26-11-2010

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MOStrA GAStrONóMIcA LuSO GALAIcA

Sabores galegos e faialenses mais próximos PÁGINAS O8/O9

Tribuna das Ilhas

DIrEctOr INtErINO: MANuEL crIStIANO BEM 4 NÚMErO: 443

26.Novembro.2o1o Sai àS SextaS-feiraS

1 euro

Plano e Orçamento para 2011 Estudo encomendado pelo debatido Governo sugere criação na ALRAA de Plataformas Logísticas Modelo para uM transporte MarítiMo integrado nos açores

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editorial

oS açoreS e o mar… g Para que não haja qualquer equívoco ou dedução maldosa sobre o assunto hoje aqui tratado, queremos afirmar que, no contexto dos órgãos de imprensa, respeitamos escrupulosamente as ideias, as opções e os modos de tratar os temas jornalísticos que envolvem os interesses do país e da nossa região. E isto, mesmo que estejam em causa jornais de grande expansão ou trabalhos de destacados jornalistas. Ora aconteceu que numa das suas recentes edições o “Diário de Notícias” intercalou nas suas páginas uma revista, dedicada em grande parte ao mar e para comemorar o seu dia nacional. Um trabalho constituído por extensas reportagens, pela divulgação de incentivos globais com vista à exploração dos valores marinhos e com relevo para a actividade piscatória, em especial sobre a captura do atum. E daí o facto de se terem deslocado a esta região insular jornalistas encarregados da realização desse trabalho de fundo, a que se quis dar uma dimensão atlântica. Mas infelizmente, quando seria de esperar de um jornal como o DN, com longa vida e créditos firmados, uma abertura a todo o país do conhecimento das mais-valias do mar dos Açores em variadíssimos aspectos; quando no que respeita à pesca do atum se devia saber que este arquipélago foi, há anos atrás, no país, o mais importante centro de capturas de tunídeos – com um pólo de armação principal nas ilhas do Pico, Faial e São Jorge, dotadas então de uma frota de modernas e bem equipadas traineiras; quando na cidade da Horta se discutiram, anos a fio, nos colóquios internacionais das Semanas das Pescas, técnicas e problemas inerentes a essa actividade… quando tudo isto ocorreu e resultou na formação de mestres e pescadores que muito teriam a dizer sobre tal matéria – os jornalistas de Lisboa deslocaram-se apenas a São Miguel, a uma freguesia piscatória, onde assistiram à pesca do atum em pequenos “barcos de boca aberta” e a partir daí elaboraram as suas peças jornalísticas, enredadas em pormenores, mas que não projectaram para o exterior os autênticos valores do mar açoriano e a evolução operada na pesca industrial, o que estaria mais de acordo com os objectivos a alcançar E assim tudo ficou no plano de uma “pobreza” longe da realidade regional. Por outro lado, se com este tema do mar, tratado aparatosamente, houve a intenção de valorizá-lo, teria sido fundamental abordar, em termos jornalísticos, o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, com sede na Horta, para transmitir ao país inteiro uma nota dos estudos científicos sobre as pescas ou de teor oceanográfico que o DOP tem vindo a efectuar nestas águas salgadas, ao nível das instituições congéneres internacionais.

eM destaque

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atlânticoline e BMt transport solutions

estudo sobre transportes marítimos dos açores apresentado na Horta texto e foto

Susana Garcia g A Atlânticoline, uma das empresas responsáveis pelo transporte marítimo de passageiros entre as ilhas dos Açores, apresentou na passada semana, na Horta, o resultado do estudo sobre os transportes marítimos nos Açores. Este estudo foi encomendado à empresa BMT – Transport Solutions, no início do ano, a pedido da Secretaria Regional da Economia. Intitulado “Modelo para um transporte marítimo integrado nos Açores”, o estudo foi efectuado no prazo de quatro meses e teve como principal objectivo examinar a viabilidade económica e financeira do transporte marítimo de passageiros e de carga entre as ilhas e o continente, bem como analisar a actual situação dos portos e suas infra-estruturas, procurando mostrar as ineficiências e dar algumas recomendações que possam fornecer respostas às necessidades actuais e futuras de sector. O estudo propõe um modelo para o transporte marítimo integrado nos Açores, através de regras para a participação do Governo e apoio financeiro às empresas que prestam este serviço público. Além disso, propõe os tipos de navios mais adequados ao modelo de transporte efectuado, adaptações das infra-estruturas portuárias existentes, entre outros aspectos. Para a realização deste documento, a BMT visitou nove portos, nas ilhas de São Miguel, Santa, Maria, Terceira, São Jorge, Pico e Faial. A empresa efectuou um balanço da evolução do transporte marítimo na Região entre 1996 e 2008 e elaborou uma previsão das tendências da evolução deste serviço nos próximos 30 anos, concluindo que deverá haver um crescimento moderado e estável até 2020 e um crescimento ligeiramente mais acentuado nos 10 anos seguintes. Frisando a especificidade da configuração geográfica do arquipélago, que confere importância vital aos serviços de transporte marítimo e aéreo de passageiros e da carga, a BTM reconhece que apresenta condicionantes muito específicas que tornam difícil encontrar um serviço adequado, económico e eficiente para todas as ilhas.

[SOBE]

AtLANtIcO LINE E BMt O estudo sobre os transportes marítimos dos Açores foi apresentado na Horta e provocou alguma contestação por parte dos presentes no que diz respeito ao transporte de carga

O MODELO ActuAL DE trANSPOrtE MArítIMO A BMT concluiu que os portos da Região dispõem de instalações de acostagem adequadas para os vários tipos de navios actualmente utilizados. No que diz respeito aos terminais de passageiros, a empresa também os considera relativamente adequados e em boas condições face ao volume de passageiros, tendo em conta que no Faial está em construção um novo porto onde será instalado também um novo terminal munido de dois cais e já com rampa Ro-ro. Apesar do estudo pretender dar mais atenção à movimentação de passageiros, acabou por abordar com destaque a questão do transporte de carga. O “fantasma” das plataformas logísticas, que gerou um forte movimento de descontentamento no Faial, surge como uma possibilidade neste estudo, que aponta para a possibilidade da sua criação, uma vez que “São Miguel e Terceira são os maiores portos de carga e mais movimentados, cada um oferecendo mais de 1000 metros de cais e com profundidade até 12 metros”. Segundo o estudo, “esta cota seria adequada para navios de contentores maiores do que aqueles utilizados actualmente no comércio e, por consequência, cada porto seria capaz de desempenhar um papel mais extenso como centro de

consolidação e distribuição de tráfego para as ilhas”. O estudo aponta mesmo a possibilidade do transporte da mercadoria passar a ser efectuado por navios porta contentores maiores (de 1700 TEUs) do que os actuais, o que implicaria a vinda de menos navios, e com menos frequência. Esta possibilidade não convenceu grande parte da plateia, e gerou vários argumentos contraditórios, com os faialenses a levantarem questões em relação à periodicidade com que as mercadorias passariam a chegar à Horta. Relativamente ao transporte de passageiros e à escolha dos navios adequados à realização deste serviço, a empresa concluiu que é pouco provável que o mercado açoriano suporte uma operação unicamente gerida por empresas privadas, tendo em conta as especificidades do transporte e a sazonalidade da procura. A BTM considera mesmo que a estrutura de acção escolhida pela Atlânticoline até ao momento não é a mais adequada para atender às necessidades a longo prazo do mercado. É certo que neste momento a transportadora já escolheu o tipo de navios que vão operar no Triângulo em 2012, que deverão melhorar o serviço público de transporte de passageiros. A Atlanticoline, como entidade propriedade do Governo, para além de fornecer serviços sazonais de transporte de passageiros entre as ilhas dos Açores, adquiriu recentemente dois navios da Transmaçor. No

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entanto, segundo a BMT, com este modelo de operação a Atlanticoline está a operar com um elevado nível de subvenções governamentais com tendência crescente, baseado em afretamentos dispendiosos. A apresentação deste estudo foi feita pelo engenheiro da BMT, André Vidal, e pelo director comercial da empresa, Mark Wilbourn, e contou com a presença do Comandante São Miguel de Oliveira, Vogal do Conselho de Administração da Atlânticoline, que considera este estudo uma peça importante na análise do serviço que a empresa presta, encontrando-se disponível para consulta no site da Atlanticoline www.atlanticoline.pt desde a passada quarta-feira. A BMT é uma empresa especializada na realização de estudos e já efectuou vários trabalhos internacionais sobre transportes marítimos, sendo um dos principais consultores internacionais nesta área. Esta sessão aberta ao público contou com a presença de várias pessoas ligadas ao sector do transporte marítimo no Faial, para além de governantes e representantes de entidades locais, que no final da apresentação expuseram alguns pontos de discórdia em relação a algumas das recomendações pela BMT para o transporte marítimo nos Açores. A possibilidade da criação de plataformas logísticas na Terceira e São Miguel foi de longe o ponto mais polémico, que deixou os representantes faialenses inquietos em relação à constatação de que o assunto “não morreu” com o PROTA.

[DEScE]

MELHOrIA NAS PEScAS

VIOLÊNcIA cONtrA AS MuLHErES

g Segundo notícia publicada, de Janeiro a Setembro deste ano verificou-se uma considerável melhoria nas capturas de pescado nos Açores, que totalizaram as 15,6 mil toneladas em comparação com as 8,1 mil no mesmo período de 2009. E trazemos essa notícia para esta secção porque as pescas continuam a ser um dos pilares da economia destas ilhas, traduzindo-se numa entrada de importantes meios financeiros para a Região, devido à exportação do peixe frigorificado para o continente português e para o estrangeiro. Das pescas no nosso mar vive um largo sector de famílias açorianas.

g Foi comemorado na Horta o Dia Internacional da Eliminação

da Violência contra as Mulheres. E foi muito importante a adesão do meio local a este flagelo que atinge a sociedade humana por esse mundo além, por este país fora e na própria região onde vivemos. Era indispensável que jornadas como esta de defesa da mulher perante a brutalidade do homem, transformado em animal selvagem, se multiplicassem por toda a parte. E era também recomendável que as leis deste país fossem mais duras, com penas pesadas para os prevaricadores, que bem merecem a condenação da própria sociedade…


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Conservatório Regional da Horta comemora 20 anos gO

Conservatório Regional da Horta comemora hoje, dia 26 de Novembro, o seu 20.º aniversário. Para assinalar a data vai realizar-se um concerto, pelas 20h30, no Auditório do Conservatório. A anteceder ao concerto vai realizar-se a sessão solene.

Dia mundial da filosofia

[aconteceu] Dr

g O Grupo de Filosofia da Escola Secundária Manuel Arriaga celebrou na passada quinta-feira, dia 18 de Novembro, o dia Mundial da Filosofia com uma série de actividades no Auditório da ESMA. Os objectivos da comemoração deste dia, criado pela UNESCO, visaram, de acordo com uma nota informativa enviada à redacção, desenvolver uma reflexão sobre a importância da Filosofia no mundo contemporâneo e a participação activa da comunidade escolar em actividades culturais e reflexivas. Focado foi ainda o reconhecimento do contributo específico da Filosofia para a formação de um pensamento aberto ao mundo, crítico e para o surgimento de uma consciência atenta aos problemas do mundo contemporâneo, sensível e eticamente responsável. Os alunos Gonçalo Piedade, Tiago Silva, Graça Silva e Cristina Carvalho

leram textos alusivos à data que celebra a Filosofia. A aluna Rebeca Medeiros interpretou uma coreografia sobre o lema da educação pela Arte, numa alusão à XVIII edição dos Encontros Filosóficos.

A Banda “Os Platónicos”, sob direcção do maestro Rúben Silva, actuou também nesta tarde que ficou ainda marcada pelo visionamento do filme Querido Carlos Alberto, de Aurora Ribeiro.

autarcas do psd/Faial

"balanço negativo" da gestão socialista na CmH g O Gabinete Autárquico do PSD da ilha do Faial promoveu, na passada semana, na freguesia da Feteira, o segundo Encontro Autárquico do seu mandato. Estiveram reunidos os autarcas eleitos pelo partido na Câmara, na Assembleia Municipal e nas diversas Juntas e Assembleias de Freguesia, com o objectivo de coordenar a actividade autárquica e troca de informações e experiências. Após a reunião, os sociais-democratas emitiram um comunicado com as principais conclusões, com destaque para o facto de considerarem o trabalho dos autarcas eleitos pelo PSD nos diferentes órgãos autárquicos positivo. Durante este encontro foi também realçada a postura “proactiva e respon-

sável dos vereadores do PSD, salientando-se as propostas apresentadas para o plano e orçamento do Município para 2011”. Esta postura foi classificada como “muito positiva, na medida em que deram um passo, que a maioria na Câmara nunca teve a iniciativa de dar, no sentido de ajudar a uma possível viabilização daqueles documentos essenciais para a estabilidade e funcionamento dos diversos órgãos autárquicos.” A avaliação que os autarcas do PSD fazem do trabalho da maioria socialista na Câmara, no final deste primeiro ano de mandato, é “muito negativa”, acusando-a de “actuar com uma arrogância acrescida, esquecendo que não tem maioria absoluta na Assembleia Municipal”. Os laranjas acusam o PS na CMH de

“adiar o desenvolvimento colectivo”, afirmando mesmo que “o Faial está a perder tempo e oportunidades”. “A reabilitação urbana e a dinamização da baixa citadina foram só promessas. As potencialidades da avenida marginal continuam por aproveitar. A prometida construção de habitação social e a custos controlados aguarda. O aterro sanitário continua a ser no século XXI uma vergonhosa lixeira a céu aberto. As soluções para o trânsito e estacionamento na cidade tardam. O projecto do saneamento básico não sai do papel”, frisam. Adiantam também que “a maioria tem demonstrado uma enorme falta de capacidade para influenciar o poder regional e tem com isso sido cúmplice do processo em curso de esvaziamento do Faial.”

indústria Naval do Pico vai ser recuperada g A entrada dos Estaleiros Navais de Peniche SA no capital social da empresa Naval Canal Lda representa “um negócio de grande potencial ao nível da construção e reparação naval, mas também uma aposta no desenvolvimento da ilha do Pico e na recuperação desta actividade de grande tradição no Grupo Central”. A informação foi avançada por Vasco

Cordeiro durante a cerimónia de aquisição de 49 % do capital social da Naval Canal Lda pelos Estaleiros Navais de Peniche SA à Administração dos Portos do Triângulo e Grupo Ocidental SA (APTO). O secretário regional da Econimia considerou que este “é mais um passo” para rentabilizar os estaleiros navais da Madalena, “que assim ganham um novo

impulso”, mas “não a conclusão de todo o trabalho que há a desenvolver no futuro”. Para Cordeiro o acordo agora formalizado não deve, por isso, “ser encarado de forma isolada”, mas sim como “mais um acto que se integra na estratégia que tem vindo a ser desenvolvida com o objectivo de afirmar o Mar como pólo de desenvolvimento económico”.

PréMIO AutArquIA NA fEStA DO DESPOrtO EScOLAr AtrIBuíDO A cMH g A câmara Municipal da Horta foi galardoada pelo Ministério da Educação com o Prémio Autarquia, pelo apoio concedido ao desenvolvimento do desporto escolar, no ano lectivo transacto, nos Açores. A cerimónia, que contou com a presença da Ministra da Educação, teve lugar no passado dia 12 de Novembro, em Torres Novas. O prémio, destinado a evidenciar “a câmara Municipal que ao longo do ano lectivo se evidenciou pela natureza do apoio às actividades do Desporto Escolar nos seus diferentes níveis de realização” foi recebido pelo vereador da cMH, Rui Santos. POLítIcAS PÚBLIcAS DO MAr - uM NOVO cONcEItO EStrAtéGIcO NAcIONAL g Realizou-se na passada terçafeira, dia 23 de Novembro, em Lisboa, uma palestra subordinada ao tema Políticas Públicas do Mar – um novo conceito estratégico nacional. O director do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, Ricardo Serrão Santos, esteve presente nesta que foi uma jornada de trabalho, para apresentar o tema “conhecer e viver o mar – os saberes e usos do oceano”. Nesta mesma jornada de trabalho Marta chantal Ribeiro falou de “Os poderes dos estados do Mar – soberania, diplomacia e segurança”. cONcurSO EScOLAr "rEcurSOS NAturAIS PArA A SuStENtABILIDADE" g A Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM) está a promover um concurso escolar designado “Recursos Naturais para a Sustentabilidade”, com dois subtemas: as Reservas da Biosfera e o Geoparque Açores. A iniciativa insere-se no âmbito da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável 2005-2014 (DNEDS), bem como na transição entre o Ano Internacional da Biodiversidade (2010) e o Ano Internacional das Florestas (2011). O objectivo é alertar toda a comunidade para a importância desta temática, bem como estimular a curiosidade dos jovens para os objectivos da DNEDS, apelando ao espírito crítico e imaginativo. O concurso destina-se a todas as escolas da Região, que podem formalizar a sua candidatura até 7 de Janeiro de 2011.

[vai acontecer] AtELIEr INfANtIL SOBrE "PONtO, LINHA E MANcHA" g “Ponto, linha e mancha” são os temas do atelier infantil, destinado a crianças dos cinco aos oito anos de idade, que o Museu da Horta organiza amanhã sábado, das 10 às 12 horas. Trata-se da terceira de oito sessões de um atelier intitulado “Ver, compreender e criar no Museu da Horta”, que está a ser orientado por Aurora Ribeiro e Margarida Barreto. DAr A VOLtA à DrOGA g A Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF), promove no próximo dia 5 de Dezembro a iniciativa :"Agarra nas sapatilhas ou na Bicicleta e vem Dar a Volta à Droga". A concentração será pelas 9:30h no parque de estacionamento junto ao centro do Mar (antiga Fábrica da Baleia), com saída pelas 10h. De acordo com nota enviada à nossa redacção, vão ser realizados dois percursos: um em marcha e outro para quem quiser participar com a sua bicicleta. rtc DA HOrtA LANçA cAMPANHA DE rEcOLHA DE BrINquEDOS uSADOS g O Rotaract club da Horta lançou uma campanha de recolha de brinquedos que convida toda a comunidade local a participar. Os brinquedos não tem que ser necessariamente novos, por estrear, basta que se encontrem em bom estado. Os interessados em participar nesta campanha podem entregar os brinquedos que entenderem convenientes, até ao dia 20 de Dezembro, a qualquer elemento do Rotaract club da Horta. Através desta campanha movida pelo slogan “Doe um Brinquedo e Faça uma criança Sorrir”, o Rotaract club da Horta pretende alcançar o sorriso das crianças cuja situação financeira familiar possa ser menos favorável. fEIrA DAS OPOrtuNIDADES g Tem lugar no próximo domingo, dia 28 de Novembro a II edição da Feira de Rua. Organizada por um grupo de amigos, esta segunda edição da feira vai realizar-se na Quinta do Lomelino, na Feteira, das 14h00 às 18h00.


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não Fique na soMBra contra a violência

Grande adesão do público à iniciativa da Zimodas Marla Pinheiro fotos: carlos Pinheiro

g Na noite do passado sábado, a chuva não demoveu os faialenses de comparecerem em força na Sociedade Amor da Pátria, para assistirem ao desfile anual da Zimodas. Sob o mote “Não fique na sombra contra a violência”, a boutique faialense preparou um evento arrojado e original, onde colocou a moda ao serviço da consciencialização social, e chamou a atenção para a problemática da violência doméstica. Abordando vários momentos das situações de violência doméstica através de uma caracterização original dos manequins, o desfile recorreu à sonoridade peculiar do fado, e explorou conceitos como a vergonha, o silêncio, o momento da decisão e o momento da libertação, quando a vítima consegue ultrapassar o problema. A apresentação do desfile esteve a cargo da directora regional da Igualdade de Oportunidades, Natércia Gaspar, que classificou a iniciativa como um autêntico “exercício de cidadania”, não só da Zimodas mas de todos os cidadãos que colaboraram com a empresa. Lembrando que se tratou de um evento único na Região, a directora regional frisou a importância da sensibilização para este problema. “Este ano em Portugal já vamos em 40 vítimas mortais”, referiu, acrescentando que a responsabilidade de denunciar situações de violência doméstica recai sobre qualquer cidadão que delas tenha conhecimento. “Se sabemos que existe e não denunciamos estamos a ser cúmplices”, frisou. Durante o desfile decorreu uma campanha de angariação de fundos para a reabilitação de uma sala de atendimento à vítima na esquadra da PSP da Horta.


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19 DE NOVEMBrO DE 2O1O

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sessão plenária de noveMBro A Assembleia Legislativa regional reuniu esta semana na Horta para a sessão plenária de Novembro. Os trabalhos ficaram marcados pela discussão do Plano e Orçamento para 2011. Marla Pinheiro g Em 2011, o Governo Regional prevê um investimento na ordem dos 801 milhões de euros na Região. Dessa verba, estão inscritos no plano cerca de 505 milhões de euros, sendo que o restante montante advirá de fundos comunitários. Na análise da desagregação das verbas por ilhas, constata-se que o Faial é a terceira ilha com mais investimento. A ilha azul receberá 67.934 mil euros, logo a seguir à Terceira com cerca de 158 milhões, e a São Miguel, com 238 milhões. Ao Faial segue-se o Pico (66M), São Jorge (53M), Santa Maria (34M), Graciosa (33M), Flores (32M) e Corvo (6M). Dos 22 programas de investimento estabelecidos pelo Executivo, destaca-se o aumento da competitividade dos sectores agrícola e florestal, que surge em primeiro lugar no que toca ao montante de investimentos. Segue-se a qualificação profissional e defesa do consumidor, os transportes aéreos e marítimos, as infra-estruturas escolares, o ordenamento do território, o mundo rural, o turismo, os transportes terrestres, a saúde e as pescas. Quanto ao investimento na ilha do Faial, destaca-se a reparação na Escola Básica Integrada da Horta, a Casa Manuel de Arriaga, a recuperação das Igrejas do Carmo e São Francisco, o projecto do novo Matadouro, a referência à recuperação das Termas do Varadouro, a construção de uma creche, as obras do bloco C do Hospital da Horta e o Centro de Aditologia. O plano prevê a elaboração do projecto para a 2.ª fase da Variante, e a continuação das obras do Porto, entre outras coisas. Na Horta, o Executivo vai gastar ainda mais de 600 mil euros em obras de remodelação na sede da Assembleia Regional e no antigo edifício do Conservatório, que irá servir de apoio à Assembleia. De acordo com o Governo Regional, este plano visa a continuidade do desenvolvimento da Região, sem no entanto deixar de considerar o actual cenário de crise económica. Tendo isso em conta, foi dada prioridade ao apoio às famílias e às empresas. Até à hora de fecho da nossa edição, os documentos não tinham ainda sido votados. No entanto, a maioria socialista no hemiciclo açoriano garante a sua aprovação. A dúvida prende-se apenas com o grau de abertura da maioria às propostas apresentadas pelos partidos da oposição.

Plano e orçamento para 2011 em debate BErtO MESSIAS PEDE “rESPONSABILIDADE E cOErÊNcIA POLítIcA” à OPOSIçãO Antes do início dos trabalhos, na terça-feira o novo líder da bancada do PS/Açores na Assembleia Regional reuniu os jornalistas à mesa do pequeno-almoço, para apresentar formalmente a nova direcção parlamentar do partido. Com a saída do ex-líder parlamentar Hélder Silva, o terceirense Berto Messias, que é também líder da JS/Açores, assumiu a liderança dos socialistas no hemiciclo. A ele juntam-se na direcção parlamentar os vice-presidentes José San-Bento, Hernâni Jorge e Francisco César. O grupo parlamentar socialista decidiu ainda estabelecer dois lugares de vogais para a direcção, atribuídos a Alzira Silva e José Gaspar. Falando das prioridades da nova direcção, Messias salientou que, neste momento, as atenções estão centradas na discussão do Plano e Orçamento da Região para 2011, que decorre esta semana na Horta. Lembrando que estes são “documentos estruturantes para o futuro da Região”, o líder parlamentar do PS/A encontra neles uma lógica de “continuidade positiva”. Segundo os socialistas, para além de garantirem a continuidade do desenvolvimento regional, o Plano e o Orçamento para 2011 têm em atenção a actual conjuntura de crise económica. Berto Messias lembrou ainda que a Lei das Finanças Regionais é a única lei financeira nacional que não sofreu alterações para 2011, o que assegura que a Região irá receber 350 milhões de euros. Para o deputado, esta situação é um reflexo do bom trabalho do PS/A e do governo Regional como, de resto, já realçou na sua primeira intervenção em plenário, na terça-feira. O líder da bancada socialista reconheceu que, uma vez que o PS dispõe de maioria absoluta na Assembleia, a viabilização dos documentos não depende da oposição, no entanto pediu-lhes “coerência política e responsabilidade” na altura de votar. Para Messias, se a oposição criticou a “insensibilidade social” do Plano e Orçamento do Estado para 2011, não poderá encontrar razões para votar contra o Plano Regional, uma vez que este prevê um reforço da componente social, com o apoio às famílias. Instado a pronunciar-se sobre a abertura do PS/A às propostas dos partidos da oposição, Berto Messias garantiu a disponibilidade dos socialistas para debater e considerar todas as propostas, “desde que estas garantam o princípio do equilíbrio orçamental”. Para o parlamentar, não faz sentido que os partidos sugiram determinado investimento sem referir também uma solução para o necessário reenquadramento finan-

ceiro em termos de orçamento. A sessão plenária de Novembro contou já com a presença de Lúcio Rodrigues, que assumiu o lugar deixado vago na banca socialista por Hélder Silva. Com 31 anos de idade, Rodrigues teve um percurso activo na JS/Açores, sendo que neste momento é presidente da Junta de Freguesia da Praia do Almoxarife, pelo segundo mandato consecutivo. LuíS GArcIA rEIVINDIcA AErOPOrtO E VArIANtE Na quarta-feira, vieram a debate algumas questões directamente relacionadas com a ilha do Faial, levantadas pelo deputado Luís Garcia, em consequência das intervenções dos secretários regionais da Ciência Tecnologia e Equipamentos e da Economia. O social-democrata começou por alertar para a situação da rede viária na ilha azul, bastante debilitada, com destaque para alguns pontos críticos, como a estrada que liga o Largo Jaime Melo ao Alto da Ribeira do Cabo. Em relação à rede viária, o deputado alertou ainda para a velocidade a que avança a Variante à cidade da Horta. Nada satisfeito com o facto do Plano apenas comportar verbas para o projecto da 2.ª fase da obra, Garcia lembrou a José Contente que a obra está prometida “há 14 anos”, no entanto avança a passo de caracol. O deputado fez as contas e fez saber ao plenário que a Variante tem avançado 176 metros por ano. A Vasco Cordeiro, Luís Garcia mostrou a sua insatisfação pelo facto da ampliação da Pista do Aeroporto da Horta ter saído do Plano. O secretário regional da Economia disse ao deputado laranja que esse investimento não foi “cancelado”, mas sim “adiado”, e que tal se relaciona com o processo de privatização da ANA. No entanto, Garcia não deu por terminada a questão, e lembrou que em 2004 o presidente do Governo Regional se tinha comprometido em avançar com a obra caso a ANA não o fizesse. “Acabou-se o tempo das desculpas”, afirmou.

cDS-PP PrOPõE AquISIçãO DE AVIãO cArGuEIrO NO PLANO DA rEGIãO PArA 2011 Das propostas de alteração do Plano e Orçamento apresentadas pelos populares, o destaque vai para a aquisição de um avião mini cargueiro, “que possa levar à prática os discursos do desenvolvimento harmonioso e de combate aos efeitos da crise”, como salientou Artur Lima, em conferência de imprensa na passada segunda-feira. De acordo com o líder do CDS-PP, a actual frota da SATA não supre as necessidades de capacidade de carga, o que faz com que, por exemplo, seja frequente o não escoamento de pescado das ilhas. Para além desta proposta, que surge pelo terceiro ano consecutivo, o CDSPP propõe a criação de um regime de empréstimo de manuais escolares dos ensinos básico e secundário na Região, e ainda o reforço da promoção dos produtos açorianos, bem como das ajudas técnicas a cidadãos portadores de deficiência nos Açores. Demarcando-se de “posições preconceituosas e pré-definidas”, Artur Lima frisou que a orientação de voto dos populares de fará de acordo com o seguimento dos trabalhos parlamentares. No entanto, tendo em conta o cenário actual de crise, o líder parlamentar do CDS-PP admitiu ter uma “postura construtiva de apoio ao Governo”. Reconhecendo que este Plano têm “importantes medidas” de apoio à família e às empresas. Assim, Lima deixou a garantia de que os populares não votarão contra os documentos. PcP quEr AquISIçãO DE BArcO AMBuLâNcIA PArA O cANAL E POLIVALENtE DE PEDrO MIGuEL NO PLANO DE INVEStIMENtOS Aníbal Pires apresentou ao Parlamento Regional um conjunto de propostas de alteração ao Plano e Orçamento no valor de cerca de 10 milhões de euros. De entre as propostas, que o deputado do PCP deu a conhecer aos jornalistas, destaca-se a aquisição de um barco-ambulância para transporte de doentes no canal Faial/Pico e a

disponibilização de 250 mil euros para a construção do polivalente de Pedro Miguel. Reconhecendo que a proposta de Plano e Orçamento para 2011 apresentada pelo Governo Regional tem “algumas medidas positivas”, Aníbal Pires entende no entanto que o PCP não se revê nestes documentos, e frisa que as medidas apresentadas pelo partido visam “repor alguma justiça” nos mesmos. Nesse sentido, o partido entende haver espaço no Plano e Orçamento para mais medidas de minimização da austeridade imposta por Lisboa. Como tal, Aníbal Pires propõe um aumento de 2,1% da Remuneração Complementar dos trabalhadores que exercem funções da Administração Pública Regional e Local, e ainda um aumento do Complemento Regional de Pensão para 60 euros. Aníbal Pires apresentou também uma proposta de criação de passes sociais para os transportes terrestres, e do reforço das verbas para a Inspecção Regional do Trabalho e para o Plano de Combate ao Trabalho Precário, este último criado por iniciativa do PCP em 2009. O parlamentar comunista defende ainda um reforço de verbas para a promoção dos produtos açorianos e para a monitorização dos riscos de cheias e deslizamentos, bem como para as acções de limpeza na orla costeira. A construção de uma Marina na Graciosa e melhoramentos no Porto da Ribeira Quente e em Vila do Porto são outras das propostas do PCP, que pretende ainda um aumento nas bolsas dos investigadores científicos e o apoio ao Observatório Vulcanológico dos Açores, o reforço de verbas para a modernização administrativa e a melhoria das acessibilidades dos edifícios públicos para os cidadãos portadores de deficiência. Segundo Aníbal Pires, o PCP pretende continuar a trabalhar ao longo do ano, apresentando pontualmente medidas de apoio aos trabalhadores. Como tal, pretende apresentar uma proposta que visa o aumento do salário mínimo na Região, de forma a ser possível compensar também os trabalhadores do sector privado pelas medidas de austeridade.


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26 DE NOVEMBrO DE 2O1O

notícias

faial “faz o pleno” nos Galardões ecofreguesia Marla Pinheiro foto: Maria José Silva g Com o intuito de premiar as juntas de freguesia da Região pelas boas práticas ambientais, a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM) promoveu ao longo de 2010 o projecto Ecofreguesias. Na passada segundafeira, no Jardim Botânico do Faial, o director regional do Ambiente deu a conhecer aos jornalistas as freguesias vencedoras do concurso, que irão ostentar o galardão ao longo do próximo ano. No Faial, todas as 13 juntas de freguesia foram premiadas pelos seus esforços. Para João Bettencourt, é possível fazer um balanço “bastante positivo” do primeiro ano de implementação deste projecto. O director regional salientou que o facto das juntas de freguesia terem um conhecimento privilegiado do terreno é uma grande maisvalia para a identificação e erradicação de focos de poluição. Nesse sentido, este projecto revela-se uma importante ferramenta para a SRAM, no entanto também traz vantagens para as juntas de freguesia já que, para além de ficarem com a freguesia mais limpa, as autarquias premiadas têm prioridade nos protocolos com a Secretaria. No projecto, inscreveram-se freguesias de todas as ilhas do Faial. Das inscritas, 71 foram premiadas com o galardão, o que representa quase metade do total das freguesias açorianas. O júri do concurso era constituído por um representante da SRAM, um representante de uma associação a

JOãO BEttENcOurt O director regional do Ambiente pediu a adesão das Juntas de freguesia

nível local e ainda um representante do Município da freguesia em causa. Para além de sensibilizar para boas práticas ambientais e para a importância de uma eficiente gestão de resíduos, o Ecofreguesia permitiu passar das palavras à acção e remover uma considerável quantidade de lixo que poluía alguns locais das freguesias participantes. João Bettencourt adiantou aos jornalistas que, apesar de não ter sido possível quantificar os resíduos removidos em todas as ilhas, este projecto permitiu retirar várias toneladas de lixo, com destaque para os vidros e os plásticos, que poluíam essencialmente as costas das ilhas e as ribeiras. Para concorrer ao galardão, cada freguesia deveria planear uma acção

de sensibilização e uma acção de limpeza. Para tal, era necessário classificar os resíduos encontrados de acordo com a sua tipologia, e estimar a quantidade de lixo a ser removida, bem como assegurar o seu encaminhamento para um destino final adequado. No próximo dia 1 de Dezembro, serão entregues os galardões a todas as freguesias vencedoras na Região. Entretanto, o director regional do Ambiente adiantou que, tendo em conta os resultados positivos alcançados, o concurso repetir-se-á em 2011. Como tal, as juntas de freguesia interessadas deverão inscrever-se entre 14 de Janeiro e 12 de Fevereiro do próximo ano. “Esperamos que as freguesias continuem a colaborar connosco nesta iniciativa”, desejou João Bettencourt.

PLaGer.Gov Sustentabilidade na gestão dos resíduos da administração Marla Pinheiro foto: Maria José Silva g No seguimento da implementação da Resolução n.º 131/2006, de 6 de Outubro, que aprova o Plano de Gestão de Resíduos produzidos em Serviços da Administração Regional Autónoma, decorreu na passada semana no Jardim Botânico nos Flamengos, uma reunião da Comissão de Acompanhamento do Plager.GOV. Na iniciativa, promovida pelo Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, foram discutidas as boas práticas ambientais aplicadas em todos os departamentos, no sentido de melhorar o desempenho ambiental em matéria de resíduos da Administração Autónoma Regional, dos seus colaboradores e prestadores de serviços. O Plager.GOV, e de acordo com as declarações proferidas pelo directo Regional do Ambiente, João Bettencourt, “assume-se como uma ferramenta estratégica para efectivar o compromisso de gerir as actividades dos serviços do Governo

Tribuna das Ilhas LiC. maria Do CÉU Prieto Da roCHa Peixoto DeCQ mota CartÓrio rua da Conceição, n.º 8 r/c – 9900-080

CertiDão Narrativa Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada aos vinte e três de Novembro de dois mil e dez, de folhas noventa e sete, do Livro de Notas para escrituras Diversas número Noventa - E, do Cartório Notarial, a cargo da Notária Licenciada Maria do Céu Prieto da Rocha Peixoto Decq Mota, com Cartório na Rua da Conceição, n.º8 r/c, cidade da Horta se encontra exarada uma escritura de JUStifiCação NotariaL na qual afonso manuel Pereira NIF 110702590 e mulher fernanda maria da fonte fialho Pereira NIF 154000850, casados na comunhão de adquiridos, naturais da freguesia do Salão, deste concelho e na mesma residentes, na Estrada Regional, n.º43, declaram: Que são actualmente e com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios, situados na referida freguesia do Salão: Primeiro - Rústico, no Porto, de terra lavradia com a área de dezoito ares e quinze centiares, a confrontar a norte com José da Silva Raminha, sul Francisco da Rosa da Silveira, leste José de Deus e Silva e oeste Caminho, inscrito na matriz no artigo 322, com o valor patrimonial tributário de 44,50 € e atribuído de mil euros. Segundo - Rústico, no Porto, de terra lavradia com a área de dezanove ares e trinta e seis centiares, a confrontar a norte com Francisco da Rosa da Silveira, sul Pedro Silveira Pinheiro e outros, leste Ribeira e oeste Caminho, inscrito na matriz no artigo 326, com o valor patrimonial tributário de 44,50 € e atribuído de mil euros. terceiro - O direito a dois/terços do prédio rústico sito no Salto da Talisca, de terra de pasto com a área de vinte e nove ares e quatro centiares, a confrontar a norte, leste e oeste ribeira e sul Manuel Garcia Furtado, inscrito na matriz no artigo 883, com o valor patrimonial tributário de 13,33 € e atribuído de mil euros. Quarto - Rústico, no Jogo, de terra lavradia com a área de quatro ares e oitenta e quatro centiares, a confrontar a norte com José da Rosa da Silveira, sul Leonor Cândida Amaral, leste Francisco Furtado Jorge e oeste atalho, inscrito na matriz no artigo 3487, com o valor patrimonial tributário de 4,53 € e atribuído de duzentos euros. Quinto - Rústico, no Jogo, de terra de pasto com a área de quatro ares e oitenta e quatro centiares, a confrontar a norte com João Silveira de Medeiros, sul Francisco Silveira Gomes, leste Grota e oeste atalho, inscrito na matriz no artigo 3494, com o valor patrimonial tributário de 2,26 € e atribuído de duzentos euros. Sexto - Rústico, no Rebentão, de terra de pasto com a área de nove ares e sessenta e oito centiares, 8 confrontar a norte com Tomás Pereira Joaquim, sul José Silveira Venâncio e outros, leste Caminho e oeste José Duarte da Silveira, inscrito na matriz no artigo 4023, com o valor patrimonial tributário de 4,15 € e atribuído de quinhentos euros. Que estes prédios não se encontram descritos na Conservatória do Registo Predial da Horta. Que os adquiriram por compras efectuadas feitas há mais de vinte anos, o direito mencionado em segundo a Maria da Glória Medeiros e os restantes a João Medeiros, solteiro, maior, residente na referida freguesia do Salão, tendo liquidado na altura o imposto de sisa mas não tendo outorgado as respectivas escrituras de compra e venda. Que desde essa altura até hoje que estão na posse destes prédios, sem a menor oposição de ninguém; posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário, tendo-os ocupado, feito sementeiras, cortes de erva, pago contribuições e impostos, tendo retirado dos prédios todas as utilidades normais, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública. Adquiriram assim os referidos prédios e direito predial por usucapião e, dado o modo de aquisição, não possuem títulos, estando impossibilitados de comprovar estas aquisições pelos meios normais. É certidão-narrativa que fiz extrair e vai conforme o original. Horta, vinte e três de Novembro de dois mil e dez A Colaboradora, por delegação do Notário: filomena teresinha Pereira Serpa

Normas de prevenção de roedores em jornal oficial Regional dos Açores, de acordo com o princípio do desenvolvimento sustentável e a preservação contínua do meio.” O Plager.Gov foi criado em 2006 e visa a gestão dos resíduos da administração regional. À margem da reunião, João Bettencourt, sublinhou ainda que “com este projecto pretende-se, acima de tudo, sensibilizar os serviços para a implementação de medidas de redução e reutilização dos resíduos. Em segundo plano, pretende-se que os resíduos produzidos sejam correctamente reencaminhados.” Quatro anos depois deste programa ter

entrado em vigor o balanço é positivo, “o sucesso das medidas que foram implementadas é visível. Houve uma redução efectiva de produção de determinados resíduos e pretende-se dar continuidade a estas medidas, incentivando todos os serviços para estarem atentos a esta problemática”. Associado a este evento realizar-se-á uma visita técnica à Central de Triagem de resíduos de embalagens da Horta, de modo a dar a conhecer o que acontece a este resíduos depois de colocados nos ecopontos para posterior encaminhamento para reciclagem.

g Foi publicado em Jornal Oficial o diploma que estabelece nos Açores as normas de prevenção, controlo e redução dos riscos associados à presença das espécies de roedores de campo, invasores e comensais que comportam risco ecológico. Este decreto legislativo regional visa garantir o uso sustentado dos pesticidas de acção rodenticida, através da definição de um conjunto de procedimentos a aplicar às actividades humanas susceptíveis de contribuir, directa ou indirectamente, para a proliferação daquelas espécies. Alcançar a sustentabilidade ambiental e a protecção da saúde pública, da saúde animal, da biodiversidade, das culturas e de equipamentos e infra-estruturas são outros dos objectivos.

O regime agora instituído aplica-se às actividades humanas dos vários sectores da economia cujos métodos de produção, transformação, distribuição e/ou comercialização actuem como geradores de distúrbios no ecossistema e distribuidores de recursos, proporcionando atractivos à proliferação e dispersão de roedores nocivos. As estratégias de controlo de roedores incluem ainda a elaboração de um Manual de Boas Práticas, a obrigatoriedade de implementação de Planos de Controlo de Roedores para as actividades económicas sujeitas a aprovação oficial e a definição de um modelo de actuação concertado entre todas as entidades com responsabilidade em matéria de controlo de roedores.


cultura

Tribuna das Ilhas

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cineMa no teatro Faialense (Hortaludus; dia 27, 21h30; > 16) g (Hortaludus; dia 27, 21h30; > 16)

Em 1987 Oliver Stone estreava Wall Street, estrelado por Michael Douglas. Cáustico e polémico, o filme centravase na frenética vida da Bolsa de Valores de Nova Iorque, e tornou-se uma referência, valendo a Douglas o Oscar para melhor actor. Vinte e três anos depois, Stone apresenta a sequela. Neste segundo filme, Douglas juntase o jovem promissor Shia LaBeouf (Transformers), e ainda Josh Brolin (Milk), Carey Mulligan (Uma Outra Educação), Susan Sarandon (O Cliente) e Frank Langella (Frost/Nixon). A trama da sequela passa-se em 2001, ano em que Gordon Gekko (Douglas) deixa a prisão após ter passado oito anos detido. O corrector da Bolsa de Nova Iorque condenado por fraude, lavagem de dinheiro e extorsão, é finalmente posto em liberdade. Agora, sem possuir nada e sem ninguém que o espere, apenas quer recuperar a relação com a filha (Mulligan). Esta está noiva de Jake

Wall Street – o dinheiro nunca dorme Moore (LaBeouf), um jovem brilhante e ambicioso que faz milhões de dólares na KZI, uma empresa altamente rentável liderada por Louis Zabel (Langella), seu amigo e mentor. Quando uma onda de rumores faz cair as acções da KZI, Zabel é compelido a vender a empresa por um valor insignificante. Jake decide procurar Gordon com quem faz uma aliança: quer informações que permitam destruir quem acabou com a reputação do seu mentor e em troca propõe-se a ajudá-lo na reaproximação com a filha. Este é o primeiro filme de Stone a receber uma sequela. O consagrado realizador é conhecido pelas suas abordagens controversas e pela sua preferência por temas relacionados com a história recente norte-americana, como é o caso de Nascido a 4 de Julho, Nixon, JFK, entre outros.

romance de Gonçalo m. tavares considerado melhor Livro estrangeiro estrangeiro D.r.

g O romance Aprender a Rezar na Era da Técnica, do português Gonçalo M. Tavares, foi considerado o melhor livro estrangeiro publicado em França em 2010. O prémio

DOuGLAS E LABEOuf O “dinossauro” Michael Douglas divide a tela com o promissor Shia LaBeouf

Óscares 2010

literatura- eM França

foi entregue no passado fim-desemana. O livro foi publicado em Portugal em 2007, tendo este ano chegado às livrarias francesas. Trata-se do quarto romance da série O Reino, da qual fazem ainda parte os livros Um Homem: Klaus Klump, A Máquina de Joseph Walser e Jerusalém. O romance conta a história de um médico que decide seguir a carreira política, fazendo uma viagem pela condição humana, dando a conhecer uma personagem fria e calculista que despreza a sociedade. O Prix du Meilleur Livre Étranger foi criado em 1948. A lista de premiados contempla obras como O Homem Sem Qualidades, de Robert Musil ou Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Marquez. Obras de autores como Mario Vargas Llosa, ou Philip Roth fazem também parte da lista de premiados.

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animação perde dois candidatos g Já são conhecidos os 15 pré-nomeados ao Óscar de Animação. A grande novidade, no entanto, é de só serem seleccionados três filmes este ano, ao contrário dos habituais cinco. Dos 15 nomeados, destacam-se Como Treinares o Teu Dragão e Toy Story 3, das rivais Dreamworks e Pixar, respectivamente. A estes juntam-se entre os favoritos filmes como Shrek Para Sempre; Gru, O mal disposto; A Lenda dos Guardiões, Megamind e ainda a mais recente produção da Disney, Rapunzel. Destaque ainda para Le Illu-sioniste, do francês Sylvain Chomet, feito em animação tradicional. O ano passado o prémio foi para UpAltamente, produzido pela Pixar. De resto, desde a criação deste prémio, em 2001, esta produtora já o arrecadou por 5 vezes. As nomeações aos Óscares serão anunciadas no próximo dia 25 de Janeiro, em Los Angeles. A cerimónia de entrega decorrerá a 27 de Fevereiro.

nomeados na categoria de Documentário, dos quais apenas cinco vão ser nomeados para a 83ª edição dos Oscares. O destaque vai para o controverso Exit Through the Gift Shop, do artista britânico Banksy, e ainda para Waiting for Superman e Inside Job - A Verdade da Crise. A estes juntam-se Client 9: The Rise and Fall of Eliot Spitzer, Enemies of the People, Gasland, Genius Within: The Inner Life of Glenn Gould, The Lottery, Precious Life, William Kunstler: Disturbing the Universe, Waste Land, Quest for Honor, Restrepo, This Way of Life e The Tillman Story. D.r.

uP-ALtAMENtE O filme da Pixar foi o vencedor da última edição

EMENtA PArA DOMINGO

cArNE DE POrcO à ALENtEJANA cArNE E PEIxE VArIADO AceitAm-se ReseRvAs

SErVIMOS rEfEIçõES PArA fOrA PrAtO DO DIA (O PrAtO, A BEBIDA E uM cAfé - 6 EurOS) - Só DE SEMANA encerrado à terça-Feira

TEmOs sEmPRE bOm PEixE Festas de Natal

Pré-NOMEAçõES PArA MELHOr DOcuMENtÁrIO tAMBéM JÁ SãO cONHEcIDAS São também já conhecidos os 15 pré-

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REPORTAGEM

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iii Mostra gastronÓMica luso galaica

Promover os açores através da Gastronomia D.r.

Maria José Silva foto: Marla Pinheiro g Decorreu na passada semana na cidade da Horta, a III Mostra Gastronómica Luso Galaica, uma organização da Câmara do Comércio e Indústria da Horta, em parceria com a Confraria Luso Galaica e com o Município da Horta. O restaurante Barão Palace foi o anfitrião de um almoço destinado aos Jornalistas e que teve como objectivo apresentar o programa daquela mostra que já vai na sua terceira edição e em que os mariscos e o cozido de Lalin estiveram em grande destaque. O presidente da Câmara do Comércio e Indústria da Horta, na ocasião, sublinhou a importância da realização de eventos desta natureza para “promover o Faial pela vertente gastronómica, junto de um público-alvo diferente daquele que nos visita habitualmente. À semelhança de outras regiões, pelo prato se desloca muita gente e a nossa ideia é colocar o Faial nesse uso da gastronomia na promoção turística.” Ângelo Duarte referiu ainda que “nesta área, a criação e a inovação são palavras-chave para o sucesso” e adiantou que a CCIH vai também participar nas feiras de Vigo e da Corunha, prosseguindo o objectivo de divulgar os produtos açorianos e o destino Triângulo em outros territórios. O Grão-Mestre da Confederação Luso-Galaica, António Reguera Repiso também destacou a pertinência destes certames, na medida em que permitem que o povo da Galiza tome conhecimento de outras realidades. Um desejo dos responsáveis espanhóis é levar a Horta a participar numa das suas Feiras, quiçá mesmo com iguarias típicas, como sejam as Sopas do Espírito Santo, por ocasião da Feira do Cozido de Lalín, que decorre anualmente a 23 de Fevereiro. “Os tempos são de crise, mas temos que potenciar o que temos de melhor” – referiu António Repiso. Ainda no âmbito desta mostra foram entregues medalhas de ouro à Câmara do Comércio e Indústria da Horta e à Câmara Municipal da Horta. José Leonardo, vice-presidente do Município, disse na ocasião que, para além de reforçar a importância de eventos deste género, revelou ainda que a CMH está a projectar uma iniciativa, denominada “Peixe é fish”, para promover os pratos de peixe do Faial. João Castro, presidente da CMH, admitiu que estas mostras “ensinamnos que as coisas não acontecem por acaso e a gastronomia pode ser um ponto de agregação e desenvolvimento”. Durante esta III Mostra Gastronómica Luso-Galaica foram entregues os “Pratos de Ouro”, um galardão atribuído pela Rádio espanhola, ao restaurante Barão Palace e ao Restaurante Varandas do Atlântico (Hotel Fayal). Foram ainda entronizados novos confrades da Confraria Gastronómica Luso Galaica, conforme pode ler abaixo.

MuNIcíPIO AcOLHE cOMItIVA LuSO-GALAIcA O Presidente da Câmara Municipal da Horta recebeu em audiência de apresentação de cumprimentos, a comitiva espanhola proveniente da zona da Galiza e que promoveu na ilha do Faial III Mostra Gastronómica Luso-Galaica. Nicolás Varela, vereador do Turismo do Município de Lalín, o maior Município de Pontevedra, da Galiza com cerca de 21 mil habitantes, expressou, na ocasião, a importância da realização destas mostras gastronómicas, na sua terceira edição, e do intercâmbio que tem sido potenciado, com o intuito de divulgar as duas regiões. A comitiva integrou, também, o Grão-Mestre da Confederação LusoGalaica, António Reguera Repiso e o Presidente em Portugal da Fundação Luso-Galaica, Gumercindo de Oliveira Lourenço. O Grão-Mestre da Confederação Luso-Galaica pertence à Fundação Luso-Galaica há mais de vinte anos, tendo começado por assumir a presidência da Confederação de Comercio Luso-Galaica, posteriormente transformada na Confederação Luso-Galaica de Pymes, criando mais recentemente a Fundação Luso-Galaica, declarada de interesse galego pela Junta da Galiza, no seio da qual nasceu a

Confraria Gastronómica Luso-Galaica com o objectivo de defender a gastronomia tradicional da Galiza e Portugal. Da comitiva faz também parte Mirito Torres, avô do futebolista do Atlético de Madrid, Fernando Torres, locutor da Rádio de Turismo da Galiza, que entrou em directo, a partir dos Paços do Concelho, para aquela estação e que fez também, a partir do Barão Palace, um directo sobre a Horta, seus costumes e projectos. mJS cOzIDO DE LALIN E SOPAS DO ESPírItO SANtO PODErãO SEr IrMANADOS A representar o município galego de Lalin nesta Mostra Gastronómica esteve o responsável municipal pelo turismo, Nicolás Varela García. Depois do almoço de degustação do famoso cozido de Lalin, na passada sexta-feira, Nicolás mostrou-se bastante satisfeito com o balanço desta sua passagem pela Horta: “Estou encantado com o acolhimento que tivemos. É um orgulho apresentar o nosso prato rei na Horta, e incentivar os faialenses a visitar Lalin. Em Lalin, iremos certamente incentivar os nossos habitantes a virem também visitar a Horta”, assegurou o galego ao TRIBUNA DAS ILHAS. Em Lalin, a gastronomia aliada ao turismo tem sido uma aposta consistente, com resultados comprovados.

Nicolás não duvida de que o Faial tem condições para fazer o mesmo: “o Faial tem muito potencial em termos de gastronomia. Têm matéria-prima de grande qualidade, como as carnes, os mariscos, o peixe, os queijos e os vinhos. Aliando esta oferta gastronómica à vossa oferta náutica e de natureza penso que é possível passarem a dispor de uma enorme atracção em termos turísticos”, considera. No entanto, lembra que a Feira do Cozido de Lalin é uma iniciativa que conta já com 43 edições, ou seja, a consolidação de uma boa oferta turística com base na gastronomia faz-se com tempo, e os resultados aparecem a médio e longo prazo. Desta passagem do representante de Lalin pela Horta ficou a possibilida-

de de se fazer uma espécie de “geminação gastronómica” entre as duas cidades. Ao TRIBUNA DAS ILHAS, Nicolás explicou que o município de Lalin tem por hábito irmanar o seu cozido com cozidos de outras localidades espanholas e também de outros países. Quando soube que uma das referências gastronómicas do Faial era as Sopas do Espírito Santo, que são, no fim de contas, uma espécie de cozido, Nicolás colocou a possibilidade de irmanar o prato galego com o faialense: “porque não fazer esse intercâmbio, e durante a nossa Feira do Cozido levar a Lalin um cozinheiro faialense para confeccionar as vossas sopas do Espírito Santo, de modo a mostrá-las lá, e fazer disso uma coisa permanente?”, referiu. mP


Tribuna das Ilhas

Dia internacional para a eliminação da violência contra as mulheres

I ENtrONIzAçãO DA cONfrArIA LuSO GALAIcA A Confraria Luso Galaica entronizou na passada sexta-feira, dia 19 de Novembro, oito novos confrades, no decorrer da III Mostra Gastronómica Luso Galaica. A cerimónia, que decorreu, uma vez mais, no Museu da Horta, entronizou oito novos confrades. Do Faial prestaram juramento Bento Leonardo, Hugo Goulart, António Dias e Evaristo Brum, e da ilha do Pico Arlindo Bettencourt, Daniel Rosa,Tomás Brum e Jaime Matos. Assim, a Confraria Luso Galaica passou a contar com 18 confrades no Faial, cujo Presidente Honorário é Ângelo Duarte, presidente da CCIH, entidade promotora da Mostra Gastronómica Luso Galaica. Após o juramento dos confrades, foi tempo para a fotografia de “família”, seguida de jantar. Antes da cerimónia, houve uma missa na igreja Matriz do Santíssimo Salvador. A Confraria de Gastrónomos Luso Galaicos tem como objectivo promover e divulgar o património gastronómico tradicional da Galiza e de Portugal. SG INVEStIDOr VÊ “GrANDE POtENcIAL” NAS tErMAS DO VArADOurO

Durante a Mostra Gastronómica, esteve no Faial Gumercindo de Oliveira Lourenço, presidente da Fundação Luso-Galaica em

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Portugal. Para além da presidência da fundação em solo português, Gumercindo é um reconhecido empresário a nível nacional. Para

além de outros empreendimentos, é proprietário das Termas de São Vicente – Palace Hotel & Spa, em Penafiel. Em conversa com o TRIBUNA DAS ILHAS, o investidor considerou que a ilha do Faial ainda tem potencial por explorar. Impressionado com a quantidade de património abandonado que encontrou na Horta, Gumercindo entende que seria pertinente a existência na ilha de uma “boa marisqueira”. Em relação às Termas do Varadouro, Gumercindo não duvida de que seria bom para o Faial dispor de um “spa moderno”, num empreendimento dotado de uma piscina dinâmica de água termal, que poderia servir não apenas os visitantes mas também os locais. Impressionado com o clima ameno dos Açores e com a hospitalidade que encontrou junto dos faialenses, o empresário não entende que já não exista espaço no mercado para investimentos na área do turismo termal. Falando por experiência própria, garante que os três hotéis que possui nesta área de negócio vão de vento em popa. “O importante é marcar a diferença”, entende. Quando falou aos jornalistas, Gumercindo ainda não tinha visitado o edifício abandonado das Termas do Varadouro. No entanto, não descartou a hipótese de um investimento no Faial. Em conversa com os órgãos de comunicação social, o empresário deu indícios de já ter pensado no assunto, nomeadamente em relação à melhor forma de colocar materiais de construção na ilha. mP

g Comemorou-se ontem, quintafeira, dia 25 de Novembro, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. No âmbito das comemorações a delegação do Faial da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta organizou um colóquio versando a discriminação social. Este colóquio decorreu na Escola Profissional da Horta e, pretendeu dar uma visão global da problemática da discriminação, sobretudo numa altura em que se fala muito em bullying. Abordadas ainda foram as problemáticas das necessidades educativas especiais e da violência conjugal, através da perspectiva e abordagem de diferentes instituições, tendo em vista despertar consciências para este flagelo social e aperfeiçoar mecanismos de interacção entre as mesmas, tendo por objecto, uma oferta de um serviço adequado à vitima/cidadão. À semelhança do ano passado este ano também a UMAR preparou, em conjunto com os alunos da profissional, uma peça de teatro versando estes três temas, intitulada “Discriminação Social”. Carla Mourão, psicóloga da UMAR do Faial, fez a abertura do seminário e explicou aos presentes que “estas problemáticas têm vindo a ser abordadas, sobretudo neste último ano”. Na ocasião, também José Leonardo, vice-presidente da CMH, frisou que o Município tem vindo a desenvolver acções de sensibilização no sentido de minorar estas

situações e, sobretudo alertar as pessoas para estas problemáticas que são, no entender do autarca “autênticos flagelos sociais.” José Manuel Braia Ferreira, que esteve durante vários anos na liderança da CPCJ, veio mostrar o exemplo britânico da igualdade e direitos humanos. A Polícia de Segurança Pública da Horta também marcou presença neste colóquio, à semelhança de anos anteriores, desta feita com o Subcomissário Raimundo Dias a relatar um episódio de violência doméstica. O tema central e que tem merecido destaque por todo o país e considerado pelos profissionais como um flagelo, falamos do byllying, foi trazido a debate pela Dra. Fátima Porto e pela pediatra Dora Gomes. A representante da DAS da Horta, Claúdia Rocha, falou aos presentes do pólo operacional de apoio integrado à mulher em risco no Faial. Também a escola secundária apresentou, durante a tarde um trabalho sobre a Violência Sobre a Mulher. Lina Alvernaz, da NEE, trouxe a lume as necessidades educativas especiais, como sejam, as rampas para pessoas com mobilidade reduzida ou o estudo acompanhado a alunos com restrições de aprendizagem. O colóquio encerrou com a Directora Regional de Igualdade de Oportunidades, Natércia Gaspar, a alertar para as consequências da violência conjugal. Paralelamente esteve patente ao público a mostra “Pé Descalço” realizada pela APADIF.


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OPINIãO

Tribuna das Ilhas

rapidinhas factuais

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Paulo Oliveira

exercício do cargo de vereador, mesmo na oposição, permite-nos ter acesso a alguma informação que, a maioria dos Faialenses desconhece. cMH Estar mais próximo do poder, tão perto ou tão longe quanto nos deixam estar, revela situações preocupantes, que não só nos tiram algum sono, como nos responsabiliza na sua divulgação, na partilha do seu conhecimento com os Faialenses, sob pena de, mais tarde, nos virem pedir co-responsabilidades sobre opções e rumos, que não são os nossos, com os quais não nos identificamos, mas, mais grave, que não conseguimos influênciar ou forçar a reorientação politica, por manifesta falta de peso eleitoral. Por outro lado, temos vindo a constatar que, do pouco que é feito, ou é mal feito, ou é feito pela metade... Quando tal afirmei, acusaram-me de ser perfeccionista, de ser demasiado exigente.... Ah, pois sou, e com muito orgulho, dando seguimento à educação e formação que recebi. Se calhar, sou mesmo demasiado exigente, na qualidade do trabalho que faço ou supervisiono, única forma de “nivelarmos por cima”, e de vencermos os desafios da actualidade, e da crise global. Por isso é que me indigno quando,

ao apontar o dedo ao imperfeito, me respondem com um à vontade atroz, que: “Foi o melhor que se conseguiu arranjar, ou o melhor que soubemos fazer... não somos perfeccionistas”. Na recente alteração dos Estatutos das Empresas Municipais, HortaLudus e UrbHorta, deu-se apenas cabimento às recomendações do Tribunal de Contas, ficando o cumprimento da restante legislação para mais tarde... Na aprovação do Plano de Urbanização, não se aprovou um plano óptimo, mas sim um “bom plano”, que, de tão imperfeito que é, a sua aplicabilidade tem levantado inúmeras questões, pelo que já se considera a sua alteração... No Protocolo de Cooperação entre a Câmara Municipal da Horta e a HortaLudus, para a gestão do Centro Dr. Manuel de Arriaga - antiga Escola Básica P3 / Cônsul Dabney, também se esqueceram da componente financeira... Fazem-se instalações sanitárias para PMR – Pessoas com Mobilidade Reduzida, inacessíveis, com degraus, com portas a abrirem para dentro, etc.... E assim se vão fazendo as coisas pela metade, à velocidade adequada ao Faial, e aos faialenses que ainda continuam a achar que, assim, um dia, lá chegaremos. ccIH A Câmara do Comércio e Indústria da Horta comemorou mais uma vez o seu aniversário – o 117º.

Uma data notável, para uma Instituição de Utilidade Pública centenária, que se orgulha, certamente, do seu passado. Penso que já não se poderá dizer o mesmo do seu presente..., mas hoje, não vou por aí. Vou apenas referir que o Jantar de Aniversário foi criado com o objectivo de juntar os empresários, de homenagear o passado, analisar o presente e emitir recomendações para o futuro. Ora bem, no jantar do passado dia 9 de Novembro, pouco ou nada disto se verificou. As homenagens do passado não ocorreram... ninguém (?) mereceu destaque. A análise do presente ficou-se pelas circunstâncias... porreiro, pá!... Recomendações para o futuro, nem pensar... Talvez porque, mais do que um jantar de empresários, tenha sido um jantar de representações institucionais e partidárias, já que os empresários estavam em notória minoria. Encher uma sala não é difícil, e é muito mais fácil se houver paparoca de borla, para os habituais desfiles de vaidades, de gentes que nunca desenvolveram actividade empresarial, com rendimento mensal incerto. Difícil, é encher uma sala com empresários motivados, e que paguem a sua quota parte do jantar. E isso, esta Direcção mostrou mais uma vez a sua incapacidade para o fazer.

crISE À medida que a crise avança, é cada vez mais difícil amordaçar a revolta popular que, em ritmo crescente, vai manifestando o seu descontentamento. Dos primeiros assobios só de alguns, passou-se à crítica de mais alguns nos diversos órgãos de comunicação social, aproximando-se uma greve geral, cujo sucesso ou insucesso, neste momento em que escrevo, ainda desconheço. O que conheço, e cada vez melhor, é que o cesto cada vez mete mais água, e este é cada vez mais um caminho sem volta, em espiral que a todos entontece. O Estado arroga-se ao direito de perverter e adulterar os direitos dos trabalhadores, consequência de anos e décadas de luta, há mais de 30 anos, desde o 25 de Abril de 1974, mas continua a proteger os privilégios e benesses daqueles que, há meia dúzia de dias, entraram, pela porta do partido, nos mais diversos e inúteis cargos supérfluos... Será assim tão difícil cortar na própria carne, nos boys and girls? rOSAS A crítica vai aparecendo, cada vez mais de sectores técnicos, e insuspeitáveis, do ponto de vista politico. E ainda dói mais, quando a critica acontece, inesperada e incontrolável, vinda de entrevistas a faialenses que desenvolvem a sua actividade profissional noutras paragens, já que, aqui, no Faial, não encontraram a receptivi-

dade e o carinho para subirem na vida, de forma honesta e independente. O curioso é que, por cada entrevista ou artigo crítico que aparece, os colunistas do partido do poder se desmultiplicam em contos de fadas, reeditando o Milagre das Rosas da Rainha Santa Isabel, fazendo brotar dos seus regaços as mais belas “coisas”, neste tempo de crise que a todos afoga. O espaço das colunas, das linhas e das palavras da imprensa escrita é disputado taco a taco, e vale tudo, desde que seja para salvar as pétalas cada vez mais murchas de uma rosa que há muito se tem vindo a desflorar... Não há político que consiga contrapor o rigor da verdade nua e crua de um sector da saúde cada vez mais doente. Não há político que consiga argumentar contra uma justiça cada vez mais injusta. Não há político que consiga defender esta educação que, de reforma em reforma, regride. Como nunca haverá um aspirante a politico, que nem empresário é, que consiga defender uma direcção do Grémio Comercial que há muito perdeu a confiança da maioria dos seus associados. Homens e Mulheres livres, precisam-se cada vez mais, de cá e de além mar, para libertar o país, a região e a ilha das mordaças que nos impedem de sermos... felizes! Contributos, para po.acp@mail.telepac.pt

a era dos investimentos reprodutivos...Só para o faial Jorge costa Pereira

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Através da Resolução do Conselho do Governo n.º58/2009, de 26 de Março de 2009, Carlos César afirmava textualmente "não ser exequível financeiramente avançar com a construção do Estádio Mário Lino, dando prioridade à requalificação da Escola Básica Integrada da Horta". E, quando se esperava que as obras naquela escola conhecessem um incremento assinalável, afinal 2009 foi-se, 2010 está a findar e, sabe-se agora, que nem o projecto dessa obra está ainda pronto devido à introdução de alterações por parte da tutela!

2

Em Junho passado, o presidente do Governo, especialista em justificações e desculpas para o que não se faz no Faial, saiu-se com estas afirmações: "...em função da situação que nós vivemos, [é] mais importante afectar os recursos que temos a dimensões imediatamente reprodutivas e geradoras de emprego, do que a outros empreendimentos que só poderão ter um efeito a médio prazo ou que não têm mesmo um efeito empregador e economicamente reprodutivo, independentemente da uti-

lidade (...)". E concluiu: " Se me perguntassem se era mais importante o estádio Mário Lino no Faial ou a recuperação e o reordenamento da bacia portuária da Horta e a construção do cais de cruzeiros, nós evidentemente optamos pelo cais de cruzeiros e o reordenamento da bacia da Horta."

3

Como se vê, num ano, a desculpa de não se fazer o Estádio Mário Lino deixou de ser as obras na Escola Básica Integrada da Horta e passou a ser a obra do Porto. Mas até estaríamos na disposição de aceitar esta mudança, se o argumento enunciado pelo presidente do Governo (de que neste período de crise, mais do que nunca, importa afectar os recursos públicos aos investimentos que sejam geradores de emprego e com efeito reprodutivo na economia) fosse aplicado a todos os investimentos em todas as ilhas dos Açores.

4

Mas, infelizmente, não é isso que se verifica. E os exemplos não faltam. Mas centremo-nos nos que são mais "escandalosos". Depois de ter dito em Junho o que disse, foi o mesmo presidente do Governo que manteve na Anteproposta de Plano para 2011 o projecto de cobertura do Estádio de São Miguel, com uma verba de mais de três milhões de euros. E nada temos contra esse investimento. Agora não se pode é enunciar critérios gerais (aceitáveis e

com os quais até concordamos) e depois aplicá-los só para alguns casos. O que é que a cobertura do Estádio de São Miguel tem de maior efeito reprodutivo na economia e no emprego que a construção do Estádio Mário Lino na Horta, de tal forma que um avançaria e o outro ficaria para trás? A contradição era tão óbvia e a injustiça tão grande que, da Anteproposta para a Proposta de Plano, o Governo autocorrigiu-se e retirou desta a cobertura do Estádio de São Miguel.

5

Mas permanecem outros exemplos, que até se decidiram lançar agora, e que provam que as palavras de Carlos César sobre as prioridades no investimento não passam disso mesmo: apenas palavras. E um dos exemplos que ressalta à vista é o chamado "Arquipélago - Centro de Arte Contemporânea" a construir na cidade da Ribeira Grande, dotado com mais de seis milhões de euros. Novamente não temos dúvidas de que seria um investimento, em tempos "normais", de aplaudir. Mas, nesta altura de especiais dificuldades e crise, temos sérias reservas sobre os seus efeitos reprodutivos na economia e no emprego. É que até o próprio governo tem exemplos recentes da imprevisibilidade neste tipo de investimentos: a "Casa Armando Corte-Rodrigues Morada da Escrita", sita à Rua José Raposo do Amaral, na cidade de Ponta

Delgada, inaugurada em Janeiro de 2007, depois de obras significativas, destinava-se a ser "um espaço de escrita, um ponto de encontro com figuras e obras no domínio da literatura, através da dinamização de actividades culturais, recorrendo ao imaginário poético que têm dos Açores". A verdade é que ela está agora praticamente fechada e sem utilização há um ano e, por isso, será entregue ao Instituto Cultural de Ponta Delgada!....

6

Na passada semana a Atlanticoline apresentou, aqui na Horta, as principais conclusões de um estudo sobre o transporte marítimo de passageiros nos Açores, que havia encomendado à empresa "BMT - Transport Solutions" em 2009. Da sessão a que tivemos a oportunidade de assistir, retirámos as seguintes conclusões: a) o estudo recomenda que a Região proceda à aquisição de navios de alta velocidade para o transporte marítimo de passageiros inter-ilhas, por ser uma opção economicamente mais vantajosa do que recorrer ao afretamento; b) a Atlanticoline já optou em mandar construir os navios que vão fazer a ligação entre o Faial e Pico, escolhendo para esse fim, não a primeira, mas a segunda opção do estudo; c) o estudo recomenda a criação de "uma ou mais plataformas logísticas" para se reduzirem os custos operacionais, passando-se dos actuais navios que

garantem o transporte marítimo de mercadorias entre o Continente e os Açores para apenas uma embarcação de 1.700 contentores que se articulará com três navios mais pequenos; d) os autores do estudo reconheceram, naquela sessão, expressamente, que se esta opção das plataformas logísticas vier a ser implementada, isso vai naturalmente prejudicar várias ilhas em relação aquilo que hoje têm no transporte marítimo de mercadorias; e) este estudo foi concluído em Abril/Maio de 2010. Logo, não há dúvida que ele foi permeável a toda a polémica que rodeou a aprovação do Plano Regional de Ordenamento do Território (PROTA), que aconteceu a 15 de Junho de 2010. Só isso pode justificar que, num estudo que se destinava a analisar o transporte marítimo de passageiros entre as ilhas dos Açores, se tenha acabado por incluir, sem nenhuma explicação lógica, um capítulo sobre os transportes marítimos de mercadorias entre os Açores e o Continente, no qual, sintomaticamente, se defende a criação de plataformas logísticas! As explicações que foram dadas pelo representante da Atlanticoline e a falta confrangedora de argumentos por parte da BMT na defesa da opção das plataformas logísticas, são a prova de que a inclusão deste capítulo naquele estudo não foi acidental, nem ocasional, nem muito menos inocente! 22.11.2010


desporto

Tribuna das Ilhas

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Horta recebe Campeonato Sporting da Horta vence na Luz regional de karaté andeBol

g Tem lugar no próximo Domingo, o Campeonato Regional de Karaté dos Açores, na categoria de Cadetes e Júniores, prova organizada pela Associação de Karaté dos Açores, sob a égide da Federação Nacional de Karaté Portugal. O Campeonato tem lugar na Escola Secundária Manuel de Arriaga com início pelas 9 horas e é esperada a participação de mais de meia centena de atletas, das várias ilhas onde já se pratica a modalidade. A Associação de Karaté dos Açores participa nesta prova com uma comitiva de três deze-

nas de elementos: Clube de Karaté-do Shotokan de Angra do Heroísmo (Daniela Reis, Ana Pereira, Maria Borba, Amélia Silva, Filipa Rosa, José Gonçalves e Joaquim Borba); Clube de Karaté-do Shotokan "O Morro" (Adriano Pimentel); Clube de Karaté-do Shotokan da Horta (Daniela Hilário e Pedro Ribeiro), Academia de Karaté de Vila Franca do Campo (Gil Vieira e Milton Fanfa), Clube de Karaté-do Shotokan da Relva (Raquel Rego), Centro de Karaté de Lagoa (Luís Mota, Alexandre Carreiro, André Raposo e Marco Botelho) e Associação Juvenil da Ilha de

Santa Maria (Rita Moura). Acompanham a comitiva os treinadores (Salvador Correia, Nelson Rego, António Moniz, Sérgio Oliveira e João Costa), os técnicos de arbitragem (Carlos Gomes, José Goulart, Bruno Duarte, Vítor Pereira e Marco Afonso) e ainda o VicePresidente da AKA (José Tomé Costa), a secretária (Cátia Lobão) e o Director Técnico (João Guiod Castro). Todos os karatecas apurados nesta prova ficarão automaticamente seleccionados para participar na fase nacional a disputar no próximo dia 18 de Dezembro em Loulé.

FuteBol – caMpeonato da aFH

flamengos iguala fayal g No passado fim-de-semana o Futebol Clube dos Flamengos foi às Canadinhas vencer o Feteira por 1-2. Os três pontos permitiram aos jogadores do Vale igualar na classificação o líder Fayal, que folgou

nesta jornada do Campeonato da Associação de Futebol da Horta. No outro jogo da jornada, o Cedrense recebeu o Lajense, e venceu os picoenses por 2-1. Este domingo, o Flamengos

recebe ao Cedrense, enquanto que o Feteira vai à Alagoa defrontar o Fayal. Na quarta-feira dia 1 o Cedrense recebe o Fayal e o Flamengos joga no Pico com o Lajense.

Futsal

fayal bate atlético g No passado fim-de-semana, o Fayal Sport Club defrontou no Pavilhão da Horta o Angústias Atlético Clube, em jogo da terceira jornada do Torneio Ilha do Faial. Os Verdes voltaram a mostrar superioridade frente aos campeões em título, e levaram a mel-

hor, vencendo a partida por 4-2. Este sábado, o Fayal defronta o Flamengos, sendo que na quartafeira os jogadores do Vale defrontam o Atlético. futSAL fEMININO – fLAMENGOS BAtE cEDrENSE

No passado fim-de-semana as jogadoras do Flamengos venderam as do Cedrense por 5-1, no cumprimento de um jogo em atraso do Torneio Ilha do Faial. No domingo o Cedrense defronta o Feteira e na quarta-feira joga-se o Feteira-Flamengos

CaSa Do Povo DoS fLameNGoS Fundada em 12 de Julho de 1973 Início de Actividade em 1 Set. 1973 Instituição de Utilidade Pública (Dec.Lei n.º4/82 de 11 Fev.) Equiparada a Centro Popular de Trabalhadores (Dec. Lei n.º 4/82 de 11 Fev.) Instituição Particular de Solidariedade Social (Dec.Lei n.º 171/98 de 25/Jun.)

eDitaL aSSembLeia-GeraL CoNvoCatÓria De acordo com o artigo n.º 32 dos estatutos da Casa do Povo dos Flamengos, convocam-se os sócios desta Casa do Povo, para a sessão Ordinária da Assembleia Geral que se realizará pelas 19:30 horas do dia 6 do mês de Dezembro, na sede desta Casa do Povo, sita à Rua Nova Artista Flamenguense, freguesia dos Flamengos com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e votação do plano e orçamento para 2011; 2. Proposta de alteração / renumeração do número de associados; 3. Outros assuntos que eventualmente se tornem oportunos e que legalmente possam ser discutidos Não comparecendo à hora marcada a maioria dos sócios, a sessão funcionará uma hora depois com o número de sócios presentes. Flamengos, 22 de Novembro de 2010 O Presidente da Assembleia-Geral (José alberto tavares) Rua Nova Artista Flamenguense - Edifício Polivalente – 9900-401 Flamengos

g Na passada quarta-feira, o Sporting Clube da Horta foi a Lisboa vencer o Benfica por 29-30. Os faialenses levaram assim a melhor sobre os detentores do segundo lugar da tabela classificativa, e neste momento ocupam o quarto posto da classificação, com 28 pontos, a quatro do

Dr

líder ABC.

No passado fim-de-semana, os pupilos de Filipe Duque tinham recebido no Faial o Belenenses, num encontro renhido que acabou empatado a 24 golos. Na próxima jornada, o SCH recebe na Horta o Colégio 7 Fontes. O jogo está agendado para 4 de Dezembro.

king

José Serpa vence edição de2010 g Chegou ao fim na passada segunda-feira o Campeonato de King 2010. Sagrou-se vencedor da última jornada João Serpa, seguindo-se-lhe David Medeiros e Manuel Campos.

Torneio dos Mestres, seguindose às 19h00 a entrega dos troféus e o jantar convívio. Dr

Nas contas da classificação geral, o vencedor foi José Serpa. Lúcia Serpa classificou-se em segundo lugar e José Leitão em terceiro. Na tarde de amanhã decorre o

CoNvoCatÓria Convoca-se uma Assembleia Geral Ordinária, nos termos do Art.º 25 dos Estatutos, a realizar no próximo dia 31 de Dezembro pelas 18:0 horas, nas instalações da Casa de Infância de Santo António, sita à Ladeira de Santo António n.º7, nesta cidade da Horta, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto 1 - Apreciação e votação do Orçamento e programa de Acção para o ano de 2011. Ponto 2 - Eleição de Novos Orgãos Sociais para o triénio 2011/2013 Ponto 3 - Outros assuntos N.b. - Nos termos do Art.º 27º, n.º1 dos Estatutos, se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos associados com direito a voto, a Assembleia reunirá uma hora depois, com qualquer número de associados presentes. Horta, 23 de Novembro de 2010 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral eugénio manuel Pereira Leal

Câmara mUNiCiPaL Da Horta GabiNete Do PreSiDeNte

aviSo SemaNa Do mar 2011 A Câmara Municipal da Horta informa que está aberto, até às 17:00 horas do dia 3 de Dezembro de 2010, o período para apresentação de propostas ao concurso do “Cartaz Oficial da Semana do Mar 2011”. Mais se informa que o prazo para apresentação de propostas ao concurso da “Marcha Oficial da Semana do Mar 2011”, foi fixado até ao dia 29 de Janeiro de 2011. Os regulamentos poderão ser solicitados na recepção da Câmara Municipal da Horta, no horário normal de expediente ou, em alternativa, consultado em http://www.semanadomar.net/. Paços do Município, 18 de Outubro de 2010

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA HORTA João fernando brum de azevedo e Castro


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opinião

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Tribuna das Ilhas

retalHos da nossa HistÓria – Xc

No Centenário da república Portuguesa (20) Dr

fernando faria

25.GOVErNADOr

MANuEL DA câMArA

C

om a inesperada exoneração do Dr. Alberto Goulart de Medeiros, assumiu a chefia do distrito o micaelense Manuel Botelho da Câmara Velho de Melo Cabral que, desde 2 de Dezembro de 1913, exercia o cargo de tesoureiro da Fazenda Pública do concelho da Horta. A imprensa, ao noticiar a tomada de posse, que decorreu no dia 22 de Maio de 1918 em resultado do alvará de nomeação assinado pelo Alto-Comissário da República nos Açores [general J.A. Simas Machado], tratava o novo governador como “distinto literato” e adiantava que “assistiram ao acto os excelentíssimos representantes daquela entidade, sr. Dr. João da Silva Correia Jr., chefes e empregados de repartições públicas, muitos amigos, patrícios e admiradores de sua excelência.” Discursaram os “governadores civis cessante e empossado, seguindo-se a leitura do auto e assinatura dos cavalheiros presentes”1. O mundo continuava a sofrer com a tragédia da I Guerra Mundial e a população destas ilhas não conseguia libertar-se das inúmeras dificuldades derivadas daquele terrível conflito e da instabilidade política, social e económica que foi a imagem de marca da República Portuguesa. Por isso, o mandato do governador Manuel da Câmara não diferiu dos seus antecessores, ficando assinalado pelas dificuldades de abastecimento de bens essenciais para o consumo público - em especial milho, trigo, leite, manteiga, ovos, açúcar – e os consequentes casos de açambarcamento e da prática de preços especulativos. Apesar de assessorado pela Comissão Distrital de Subsistências, era ao governador que cabiam as últimas e decisivas diligências para a compra e importação dos produtos alimentares que impedissem os mais pobres de, literalmente, morrerem à fome. Por conseguinte, Manuel

da Câmara seguiu o mesmo caminho dos que o haviam precedido à frente do Governo Civil da Horta. Assim, nos começos de Junho de 1918 - poucos dias após haver assumido o cargo - noticiam os jornais locais que ele acabara “de obter do excelentíssimo governador civil de Angra a vinda de 100 moios de milho ao preço de 750 reis o alqueire” destinados especialmente à ilha do Pico. E foi de lá que imediatamente veio um público louvor em testemunho de muita gratidão pela pronta e benemérita acção do governador que, implicitamente, também era uma crítica a quem ocupara antes aquele cargo. Publicado na primeira página do diário “A Democracia”, em 20 de Junho de 1918, esse extenso texto da autoria de “Um Beneficiado” do Pico, regista que a população daquela ilha está “grata, muito grata ao ilustre chefe do distrito, exmo. sr. Manuel da Câmara pelo enorme benefício que acaba de conceder-lhe, não só abastecendoa de milho até à próxima colheita como trazendo-lhe uma economia de dois contos e tanto nos cem moios agora importados, que a tanto monta a diferença de 760 reis para 1$100 reis, preço por que em média foram vendidos nesta ilha os duzentos e cinquenta moios anteriormente importados do mesmo distrito de Angra e de Ponta Delgada”. E para que a farpa não passasse desapercebida lastimava “que às autoridades transactas não fosse possível estabelecer igual preço de 760 reis por alqueire ao milho, por seu intermédio adquirido, do que resultaria uma economia de mais de cinco contos de reis” o que daria, de acordo com o autor do escrito, uma poupança de sete contos. Daí o seu reconhecimento ao governador que apesar de não ser “deste distrito” procede “como seu filho dedicado” pelo que é merecedor do “mais subido respeito e admiração” pela “nítida compreensão que tem dos deveres do espinhoso cargo que lhe foi confiado”. Os dois diários faialenses deste período nem sempre estavam de acordo com as medidas tomadas pelas autoridades para minimizarem as tremendas carências que atormentavam as populações e, como ainda hoje acontece, faziam opções políticas que normalmente redundavam em polémicas públicas, terminando algumas delas na barra dos tribunais. Foi isso que aconteceu com O Telégrafo. Por causa da premente questão das subsistências foi processado pelo governador e julgado em Outubro de 1918. A partir daí, aquele diário, sempre que era forçado a referir-se ao chefe do

distrito, deixou de mencionar o seu nome! Constata-se este facto, mesmo no termo do mandato de Manuel da Câmara que é assim noticiado: “Por telegrama de ontem à noite dirigido pelo Governo ao sr. secretário geral interino foi demitido o sr. governador civil actual, sendo mandado entregar a chefia do distrito ao sr. Dr. Manuel Francisco Neves Júnior”2. Entretanto, findara a guerra mundial, assinara-se o armistício de 11 de Novembro, o Presidente Sidónio Pais fora assassinado em 15 de Dezembro sendo substituído pelo Almirante Canto e Castro, Paiva Couceiro voltara a invadir Portugal e proclamara a “Monarquia do Norte”, a guerra civil eclodira, a epidemia de gripe alastrava, o grave problema da subsistência pública era insolúvel e a fome não diminuía. Demitido o governo de Tamagnini Barbosa que Canto e Castro empossara após a sua eleição, o Presidente da República apelou ao patriotismo de José Relvas para formar um elenco governativo que pusesse termo à Monarquia do Norte, promovesse a desejada acalmia política e resolvesse ou, pelo menos atenuasse, alguns dos muitos problemas nacionais. Com representantes de vários partidos e facções, Relvas formou um Ministério de concentração republicana em que, além da presidência, detinha a pasta do Interior, Foi, portanto, ele quem exonerou Manuel da Câmara de governador civil do distrito da Horta, nomeando para o seu lugar o Dr. Manuel Francisco Neves Júnior. Regressando aquele à profissão de tesoureiro da Fazenda Pública, nela se manteve até aos começos da terceira década do século XX. É nesse cargo que o encontramos quando se deu o incêndio da madrugada de 13 de Agosto de 1930 que destruiu totalmente o edifício que albergava a Repartição de Finanças, a Tesouraria da Fazenda Pública, a Inspecção Escolar, a Intendência de Pecuária e a Inspecção de Saúde, dele passando ao prédio da sociedade Amor da Pátria que ficou quase completamente destruído pelas chamas. Os jornais locais inserem, a par das reportagens dessa noite trágica, vários artigos polémicos que envolvem, além da corporação dos Bombeiros Voluntários, alguns publicistas faialenses, salientando de entre eles o tesoureiro da Fazenda Pública, Manuel da Câmara Velho de Melo Cabral. Antes de ser governador civil da Horta, exerceu os cargos de administrador dos concelhos da Lagoa e de Ponta Delgada, e destacou-se ainda como jornalista e

escritor. Deixou algumas obras publicadas, designadamente Vinte Contos Insulanos – Narrativas Açóricas (1917), Uma Mística do Século XVII (1924), A Morgadinha de Valongo (1927) e Antero de Quental e a sua morte (1930). Natural da ilha de São Miguel, nasceu a 4 de Setembro de1869 na Fajã de Baixo e, curiosamente, faleceu em 1939, no dia em que fez 70 anos de idade. Era filho de João Luís da Câmara Melo Cabral, grande proprietário rural na Atalhada, e de sua mulher Maria Isabel Botelho. Casou três vezes: a primeira, com Margarida Botelho Vaz Pacheco de Castro; a segunda com Maria da Anunciação Vasconcelos e a terceira com Beatriz Vieira Meireles. Do primeiro casamento teve um filho, João Luís Pacheco da Câmara Melo Cabral; do segundo não houve descendência e do terceiro nasceram quatro filhos: Gonçalo, Margarida Manuela, Fernando Manuel e Rui Velho de Melo Cabral que nasceu na Horta em 5 de Março de 1915 e foi baptizado na igreja das Angústias, sendo seu padrinho o senador Dr. José Machado de Serpa. 1 “O Telégrafo” 22 Maio 1918, p. 3 2 “O Telégrafo” 22 Maio 1918, p. 3

pela sua saúde

raul de Amaral-Marques

A

resposta é simples: é porque comemos cada vez mais ómega-3 e cada vez menos ómega-6. Como é que se chegou a esta situação? E porque é que este equilíbrio é, assim, tão importante? DESEquILíBrIO óMEGA-3/óMEGA-6 Existem duas famílias de ómega, os ómega-3 e os ómega-6, ambos indispensáveis para o bom funcionamento do nosso organismo, sob a reserva de que eles o sejam em quantidade equivalente. Com efeito, para que o organismo possa utilizar estes dois tipos de ácidos gordos, eles devem ser transformados por uma enzima, que é a mesma para ambos. Se os ómega-6 são em excesso, eles vão monopolizar esta enzima e, como resultado, não sobra enzima para metabolizar os

Porque é que se torna necessário comer mais ÓmeGa-3? ómega-3, os quais são inutilizados pelo organismo. cOMO é quE SE cHEGA A EStA SItuAçãO? O nosso modo de alimentação alterouse substancialmente. Com a industrialização e a criação intensiva, a ingestão de ácidos gordos polinsaturados modificou-se radicalmente. Por exemplo, consumimos, cada vez mais, produtos industriais. Ora, a indústria agro-alimentar utiliza matérias gordas muito ricas em ómega-6 (óleo de palma, óleo de girassol, óleo de amendoim…). Outro exemplo, os animais que comiam, noutros tempos, erva e outros grãos naturalmente ricos em ómega-3, são actualmente criados com farinhas de milho e de soja, alimentos inversamente ricos em

ómega-6. Resultado, os produtos animais (carne, leite e ovos) são cada vez mais pobres em ómega-3 e mais ricos em ómega-6. EM quE é quE OS óMEGA-3 SãO tãO IMPOrtANtES PArA A NOSSA SAÚDE? Os ómega-3 e os ómega-6 têm efeitos diferentes, mesmo opostos. Os ómega-3 limitam a fabricação de células gordas, acalmam a inflamação, enquanto que os ómega-6 facilitam o armazenamento das gorduras e as respostas inflamatórias do organismo. Dito de outra maneira, quanto mais ómega-6 e menos ómega-3 mais aumento de peso, mais inflamação, mais fenómenos implicados no desenvolvimento das grandes doenças: doenças cardiovasculares,

cancros… Entende-se, assim, a importância de manter estes dois tipos de ácidos gordos dentro de proporções razoáveis. Deve-se prestar atenção às pessoas que não conseguem perder peso, apesar de não consumirem mais calorias do que o normal, e perguntar-se-lhes se não estão a consumir ómega-6 em excesso.

A cada um de julgar: no tempo dos nossos antepassados, a relação ómega3/ómega-6 era de 1/3. Nos dias de hoje é de 1/15, ou mesmo, de 1/40 para alguns de nós! O consumo de ómega-6 aumentou globalmente 250% enquanto que o consumo de ómega-3 diminuiu 40%.

AuMENtAr OS óMEGA-3 NãO é SufIcIENtE, é NEcESSÁrIO, tAMBéM, DIMINuIr OS óMEGA-6! É essencial voltar a uma alimentação mais rica em ómega-3. Mas atenção, é preciso, paralelamente, diminuir a ingestão em ómega-6. Com efeito, o desequilíbrio atingido com a nossa alimentação industrial é tal que se torna indispensável modificar, simultaneamente, os dois parâmetros.

Evitando produtos industriais e, portanto, cozinhar a partir de produtos vindos animais vindos da criação em pastagem ou alimentados com grãos de linho. Privilegiando os vegetais em lugar dos produtos animais. Comendo peixe duas ou três vezes por semana. Utilizando matérias gordas à base de azeite de oliveira e óleo de colza.

cOMO cOMEr MAIS óMEGA-3 E MENOS óMEGA-6?


Tribuna das Ilhas

puBlicidade

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OPINIãO

19 DE NOVEMBrO DE 2O1O

Tribuna das Ilhas

faiaL: a esperança aumenta 21,1%

O

Alzira Silva

s faialenses têm razões para, no meio da crise, se considerarem afortunados com o Plano e Orçamento para o ano 2011. Isto poderá parecer um insulto a quem se encontrar em situação difícil, mas reparem: quanto maior o investimento público, maior é a possibilidade de captação de emprego, de circulação de meios humanos, técnicos e financeiros, de ideias empreendedoras, criativas e inovadoras, de incentivos para atrair o turismo, e muito mais, num entrelaçamento de acções em que uma puxa a outra. E esperamos que este elo de ligação se firme rapidamente porque o governo fez este plano dando prioridade ao apoio às pes-

soas, às famílias, às empresas em dificuldade. São elas que estão primeiro e é nelas que pensamos quando nos alegramos com o aumento do investimento no Faial. Alguns dos apoios às famílias, como o abono e o complemento de remuneração, reflectem bem este propósito do governo de minimizar os efeitos da conjuntura externa e do plano de austeridade nacional. O primeiro ano da presente legislatura – 2009 – atribuiu 54.945.570€ ao Faial. Um número significativo se pensarmos que vinha na sequência de uma legislatura em que o investimento tinha sido bem visível e dado um grande impulso à nossa ilha. Recordo apenas o mais determinante: a nova escola secundária da Horta, a nova Biblioteca Pública e Arquivo, a primeira fase da Variante. No segundo ano da legislatura,

ou seja, em 2010, registou-se um aumento de verba destinada ao investimento no Faial, numa proporção de 2,1 %: 56.097.581€. As duas grandes obras emblemáticas do ano – o porto e as instalações do DOP – uma avança a bom ritmo, outra foi inaugurada com a merecida pompa, não fosse a investigação marinha ser uma das meninas dos olhos do Faial. O porto – já o escrevi e insisto – é a obra que vai embelezar e agilizar a funcionalidade de toda a frente mar da cidade e intensificar a sua já longa e mítica relação. Eis-nos chegados ao Plano e Orçamento de 2011 e o investimento regista um aumento de 21,1%, isto é, sobe para 67.934.328€. Tudo o que é da responsabilidade exclusiva do governo e importante num tempo de crise, está lá: a Escola Básica e Integrada José d’Ávila, o Bloco C do Hospital, o Centro de Adictologia, a Casa Manuel de

Arriaga, o Parque Marinho, o Jardim Botânico, a Creche, o Centro de Noite para os Idosos, ou seja, o que realmente faz falta aos cidadãos no momento actual. Claro que existem outras obras cujo início gostaríamos de ver nesta legislatura. É evidente que existem sempre necessidades novas e outras antigas que, pela sua não urgência, foram sendo adiadas. Obviamente temos o aeroporto, o campo de golfe e as termas do Varadouro a aguardar a iniciativa privada (que não avança em tempo de crise) e que temos de poupar em algumas obras no imediato para fazer face a despesas que vão contribuir rapidamente para melhorar a qualidade de vida dos faialenses ou para acudir a alguns casos de verdadeira necessidade. É assim a vida, como todos sabem. A nossa esperança tem razões para viver! alziraserpasilva@gmail.com

o turismo nos açores

O

ruben Simas

arquipélago dos Açores é constituído por 9 ilhas dispersas no Oceano Atlântico numa área total de 2 333 km2 e possui uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) com cerca de 984 300 km2, o que representa aproximadamente 30% da ZEE Europeia, com possibilidade de aumentar, com as negociações diplomáticas. As potencialidades destas ilhas são inquestionáveis, não apenas pelos recursos naturais existentes, mas também pelo seu posicionamento estratégico entre os continentes americano e europeu. Com um clima temperado marítimo, não se verificam grandes oscilações entre as temperaturas máximas e mínimas ao longo do ano. Chove durante todo o ano e pode-se desfrutar de uma temperatura da água do mar rondando os 24ºC. Nos últimos anos a actividade turística tem evoluído consideravelmente na Região. As condições existentes são suficientes para a

consciencialização da importância económica que o turismo poderá proporcionar ao arquipélago. Efectivamente, são várias as possibilidades a explorar em cada uma das ilhas, com uma oferta clara para diversos gostos. Desde as paradisíacas paisagens terrestres, até às profundezas do nosso mar, são várias as oportunidades de investimento, sendo as ilhas, naturalmente, destinos turísticos invejáveis em qualquer parte do planeta. Nota-se, nos últimos anos, o “despertar” de vários investidores privados, bem como uma aposta objectiva do Governo Regional para o Turismo. Uma aposta, proporcionando condições favoráveis para o investimento nesta área, bem como desempenhando um papel fundamental na formação e qualificação de pessoal. Com efeito, os dados estatísticos são reveladores do crescimento desta área na economia regional. O número de dormidas no turismo em espaço rural mais que duplicou nos últimos 10 anos: em 2009 registaram-se mais de oitocentas e cinquenta e sete mil dormidas, sendo que, em 2010 até Setembro, já se registaram mais de oitocentas e oitenta mil dormidas, o que mostra que o crescimento no presente

ano será substancialmente superior aos resultados do ano anterior. No Faial, no final de Setembro, já haviam sido registadas mais 1000 dormidas que em todo o ano de 2009. Outro dado a ter em conta diz respeito à evolução do número de passageiros nos aeroportos açorianos. Em 2010, verificou-se um aumento de dez mil passageiros até Setembro, em comparação com todo o ano de 2009. Relativamente ao movimento marítimo de passageiros entre a Horta e as restantes ilhas, verificou-se que até Setembro de 2010, já haviam sido ultrapassados os 311 360 passageiros referentes a todo o ano de 2009. Constatamos, igualmente, um acréscimo na divulgação das ilhas,feita no exterior pelos OCS e através da Internet. É um aspecto crucial para a viabilidade e sustentação da actividade em questão, tornando o arquipélago dos Açores num novo e atractivo destino turístico, face às suas características, existindo uma conjuntura internacional que incentiva a procura de novos locais de lazer. No caso particular da ilha do Faial, verificamos também uma evolução da actividade turística. Por um lado, surgem investimen-

tos nas infra-estruturas, nomeadamente na área do turismo rural. Outra vertente turística, em fase de crescente desenvolvimento face às condições excepcionais da ilha, está associada à exploração do nosso mar, designadamente a actividade de observação de cetáceos que muito mais tem para oferta. É visível o surgimento de um número, cada vez maior, de turistas que visitam a nossa ilha, com vários objectivos, entre eles, o de obterem imagens fantásticas dos cetáceos que cruzam o nosso mar. É óbvio o potencial turístico da Região, sendo por demais evidente a escassez de iniciativas em algumas das nossas ilhas que, apesar das suas características excepcionais, não possuem os investimentos necessários para o desenvolvimento da actividade. Não se pretende tornar os Açores num destino semelhante à Madeira em que a “selva de betão” tende a crescer, mas sim proporcionar recantos de lazer, calmos e intimamente ligados às belezas naturais existentes. Por isso mesmo, é necessário reconhecer e engrandecer a visão e o trabalho que tem sido feito nos Açores nos últimos anos pelos seus governantes, na área do Turismo.

embarCaçÕeS Lucas da Silva Na minha última viagem de Lisboa-Horta, sobrevoando o nosso porto, fiquei deslumbrado com a baía, um quadro colorido, com um fundo em diversos tons de azul, repleta de embarcações, cartaz avi-

sando o visitante de que chegou a uma ilha paradisíaca. Então, recordei-me com saudade, duma meiga e carinhosa velhinha, como são todas as avós, que muito amava a sua terra e gostava de cantarolar baixinho: Se o Faial tivesse ruas; Como tem embarcações;

Lisboa não lhe chegava; Com todos os seus milhões. Não rima muito, mas, é duma beleza enorme que faz estremecer o coração, demonstrando, quanto queria bem ao Faial. Horta, 2010/10/17

fortes maravilhas ii

O

frederico cardigos

bviamente, tinha de revisitar este tema. Depois do regozijo de termos vencido dois dos sete títulos de Maravilhas Naturais de Portugal, há que relembrar que estes galardões apenas valerão enquanto os relembrarmos. É necessário ter consciência que, tirando os açorianos, as pessoas que dirigem as restantes zonas do país não farão grande questão em relembrar este evento, visto que não o ganharam. E manter em memória é muito importante e por muitas razões. Entre elas, talvez a mais relevante, a importância turística. Por outro lado, mesmo fora das actividades turísticas, existem diversas áreas que lucram com as certificações deste tipo. Por exemplo, a exportação dos produtos certificados como “Açores”, “Reserva da Biosfera”, “Marca Priolo”, entre outros tendem a obter preços mais elevados. O selo de pertencente às “Sete Maravilhas Naturais de Portugal” também ajudará a promover esses outros produtos ou serviços. Uma forma de os relembrar é contar a história de como tudo aconteceu. Depois de meses a promover as candidaturas de todo o país, traduzida numa sucessão de centenas de milhares de votos, eis que, no veredicto final, a Lagoa das Sete Cidades e o Complexo Vulcânico da Ilha do Pico foram eleitas como duas das Sete Maravilhas Naturais de Portugal. Segundo consta, embora não tenha sido confirmado, o facto de não podermos, de acordo com as regras do concurso, eleger mais de duas maravilhas, impediu que tivéssemos uma expressão ainda maior. A visibilidade que foi dada às nossas maravilhas, desde as mais de três dezenas iniciais às 13 pré-finalistas, às 5 finalistas e às duas vencedoras, foi extraordinária. Em todas as ilhas houve diversos aspectos identificados como potencialmente vencedores do concurso das maravilhas naturais de Portugal. O processo de selecção foi injusto até porque todos o são. Os critérios pertencem ao júri e este obedece aos regulamentos e à sua capacidade de ajuizar. Neste caso, o primeiro júri seleccionou 77 sítios, de entre todos os candidatos. Um grupo de 77 técnicos especialistas nas diferentes temáticas ambientais leu as descrições e seleccionou os locais que lhe pareceram mais adequados. De seguida, um grupo de 21 notáveis afunilou estes 77 locais nos 21 sufragados por todos os interessados. Estes notáveis incluíam entidades governamentais, os dirigentes das maiores organizações de ambiente e pessoas eminentes da nossa sociedade (ditos VIPs). O resultado foram os 21 locais seleccionados. Claro que não me ficaria bem expressar quais as minhas preferências, mas, curiosamente, as 21 propostas estão perto do que eu próprio preferia e não andaram longe do que tinha antevisto logo de início. De facto, há certos locais tanto nos Açores como em Portugal que são extraordinários e realmente incontornáveis quando pensamos em paisagem. Resta ainda dizer que neste processo foi fundamental o apoio das diferentes instituições, dos embaixadores, dos padrinhos e, essencialmente, das centenas de milhares de pessoas que votaram nas nossas Maravilhas Naturais de Portugal. Aquilo que estas maravilhas são agora e serão no futuro é também o resultado do seu empenho. Ou seja, e colocando noutra perspectiva, quando queremos mesmo e juntamos esforços, as coisas acontecem. Aconteceu Açores!


inForMação

Tribuna das Ilhas

NOSSA GENtE

utILIDADES

PArtIrAM

fArMÁcIAS

26 DE NOVEMBrO DE 2O1O

15

LiC. maria Do CÉU Prieto Da roCHa Peixoto DeCQ mota

CartÓrio rua da Conceição, n.º 8 r/c – 9900-080

l No passado dia 19 de Novembro faleceu no Hospital da Horta, com 83 anos, Manuel Silveira de Faria, natural e residente na freguesia de Pedro Miguel. O extinto deixa de luto sua esposa, Palmira Gomes, e seus filhos: Hélia Maria Gomes Faria da Rosa Neves, casada com Mário Jorge da Rosa Neves, Ilídia Maria Gomes Faria, casada com Mário Vargas da Silva e Vítor Manuel Gomes Faria, casado com carla cristina Vargas Faria. O falecido deixa ainda duas netas, a Ana carina Gomes da Silva e a Hélia Sofia da Rosa Neves. l Faleceu no passado dia 20 de Novembro, na Santa casa da Misericórdia da Horta, Maria Gilda, de 84 anos, natural de São Miguel e residente na freguesia da conceição. Viúva de José Goulart Júnior, a extinta deixa de luto seus filhos: Maria Ilda Goulart Brum Vieira, casada com Manuel cristiano Vieira e Jorge Manuel Goulart, residente nos Estados Unidos da América. A extinta deixa ainda três netos: Ilda Maria Pereira Reis, casada com Vítor José Reis, Dora Manuela Pereira Vieira e Sara cristina Pereira Vieira e quatro bisnetos: João Miguel Vieira Reis, Fabiana Patrícia Vieira Serpa, Luana Sofia Vieira Barbosa e Gonçalo Rafael Pereira Vieira.

AGENDA

CertiDão Narrativa

HOJE E AMANHã Farmácia correa 292 292 968 DE 28 NOVEMBrO A 4 DEzEMBrO Farmácia Ayres Pinheiro 292 292 749

Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada aos dezanove de Novembro de dois mil e dez, de folhas oitenta e uma a oitenta e duas verso do Livro de Notas para escrituras Diversas número Noventa - E do Cartório Notarial da Licenciada Maria do Céu Prieto da Rocha Peixoto Decq Mota, Notária, sito na Rua da Conceição n.º 8 r/c, na Horta, se encontra exarada uma escritura de JUStifiCação NotariaL na qual Maria Eduardina Bulcão da Rosa, casada, natural da freguesia da Matriz, desta cidade, onde reside, na Rua do Paiol, n.º3, que outorga na qualidade de procuradora de eduardo Duarte bulcão NIF 143549600 e mulher filomena da Conceição Neves NIF 143549618, casados na comunhão geral, naturais, ele da freguesia da Feteira, ela da freguesia da Matriz, ambas do concelho da Horta, residentes na referida freguesia da Matriz, na Rua do Paiol, n.º 3, declara: Que os seus representados são actualmente e com exclusão de outrém, donos e legítimos possuidores do direito a dois/quintos do seguinte prédio, situado na referida freguesia dos Flamengos: rústico, no Sítio da Falca, terra de pasto com a área de quinhentos e oitenta ares e oitenta centiares, a confinar norte e leste com Ribeira, sul José Inácio Garcia e outro e oeste José Silveira Rodrigues, inscrito na matriz no artigo 1285, com o valor patrimonial de 95,53 €, descrito na Conservatória do Registo Predial da Horta sob o número novecentos e setenta/Flamengos com registo de aquisição de dois/quintos a favor de Alexandrina da Conceição Neves Rosa e cônjuge Miguel Augusto da Rosa e José Inácio Garcia das Neves e cônjuge Maria da Luz Jorge pela apresentação três de vinte e nove de Outubro de mil novecentos e noventa e seis e o direito a três/quintos a favor de Pedro Augusto Neves casado com Maria Clementina de Vargas Neves na separação pela apresentação quatro de vinte e nove de Outubro de mil novecentos e noventa e seis e seis e sete de sete de Maio de mil novecentos e noventa e sete. Que os seus representados adquiriram o direito a dois/quintos deste prédio por compra feita há mais de vinte anos aos titulares inscritos Alexandrina da Conceição Neves da Rosa e cônjuge e José Inácio Garcia das Neves e cônjuge, sem no entanto terem outorgado a respectiva escritura de compra e venda. Que desde essa altura até hoje que os seus representados estão na posse de parte deste prédio, convictos de que tal corresponde ao direito a dois/quintos do todo, sem a menor oposição de ninguém e em conjunto com o com proprietário da restante parte Pedra Augusto Neves; posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário, tais como o cultivo do prédio, fazendo plantios e colheitas, pagando as contribuições devidas, tendo retirando sempre dele todas as utilidades normais,

EMErGÊNcIAS -fAIAL Número Nacional de Socorro 112 Bombeiros Voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 96 323 18 12 ~ Protecção civil - 295401400/01 m Linha de Saúde Pública 808211311 i centro de Saúde da Horta 292 207 200 i Hospital da Horta 292 201 000 i h p o

trANSPOrtES - fAIAL jSATA - 292 202 310 - 292 292 290 Loja jTAP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da Ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380 MEtEOrOLOGIA

cINEMA

AMANHã E DOMINGO 21H00- Filme - “Wall Street – O Dinheiro Nunca Dorme” no Teatro Faialense Hortaludus EVENtOS

GruPO cENtrAL

HOJE 10h00 - “reduzir o consumo e reutilizar ideias” castelo de São Sebastião - Organização: câmara Municipal da Horta

HOJE Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros fracos. Vento leste fresco a muito fresco (30/50km/h) com rajadas até 65 km/h. ESTADO DO MAR: Mar cavado a grosso. Ondas noroeste de 3 metros, passando a leste e aumentando para 4 metros.

Até 31 JANEIrO 2011 cONcurSO DE fOtOGrAfIA - “20 ANOS, 20 ActIVIDADES” - comemorações do 20.º Aniversário da Associação de Andebol da Ilha do Faial - Organização: Associação de Andebol da Ilha do Faial

AMANHã eríodos de céu muito nublado. Aguaceiros. Vento leste muito fresco (40/50 km/h), tornando-se FORTE (50/65 km/h) com rajadas até 85 km/h. Mar grosso, tornando-se ALTEROSO. Ondas leste de 4 metros, aumentando para 6 metros.

Até AMANHã Seg. a Sab. das 15h00 às 19h00 - ExPOSIçãO DE PINturA - ILuSõES PIctórIcAS de António Dulcídio centro de cultura e Exposições da Horta - Organização: câmara Municipal da Horta

DOMINGO Períodos de céu muito nublado. Aguaceiros. Vento leste FORTE a MUITO FORTE (50/75 km/h) com rajadas até 100 km/h, rodando para nordeste e tornando-se muito fresco (40/50 km/h). Mar ALTEROSO a TEMPESTUOSO tornando-se grosso. Ondas leste de 6 metros, diminuindo para 5 metros.

É certidão-narrativa que fiz extrair e vai conforme o original. Cartório Notarial, dezanove de Novembro de dois mil e dez. A Colaboradora por delegação do Notário: (Sónia de fátima brasil machado bettencourt) Emitida factura/recibo n.º 1249/001/2010

viDeNte - meDiUm - CUraNDeiro eSPeCiaLiSta em ProbLemaS De amor telef.: 291 238 724 *telm.: 966 552 122 * fax: 291 232 001

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faCiLiDaDeS De PaGameNto estrada Dr. João abel de freitas, 38 b 9050-012 fIcHA

Tribuna das Ilhas DIrEctOr INtErINO: cristiano Bem cHEfE DE rEDAcçãO: Maria José Silva rEDAcçãO: Susana Garcia e Marla Pinheiro fOtOGrAfIA: carlos Pinheiro

cOLABOrADOrES PErMANENtES:costa Pereira, Decq Mota, fernando faria, fernando Melo, frederico cardigos, José trigueiros, Mário frayão, Armando Amaral, Victor Dores, Alzira Silva, Paulo Oliveira, ruben Simas, fernando Guerra, raul Marques, Genuíno Madruga, Berto Messias cOLABOrADOrES EVENtuAIS: Machado Oliveira, francisco césar, cláudio Almeida, Paulo Mendes, zuraida Soares, Gonçalo forjaz, roberto faria, Santos Madruga, Lucas da Silva

PrOJEctO GrÁfIcO: IAIc - Informação, Animação e Intercâmbio cultural, cRL PAGINAçãO: Susana Garcia rEDAcçãO ASSINAturAS E PuBLIcIDADE: Rua conselheiro Miguel da Silveira, nº12, cv/A-c - 9900 -114 Horta cONtActOS: Telefone/Fax: 292 292 145 E-MAIL: tribunadasilhas@mail.telepac.pt tribunadasilhas@gmail.com

técNIcA

SEcrEtArIADO: Fátima Machado IMPrESSãO:

Rua Manuel Inácio 9900-152 - Horta

de Sousa, 25

DIStrIBuIçãO: cTT tIrAGEM: 1000 exemplares rEGIStO: nº 123 974 do Instituto de comunicação Social

EDItOr E PrOPrIEtÁrIO:

IAIc - Informação, Animação e Intercâmbio cultural, cRL NIPc: 512064652 rEGIStO cOMErcIAL: 00015/011017 (Horta) - Porte Subsidiado GOVErNO rEGIONAL DOS AçOrES

Esta publicação é apoiada pelo PROMEDIA - Programa Regional de Apoio à comunicação Social Privada


fuNDADO 19 DE ABrIL DE 2002

Tribuna das Ilhas SExtA-fEIrA 4 26 DE NOVEMBrO DE 2O1O

www.tribunadasilhas.pt

ESPAçO DE PrOxIMIDADE A POLícIA AO SErVIçO DOS cIDADãOS P P O O L L í í c c I I A A D D E E S S E E G G u u r r A A N N ç ç A A P P Ú Ú B B L L I I c c A A

caros Pais e Mães INtErNEt – Parte (I) • A internet pode ser um excelente recurso educativo para os seus filhos, podendo aí obter informação para os trabalhos escolares, comunicar com outros jovens e com os professores, jogar jogos interactivos. Mas o acesso à Internet tráz também grandes perigos, muitos deles sem que os jovens se apercebam do risco que correm. • A P.S.P. está consciente dos perigos para a segurança dos seus filhos e também da dificuldade em aconselhá-los neste domínio. Por isso aqui lhe deixamos algumas sugestões para que o seu filho se mantenha em segurança e a sua vida seja mais tranquila para que possam apreciar melhor o prazer da companhia mútua.

Para além da utilização de programas de controlo Parental, que deve instalar nos computadores utilizados pelos seus filhos, é conveniente adoptar uma postura proactiva na protecção dos mesmos contra os riscos resultantes de contactos com predadores sexuais ou material sexualmente explícito na Internet. Para tal: • Aprenda a utilizar um computador e a forma de bloquear determinado tipo de conteúdos; • Mantenha o computador numa parte comum da habitação e não em quartos individuais, de forma a poder observar e monitorizar a sua utilização;

• Partilhe uma conta de e-mail com os seus filhos para poder monitorizar as mensagens; • Verifique o seu cartão de crédito e a conta telefónica para apurar pagamentos ou contas anormais; • Tente apurar se os outros locais onde o seu filho utiliza a Internet sem a sua supervisão (escola, centro de tempos livres, casa de amigos, ou outros frequentados pelo seu filho) têm protecção on-line; • Proíba o seu filho de entrar em “salas de conversação (chat rooms) e bloqueie esse tipo de acessos através do seu fornecedor de Internet (ISP) ou recorrendo a filtros de software; • Passe algum tempo com o seu filho enquanto este explora a Internet, e, se souber, ensine-o a “navegar” em segurança; • Leve o seu filho a sério se ele referir ter conhecido alguém on-line que o tenha incomodado ou inquietado; • contacte imediatamente a Polícia se se aperceber que o seu filho recebeu pornografia infantil através da Internet. Não permita a utilização do computador até receber indicações de um perito policial.

Esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.S.P. da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt

PrOGrAMA INtEGrADO DE POLIcIAMENtO DE PrOxIMIDADE


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