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FuTEbOl - JuNIOrEs b

FAyAl sPOrT Club recebe domingo Futebol Clube do Porto PÁGINA 11

Tribuna das Ilhas

dIrECTOr : MANuEl CrIsTIANO bEM 4 NúMErO : 451

S.F. nova artiSta FlamenGuenSe

130 ANOs dE MúsICA

28 .Janeiro.2O11

Sai àS SextaS-feiraS

1 euro

Mais bombeiros no Faial

TrIbuNA dAs IlhAs esteve à conversa com o presidente da filarmónica dos Flamengos PÁGINA O7

Governo reGional

Cláudia Cardoso assume rédeas da Educação À margem da sessão plenária de Janeiro, o Governo regional substituiu lina Mendes na secretaria da Educação. A terceirense Cláudia Cardoso é a nova detentora da PÁGINA O8 pasta.

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em DeStaque

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eDitorial

ilhaS limpaS… g De acordo com uma notícia recentemente divulgada, volta a realizar-se no continente, em 2011, o Projecto “Limpar Portugal”, iniciativa de um movimento cívico que no dia 20 de Setembro de 2010 envolveu cem mil pessoas numa operação de limpeza de norte a sul do país. E Portugal bem precisava, todos os anos, de grandes “varredelas”, a começar por Lisboa que em algumas zonas do centro urbano é uma vergonha de sujidade, desde os papéis e outros detritos pelo chão, aos dejectos dos cães que ficam nos passeios após a passeata, ao fim do dia, com os respectivos donos. Nos Açores, a iniciativa também decorreu sendo de realçar a quantidade de lixo retirada no Faial. Destaque também para o programa “EcoFreguesia – freguesia limpa”, que decorreu pela primeira vez em 2010, numa organização da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, cujo sucesso salientámos nesta coluna, escrevendo então que se tratava de um “importante passo para a tomada de consciência dos valores para a vida local e para a área do turismo, da preservação e enriquecimento do ambiente”. E depois de darmos o devido e justo relevo, na execução do programa, à ilha do Faial, onde todas as freguesias, em número de treze, receberam o “Galardão da Limpeza”, também lamentámos que “algumas ilhas, das maiores e mais populosas, não tenham dado a resposta que era de esperar”. Ora, ao trazermos de novo o tema a este espaço editorial, temos simplesmente a intenção de afirmar que valeu a pena ter-se realizado, no ano findo, o programa “EcoFre-guesia” para melhoria das nossas condições ambientais, marcando a posição do arquipélago e iniciando nesta área uma nova era em que as populações das ilhas, mesmo as das mais pequenas comunidades rurais, têm a responsabilidade de zelar pela preservação do meio natural que as cerca. Assim, também acaba de ser apresentada, pelo director regional do Ambiente, a reedição em 2011, desse mesmo programa, que foi bem recebido no ano passado e que motivou as populações, contribuindo mesmo – como nos disseram – para o desaparecimento de alguns espaços que o decorrer do tempo havia transformado em lixeiras. Neste sector, porém, há aspectos que, em nosso entender, são fundamentais para mantermos as nossas ilhas com um bom e sustentado nível de ambiente: a acção directa e indispensável das Juntas de Freguesia, a mentalização das pessoas, a começar pelas crianças das escolas do ensino básico e a prevenção, por diversos meios, de que “não se deve sujar”para não ser necessário limpar. Deste modo, poderemos transformar estas ilhas, já em si mesmas privilegiadas pela Natureza, numa região insular onde apetece viver e onde os visitantes sintam toda a pureza de um ambiente repousante e saudável.

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Bombeiros faialenses reforçam quadro activo com 9 elementos Maria José silva g Chegou ao fim mais uma recruta organizada pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Faial. Dos 14 inscritos, apenas nove, três dos quais mulheres, conseguiram chegar ao fim deste curso que durou quase um ano. Esta recruta vem em boa hora pois, e conforme nos disse Álvaro Melo, “há soldados que vão passar à reserva e esta lufada de ar fresco com os nove novos elementos vem renovar o nosso corpo de activos”. Depois da polémica que durou anos a fio pelo facto do Quartel dos Bombeiros Voluntários da Horta nunca ter tido bombeiros do sexo feminino, esta recruta marcou um momento de viragem, uma vez que teve quase 50% de mulheres inscritas. Na ocasião, e a esse respeito, o Comandante dos Bombeiros disse em entrevista ao TriBuNA DAs ilHAs que “era necessário de integrar mulheres no nosso corpo activo por duas razões. Primeiro porque as mulheres ocupam um papel cada vez mais activo na nossa sociedade e em segundo lugar porque ter uma mulher dentro do quartel vai, automaticamente, impor um maior respeito, se bem que esse não é um problema com que nos deparemos porque os nossos soldados são pessoas bastante civilizadas”. Hélio Pamplona, presidente da Associação, disse em entrevista ao TriBuNA DAs ilHAs que “estes

novos elementos vão engrandecer sobremaneira esta associação que se quer cada vez mais com sentido de voluntariado. Este curso decorreu em horário é pós-laboral e decorreu em várias fases. A primeira – Formação inicial de Bombeiros - terminou em Abril. seguiu-se a TAT –

Tripulante de Ambulância de Transporte, e Desencarceramento, cada uma destas fases com uma duração de 35 horas. Depois de toda esta formação os formandos ficaram seis meses em estágio, com o cargo de aspirantes. De acordo com Hélio Pamplona o número de elementos do corpo

[SOBE]

activo de bombeiros está muito aquém das reais necessidades, sobretudo no que diz respeito ao serviço de ambulâncias que, neste momento, abrange as ilhas do Faial, Pico, Flores e Corvo. A Associação Faialense de Bombeiros Voluntários tem neste momento 49 bombeiros e 17 viatu-

&

ras. A ilha do Faial, quando comparada com outros locais do nosso país, não regista um número muito grande de incêndios. As principais intervenções deste corpo de soldados da paz regista-se ao nível de intervenção em acidentes rodoviários e transporte de doentes.

[DEScE]

TrANsPOrTE dE CArGAs

NA MEsMA TEClA

g Foi notícia o facto da Empresa cristiano, com sede na Madalena do Pico, ter adquirido mais um barco para o transporte de cargas entre São Jorge, Pico e Faial Um barco de maior dimensão e capacidade de carga do que aquele que já há alguns anos opera nos canais que ligam estas ilhas do Triângulo, prestando-lhes bons serviços. Por isso, registamos o facto nesta secção, enaltecendo a iniciativa do empresário picoense que, apesar da crise que por cá também anda, fez um investimento que vem beneficiar esta sub-região, unindo as terras onde nasceu e vive. Bem positivo

g A propósito de barcos e dos canais que ligam estas ilhas do

Triângulo, lembrámo-nos de um tema que já aqui tratámos por diversas vezes e que é o das antigas embarcações de transporte de cargas e do serviço de passageiros que estão a apodrecer no porto da Madalena, sem ninguém que as mande restaurar como património histórico. Isto é o que se chama “bater na mesma tecla” sem resposta. De vez em quando, lá vem uma notícia sobre a recuperação dessa herança do passado, mas depois tudo fica em “águas de bacalhau”. E nestas ilhas, sobretudo do Pico e Faial, resta o silêncio!


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Senha que valeu o carro no sorteio do Comércio tradicional veio de uma loja faialense g Decorreu na passada segunda-feira, na sede do Grémio literário Artista Faialense, o sorteio da campanha de Natal do Comércio Tradicional, da responsabilidade da Câmara do Comércio e indústria da Horta, em colaboração com a autarquia. Este ano, a novidade estava no prémio a sortear pelas ilhas de abrangência da CCiH: ao contrário dos anos anteriores, em que os prémios eram vales de compras no Comércio Tradicional, em 2010 o prémio foi um automóvel. De entre as inúmeras senhas que quase transbordavam do enorme recipiente onde estavam colocadas – sinal de que, afinal, a crise ainda não terá chegado em força ao Comércio Tradicional -, a sorteada veio de um estabelecimento comercial da ilha do Faial. O feliz contemplado, Dário raposo, foi de imediato contactado e, em menos de cinco minutos, chegou à sede do Grémio. só aí recebeu finalmente a novidade de que tinha acabado de ganhar um carro novo.

MARIA JOSé SILvA

De acordo com Humberto Goulart, vice-presidente da CCiH, “há muito para fazer pelo Comércio Tradicional”, no entanto entende que é um “desafio conjunto” dos líderes dos empresários e da Câmara Municipal da Horta, razão pela qual considera a parceria entre as duas instituições bastante positiva. Da mesma opinião partilhou o vice-presidente da

pescadores do faial receberam chaves das Casas de apresto SUSANA GARcIA

g O Executivo regional entregou esta tarde as chaves das 30 novas casas de aprestos, que irão servir 30 pescadores faialenses. Num investimento de cerca de 700 mil euros, a construção da infraestrutura onde estão instaladas as casas de aprestos permitiu ainda a criação de uma zona acostável de 17 metros, com o intuito de facilitar o embarque e o desembarque dos equipamentos de pesca. Na ocasião, o subsecretário regional das Pescas frisou que este investimento comprova a determinação do Governo em desenvolver o sector pesqueiro. “O nosso objectivo é continuar a apostar na modernização do sector da pesca, que permita potenciar este ramo da economia marítima com grande tradição na nossa região”, referiu Marcelo Pamplona. referindo-se ao ano 2010, o governante classificou-o de “atípico” no que ao sector das pescas diz respeito: lembrando que o ano começou com um “inverno particularmente agreste” que impediu que os pescadores saíssem para o mar por mais tempo que o habitual, Marcelo Pamplona lamentou também a diminuição de capturas de algumas das espécies de fundo mais valorizadas. No entanto, recorda a “safra excepcional do atum”,

que permitiu que o rendimento global da actividade da pesca fosse em 30% superior ao ano de 2009. O subsecretário regional das Pescas lembrou ainda que, em 2010, o Fundopesca foi reforçado, permitindo apoiar 1500 pescadores. O governante garantiu que este fundo de apoio será accionado “sempre que se justifique”, ou seja, por condições meteorológicas adversas prolongadas que impeçam os pescadores de ir para o mar. Para 2011, Marcelo Pamplona garantiu a continuação da renovação da frota açoriana, através da substituição, e não aumentando o número de embarcações, de modo a assegurar a sustentabilidade dos recursos. Esta renovação visa “garantir modernas condições de trabalho e de segurança no mar, que continuem a ser apelativas para os jovens que queiram abraçar esta profissão”. Alertando para a importância de manter uma tenção redobrada sobre o esforço de pesca na região, nomeadamente no que diz respeito às espécies de fundo, o subsecretário apelou aos pescadores para capturar apenas as espécies com o tamanho adequado e também para um crescente trabalho de equipa na gestão das

Câmara Municipal da Horta, José leonardo silva, que entendeu ser preciso “reanimar o comércio tradicional”. Para o autarca, é vital passar aos cidadãos a noção da importância de “comprar o que é nosso”. Frisando o grande número de senhas, José leonardo mostrou-se satisfeito com a participação das pessoas. mp

pescarias, “de forma a não colocarem no mercado quantidades que excedam a procura” e por isso baixem o preço do pescado. Para o governante, o desafio para os próximos tempos passa por melhorar o circuito de comercialização da pesca, fazendo com que os pescadores articulem melhor a sua actividade extractiva com as necessidades do mercado, valorizando o peixe capturado nos Açores e os seus próprios rendimentos. Marcelo Pamplona entende que os pescadores devem entrar no circuito de comercialização, diminuindo os intermediários e, consequentemente, a disparidade entre o preço de venda em lota e o preço a que o peixe chega ao consumidor final. “Onde se ganha mais dinheiro é na fase superior à venda em lota”, frisou. A este respeito, adiantou que o Executivo regional pretende reforçar o investimento na rede de frio.

PEsCAdOrEs EsPErAM quE 2011 sEJA MElhOr quE 2010 TriBuNA DAs ilHAs esteve à conversa com alguns dos pescadores que receberam estas casas de apresto. De acordo com rui Cardoso, pescador há cerca de 11 anos, esta infra-estrutura é um bom auxílio á sua actividade, pois permite-lhe ter mais perto da embarcação algum do material que mais utiliza, servindo de complemento ao armazém que já possui. Ao contrário do subsecretário regional, rui Cardoso entende que, apesar das capturas de atum terem sido bastante elevadas no final do ano, 2010 foi um ano de dificuldades para os pescadores, por isso espera que 2011 seja um ano melhor, até porque, recentemente, investiu numa embarcação maior e melhor preparada. Mário Jorge silva foi também um dos contemplados com uma casa de aprestos. Apesar da pesca não ser a sua actividade principal, está familiarizado com esta arte desde os 14 anos. Agora, quer começar a dedicar-lhe mais atenção, obtendo assim um complemento à sua actividade profissional. Nesse sentido, entende que este espaço para guardar as suas artes de pesca perto da embarcação é “uma grande ajuda para quem está a começar”.

[aconteceu] “hOrTA, ÁGuAs dO FuTurO” rEsPONsÁvEl PElO sANEAMENTO bÁsICO dA hOrTA g Realizou-se esta terça-feira, no salão nobre dos Paços do concelho, a assinatura do contrato de concessão entre esta empresa e o Município da Horta e que agora segue para visto do Tribunal de contas. A obra, tão reclamada para a nossa cidade, foi adjudicada ao consórcio “Horta, águas do futuro”. O contrato celebrado inclui a concepção da estação de tratamento de águas residuais, a construção, exploração e gestão do sistema para a drenagem, tratamento e rejeição de águas residuais do Município da Horta, assim como a construção/ renovação de um sistema de distribuição de água para consumo público; a construção/ renovação das infraestruturas e demais elementos que integram o sistema de escoamento das águas pluviais afectados pelas obras e a construção/ renovação dos pavimentos afectados pelas obras. A “Horta, Águas do Futuro” resulta de um agrupamento constituído pelas empresas AFAvIAS – Engenharia e construções SA; AFAvIAS – Engenharia e construções Açores SA; SITEL - Sociedade Instaladora de Tubagens e Equipamentos SA; construtora do Tâmega SA; e AFAINvESTE – Imobiliária SA. "PrEsENTEs NO CONCElhO" NO sAlãO g A freguesia do Salão recebeu na passada semana o executivo municipal, que também deslocalizou os seus serviços para aquela freguesia, no âmbito do projecto “Presentes no concelho”. No arranque do projecto, a Junta de Freguesia do Salão recebeu o executivo da câmara Municipal, seguindo-se uma reunião de trabalho, para coordenar os trabalhos a realizar no terreno. Paralelamente, funcionou na sede da Junta de Freguesia do Salão uma componente do Gabinete de Atendimento ao Munícipe (GAM) existente no edifício dos Paços do concelho. CNh vAI CONTINuAr A rECEbEr APOIOs GOvErNAMENTAIs g O Governo dos Açores “está totalmente disponível para continuar a apoiar o clube Naval da Horta em algumas das actividades que são desenvolvidas ao longo do ano, nomeadamente na organização de algumas regatas e de outros eventos náuticos” garantiu esta semana no Faial o Director Regional do Turismo. Miguel cymbron, que falava após uma reunião com a direcção daquele clube, salientou o papel que o clube Naval da Horta tem desempenhado na realização deste tipo de eventos, considerando que os mesmos “são muito importantes, não só para a animação turística na ilha do Faial, mas também para a notoriedade dos Açores, já que algumas dessas iniciativas gozam de ampla divulgação no exterior”. O encontro entre o Director Regional do Turismo e a direcção do clube Naval da Horta destinou-se, precisamente, a analisar o plano de actividades do clube para o ano de 2011.

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[vai acontecer] FOrMAçãO CPCJ dA hOrTA g A comissão de Protecção de crianças e Jovens está a organizar um workshop sobre acolhimento familiar na cidade da Horta. Esta formação terá lugar no dia 2 de Fevereiro e será orientada por Paulo Delgado. Abordado será o tema relacionado com a reforma do acolhimento familiar de crianças: conteúdo, alcance e fins do novo regime jurídico. sEMINÁrIO sObrE PECuÁrIA bIOlóGICA g Numa iniciativa da câmara do comércio e Industria da Horta realiza-se no próximo dia 29 de Janeiro, um seminário sobre “O papel da pecuária biológica no desenvolvimento sustentável”. Este seminário tem como orador Lázaro Simbine e está marcado para as 20h30 no restaurante Barão Palace. 1º WOrkshOP dE dECOrAçãO dE bOlOs g vai decorrer no próximo mês de Março, na cidade da Horta, o primeiro workshop de decoração de bolos. Numa iniciativa da cartoon Store esta formação tem como objectivo promover o ensino sobre o que são pastas de açúcar, corantes alimentares, glacês reais e colas comestíveis. As inscrições podem ser feitas através do 292 293 212. CONsElhO dE IlhA ElEGE NOvO PrEsIdENTE g O conselho de ilha do Faial reúne na próxima segunda-feira, dia 31 de Janeiro. A reunião, marcada para as 14h30, no Salão Nobre da cMH, tem na ordem de trabalhos a eleição do novo presidente. Ao que tudo indica, Guilherme Pinto será o sucessor de Ângelo Duarte. Os restantes membros da mesa só serão conhecidos segunda-feira. WOrkshOP dE CONsTElAçÕEs FAMIlIArEs E OuTrAs g Está agendado para domingo, dia 30 de Janeiro, um workshop de constelações familiares e outras. A formação realizar-se-á no Hotel do canal e será orientado por Braz Teixeira. De acordo com a organização, as constelações Familiares/Outras podem-nos facilitar a compreensão e dar respostas para situações ou questões que nos incomodam tais como doenças, medos, problemas em relacionamentos e muitos outros. As constelações poderão definir-se como uma abordagem de raiz Psico-terapêutica com uma Dinâmica Energética proporcionando além do mais, acesso às memórias inconscientes, sendo por isso uma mais-valia dentro das terapias.


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Matadouro, escola básica, sintético, centro de processamento de resíduos, requalificação da frente mar da cidade da horta, electrificação de explorações agrícolas, melhoramento de caminhos agrícolas, requalificação da Igreja de são Francisco, bloco C do hospital da horta, Centro de Aditologia, foram algumas das obras anunciadas por Carlos César na tarde de segunda-feira, na cidade da horta, após uma reunião dos membros do executivo com a Câmara Municipal da horta.

Maria José silva g Carlos César anunciou que o Governo dos Açores vai adjudicar, talvez ainda neste mês, ou no início do próximo mês de Fevereiro, a obra de construção do Bloco C do Hospital da Horta. O Presidente do Governo deu a conhecer a decisão no decorrer da reunião do Conselho do Governo com o Presidente da Câmara Municipal, João Castro, naquele que foi o último de uma série de encontros com as nove câmaras das ilhas onde o executivo não realiza visitas estatutárias anuais por nelas estarem sedeadas secretarias regionais. Como precisou o governante, a referida obra – que integra serviços de fisioterapia, boa parte da consulta externa e o internamento obstétrico – será realizada no espaço ocupado pelo actual bloco, que será demolido, e terá um custo entre

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Carlos César anuncia investimentos para o faial DR

os 13 e os 14 milhões de euros. Também no sector da saúde, e para além da construção desse Bloco C, com início previsto para Julho, o Governo decidiu avançar imediatamente com a adjudicação, em Fevereiro, do Centro de Aditologia, uma instituição de apoio, de consulta e de intervenção na área das dependências, como a droga ou o álcool, estimando Carlos César que esse centro possa começar a funcionar ainda no último trimestre deste ano. Carlos César anunciou ainda que vai ser elaborado o projecto de construção de um novo matadouro, num terreno que a autarquia vai ceder ao Governo, na Zona industrial de santa Bárbara, atendendo a que o actual não corresponde já às exigências e não ser vantajosa a sua remodelação ou beneficiação. Outra importante decisão que foi comunicada à Câmara Municipal da Horta no decorrer desta reunião foi a de apresentar uma proposta – entretanto já aceite pelo instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (iPTM) – para sediação, na ilha do Faial, do sistema VTs costeiro do arquipélago dos Açores. Trata-se de um sistema que integra um conjunto de estações da rede de rádios navais da NATO, pelo que, como sublinhou Carlos César, “é uma instalação de especial visibilidade neste con-

texto internacional.” Na área da educação Carlos César adiantou aos jornalistas que foi antecipado o arranque da obra da primeira fase da Escola Básica integrada da Horta. De acordo com o Presidente do Governo regional este investimento está estimado em cerca de oito milhões de euros para o que vai ser lançado o respectivo concurso nas próximas semanas. A primeira fase contempla o edifício para os serviços administrativos e um bloco de salas de aula, ficando para a segunda fase a área desportiva e o actual bloco onde funciona o segundo ciclo. Outro concurso a lançar na ilha do Faial é o que visa adjudicar a construção do Centro de Processamento de resíduos, tendo Carlos César explicado que houve necessidade de acertar alguns

aspectos técnicos do projecto já existente, mas que ainda neste primeiro semestre, talvez já em Março, esse concurso possa ter lugar. De parceria com a Câmara Municipal, o Governo vai realizar o projecto com vista à requalificação da via marginal. Em meados do próximo ano estarão concluídos os projectos da segunda fase da reabilitação da baía da Horta, designadamente o núcleo de pescas, o parqueamento para embarcações e todo o processo de reordenamento da Praça Manuel de Arriaga, obras que terão o seu início na próxima legislatura. intervenções em alguns dos caminhos da rede de mais de 110 quilómetros de vias rurais e florestais da ilha, no abastecimento de água às freguesias da Feteira, Castelo Branco e Flamengos, e

na electrificação de diversas explorações agrícolas foram outras medidas que o Governo decidiu tomar no sector da agricultura. Na área do desporto, o Governo vai avançar, em parceria com a Câmara, com o arrelvamento sintético do campo do Atlético, ou do sporting, ou mesmo de ambos, após o necessário estudo sobre as necessidades. A criação de uma creche com capacidade para entre 50 e setenta crianças; o apoio à ocupação de desempregados; a conclusão do projecto museográfico para a Casa Manuel de Arriaga, e a construção de um parque de estacionamento junto às instalações do sporting, foram outras decisões desta reunião do Conselho do Governo, com o Presidente da Câmara da Horta, João Castro.

conhecer o mar DoS açoreS (1)

maratona exaustiva sobre o estado das Ciências do mar Mário Frayão g O título não peca por exagero: foi, de facto, uma autêntica maratona aquilo a que se dedicou, durante dois dias da semana passada, o escol da comunidade científica regional ligada aos assuntos do mar, na realização do Fórum Científico de Apoio à Decisão, em boa hora anunciado pelo Governo regional dos Açores e agora executado, com nota de excelência, pela nóvel Direcção regional dos Assuntos do Mar. Os trabalhos foram oficialmente abertos no auditório da Biblioteca Pública por José Contente, secretário regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, que salientou o interesse do Governo regional na investigação científica do mar em áreas estratégicas como a energia e a biotecnologia e à posterior constituição de “clusters” industriais, em ligação com o DOP e o futuro iBBA. Também ricardo serrão santos, prestigiado director do Departamento de Oceanografia e Pescas e pró-reitor da universidade dos Açores, teceu algumas considerações, à guisa de preâmbulo ao programa do Fórum: salientou a integração da iniciativa no ansiado regresso de Portugal ao mar, mas advertindo, ao mesmo tempo, numa espécie

de “aviso à navegação”, para a imperiosa necessidade de se apostar no alargamento e aprofundamento duma “investigação criativa”. logo depois, o programa arrancou, com a força e o ritmo de uma máquina bem oleada, e pelo palco do auditório da Biblioteca sucederam-se as comunicações, com os palestrantes obrigados a um apertado mas indispensável limite de dez minutos, o que exigiu um enorme esforço de síntese e rapidez de exposição. Porém, tudo foi suportado com desportivismo e aliviado com muitos momentos de saudável humor. O vasto programa dividiu-se por seis grandes temas, a saber: ordenamento e gestão do espaço marítimo; geologia e topografia marinha; diversidade e habitats; promoção e sensibilização e arqueologia subaquática; física e química do mar; e economia. O número de comunicações atingiu o total de 36, incluindo um trabalho sobre a estação de telemetria de santa Maria, “ferramenta de apoio à decisão”. Entre os temas houve momentos de discussão, sempre muito vivos e descontraídos. Para o programa contribuíram biólogos, e não só, colocados na sua grande maioria na ilha do Faial (iMAr-DOP),

mas também em são Miguel, com oito comunicações, e na ilha Terceira com quatro, o que emprestou ao Fórum um âmbito de cariz regional. Numa apreciação inevitavelmente redutora, em face do carácter especializado dos temas, resta ao repórter acidental e leigo em ciências do mar, socorrer-se de alguma residual capacidade da análise de outros aspectos, um pouco à maneira do visitante de galerias

de arte que não percebendo patavina de pintura, bota opinião sobre os detalhes das molduras. Assim sendo, sinto-me encorajado a afirmar que este Fórum foi, sem sombra de dúvida, um acontecimento notável em vários aspectos, para além do científico, por exemplo: o optimismo, a energia, a alegria e o humor contagiantes, mas também o espectáculo da disciplina e do rigor, assumidos como ferramenta indispensá-

vel do progresso e companhia inseparável do estudo profundo que leva ao sucesso. Com gente desta, com este inestimável capital humano, ao serviço das enormes potencialidades do mar dos Açores, torna-se um imperativo patriótico o apoio urgente e sem reservas da parte da região e da república, para que novos patamares possam ser alcançados.


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Cavaco Silva reeleito presidente da república DR

Maria José silva g Cavaco silva venceu este domingo as eleições presidenciais nos 19 concelhos dos Açores, repetindo o resultado obtido em 2006. Cavaco silva conseguiu 56,04 % dos votos, reforçando ligeiramente a votação de 2006, quando conseguiu 55,57%. A melhor votação de Cavaco silva na eleição foi na Calheta, s. Jorge, com 77% dos votos, e a pior no Corvo, com 44,83%. Manuel Alegre conquistou 25,13%, tendo o melhor resultado na Povoação, em s. Miguel, com 33,37%, e o pior na Calheta, com 14,12 %. Na terceira posição ficou Fernando Nobre, com 10,92 por cento dos votos. A declaração de vitória do reeleito Presidente da república começou por um ajuste de contas com os casos em que se viu envolvido durante a campanha: a compra e venda de acções da sociedade que controlava o BPN e o processo de aquisição da casa de férias. “Os portugueses souberam ver de que lado estava a verdade e repudiaram pelo seu voto essa forma de fazer política”, disse Cavaco silva. “A honra venceu a infâmia”. Quanto ao futuro, o Presidente prometeu ser “um referencial de confiança, estabilidade e solidariedade”. E sinalizou que não irá “abdicar de um único dos poderes presidenciais” ao serviço de duas grandes causas: “a redução do endividamento externo de Portugal”; e “o aumento de competiti-

vidade da nossa economia”. Já Manuel Alegre, que mesmo com o apoio do Ps e do Bloco de Esquerda ficou muito abaixo do seu milhão de votos de 2006, assumiu pessoalmente o mau resultado: “A derrota é minha, não é daqueles que me apoiaram”. Foram 221.627 os eleitores açorianos que podem votar para eleger o Presidente da república. Nas nove ilhas do arquipélago foram distribuídos 282 mil boletins de voto, dos quais 157 mil para as ilhas de s. Miguel e santa

Maria, 86 mil para a Terceira, Graciosa e s. Jorge e 39 mil para o Faial, Pico, Flores e Corvo. Funcionaram 265 assembleias de voto, instaladas em locais como estabelecimentos de ensino, casas do povo, juntas de freguesia e edifícios governamentais. A freguesia mais populosa é rabo de Peixe, no concelho da ribeira Grande, em s. Miguel, com 6.414 eleitores inscritos, e a menos populosa é Mosteiros, nas Flores, que tem apenas 40 eleito-

res. No Corvo, a mais pequena ilha do arquipélago, funcionou apenas uma assembleia de voto para os 351 eleitores inscritos. No Faial estavam inscritos 13.116 eleitores, sendo que só votaram 4901 pessoas, ou seja 37.37%. Cavaco conseguiu 58,14% de votos no Faial, seguiu-se-lhe Manuel Alegre com 23.86% e Fernando Nobre com 10,24%. José Coelho contabilizou 167 votos,

o que equivale a 3,69% da votação. seguiuy-se-lhe Francisco lopes, com 3.03% e em último ficou Defensor Moura, com 1,04%. Em branco votaram 321 pessoas, (6.55%) e nulos foram contabilizados 58 votos. A vitória mais expressiva de Cavaco silva registou-se na freguesia dos Cedros (78.24%). Já Manuel Alegre atingiu os 34,75% de votos na Praia do Almoxarife. A freguesia da Matriz foi a que mais votos deu a Fernando Nobre (14,03%), enquanto que os habitantes da Praia do Norte foram os que mais confiança depositaram em José Coelho. No que diz respeito a Francisco lopes conseguiu a sua votação mais alta em Pedro Miguel, curiosamente, a freguesia onde se juntou com os seus apoiantes. Defensor Moura que não teve qualquer voto em duas freguesias faialenses, conseguiu a pontuação máxima em Castelo Branco, com 1,81% dos votos. A freguesia de Pedro Miguel foi também a freguesia que maior percentagem de votos em branco contabilizou (11,46%). Quanto aos nulos, o valor máximo (3,44%) aconteceu na freguesia das Angústias, a freguesia que tem o maior número de eleitores inscritos (2387). A freguesia do salão é a que menos eleitores têm neste momento (163). A Praia do Norte foi a que mobilizou mais eleitorado (57%), sendo que no oposto da situação está a freguesia da Feteira, onde só foram votar 27,6% dos eleitores.

FREGUESIA DO cAPELO

FREGUESIA DE cASTELO BRANcO

FREGUESIA DOS cEDROS

FREGUESIA DA cONcEIçãO

FREGUESIA DA FETEIRA

FREGUESIA DOS FLAMENGOS

FREGUESIA DA MATRIz

FREGUESIA DE PEDRO MIGUEL

FREGUESIA DA PRAIA DO ALMOxARIFE

FREGUESIA DA PRAIA DO NORTE

FREGUESIA DA RIBEIRINHA

FREGUESIA DAS ANGúSTIAS

FREGUESIA DO SALãO

TOTAL FAIAL

TOTAL AçORES


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Vasco Cordeiro confirma que a portos dos açores Sa terá sede na horta Texto e Foto

susana Garcia g Vasco Cordeiro, secretário regional da Economia, efectuou ao início da tarde de sexta-feira, dia 21, uma visita à obra do novo Porto com o propósito de se inteirar sobre o grau de execução daquela que constitui a primeira fase de várias intervenções que o Governo regional tem projectadas na área da requalificação da frente marítima da cidade da Horta. Durante a visita à obra do porto da Horta, Vasco Cordeiro confirmou aos jornalistas a intenção do Executivo regional em fundir as actuais Admi-nistrações dos Portos numa única empresa para gerir os portos açorianos. “Confirmo que há um projecto de fusão das Administrações Portuárias, ou seja, desaparecerá a Portos dos Açores sGPs, desaparecerá a Administração dos Portos de são Miguel e santa Maria, da Terceira e Graciosa e a do Triângulo e Grupo Ocidental, que irão ser todas fundidas numa única empresa”. O secretário justifica esta medida com um melhor funcionamento e gestão do serviço declarando que, “por um lado, pretende-se uma maior eficiência no funcionamento desta entidade, e, em segundo lugar, uma maior racionalidade dos investimentos e uma maior coordenação e integração no conjunto das partes, pois não faz sentido que estejam em concorrência uns com os outros, como é o caso dos tarifários”. Para Cordeiro, os objectivos a atingir com esta reforma passam pela centralização dos serviços que actualmente estão dispersos pelas diversas administrações, e consequentemente conseguir uma maior eficiência e redução de custos. O secretário esclareceu que, em ter-

vAsCOr COrdEIrO O secretário da Economia confirmou aos jornalistas que a sede da Portos dos Açores será na cidade da horta

mos de administradores, dos 11 dispersos pelas várias administrações passarão a haver apenas três. Apesar desta redução nos administradores, Cordeiro garante que não haverá despedimentos em relação aos recursos humanos que se encontram no quadro das administrações: “tivemos alguns pressupostos; alguns cuidados à partida. O primeiro passa por manter a autonomia operacional de cada porto, em particular com os recursos humanos que estão no quadro das administrações portuárias, o que entendemos que é possível e que temos condições para fazê-lo, sem que ocorram despedimentos sem qualquer tipo de diminuição desses quadros”, disse. Para o secretário, esta reestruturação vai trazer ganhos e já estão reunidas todas as condições para que o processo decorra da melhor forma. Cordeiro revelou ainda que esta nova entidade, Portos dos Açores, sA, vai ter

a sua sede na cidade da Horta. As razões da escolha relacionam-se com a eficácia com que a Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental (APTO) tem feito a gestão dos vários portos sob a sua responsabilidade. “A APTO tem maior número de portos à sua conta e se efectivamente há esta tentativa de maior coordenação; esta capacidade de gerir mais portos, faz todo o sentido que fique sediada aqui na Horta”, justificou.

de estacionamento, Vasco Cordeiro, após conversar com os responsáveis pela execução do empreendimento, mostrou-se satisfeito com o andamento da obra, afirmando aos jornalistas, que “é motivo de satisfação o facto de se constatar que este investimento está a caminhar a bom ritmo para a sua conclusão, que se prevê no primeiro semestre de 2012”. Cordeiro assentiu que “este é um investimento vultuoso que ultrapassa os 33 milhões de euros e que vai dotar a ilha do Faial com uma infra-estrutura fundamental para alterar por completo a relação que a ilha tem com mar”, reforçando que o novo porto vem “dotar a cidade com valências que vão desde cais para cruzeiros a cais para serviços no transporte marítimo de passageiros inter-ilhas”. Para o secretário, esta nova estrutura portuária reveste-se de grande importância para o desenvolvimento da ilha do Faial. Na sua opinião, esta obra é “mais um investimento que se integra numa estratégia de reforço e aproveitamento das nossas potencialidades de forma a contribuir para o desenvolvimento da

nossa economia”. Nas declarações que prestou à Comunicação social, Cordeiro salientou que “existe uma intervenção nesta infraestrutura que permitirá que a cota de fundação quer do molhe quer da área que é utilizada pelos cruzeiros vá passar de menos seis metros para menos oito metros. isto facilita decerto a utilização por parte de navios de cruzeiro”. Esta medida trata-se assim de uma alteração ao projecto inicial, que previa uma cota de menos seis metros, que não permitiria a acostagem de cruzeiros de maior porte e que já tinha sido motivo de alguma contestação. Questionado sobre o início das outras obras de reestruturação da frente marítima, nomeadamente do cais actual, o secretário não quis avançar com datas, afirmando que primeiro há que terminar esta primeira fase. “Estamos satisfeitos com o facto de estar a correr a bom ritmo e portanto agora é esta obra a nossa prioridade. Vamos concluir esta fase, pô-la a funcionar em toda as suas valências e avançar então posteriormente para aquele que é um projecto integrado e articulado nesta área”, referiu.

sECrETÁrIO rEGIONAl dA ECONOMIA sATIsFEITO COM “bOM rITMO” dA ObrA dO POrTO dA hOrTA Nesta que constitui a sua segunda visita aquela infra-estrutura, que inclui a construção de um novo cais acostável para embarcações de passageiros com 300 metros de comprimento, assim como uma gare marítima e um parque

loja do triângulo vai alargar Governo promove ronda de reuniões oportunidades de mercado SUSANA GARcIA

g O secretário regional da Agricultura e Florestas destacou, esta quarta-feira, a relevância que o projecto da loja do Triângulo tem tido na

promoção e valorização das culturas da área da diversificação e da necessidade deste projecto crescer para outras ilhas e mesmo no mercado

interno da ilha do Faial. A revelação foi feita por Noé rodrigues no final de uma reunião com a Associação Agrícola da ilha do Faial onde foram debatidos vários assuntos relacionados com a actividade agrícola desta ilha. Neste sentido, este projecto vai sofrer um alargamento com a construção de um espaço para recepção, tratamento e embalamento dos produtos hortícolas e florícolas, sendo “um contributo para que o projecto faça uma abordagem mais aprofundada dos mercados e criando novas oportunidades para o sector agrícola do Faial”. Para este projecto foi já apresentada uma candidatura aos fundos comunitários, sendo que durante o ano de 2011 poderá haver mais desenvolvimentos sobre estas pretensões da Associação Agrícola da ilha do Faial.

com empresas de comunicação social

g O secretário regional da Presidência, André Bradford, promoveu durante a passada semana uma ronda de reuniões com as empresas do sector privado da comunicação social dos Açores com o objectivo de fazer um balanço intercalar da execução do Programa regional de Apoio à Comunicação social Privada, PrOMEDiA, da eficácia das linhas de apoio existentes, da utilização que às mesmas tem sido dada ou da necessidade de algum ajustamento que melhore a sua aplicação em função da evolução do Programa. Face às notícias que têm vindo a público, que dão conta da existência de

despedimentos de trabalhadores em empresas de comunicação social, o governante, responsável pela tutela da política de comunicação social do executivo açoriano, nos contactos que vai desenvolver, pretende também abordar a situação particular do sector, os seus desafios e dificuldades e o impacto da crise do mercado publicitário. Para apresentar nestas reuniões, o Governo dos Açores está a estudar um conjunto de medidas especiais, para serem concertadas com os representantes das empresas de comunicação social, com vista a responder às eventuais dificuldades que a crise está colocar ao sector.


Tribuna das Ilhas

cultura

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Teatro de Giz começa hoje a trabalhar em novo projecto g imundação, assim se chamará o novo espectáculo do Teatro de Giz, que regressa hoje ao trabalho. Com texto de Marta Freitas, desenvolvido especificamente para a companhia faialense, a peça será encenada por Ana Luena, directora artística do Teatro Bruto. O trabalho arranca hoje, com uma reunião com a encenadora, sendo que, durante a primeira semana, o Teatro de Giz convida todos os interessados a participarem. A estreia da peça está prevista para o final de Março. O último trabalho do Teatro de Giz, À Espera de Godot, estreou em Março de 2010, no âmbito do Festival de Teatro que o grupo organiza no Faial.

nova artista flamenguense assinala 130.º aniversário SUSANA GARcIA

Marla Pinheiro g A sociedade Filarmónica Nova Artista Flamenguense comemorou no passado dia 23 de Janeiro 130 anos de existência. A data foi assinalada com uma romagem ao cemitério e com uma missa no centro de culto dos Flamengos, seguindo-se uma sessão solene no Polivalente da freguesia e o Jantar de Aniversário. Na ocasião, o presidente da direcção da Flamenguense, Joaquim Hermínio silveira, congratulou-se pela passagem desta efeméride, salientando o trabalho de todos os que colaboram com a banda. O presidente lembrou que, para 2011, está agendada uma deslocação a Paços de Vilarinho, no continente português. Também Carlos rita, presidente da Junta de Freguesia dos Flamengos, fez questão de frisar o orgulho da freguesia em relação à sua filarmónica. referindo-se à Flamenguense como uma “escola de virtudes”, Carlos rita salientou que a filarmónica é “capaz de ombrear com as melhores da região”. Destacando o seu historial “riquíssimo”, o presidente reiterou a disponibilidade da Junta de Freguesia para colaborar com aquela instituição. A esse respeito, prometeu intervenções na sede da Nova Artista Flamenguense, no polivalente da freguesia, de modo a pôr fim a um problema de infiltrações. José leonardo silva, vice-presidente da Câmara Municipal da Horta, destacou o contributo da Flamenguense para a dignificação da ilha do Faial, lembrando que a autarquia irá assinar um protocolo com aquela instituição no sentido de apoiar a aquisição de alguns instrumentos, de fardamento e ainda seis passagens para a deslocação da banda ao continente. Em dia de eleições presidenciais, coube a Frederico Cardigos, director regional dos Assuntos do Mar, deixar as felicitações a Cavaco silva pela sua reeleição. Cardigos passeou por alguns momentos áureos da história da Flamenguense, como a passagem pela ilha Terceira, em 1901, onde a banda faialense abrilhantou a visita do rei D. Carlos e da rainha Dona Amélia, felicitando o trabalho actual da filarmónica no

que diz respeito à Escola de Música. A efeméride serviu também para prestar homenagem póstuma a um antigo elemento da Nova Artista Flamenguense, José Eduviges Amaral, com o descerramento de uma fotografia. Também o maestro da Nova Artista Flamenguense, Mário Abreu, agradeceu o trabalho não apenas dos seus músicos mas também dos familiares que os acompanham e apoiam. O maestro salientou ainda o trabalho dos monitores da Escola de Música da banda, considerando que a mesma tem “um papel muito importante” na qualidade artística da Flamenguense. Hoje, dia 28, a Nova Artista Flamenguense executará no Polivalente dos Flamengos, a partir das 20h00, o seu Concerto de Aniversário. Na ocasião, será apresentada uma mini-orquestra, projecto que a banda está neste momento a pôr de pé, recuperando desta forma algo que já existiu há alguns anos. AOs 130 ANOs, NOvA ArTIsTA FlAMENGuENsE EsTÁ bEM E rECOMENdA-sE Com 130 anos de existência, a sociedade Filarmónica Nova Artista Flamenguense é “uma velha senhora” cheia de força e genica. Actualmente conta com 54 elementos, de várias gerações, passando pelos mais velhos, que já dedicaram largos anos à banda, até aos mais jovens, que dividem os estudos com a aprendizagem nesta escola de música e de vida. Para tal, é preciso empenho, até porque, como explicou ao TriBuNA DAs ilHAs o presidente da Direcção da banda, Joaquim silveira, os ensaios são bastante exigentes: “temos dois ensaios semanais de toda a filarmónica, e durante o inverno fazemos ainda ensaios por naipes, o que faz com que, nessa altura, os músicos tenham três ensaios por semana”. Com cerca de 15 mil habitantes e oito filarmónicas, é notório que a filarmonia é parte da identidade faialense. Em certos casos, corre nas veias, como uma espécie de imperativo genético, daí que na Flamenguense seja comum encontrar representantes de várias gerações da

mesma família, ou até mesmo vários elementos de uma só família a tocar em simultâneo. Joaquim, por exemplo, está na banda há 34 anos, e a sua família está neste momento representada por quatro elementos na NAF. Por esta razão, pelo gosto pela música, pelo convívio salutar, ou por qualquer outro factor, a filarmónica passa a ser uma espécie de segunda família para os músicos. Talvez por isso, para muitos jovens que se afastam por alguns anos para ir estudar fora da ilha, o regresso ao Faial representa o regresso à Flamenguense. Joaquim frisa que a banda conta sempre com estes jovens, que partem precisamente na altura em que atingem o seu melhor momento a nível musical, mas que colaboram quando regressam à ilha nas férias. No entanto, este facto faz com que haja uma preocupação em preparar a banda para ter condições de substituir os jovens que partem para a universidade, de modo a não baixar o nível artístico, frisa o presidente: “todos os anos, o ideal é termos entre três a cinco novos músicos preparados, para substituir aqueles que, por diversas razões, não podem continuar a tocar”. Para tal, a Escola de Música da Flamenguense é uma grande mais-valia, como realça o responsável. Fazendo nela a sua formação base, alguns jovens decidem aprimorar o seu nível artístico no Conservatório regional da Horta, que, para Joaquim, tem também um papel importante para a melhoria da qualidade das filarmónicas da ilha. representar o Faial e os Açores além fronteiras não é novidade para a Nova Artista Flameguense, que por diversas vezes foi embaixadora da ilha Azul no exterior. Três visitas aos Estados unidos, uma ao Canadá e quatro ao continente português, para além de diversas deslocações às outras ilhas da região, fazem parte do percurso de 130 anos desta banda. Joaquim frisa que, para além do orgulho de representar a ilha no exterior, estas viagens são um salutar incentivo para os filarmónicos, recompensando-os pelo trabalho desenvolvido. Para 2011, está agendada uma desloca-

JOAquIM hErMÍNIO sIlvEIrA O presidente da Nova Artista Flamenguense esteve à conversa com o Tribuna das Ilhas

ção a Paços de Vilarinho, no continente, para concluir um intercâmbio iniciado no ano passado. Estes intercâmbios são bastante dispendiosos, muito por força da realidade insular e do preço das passagens aéreas, e são também bastante trabalhosos, uma vez que, como explica o presidente da Flamenguense, os próprios elementos da banda são quem se organiza para confeccionar as refeições dos visitantes, e recebêlos com a melhor hospitalidade possível. Para além disso, a filarmónica trabalha para angariar fundos para as suas deslocações, que são complementados com os apoios das instituições governamentais. Numa altura em que por todo o lado se fala em apertar o cinto, perguntámos a Joaquim se não teme que, face à necessidade de poupar, os apoios à cultura sejam os primeiros a cair. Optimista em relação a esta questão, o responsável frisa que a banda sempre se tem sentido apoiada, no entanto reconhece que, neste momento, a candidatura aos apoios é mais difícil do que há alguns anos, e as certezas em relação aos valores recebidos são mais difusas. O que não falta à Flamenguense são oportunidades de se mostrar ao público.

Com uma média que varia entre as 40 e 50 tocatas anuais, Joaquim reconhece que, por vezes, é impossível dar resposta afirmativa a todas as tocatas para a qual é solicitada, principalmente pela altura do Espírito santo. Para continuar a ter esta solicitação, a banda procura que o público goste do seu trabalho. Como explica o presidente, todos os anos o reportório é bastante alterado, cada vez mais privilegiando a música ligeira, que agrada mais ao público. “Este ano teremos peças dos Abba, dos Quinta do Bill, de José Cid…”, exemplifica. A saúde da Flamenguense não se vê apenas pela falta de músicos. Joaquim frisa que a banda está também bem servida no que a instalações diz respeito. Com sede no Polivalente dos Flamengos, o presidente entende que a banda tem “todas as condições necessárias” ao seu trabalho, incluindo uma sala de convívio, onde os músicos gostam de confraternizar nos intervalos dos ensaios, ou por onde se demoram um pouco mais no final. Para o futuro, Joaquim garante que a Flamenguense vai continuar a trabalhar para manter o nível de qualidade a que tem habituado o público. DR

cinema no teatro FaialenSe

harry potter e os talismãs da morte - parte i (hortaludus; dias 29 e 30, 21h30; >12) g O último livro da saga Harry Potter, que durante anos apaixonou miúdos e graúdos, foi dividido em duas partes para a sua adaptação cinematográfica. A primeira parte de Harry Potter e os Talismãs da Morte foi realizada por David Yates, que já tinha sido responsável pelos dois últimos filmes da saga, e que, de resto, é também o

realizador da segunda parte, que deverá estrear no próximo Verão. Neste filme, o 17.º aniversário de Harry Potter, interpretado pelo actor Daniel radcliffe, aproxima-se e com ele o fim da protecção que a casa dos seus tios muggles lhe confere. Com Voldemort (ralph Phiennes) cada vez mais poderoso, Harry compreenderá que a missão deixada por Dumbledore - descobrir e destruir os

Horcruxes, objectos que escondem fragmentos da alma do senhor das Trevas, antes do golpe final - terá de ser cumprida só por ele. O filme segue Harry e os amigos ron (rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) durante a sua fuga aos Devoradores da Morte. Pelo meio, desvendam-se mistérios que perduram desde o início da série e prepara-se a última batalha.

rAdClIFFE, GrINT E WATsON Os três actores são os protagonistas da saga desde o seu início


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rePortaGem

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Tribuna das Ilhas

SeSSão Plenária De Janeiro

pS, Be, pCp e ppm querem alargar remuneração compensatória aos trabalhadores das autarquias açorianas Marla Pinheiro g O Ps, o BE, o PCP e o PPM apresentaram na Assembleia regional um projecto conjunto de Decreto legislativo regional que visa o alargamento da remuneração compensatória aos trabalhadores das autarquias açorianas. A proposta foi dada a conhecer aos jornalistas na passada terça-feira, antes do início da sessão plenária de Janeiro, que decorre na Horta. A remuneração compensatória

foi criada pelo Executivo regional para compensar os trabalhadores da administração pública açoriana pelos cortes remuneratórios aplicados pela lei do Orçamento de Estado para 2011. A medida abrange os trabalhadores cujas remunerações totais ilíquidas mensais se situem entre os 1500 e os 2000 euros, sendo a remuneração compensatória igual ao valor da redução imposta por lisboa. Com esta iniciativa parlamentar, as forças políticas proponentes querem criar condições para que a medida se alargue aos tra-

MARIA JOSé SILvA

balhadores da administração local. Para justificar a iniciativa, Ps, BE PCP e PPM evocam “razões de igualdade e de justiça”. No entanto, como explicou o deputado do PCP Aníbal Pires, a Assembleia regional não pode legislar no sentido de obrigar as autarquias a conceder a remuneração compensatória: “trata-se de fornecer um quadro legal para que as autarquias o possam fazer”, referiu. Assim, ficará ao critério de cada autarquia a aplicação ou não desta medida.

Cláudia Cardoso substitui aprovada iniciativa parlamentar lina mendes na pasta da educação do CDS-pp para uniformização g A deputada regional Cláudia Cardoso foi indigitada pelo presidente do Governo dos Açores para o cargo de secretária regional da Educação e Formação, substituindo lina Mendes, que terá pedido ela própria para cessar as funções até agora desempenhadas. Esta alteração no Executivo açoriano foi anunciada na noite da passada quartafeira. Com um papel bastante activo na bancada socialista em questões relacionadas com a Educação, a terceirense Cláudia Cardoso terá assim a sua segunda experiência governativa, já que foi secretária regional da Presidência entre 2002 e 2004. Com de 37 anos de idade, Cláudia Cardoso é licenciada em Português/inglês pela universidade dos Açores. Ocupava as funções de deputada pelo Ps à Assembleia legislativa da região Autónoma dos Açores desde Novembro de 2000, tendo presidido e integrado várias comissões permanentes daquele órgão. De acordo com informação avançada pelo Gabinete de Apoio à Comunicação social, a nova

g O primeiro dia dos trabalhos parlamentares ficou marcado por um debate em torno do Mar dos Açores, despoletado por uma interpelação ao Governo por parte do deputado do PPM, Paulo Estevão, sobre a conceptualização e a operacionalização de uma estratégia açoriana para a protecção e exploração do mar da região. O monárquico chamou a atenção para a importância de salvaguardar os interesses açorianos no alargamento da plataforma continental: “os órgãos de governo próprio dos Açores terão de passar a ter um papel decisivo e incontornável em qualquer acordo que o Estado português venha a assumir no âmbito da exploração da nossa Zona Económica Exclusiva e da respectiva plataforma continental adjacente”, frisou. Também a preservação dos ecossistemas marinhos foi um dos temas abordados pelo deputado, que se manifestou preocupado com a possível “ruptura de alguns ecossistemas marinhos”. Estevão pediu menos palavras e mais acção no que às medidas de conservação diz respeito. Em resposta, o secretário regional do Ambiente e do Mar lembrou ao deputado que “as questões do Mar são caras ao Governo regional”. Álamo Meneses frisou que essa é uma das áreas mais desenvolvidas do programa do Governo, salien-

secretária regional deverá tomar posse ainda durante esta semana. No entanto, até à hora de fecho da nossa edição, tal não tinha ainda acontecido. DR

das bolsas de estudo na região

g Na terça-feira a Assembleia regional aprovou por unanimidade um projecto de resolução dos populares que visava a uniformização dos critérios para atribuição de Bolsas de Estudo na região. O debate desta iniciativa parlamentar reacendeu a polémica da bolsa atribuída ao filho da secretária regional do Trabalho e da solidariedade social, Ana Paula Marques, evocada pelo PsD e que motivou uma acesa troca de fogo entre bancadas. Entre outras coisas, os populares defendem que os alunos que recebem bolsas de estudo para a frequência de cursos não disponíveis na região devem ser penalizados se não exercerem depois a sua actividade nos Açores. segundo o deputado do CDs-PP Paulo rosa, a proposta do seu grupo parlamentar visa conferir mais transparência à atribuição de bolsas, e mais uniformização nos critérios de selecção. Também o BE apresentou uma iniciativa parla-

mentar sobre esta temática, no sentido do Executivo regulamentar a atribuição de bolsas de estudo para estudantes açorianos a frequentar o ensino superior fora da região, mas a proposta foi chumbada pela maioria socialista. Para os bloquistas, o grupo parlamentar do Ps “pactuou com a falta de vontade política do Governo regional” em atribuir uma bolsa de estudo para os estudantes açorianos no Ensino superior que foi criada já há dois anos, mas nunca aplicada por falta de regulamentação”. Entretanto, o Ps fez entrar uma proposta sobre este mesmo assunto, sendo que a questão das bolsas de estudo deve voltar a ser analisada na próxima sessão plenária. Ainda sobre esta temática, foi conhecida esta semana a decisão do filho da secretária regional do Trabalho de devolver o dinheiro da bolsa de estudo que recebeu, enquanto estudante do curso de piloto de aviação civil.

oposição pede mais atenção para o mar dos açores tando a legislação que tem sido recentemente produzida sobre o assunto. reconhecendo que até agora o poder da região nesse âmbito era ainda “ténue”, o governante lembrou no entanto que a situação se está a alterar. De acordo com Álamo Meneses, em consequência da deliberação tomada em Bergen (Noruega), em setembro do ano passado, pelos Ministros das Partes Contratantes da Convenção Oslo-Paris, que decidiram criar seis Áreas Marinhas de Alto Mar no Atlântico Nordeste, a partir de Abril próximo uma parte “considerável” do Atlântico Norte ficará sob a gestão açoriana. Esta deliberação cria seis áreas marinhas protegidas, situadas em águas internacionais, três das quais foram colocadas sob a gestão da região. Para Álamo Meneses, também a última revisão constitucional permitiu reforçar o poder de intervenção dos órgãos de governo próprio da região sobre o Mar dos Açores: “antes tínhamos uma intervenção ténue no mar”, sendo que agora, “embora mantendo ainda uma situação de gestão partilhada” a região “pode e deve intervir” do ponto de vista legislativo e administrati-

vo nas questões que dizem respeito ao mar. Áreas como o licenciamento da arqueologia subaquática ou da lei quadro da pesca açoriana são exemplos de matérias em que o Governo regional já legislou. Álamo Meneses lembrou que está em discussão pública a criação do Parque Marinho do Açores, “que vem coroar todo o processo de criação de áreas marinhas protegidas”. O governante frisou ainda o trabalho de Departamento de Oceanografia e Pescas da universidade dos Açores na área da investigação marítima, reconhecido a nível internacional. Cenário diferente em relação ao mar dos Açores pintou a oposição: Aníbal Pires, do PCP, referiu-se à fiscalização no Mar dos Açores como “uma anedota”, e reivindicou a necessidade de canalizar as ajudas públicas para melhorar as condições laborais dos pescadores, de modo a evitar o desmantelamento do sector. Também o PsD entende que o Estado português não fiscaliza devidamente a Zona Económica Exclusiva açoriana. Também o fim do negócio com os Estaleiros de Peniche, que abandonaram o projecto de reabilitação dos estaleiros da

Madalena, esteve na ordem do dia, com o deputado comunista a lamentar o que considera ser “mais uma oportunidade perdida” para a região. Em relação a esta questão, o PsD apresentou um requerimento à Assembleia a exigir explicações do Governo sobre este imbróglio, que o deputado Duarte Freitas classificou de “fiasco”. “Na altura, o Governo regional referiu-se à operação como um negócio de grande potencial ao nível da construção naval, mas também como uma aposta no desenvolvimento da ilha do Pico e na recuperação daquela actividade de grande tradição no grupo central”, lembram os social-democratas, contrapondo que “o que se constatou foi o insucesso do negócio e a queda de todas as expectativas e anúncios então difundidos”. O PsD pretende então saber quais são os “factores externos” evocados por Vasco Cordeiro que conduziram ao falhanço do negócio. Aníbal Pires aproveitou o debate para manifestar a sua discordância em relação à centralização das Administrações Portuárias numa única entidade gestora, cuja sede será na Horta, como confirmou no final da passada semana Vasco

Cordeiro. Do lado dos social-democratas, Jorge Macedo interveio para frisar que a região precisa de tirar melhor proveito económico das suas potencialidades no que às fontes hidrotermais diz respeito. “Os recentes avanços tecnológicos e científicos nesta área permitem que a identificação bacteriológica nas fontes hidrotermais potencie o seu aproveitamento empresarial nos campos da medicina, energia e indústria cosmética”, lembrou, entendendo que as missões internacionais que visitam os Açores em investigações nesta área “levam daqui o que lhes interessa”, deixando aquilo que tem menos valor. “Os Açores e a sua capacidade de investigação têm que ultrapassar o estatuto de observadores que lhes é atribuído nas missões científicas internacionais, garantido assim um estatuto de protagonistas”, disse. Para Artur lima, “não existe pensamento estratégico para o Mar dos Açores”. O parlamentar do CDs-PP entende que este recurso não é encarado como um meio de investimento, sendo ao invés utilizado de forma “passiva”, como simples fonte de recolecção.


oPinião

Tribuna das Ilhas

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no rescaldo da eleição presidencial 1

Jorge Costa Pereira

Cavaco silva obteve uma vitória clara e indiscutível na eleição presidencial realizada no passado domingo, tendo vencido de forma convincente em todos os distritos de Portugal Continental e nas regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Da jornada eleitoral Manuel Alegre saiu como o principal derrotado, longe dos números e da mobilização que havia conseguido há cinco anos.

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Os resultados verificados nos Açores representam uma clara derrota pessoal e política de Carlos César, que se empenhou de forma notória no apoio a Manuel Alegre. E não é o apoio em si que está em causa, que é obviamente um direito que assiste a Carlos César enquanto cidadão. O que está em causa é que ele envolveu os Açores na sua luta pessoal e partidária contra Cavaco, usando a região numa estratégia que só enfraqueceu e fragilizou a imagem dos Açores no conjunto do País. Carlos César perdeu em todas as frentes: Cavaco silva venceu as eleições nos Açores com margem superior à que conseguiu no restante País e Manuel Alegre teve menos votos nos Açores do que

Mário soares, como candidato do Ps, havia conseguido há cinco anos. Ficam também no rol dos derrotados aqueles cidadãos, inclusive desta ilha, que manifestaram publicamente o seu apoio a Manuel Alegre e que não hesitaram em usar de forma censurável, como apêndice ao seu nome, as instituições públicas, privadas ou de solidariedade social onde exercem cargos. Na luta eleitoral e partidária não vale tudo. E por uma questão ética, de rigor e de imparcialidade, não é aceitável tal comportamento. usar em lutas eleitorais e partidárias os cargos que se ocupam na igreja, na universidade ou nas associações humanitárias, cooperativas ou outras, não é um bom serviço que se presta a tais instituições, qualquer que seja o partido que a isso recorra!

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O fenómeno da abstenção nestas eleições voltou a atingir números preocupantes. A nível nacional, ela atingiu 53,3%, enquanto nos Açores se cifrou na arrepiante percentagem de 68,75%. isto é, em cada dez eleitores açorianos, sete não foram votar, o que nos fez líderes nacionais da abstenção! sabemos que, no caso dos Açores, há uma razão que se prende com o elevado número de jovens que, embora recenseados na sua ilha de residência, se encontram fora dela, nomeadamente para estudar. E, embora não estejam impedidos de votar, a verdade é que, para o poderem fazer, os estudantes enfrentam uma desin-

centivadora barreira burocrática. Ora, estando nós numa fase do relacionamento do cidadão com a Administração em que a internet é cada vez mais usada e em que é mesmo um recurso para, por exemplo, realizar pagamentos, movimentar contas bancárias, não é compreensível, neste contexto, que não se encontrem formas mais expeditas, actuais e naturalmente seguras que facilitem e estimulem a participação cívica que se corporiza no acto de votar. Por outro lado, a abstenção apresentase também como um sinal do desencanto, do desinteresse e do afastamento dos cidadãos em relação à Política e, nesta dimensão, este é um fenómeno que exige atenção e cuidado estudo.

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Com efeito, os partidos políticos, como estruturas vocacionadas para a conquista do poder, estão a deixar-se anquilosar em práticas e discurso que cada vez mais tendem a afastar de si as pessoas e os eleitores. Fernando Nobre e José Manuel Coelho foram candidatos sem estrutura partidária por trás de si e, juntos, conseguiram nestas eleições o voto de quase 20% do eleitorado. ressalvando as diferenças e especificidades dos nomes em causa, a verdade é que quase ¼ dos portugueses que foram às urnas apoiaram estes cidadãos que surgiram à margem das estruturas partidárias e se assumiram como expressando as virtudes da participação cidadã descomprome-

tida. O cidadão comum tende a ver as estruturas partidárias funcionarem fechadas sobre si mesmas, privilegiando o clientelismo, afastando os mais competentes, promovendo os “boys” do aparelho, falando em circuito interno, pondo acima dos interesses das pessoas os interesses do partido e constatando que os políticos eleitos pelas populações não são avaliados pelo que fazem e pela forma como defendem os seus eleitores, mas sim pela fidelidade ao partido. Enquanto nos partidos não se derem efectivos passos no sentido de contribuírem para alterar esta nem sempre totalmente justa imagem, só se estará a dar razão aos muitos concidadãos que, desapontados com a Política e com os políticos, se refugiam numa tanto inaceitável como compreensível abstenção. E é a democracia que fica a perder!

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A maior participação eleitoral que se verifica nas eleições autárquicas (e consequente e significativa diminuição da abstenção) é bem a prova da necessidade de que nas outras eleições é urgente fazer aproximar os seus protagonistas do eleitorado e de a ele prestarem também directamente contas, acabando-se com a quase exclusividade da avaliação partidária.

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Os resultados destas eleições provaram ainda que as fortunas que muitos partidos autenticamente queimam em

campanhas eleitorais cheias de meios, com milhentos cartazes, panfletos, prendas, concertos com artistas principescamente pagos, afinal não fazem assim tanta falta. O exemplo desta campanha vitoriosa de Cavaco silva, que prescindiu de grande parte desses meios propagandísticos, é uma lição e, espero eu, um bom exemplo para outras e próximas campanhas a realizar. Mesmo que não se esteja em crise, mesmo que não se esteja a cortar os vencimentos a que por direito os cidadãos deveriam receber do Estado, reduzir nos excessos dos gastos dos partidos em campanhas eleitorais será sempre uma medida justa e necessária.

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Finalmente, o mais negativo desta eleição: na luta política como na vida, os fins não justificam os meios. Em Portugal, com a conivência de muita comunicação social, a luta político-partidária faz-se, como esta campanha bem demonstrou, em bastidores esconsos onde, mais do que o legítimo e legal escrutínio da vida dos responsáveis políticos, se insinuam e se criam ligações e interesses que mais não são do que verdadeiros assassinatos de carácter e de personalidade. sobre esta forma baixa de fazer política, também nestas eleições o povo português, mais uma vez, respondeu à altura 24.01.2011

Vender a alma ao diabo! Conselho de ilha do faial eDital ÂnGelo manuel Da CoSta Duarte, preSiDente Do ConSelho De ilha Do faial: faz SaBer, nos termos do disposto no art.º 16.º do Decreto legislativo regional n.º 21/99/A, de 10 de Julho, que o Conselho reunirá em sessão ordinária pública, no próximo dia 31 de Janeiro, pelas 14H30 no salão Nobre da Câmara Municipal da Horta, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 - Eleição da Mesa do Conselho de ilha para 2011; 2 - Pedido de parecer - Órgãos representativos das ilhas; 3 - Assuntos de interesse para a ilha do Faial. Paços do Conselho da Horta, 23 de Janeiro de 2011 O Presidente do Conselho de Ilha, Ângelo manuel da Costa Duarte

Alemanha “oferece” ajuda EM TrOCA dos nossos melhores cérebros, que, ao fugirem de Portugal, empobrecem-nos mais e mais..., debilitando ainda mais o nosso país, e impedindo a recuperação da crise. Paulo Oliveira O Fundo Monetário internacional uando gastam mais do que espreita, afiando as garras, à espera têm, ou recebem. do momento certo! Quando gerem mal o patriA incompetência não favorece mónio, que afinal é não é só deles. decisões acertadas. Quando esbanjam dinheiro, sem O tempo urge, e não há margem de estratégia de retorno, sem sustentabi- erro, para mais manobras de diversão. lidade das finanças. A dívida sobe, sobe... balão sobe! Quando repartem pelos amigos Os juros crescem, crescem... aquilo que é de todos nós. O Governo, o Primeiro Ministro e Quando deixam de ter crédito na o Ministro das Finanças parecem praça, porque perderam a confiança hamsters numa gaiola, rodam..., dos mercados. rodam..., ma não encontram a porta Quando esquecem a verdade, e a de saída para a crise, que é, essencialmentira começa a fazer parte do seu mente, portuguesa. quotidiano. A crise não adveio do colapso dos Quando perdem a honra, a vergo- mercados, nem da “bolha” dos bannha e a decência da palavra dada. cos. Então, pouco ou nada lhes resta, as A crise portuguesa nasceu com este saídas escasseiam, o juízo tolda-se- governo, só que, infelizmente, não lhes, e... vale tudo. vai morrer com este Governo... se Vale tudo! Vendem a mãe, o pai, a assim fosse, já o tinham morto! mulher, os filhos... e até se vendem a Esta crise portuguesa subsistirá si próprios. muito para além deste Governo, porVender a alma ao diabo, é a expres- que é profunda, porque nenhum são popular que melhor define este como este Governo foi tão além do estado de espírito, o estado a que as que era correcto e sustentável. coisas parecem ter chegado em Este Governo ignorou os sinais de Portugal. aviso, vindos do país, do exterior, e Esgotaram-se os créditos nos ban- até dos seus próprios pares do partido, cos portugueses e internacionais. pessoas notáveis e que ainda mantém O Banco Europeu aconselha a vivo o espírito de Abril. pedirem ajuda internacional, e a Este Governo exagerou na dose, e,

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mais grave, continua a exagerar, querendo ainda fazer crer que a crise é internacional, e esperando que, mais uma vez, a culpa morra solteira. Este Governo, para se salvar a si próprio, não tem pejo em recorrer às soluções mais desumanas, vis e ignóbeis que alguma vez Portugal já viveu. Afonso Henriques, Camões, Vasco da Gama..., e todo o nosso glorioso passado, dão voltas e mais voltas nos túmulos, tal é a desfaçatez e a cobardia de quem assim age, em claro prejuízo do País e das gerações vindouras. Esgotadas que estavam as “armas” legais e transparentes para fazer face à crise, e perante a ameaça deles próprios caírem, eis que “vendem a alma ao diabo”, abrindo mão da nossa independência, da nossa honra e da nossa dignidade, enquanto seres humanos, respeitadores dos Direitos do Homem, da sustentabilidade do Planeta e da... liberdade! Quem negoceia a dívida pública com países que não respeitam a Democracia, os Direitos do Homem ou o Protocolo de Quioto, vendem a alma ao diabo. Vender Portugal a Angola, à Venezuela ou à China, é optar pelo caminho fácil das “más companhias”, enveredar por caminhos sem volta, do ouro branco, da escravatura humana ou da máfia. Hugo Chávez eterniza-se no poder, num pais onde os opositores viram

desaparecidos... isabel santos - a filha do Presidente Angolano – é a “testa de ferro” da riqueza ilegítima da família, que vai pelo mundo fora comprando bancos, gasolineiras, telecomunicações, casinos, ou... países! A China compra mil e cem milhões de euros da dívida portuguesa... A TrOCO da parceria em empresas e bancos portugueses, e, como qualquer sócio que compra acções de uma “empresa”, quer mandar e dirigir os destinos dessa empresa: Portugal. Esta é a dura e crua realidade da política de um Governo que, em vez de reconhecer a sua incompetência e inabilidade para dar a “volta ao texto”, abdicando dos destinos de um país enquanto ainda havia tempo de sairmos desta trapalhada, pelos nossos próprios meios, optou pelo caminho menos penoso para os seus boys and girls, retalhando e arrematando o país a quem desse mais, não hesitando em vender a nossa alma ao diabo. Após 868 anos de independência (1143-2011), Portugal está à venda, para quem o quiser e puder comprar, por “tuta a meia”. Quem oferece mais? É pegar ou largar! Aproveitem os saldos, pois já chegámos aos preços dos “Últimos Dias”. Quem vier atrás, que feche a porta... se ainda houver porta, para calafetar tamanho rombo! Contributos, para po.acp@mail.telepac.pt


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lOCAl

Tribuna das Ilhas

escola Secundária manuel de arriaga em estrasburgo DR

g No âmbito do Concurso "Euroscola" dinamizado pela Direcção regional da Juventude em parceria com o instituto Português da Juventude e que se realiza paralelamente ao Projecto "Parlamento dos Jovens- secundário", vai a Escola secundária Manuel de Arriaga participar na sessão Europeia do Euroscola, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no próximo dia 27 de Janeiro. Esta participação surge, de acordo com uma nota de imprensa enviada à nossa redacção, devido a esta escola ter vencido a sessão regional do concurso e ter obtido o 6º lugar a nível nacional, com o trabalho apresentado pelos alunos Graça silva e rui Duarte sobre a visão europeia do tema: A pobreza e a exclusão social. A EsMA será representada por um grupo de 24 alunos do secundário e 3 docentes que têm estado envolvidos nestes projectos e noutros de participação cívica e

política. A sessão plenária do dia 27, conta com cerca de 500 jovens de toda a Europa que debaterão vários temas como o "Papel dos valores da Europa no mundo", "2011 - Ano Europeu do Voluntariado",

"Ambiente e energia renováveis", "liberdade de informação e cultura da cidadania", "Democracia e cidadania" e "Futuro da Europa". será, no entender dos docentes, um momento de enriquecimento pessoal no âmbito da cidadania europeia.

A Hortaludus EEM informa todos os interessados que estão abertas inscrições para a actividade de Equitação de Bebés, com idades compreendidas entre os 1 e 3 anos, iniciando-se a 08 de Fevereiro de 2011 no Centro Hípico do Capelo, decorrendo todos os sábados de cada mês e administradas preferencialmente pela instrutora de Equitação Birgit Brandstatter. Horta, 21 de Janeiro de 2011 O Presidente do Conselho de Administração João luís da rosa morais


Tribuna das Ilhas

DeSPorto

2.ª prova de miniveleiros

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anDebol DR

g realizou-se no passado fim-de-semana a segunda prova de mini-veleiros, organizada pela secção do Clube Naval da Horta. O vento estava forte e variável, provocando mesmo danos em alguns barcos e levando a que se registassem algumas desistências. Nuno Fialho, que dominou a primeira prova, teve problemas eléctricos no seu barco, logo à primeira regata, que fizeram com que tivesse que abandonar a competição. Dos sete atletas inscritos somente cinco chegaram ao fim. A prova foi vencida por João sequeira. Em segundo lugar ficou João Nunes que também teve algumas dificuldades na primeira regata. Em terceiro ficou rui Duarte. Após esta segunda prova o troféu cheNa quarta posição com somente 3 rega- gou ao fim, sendo que João Nunes foi o tas classificáveis, ficou Neri Goulart. Em grande vencedor. quinto ficou António Pereira, que também rui Duarte ficou em segundo da geral e só pontuou em 3 regatas. Nuno Fialho em terceiro. No quarto lugar

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SCh vence 2.ª fase do regional de Juniores g O sCH venceu a 2ª Fase do Campeonato regional de Juvenis Masculinos, disputada no Pavilhão Desportivo da Horta. Foi com clara superioridade que o sCH ultrapassou os seus adversários, e inicia agora a preparação para a 3ª Fase que se disputará com o

sCH, GD Marienses e um terceiro a apurar. A 3ª Fase do Campeonato re-gional de Juvenis Masculinos será disputada num sistema de casa/fora entre o sCH, o GD Marienses e outro adversário a apurar, entre o CP Arrifes e o GD Biscoitos.

Futebol JunioreS a ficou João sequeira e em quinto António Pereira. No sexto lugar da tabela classificou-se Eduardo Pereira, seguido de Neri Goulart e Hedi Costa.

Futebol JunioreS b

Salão no regional de Juniores DR

fayal Sport optimista para recepção ao fCporto DR

g É já este domingo, dia 30 de Janeiro que os juniores do Fayal sport Club recebem o Futebol Clube do Porto, naquela que é a primeira jornada do campeonato nacional de juniores B. Ao Fayal e ao Porto juntam-se na Zona 2 o Vitória de Guimarães e o Vizela, clubes que os pupilos de sandro silva defrontarão a seguir. Os jogos no continente, com o Vitória, com o Vizela e com o Porto, estão agendados para os dias 6, 13 e 20 de Fevereiro, respectivamente. A 6 de Março os Verdes recebem o Guimarães na Alagoa, e na semana seguinte o Vizela.

Futebol – camPeonato Da aFh

fayal vence flamengos na alagoa e dilata liderança g No passado fim-de-semana os jogadores do Fayal sport venceram na Alagoa o Flamengos por 1-0, dilatando assim a vantagem que os separa dos

jogadores do Vale, que ocupam o segunNa tarde deste domingo, o Cedrense do lugar da tabela. No outro jogo da jor- recebe o lajense, ao passo que o Feteira nada, o Feteira venceu nas Canadinhas o recebe o Flamengos. O Fayal, líder da lajense por 2-1. tabela, folga.

Campeonato de futsal da afh arranca este fim-de-semana g Arranca este sábado o seniores masculinos. No primeiro ção que se sagrou vencedora do Campeonato de Futsal da jogo da competição, o Flamengos Torneio ilha do Faial, concluído no Associação de Futebol da Horta, recebe o Fayal sport Club, forma- passado fim-de-semana.

g Os Juniores do Grupo Desportivo do salão estão a disputar o regional de Juniores A. A jornada inaugural decorreu no sábado dia 22 de Janeiro, e não correu da melhor forma aos jovens da restinga, que em são Miguel perderam com o santa Clara. O salão partiu para este confronto com a desvantagem de não ter disputa-

do jogos oficiais desde o dia 4 de Dezembro. Pelo meio realizaram-se dois regionais de selecções, paragens de Natal e Ano Novo e ainda uma folga de última jornada do Campeonato da Horta, ou seja, cinco semanas sem competição. O salão recebe no próximo dia 5 de Fevereiro o Praiense e, no dia 12 de Fevereiro, recebe o santa Clara.

KinG

José leitão ganha terceira prova do campeonato g José leitão foi o vencedor da terceira prova do campeonato de King de 2011, prova esta que se realizou no dia 24 de Janeiro, no Grémio literário Artista Faialense. Em segundo ficou Paulo Taveira e logo a seguir ficou António sousa. A quarta jornada deste campeonato vai realizar-se a 7 de Fevereiro. Em termos de classificação geral, Carlos Vilela lidera o campeonato, seguido de António sousa e Mário Dutra.


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oPinião

Tribuna das Ilhas

retalhoS Da noSSa hiStória – Xciv

no Centenário da república portuguesa (24) Fernando Faria

29. GOvErNAdOr CArlOs PINhEIrO

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omeado pelo Ministério de António Maria da silva, o farmacêutico e republicano histórico Carlos Alberto da silva Pinheiro exerceu o cargo de governador civil do distrito da Horta desde 4 de Março de 1922 até 16 de Novembro de 1923. Para o que era habitual na Primeira república, aquele foi um longo Governo, com quase dois anos de vida, o que explica que o mandato do governador Carlos Pinheiro também haja tido maior duração. logo após a proclamação da república integrou, como secretário, a comissão administrativa da Câmara Municipal da Horta, nomeada pelo governador Machado serpa, presidida por Caetano Moniz de Vasconcelos e empossada a 13 de Novembro de 1910. Pouco tempo esteve Carlos Pinheiro naquelas funções autárquicas, pois em Maio de 1911 passou a desempenhar o cargo de administrador do concelho da Horta, designado pelo Ministro do interior, sob proposta do governador civil Augusto Goulart de Medeiros. Ao indicar o nome de Carlos Alberto da silva Pinheiro, “farmacêutico de 1.ª classe e antigo republicano e de cuja ilustração” não havia dúvidas, o governador Medeiros esperava que ele desempenharia “o cargo rectamente e com proveito para a causa pública”1. Nele se manteve até que, sob proposta do governo de Augusto de Vasconcelos, o Presidente da república Manuel de Arriaga, por decreto de 13 de Abril de 1912, concedeu “a exoneração pedida pelo cidadão Carlos Alberto da silva Pinheiro do cargo de administrador do concelho da Horta, cargo que tem exercido com todo o zelo e competência”2. Voltaria a ser administrador do concelho da Horta em 1916, quando Fernando Joaquim Armas era governador civil e António José de Almeida presidia ao Ministério da união sagrada. Auferia o vencimento de 400$00, acrescidos 50$00 de emolumentos, e “era farmacêutico na Horta, profissão que exerce

santos Madruga Esta era a frase que, muitas vezes, ouvi no dealbar de um novo ano. Este desejo constituía uma vontade forte das pessoas sedentas de uma mudança na sua vida. Era como que o começo de algo de novo, em jeito de promessa, com a convicção plena da sua concretização. Escondiam estas palavras, um misto de fé e de esperança. Ao tempo, a vida era difícil, sobre-

Facto curioso é que o próprio governador carlos Pinheiro foi também um emigrante. Nascido numa família de boticários e farmacêuticos em Alfarelos, distrito de coimbra, a 26 de Junho de 1880, tinha 13 anos quando veio para a Horta trabalhar com seu tio Joaquim cardoso Ayres Pinheiro, proprietário da farmácia que ainda hoje mantém o seu nome. Estudou no Liceu da Horta, em 1899 voltou para coimbra para concluir, em 1901, o curso de farmacêutico. Regressando ao Faial, aqui viveu e exerceu a sua profissão, acumulando, por diversas vezes e como já se assinalou, com o desempenho de importantes cargos políticos. Esteve também ligado à constituição do Banco do Fayal (1922), de que foi dirigente, bem como da Empresa de Iluminação Eléctrica da Horta. cumulativamente”3. A par da actividade profissional, Carlos Pinheiro ainda regressou fugazmente às lides autárquicas, fazendo parte, em Fevereiro de 1919, de uma comissão administrativa presidida pelo Dr. luís Caldeira Mendes saraiva e, ainda nesse ano, devido a doença do titular, foi chamado ao exercício das funções de governador civil substituto. seria, porém, a nomeação para o elevado cargo de governador do distrito da Horta que, de uma forma mais justa e gratificante, consagraria uma vida política dedicada ao ideal republicano assumido antes do 5 de Outubro de 1910 e convictamente mantido após o 28 de Maio de 1926. Tendo sido empossado no dia 4 de Março de 1922, constata-se, pela consulta da correspondência oficial do Governo Civil da Horta, que, nos 20 meses de exercício da mais alta magistratura distrital, Carlos Pinheiro se viu a braços com diversos problemas, destacando-se os referentes a abastecimentos, escassez de colheitas, importações de cereais, especulações, epidemias e falta de assistência médica e medicamentosa, segurança das populações agravada com a discutida retirada da GNr, e, ainda e sempre, a momentosa questão da emigração para os Estados unidos da América. Assim, logo depois da posse, são múltiplos os ofícios que tratam de abastecimento de carnes e da importação de cereais, porque, como relatava ao Ministério das Finanças em 14 de Agosto de 1922, “este distrito está ameaçado dos horrores da fome, em consequência da grande escassez das colheitas”, havendo “ falta de todos os géneros alimentícios de primeira necessidade, excepto de gado vacum e lacticínios”. Mesmo destes, não era “tamanha a abundância que se possa sem perigo deixar correr a sua exportação à vontade e ao arbítrio dos especuladores”, fican-

do a regulação das exportações para fora do distrito sujeitas a despacho favorável do governador civil, bem como a “de todos os mais gados e animais comestíveis e de todos os mais géneros alimentícios produzidos”4 nestas quatro ilhas. Aliás, a regulação das transacções e as lutas com os especuladores, sendo comuns naquela época, parece terem assumido relevo especial com o governador Carlos Pinheiro. Ele próprio o refere frequentemente, chegando a escrever, em ofício de 31 de Julho de 1922, que “nos desgraçados tempos que vão correndo o espírito de especulação e ganância está a tal ponto ousado que os especuladores, em apanhando ensejo, não duvidam em esvaziar uma região dos artigos alimentícios aos habitantes dela, nada se importando com a crise que pode dar-se, contanto que ganhem alguns escudos”5. De igual modo, e à semelhança do que já sucedera, teve de enfrentar as questões decorrentes das epidemias que se desencadearam em algumas zonas do distrito, sendo mais graves as febres tifóides na Madalena e lajes do Pico. Como não havia nenhum médico nesta ilha, o governador Carlos Pinheiro multiplicou os esforços para preencher essa lacuna e possibilitar que os picoenses tivessem uma assistência clínica mais próxima e mais rápida. Dos contactos com o próprio e com as instâncias governamentais, conseguiu que o Dr. Manuel Correia lobão, oficial médico miliciano em serviço na ilha Graciosa – onde existiam mais dois médicos – viesse ocupar o lugar de subdelegado guarda-mor de saúde da ilha do Pico, assim minimizando uma falta que muito atormentava as populações. Tal como havia feito o seu antecessor Dr. Gabriel simas, também o governador Carlos Pinheiro oficiou repetidas vezes ao Ministro do interior e ao Comandante Geral da Guarda Nacional republicana para que a Companhia n.º

4 desta força, sediada na Horta, não fosse extinta. Ela que, na sua opinião havia prestado “assinalados serviços ao distrito na defesa das pessoas e propriedades”, tendo desempenhado “todas as funções da sua competência com correcção, diligência e acerto”. E, numa crítica directa ao Dr. Neves que, como governador havia defendido, em 1921, a extinção das Companhias Mistas da Guarda republicana nos Açores, não só reclamou contra essa providência, como denunciou a argumentação de desagrado invocada por “alguns espíritos habituados à brandura dos nossos costumes que tão deletéria tem sido à sociedade portuguesa”6. Apesar da maioria desses espíritos se haver rendido à evidência e considerado exemplar e insubstituível o trabalho da GNr, o certo é que foram infrutíferas as petições dirigidas ao Ministro do interior para que este revogasse a ordem de extinção. Não obstante a crise económica que, na década de 20 do século passado atingiu todo o mundo, incluindo os Estados unidos da América do Norte, a corrente emigratória açoriana dirigia-se quase exclusivamente para este país. E, como aponta o governador Carlos Pinheiro em extensa resposta a um inquérito do Comissário Geral dos serviços de Emigração do Ministério do interior, “daqui ninguém emigra simplesmente para correr aventuras, nem tão pouco por aliciamento”, porque “havendo no distrito milhares de indivíduos que passaram anos na América do Norte, e sendo rara a família que não tem lá parte dos seus membros, são perfeitamente conhecidas as condições em que lá se vive, se trabalha e se ganha, e portanto não é campo onde os aliciadores possam enganar papalvos com as suas habituais intrujices”. O que atrai para a América do Norte a nossa gente válida, prosseguia o governador, “é o conhecimento que ela possui de que lá as condições de vida são muito mais favoráveis

do que as que estas nossas ilhas apresentam” e a certeza de que na América “ganharão o triplo e gozarão comodidades e bem-estar que a sua terra não lhes proporciona”. Antigamente, escrevia o chefe do distrito, “a emigração clandestina foi frequente, mas hoje “é bastante rara, não só porque seria mais cara do que a legal, mas ainda pela incerteza de entrarem na América indocumentados, atenta a vigilância da polícia americana a este respeito”. E, concluía ele, era uma emigração sem regresso: “hoje quem emigra não é para voltar, é para se estabelecer, para se fixar na América; ainda alguns emigrados mandam dinheiro às famílias, mas eles lá ficam porque habituados ao grande mundo e à sua vida especial, já não se dão nestes meios pequenos e atrasados”7 . Facto curioso é que o próprio governador Carlos Pinheiro foi também um emigrante. Nascido numa família de boticários e farmacêuticos em Alfarelos, distrito de Coimbra, a 26 de Junho de 1880, tinha 13 anos quando veio para a Horta trabalhar com seu tio Joaquim Cardoso Ayres Pinheiro, proprietário da farmácia que ainda hoje mantém o seu nome. Estudou no liceu da Horta, em 1899 voltou para Coimbra para concluir, em 1901, o curso de farmacêutico. regressando ao Faial, aqui viveu e exerceu a sua profissão, acumulando, por diversas vezes e como já se assinalou, com o desempenho de importantes cargos políticos. Esteve também ligado à constituição do Banco do Fayal (1922), de que foi dirigente, bem como da Empresa de iluminação Eléctrica da Horta. Casou, na paroquial de santa Catarina, freguesia de Castelo Branco, a 26 de Junho de 1905 com Maria Garcia Pinheiro, filha do farmacêutico Domingos Homem Garcia. Desse casamento nasceram as filhas stela Garcia Pinheiro e luna Garcia Pinheiro. Em Janeiro de 1928, razões de natureza política, fizeram que voltasse a emigrar. Foi, com sua família, para lisboa, aí ocupando o lugar de director da agência do Banco do Fayal na capital portuguesa, cidade onde viria a falecer. 1 AGcH, L.º n,º 66 (provisório), fls. 12 e 12-v. 2 ANTT, Ministério do Interior, Decretos 1912, maço 206, cx. 13 3 AGcH, L.º n,º 66 (provisório), fls. 55 e 55-v. 4 Idem, L.º n.º 392, fls. 328-331 5 Idem, Ibidem, fls. 255-259 6 Idem, Ibidem, fls. 173-180 7 Idem, Ibidem, fls. 149-157

ano noVo, ViDa noVa! tudo, para aqueles que contavam, apenas, com o que a terra lhes dava para mitigarem a fome. Para os demais as dificuldades abundavam igualmente, embora, de uma forma mais equilibrada. As obras de reparação dos caminhos e ruas, a maior parte das vezes, eram feitas com a contribuição das pessoas que, não tendo dinheiro, ofe-

reciam um dia, com o seu trabalho, para a sua realização. E assim, se ia “atamancando” as vias mais utilizadas. Começamos um novo ano, acompanhado de um rosário de carências, nada otimista. sabemos que o tempo, das “faxinas” e das “testadas”, como eram chamados estes serviços à comunidade,

já passou. No entanto, não serão necessários gastos avultados, para se repararem as ruas e muitos dos passeios do nosso burgo. Vemos aqui e ali, apenas dois operários a executarem, e com esmero, essas tarefas. Dois, são poucos para as necessidades. É desolador o estado em que ficam com as chuvas, as ruas e os passeios,

quando se fomenta a sua utilização, sugerindo-se mais peões e menos carros! O novo ano aí está. será que os votos de “nova vida” foram feitos, e serão interpretados pelos nossos governantes locais? Assim o esperamos. Até lá. Haja Saúde!


notíciaS

Tribuna das Ilhas

Subida de jovens à montanha do pico

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Câmara do Comércio e indústria da horta Fundada em 9 de Novembro de 1893 Associação Comercial e industrial das ilhas do Faial, Pico, Flores e Corvo

aSSemBleia Geral ConVoCatória Em conformidade com o disposto na alínea b) do número um do artigo vigésimo oitavo dos Estatutos, convoco em reunião ordinária a Assembleia Geral desta Câmara para o dia 31 de Janeiro de 2011 (segunda-feira), pelas 19:30h, a funcionar na sede do Grémio Artista Faialense, com a seguinte orDem De traBalhoS 1) Apreciar e votar o Plano de Actividades e Orçamento para 2001. 2) Outros assuntos de interesse. Não comparecendo à hora marcada a maioria absoluta dos Associados, a Assembleia funcionará trinta minutos mais tarde, qualquer que seja o número de associados presentes ou representados, conforme estabelece o número um do artigo trigésimo dos referidos Estatutos. Horta, 20 de Janeiro de 2011 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Vítor antónio da Silva

g A Diocese de Angra vai organizar, em Julho, uma escalada de jovens à Montanha do Pico, o ponto mais alto de Portugal, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude e para mobilizar aquela faixa etária para uma ligação à igreja. "A Diocese está a preparar esta escalada. A ideia partiu da Pastoral Juvenil do Pico e vai ser também proposta aos jovens do Faial e são Jorge para que seja feita uma cerimónia oficial um mês antes da Jornada Mundial da Juventude, um encontro de jovens com o papa, em Agosto, em Madrid”, disse o bispo de Angra, D. António sousa Braga. O bispo de Angra terminou sábado uma visita pastoral à

ilha do Pico, onde esteve durante cerca de três semanas, visitando as 19 paróquias da Ouvidoria daquela ilha e privilegiando os encontros e celebrações com os jovens. D. António sousa Braga adiantou que a subida ao ponto mais alto de Portugal deverá ocorrer "a 23 ou 24 de Julho", culminando a iniciativa com uma missa cantada no cimo da Montanha. O bispo dos Açores, que pretende também acompanhar os jovens na subida à Montanha do Pico, salientou o simbolismo da iniciativa que pretende ser no fundo "uma cerimónia oficial para a participação na Jornada Mundial da Juventude", onde espera que participem "mui-

tos jovens" do arquipélago. segundo defendeu, "é preciso que a participação na Jornada Mundial não seja uma simples viagem, mas antecedida de uma preparação que aprofunde a fé e reate a ligação à igreja". “É uma Jornada que vai permitir o contacto com jovens de todo o mundo e o papa”, frisou o bispo de Angra, considerando existir "uma certa dificuldade em promover iniciativas que envolvam os jovens na igreja", porque "têm muitas solicitações para várias actividades, como a música ou desporto". A visita pastoral do Bispo de Angra ao Pico terminou sábado com uma reunião com o Conselho Pastoral de ilha.

largo Duque D’Ávila e Bolama, 2-1.º l 9900-141 HOrTA l Contribuinte n.º512 007 861 Telef. 292 202 320 l Fax 292 202 328 l Telem.969 290 319 ccih@ccihorta.pt

Maria FiloMena MedeiroS eSCobar 3.º aniVerSário Há 3 anos ao anoitecer do sábado 2-2-2008, dia de Nossa senhora das Candeias, aconteceu o último olhar e as últimas palavras: perdoa-me José, mas perdoar o quê, se tu sempre foste a minha conselheira nos momentos bons e menos bons que passamos durante os 55 anos de casados. Continuo a fazer todos os anos, como era teu desejo, o Altarinho ao Menino Jesus, a obra das tuas mãos que tu sempre quiseste fazer. Mando rezar uma missa na próxima quintafeira, 3 de Fevereiro de 2011, pelas 18horas, na igreja Matriz do santíssimo salvador, agradecendo desde já a todas as pessoas que queiram assistir a este piedoso acto.

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OPINIãO

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Tribuna das Ilhas

tópiCoS: 1-programa 2 - Carta 3 – português 4 – estandarte

Armando Amaral

Julgo que apenas uma vez vi do princípio ao fim o programa “Prós e Contras” da rTP1, apresentado à 2ª.Feira pela distinta jornalista Fátima Ferreira. Terá sido um dos últimos de 2010, quiçá das coisas boas desse ano que se foi sem deixar saudades; faço votos que o novo, em que já estamos, não nos leve a suspirar pelo velho. E a razão do nosso interesse foi saber que teria por intervenientes: D. José Policarpo, Adriano Moreira, António Barreto, sendo o quarto Barata Moura, personalidade para mim desconhecida, mas que, pelo que tive ocasião de ouvir, não desmereceu do ramalhete. Naturalmente que não nos vamos

referir aos assuntos versados, tão somente registar que os ilustres participantes não se preocuparam em impor suas opiniões, mas por vezes até concordando ou acrescentando algo de positivo às dos outros, a tornar mais rico um diálogo que foi aberto e entusiasmante. Também nos agradou o silêncio verificado na imensa assembleia, sem as habituais palmas, no caso, aliás, bem merecidas.

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se a Casa das Florinhas, onde nasceu Manuel d'Arriaga, só este ano irá renascer das “cinzas”, não nos parece inoportuno dar aos leitores o texto da carta que, em 5 de Outubro de 1910, e já a bordo, o rei D. Manuel endereçou ao chefe

do Governo republicano, e que agora tomámos conhecimento através da nossa fonte de costume: “Meu caro Teixeira de sousa. Forçado pelas circunstancias, vejo me obrigado a embarcar no “Yacht” real "Amélia". sou portuguez, e sei o hei sempre. Tenho a convicção de ter cumprido o meu dever de rei em todas as circunstancias e de ter posto o meu coração e a minha vida ao serviço do meu Paíz. Espero que, elle convicto dos meus direitos e da minha dedicação, o saberá reconhecer. Viva Portugal! Dê a esta carta a publicidade que poder. sempre muito afectuosamente.”

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Foi assaz divulgada pela comunicação social a patriótica atitude de José Mourinho ao agradecer, na língua de Camões, o prémio de melhor treinador em 2010 concedido pela FiFA e l`Équipe em resultado de significativa votação em que participaram treinadores, jogadores e outras entidades ligadas ao futebol mundial. “Peço desculpa por falar em português, mas sou um orgulhoso português”, foram as breves palavras comovidamente pronunciadas pelo famoso técnico em amplo salão completamente cheio. Ainda na mesma sessão tivemos o prazer de ouvir na nossa língua a brasileira Marta, considerada a melhor jogadora do mundo em futebol feminino.

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Na época natalícia de 2010 ouvimos ou lemos um apelo aos católicos portugueses para colocarem nas varandas o “Estandarte do Menino Jesus”. Agora, em artigo de M. Fernanda Barroca, publicado no suplemento “Especial Natal” do TriBuNA, lemos referência ao dito apelo que nem em eco terá chegado aos Açores, pelo menos não o descortinámos na Cidade sede da Diocese. Queira Deus que no próximo Natal seja aqui ouvido e haja alguém que torne realidade o apelo no Continente feito, pois seria uma linda maneira de o Menino Jesus não ficar apenas dentro das nossas casas, onde, felizmente, aos antigos Altarinhos tem vindo a juntar-se, cada vez mais, os Presépios.

faial, cidade mar! o futuro longe Frederico Cardigos

C

ada ilha dos Açores tem de encontrar o seu desígnio e, construtivamente, concertadamente e empenhadamente, lutar por ele. Algumas já o fizeram e têm dado passos altamente reprodutivos nesse sentido. No caso do Faial, tal como o vejo, esse desígnio é o mar. Quer seja no ramo privado, vejam-se os casos do Peter e da construção e reparação naval, quer no ramo científico, vejam-se os casos do Departamento de Oceanografia e Pescas da universidade dos Açores e o seu instituto do Mar, ou seja no ramo administrativo, veja-se o caso da Marina da Horta, o Faial toma outro sabor quando se mistura com a água salgada. Nesta última semana, curiosamente, dois eventos reiteraram o óbvio. Primeiro, o “Conhecer o Mar dos Açores: Fórum de Apoio à Decisão” e, depois, as promissoras palavras do secretário regional da Economia, Dr. Vasco Cordeiro, ao comprometer-se com a centralização da estrutura gestora dos portos dos Açores na ilha do Faial. Quanto ao Fórum, e aviso, para quem não souber, que estou a escrever em causa própria, tratou-se de um marco de enorme importância para: 1. definir o conhecimento como a base de trabalho para a utilização sustentável do mar; 2. verificar que o conhecimento endógeno, para além de ter enorme qualidade, é suficiente para res-

pondermos aos mais exigentes requisitos internacionais, 3. constatar que é imperativo o trabalho conjunto dos investigadores marinhos dos Açores, e 4. reiterar a centralidade do conhecimento do mar na ilha do Faial. repare-se que normativos tão importantes e complexos como a Directiva-Quadro “Estratégia Marinha” exigem, com base em conhecimento científico, uma resposta a 11 temas (biodiversidade, topografia, economia do mar, etc…) e, para cada um deles, há um caderno técnico com mais de cem páginas. será extenuante e exaustivo, mas ficou claro que temos matéria-prima para lá chegar. Pode parecer imodéstia, e se calhar é um pouco, mas, este momento de reflexão, dinamizado por duas direcções regionais (Ciência, Tecnologia e Comunicações e Assuntos do Mar), em termos mais gerais, apontou o futuro do relacionamento entre o conhecimento e a administração.

O

Fórum, apesar de ter sido marcado por uma acção de dois dias, terá resultados a médio prazo, já que a quantidade de informação exposta demorará o seu tempo a ser consolidada e transformada nas respostas necessárias. Mas, com consequências a curto prazo, também na última semana houve outra autêntica revolução. Dando sequência à já anunciada unificação das administrações portuárias, a secretaria regional da Economia decidiu que essa decisão criará a sua centralidade na Horta. Em relação aos que afirmam que é impossível haver apenas uma administração para os Portos, relembro

que a sATA tem aeroportos ou serviços em todas as ilhas e uma única administração e a EDA tem unidades geradoras de electricidade em todas as ilhas e também uma única administração. Porque não resultaria com os portos?! É evidente que resultará se houver empenho e vontade para que dê certo. No entanto, a decisão de colocar a sede desta empresa na Horta já não seria assim tão óbvia. Apesar de ser a administração com maior número de portos, a Administração dos Portos do Triângulo e Grupo Ocidental está longe de ser a estrutura que mais carga ou volume financeiro gera. Então porquê a Horta? Por uma questão de equitatividade em relação a outras actividades? Talvez. No entanto, parece-me que o factor fulcral foi a boa administração, a clareza das decisões, o bom ambiente de trabalho e a estabilidade que as últimas administrações conseguiram imprimir neste lado do arquipélago.

C

om isto concluo que o Faial dará passos de gigante se conseguir orientar-se para o mar e para os serviços relacionados com o mar. O passado, com a indústria baleeira e os cabos submarinos, provou que este é um caminho que vale a pena trilhar e o futuro, alicerçado em investimentos regionais consequentes em estruturas portuárias, unidades de investigação científica, educação especializada e novos serviços executivos orientados para o mar, tem a solidariedade que os empreendedores do Faial necessitam. O Mar é a história e é o futuro da ilha do Faial!

do passado

O

Alzira silva

Governo dos Açores reuniu com a Câmara Municipal da Horta no âmbito da sua deslocação aos Concelhos e nesta cidade ouviu o que tinha a ouvir, dialogou como é a sua prática e decidiu o que é da sua competência decidir. Não faltarão os pessimistas e os arautos da desgraça – nunca faltaram até hoje! – a desenterrar argumentos para influenciar negativamente a população identificando o que não está feito e o que deveria ser objecto de intervenção imediata. É fácil cativar adeptos do maldizer porque querer sempre mais é próprio do ser humano. Todos queríamos que o Faial fosse um paraíso para nós e para os nossos visitantes. Mas não podemos ter as escolas, o porto, a Casa Manuel de Arriaga, o projecto de requalificação da Avenida, o bloco C do hospital, o Centro de Adictologia, o DOP, o Centro do Divino Espírito santo, o Centro de Dia, o Jardim Botânico, a recuperação da Fábrica da Baleia, as casas de aprestos, os caminhos agrícolas, as estradas, os trilhos, os miradouros e muito mais, tudo ao mesmo tempo. A verdade é que o actual contexto político-económico exigiu da nossa governação redefinir as prioridades, os adiamentos, as parcerias para a execução das respostas adequadas às necessidades das nossas ilhas. É o que se espera de um governo: que saiba governar. E governar é exactamente adaptar as decisões aos meios disponíveis. Essa é uma gestão difícil – que o governo tem gerido bem, ainda que conte quase sempre apenas com críticas da parte da oposição e nunca com estímulo

positivo e colaborante para continuar a obra que está à vista de todos. Esta é que é a reflexão que tem de ser feita no actual enquadramento políticofinanceiro. Destaco, por me parecer estruturante e complementar à obra do porto, o projecto de requalificação da chamada Avenida Marginal. O Governo e a Autarquia em parceria vão abraçar este projecto que honrará a memória da cidade, há mais de um século ligada ao seu porto e tendo nele um dos seus principais pólos de desenvolvimento. No século XX como no século XXi, por diferentes razões, continuamos a respirar parte do nosso progresso no mar e a vivenciar as suas belezas, a conhecer as suas potencialidades e a privilegiar a investigação ao cuidado do DOP - pólo de excelência do mar. Este projecto integrado (porto e avenida) é uma aposta no futuro que o Governo, numa época de difícil gestão porque de parcos recursos, tem a coragem de assumir. Congratulamo-nos com esta visão estratégica e rejeitamos veementemente o registo dos discursos de quem, na ânsia de protagonismo e de colher os votos que há muito não lhe são favoráveis, tenta denegrir as imagens do Governo, da Câmara e do Partido socialista no Faial, e procura, por todos os meios possíveis, inventar o que não se faz e obscurecer o que se faz. uma palavra de regozijo também para a fusão da administração dos portos na empresa Portos dos Açores s.A., a poupança de custos que representa e a decisão da sua sede no Faial. se a sede ficasse instalada noutra ilha, já estava o discurso da desgraça instalado nesta cidade e até a tentativa de revoltar o Faial contra as outras ilhas – registo que representa um retrocesso de 30 anos no caminho autonómico. O futuro do Faial não passa, seguramente, por esta atitude do passado. alziraserpasilva@gmail.com


inFormação

Tribuna das Ilhas

28 dE JANEIrO dE 2O11

NOssA GENTE

uTIlIdAdEs

PArTIrAM

FArMÁCIAs

l Faleceu no passado dia 16 de Janeiro, António José Garcia, de 75 anos de idade, natural de Santa Luzia da Terceira e residente na freguesia da Matriz. O extinto deixa viúva Maria Teresa Garcia e era pai de Francisco Manuel Garcia, casado com Lena Sousa Garcia. Deixa ainda um neto, o Rafael Garcia Sousa. l No Hospital da Horta, faleceu no passado dia 16 de Janeiro, com 85 anos de idade, Belmiro da Silva, natural e residente na freguesia da Feteira. O extinto deixa de luto a sua esposa Iracema Amélia da Rosa e seus filhos Maria Belmira Mendonça, casada com Jaime Mendonça e Maria Margarida costa, casada com Alfredo costa. Belmiro da Silva deixa ainda dois netos: Michelle costa e Steven costa. l Maria Leonor Martins, mais conhecida por Maria Olinda da Silva, faleceu no Hospital da Horta, no passado dia 18 de Janeiro, com 98 anos de idade. Natural da Ribeirinha onde sempre residiu a extinta era viúva de Manuel Inácio da Silva e deixa uma filha, Maria José da Silva, residente nos Estados Unidos da América. l com 85 anos, faleceu no Hospital da Horta, no passado dia 19 de Janeiro, Rosa Otília caldeira, viúva de José vargas Àvila, natural e residente na Freguesia de castelo Branco. A extinta era mãe de Maria Humberta caldeira Ávila Rodrigues, casada com Ilídio Goulart Rodrigues, de José Isidro caldeira Ávila, casado com Maria de Lurdes Ávila e de carlos caldeira Ávila, casado com catarina Alexandrina da Silva Ávila. A falecida deixa ainda sete netos: Lesley Ávila, cláudio Rodrigues, carla Ávila, Nilton Ávila, Nélia Rodrigues, José carlos Ávila e Anthony Ávila e cinco bisnetos.

reStaurante e SnacK-bar

hOJE E AMANhã Farmácia Lecoq 292 200 054 dE 23 A 29 JANEIrO Farmácia correa 292 292 968

l No passado dia 15 de Janeiro, faleceu no Hospital da Horta com 76 anos de idade, João de Oliveira campos, mais conhecido por Jonim. o extinto era natural da freguesia das Angústias e presentemente encontrava-se a residir no Lar de São Francisco da Santa casa da Misericórdia da Horta. João de Oliveira campos era viúvo de Leodina caetano e deixa de luto seu filho Jorge Macedo, casado com Olívia Oliveira e seu neto Jorge Oliveira.

15

areeiro • caPelo • telF. 292 945 204 • tlm. 969 075 947

EMErGêNCIAs -FAIAl i h p o ~ m i

Número Nacional de Socorro 112 Bombeiros voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 96 323 18 12 Protecção civil - 295401400/01 Linha de Saúde Pública 808211311 centro de Saúde da Horta 292 207 200 TrANsPOrTEs - FAIAl

jSATA - 292 202 310 - 292 292 290 Loja jTAP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da Ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380 METEOrOlOGIA

EMENTA PArA dOMINGO

CAbrITO NO FOrNO POlvO À rEGIONAl FIlETEs dE vEJA AceitAm-se ReseRvAs sErvIMOs rEFEIçÕEs PArA FOrA

Descanso semanal: terça-Feira

AGENdA

NO sNACk bAr sErvIMOs rEFEIçÕEs lIGEIrAs

CINEMA

E PrATO dO dIA

hOJE E AMANhã

GruPO CENTrAl

21H30- Filme - “harry Potter e os Talismãs da Morte”

no

Teatro Faialense - Hortaludus EvENTOs ATé 31 dE JANEIrO 2011 Concurso de Fotografia - “20 anos, 20 actividades” - comemorações do 20.º Aniversário da Associação de Andebol da Ilha do Faial. Organização: Associação de Andebol da Ilha do Faial ATé 30 dE dE AbrIl dE 2011 Exposição - Evolução - resposta a um Planeta em Mudança - centro de Interpretação do vulcão dos capelinhos. Uma organização do Governo dos Açores e Junta e Freguesia do capelo. dE 204 dE JANEIrO A 20 dE FEvErEIrO dE 2011 Os sETE ChAkrAs - Formação 1º Módulo: Muladhara chakra - com o Monge Indiano, Dada Dhyanananda Hospedaria “Estrela do Atlântico” uma organização da Hospedaria “Estrela do Atlântico” - haves_janete@hotmail.com AMANhã 15h00 - reunião do Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno - sOs Amamentação - Hospital da Horta. Podem participar grávidas, mães a amamentar e seus filhos, e seus familiares e todos os interessados em aleitamento materno. Uma organização do cantinho da Amamentação, Unidade de Obstetrícia - Hospital da Horta com o apoio da UNIcEF, cNI - Hospitais Amigos dos Bebés e Ajuda de Mãe

dE 31 dE JANEIrO A 6 dE FEvErEIrO PAdC - sEMANA dA FrEGuEsIA dE PEdrO MIGuEl dOMINGO 09H30 – Pesca Desportiva (concentração no Porto de Pedro Miguel) sEGuNdA-FEIrA 21H30 – Tiro com carabina de pressão de ar e jogo de setas TErçA-FEIrA 20H30 - Torneio de Ténis de Mesa quArTA-FEIrA 20H30 - Torneio de Dominó (Fase final) Torneio de Damas quINTA-FEIrA 20H30 - Torneio de Sueca (Fase final) sEXTA-FEIrA 21H30 – Noite dedicada a momento cultural da Freguesia sÁbAdO 15H00 – Prova de Gincana de Bicicleta e Jogos Tradicionais no Polidesportivo 21H30 – Noite de chamarritas (a confirmar) dOMINGO 14H00 – Torneio de Bilro no Polidesportivo 19H00 – Encerramento da Semana Desportiva e cultural com entrega de prémios e convívio Decorrerá Exposição de Pintura, Artesanato e Arranjos Florais na casa do Espírito Santo. Organização: Junta de Freguesia de Pedro Miguel. Apoio: câmara Municipal da Horta

EdITOr: Fernando Melo ChEFE dE rEdACçãO: Maria José Silva rEdACçãO: Susana Garcia e Marla Pinheiro FOTOGrAFIA: carlos Pinheiro

AMANhã

dOMINGO

Períodos de céu muito nublado . Aguaceiros fracos . vento nordeste moderado (20/30 km/h) rodando para norte. Mar de pequena vaga a cavado. Ondas nordeste de 3 metros.

Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros fracos. vento nordeste moderado (20/30 km/h). Mar de pequena vaga a cavado.

Períodos de céu muito nublado com boas abertas. Aguaceiros fracos. vento nordeste moderado (20/30 km/h) .

FIChA

Tribuna das Ilhas dIrECTOr: cristiano Bem

hOJE

COlAbOrAdOrEs PErMANENTEs:Costa Pereira, Fernando Faria, Frederico Cardigos, José Trigueiros, Mário Frayão, Armando Amaral, victor dores, Alzira silva, Paulo Oliveira, ruben simas, Fernando Guerra, raul Marques, Genuíno Madruga, berto Messias COlAbOrAdOrEs EvENTuAIs: Machado Oliveira, Francisco César, Cláudio Almeida, Paulo Mendes, Zuraida soares, Gonçalo Forjaz, roberto Faria, santos Madruga, lucas da silva

PrOJECTO GrÁFICO: IAIc - Informação, Animação e Intercâmbio cultural, cRL PAGINAçãO: Susana Garcia rEdACçãO AssINATurAs E PublICIdAdE: Rua conselheiro Miguel da Silveira, nº12, cv/A-c - 9900 -114 Horta CONTACTOs: Telefone/Fax: 292 292 145 E-MAIL: tribunadasilhas@mail.telepac.pt tribunadasilhas@gmail.com

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sECrETArIAdO: Fátima Machado IMPrEssãO:

Rua Manuel Inácio 9900-152 - Horta

de Sousa, 25

dIsTrIbuIçãO: cTT TIrAGEM: 1000 exemplares rEGIsTO: nº 123 974 do Instituto de comunicação Social

EdITOr E PrOPrIETÁrIO:

IAIc - Informação, Animação e Intercâmbio cultural, cRL NIPc: 512064652 rEGIsTO COMErCIAl: 00015/011017 (Horta) - Porte Subsidiado GOvErNO rEGIONAl dOs AçOrEs

Esta publicação é apoiada pelo PROMEDIA - Programa Regional de Apoio à comunicação Social Privada


FuNdAdO 19 dE AbrIl dE 2002

Tribuna das Ilhas sEXTA-FEIrA 4 28 dE JANEIrO dE 2O11

www.tribunadasilhas.pt

conhecer o cancro

alimente-Se Contra o CanCro Elisa Oliveira*

s

ão unânimes as investigações sobre o cancro: os factores genéticos contribuem, no máximo, em 15% das mortes por cancro, logo, a fatalidade genética não existe. sendo assim, podemos e devemos, aprender a protegermo-nos de uma forma natural. Em alternativa, ou até mesmo como complemento dos tratamentos convencionais de cirurgia, quimioterapia e radioterapia, existem hoje em dia métodos complementares que nos ajudam a combater as doenças de foro oncológico e nos promovem uma melhor qualidade de vida. Nunca é demais chamar a atenção para a importância de um bom plano alimentar, adequado a cada caso. Adoptar uma alimentação que elimine as carnes vermelhas (sobretudo nos casos de cancro da próstata e cólon), gorduras saturadas, alimentos refinados, preferir alimentos integrais, abundância de legumes, sumos e frutas naturais, de preferência biológicos, é um passo importante para o combate à doença. Algumas mudanças, tais como, alterações nos nossos hábitos alimentares e actividade física adequa-

da, podem-nos ajudar a aumentar as defesas naturais e assim prevenir ou reduzir os riscos de desenvolvimento de doenças oncológicas, melhorando mesmo a eficácia dos tratamentos e aumentar a longevidade e qualidade de vida. Adoptar uma alimentação saudável, contribui não só para a prevenção do Cancro, mas também de doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades crónicas como a Diabetes. Nos últimos anos, tem sido comprovado cientificamente que muitas destas doenças estão associadas a uma carência de nutrientes antioxidantes. Os alimentos antioxidantes têm actualmente um papel de relevo na alimentação, encontrando-se em especial nos vegetais, pelo que se debate cada vez mais o papel da fruta, legumes e cereais, que são verdadeiros alimentos funcionais para a saúde e qualidade de vida, tendo também a capacidade de aumentar a longevidade, prevenção e até mesmo cura de doenças; reforçam o sistema imunitário e são poderosos factores de anti-envelhecimento. são-lhe atribuídas extraordinárias capacidades de combate aos tão temidos radicais livres, que em excesso comprometem o bom funcionamento do nosso organismo. Alguns antioxidantes são sintetizados pelo nosso próprio organismo, outros são adquiridos através da alimentação, o que reafirma a necessidade de uma alimentação equilibrada.

Nos últimos anos, tem sido comprovado cientificamente que muitas destas doenças estão associadas a uma carência de nutrientes antioxidantes. Os alimentos antioxidantes têm actualmente um papel de relevo na alimentação, encontrando-se em especial nos vegetais, pelo que se debate cada vez mais o papel da fruta, legumes e cereais, que são verdadeiros alimentos funcionais para a saúde e qualidade de vida, tendo também a capacidade de aumentar a longevidade, prevenção e até mesmo cura de doenças; reforçam o sistema imunitário e são poderosos factores de anti-envelhecimento. são-lhe atribuídas extraordinárias capacidades de combate aos tão temidos radicais livres, que em excesso comprometem

está relacionada com a presença de gorduras insaturadas tal como óleos vegetais, especialmente o azeite e óleo de girassol. Também a contêm em grandes quantidades os frutos secos e alguns cereais como o trigo e o milho (nozes, gérmen de trigo, amêndoa, avelã, vegetais verdes folhosos, batatadoce, aveia, abacate, cereais integrais) e os Beta-carotenos ou precursores da Vitamina A, encontram-se em produtos animais e vegetais. Entre os animais destaca-se pelo seu valor o peixe (como por exemplo a cavala, o atum e a sardinha), o leite e derivados que temos como exemplo o kefir, um alimento próbiotico, isto é, possui a capacidade de equilibrar a flora bacteriana do intestino, promovendo a saúde ao diminuir o risco de incidências de doenças intestinais, sendo assim, é um alimento funcional, de aspecto semelhante ao iogurte, mas com valor nutricional e terapêutico superior. Nos produtos vegetais é muito fácil distinguir através das suas cores vivas alaranjadas (cenoura, brócolos, abóbora, batata doce, pimentão vermelho, morango, damasco seco, manga, melão, milho, tomate). 25-01-2011

Veja em que alimentos os poderão encontrar: Vitamina C em todas as frutas e verduras frescas (laranja, limão,

morango, goiaba, kiwi, acerola, caju, tomate, pimentão, vegetais verdes folhosos, tomate, batata), Vitamina E

*nutricionista do oncologia dos açores

Centro

de

EsPAçO dE PrOXIMIdAdE P P O O l l Í Í C C I I A A d d E E s s E E G G u u r r A A N N ç ç A A P P ú ú b b l l I I C C A A

A POlÍCIA AO sErvIçO dOs CIdAdãOs

Cães Perigosos e Potencialmente Perigosos Parte - III Os proprietários de cães perigosos e potencialmente perigosos devem obrigatoriamente, possuir e preencher os quesitos abaixo enunciados;  LIcENçA ESPEcIAL – emitida pela Junta de Freguesia da área de residência do detentor, entre os 3 e os 6 meses de idade, para o qual é necessário;  O dono ou detentor ser maior de idade  A vacina anti-rábica válida  O registo do animal na Junta de Freguesia  A identificação electrónica da animal (micro-chip) efectuada por médico veterinário;  Entregar um documento comprovativo da formalização de seguro de responsabilidade civil em relação ao animal  Entregar um termo de responsabilidade, declarando o tipo de condições do alojamento, as medidas de segurança implementadas, historial de segurança de agressividade do animal  Entregar o Registo criminal do Detentor, do qual consta que o mesmo não foi condenado, por sentença transitada em julgado, por crime contra a vida ou integridade física, quando praticados a título de dolo.

EsTA lICENçA TEM quE ACOMPANhAr O sEu dETENTOr AquANdO dAs suAs dEslOCAçÕEs COM O ANIMAl. é cRIME – quem:  Promover ou participar com animais em lutas entre estes é punido com pena de prisão de 1 ano ou com pena de multa;  Servindo-se de animal por via do seu incitamento, ofenda o corpo ou a saúde de outra pessoa é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa;  Por não observar deveres de cuidado ou vigilância, der azo a que o animal ofenda o corpo ou a saúde de outra pessoa causando-lhe ofensas graves à integridade física é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias. Esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.S.P. da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt contactos: Telefone – 292208510 – Fax - 292208511

PrOGrAMA INTEGrAdO dE POlICIAMENTO dE PrOXIMIdAdE


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