunião”. O presidente da CCIH entende que os associados estão, na sua maioria satisfeitos com o trabalho desenvolvido, mas também reconhece que outros há que não partilham da mesma opinião. Diz-se ainda de “consciência tranquila e com o sentimento do dever cumprido” pois o plano está a ser executado e oportunida-

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des de trabalho não têm faltado. Sobre o documento do PROTA, Ângelo Duarte afirma que “é um capítulo que está fechado. Houve de facto um engano. Quando esse engano foi detectado foi imediatamente corrigido. É um assunto do âmbito do Conselho de Ilha e que está resolvido. No que concerne à CCIH, sempre defendemos que éramos contra as plataformas. Houve apenas o engano na impressão de um documento, nada fazia prever que depois de uma tarde de trabalho no dia seguinte me fosse apresentado para assinar a versão anterior e não a actualizada”, explicou. Relativamente à demissão de Mário Paulo Silva da presidência da Mesa do Comércio, Ângelo Duarte diz que “nada fazia prever a atitude, não me foi solicitado qualquer esclarecimento adicional e ainda hoje não tive oportunidade de falar com ele sobre o que se passou. Verdade é que a época natalícia se avizinha e, sendo uma época muito importante para os comerciantes, temos que arranjar uma solução para este problema.” Nesta Assembleia-geral os associados foram ainda informados de que o presidente da CCIH não será funcionário a tempo inteiro e explica porquê: “pedi por iniciativa própria para exercer as funções a tempo inteiro e assim estive durante um mês. Atendendo ao volume de trabalho que existe nos Serviços de Desenvolvimento Agrário e aos poucos

técnicos existentes, voltei ao meu posto de trabalho.”

eMpreSárioS defendeM que deMiSSão Seria o MaiS CorreCto Francisco Rosa, empresário e associado da CCIH, foi um dos presentes na Assembleia-Geral e acusa a direcção de “fugir às questões que lhes foram colocadas”. “Acabámos por sair de lá, não digo como entramos, mas muito pouco esclarecidos”, frisou.. “A actuação desta direcção em relação à direcção anterior não me agrada. Houve, e no meu entender com segundas intenções, uma tentativa de tentar denegrir a imagem dos membros da direcção anterior e exemplo disso são as inúmeras noticias que saíram na comunicação social sobre um suposto buraco financeiro, mas a verdade é que nunca houve a frontalidade de assumir que, esse “buraco” deve-se, em mais de 90% do valor da dívida, ao facto do Governo Regional não pagar atempadamente o que deve” – começa por explicar Francisco Rosa. Em relação ao documento sobre o PROTA, Francisco Rosa diz que “perante as explicações, ficamos com a sensação de que toda a gente é culpada menos o presidente da Câmara do Comércio que, afinal de contas, foi quem assinou o documento.” “Perante todo este cenário penso que

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a atitude mais correcta seria o pedido de demissão do presidente da CCIH. Vários foram os associados que criticaram tudo o que tem acontecido nestes últimos tempos e que defendem que a CCIH tem que ter uma atitude reivindicativa, mas as atitudes ficam para quem as toma” – afirma o comerciante. Na opinião de Francisco Rosa não se justifica a presença de um presidente a tempo inteiro na CCIH. Apesar das criticas, este empresário diz que “nem tudo é um mar negro, mas as coisas más têm superado em muito as coisas boas e penso que só pelo facto de termos um orçamento de mais de 700 mil euros não devemos calar a boca, isto é, pelo facto do Governo ter dado um subsidio maior a CCIH não se deve calar e deixar de reivindicar. É impensável que, quando nas outras ilhas se reivindicam sempre mais coisas, nós aqui nos contentemos com a ‘substituição’ do que já existe”, afirma Francisco quando fala da suposta transformação do parque de contentores numa doca seca. Questionado sobre a possibilidade de encabeçar um grupo para liderar a CCIH, Francisco Rosa diz que nunca pensou nisso e reforça: “esta Direcção a sair, penso que será por iniciativa própria e por tudo o que tem feito”. Também não faz parte dos planos deste empresário assumir a mesa do Comércio, “não enquanto Ângelo Duarte for o presidente”.

[DEScE]

na alraa

abandono!

g Na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores,

g Mais de uma vez condenámos aqui o procedimento das pes-

com sede na Horta, acaba de ser constituído um centro cultural e Desportivo por iniciativa dos funcionários daquela instituição de natureza parlamentar. Além das actividades referentes à cultura e desporto, este centro tem objectivos mais alargados no campo social, recreativo e da beneficência, dispondo-se a realizar acções de cooperação com organizações congéneres criadas no âmbito dos Parlamentos Nacional e Regional da Madeira. São sempre bem-vindas iniciativas como esta, para valorização do meio local.

soas que, ao saírem da sua terra para passar férias, deixam os seus animais domésticos ao abandono. Pois muito pior do que isso foi revelado há dias na comunicação social o grande aumento no nosso país do número de casos em que as pessoas abandonam familiares nos hospitais, nos lares de idosos e até na solidão da sua pobreza em casas de miséria. como é isto possível num país que se diz cristão, que fala em Estado Social e deixa morrer à míngua gente do mesmo sangue e cidadãos que lhe deram vidas de trabalho.


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Exposição Pé Descalço g No âmbito do Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social, o Centro de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil Activar (CDIJ - Activar) da APADIF, está a promover a exposição fotográfica intitulada "Pé Descalço". O objectivo desta exposição passa por sensibilizar a população para a existência desta problemática no nosso meio. É, nada mais nada menos, do que o olhar atento dos jovens, com reflexo naquilo que ambicionam mudar. A exposição está patente ao público de 04 a 14 de Outubro de 2010 na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça.

Mais de uma centena de profissionais de saúde no Curso do diabético Marla pinheiro

Marla pinheiro g Decorreu na passada semana, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta, o 8.º Curso do Diabético. Esta é uma iniciativa organizada pela consulta de Medicina e Diabetes e pela Associação dos Amigos do Serviço de Medicina do Hospital da Horta, que decorre a cada dois anos. Ao longo de três dias, cerca de 120 profissionais de saúde dos Açores e de Portugal continental discutiram várias temáticas relacionadas com a Diabetes. Entre outras coisas, foi possível trocar ideias acerca das experiências de Medicina Hiperbárica nos Hospitais da Horta, da Marinha e Pedro Hispano. As questões relacionadas com a Obesidade e a Diabetes nos Açores, algumas novidades no âmbito dos critérios de diagnóstico da Diabetes e ainda a temática da diabetes na gravidez foram alguns dos vários temas abordados neste curso, onde os participantes tiveram ainda a possibilidade de frequentar alguns workshops, na área da Alimentação, do Tratamento e do Pé Diabético.

fátiMa pinto a médica considera fundamental este tipo de actualizações na formação dos profissionais de saúde

No final, a presidente do Curso, Fátima Pinto, fez um balanço bastante positivo do mesmo, realçando a grande adesão dos profissionais de saúde à iniciativa. “Para nós, é sempre importante aprender coisas novas, e os nossos convidados têm sempre coisas novas para nos trazer”, explica a médica, frisando que estas situações de formação contínua são “fundamentais” para o trabalho

dos médicos e enfermeiros. Realizar um evento como este numa região arquipelágica como os Açores não é fácil, como reconhece a responsável, uma vez que a insularidade implica gastos acrescidos com as passagens aéreas. “Se não fosse o apoio da indústria farmacêutica, não seria possível pôr de pé um evento como este”, considera Fátima Pinto.

lira e Progresso Feteirense celebrou 89 anos dr

g A Sociedade Filarmónica lira e Progresso Feteirense celebrou, no dia 1 de Outubro, o seu octogésimo nono aniversário. Desde 1 de Outubro de 1921, que a lira tem sido o estandarte da freguesia da Feteira e “o principal representante cultural quer na nossa ilha quer fora dela”, conforme referiu Eduardo Pereira, presidente da Junta de Freguesia. Pela fileiras da lira e Progresso

Feteirense já passaram muitas centenas de Feteirenses e não só: “foi e continua a ser neste espaço que os nossos adolescentes e jovens aprendem a arte da música e se tornam as mulheres e os homens que tem trabalhado e honrado a nossa Freguesia e a nossa ilha”. Para comemorar a data houve uma missa em honra e memória dos tocadores, mestres, sócios e dirigentes já falecidos seguindo-se a sessão solene

e jantar comemorativo. Durante a sessão solene foram homenageados: Henrique Vieira, pela sua dedicação e exemplo como tocadores desde a década de 70; Paula Duarte, pela sua dedicação e exemplo como tocadora desde 1977 e Maria Eduína Mendonça, pela sua dedicação como tocadora e principalmente como dirigente. Fundada em 1921, a banda da Feteira tem cerca de 30 elementos e, de acordo com a presidente, leónia Melo a falta de músicos é o principal problema da actual direcção. “Neste momento há mais diversidade de actividades disponíveis, o que faz com que as pessoas se dispersem mais”, considerou leónia Melo, a propósito do Dia Mundial da Música, frisando que “estar na filarmónica exige compromisso, é preciso gostar muito”. Para a presidente da lira e Progresso Feteirense, existe algum carinho da freguesia em relação à sua filarmónica, mas entende que deveria existir mais. MJS

[aconteceu] CoMitiVa faialenSe eM toronto g Entre 6 a 13 de Outubro uma comitiva do Faial está em Toronto no âmbito do 22.º Encontro da Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta. Assim sendo, a comitiva composta por elementos da câmara do comércio e Indústria da Horta, com cerca de duas dezenas e meias de pessoas, vai fazer-se ainda acompa-nhar pelo agrupamento musical Plano B. A ccIH vai promover uma degustação de produtos regionais naquela cidade, assumindo particular relevo uma vez que os produtos vão ser adquiridos lá. ConCurSo de ideiaS “aMa a tua terra” g “Ama a tua terra”, assim se chama o mais recente concurso de ideias lançado pela câmara Municipal da Horta e apresentado na manhã de segunda-feira, dia 27 de Setembro, Dia Mundial do Turismo. João castro explicou que este concurso tem por objectivo estimular e premiar a apresentação de ideias criativas originais na promoção da ilha do Faial, no âmbito do tema celebrado pelo Dia Internacional do Turismo 2010: “Turismo e Biodiver-sidade”. Este concurso vigora de 1 de Outubro a 31 de Dezembro do corrente ano e a ele podem concorrer todas as pessoas, com um ou mais trabalhos. Vão ser atribuídos prémios às três melhores ideias. O primeiro prémio será uma viagem aos Estados unidos da América. O segundo classificado será contemplado com uma viagem a Lisboa e o terceiro a um fim-de-semana numa unidade hoteleira. SondaGeM g A nossa sondagem da passada semana versava a a extinção do cargo de Representante da República. Votaram 54 pessoas, sendo que 77.8% são a favor da extinção, enquanto que 14.8% não concordam com a proposta. Para 7.4% dos votantes é indiferente. Em vigor está uma nova sondagem, onde o TRIBuNA DAS ILHAS pretende saber se os seus leitores concordam ou não com as medidas de austeridade apresentadas pelo Governo.

[vai acontecer] CurSo de deSenHo À ViSta g Estão abertas as inscrições para um curso de Desenho à Vista, com o arquitecto Tomás Melo, a decorrer de 11 a 15 de Outubro, das 18:30 às 20:30 na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça. Este curso destina-se ao público em geral, dos 9 aos 99 anos de idade. As inscrições são gratuitas. Grupo de teatro CHaMarir na Candelária g O grupo de Teatro chamaRir, do Grupo Folclórico e Etnográfico de Pedro Miguel, actua na noite de amanhã na vizinha ilha do Pico. Os faialenses apresentam a comédia “Eu vos declaro marido e… marido” na casa do Povo da candelária, a partir das 21h00. A esta actuação segue-se uma noite de chamarritas. com texto e encenação de Rui Silva e Ludgero Pinheiro, a peça conta com interpretações de José Alberto Nunes, Fernando Ferreira, Alvarino Nunes, Isabel Andrade, Natália Nunes e Sofia Nunes. “Eu vos declaro marido e… marido” é o sétimo trabalho deste grupo. “MeMóriaS da Cidade” de Manuel paSSinHaS no banCo de portuGal g Está patente ao público até ao próximo dia 22 de Outubro, nas antigas instalações do Banco de Portugal, uma mostra de Manuel Passinhas, intitulada “Memórias da cidade”. De acordo com informação disponibilizada no local, “Manuel Passinhas, nesta sua mostra pictórica narra-nos tempos gravados na sua memória que são imagens de histórias baseadas em factos por si imaginados. O autor viaja nas suas telas, por terras do além, terras que estão longe mas que, ao mesmo tempo parecem acercar-se”. O autor está intimamente ligado aos registos do tempo passado e isso é transposto para as suas telas. As suas pinturas seguirão em Novembro próximo para a Vidigueira.


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dIa da FReGUeSIa da pRaIa do noRte

Faltam infra-estruturas para cativar as pessoas Maria José Silva fotos: Carlos pinheiro g A freguesia da Praia do Norte comemorou, no passado dia 1 de Outubro, o seu Dia da Freguesia. As comemorações ficaram marcadas pela inauguração da nova instalação eléctrica interior e exterior da sede da Junta de Freguesia, mas também pela apresentação da página oficial de Internet daquela que é a freguesia mais pequena da ilha. Coube ao presidente da Junta de Freguesia, Estêvão Gomes, as honras da casa, que começou por referir que “hoje, mais do que a freguesia da Praia do Norte, festejamos especialmente todas as pessoas que nasceram, viveram e vivem na freguesia da Praia do Norte, e deixem-me dizer que os Norte Praienses merecem que solenizemos o seu dia.” “Actualmente, e como freguesia marcadamente rural e a mais distante da cidade, deparamo-nos com o envelhecimento e progressiva diminuição da população, como é exemplo o encerramento da escola primária. É fundamental inverter este processo para assegurar o seu futuro como freguesia, evitando a sua desertificação, a exemplos observados noutros locais pequenos do nosso país. Este é um desafio que se coloca à junta de freguesia, e consequentemente à Câmara Municipal e às restantes entidades governamentais” – alertou Estêvão Gomes. No entender do autarca, para reverter este processo “é indispensável dotar a freguesia de condições que mantenham a população e atraiam outros a estabelecer residência”. Hoje, a Praia do Norte está dotada de

texto e fotos

Marla pinheiro g Na passada sexta-feira, dia 1 de Outubro, assinalou-se o Dia Mundial do Idoso. No Faial, a efeméride foi celebrada com uma série de actividades no lar de São Francisco, da Santa Casa da Misericórdia da Horta, que durante todo o dia fervilhou de animação. Os utentes do lar receberam a visita do Centro de Convívio de Idosos da freguesia de Castelo Branco e da professora lisa Medeiros, que deu uma aula com muita música. Também os alunos da Escola Básica e Jardim de Infância da Praia do Almoxarife marcaram presença, enchendo o edifício do saboroso rebuliço próprio da criançada, que distribuiu sorrisos numa visita guiada às instalações. Depois, os alunos presentearam os idosos com coloridas pregadeiras, em forma de borboleta, que eles próprios fizeram. No final, cantaram canções que fizeram as delícias dos utentes do lar, que não pouparam nas palmas, fizeram danças, recitaram poesias e interpretaram até um teatro, intitulado “A velha e a idosa”. Depois, idosos e crianças partilharam o almoço. De acordo com a professora Rosa leal, tratou-se de um dia diferente, não apenas para os idosos, mas também para

infra-estruturas de nível como é o caso da Casa do Povo, da Junta de Freguesia,do Império do Divino Espírito Santo e dos edifícios da paróquia. Todavia, e como TRIBuNA DAS IlHAs já noticiou, a Junta de Freguesia considera que a melhoria da zona balnear, através da construção de uma zona infantil, relocalização do parque de merendas e construção da piscina, seria um importante projecto para dinamizar a Fajã e, consequentemente, a Praia do Norte. Durante o seu discurso, Estêvão Gomes também apelou ao “bom senso” da Câmara Municipal, no sentido de se melhorar o ramal de acesso à Fajã. “Outro aspecto que nos preocupa como Junta de Freguesia é o aterro sanitário” – afirmou Estêvão Gomes, que acrescentou que “existem situações que têm que ser corrigidas, das quais salientamos o facto do mar quando está revolto retirar lixo do aterro, e a melhor separação dos resíduos. Temos a esperança que o novo Sistema Integrado de Gestão de Resíduos (SIGR) promovida pela Secretaria Regional do Ambiente, venha solucionar estes e outros problemas.” Estêvão Gomes não pretende avançar para investimentos megalómanos e está ciente de que a conjuntura económica actual não é a mais favorável para isso mesmo, todavia defende que a “sua” freguesia precisa “de condições para se manter”: “consideramos que a reformulação do aterro e a melhoria da zona balnear e lazer são essenciais para atrair mais população, mais visitantes e mais investimento privado. Consideramos que o nosso de papel como Junta de Freguesia é o de criar as condições para

atrair cada vez mais pessoas a visitarnos, a investir na freguesia e a valorizar o património e as tradições que temos” – afirmou. uM pouCo da HiStória Desde da sua fundação que a Praia do Norte foi marcada pelas catástrofes, mas também pela reconhecida capacidade de se reerguer das cinzas, e recomeçar a sua vida quotidiana. A Praia do Norte é uma das cinco primeiras freguesias da ilha Faial, fundada no início do século XVI. Mas pouco mais de 100 anos tinha, quando o Vulcão do Cabeço Rilha Boi ou Cabeço do Silva, hoje conhecido como Cabeço do Fogo, em Abril de

1672, destruiu por completo a freguesia, com uma corrente de lava que arruinou os seus férteis campos de cultivo, dispersando a sua população. Durante cerca 180 anos a freguesia esteve extinta e integrada na freguesia vizinha do Capelo, até que a 1 de Outubro de 1845 foi novamente elevada a freguesia. A sua população cresceu chegando a ter 750 habitantes e desenvolveu-se o trabalho na agricultura e na criação de gado. Mas a tragédia bateu novamente à porta desta freguesia, e na noite de 12 para 13 de Maio de 1958, em pleno Vulcão dos Capelinhos, a Praia do Norte foi destruída na sua totalidade pelos mais 400 sismos ocorridos nessa noite,

tendo a população fugido para as freguesias vizinhas, nomeadamente Cedros, Salão, Ribeirinha e posteriormente Castelo Branco, que a receberam amavelmente. Os primeiros habitantes só regressaram à freguesia 9 meses após essa calamidade. A Praia do Norte conseguiu manter o seu estatuto de freguesia apesar da redução dos habitantes em dois terços, para as actuais cerca 250 pessoas, devido à emigração. A Praia do Norte desde sempre que esteve ligada ao trabalho árduo da terra como meio de subsistência, na agricultura, na criação de gado, com as dificuldades inerentes à localização a norte, sobretudo provocadas pelas condições climatéricas e qualidade dos solos.

lar de São Francisco assinala dia do idoso

as crianças: “todos ficaram mais felizes; descobriram novas amizades, partilharam as suas vidas numa educação intergerações, onde o coração e o amor falam mais que a boca”, explicou. A EB/JI da Praia do Almoxarife tem desenvolvido vários projectos no sentido de tirar partido da inter-geracionalidade, nomeadamente ao nível do Jardim de Infância. De acordo com a professora, este ano procuraram ir mais longe, alargando a experiência ao 1.º ciclo. “Penso que a educação intergerações é muito rica”, frisa Rosa, que prossegue dizendo que “os alunos aprendem com a

experiência de vida, a partilha e a vivência dos mais idosos”. Para a professora, esta aprendizagem é, sem dúvida, recíproca: “as crianças aprendem com os idosos, mas os idosos também aprendem com as crianças. Neste trabalho, todos saem mais ricos, com o coração cheio e tornam-se mais felizes”, entende. Rosa frisa que este projecto ainda tem muito potencial para oferecer. “Acreditamos no valor dos avós/idosos e na disponibilidade que eles possuem; acreditamos que quem viveu uma vida tem muito para partilhar e ensinar”,

frisa. Para a professora, “é urgente educar para os valores”, bem como valorizar “a importância da família na Escola e numa proximidade entre gerações”. A professora salienta ainda que estas actividades só se concretizam graças à boa vontade de muitas pessoas: “tudo isto só foi possível com a colaboração das professoras, da assistente operacional, da Casa do Povo da Praia do Almoxarife, dos pais e do lar de São Francisco”. Zulmira Tavares, responsável pelo lar de São Francisco, explicou ao TRIBuNA DAS IlHAS que as comemora-

ções do Dia do Idoso já são uma tradição naquela instituição, dado que já se realizam há mais de uma década. Segundo a mesma, os utentes “gostam muito” deste dia diferente, e há uma preocupação de quem organiza em variar todos os anos quando se trata de convidar instituições para participar. Felizmente, a Santa Casa conta sempre com a adesão das mesmas: “Todos têm vontade de dar um pouco de si aos outros”, considera Zulmira. Neste momento, cerca de 50 idosos frequentam o lar de São Francisco, sendo que o Centro de Cuidados Continuados conta com 51 utentes.


notíCIaS

Tribuna das Ilhas Maria José Silva fotos: Carlos pinheiro g Não é o facto de estarmos numa terra pequena, com poucos habitantes e em que a burocracia é mais do que muita, que impede o Jackpote Café Bar de procurar inovar na noite faialense. Ao longo dos últimos meses, TRIBuNA DAS IlHAS têm acompanhado a actividade desta nova gerência, encabeçada por Emanuel e Carla Freitas, dois empresários da ilha das Flores, mas que abraçaram o Faial de alma e coração. Sábado passado foi exemplo disso, aconteceu algo de inédito e que nos faz pensar que, afinal, no Faial também podemos ter eventos de qualidade: o Jackpote Café Bar apresentou à sociedade faialense, as suas 6 promotoras: Dora Rosa, Joana Moniz, Ana Machado, lisandra Sousa, Sofia Medeiros e Raquel Mendonça. A partir de agora são estas seis jovens que terão a responsabilidade de divulgar e levar o nome do Jackpote junto da população. A noite foi igualmente marcada por um momento de moda, beleza e criatividade. As 6 promotoras apresentaram, em desfile, a nova colecção da

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Jackpote apresenta 6 promotoras

Boutique Kosmos e as criações do Atelier MRF. Emanuel Freitas, gerente do Jackpote disse-nos que “esta foi a apresentação das promotoras à sociedade. É mais uma forma de mostrar à sociedade faialense mais um evento ligado à moda e diferente do habitual”. O jovem empresário explicou-nos ainda que “as promotoras terão que, semanalmente, cativar novos clientes para o Jackpote. Por exemplo, quando uma delas angariar um cliente vai

entregar-lhe um cartão com o seu contacto de promotora. O cliente ao chegar cá e apresentar aquele cartão, usufrui logo de 10% de desconto, entre outros benefícios”. Apesar de tentar a todo o custo dinamizar a noite faialense e a economia local, Emanuel Freitas diz que tem sido uma tarefa muito complicada, sobretudo em termos burocráticos: “a burocracia é mais do que muita. Tenho tentado sempre encontrar consenso, quer com as entidades fiscalizadoras e

reguladoras, mas isso tem sido quase impossível porque preferem a apatia do que a inovação. Mas sou persistente e vou continuar a tentar trazer algo de novo ao Faial”. Todo o evento foi apresentado por Ivone Teixeira. Os penteados estiveram a cargo de Anabela Barbosa e a maquilhagem foi de luciana Amaral. proJeCtoS futuroS Já para este mês de Outubro está prevista a realização da

segunda edição do Ídolos Faial. Devido a todas as burocracias e entraves que tem encontrado, Emanuel Freitas, vai realizar o Ídolos 2, semanalmente à sexta-feira, na Quinta do Lomelino. Em breve haverá mais novidades sobre as inscrições e sobre os castings. Ainda na Quinta do Lomelino vai acontecer uma noite de música diferente, protagonizada pelos utentes da APADIF.

Açorianos já podem oferecer presentes “a vida é bela®” “fugas a dois nos açores”, “Jantares a dois nos açores” e “aventura nos açores” estão à venda nos quiosques da art, a partir de 49,90 euros.

rialização de uma parceria inédita a nível mundial. A série é composta por três packs – “Fugas a Dois nos Açores”, “Jantares a Dois nos Açores” e “Aventura nos Açores” –, desenhados em exclusivo para os Açores. Quem pretender adquirir estas propostas pode encontrá-las à venda em nove quiosques da ART, localizados nas cinco ilhas que compõem o Grupo Central. Os presentes “a vida é bela®” estão ainda disponíveis nos CTT, na livraria Bertrand e nas lojas Worten (Ponta Delgada, Horta e Praia da Vitória). No total, são mais de uma centena de experiências passíveis de serem realizadas em todas as ilhas do

g Os açorianos têm, este ano, uma nova alternativa de presentes de Natal à disposição: a gama de presentes “Açores” da empresa “a vida é bela®”. Criada em parceria com a Associação Regional de Turismo dos Açores (ART), constitui a mateg Carlos Alberto Machado, escritor residente nas lajes do Pico há quase seis anos, foi escolhido para representar os Açores no Projecto Horizontes Peninsulares, iniciativa do Programa Septénio do Governo das Canárias, Espanha. Além de Carlos Alberto Machado, com a sua sequência de poemas intitulada Por Isso Voltarei / Por Eso Volveré/C’est Pourquoi je Reviendrai (ilustrações de Márcio Matos, Madalena do Pico), participam autores de Cabo Verde, Canárias, Cuba, Guadalupe, Guiana Francesa, Reunião, Madeira, Martinica, Porto Rico e República Dominicana.

arquipélago. “Fugas a Dois nos Açores” (74,90 euros) agrupa 40 opções de alojamento para duas pessoas, incluindo uma selecção dos locais mais atraentes dos Açores. A opção “Jantares a Dois nos Açores” (49,90 euros) surpreende com uma lista de 40 restaurantes, reunindo o melhor da gastronomia açoriana. Opack “Aventura nos Açores” (49,90 euros) reúne mais de 40 de experiências de aventura e natureza para uma ou mais pessoas, desde um baptismo de equitação ou de mergulho em piscina natural, até um passeio de BTT ou escalada em rocha.

Carlos Alberto Machado representa Açores no Projecto horizontes Peninsulares Carlos Alberto Machado esteve recentemente em Moçambique como Bolseiro do Centro Nacional de Cultura (lisboa), para uma fase de preparação da escrita do seu próximo romance, intitulado Mal Nascido, cuja acção se situa em Moçambique e em Portugal. Carlos Alberto Machado realizou também duas Oficinas de Escrita do Texto Teatral, na Escola Portuguesa

de Moçambique/CElP, e na ECAEscola da Comunicação e Artes. Em Setembro, Carlos Alberto Machado dirigiu na AEMO-Associação dos Escritores Moçambicanos, uma sessão sobre a escrita teatral contemporânea, depois da apresentação da sua obra pelo escritor, ensaísta e professor, radicado em Moçambique, António Cabrita.

Online...

Editou em Moçambique, em 2008, a peça teatral Hamlet & Ofelia; com a mesma chancela, sairá muito em breve outro texto seu para teatro, o monólogo Hoje Não Há Música. O romance Mal Nascido será publicado por uma das editoras luso-moçambicanas sedeadas em Maputo. Na continuidade da sua carreira internacional, Carlos Alberto Machado vai deslocar-se em Novembro

e Dezembro próximos ao Brasil, como convidado do colóquio internacional sobre a passagem dos 80 anos do poeta Herberto Helder, na universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, e, na mesma cidade fará o lançamento da sua antologia poética – que no Brasil sairá com a chancela da editora Oficina Raquel – e ainda em S. Paulo (universidade de S. Paulo). MJS


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Maria José Silva foto: Susana Garcia g Os Deputados do PCP no Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo e João Ferreira, estiveram de visita aos Açores na passada semana. No Faial esteve João Ferreira, com quem TRIBuNA DAS IlHAS conversou por ocasião do seu encontro informal com pescadores na lota. João Ferreira visitou ainda o Departamento de Oceanografia e Pescas da universidade dos Açores e congratulou-se pela concretização da transferência para as suas novas instalações, que lhe abrem novas possibilidade e desafios. Sobre esta visita, o eurodeputado referiu que “para Bruxelas levamos preocupações no que concerne aos bolseiros: são uma quantidade muito grande de investigadores, que trabalham numa área muito importante para o nosso país e para o desenvolvimento da Região, mas que trabalham em condições de grande precariedade.” Questionado sobre o que pretende o PCP fazer para tentar agilizar esta situação, João Ferreira diz que “já propusemos, mas foi chumbada, a criação de um estatuto para o investigador em formação. Este estatuto teria promovido uma melhoria substancial da situa-

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deputados do PCP no Pe defendem apoios especiais para os Açores ção em que se encontram estas pessoas. Quando chegarmos ao PE vamos interpelar a Comissão Europeia no sentido de procurar saber o que está a ser feito para implementar as recomendações que constam da Carta Europeia do Investigador.” João Ferreira esteve também reunido com agricultores faialenses. “As grandes preocupações da agricultura nos Açores centram-se na baixa dos preços à produção que se tem verificado nos últimos anos mas que se intensificou este ano. Os produtores de leite vivem uma situação complicada, o que tem levado a um abandono da actividade. No nosso entender, a resolução destes desideratos passa por uma inversão profunda do que têm sido as reformas da PAC.” A proposta do PCP para a agricultura passa por contestar a decisão de acabar com as quotas: “são instrumentos fundamentais na defesa da produção e no caso de países como Portugal, com sistemas produtivos mais frágeis, não se justificam”, explicou.

No que diz respeito à pesca, João Ferreira diz ser urgente adoptar medidas que venham solucionar o problema dos rendimentos. “Temos que revalorizar o preço da primeira venda, ou seja, o preço ao qual os pescadores vendem o peixe em lota, para que haja uma distribuição mais justa ao longo da cadeia de comercialização.” A sobrepesca e o desaparecimento da pesca artesanal são outros pontos que preocupam os deputados do PCP. Esta visita aos Açores fez parte de um conjunto de visitas e reuniões com diversos sectores da Região intitulado “Jornadas de Trabalho” para que, “a partir do conhecimento da realidade e dos problemas concretos de um conjunto amplo de sectores possamos dar substância e sentido à nossa intervenção no Parlamento Europeu” – explica o eurodeputado. João Ferreira afirma que, após estas visitas, vai ser capaz de dar um maior contributo na discussão da reforma das Políticas Comuns de Pescas e da Agricultura.

PSd “quer verdade” sobre Paulo Portas e Artur lima receiam agricultura biológica no Faial LídeR naCIonaL do CdS-pp VISItoU o FaIaL

cortes nas pescas e na agricultura Marla pinheiro foto: Susana Garcia g O líder nacional do CDS-PP esteve de visita ao Faial no passado fim-de-semana. Paulo Portas, acompanhado por Artur lima, visitou o Porto da Horta, e deixaram duras críticas às políticas socialistas nos sectores das pescas e da agricultura. Portas lembrou que, numa altura em que a dívida pública do país atinge valores tão elevados, a Agricultura e as Pescas são sectores “determinantes” para melhorar a actual situação económica. Nesse sentido, frisou que, neste momento, a preocupação do CDS-PP passa por “conseguir que a agricultura produza riqueza e emprego”. Tendo isso conta, Portas deixou a sua preocupação em relação à suspensão dos investimentos públicos, “que curiosamente não afectam o TGV nem o novo aeroporto”, mas afectam os fundos comunitários destinados ao sector agrícola. O popular entende ser importante obter esclarecimentos do Governo da República no sentido de saber se as medidas agro-ambientais que tinham que ser pagas até 15 de Outubro próximo vão ficar suspensas. Portas quer saber também em que pé fica o Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), onde se verificam já atrasos nas candidaturas, e que implicações terá o novo código contributivo para os agricultores.

g O PSD/Açores enviou um requerimento à AlRAA no sentido de apurar se o governo “já efectuou o estudo para averiguar se, o Faial pode ter uma produção agro-pecuária totalmente biológica”, conforme “foi anunciado, em Outubro de 2007, pelo secretário regional da Agricultura e Florestas”. No requerimento, encabeçado pelo deputado luís Garcia, os social-democratas solicitam “uma cópia do estudo efectuado ou, caso não se tenha realizado o mesmo, explicações para o facto e uma previsão para a sua realização”, diz o parlamentar, recordando que aquela medida “pretendia criar novos produtos de valor acrescentado, incluindo os produtos lácteos, a carne e mesmo a floricultura”. “Há cerca de três anos, o secretário regional admitiu que o Faial poderia ser a primeira ilha açoriana a possuir uma produção agro-pecuária totalmente biológica, pois as quantidades de adubos e químicos utilizados pelos produtores faialenses são relativamente mais baixas que as de outras ilhas”, lem-

brou luís Garcia “Se tais objectivos se mantêm actuais, e valorizados pela conjuntura de crise que vivemos e pela anunciada abolição do regime de quotas leiteiras, queremos saber se ouve alguma medida concreta com vista à sua concretização”, afirmou. “A nossa competitividade passa cada vez mais pela capacidade de criarmos produtos com maior valor acrescentado e de sabermos comercializá-los convenientemente”, referiu luís Garcia, reiterando que “já se passaram quase três anos sobre o anúncio e, de facto, não se conhece qualquer estudo, ou conclusões do mesmo, nem são notórias no terreno medidas tendentes à implementação da medida”, explica. Segundo o deputado do PSD, “apesar da simpatia e das eventuais vantagens daquela medida, o seu anúncio por si só não produz os efeitos desejados, pois é necessário efectivamente estudar a sua viabilidade e, se for vantajosa, implementá-la. Daí as questões que agora levantamos”, concluiu. MJS

aLUGa-Se * eSCRItÓRIo HoRta – LG. InFante, 6, 1ºa (Sobre o banIF)

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Já o líder regional dos populares optou por falar das Pescas. Artur lima acusou o Governo Regional de falta de planeamento no sector, uma vez que, depois do incentivo ao investimento na remodelação da frota, não foram feitas diligências no sentido de adequar a rede de frio dos Açores, de modo a dar resposta à maior capacidade produtiva do sector. “Há mais pescado, mas não há capacidade de armazenamento”, fri-

sou o popular, lamentando que os pescadores açorianos tenham de limitar as suas pescarias à capacidade de armazenamento de que dispõem. A passagem de Paulo Portas pelo Faial inseriu-se numa visita de 5 dias aos Açores, que terminou na passada terça-feira. Para além do Faial, o líder do CDS-PP visitou as ilhas de S. Miguel, Flores, S.Jorge e Terceira.

ContaCtaR 919 275 256


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Manoel de Oliveira no Faial Filmes Fest g O realizador português Manoel de Oliveira será o convidado de honra do Cineclube da Horta na próxima edição do Faial Filmes Fest, que decorre entre os dias 31 de Outubro e 7 de Novembro. No ano em que o Festival alarga fronteiras a todos os países de língua oficial portuguesa, o Brasil marcará presença com uma delegação liderada pelo Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura. Para além de Manoel de Oliveira, são esperados os realizadores Pedro Costa, João Botelho, Manuel Mozos, Anna da Palma e António Ferreira.

“Raça é um passo totalmente novo na minha carreira” paula oliveira será, sem sombra de dúvida, uma das maiores vozes do jazz português. Conhecida do grande público como professora da escola da operação triunfo, cuja quarta edição se prepara para arrancar na rtp 1, paula esteve nos açores para apresentar no angra Jazz 2010 o seu mais recente álbum, raça. a cantora passou também pelo faial, onde, na noite da passada segunda-feira, encheu o teatro faialense e fez as delícias do público, que correspondeu com sonoros aplausos. tribuna daS ilHaS esteve à conversa com a cantora antes do concerto, que nos falou do desafio que representa este novo trabalho discográfico, que chega às lojas ainda durante este mês de outubro. Com uma carreira de mais de 20 anos, paula oliveira salienta a novidade que este cd representa em relação a tudo o que já fez até hoje.

Marla pinheiro fotos: Susana Garcia Fale-nos um pouco deste Raça… Neste cd trabalhamos com um octeto, constituído pela voz, por uma secção rítmica (contrabaixo, piano e bateria), que representa a componente rítmica tradicional do jazz, mas também por um naipe de trombones. O trombone tem uma sonoridade muito própria, será o instrumento de sopro mais parecido com a voz humana. Por isso é que esta sonoridade “casa muito bem com a voz”. Além disso, trata-se de algo único. Este tipo de formação é completamente original. Nunca tinha sido feito até aqui, penso que no mundo inteiro. esta forte componente de novidade significa um grande risco a correr? É um passo diferente, novo, na minha carreira. Neste trabalho, a música está toda escrita ao detalhe, cada nota que tocamos está no papel. No jazz, estamos muito habituados a ter uma forma e uma estrutura, mas depois variar dentro dessa estrutura. Esta música obriga-nos a ser muito mais restritos naquilo que tocamos, muito embora procuremos também espaços para extravasar e para improvisar. Nós precisamos de nos soltar. Mas a verdade é que a grande novidade deste disco é essa diferença ao nível dos arranjos. É uma sonoridade muito contemporânea; muito nova. Até aqui eu tinha apenas a secção rítmica e a voz e cantava de uma forma muito mais livre; muito direccionada para o formato tradicional. Este novo trabalho, pelas suas características, obriga-me a pensar de outra maneira, a estar em palco de outra maneira… A própria disposição dos instrumentos em palco tem de ser diferente, e ainda estamos a aprender com os primeiros concertos… Este trabalho é muito interessante porque desde que nasce a ideia do projecto, até começarmos a gravar em estúdio, e até começarmos a tocar, ele vai crescendo; vai-

se moldando; vai trazendo coisas novas. Isso em música é maravilhoso, porque nada é igual, há sempre um processo criativo a acontecer, e este projecto tem essa força. Quase todos os músicos que integram os Lisbones são normalmente solistas. Aqui, temos de ser oito pessoas a funcionar como um todo, e não pensar tão individualmente. É outra perspectiva sobre a música que torna este projecto interessante. É um desafio muito novo, onde vamos descobrindo pequenas coisas, e conversamos imenso quando ensaiamos. Esse processo é maravilhoso, gera uma energia muito positiva em relação ao que se está a tocar e entre nós. há algum tema do novo disco que mereça especial atenção? Cada tema que ali está foi escolhido minuciosamente; tem um propósito. Eu não penso num disco e depois ponho para lá temas à toa. Neste caso, há mais sete ou oito temas que eu tinha para pôr neste disco, e depois foram postos de lado. Estão guardados para uma próxima oportunidade. Quando escolhemos o repertório, tudo tem de fazer sentido; tem de soar harmoniosamente. Inicialmente, quando pensei juntar os trombones, a minha ideia era fazê-lo só em metade do disco, porque pensei “bem, um disco só de trombones… Isto vai ser uma chatice!”. A verdade é que depois de gravar os temas com os trombones percebi que o disco já estava feito, ou seja, a ideia mudou depois de se ouvir a música gravada. Dos vários temas, há um que é especial para mim. É um tema do Mário laginha, e em que os meus filhos, de 8 e 9 anos, cantam comigo. Há muito tempo que queria ter um tema do Mário, e há muito tempo que queria os meus filhos a cantar comigo. Este disco foi pensado para ser positivo e alegre, então escolhi um poema do Alexandre O’Neill, que apesar de falar da vida de cão, com a qual muitas vezes nos identificamos, a maneira como está tocado e cantado não nos sugere uma coisa depressiva mas sim uma coisa caricata e engraçada. Existem duas versões deste tema, uma mais longa,

com um arranjo maior, e outra mais curta, que é a que os meus filhos cantam comigo. Esta é também mais “radiofónica”, porque as rádios por vezes queixam-se de que os temas de jazz são enormes…

vezes as pessoas não sabem o que é uma aula de canto; o que é preparar um espectáculo ou uma canção, e de repente podem ver isso em televisão. Essa componente é uma mais-valia.

em Portugal o jazz não é tão radiofónico, nem tão reconhecido… isso não faz com que seja ingrato, por vezes, trabalhar nessa área musical? Concordo que o jazz ainda não tem o reconhecimento que tem a música pop, mas desde que comecei a cantar até agora tenho notado uma grande evolução ao nível da sua aceitação. Já há rádios só de jazz! Isso é maravilhoso. Os artistas precisam das rádios; precisam dessa divulgação. Senão, a música fica estagnada, fechada num armário. A música e a arte estão prejudicadas nesta complicação económica a nível mundial. Mas os artistas não estão. E isso é que é importante. Nós não paramos de criar. Se pararmos, aí é que está tudo estragado. Por isso a arte continua em expansão. Agora, num país com gente a morrer à fome, não lhes vão dar música. Vão dar-lhes de comer, primeiro...

vai ser júri nesta edição da Operação triunfo? Não, o que se passa é que, como estive presente nos castings, as imagens que já passaram podem dar a sensação de que integrarei o júri, mas isso não irá acontecer. Para mim, estar na Operação Triunfo sem ser a ensinar é uma coisa banal. Ensinar é o meu propósito para estar ali.

A maior parte das pessoas conhece-a da Operação triunfo, na rtP 1, e o projecto está agora a arrancar para mais uma edição… Sim, já gravámos os dois primeiros programas. Vou continuar a ser professora na escola, e também coordenadora. Além disso, esta edição vai seguir o modelo das últimas edições espanholas, em que os primeiros programas mostram os castings de selecção dos alunos. Eu defendo muito a escola, porque essa é a grande componente deste programa.

Quais são as suas expectativas para esta edição? Há uma coisa muito boa: o nível médio dos concorrentes é muito alto; superior às outras edições. Claro que isso torna bem mais difícil a nossa tarefa de escolher os mais especiais. Tivemos cerca de 5 mil inscrições. Eles tinham de estar nos coliseus em várias salas, com audições muito rápidas. Vi pessoas com uma elevada formação musical, gente com o 8.º ano de Conser-vatório… Neste cenário, a bitola sobe muito. Não temos cromos a passar na televisão. Eu acho que não se deve humilhar as pessoas. Isso é anti-pedagógico. Há pessoas que têm uns sinais de talento, mas ainda muito insípidos, e quando fazemos disso um boneco; um “palhacinho”, em vez de protegermos e orientarmos estamos a expor a pessoa ao ridículo e isso pode ser traumático, na minha opinião. Além disso, quando se diz à pessoa se foi ou não seleccionada há sempre uma razão pedagógica para isso. Há que dar sempre uma palavra de orientação, porque as pessoas que ali vão procuram uma opinião.

A Paula gosta de ensinar? Gosto, e acho que é importante passar isso às pessoas, porque o grande impacto da Operação Triunfo foi precisamente possibilitar que as pessoas percebessem o processo de aprendizagem de um cantor. Muitas

A Paula esteve no Angra Jazz… Como foi essa experiência? Já lá estive várias vezes.Vou cantar com a orquestra do Angra Jazz sempre que se proporciona. Desde a primeira vez que fui convidada criou-se uma amizade muitíssimo

forte, não só com os músicos mas também com a organização. É uma amizade quase familiar. Por isso quando lancei o disco e comecei a pensar num sítio para uma primeira apresentação pensei logo no Angra Jazz. Assim que o apresentei a proposta recebi um “sim” enorme, e fiquei muito contente. O Angra Jazz é um Festival de que toda a gente ouve falar, está lá toda a gente… Dentro do jazz, toda a gente conhece o Festival. Porque é que há-de ser tudo em lisboa? Ali até ganhamos mais protagonismo. É a primeira vez que vem ao Faial? Sim, no Faial é a primeira vez que “aterro”. Já estive no Pico, em São Jorge, em Santa Maria e em São Miguel, para além da Terceira. Acabei de aterrar, mas isto de abrirmos a janela, estarmos a tomar o pequeno-almoço e termos a ilha do Pico em frente já diz tudo… Não há nada mais agradável. Se calhar vocês ficam fartos de ver isto e já nem ligam, mas é maravilhoso. Quando venho aqui, sempre que tenho hipóteses vou para o mar, ver golfinhos e baleias. Acho que só não me mudo para cá porque não posso, profissionalmente. Se eu tivesse uma profissão que não me obrigasse a estar no centro do país, não moraria em lisboa. A qualidade de vida aqui é muito boa, a velocidade das coisas é diferente. Com um disco para promover e com a Ot a estrear, a “velocidade das coisas”, para si, é obrigatoriamente muito grande… vai ser uma mulher muito ocupada nos próximos tempos? Sim, até porque estou a estudar outra vez; a fazer um mestrado. Agora os meus filhos já estão mais crescidinhos. Nunca pensei que pudesse fazer isto nesta altura, precisamente quando tenho mais que fazer é a altura em que volto a estudar, mas está a ser maravilhoso. Estou de facto mais ocupada, mas quando estamos ocupados com coisas que gostamos muito de fazer não se sente na pele o peso disso. Chato, é estar ocupado com coisas que não se gosta.


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“viva à república, viva à república!” texto/fotos

Susana Garcia g Foi num ambiente de revolução que os alunos do 2.º Ciclo da Escola Básica e Integrada da Horta recriaram ao início da passada segunda-feira, na Praça da República, alguns dos momentos históricos de maior importância da Revolução Republicana. Foi desta forma que os mais novos iniciaram as Comemorações do Centenário da Implantação da República, data que se assinalou no dia 5 de Outubro, feriado nacional. O som dos tambores ecoou na Praça da República, juntando “monárquicos” e “republicanos”, num desfile a rigor que terminou numa grande troca de tiros em que os republicanos derrubaram os monárquicos, deixando-os completamente aniquilados no chão. Da boca daquele que viria a ser o primeiro presidente eleito da República Portuguesa, Manuel de Arriaga, ali representado por Victor Rui Dores, soou a frase “Viva à República, viva à República!”, e, da varanda do Edifício dos Bombeiros, os vitoriosos republicanos discursaram para o “povo”, proclamando a República, e a Bandeira Portuguesa foi hasteada ao som do Hino Nacional, perante o muito público que ali se concentrou para assistir ao reviver da Revolução do 5 de Outubro e que com eles também cantou “Às

armas, Às armas”. A este arraial recreativo alusivo às Comemorações do Centenário da República assistiu o Secretário Regional do Ambiente e do Mar,

Álamo Meneses, acompanhado da Directora da EB/I da Horta, Maria José Morais, e dovereador da CMH Rui Santos. Depois de proclamada a República,

Passaram Cem anos da implantação da república Maria José Silva

Maria José Silva g Os heróis do mar, o nobre povo, a nação valente e imortal foram homenageados na manhã do passado dia 5 de Outubro um pouco por todo o país. Na cidade da Horta, a homenagem ficou marcada pela chuva que, mesmo assim, não fez ninguém arredar pé do largo Manuel de Arriaga, onde decorreram as cerimónias. João Castro, presidente da Câmara Municipal da Horta, e Álamo Meneses, Secretário Regional do Ambiente e do Mar, colocaram uma coroa de flores na estátua recentemente renovada, de Manuel de Arriaga, o maior republicano de todos os tempos. Coube à Filarmónica união Faialense a missão de tocar “A Portuguesa”, o hino nacional de todos nós, portugueses. Na hora das intervenções a palavra coube a João Castro que referiu: “estamos em dia de cem anos da República Portuguesa, concretizámos um conjunto de iniciativas que homenageiam este grande momento da nossa vivência histórica. Nos dias de hoje os valores sociais assumem uma importância reforçada, enquanto elementos síntese de agregação e construção social.” O autarca faialense considerou, “por entre a bruma”, que falar da República é

a festa continuou naquele espaço com um arraial onde não faltaram as barraqui-nhas de comes e bebes. O serão foi abri-lhantado pela Filarmónica Artista Faialense e pela actuação do

nUma InICIatIVa doS aaaLH

escolas da região recebem biografia de Manuel de Arriaga Maria José Silva

falar de liberdade, igualdade e fraternidade e falar de Arriaga, “um homem de valores e que nos orgulha, de um curri-

culum extraordinário, admirado por todos, um homem exemplar e que todos devemos admirar.”

Grupo de Folclore da Escola. Cem anos depois de tão importante momento da História Portuguesa as comemorações decorrem um pouco por todo o país.

g A Associação dos Antigos Alunos do liceu da Horta, prosseguindo a orientação traçada para o desenvolvimento das comemorações do Centenário da República, enviou, no dia 5 de Outubro, a todas as escolas da Região, o livro Manuel de Arriaga – História de um açoriano que chegou a presidente da República. Esta obra, da autoria de Joana Gaspar Freitas, foi lançada no ano de 2005, “já a pensar no centenário”, conforme explicou Henrique Barreiros e é, nada mais, nada menos, do que um estudo dirigido aos alunos do ensino secundário. A orientação da AAAlH, subjacente sempre ao objectivo de projectar Arriaga fora do Faial e resgatar do esquecimento aspectos cruciais do seu percurso de vida, cívica e política, iniciou-se a 17 de Março, na Horta e depois em Faro e lisboa, com o lançamento da reedição da obra de Arriaga (1907) Harmonias Sociais e com o lançamento da primeira peça filatélica sobre Arriaga, conforme TRIBuNA DAS IlHAS já reportou. Os 19 livros agora remetidos às escolas

dos Açores, foram pensados e editados pela AAAlH, com apoio da Assembleia legislativa da Região Autónoma dos Açores e da Câmara Municipal da Horta. Sobre a obra, diz Henrique Barreiros que “a motivação para a preparação deste registo biográfico assentou no orgulho de evocar açorianos preponderantes no movimento republicano, neste caso, o Primeiro Presidente da República, natural do Faial, patrono desta associação”. Para muito breve, a AAAlH está a preparar uma sessão alusiva a Arriaga na cidade de Coimbra.


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PCP Açores inaugura exposição sobre os 100 anos da república Maria José Silva

Maria José Silva g No feriado de 5 de Outubro, o PCP Açores inaugurou no Centro de Exposições da cidade da Horta, nas antigas instalações do Banco de Portugal, uma exposição com o título “A Revolução Republicana de 1910 na história da luta do Povo Português”. A exposição estará patente na cidade da Horta até dia 15 de Outubro, todos os dias das 15h às 19h. luís Bruno, coordenador local do PCP, disse aos presentes que “a Revolução de 5 de Outubro de 1910 constitui um importante marco na longa caminhada do povo português pela liberdade e democracia”. Para o dirigente comunista, “a importância e actualidade dos ideais republicanos” não deve nem pode ser desvalorizada. Também José Decq Mota interveio e registou a importância simbólica acres-

Marla pinheiro g No âmbito das comemorações do centenário da República, a Câmara Municipal da Horta apresentou na noite da passada terçafeira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o segundo volume da obra História da Ilha do Faial – das Origens até 1833. Este volume é dedicado ao património cartográfico do Faial, reunindo uma série de mapas e gravuras, num total de 81 documentos e imagens de grande valor histórico, como adiantou Mário Viana, professor da universidade dos Açores responsável por este projecto. No lançamento, o responsável deu a conhecer alguns dos documentos mais importantes contidos nesta obra, e salientou a relevância deste projecto, garantindo que o mesmo permite colocar o Faial “numa situação ímpar a nível nacional”, no que diz respeito ao registo de documentos. O presidente da Câmara Municipal da

cida daquele acto, ao decorrer na cidade em que nasceu o primeiro Presidente da República, e defendeu que a recuperação da Casa Manuel de Arriaga e a sua transformação num centro museológico e de estudos sobre a República, causa pela qual o PCP desde há muito se bate, devem decorrer com celeridade e sem mais demoras. Na inauguração interveio o Coordenador Regional do PCP Açores, Aníbal Pires, que assinalou o facto de esta ser uma exposição que, para além de intenção pedagógica, transporta a visão e os valores próprios do PCP na sua análise da realidade histórica. “Não temos da República uma visão triunfalista e asséptica. Pelo contrário, sabemos apontar-lhe os seus limites e insuficiências, sem que com isso diminuamos o seu extraordinário papel na longa luta do Povo Português pela liberdade.”, afirmou o líder comunista.

À margem da inauguração, Aníbal Pires falou aos jornalistas da visão do PCP sobre a República: “esta foi uma data histórica de primordial importância. Conseguiram-se muitos avanços,

português”, referiu. Aníbal Pires considera que a caminhada pela emancipação do povo português ainda não acabou e defende que é preciso lutar contra o retrocesso.

Segundo volume da história do Faial documenta património cartográfico Marla pinheiro

exposição sobre a república abre sábado na ilha do Pico

Horta, João Fernando Castro, congratulouse com o lançamento de mais este volume – o segundo de quatro -, e destacou a importância do projecto, um “trabalho de volume assinalável” que o edil entende ser motivo de orgulho. João Castro adiantou que o terceiro volume – dedicado ao património arquivístico – já está a ser trabalhado, havendo mesmo a possibilidade de dividi-lo em mais do que um livro, tendo em conta a quantidade de informação disponível. A sessão de lançamento desta obra ficou ainda marcada pela actuação dos alunos da professora Olga Gorobets, do Conservatório Regional da Horta, que interpretaram seis temas ao piano. No final, foi distribuído um exemplar do livro a todos os presentes.

Clube Naval da horta dr

g É inaugurada no próximo sábado, no Museu da Indústria Baleeira, em S. Roque do Pico, a exposição “A República – Figuras e Factos”. Esta mostra insere-se nas comemorações do Centenário da República que o Governo dos Açores tem vindo a promover no arquipélago, através da Direcção Regional da Cultura. Dar a conhecer um conjunto de personalidades açorianas (para além de Teófilo Braga e Manuel de Arriaga) que se empenharam e/ou protagonizaram papéis de relevante importância no contexto dos primeiros anos da República e factos que ocorreram nos Açores relacionados também com a República são os objectivos desta iniciativa. Tendo sido o berço de alguns dos

mas também houve retrocessos que culminaram numa noite fascista à sombra da qual foram cometidos muitos crimes. É uma data marcante na caminhada para a libertação do povo

Assembleia Geral do dia 22 de Setembro de 2010 Informam-se os Excelentíssimos sócios de que a Assembleia Geral do Clube Naval da Horta convocada para o dia 22 de Setembro de 2010, nos termos dos Artigos 11º e 13º dos Estatutos, será retomada pelas 21 horas do dia 20 de Outubro de 2010, para a continuação dos trabalhos abaixo indicados: Ponto 2 – Eleição de novos Corpos Gerentes do Clube para o biénio 2010-2012; Ponto 3 – Outros assuntos de interesse para o Clube;

mais destacados vultos da 1.ª República, os Açores envolvem-se nestas comemorações de uma forma efectiva e através de um programa vasto

que percorre diversas domínios como exposições, conferências e colóquios, espectáculos, edições e projectos educativos.

Clube Naval da Horta, 8 de Outubro de 2010 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Manuel Fernando ramos de vargas


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Assuntos sócio-laborais ii

CItaçõeS

A tipologia dos Serviços Públicos na Horta: Saúde com um Hospital distrital, Investigação científica com um polo universitário; Administração Pública com sede de Secretarias Regionais e Parlamento, entre outros; implicam um grande número de técnicos superiores e especializações científicas com remunerações acima da média regional e mesmo nacional. Estes são os dinamizadores da economia e comércio do Faial e estes são um dos mais afetados pela austeridade deste PEc3… a crise vai efectivamente entrar com força no Faial! Carlos faria Mente livre

fernando Guerra

A

Ao analisar-se os assuntos sóciolaborais, merecem especial relevo os sindicatos e as intervenções por eles levadas a efeito, sendo de considerar também as disparidades na política de rendimentos e salários. Ao nível da intervenção dos sindicatos, o que se exige é que tenham estruturas associativas locais nas áreas em que o número de trabalhadores assim o justifique e que a sua acção seja de intervenção no âmbito regional e ao nível de ilha, pois são realidades bem diferentes. Isto é, caso haja uma área de trabalho que não tenha sindicato local poder-se-á justificar obter informação de uma estrutura sindical nacional mas esta situação deverá ser evitada. Os sindicatos locais devem ser capazes de interpretar a globalização, a flexibilização e a conjuntura económica europeia e nacional e fazer a ponte com a nossa realidade local, não podem sentir-se tentados a simplesmente aplicar as

antónio Simões açoriano oriental

medidas de actuação nacionais sem a devida adaptação. Se o fazem, estão a prestar um serviço menos positivo, pois em muitos casos as medidas externas à Região chocam com a nossa realidade. A título de exemplo, não faz sentido apelar à solidariedade e tentar mobilizar os seus associados no Faial para aderirem a uma greve que foi convocada a nível nacional e cuja causa não tem efeito na Região, o que só prejudica o próprio associado e a economia regional. Nesta linha de raciocínio, deverão as estruturas sindicais locais trabalhar no sentido de evitar a extensão das convenções nacionais e de adequá-las ao tecido empresarial regional e local. Em muitos casos, essa adequação não pode ser regional, tem ser de âmbito local, designadamente de ilha, noutros ao nível de empresa. Esta permanente ligação ao mundo real actual é fundamental. Com as indicações do último relatório da OCDE quase autorizando mudanças nas questões laborais e com as brutais medidas

de redução salarial impostas pelo PEC 3 para a função pública, mas dando um sério aviso ao sector privado, com a queda da meta de, a curto prazo, atingir o salário mínimo nacional de 500 euros mensais, as estruturas sindicais não podem continuar a chegar às mesas de negociação sempre com a ambição de aumento da base de direitos. O mercado global onde vivemos, a situação de crise económica e financeira, as questões de negociações colectivas deveriam ser não anuais mas sim semestrais, tal a velocidade dos acontecimentos. Do mesmo modo, este Código do Trabalho deve ir à base zero e ser reerguido para a realidade e a Região deverá ter peso na sua área, senão será a continuação do santo evangelho. No âmbito dos assuntos sócio-laborais e não entrando na questão social pura, é necessário colocar o dedo na ferida no respeitante ao rendimento social de inserção (ex-rendimento mínimo), pois tem sido um elemento verda-

deiramente deturpador do mercado de trabalho, para além de estar a contribuir para um clima de subsídio-dependência que em nada ajuda a nossa economia e a justiça laboral. Estas políticas sociais com rendimentos/salários para trabalho inexistente e em alguns casos com habitação associada, não podem nem devem servir para que se criem grupos sociais diferenciados, para não dizer marginalizados, que originam a ideia de que a vida pode ser feita sem trabalho, tal é a ajuda permanente. Com todas estas questões relacionadas com os assuntos laborais que se aproximam do impasse e da ruptura, sabendo que existem exemplos noutras zonas do nosso planeta que resultaram em desfechos muito graves, isto é, pervertendo o modelo e originando o declínio sócio-económico, leva-nos a concluir que este modelo sócio-laboral necessita de ser reformado. frgvg@hotmail.com

A precariedade mora ao lado

Não são poucos os maus exemplos de alguma comunicação social açoriana, que em busca de audiências não tem quaisquer escrúpulos em publicar fotografias de crianças, sejam elas vítimas de acidentes, de violência doméstica ou qualquer outro tipo de abuso. Nem mesmo as televisões resistem à diabólica sedução de mostrar ruas e casas onde moram vítimas contribuindo, dessa forma, para uma clara identificação das mesmas. O dedo é apontado ao jornalista, mas convém ir mais fundo na busca da (ir)responsabilidade. O jornalista é apenas o elo numa cadeia que passa pelos editores, chefes de redacção e culmina num director. Não podem as responsabilidades serem única e exclusivamente atribuídas ao autor de uma peça jornalística, no limite é o próprio órgão de comunicação social quem deve ser responsabilizado.

Tribuna das Ilhas

paulo Sousa Mendes

A

Assembleia legislativa da Região Autónoma dos Açores aprovou, no passado dia 16 de Junho, com os votos favoráveis dos grupos parlamentares do Partido Socialista (PS)I e do Bloco de Esquerda e com as abstenções dos restantes grupos e representações parlamentares, uma iniciativa da autoria do grupo parlamentar do PS que foi anunciada, na comunicação social, como uma garantia, para que a Admi-nistração Pública Regional ficasse dotada de meios para combater os designados

“falsos recibos verdes”II, combatendo, dessa forma, uma das maiores fontes de precariedade laboral. No entanto, esta iniciativa não inclui a Administração Pública, que continua a ser uma das maiores prevaricadoras. Tomemos como exemplo, a Administração Pública local. É de conhecimento público, através de denúncia na Comunicação Social, a existência de dois trabalhadores da Junta de Freguesia de Santa BárbaraIII, que, apesar de terem, pelo menos, durante seis anos, cumprido um horário e de terem um local de trabalho definido e regular, nunca assinaram qualquer contrato de trabalho e nunca receberam qualquer subsídio de Férias e de Natal. Após esse tempo de trabalho, a Junta de Freguesia propôs a estes tra-

balhadores que se colectassem, de forma a emitirem 'recibos verdes'. E, como não bastasse, receberiam, substancialmente, menos pelo seu trabalho porque só trabalhariam nos dias de 'bom tempo'. Enfim, corrigia-se uma ilegalidade com outra ilegalidade. Estes trabalhadores estão, infelizmente, num beco de difícil saída porque a Inspecção Regional de Trabalho não tem competências para fiscalizar a Administração PúblicaIV. Estamos perante uma situação em que dois executivos, o primeiro do Partido Social Democrata (PSD), que durante, pelo menos, seis anos manteve estes trabalhadores ao seu serviço, mas sem contrato de trabalho, e o segundo do PS, que propôs os 'falsos recibos verdes', não agindo, por isso, em conformidade com a lei.

Cabe à Assembleia de Freguesia aprovar o mapa de pessoalV, ao serviço da respectiva Junta. Contudo, como a Assembleia de Freguesia é composta, na sua maioria, por representantes do PS e PSD, este é assunto que muito dificilmente merecerá um fim digno... E estes dois casos não serão, de certeza, únicos na Administração Pública Regional e local. Ihttp://base.alra.pt:82/4DAcTION/w_p esquisa_registo/3/2093 IIEmpresas vão justificar os recibos

verdes. Diário Insular. p.7 (15 de Maio de 2010) IIIhttp://videos.sapo.pt/KRLpV585Z76y

k0diqZ4Y IVhttp://base.alra.pt:82/Doc_Req/IXre

queresp201.pdf Vhttp://base.alra.pt:82/Doc_Req/IXreq ueresp201.pdf

CÂMArA MuNiCiPAl dA hOrtA AviSO de hAStA PúbliCA Nos termos do disposto no n.º2 do artigo 28.º do Regulamento do Mercado Municipal, faz-se público que irá ter lugar a arrrematação da loja n.º14 do Mercado Municipal (loja 14). Para o efeito informo: a) Valor base de licitação 100 € b) Valor do lance mínimo 5€ c) local da praça Paços do Concelho d) Data e hora da praça pelas 14:00 horas do dia 15 de Outubro de 2010 e) Condições de admissão dos concorrentes serão admitidos os interessados que provem estar legalmente autorizados a exercer esse tipo de actividade e que se proponham realizar actividades comerciais não interditas pelo regulamentos do Mercado Municipal. todas as entidades devedoras à Câmara Municipal da horta estão impedidas de apresentar candidatura caso não regularizem a sua situação perante a mesma até às 14:00 horas do dia anterior à data da praça. f) os interessados deverão proceder a uma pré-inscrição, no prazo de 10 dias úteis, a contar da publicação do presente edital. Para melhor conhecimento do processo de arrematação, os possíveis interessados deverão contactar o Serviço de Taxas e licenças do Município da Horta durante o horário de expediente. Paços do Município, 29 de Setembro de 2010 O Vice-Presidente da Câmara, José leonardo Goulart da Silva


deSpoRto

Tribuna das Ilhas

1.º rali Faial - Além Mar está aí

Maria José Silva g Abrem domingo as inscrições para o 1.º Rali Faial / Além Mar, prova que se disputará no próximo dia 23 de Outubro, numa prova concreta de que, no Faial, o rali está em forte crescimento. “Depois do aparecimento de novos projectos e de boas máquinas, faltava ao Faial mais provas para que os carros não ficassem

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paSSeIo tt taRtaRUGa d.r.

neste momento já existem mais de uma dezena de carros de rali no faial e pico. a realização desta prova era quase como que uma “exigência” para não deixar morrer a modalidade

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parados nas oficinas e para que os patrocinadores podessem ver localmente o retorno das apostas entretanto realizadas”, explicou na ocasião Mário Paulo Silva, director desportivo do Clube Automóvel do Faial. Com o apoio da Fábrica de Tabaco Estrela, o 1.º Rali do Faial assume uma estrutura do tipo Rali Sprint, com duas classificativas a serem percorridas por três vezes. Ribeira do Cabo / Praia do Norte e Caminho Goulart / Trupes são as propostas da organização que decidiu guardar para o fim uma dupla super-especial a correr em plena cidade da Horta. No total serão 76,28km dos quais quase metade serão cronometrados.

21 viaturas no 4.º passeio do CAF g Foram 21 as viaturas que participaram no quarto passeio de Todo-oTerreno “Tartaruga”, organizado pelo Clube Automóvel do Faial, realizado nos dias 1 e 2 de Outubro. d.r. Na classe turística foram 4 os participantes.

4.º - Arnaldo Abreu/Sandra Abreu 5.º - Mário Nunes/carlos Rodrigues 6.º - Tomás Duarte/Emanuel Ramos 7.º - Francisco Vanderley/Luís Fialho 8.º - Ricardo Puim/Rui Brum 9.º - Michael Leandro Sandro Laranjo

ClaSSifiCação

trial partiCiparaM 8 ViaturaS: 1.º - Arnaldo Abreu/Tomás Duarte 2.º - João Bulcão Michael Leandro 3.º - José Pereira/Danny Alberto 4.º - Mário Nunes/carlos Rodrigues 5.º - Paulo Silva/Marco Azevedo 6.º - Emanuel Silva/Francisco Silva 7.º - Luís Fialho/Andreia Frias 8.º - Francisco Vanderley/ Luís Fialho

1.º - Marco Azevedo Viviana Azevedo 2.º - Filipe Guerreiro/Alberto Silveira 3.º - Lilia costa/Danny Alberto 4.º - José Armando/cláudio t1 foraM 9 oS partiCipanteS: 1.º - Luís Fialho/Andreia Frias 2.º - Paulo Silva/Nelly Furtado 3.º - João Bulcão/Nuno Amaral

andeboL

d.r.

Sporting da horta derrota Madeira SAd g O SC Horta derrotou em casa o Madeira SAD, actual vice-campeão Nacional, por 26 – 22, (16 – 12) em jogo da 5ª jornada do Andebol 1. O Madeira SAD entrou a ganhar mas, com o evoluir da primeira parte o ataque do SCH superiorizou-se e foi para o intervalo a vencer. Na segunda parte os visitantes entraram melhor, mas depressa os pupilos de Filipe Duque recuperaram. De acordo com informação disponibilizada no site do Sporting da

Horta, “o público correspondeu comparecendo no pavilhão da Escola Secundária Manuel de Arriaga, apoiando a nossa equipa, especialmente na segunda parte, vibrando com os lances do SCH.” Na próxima jornada, SC Horta desloca-se ao pavilhão Flávio Sá leite, sábado dia 9 do corrente, para defrontar o ABC de Braga pelas 16:00 (hora dos Açores). O Benfica recebeu este sábado no pavilhão da luz o Xico Andebol. Os encarnados venceram por 42-30, em

jogo a contar para a 5ª jornada da liga. O ABC visitou o terreno do Colégio 7 Fontes e venceu por 30-27. reSultadoS: Sexta-feira: Fc Porto - São Mamede, 38-22 Sábado: colégio 7 Fontes - ABc, 27-30 Belenenses - S. Bernardo, 31-24 Benfica - Xico, 42-30 S. Horta - Madeira SAD, 26-22

FUtSaL - toRneIo de abeRtURa aFH

d.r.

Atlético arranca em grande na defesa do título g Na passada terça-feira o Angústias Atlético Clube defrontou o Flamengos no Pavilhão da Horta. Os alvi-negros mostraram por que razão são os campeões em título, e derrotaram facilmente os flamenguenses com sete golos sem resposta. Este sábado, a partir das 19h00, no

Feteira aposta no futsal feminino

Pavilhão da Horta, é a vez do Fayal Sport Club medir forças com os jogadores do Atlético. SenioreS feMininoS – JoGadoraS do flaMenGoS leVaM a MelHor Sobre a feteira

Na passada terça-feira as atletas flamenguenses entraram a ganhar no Torneio de Abertura da AFH, ao vencer o Grupo Desportivo da Feteira por 5-3. Este domingo, a partir das 18h00, no Pavilhão da Horta o Flamengos tem pela frente o Cedrense. MP

g O Grupo Desportivo da Feteira apostou no futsal feminino para esta época desportiva de 2010-2011. O plantel que irá disputar as diferentes provas da época 2010 - 2011 é o seguinte: Márcia Amaral, Joana Moniz, Susana Bettencourt, Joana Santos, Humberta Ramalho, Cláudia Abreu, Maria Bairros, Sofia Aguião, Damiana Melo, lucélia Amaro, Fátima Furtado, Cristina Silva, Zenaide

Pereira, Paula Gomes, Marla lima e Rute Cabral. A orientar as meninas da Feteira está José Humberto Peixoto. MJS

FUteboL

torneio de Abertura AFh termina este fim-de-semana g Este domingo, dia 10, joga-se a última jornada do Torneio da Abertura da Associação de Futebol da Horta.

Assim, a partir das 15h00, Fayal Sport Club defronta lajense no Pico, enquanto que Flamengos recebe no Vale

o o o o

Cedrense, a partir das 16h00. O Grupo Desportivo da Feteira fica de fora nesta jornada. No passado domingo, o Fayal foi

aos Cedros vencer os locais com um golo sem resposta, ao passado que o Flamengos venceu o Feteira no Vale por 2-1.

Na terça-feira, o Fayal recebeu e venceu o Flamengos por 1-0, enquanto que o Feteira perdeu em casa com o lajense por 0-2.


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opInIão

Tribuna das Ilhas

opInando objeCtIVamente

tÓPiCOS: 1- bandeiras 2- refeições 3- Autómatos 4- Promessa 5- estranho

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armando amaral

Há uns anos, um inesperado caso político aconteceu, tendo tido como palco a Assembleia legislativa na Horta sedeada, e que foi popularmente conhecido, do Corvo a Santa Maria, por “Guerra das Bandeiras”. MOtivO: divergências entre os Altos Comandos das Forças Armadas e o Governo Regional, presidido então por Mota Amaral. Embora bem menos sério, para ficarmos por aqui, um outro surgiu agora, em que o pico do Pico foi campo de batalha, para dezenas de governamentais socialistas e meia dúzia de monárquicos, tendo sido desfraldadas as Bandeiras portuguesas, de antes e depois da revolução de

Outubro de 1910, no ponto mais alto de Portugal. Mais atrasados na chegada, os governamentais não se contentaram em ficar com a Bandeira dos Reis, e toca a processar o “inimigo” por não ter respeitado a Reserva Natural que, aliás, nem é da República. Mas será de registar pela positiva o facto de, nesta segunda “guerra”, os dois contendores terem conseguido seus objectivos, razão por que desta feita não houve gravatas pretas.

2

Falando com viajante do voo da TAP que, nas primeiras horas da manhã, sai de lisboa para as lajes, Terceira, o dito disse-nos que nenhuma refeição fora servida a bordo, acrescentando que se tal acontecera com certeza que estaria a dormir, pois por nada deu. Soube depois que, neste Verão, nos voos de médio curso, ou nos domésticos para os Açores, com apenas três tripulantes de cabine não havia qualquer possibilidade de servir refeições

aos passageiros. Mais admirados ficámos ao saber que idêntico procedimento se verificava também nos voos para a Europa, onde há até forte concorrência entre as muitas companhias que voam naquele espaço, por sinal, nada pequeno. Oxalá que a moda não pegue. É que, por este andar, ainda voltaremos a chupar os célebres rebuçados da Sata.

3

Não nos iremos embrenhar na autêntica trapalhada que se instaurou fora das “quatro linhas”, após o Campeonato do Mundo, em que foram protagonistas a Federação de Futebol, a ADOP, o Secretário de Estado dos Desportos e o Seleccionador da Equipa das Quinas. E, como se viu, acabou com o afastamento de Carlos Queiroz. Vamo-nos apenas referir a curiosa informação dada aos médicos do antidoping por responsável federativo, de que os jogadores ainda estavam no Quarto (do hotel) por ter sido “progra-

mado” acordarem mais tarde. Ainda se tivesse dito que haviam sido autorizados a estarem mais tempo na cama, mas essa de programarem o sono nem ao diabo lembraria. A não ser que a Equipa das Quinas tivesse passado a ser constituída por autómatos, dirigidos pelo piloto automático de que falou o presidente Madail!

4

li em “A união” passagens de comunicado do CDS-PP do Pico cujo principal assunto era o não cumprimento por parte do PS-Açores de uma promessa eleitoral de construir um barco-ambulância, especialmente para o Canal Pico-Faial. É que nem os dois barcos anunciados para substituírem os Cruzeiros, nem a nova unidade de saúde a construir na Madalena jamais fazem esquecer a dita promessa, opinam os populares picoenses. Apraz-nos salientar mais esta tomada de posição do Presidente dos democratas-cristãos, Manuel Serpa, um

peLa SUa Saúde

quaiS oS trataMentoS Contra a dor da artroSe? A dor constitui o sintoma essencial de uma artrose e está ligada ao uso e desgaste da articulação. Esta dor, de tipo mecânico, acompanha-se de uma rigidez da articulação que pode, a longo termo, tornar-se invalidante. É importante avaliar o grau de dor, indispensável para orientar o tratamento, que se baseia na tomada de medicamentos antiálgicos e anti-inflamatórios. As infiltrações intra-articulares e a cirurgia apenas estão indicadas no caso de fracasso dos tratamentos médicos (farmacológicos e de fisioterapia). A artrose não é mais do que um reumatismo ligado ao desgaste da cartilagem articular, favorecido pelo envelhecimento das articulações. A dor é, na maior parte dos casos, o principal sintoma e o primeiro a aparecer. a que é deVida a dor da artroSe? A cartilagem que reveste os ossos que compõem uma articulação é

5

Sob este título, o tópico, inserto na edição de 20 de Agosto, deu lugar a dúvidas de leitores não residentes, naturalmente por não familiarizados com a política caseira faialense. É que nos faltou frisar que nas anteriores comemorações de aniversário da Horta como Cidade, o presidente da Assembleia Municipal, então do mesmo partido do da Câmara (PS), sempre vinha usando da palavra na sessão solene, o que não aconteceu este ano, quiçá por tal cargo ser agora exercido por autarca do PSD. Isto é, ficou sem pio…

ReStaURante e SnaCk-baR

Quais os tratamentos contra a dor da artrose? raul de amaral-Marques

político que não tem sido devidamente compreendido pelos seus concidadãos, apesar de profícuos anos em prol da Ilha, mormente na agro-pecuária, e que mais uma vez aparece com assunto a que o conhecido diário angrense deu merecida cobertura. Aliás, um assunto que até foi “bandeira” socialista, mas posta nessa mesma gaveta onde terá ido parar a “real”, referida em primeiro tópico.

submetida a fenómenos de erosão que, no estado normal, são compensados por fenómenos de construção. Com a idade este equilíbrio entre o desgaste e a reconstrução deixa de existir, a erosão torna-se importante, a cartilagem degrada-se e gasta-se. Resultado: quando as articulações são solicitadas a trabalhar, as superfícies articulares deslizam mal uma sobre a outra e a dor aparece com a mobilização da articulação. Trata-se de uma dor tipo mecânico, quer dizer que aumenta com a actividade física e diminui com o repouso, e acompanha-se de uma rigidez da articulação, que se vai tornando mais difícil de mobilizar. O doente vai notando, a cada dia, incómodo e dificuldade articular muitas vezes acompanhada de uma inflamação local, que atinge a sinovial (bainha que envolve a articulação), e que pode originar mais dor, mas esta de tipo inflamatório. aValiação e quantifiCação da dor para MelHor a aliViar É muito importante para o médico ter a noção das características da dor, com o fim de encontrar uma causa e permitir, simultaneamente, o estabelecimento de um tratamento adequado e poder acompanhar os seus efei-

tos. O exame clínico é essencial porque a mobilização da articulação atingida desencadeia uma dor que se pode avaliar. Existem escalas para avaliação e quantificação da dor e que servem, nas consultas seguintes, para apreciar a evolução. nuMeroSoS trataMentoS perMiteM aliViar a dor liGada À artroSe A luta contra a dor artrósica é feita com medicamentos antiálgicos (como o paracetamol, a aspirina, os seus derivados, ou codeína), eventualmente associados a anti-inflamatórios não esteróides (AINES) que conduzem a um alívio na grande maioria dos casos. Actualmente existem novos anti-inflamatórios, que interferem na síntese dos mediadores da dor e da inflamação, e que têm a vantagem de serem menos agressivos para a mucosa gástrica. Também a glucosamina, que ajuda a participar na reconstrução dos tecidos conjuntivos que rodeiam as articulações e o colagénio, uma proteína natural que proporciona força, elasticidade e apoio aos tecidos conectivos dos tendões, dos ligamentos e dos ossos, são outros produtos, naturais, que podem ser usados no tratamento das artroses. No caso de uma forma muito

inflamatória ou rebelde ao tratamento pode recorrer-se a uma infiltração, ou seja, a uma injecção intra-articular de produtos derivados da cortisona. Permite trazer um alívio durável da dor. O número de infiltrações não deve ultrapassar as três ou quatro, por ano. Se a dor se acompanha de uma dificuldade que incapacita a articulação, ou se a articulação fica deformada, pode recorrer-se à cirurgia, que tanto pode ser correctiva, se se pretende corrigir ou reparar uma deformação, como protésica, quando se substitui a articulação, ou parte dela, por uma prótese (como a cabeça do fémur). A grande vantagem da cirurgia é a de restituir a função da articulação e eliminar a dor. CoMo toMar Cuidado daS artiCulaçõeS O tratamento médico ou cirúrgico deve acompanhar-se sempre de medidas que visem cuidar as articulações atingidas. Consistem nomeadamente em manter (ou encontrar) um peso aceitável, a praticar uma actividade física moderada, evitando movimentos bruscos, evitar ficar longo tempo de pé ou transportar cargas muito pesadas, e tentar arranjar tempo para descansar…

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Tribuna das Ilhas

José emírcio Medeiros escobar MiSSA dO 1.º ANiverSáriO A família informa todos os interessados que manda celebrar uma Missa sufragando a alma daquele saudoso ente querido, pela passagem do 1.º Aniversário do seu prematuro passamento, na próxima quinta-feira, 14 de Outubro, pelas 18H00 horas, na Matriz do Santíssimo Salvador da Horta.

SPOrtiNG Club dA hOrtA Fundado em 23 de Maio de 1923 SOCiedAde deSPOrtivA de utilidAde PúbliCA

Assembleia Geral Ordinária 1ª Convocatória Convoco, nos termos do Art. 55º nº 1 dos Estatutos, uma Assembleia Geral Ordinária do Sporting Club da Horta, a realizar pelas 19h30 minutos do dia 08 de Outubro de 2010, na sede Social do Clube, sita à Rua Eduardo Bulcão, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto um – Apreciar e votar o Relatório de Contas da Direcção na época desportiva 2009/2010, nos termor do Art. 51º nº1 alínea b) Ponto dois – Dar posse aos órgãos sociais para o biénio 2010/2012, nos termos do Art. 51º nº1 alínea b) Ponto três – Analisar e votar o plano de actividades e orçamento de receitas e despesas para a época desportiva 2010/2011, nos termos do Art. 51º nº1 alínea c) Ponto Quatro – Outros assuntos de interesse para o Clube De acordo com o Art. 57º nº 2 dos Estatutos, a Assembleia Geral, caso não se realize na 1ª Convocatória, fica agendada em 2ª Convocatória para as 19h30 minutos do dia 15 de Outubro de 2010 com a mesma ordem de trabalhos, podendo funcionar meia hora depois com qualquer número de Sócios. Horta, 27 de Setembro de 2010 O Presidente da Assembleia Geral João Alberto Silva de Azevedo e Castro

Faz-se público que está aberto até ao dia 30 de Novembro, o prazo de candidatura para 45 bolsas de estudo para o curso de medicina, ano lectivo de 2010/2011, conforme o estabelecido no art.º 3.º do Regulamento do Regime de Concessão de Bolsas de Estudo para a frequência do curso de licenciatura em Medicina, anexo ao Decreto Regulamentar Regional n.º 11/2005/A publicado no Diário da República - I Série - B. Os documentos para a candidatura deverão ser entregues, ou remetidos através dos CTT, para a Direcção Regional da Saúde, Solar dos Remédios, 9701 - 855 Angra do Heroísmo. A Directora Regional da Saúde Sofia Adriana Carvalho duarte

pUbLICIdade

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opinião

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Tribuna das Ilhas

CoRVIno qUe Se dIStInGUIU

CArlOS AlbertO NÓiA rAFAel (1952-….) José armas trigueiro

empresário e industrial - emigrante de sucesso D.R.

N

asceu na freguesia e concelho do Corvo, em 29 de Junho de 1952, filho de José Inácio Rafael e de Filomena Isabel Nóia Rafael, ele agricultor e ela doméstica. Depois de ter concretizado com excelente aproveitamento a Instrução Primária na sua terra natal, aos 15 anos de idade emigrou com os pais para os Estados unidos da América, tendo-se instalado em New Bedford, Massachusetts. Embora tivesse passado pela escola americana de New Bedford, onde a família se instalara, aí apenas esteve alguns dias para aprender minimamente o inglês. Esta língua fazia-lhe falta para o adequado entendimento com jovens americanas do seu tempo. Assim, cedo deu início ao trabalho, tendo começado por uma indústria de linguiça de origem portuguesa, onde permaneceu por pouco tempo. Passou depois por uma fábrica de tecidos, mas atraíam-no os dólares que o pai e outros recebiam nos trabalhos da pesca nos cais da cidade. Pouco tempo depois mudou-se para uma fábrica de descarga e venda de peixe fresco e congelado. Tratava-se de uma grande empresa que comprava e preparava o peixe para vender a consumidores e revendedores, onde entre eles, o maior comprador eram as Forças Armadas Americanas. Entretanto, muda-se para trabalho semelhante na cidade de Boston, onde

permanece cerca de três anos. Volta depois para New Bedford, para a empresa onde estivera anteriormente. Aí, em 1977 já era encarregado de cerca de 60 trabalhadores, que trabalhavam sob a sua orientação ou gestão. Pouco depois, em 1978, estabeleceuse, em sociedade, com um italiano e um descendente de portugueses. Essa sociedade viria a fracassar algum tempo depois, por falta de credibilidade associativa. Deste modo, em 1980, servindo-se de dinheiros emprestados, formou a sua própria empresa. Como obteve sucesso rápido e sólido, foi investindo também em navios de pesca. Neste momento a sua empresa é possuidora de 41 navios de pesca, 12 dos quais se dedicam ao marisco. Emprega cerca de 316 trabalhadores. Com vista ao futuro, pretende constituir a sua sociedade por quotas ou acções, admitindo a hipótese que um dia possa ter interesse em registá-la num mercado de acções onde estão as maiores e mais credíveis empresas do país. Entretanto, em 1977 casou com Conceição Caldas, de origem africana, natural de Cabo Verde, da ilha Brava, de cujo casamento nasceram cinco filhos: Benvindo, Elizabeth, Ivonilde, Stephenie e Sasha. Alguns dos filhos frequentaram estudos universitários, enquanto que outros preferiram dedicar-se, depois do ensino secundário, ao

trabalho, alguns deles na própria empresa do pai. Neste momento Carlos Rafael reside com a família em North Dartmouth, nas proximidades de New Bedford, Massachusetts e é um emigrante de sucesso, graças à sua inteligência, mas também ao trabalho e ao risco dos seus negócios. Fazemos votos para que as suas embarcações de pesca e a sua empresa não tenham sido afectadas com o acidente da plataforma petrolífera que recentemente rebentou nas costas marítimas dos Estados unidos da América. A família Rafael visita com alguma frequência a ilha do Corvo, onde possui duas casas de habitação, e onde toda a família aprecia fazer as suas férias. Carlos Rafael diz, com certo orgulho, que já encheu com a família um avião “Dornier” da SATA em viagem para o Corvo. Os filhos, que nasceram todos nos E.u.A., falam três línguas, diz Carlos Rafael com perceptível vaidade: inglês, português e “crioulo”. Todos eles adoram visitar a ilha do Corvo, tal como devem gostar de visitar Cabo Verde, apesar de estarem habituados aos grandes convívios e confortos da América. Quando visita a ilha do Corvo, é um dos grandes patrocinadores das festas que lá se realizam, essencialmente religiosas, nomeadamente da sua padroeira, Nossa Senhora dos

CarloS alberto nóia rafael emigrou para os estados unidos da américa com 15 anos

Milagres, que se realiza em 15 de Agosto de cada ano.

NOTA DE DEScuLPAS Por termos trocado o texto da publicação deste artigo, inserido neste semanário em 7-5-2010, apresentamos as nossas desculpas ao biografado, bem como ao seu autor.

O Chico

Crise não rima com resignação

O

berto Messias

s tempos são difíceis. O Governo da República anunciou mais um plano de austeridade com medidas para reduzir a despesa e aumentar a receita do Estado que ainda vão ser apreciadas e aprovadas ou não no âmbito da discussão do Orçamento de Estado para 2011. Bem ou mal, concordando ou não, temos de nos adaptar a elas e respeitálas para que possamos, finalmente, sair desta situação difícil que atravessamos. Mas nos anúncios feitos faltou explicar porque razão estamos nesta situação e porque razão, em tão pouco tempo, já vamos no PEC 3 sem feedback positivo das medidas implementadas. E era importante fazê-lo porque o Governo não tem tido essa capacidade, apesar de serem bem evidentes os constrangimentos externos que nos levam a esta situação. lá diz o ditado: “Para se ser respeitado é preciso dar-se ao respeito”. Ou seja, o Estado deve dar o exem-

plo e impedir gastos supérfluos, aumentos de endividamento e abusos de dinheiros públicos. Não será aceitável saber, nos próximos tempos que haverá renovações de frotas de carros e coisas parecidas. Mas, mesmo em dificuldade, temos de manter opções políticas que desagravem esta situação. E os Açores estão em condições de ter um papel decisivo na minimização dos danos deste plano de austeridade devido ao sentido de responsabilidade que tivemos, que nos permite ter hoje umas finanças públicas equilibradas. E devemos continuar com opções políticas fundamentais. O investimento público consequente e reprodutivo, em infra-estruturas verdadeiramente importantes e reprodutivas. Cada cêntimo gasto tem de ser muito bem gasto. Continuar a dinamizar a economia com incentivos às empresas. As boas empresas, as que representam valor acrescentado, vão dar feedback positivo. Continuar a defender e a ajudar os que menos têm e menos podem. Instalou-se a visão de que os nossos males devem-se todos aos apoios sociais concedidos. É uma visão errada

e preconceituosa que não corresponde à verdade. Continuar a investir na promoção do emprego, na defesa dos postos de trabalho, no apoio aos desempregados de longa duração e apostar na reconversão de jovens qualificados para áreas de maior empregabilidade. Continuar as linhas de acção que nos permitem ter a mais baixa taxa de desemprego do país. Continuar a aproveitar os fundos comunitários de forma exemplar. É preciso continuar este ritmo, com as devidas restrições que resultam de constrangimentos externos. Mas não podemos cometer o erro de nos encolhermos perante a adversidade. O pessimismo nunca criou um único posto de trabalho. Mas é preciso garantir o cumprimento da lei das Finanças Regionais e das transferências para as Regiões Autónomas. Cortar nessas transferências é confundir despesa com Regiões Autónomas, visão errada. Devemos ter a diplomacia e a solidariedade necessárias nestes momentos, mas ser firmes, como sempre fomos. O PS Açores já demonstrou por várias vezes que, quando está em causa o Partido ou os Açores, escolhemos sempre os interesses dos Açores.

Fonte: Elementos fornecidos pelo próprio, pelo telefone, em 12-1-2010, arquivados nos meus documentos.

lucas da Silva

E

ste ano, na altura de limpar as ervas daninhas, junto dos pés dos tomateiros, quando e para surpresa minha, surgiu um coelho novo (meio coelho), que ficou parado a observar-me, a uns escassos 1,5 m, sentei-me no chão e como continuava estático, iniciei uma conversa. uma visita de uma pessoa amiga, perguntou onde podia encontrar-me e indo ao local, apercebeu-se que estava numa conversa animada e como não via mais ninguém, foi dizer à minha mulher “o senhor

lucas pirou, está a falar sozinho”. Recebi uma chamada a perguntar como estava, respondi que estava bem e a falar com o Chico. Então essa mesma visita foi novamente ao local e vendo o coelho com as orelhas em pé e tão perto, comentou” que se não tivesse visto nunca acreditaria.” Tive por várias vezes a alegria e o privilégio de conversar com o meu amigo Chico, deixando maçãs vermelhas na zona da sua residência. Como tudo na vida tem um fim, há dois dias encontrei o meu grande amigo morto, fiquei mais pobre e muito triste.

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InFoRmação

Tribuna das Ilhas

aGenda

utilidadeS

CineMa

farMáCiaS

doMinGo 21H30 - Filme - “o ultimo airbender” - no Teatro Faialense - Hortaludus eVentoS até 15 de outubro 14h00 às 24h00 (excepto à quarta) – ZendopiCS - ciclo de Exposições de Fotografia de “Mulheres” de catarina Krug - Organização: Associação cultural Fazendo - cASA até 31 de Janeiro de 2011 ConCurSo de fotoGrafia “20 anoS, 20 aCtiVidadeS” - comemorações do 20.º Aniversário da Associação de Andebol da Ilha do Faial - Organização: Associação de Andebol da Ilha do Faial até 22 de outubro Seg. a Sab. das15h00 às 19h00 – expoSição de pintura MeMóriaS da Cidade - Manuel Passinhas no centro de cultura e Exposições da Horta (Antigas Insta. do Banco de Portugal) Hortacontemporânea 2010. Organização: câmara Municipal da Horta

8 de outubro de 2o1o

HoJe e aManHã Farmácia Lecoq 292 200 054 de 10 a 16 de outubro Farmácia correa 292 292 968 eMerGênCiaS -faial i h p o ~ m i i

Número Nacional de Socorro 112 Bombeiros Voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 96 323 18 12 Protecção civil - 295401400/01 Linha de Saúde Pública 808211311 centro de Saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000 tranSporteS - faial

jSATA - 292 202 310 - 292 292 290 Loja jTAP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da Ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380 MeteoroloGia

aManHã 21h30 - aCtuação da “unâniMe dixie band” e da “dixie GanG” - No Teatro Faialense - Organização: Sociedade Filarmónica unânime Praiense dia 13 de outubro – quarta-feira ConCertoS CoMentadoS eM eSColaS Orquestra Académica Metropolitana, Obras de R. Schumann, E. Grieg, F. Mendelssohn-Bartholdy por Jean-Marc Burfin e maestro césar Viana, comentador - Escola Sec. Manuel de Arriaga - Açores - Temporada de Música 2010 - Organização: Direcção Regional da cultura 09h00 - fóruM “no CoMbate À pobreZa e À exCluSão SoCial que polítiCaS de inCluSão?” Teatro Faialense - Organização: câmara Municipal da Horta

15

CONvite A Presidente da Direcção do Núcleo Cultural da Horta tem a honra de convidar V. Exa. a assistir ao lançamento do Boletim relativo ao ano de 2010 que terá lugar no dia 15 de Outubro, pelas 21 horas, no Auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça. A sessão constará de conferência proferida pelo Prof. Dr. Romero de Magalhães intitulada “Do fracasso (31 de Janeiro de 1891) ao êxito (5 de Outubro de 1910) ” e da actuação da pianista ludmila Chovkova e do violinista Yuri Gertsev.

Grupo Central HoJe Períodos de céu muito nublado, com abertas. Aguaceiros.Vento noroeste FORTE a MuITO FORTE (50/75 km/h) com rajadas até 95 km/h. ESTADO DO MAR: Mar ALTEROSO a TEMPESTuOSO. Ondas noroeste de 8 metros, aumentando para 9 metros.

aManHã céu geralmente muito nublado. Períodos de chuva. Vento oeste fresco a muito fresco (30/50 km/h) rajadas até 65 km/h, rodando para sudoeste e tornando-se moderado (20/30 km/h). Mar cavado a grosso. Ondas de noroeste de 6 metros, diminuindo para 4 metros.

doMinGo céu geralmente muito nublado. Períodos de chuva. Vento oeste fresco a muito fresco (30/50 km/h) rajadas até 65 km/h, rodando para sudoeste e tornando-se moderado (20/30 km/h).

ASSOCiAçãO dOS ex-COMbAteNteS dA ilhA dO FAiAl

videNte - MediuM - CurANdeirO

(Fundada em 10/05/2004)

eSPeCiAliStA eM PrObleMAS de AMOr

ASSeMbleiA GerAl

telef.: 291 238 724 *telm.: 966 552 122 * Fax: 291 232 001

CONtACte O dr. CASSAMA

Ao abrigo dos Estatutos da Associação Ex-Combatentes da Ilha do Faial, convoco a Assembleia Geral Ordinária, para o dia 18 de Outubro de 2010, pelas 20.00horas, na sua sede social, sita à Rua Professor António Duarte, Pré-fabricado n.º1, freguesia da Matriz, concelho de Horta, Ilha do Faial, Região Autónoma dos Açores, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

Astrólogo espiritualista e Cientista obtém resultados rápidos. Conhecido pela sua competência, eficácia e precisão em tudo o que faz relativamente à Astrologia. Com poderes absolutos e rápidos ajuda a resolver todos os seus problemas, por mais difíceis, ele tem o poder de elucidar e como prever um futuro, recuperação imediata e definitiva do seu amor perdido, protecção, sorte e negócio. Consulta à distância por telefone e carta, etc.

Ponto um - Apresentação do Relatório e Contas de Gerência, relativos ao Biénio 2008/2010. Ponto dois - Eleição dos órgãos Sociais para o Biénio 2011/2012. Ponto três - Outros assuntos de interesse para a Associação. Se à hora marcada não tiver o número suficiente de sócios presentes, a mesma sessão terá lugar 30 minutos depois, com qualquer número. Horta, 02 de Setembro de 2010

FACilidAdeS de PAGAMeNtO

O Presidente da Assembleia-Geral Jorge Manuel Freitas vieira

estrada dr. João Abel de Freitas, 38 b 9050-012 fiCHa

Tribuna das Ilhas direCtor interino: cristiano Bem CHefe de redaCção: Maria José Silva redaCção: Susana Garcia e Marla Pinheiro fotoGrafia: carlos Pinheiro

ColaboradoreS perManenteS: Alzira Silva, Armando Amaral, Berto Messias, Fernando Faria, Fernando Guerra, Fernando Melo, Frederico cardigos, Genuíno Madruga, Hugo Oliveira, Jorge costa Pereira, José Armas Trigueiros, José Decq Mota, Marco Rosa Mário Frayão, Paulo Mendes, Paulo Oliveira, Paulo Salvador, Raul Amaral Marques, Ruben Simas, Roberto Mendonça Faria, Zuraida Soares. proJeCto GráfiCo: IAIc - Informação, Animação e Intercâmbio cultural, cRL

paGinação: Susana Garcia

téCniCa

iMpreSSão:

editor e proprietário:

redaCção aSSinaturaS e publiCidade: Rua conselheiro Miguel da Silveira, nº12, cv/A-c - 9900 -114 Horta ContaCtoS: Telefone/Fax: 292 292 145 E-MAIL: tribunadasilhas@mail.telepac.pt tribunadasilhas@gmail.com

tiraGeM: 1000 exemplares

SeCretariado: Fátima Machado

reGiSto: nº 123 974 do Instituto de comunicação Social

Rua Manuel Inácio 9900-152 - Horta

de Sousa, 25

diStribuição cTT

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Esta publicação é apoiada pelo PROMEDIA - Programa Regional de Apoio à comunicação Social Privada


fundado 19 de abril de 2002

Tribuna das Ilhas Sexta-feira 4 8 de outubro de 2o1o

www.tribunadasilhas.pt

SUCeSSo xL

lan Party superou as expectativas

xl party final do torneio de Counter Strike

texto e fotos

Susana Garcia g Sucesso, é a palavra que melhor pode classificar a Xl Party que decorreu no passado fim-de-semana no Pavilhão Desportivo da Horta. O festival XlParty@Horta 2010 abriu as portas na passada sextafeira, com cerca de 300 participantes, naquele que constituiu o maior evento tecnológico do Faial. Vários torneios e muita competição em jogos como Street Fighter IV, Call of Duty 4, Modern Warfare 2, Gears of War 2 ou Counter Strike preencheram os três dias deste evento. Algum nervosismo, muito frenesim, agitação e, no final, cansaço marcaram este encontro, onde os amantes da informática e das novas tecnologias tiveram

a oportunidade de se juntar no mesmo espaço para jogar, competir e até dormir. De salientar que geralmente estas lAN's oferecem locais para dormir e nesta a organização também disponibilizou uns colchões para que os participantes pudessem descansar. Desde a tarde da passada sexta-feira até à noite de domingo seguinte, a lAN não parou, e houve mesmo quem passasse as 42 horas no recinto. Quem passou pelo evento

pôde experimentar várias consolas e vídeo jogos onde são recriadas emoções como a de participar numa corrida de Fórmula 1, bem como vários jogos e torneios com XBOX 360, PS3, Nintendo Wii e em PC. Na galeria do site http://live.xlparty.com/imagens já se encontram disponíveis várias fotografias, que ajudam a transmitir uma ideia mais precisa a respeito das actividades e do "ambiente" no local, bem como os resultados dos torneios.

eSpaço de proxiMidade a políCia ao SerViço doS CidadãoS p p o o l l í í C C i i a a d d e e S S e e G G u u r r a a n n ç ç a a p p ú ú b b l l i i C C a a

operação eSCola SeGura (ii) com a reabertura de mais um ano lectivo, a P.S.P. associa-se nas várias componentes da segurança pública e no bem-estar da população estudantil, que, na sua essência, super-entende todo o agregado familiar e a sociedade em geral, pelo que a P.S.P. relembra:

aoS alunoS: • Não aceites boleias de desconhecidos; • Evita mostrar que trazes contigo dinheiro ou outros valores; • Não alteres o percurso de ida e volta da Escola; • Não brinques em zonas desertas ou com pouco movimento; • Informa aos teus pais sobre as tuas actividades e os seus horários. • Grava estes números no teu telemóvel – 292208510 ou 112 • conheçam a “equipa escola segura” da sua área e estabeleçam contacto assíduo com os elementos policiais que a constituem.

aoS paiS: • conheça o horário escolar do seu filho • conheça os nomes e contactos dos amigos do seu filho • Ensine as crianças a atravessar correctamente a rua e a fazê-lo apenas na passadeira • conheça os percursos de ida e de volta de casa para a escola • conheça os locais onde o seu filho costuma brincar

A segurança e tranquilidade pública e o bem-estar social colectivo dependem da conduta individual de cada cidadão. Esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.S.P. da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt

proGraMa inteGrado de poliCiaMento de proxiMidade


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