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ANDebol - cAmPeoNAto NAcIoNAl

Sch NA lutA Por um luGAr eNtre oS PrImeIroS PÁGINA 11

Tribuna das Ilhas

DIrector: mANuel crIStIANo bem 4 NÚmero: 459

25.MarçO.2O11

O pi n iãO

Sai àS SextaS-feiraS

1 euro

na PaSSageM doS 30 anoS

DeSPortIvo Do SAlão reIvINDIcA SINtétIco

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alzira Silva

Árvore, Poesia, Água - tudo no nosso Parque Natural

g O Grupo Desportivo do Salão acaba de comemorar o seu 30.º aniversário. Poucos sócios mas muitos atletas é, em linhas gerais, o ponto da situação do clube. Em entrevista ao TribuNa DaS ilHaS, o dirigente e treinador Sérgio Gomes diz ser imperiosa a instalação de um campo sintético no lado Norte da ilha, como forma de aproximação dos mais novos ao desporto-rei.

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FErNaNDO Faria retAlhoS DA NoSSA hIStórIA

No centenário da república Portuguesa 33. Governador José Gomes de mesquita

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SeSSão Plenária de Março

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FrEDEriCO CarDiGOS

Gerações PÁGINA 10

JOrGE COSTa PErEira

o país onde os velhos não têm presente e os jovens não têm futuro PÁGINA 10

PaulO OlivEira

Sismos e Scuts

Imundação Teatro de Giz regressa aos palcos esta noite

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SItuAção PolítIcA NAcIoNAl Aquece hemIcIclo reGIoNAl g Numa semana particularmente conturbada para a política nacional, com o chumbo do PEC 4 e a consequente demissão do primeiro-ministro, os deputados regionais reuniram na Horta, na sessão plenária de Março. O momento delicado que o país vive, com a crise política a vir juntar-se à já instalada crise económica, não passou ao lado dos trabalhos. PÁGINAS 05/06


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eM deStaque

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editorial

ValOreS dO triângulO g Nas mais recentes edições do TribuNa, focámos assuntos intimamente relacionados com o turismo, pela simples circunstância de se ter realizado em lisboa, nos finais de Fevereiro, a bTl, ou seja, a Feira internacional que o nosso país dedica à actividade turística e à sua promoção. vamos trazer aqui um assunto do mesmo género, para não nos afastarmos, no tempo, desse acontecimento em que o Triângulo marcou posição de destaque no plano nacional, depois de ter sofrido entraves em mostrar, à luz de uma divulgação merecida, as valências que caracterizam este conjunto de três ilhas que não “fazem sombra” a ninguém e que só valorizam a própria região. bem nos lembramos dos esclarecimentos dados, em anos sucessivos, referindo que a promoção na bTl seria feita em termos globais, quando por lá apareciam depois certos municípios a dar conta das mais valias dos respectivos concelhos. E bem recordamos as declarações de um “senhor”, dirigente de uma associação de Turismo para o Grupo Central, que uma vez na Horta afirmou que o Triângulo não era um “destino turístico”. Com estes sinais e outras situações de uma má vontade contra este grupo geográfico, sem esquecer certas resistências no interior da inoperante associação dos Municípios existente entre as três ilhas, perderam-se preciosos anos para dar vida a esta excelente sub-região dos açores. E como prova das nossas razões sempre aqui levantadas em defesa do Triângulo e no reconhecimento e difusão jornalística dos seus excepcionais valores turísticos, vamos transcrever as afirmações proferidas em lisboa pelo actual Director regional do Turismo, Miguel Cymbron, respigadas da reportagem publicada na edição do TribuNa de 04 deste mês. Disse ele: - “a sensação visual do arquipélago transmitida pelas três ilhas tem um valor extraordinário para os turistas”; “Faial, Pico e São Jorge têm características próprias que as tornam ilhas diferentes mas complementares”; “a passagem pelas três ilhas numa mesma visita ao arquipélago, com a multiplicidade de actividades oferecidas aos turistas, é uma forma de aumentar o tempo médio de estadia dos visitantes, o que é um importante objectivo a cumprir para o sector turístico açoriano”; “Tudo isto faz com que o conceito turístico do Triângulo tenha pernas para andar e para trazer retorno ao todo regional”; “É portanto importante a afirmação do Triângulo como sub-destino turístico dentro dos açores”. assim, aqueles que sempre impediram a visibilidade global destas três ilhas e a sua promoção no exterior devem ler e fixar estes valores que o Triângulo oferece, em favor destas bonitas terras atlânticas de Santa Maria ao Corvo.

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eM altura de aniverSário

afaMa vai, finalmente, ter canil novo maria José Silva g 295 mil euros é quanto vai custar a construção do novo canil da AFAMA – Associação Faialense dos Amigos dos Animais que está a assinalar a passagem dos 12 anos da sua existência. A construção do novo canil tornase uma realidade após seis anos de negociações e reivindicações da associação e surge na sequencia do estabelecimento de um protocolo de prestação de serviços entre a AFAMA e a Câmara Municipal da Horta que foi assinado na passada semana. Assim sendo, na Canada dos Arrendamentos, passarão a funcionar, não um, mas dois canis: um da AFAMA e outro da Autarquia. A obra, que entretanto já arrancou na sua primeira fase, contempla 30 boxes para a AFAMA e 15 para a CMH, sendo que em comum, o canil municipal e o canil da AFAMA, têm uma enfermaria. A segunda fase, cujo início está previsto para 2012, englobará um acréscimo de 28 boxes a favor da AFAMA. De acordo com as explicações dadas pela presidente da AFAMA, Sónia Borges, os canis vão funcionar com acessos e equipamentos independentes, até porque quer a associação, quer a CMH, têm objectivos e linhas de acção diferenciadas em relação aos animais que albergam. Todavia, apesar de serem espaços distintos, autarquia e AFAMA vão procurar dinamizar acções conjuntas no sentido de controlar a natalidade e promover a adopção. Na ocasião o presidente da Câmara Municipal da Horta salientou que o Município tem obrigações legais face à problemática dos animais abandonados e a construção do canil municipal é uma resposta a essas mesmas obrigações legais. Como tal a CMH já dispõe de um veterinário que vai acompanhar todos os processos relativos aos animais deixados aos cuidados da autarquia.

SINerGIAS este protocolo entre a câmara municipal da horta e a AFAmA é mais um unir de esforços em prol dos animais

Novo SIte Ainda no âmbito das comemorações dos 12 anos da sua criação, e conforme já noticiamos, AFAMA - Associação Faialense dos Amigos dos Animais lançou o seu website com o nova imagem, apelativa e actualizada. Para além das informações relativas à própria associação e de bem estar animal, este website possui outra funcionalidade o do apadrinhamento de animais. Para quem não pode ter um animal e gostava de apadrinhar um cão do canil da AFAMA é possível ver e escolher o seu afilhado de 4 patas através do site e fazer a inscrição de uma forma simples e rápida. É possível, ainda, efectuar a inscrição de novos sócios e a aceder a outros sites com informação sobre saúde e outras informações relativas à legislação animal ou até deixar sugestões a esta associação. O website da AFAMA registado

[SObE]

em www.afama-faial.org, pretende sobretudo informar sobre o bemestar animal e promover a adopção de animais que se encontram à guarda desta associação. hIStórIA Ao longo da sua existência a AFAMA tem desenvolvido acções de promoção do bem-estar dos animais abandonados na Ilha do Faial e sensibilizado a população para as questões do bem-estar animal sobretudo no que diz respeito ao controlo de natalidade. Actualmente a AFAMA tem cerca de 80 cães residentes na sua maioria vítimas de maus-tratos e abandono que se encontram no canil de São Lourenço, e que de futuro serão alojados no novo canil que esta associação se encontra a construir. Por ISSo Não Se eSqueçA que: Não deve esquecer os cuidados

&

de educação, higiene e alimentação do seu animal. Deve manter limpo o local onde o seu animal dorme e colocar sempra água fresca à disposição. Os animais sentem solidão e tristeza, por isso deverá dar-lhes atenção e carinho. Nunca deixe o seu animal num lugar pequeno ou o tempo todo acorrentado. Mantenha sempre a vacinação do seu animal em dia e cumpra o esquema de desparasitação indicado pelo veterinário. Se o seu animal adoecer, procure de imediato um médico veterinário. Deve esterilizar o seu animal, assim evita ninhadas indesejadas e assim contribuir para a diminuição de cada vez maior número de animais abandonados. Caso possua um animal cuja raça seja considerada como perigosa, por favor registe-o na sua Junta de Freguesia. NUNCA DEVE ABANDONAR O SEU ANIMAL

[DESCE]

PAtrImóNIo PArA A uNeSco

PAíSeS DIFereNteS

g Como noticiámos na última edição do TribuNa, está em mar-

g No passado mês de Outubro um amigo nosso esteve de visi-

cha um movimento para levar o património faialense à uNESCO – iniciativa da associação dos antigos alunos do liceu da Horta. Curiosamente, na mesma edição dávamos apoio à ideia de se propor a baía da Horta para ingresso no Clube das Mais belas baías do Mundo. De qualquer maneira a baía e o Porto faialense, que se fundem numa mesma estrutura, têm uma história muito rica, ligada ao Oceano atlântico e à comunicação entre o velho e o Novo Mundo, o que é património da humanidade. assim, é avançar!

ta a londres e durante oito dias observou a grande e populosa capital inglesa. após o seu regresso a lisboa, confiou-nos as suas impressões que foram das melhores: ruas impecavelmente limpas, edifícios de estilos diversos mas agradáveis à vista e devidamente conservados, jardins bem tratados, trânsito devidamente ordenado, etc., etc.. Depois, veio a comparação com a nossa lisboa, que em todos esses aspectos até por vezes nos envergonha. E a conclusão do nosso amigo viajante foi simples: países diferentes, só isso !


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Hora muda domingo g Informamos todos os nossos leitores que a hora muda no próximo domingo. Assim sendo, de 26 para 27 de Março os relógios deverão ser adiantados uma hora. Entramos assim na chamada Hora de Verão. Os dias são mais longos e as horas de sol em maior quantidade.

arrancou hoje Curso de guias dos Parques naturais dos açores g A primeira edição do Curso de “Guias dos Parques Naturais dos Açores” tem início hoje na Escola Profissional da Horta, no âmbito de um processo de colaboração que envolve o Governo dos Açores e aquele estabelecimento de ensino. O curso, que terá a duração de noventa horas, visa dotar os formandos das competências necessárias à orientação de visitas realizadas dentro dos Parques Naturais dos Açores. Desta forma, os formandos no final do curso deverão ser capazes de identificar a fauna, flora, geologia e património edificado, dentro das áreas naturais dos Açores; de conduzir visitas guiadas às áreas classificadas e efectuar uma correcta gestão de cada grupo de visitantes. A acção tem como destinatários todos aqueles que pretendam efectuar visitas guiadas às áreas naturais dos Açores, podendo ser realizadas candidaturas por detentores de diferentes habilitações académicas. (Recémlicenciados, com frequência do ensino

[aconteceu] Dr

PArque NAturAl Do FAIAl A infraestrutura, à semelhança das suas congéneres regionais, vai ser dotada de guias certificados

médio/superior, cursos técnico-profissionais e ainda para detentores de outro grau de ensino com vontade e interesse em efectuarem estas visitas. No que concerne à estrutura Programática e aos conteúdos a serem ministrados, estes abrangem áreas de grande relevância, nomeadamente: fauna, flora, geologia, noções de património, áreas classificadas, pri-

meiros socorros, pedestrianismo e orientação, destacando-se uma forte componente ao nível da aplicação prática de conhecimentos, concretizada em saídas de campo que objectivam um maior contacto com a biodiversidade e geodiversidade dos Parques Naturais dos Açores. MJS

Jaime gama preside ao centenário dos Bombeiros faialenses Dr

ASSembleIA DA rePÚblIcA Álvaro melo, hélio Pamplona e Jorge rombeiro foram recebidos por Jaime Gama, que em 2012 presidirá as cerimónias centenárias no Faial

g A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Faialenses convidou o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, a presidir às comemorações do centenário da agremiação, marcadas para Maio de 2012.

O convite foi feito na passada semana em Lisboa, durante uma audiência concedida por Jaime Gama aos membros da direcção da associação, Hélio Pamplona e Jorge Rombeiro que, acompanhados pelo Comandante Álvaro Melo, se deslo-

caram ao Continente para participar num encontro de bombeiros voluntários. Segundo Hélio Pamplona, presidente dos Bombeiros faialenses o convite ao presidente da Assembleia da República não está relacionado com as origens açorianas de Jaime Gama, mas com o facto do seu avô, Jaime Ferreira da Gama, ter sido o primeiro comandante do quartel de bombeiros do Faial. “Em reunião de direcção, decidimos convidar o presidente da Assembleia da República a estar presente no centenário da nossa associação, na qualidade de neto do primeiro comandante da Associação de Bombeiros Voluntários”, explicou Hélio Pamplona. O presidente da direcção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários garantiu que Jaime Gama “ficou muito honrado” com o convite e garantiu que “é ponto assente” que o presidente da Assembleia da República estará presente na ilha do Faial por altura das comemorações do centenário. Importa registar ainda que está a ser constituída uma comissão de organização dos Cem Anos dos Soldados da Paz da nossa ilha.

ceNtro De INterPretAção DoS cAPelINhoS No reGIo StArS AwArDS 2011 g Durante o ano de 2010, a Comissão Europeia lançou um convite aos Programas Operacionais dos 27 Estados-Membros para participarem no regio Stars awards 2011 com projectos que demonstrem o contributo comunitário no contexto das políticas de coesão. a autoridade de Gestão do PrOCONvErGENCia respondeu ao desafio e concorreu na categoria “Fotografia de divulgação de um projecto co-financiado”. Os resultados foram divulgados e o PrOCONvErGENCia foi seleccionado com a fotografia do projecto “requalificação do Farol dos Capelinhos – Centro de interpretação”. a fotografia do projecto PrOCONvErGENCia encontra-se entre as 10 imagens “finalistas online”, sendo o único projecto português nesta categoria. FASe De reSPoStAS AoS ceNSoS 2011 JÁ começou g arrancou segunda-feira a fase de respostas aos Censos 2011, concluída que está a distribuição da respectiva documentação pelos alojamentos em todo o território nacional. a resposta pela internet está disponível pela primeira vez, pretendendo o instituto Nacional de Estatística acompanhar, assim, a sociedade actual e as oportunidades resultantes das novas tecnologias da comunicação, e decorrerá até ao próximo dia 10 de abril. a resposta em papel prolongar-se-á até 24 de abril, iniciando-se o período de recolha dos questionários a 28 de Março. O processo de respostas pela internet é fácil, rápido e seguro, bastando, para iniciar o preenchimento, dispor de um computador com ligação à internet, aceder a www.censos2011.ine.pt e ter os códigos de acesso e o questionário de alojamento que foram entregues pelos recenseadores. Quem não dispuser de computador com ligação à internet poderá entrar em contacto com a Junta de Freguesia da sua localidade para marcar uma data e hora para, então, responder, com ou sem apoio, aos questionários através da internet. a riaC - rede de apoio ao Cidadão, através das suas lojas espalhadas por todas as ilhas, também, apoiará a população na resposta dos questionários dos Censos 2011 pela internet, ao mesmo tempo que garantirá o esclarecimento de dúvidas no preenchimento dos questionários através do seu centro de contacto telefónico.

[vai acontecer] ZoNAS ProteGIDAS vão Ser PreServADAS Pelo PArque mArINho Do FAIAl g O Parque Marinho nos açores, que o Governo regional pretende criar para preservar uma vasta área de zonas protegidas, deve abranger 11 locais, alguns situados fora das 200 milhas. “O Parque Marinho dos açores começa a partir das 12 milhas e deixámos o limite externo da área em aberto”, afirmou o director regional dos assuntos do Mar, acrescentando que poderá incluir “as áreas que estiverem sob jurisdição nacional” e que estejam dentro do proposta de extensão da plataforma continental marítima portuguesa. a proposta do executivo regional, que já deu entrada na assembleia legislativa dos açores, define 11 locais para integrar o futuro parque marinho, entre os quais a reserva natural e a área marinha do banco D. João de Castro, as áreas marinhas oceânicas junto ao Faial e ao Corvo e as fontes hidrotermais lucky Strike, Menez Gwuen e raiwbon, situadas a sul dos açores . ccIh DeFeNDe Promoção De ProDutoS reGIoNAIS

Dr

g a Câmara do Comércio e indústria da Horta reuniu com o Secretário regional da agricultura e Florestas que considerou que aquela instituição tem vindo a desenvolver um conjunto de acções que "pontuam pela preocupação de promover e divulgar" os produtos regionais, com enfoque nos produtos de origem agrícola. a CCiH apresentou ainda ao titular da Secretaria da agricultura e Florestas "um conjunto de iniciativas que está a desenvolver no sentido de divulgar e promover os produtos regionais", bem como um projecto que visa acautelar alguns interesses existentes na área de intervenção daquela associação empresarial no que diz respeito à construção e à edificação de iniciativas turísticas em espaço rural.


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autarquia investiu 1 milhão e 700 mil euros na reabilitação viária marla Pinheiro g Na manhã desta terça-feira, alguns dias depois da visita dos vereadores social-democratas à obra da estrada da Ribeira Funda, o vice-presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo, e o vereador Filipe Menezes, visitaram os arruamentos reabilitados ao abrigo da empreitada do Bloco II da rede de estradas, cujo prazo de execução termina no final deste ano. No total, tratam-se de 3,6 quilómetros de estradas intervencionadas neste mandato, num investimento de 1 milhão e 700 mil euros. Neste momento estão concluídas a asfaltagem da Estrada New Bedford, da Rocha Vermelha de Cima e de Baixo (Pedro Miguel e Praia do Almoxarife), do Calço da Chã da Cruz (Ribeirinha), do Bairro da Carreira e da Ribeirinha (Castelo Branco) e ainda a requalificação da Área do Mirante, na freguesia da Conceição. Deste bloco fazem parte também a intervenção na Ribeira Funda (Cedros) que, de acordo com José Leonardo, deverá estar concluída em Maio, e a asfaltagem da Arrochela, em Pedro Miguel e da Padre Manuel Madruga, na Feteira, cujas obras deverão arrancar em breve. Instado a pronunciar-se sobre a

demora de algumas destas obras, José Leonardo reconheceu que o Inverno particularmente chuvoso e a necessidade de colocação de muros de suporte atrasaram os trabalhos, no entanto frisou que a conclusão das intervenções está a fazer-se “dentro dos espaços temporais estipulados”. À comunicação social, José Leonardo lembrou que está a decorrer o concurso público para o Bloco III da rede de estradas, que dentro de 3 meses deverá estar adjudicado. Trata-se de uma obra com um volume orçamental de cerca de 3 milhões de euros, que contempla estradas nas freguesias dos Cedros, da Ribeirinha, do Capelo e do Salão. O vice-presidente da CMH acrescentou que, numa lógica de continuação da reabilitação da rede

viária, a par da rede de águas, o município já está a trabalhar para lançar a concurso a reabilitação de um novo bloco de rede viária, no inicio de 2012, que contemplará as freguesias dos Flamengos, Feteira, Pedro Miguel e Praia do Almoxarife. José Leonardo reforçou ainda que o objectivo do município é fazer o maior número de quilómetros de estrada possível, gastando o menos possível, posição que tinha sido criticada pelo vereador Paulo Oliveira na sua visita à Ribeira Funda. Para tal, apenas foram colocadas valetas nas zonas onde tal era estritamente necessário, nomeadamente nos troços com mais inclinação, onde a acção da água é mais prejudicial para as estradas, como explicou o vice-presidente.

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PSd denuncia “abandono” da obra de reabilitação da ribeira funda g Na passada semana os vereadores do PSD na Câmara Municipal da Horta visitaram a obra de reabilitação da estrada da Ribeira Funda. Na ocasião, Paulo Oliveira denunciou “o estado de abandono” em que se encontra aquela intervenção: “a informação dada pelo presidente da Câmara, numa das últimas reuniões, não correspondia à verdade, uma vez que não encontrámos qualquer meio humano ou técnico na obra", disse o vereador. Oliveira acusou a Câmara Municipal de “desconhecimento” de como deve ser acompanhada uma obra deste tipo, e ainda de “insensibilidade para com o sofrimento dos munícipes”, penalizados há vários meses com o arrastar desta intervenção. "Uma obra pública tem cronogramas financeiros a respeitar, prazos de execução a cumprir, mapas técnicos e de pessoal a afectar. E isso não está a ser feito na Ribeira Funda, onde não há sequer uma fiscalização atenta”, considerou. Falando da recente reabilitação de algumas estradas municipais, Paulo Oliveira considera que a qualidade técnica ficou “aquém do desejável”. “As valetas quase desapareceram, deixando que as águas corram pelos arruamentos, impedindo a circulação pedonal, e fazendo com que os inertes e detritos trazidos pela chuva criem um perigo para a segurança rodoviária, reduzindo ainda a vida útil do

Dr

arruamento", afirmou, considerando ainda que alguns muros e taludes foram deixados em “situação instável” apesar da reabilitação. “É um serviço incompleto, e revelador de alguma irresponsabilidade em termos de protecção civil, ainda mais numa região frequentemente assolada por intempéries. Mas essa foi a forma hábil encontrada pelo município para fazer mais quilómetros por menos dinheiro ", constatou o vereador. Paulo Oliveira criticou ainda a “desarticulação entre a realização da nova rede de abastecimento de águas e os demais trabalhos, o que motiva fortes atrasos, que seriam facilmente evitáveis”. M.P

iniciativa da adeliaçor

eixo 3 do PrOrural explicado à população g Dando continuidade às acções de divulgação do Eixo 3 do PRORURAL – Qualidade de Vida nas Zonas Rurais e Diversificação da Economia a ADELIAÇOR promoveu, no dia 17 de Março, uma sessão de esclarecimentos sobre o Eixo 3 do PRORURAL, presidida pelo Senhor Secretário Regional de Agricultura e Florestas e Presidente da Direcção da ADELIAÇOR. A sessão que se destinou a Agricultores, Empresários, Autarquias, e outras entidades públicas e privados, teve lugar na Sociedade Lira e Progresso Feteirense e contou com a comparência cerca de 70 presentes, representantes de diversas entidades locais e privados com interesse em investimento em zonas rurais. A sessão iniciou-se com a cerimónia de assinatura de protocolo entre a ADELIAÇOR e os promotores com projecto aprovados no âmbito do PRORURAL. O protocolo assinado visa o estabelecimento de responsabilidades no acompanhamento técnico e finan-

ceiro dos projectos. Foram assinados 7 protocolos referentes aos projectos de diversas áreas de entre as quais destacamos os produtos alimentares como o projecto Faial Soja, do promotor Herberto Soares, que consiste na aquisição de equipamento e criação de um espaço de transformação da soja em diversos derivado como o iogurtes, bebida de soja e o projecto de melhoramento da Fábrica de queijo fresco e gelados do promotor José Cunha. Após a cerimónia de assinatura de protocolos deu-se início à apresentação das duas medidas enquadradas no Eixo 3 do PRORURAL 3.1 Diversificação da Economia e Criação de Emprego em meio Rural e 3.2 Melhoria da Qualidade de Vida em Zonas Rurais. Foram apresentadas as acções incluídas nestas duas medidas, e os respectivos objectivos, tipos de projectos e outras informações úteis, tendo esta exposição sido realizada pela Coordenadora da ADELIAÇOR. Desde abertura do primeiro concurso de candidaturas a

ADELIAÇOR foram aprovados 19 em enquadradas nas 5 acções do Eixo 3 representando um investimento de € 519.397,32. Do total dos três Programas de Desenvolvimento Rural em vigor em Portugal o PRORURAL é aquele com maior taxa de execução. No final da sessão decorreu ainda um momento de degustação de produtos alimentares apoiados pelo PRORURAL, na Ilha do Faial, entre os quais se destaca os produtos derivados da soja (leite, tofu e doce), biscoitos e queijo fresco. O Secretário Regional da Agricultura e Florestas destacou a importância deste programa para apoiar o investimento em áreas diversificadas da economia rural, nomeadamente para a criação de serviços, protecção e dignificação do património cultural edificado e material e criação de empresas em espaço rural, “no fundo um bom programa para combater a desertificação em espaço rural”. MJS

estradas do faial vão ser sinalizadas g A Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos adjudicou a empreitada de execução de sinalização horizontal em vários troços da rede viária da ilha do Faial. O reforço da sinalização rodoviária visa garantir todas as condições de segurança aos automobilistas e assenta na política de investimentos públicos para a redução da sinistralidade rodoviária nos Açores que, recordese, é mais baixa do país e uma das menores da Europa. A adjudicação foi feita à empresa faialense Medeiros & Rocha, Lda., com sede na Horta, implica um investimento de 65 500 euros e terá um prazo de execução de 60 dias após a data da consignação. A delegação de ilha do Faial da Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos procedeu entretanto à repavimentação de áreas destinadas a estacionamento de utilização colectiva, por administração directa. A intervenção abrangeu a pavimentação dos parques de utilização colectiva confinantes com a E.R. 1.1ª, 1-2ª, 2-2ª, 3-2ª, Ramal 5 de Outubro e ramal do Varadouro, numa área total de cerca de cinco quilómetros.

O mesmo departamento governamental adjudicou uma outra empreitada à empresa Tecnovia Açores, SA, no valor de cerca de 140 mil euros, que contemplou a pavimentação de 22 parques de utilização colectiva confinantes com a E.R. 1.1ª, 1-2ª, 22ª, 3-2ª, Ramal 5 de Outubro e ramal do Varadouro, numa área de cerca de 5,5 quilómetros. No âmbito desta obra foram ainda executadas a reparação do pavimento na E.R. 1-1ª, no Areeiro, freguesia do Capelo, com o intuito de corrigir um pequeno “lençol” de água em curva, melhorando, assim, a segurança rodoviária daquele troço; reparações de pavimento nas freguesias de Castelo Branco, Praia do Almoxarife, Ribeirinha e no entroncamento na Príncipe Alberto do Mónaco, locais que apresentavam já irregularidades do piso. Esta empreitada inclui ainda uma intervenção no fim do Ramal da Praia do Almoxarife, numa área de 270 m2, a qual pretende fazer a concordância com a intervenção municipal no cruzamento em questão, bem como melhor a zona de travagem e respectiva segurança rodoviária neste cruzamento. MJS


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SeSSão Plenária de Março

assembleia regional contra cortes nas transferências do estado para regiões autónomas g Na tarde de terça-feira os deputados regionais aprovaram por unanimidade um projecto de resolução apresentado pelo PS, no âmbito do qual a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores se pronuncia contra o corte nas transferências para as Regiões Autónomas e para as autarquias das mesmas, que as linhas de orientação da actualização anual do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) prevêem. O debate ficou marcado pela polémica em torno de uma proposta exactamente com a mesma finalidade, apresentada pelo PCP antes do PS tomar posição sobre este assunto, e que a maioria socialista rejeitou, o que mereceu críticas acesas de toda a oposição. Na sua intervenção em plenário, o deputado comunista Aníbal Pires reforçou que o seu projecto de resolução assumia “a crítica frontal, íntegra e plena” ao PEC e à “política ruinosa” de Sócrates, ao contrário do documento produzido pela bancada socialista, que classificou de “triste, insípido e inodoro”. Aníbal Pires condenou a atitude dos socialistas, que, na sua óptica, “copiaram” a proposta comunista tendo depois votado contra a iniciativa do PCP: “este exercício demonstra, para além do total vazio de ideias próprias do Grupo Parlamentar do PS, o grande embaraço que lhes causou a proposta do PCP”, considerou o deputado, em nota enviada às redacções, onde acrescenta ser “vergonhosa a atitude hipócrita de votar não conforme as propostas em cima da mesa, mas em função da sua origem partidária”. Na discussão parlamentar, Clélio Menezes, líder da bancada socialdemocrata, considerou “ridículo” que o PS tivesse apresentado “a mesma proposta que o PCP”, e acusou o presidente do Governo Regional de ser a voz dos açorianos apenas “quando calha”, subjugando-se sempre a interesses partidários. Berto Messias, líder parlamentar do PS, acusou o PCP e o Bloco de Esquerda de apresentarem uma postura “irresponsável” a nível nacional, de crítica gratuita ao Governo de Sócrates, ao passo que os partidos à direita cumprem uma agenda para “chegar ao poder”. Messias refutou as acusações da facção laranja do hemiciclo a Carlos César, reforçando que o presidente do Governo Regional várias vezes confrontou José Sócrates a favor dos interesses açorianos. O deputado considerou ainda que a proposta do PS era substancial-

mente diferente da do PCP, centrando no entanto essas diferenças em torno da linguagem utilizada na redacção dos documentos. No entanto, os socialistas não quiseram viabilizar a proposta comunista, tendo sido o único partido a votar contra, inviabilizando por isso o documento que toda a oposição votou favoravelmente. Zuraida Soares, do BE, disse não compreender a votação socialista do projecto de resolução do PCP, uma vez que o seu teor era idêntico ao do PS. A deputada fez referência às declarações de Carlos César sobre o PEC, entendendo que o presidente do Governo Regional se mostrou contra a redução das transferências para as regiões autónomas, mas a favor das restantes medidas previstas no PEC, o que considerou “lamentável”. A líder do BE apontou baterias também ao PSD, lembrando que os anteriores PECs foram aprovados com a conivência dos social-democratas. Também o líder parlamentar do CDS-PP reforçou que as reduções das transferências para as Regiões Autónomas não são as únicas medidas do PEC penalizadoras para os açorianos. Artur Lima considerou ainda “deselegante” a atitude do PS em relação à proposta do PCP. Paulo Estevão, do PPM, disse esperar “uma posição séria e com consequências do PS” e não que “cabulasse” a proposta do PCP.

Sector das Pescas em debate O primeiro dia dos trabalhos da Assembleia Regional na sessão plenária de Março, que decorre esta semana na Horta, fica marcado pelo debate em torno das Pescas, motivado por uma interpelação do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda ao Governo Regional sobre a realidade do sector. Para os bloquistas, o actual Governo não tem uma política de pescas devidamente estruturada e organizada, e no sector existem “esquemas de funcionamento prérevolução industrial”, ou seja, précapitalistas, como a ausência de contratos de trabalho, ou a manutenção do pagamento ao quinhão. Segundo Zuraida Soares, o Executivo Regional não tem uma política de controlo de preços, nem

de distribuição do pescado, o que faz com que o produtor seja “miseravelmente pago”, enquanto que o consumidor final paga o peixe “a preço de ouro”, situação que espelha uma “distribuição injusta da riqueza” e uma “falta de rigor gritante”durante o processo que vai desde a pescaria até ao prato do consumidor. Em relação ao FUNDOPESCA, que a líder parlamentar do BE classificou de “menina dos olhos” do governo socialista, Zuraida Soares considera-o “discricionário, miserabilista, chantagista e aleatório”. José Cascalho, que regressou no mês passado ao hemiciclo sucedendo ao faialense Mário Moniz, e a cargo de quem esteve a interpelação, chamou a atenção para a importância da gestão dos recursos marinhos na Região: “o ciclo vicioso que se inicia com a procura de melhores condições que permitem pescar mais, procurando mais rendimento, é ruinoso para a pesca. Com esta gestão, que privilegia a quantidade e não a qualidade, nem os rendimentos dos pescadores aumentam, nem os ecossistemas marinhos são protegidos”. Alertando para os rendimentos miseráveis dos pescadores açorianos, os bloquistas mostraram-se também preocupados com o impacto do novo regime contributivo na vida dos pequenos armadores, assim como Aníbal Pires. O representante do PCP no hemiciclo regional chamou a atenção para deficiências no mecanismo de formação do preço do pescado, que prejudicam o produtor, e para a ausência de fiscalização nesta área. O deputado alertou também para as baixas qualificações dos pescadores e para a falta de incentivos à sua

profissionalização. Neste sentido, defendeu mesmo a criação “de uma verdadeira Escola Profissional de Pesca” na Região. Aníbal Pires criticou o FUNDOPESCA, considerando o valor da compensação pelos dias de paralisação forçada – cerca de 250 euros – insuficiente e insultuoso para os pescadores. “Este fundo tem de parar de ser entendido como uma espécie de saco azul arbitrariamente gerido pelo governo regional em função dos seus interesses políticos”, disse. Também Artur Lima, do CDS-PP, acusou o Governo Regional de “não ter um rumo, uma estratégia ou um futuro” para o sector, assim como Paulo Estevão, do PPM, que apelou mesmo à demissão dos tutelares do sector no espectro governativo. Da bancada social-democrata, levantaram-se duras críticas ao FUNDOPESCA, com António Pedro Costa a acusar o Executivo Regional de ter “iludido” os pescadores: “uma vez que os pescadores fizeram os descontos a que estão obrigados, o direito ao FUNDOPESCA deveria ser atribuído com critérios claros e transparentes. Foi anunciado que este ano, seria no valor de 250 euros, muito abaixo do valor correspondente ao salário mínimo regional, referência que o governo prometeu e, pelos vistos, não é cumprido este ano”. Um cenário bem diferente do sector veio do grupo parlamentar socialista: José do Rego, destacou que existem hoje melhores condições de trabalho e melhores rendimentos na Pesca. O parlamentar acusou o BE de não avaliar correcta e objectivamente as medidas de apoio aos pescadores implementadas pelo Governo Regional.

“Nunca antes se investiu tanto nas Pescas como neste período”, disse, salientando a melhoria das infraestruturas e os apoios à indústria conserveira e à renovação da frota. Em resposta às críticas da oposição, o subsecretário regional das Pescas frisou que as descargas em lota aumentaram no ano de 2010, mas apenas em Santa Maria, São Miguel, São Jorge e Pico, declarações que mereceram a intervenção do social-democrata António Pedro Costa, que salientou que o aumento das capturas se terá feito muito graças aos tunídeos, e a uma frota que na sua maioria não é originária do arquipélago. Para Marcelo Pamplona, “a palavra-chave é a diversificação das pescas”. “Os pescadores não podem ficar dependentes apenas das espécies demersais e de profundidade que são muito sensíveis à sobrexploração e às alterações ambientais”, referiu. Congratulando-se com o que entende ser o sucesso do FUNDOPESCA, Pamplona referiu que a sua activação no início deste ano irá permitir apoiar os pescadores em cerca de 400 mil euros, e admitiu a hipótese do mesmo voltar a ser accionado durante o ano, caso o mau tempo prolongado prejudique o sector. O governante reconheceu que é necessário “melhorar o circuito de comercialização de pescado”, de forma a abri-lo aos pescadores, e frisou a aposta do Executivo na formação dos profissionais da pesca. Fazendo um balanço deste início de ano, Pamplona referiu que já se descarregaram quase 5 milhões de euros de pescado em lota, a um preço médio de cerca de 4 euros por quilo. MP


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rePortageM

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PSd defende que bolsas César não vê justificação para de estudo não são apoios a rejeição em bloco do PeC 4 sociais

na assembleia da república

g O PSD/Açores defendeu na manhã de terça-feira, antes do início dos trabalhos da sessão plenária de Março, que o executivo regional intervenha junto do governo da República para “corrigir a injustiça” da legislação sobre bolsas de estudo no ensino superior que afastou muitos estudantes deste apoio. O líder parlamentar socialdemocrata anunciou, em conferência de imprensa, para o efeito, a apresentação de um projecto de resolução na Assembleia Legislativa dos Açores, salientando que “a taxa de exclusão dos estudantes candidatos a este tipo de bolsas subiu para 30 por cento nos Açores”. Duarte Freitas, que falava em conferência de imprensa, considerou que o governo da República “tem demonstrado insensibilidade” relativamente a esta matéria, recordando que a Assembleia da República já aprovou legislação para inverter este cenário, mas que apenas terá aplicação prática com a aprovação do Orçamento do Estado

para 2012. O presidente do grupo parlamentar do PSD/Açores frisou que para que a legislação possa ter efeitos práticos já em este ano é necessária uma intervenção do governo da República, pelo que os social-democratas açorianos defendem uma intervenção do executivo regional junto do governo de José Sócrates. “A Assembleia da República já reconheceu a injustiça, mas ela só pode ser corrigida em 2012. Para ser corrigida em 2011, tem de ser o governo da República a intervir devido à chamada “Lei Travão”. Duarte Freitas acrescentou que “há situações muito complicadas entre estudantes açorianos deslocados e do continente que estão na Universidade dos Açores e estudantes açorianos que estão no continente”. A iniciativa legislativa dos social-democratas resulta de um trabalho prévio da JSD/Açores, conjuntamente com a JSD nacional. MJS

PSd condena que o Hospital da Horta tenha apenas uma incubadora g A recente avaria na única incubadora do Hospital da Horta, que motivou a evacuação de um bebé prematuro para a Terceira, chegou à Assembleia Regional, através de um requerimento da responsabilidade do PSD. O Hospital da Horta já teve quatro incubadoras, no entanto agora tem apenas uma, que é “pau para toda a obra” no serviço de pediatria, situação que os deputados social-democratas consideram “inadmissível”, uma vez que que “põe em causa a prestação de cuidados de saúde, podendo colocar em

risco a vida “ dos recém-nascidos prematuros. No referido requerimento, os deputados querem sabe se o Governo Regional “já procedeu a diligências para colmatar, com a máxima urgência, esta falha grave do serviço de Pediatria do Hospital da Horta”, e se “foram ou vão ser apuradas responsabilidades, a quem de direito, pela incompreensível situação de um Hospital de referência da Região, que já possuiu quatro incubadoras ter ficado reduzido a apenas uma única disponível”. MP

g O presidente do Governo Regional entende não haver justificação para a votação contra as orientações anuais do Plano de Estabilidade e Crescimento por todo o espectro da oposição na Assembleia da República, que motivou a demissão do primeiroministro José Sócrates, na quartafeira. Para Carlos César, que acusa a oposição de ter provocado uma crise política, os recentes acontecimentos tornaram a situação portuguesa “ainda mais preocupante”. “ É verdade que o Governo tem cometido erros, como todos nós cometemos, mas também é verdade que o Governo demonstrou, de forma muito clara perante os portugueses, que apresentava um programa sujeito a alterações e que entendia útil, até, que a oposição introduzisse medidas alternativas para que esse programa pudesse ser aprovado e apresentado nas instâncias europeias”, referiu, acrescentando que “se este PEC 4 já era, em muitas das suas medidas, negativo para muitos portugueses, e até lesivo no que diz respeito às regiões autónomas, com esta crise política a situação do país vai piorar”. O líder do Governo Regional fez votos de que a situação se resolva “o mais depressa possível”, frisando que um governo de gestão é um governo “privado do sentido estratégico que é indispensável para a adopção de medidas nesta fase difícil em que o país se encontra e para a assunção de compromissos claros no plano externo”. Carlos César apelou a que os portugueses tentem conhecer bem as propostas do PSD, e conside-

rou que, “se a campanha eleitoral for esclarecedora, os portugueses chegarão à conclusão de que, afinal, o que estava em causa não eram as medidas que o governo socialista estava a tomar”, mas sim a “sede de poder do PSD”. A este respeito, o governante lembrou que Passos Coelho “já anunciou o aumento de impostos e uma série de medidas que vão penalizar ainda mais os portugueses”. Falando do seu sentido de governação, César reiterou que o mesmo não se altera, independentemente de quem for primeiroministro, posição que, de resto, vincou em plenário na manhã de ontem, respondendo às críticas da oposição, que o acusou de defender interesses partidários e pessoais acima dos interesses açorianos. A crise política desencadeada pelo chumbo do PEC e pela queda do Governo aqueceu o debate parlamentar na manhã de ontem. Numa declaração política, o líder parlamentar do CDS/PP considerou a demissão de Sócrates “um bom serviço ao País”, e acusou o PSD de ter “ajudado a que Portugal passasse por mais um vexame internacional”. Apontando baterias tanto ao PS como ao PSD, Artur Lima responsabilizou os dois partidos pela actual situação do país: “o PS trouxe-nos até à maior crise económica, financeira, laboral e social da nossa história recente e mostrou-se incapaz de nos fazer sair dela. Mas não andou sozinho. O PSD foi o seu parceiro activo. O PSD foi o catalisador de uma reacção desastrosa que enviou o País para uma espécie de buraco

negro, do qual não conseguiram sair. É caso para dizer: Juntos conseguiram afundar o país”. “O PSD foi o avalista das políticas de austeridade de José Sócrates e, por isso, não tem legitimidade para surgir agora como o menino de coro”, considerou. O deputado regional congratulou-se com a postura do seu partido na Assembleia da República: “o CDS não se limitou a recusar o PEC. O CDS apresentou as suas propostas, para corrigir a desgovernação do País”, destacando a decisão de suspender as grandes obras e a reforma do IRS, entre outras medidas. Utilizando a mesma figura que o CDS/PP, Aníbal Pires frisou que “o PS, na Região como na República, não tem nenhuma solução para o país e não oferece nenhuma alternativa” e defendeu que “a ruptura política de que Portugal precisa terá forçosamente de passar pelo reforço eleitoral da esquerda, que coloca os portugueses e Portugal como centro do seu projecto político e não se verga a interesses externos”. O deputado do PCP considerou ainda que Passos Coelho e o PSD não são alternativa ao Governo demissionário: “não venha agora o PSD tentar limpar-se das suas próprias responsabilidades na crise em que estamos porque em todas as decisões fundamentais para o país, esteve sempre unido ao PS e a José Sócrates”, referiu, acrescentando que “foram ambos, PS e PSD, aqui e ali com a cumplicidade do CDS/PP, foi este pantanoso e promíscuo centrão que mergulhou o país numa crise sem precedentes”. MP


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eSPAço De ProXImIDADe

Secretária regional da educação visita Básica integrada da Horta P P

marla Pinheiro

g Na tarde da passada terça-feira a secretária regional da Educação e Formação visitou a Escola Básica Integrada da Horta, onde esteve reunida com o Conselho Executivo, naquela que foi a primeira visita de Cláudia Cardoso àquele estabelecimento de ensino desde que sucedeu a Lina Mendes na pasta da Educação, em Janeiro passado. Dos vários temas em cima da mesa, destaque para a calendarização do lançamento do concurso da remodelação e construção dos novos blocos da EBI da Horta. Para além deste assunto, foram abordados temas como a necessidade de se operacionalizar melhor a integração

Licenciamentos l l í í c c do ensino artístico e a reorganização e reestruturação da rede de escolas pertencentes a esta EBI. Esta visita integra-se num périplo que

mados ou não, e os alimentos para animais, mais recentemente, são aqueles que possuem um conjunto de regras definidas para a sua produção, preparação, importação, rotulagem e o seu próprio controlo, em todos os Estados Membros da União Europeia. A agricultura biológica tem como base o reconhecimento da existência em comum da saúde do solo, saúde dos animais e dos seres humanos, não descurando os ecossistemas agrícolas. A não utilização de adubos e pesticidas químicos de síntese, promotores de crescimento, como por exemplo hormonas e antibióticos, aditivos e conservantes de síntese, alimentos e de organismos geneticamente modificados, faz da agricultura biológica um modo de produção que respeita a vida e o ambiente, promovendo a biodiversidade. MJS

Hortafísio comemora 20 anos de actividade g O Centro de Fisioterapia Hortafísio comemora hoje, dia 25 de Março, 20 anos de existência e actividade na ilha do Faial. De acordo com Rui Goulart, proprietário da Hortafísio, a actividade da empresa tem se baseado na prestação de serviços em todas as áreas da fisioterapia, consultas médicas de clínica geral, fisiatria e ortopedia, bem como uma valência de comercio de artigos médicos, ortopédicos e desportivos. Rui Goulart diz ainda que, “ao longo destes 20 anos temos pautado a nossa actividade na procura constante da excelência do serviço assente na competência técnica e na relação próxima e amigável com os utentes”. Para comemorar a passagem destes 20 anos de existência a Hortafísio está a preparar várias actividades dirigidas à comunidade em geral mas com públicos alvo específicos potenciando a preven-

A PolícIA Ao ServIço DoS cIDADãoS

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tudo sobre “Certificação em agricultura biológica” g Associação de Agricultores da Ilha do Faial está a organizar uma Sessão de esclarecimento sobre "Certificação em Agricultura Biológica". Esta sessão vai ter lugar no próximo dia 26 de Março, pelas 20h30 na sede da Associação e será ministrada pelo Eng.º António Mantas da certificadora SATIVA. De acordo com informação remetida à nossa redacção, a SATIVA é um organismo de certificação, acreditada para a agricultura biológica desde 2003. Esta sessão reveste-se de particular importância na medida em que cada vez mais existem problemas nos domínios agrícola, rural, recursos naturais alimentação, saúde pública e outros. Os produtos provenientes do Modo de Produção Biológico, que envolvem os produtos vegetais e animais, transfor-

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ção e a promoção da saúde. Assim sendo, vai realizar-se um workshop intitulado “Posturas correctas na sala de aula e carregamento de mochilas”, que tem como objectivo prevenir o desenvolvimento de algias vertebrais e alterações posturais devido a más posturas na sala de aula e ao uso de mochilas excessivamente pesadas. Esta acção é dirigida a crianças do 4.º ano do 1.º ciclo. A segunda acção projectada é dirigida aos escalões de formação na modalidade de futebol de todos os clubes do Faial e versa a “Prevenção e tratamento de lesões desportivas”. Junto de todos os Centros de dia da ilha vai ser desenvolvida uma acção subordinada à “Prevenção de quedas nos Idosos”. A 9 de Abril, desta feita na sede da Hortafísio, vai realizar-se um rastreio à osteoperose, constituído por exames de desimetria óssea por ultra-sons. MJS

Cláudia Cardoso está a realizar pelos estabelecimentos de ensino da Região, com o intuito de se inteiras da realidade das escolas açorianas.

Workshop de escultura em cerâmica g A ilha do Faial acolhe de 26 a 30 de Abril a realização de um workshop de escultura cerâmica que terá como formador o artista plástico João Pedro Rodrigues. Esta é uma iniciativa do Museu da Horta, em parceria com o Atelier Íris Horta, e tem como destinatários todos os interessados, com ou sem experiência, maiores de 13 anos. As cinco sessões deste workshop decorrerão das 19:30 às 22:30 horas nos dias 26, 27, 28 e 29 e das 15 às 18 horas no dia 30. A frequência nesta acção de formação custa 50 euros por pessoa, incluindo já as despesas com materiais, e as inscrições devem ser feitas, até dia 18 de Abril, no Atelier Íris Horta (email: atelier@irishorta.com, telef. 292 293 909). Nascido em França, João Pedro Rodrigues licenciou-se em Artes Plásticas pela Escola Superior Artística do Porto (ESAP), com especialização na área das artes performativas, arte e multimédia e serigrafia. Este artista plástico vive e trabalha no Porto, onde dirige o “Espaço João Pedro Rodrigues”, que congrega uma galeria de arte, atelier, espaço de ensino artístico e a residência do próprio artista. Aí desenvolve os seus projectos artísticos que vão desde a escultura, o desenho e a pintura, à cenografia para teatro e dança. MJS

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S S e e G G u u r r A A N N ç ç A A

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• Passados sensivelmente seis anos sobre a entrada em vigor do preceituado no Dec.reg 2-a/2005 de 24Mar, a Divisão Policial da P.S.P. da Horta, continua detectar/verificar irregularidades processuais pontuais no que se refere à interpretação e utilização do presente regulamento para efeitos de licenciamento da via pública para actividades que afectam/condicionam a normal circulação rodoviária. assim, numa postura de pro-actividade e de esclarecimento junto do cidadão, elencam-se uma vez mais, algumas das situações que ao serem escrupulosamente cumpridas, certamente irão simplificar os constrangimentos indesejáveis para o cidadão interessado e para a população em geral. - O presente regulamento aplica-se à utilização das vias públicas, para a realização de actividades de carácter desportivo, festivo ou outras(1) que possam afectar o trânsito normal; - Tem competência para autorizar a realização de actividades na via pública, a Câmara Municipal do concelho onde as mesmas se realizam ou têm o seu termo; - O parecer da Policia de Segurança Pública é vinculativo e deve ser previamente solicitado ao pedido de autorização; - a autorização deve ser requerida com uma antecedência mínima de 30 dias, sendo o pedido acompanhado de todos os documentos exigidos; - Se a actividade a desenvolver decorrer em mais de um concelho, a antecedência mínima é de 60 dias. (1) TODO O TiPO DE aCTiviDaDE E COM FiNS DivErSOS, MaS QuE iMPliCaM CONDiCiONaMENTOS aO TrÂNSiTO DE vEÍCulOS E PESSOaS.

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lembre-se que: O incumprimento destas normas, origina b b contra-ordenação punível com coima mínima de 700€ - (art.º 8º do C.E) l COlabOrE, SEJa rESPONSÁvEl, l

PrOTEJa-SE I I c c A A

Esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.S.P. da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt

ProGrAmA INteGrADo De PolIcIAmeNto De ProXImIDADe


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cultura

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Dia Mundial do Teatro no Pico g No âmbito da comemoração do Dia Mundial do Teatro 2011, o Grupo de Teatro Mensagem, de São Roque do Pico, leva à cena a peça A Progressão Geométrica, de Fernando Abranches Ferrão. O espectáculo será apresentado hoje, amanhã e depois, pelas 21h00, no Auditório da Escola Básica e Secundária de São Roque do Pico. A peça contará com as interpretações de Cristiano Ferreira, Daniel Antunes, Diogo Silveira, Ruben Ferreira, Tânia Gomes, Telma Faria e Vera Serpa, tendo como técnico artístico Magda Pinto e encenação de Susana Moura.

iMundaçãO esta noite no palco do teatro faialense esta noite, a partir das 21h30, o teatro Faialense recebe a estreia do mais recente trabalho do teatro de Giz. em Imundação, a encenadora Ana luena trabalhou com um texto escrito por marta Freitas propositadamente para o teatro de Giz, que se foi construindo à medida que o grupo começou a trabalhar neste espectáculo, protagonizado pelas actrizes lia Goulart, maria miguel, teresa cerqueira e vanessa Santos. trIbuNA DAS IlhAs esteve à conversa com a encenadora. marla Pinheiro g Com 36 anos, Ana Luena está ligada à companhia portuense Teatro Bruto desde 1995. Actualmente, é directora artística e co-directora da companhia. O contacto com o Teatro de Giz fez-se através do encenador João Garcia Miguel, responsável pelo anterior trabalho do grupo, À Procura do Godot, que já tinha trabalhado com o Teatro Bruto. Depois de feitos os contactos, foi embarcar numa aventura diferente, de criação de algo novo e de troca de experiências, num processo bastante particular. O texto deste trabalho foi escrito propositadamente para o Teatro de Giz, e quase em simultâneo com a criação do espectáculo, bebendo de vários contributos ao longo do processo. Ana tem trabalhado na área das novas dramaturgias, convidando autores a escrever novos textos, muitas vezes durante o próprio processo dos ensaios,

escrita da Marta Freitas e pediram-me para falar com ela. Convidei-a e ela aceitou”, refere. O objectivo do Teatro de Giz para este trabalho passava pela exploração do conceito de ilha. No entanto, foi necessário trabalhar essa ideia de uma forma menos óbvia, uma vez que a autora do texto nunca tinha estado numa ilha: “tendo isso em conta, achámos que seria mais interessante explorar a ideia de insularidade através de uma metáfora, em que a ilha seria uma personagem, neste caso a personagem principal da peça, o Gabriel”, explica. A produção deste trabalho começou a partir de um workshop, orientado por Ana Luena: “nessa fase trabalhámos de forma mais aberta, com um grupo de cerca de 12 pessoas. Trouxe as primeiras cenas da peça e estivemos a fazer um trabalho de dramaturgia. A partir das premissas para o texto fomos levantando questões e desenvolvendo ideias, que eu

teAtro De GIZ Imundação é interpretada por quatro actrizes

como nos explica. “Propus fazer-se um trabalho nestes moldes, eles ficaram interessados e eu mandei alguns textos de alguns autores com quem já tenho trabalhado. Eles gostaram do universo e da

ia enviando para a Marta Freitas, enquanto ela ia continuando a escrever o texto com base nessas propostas do grupo”, diz. Uma das preocupações do Teatro de

ANA lueNA A encenadora falou ao tribuna das Ilhas sobre a peça

Giz para este espectáculo foi que o mesmo fosse bastante “portátil”, ou seja, constituído por um elenco pequeno, de modo a facilitar a deslocação da peça a outras ilhas, ou mesmo ao continente português. “Acabámos por ficar com quatro personagens, todas interpretadas por mulheres”, refere Ana, para quem esta realidade trouxe novos desafios e oportunidades à encenação: “o facto de as actrizes serem todas mulheres deu uma perspectiva diferente do texto. Se este Gabriel fosse interpretado por um homem só seria uma coisa, no entanto é interpretado por uma mulher, e isso levou-me a explorar a ideia da duplicidade das personagens, o que acabou por influenciar a interpretação do texto”, explica. Segundo a encenadora, o espectáculo Imundação “é a cabeça do Gabriel”, personagem principal, que serve de “motor” para toda a peça. Para Ana, trata-se de um personagem complexo, e a encenadora decidiu explorar essa complexidade desdobrando-o em dois. “Desta forma é possível explorar esta complexidade quase esquizofrénica do personagem, cheio de recalques de infância, o que se torna cómico mas é também muito trágico. Na encenação quis explorar e vincar ainda mais essas características que no texto se calhar não são tão evidentes”, confessa.

Este título, Imundação, é, como explica Ana, uma forma que a autora do texto encontrou de explicar a complexidade e os antagonismos que assolam a personagem Gabriel: “é uma espécie de inundação; de dilúvio, que é no fundo uma catástrofe psicológica desta personagem”, onde o que tenta vir ao de cima não é água; não é a faceta límpida e clara da sua personalidade, mas sim “as coisas imundas; o lado negro do Gabriel, das suas memórias”. Depois de orientar o trabalho inicial e de ficar definido o elenco, Ana ao Porto, e as actrizes continuaram a trabalhar com a orientação de Tiago Vouga, produtor do espectáculo. Depois, a encenadora voltou para os ensaios mais intensos que antecedem a estreia. Com ela, veio um técnico do Porto, responsável pelas luzes do espectáculo, que orientou um workshop sobre essa temática. Para Ana Luena, trabalhar com as actrizes que dão corpo a esta peça, e com todos os elementos do Teatro de Giz, foi uma boa surpresa: “nunca tinha tido esta experiência com uma companhia amadora. Já lhes disse que têm uma atitude profissional: vêm ensaiar todos os dias e têm mesmo muita aptidão”, considera, acrescentando que “é bastante desafiante trabalhar com um grupo sabendo que todos tem linguagens e experiências muito diferentes, mas ao mesmo tempo existe bastante coesão. É uma óptima oportunidade de partilha de experiências para todos os que participam, e também para mim”. “Embora se possa pensar que, por estar numa ilha, as pessoas estejam mais isoladas, eu não senti isso. No Teatro de Giz há pessoas de vários sítios, com experiências diferentes e muito ricas, e com uma

bagagem cultural bastante grande”, considera. Ana não poupa elogios ao projecto da companhia faialense, reconhecendo-lhe a coragem de apostar em textos novos: “acho interessante não irem para uma proposta de teatro mais convencional, e de apostarem em textos e abordagens novas, ao invés de peças que já existam ou de um certo tipo de encenadores, mais convencionais”. “Se não apostarmos nunca vão surgir textos novos, mas é sempre um risco, uma vez que tanto pode correr bem como correr mal. Pegar num texto que já existe, que já foi feito, que as pessoas conhecem, é sempre menos arriscado. Mas é preciso que alguém tenha essa coragem; de experimentar coisas novas, e o trabalho do Teatro de Giz é muito meritório, e também muito desafiante”, frisa. “o teAtro FAZ-Se PArA o PÚblIco e com o PÚblIco” À beira da estreia, Ana confessa que o seu desejo é “que venha muita gente”. “O teatro faz-se para o público e faz-se com o público. Este é um espectáculo para todos, embora seja um pouco sarcástico. A brincar falamos de coisas sérias, que espero que sejam comoventes e que digam alguma coisa ao público”, explica. Ana reconhece que a mensagem deste Imundação não é óbvia nem directa, “mas na vida as coisas muitas vezes também não são óbvias nem directas”, entende. Imundação sobe ao palco do Teatro Faialense esta noite, a partir das 21h30, e volta a fazê-lo amanhã à mesma hora, e no domingo, 27 de Março, data em que se assinala o Dia Mundial do Teatro, às 17h00.


oPinião

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Sismos e Sctus Paulo oliveira O título poderia fazer pensar que iria abordar o efeito dos sismos nos pilares das pontes das Sctus, ou a Reconstrução dos pilares das Sctus que caíram... mas não, deixarei isso para os peritos do LNEC – Laboratório Nacional (ou Regional...) de Engenharia Civil. Mas não! Vou trazer ao de cima os procedimentos do Governo Regional aquando do Sismo e do processo da Reconstrução no Faial e Pico, e confrontá-lo com os do presente, com a construção das Sctus em São Miguel. Terão semelhanças? Terão sido iguais? Ou terá o Governo Regional aprendido alguma coisa, na década que separa estas duas obras de grande dimensão? Deixo ao leitor essa conclusão, com a presente reflexão. Por estas bandas (de baixo?...) do arquipélago, sempre existiu a ideia de que somos menos bem tratados do que nas ilhas maiores, designadamente, São Miguel... e Terceira. Claro que quando esta “lebre” se levanta, os “pagens” de César apressar-se-ão em dizer que somos bairristas e divisionistas, que cul-

Jorge costa Pereira Já aqui escrevi sobre a canção “Parva que sou” dos Deolinda. E abstraindo-nos dos méritos que esta canção possa ter; abstraindonos de alguns equívocos que também lhe podem ser apontados e mesmo abstraindo-nos de alguma inconsequência que se lhe possa atribuir, abstraindo-nos de tudo isso, fixemo-nos num facto: a canção provocou uma adesão espontânea, especialmente dos jovens, porque de uma forma directa fala de realidades que lhes são próximas, fala do que muitos jovens efectivamente sentem e do que eles passam para poderem ter uma vida própria. Desde logo, a canção em apreço retrata uma geração desencantada com o investimento que fez nos seus estudos e do qual sente que verdadeiramente não é nem foi compensada. Podemos criticar uma equívoca e censurável mensagem nela implícita de que não vale a pena estudar. Mas neste domínio, o retrato é infelizmente certeiro e os números confirmamno. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, o salário líquido médio dos jovens licenciados caiu 8,3% nos últimos dois anos. Em contraponto com este dado, verifica-se que os salários dos jovens sem licenciatura, neste mesmo período, aumentaram, em média, 2,7%. E a situação tende a agra-

tivamos a desunião, e que até somos... separatistas! Facilmente dizem que “temos a mania da perseguição”, que cultivamos a desgraça, que nunca estamos satisfeitos, e que pertencemos ao problema e nunca à solução. Os exemplos são fartos, destas políticas a duas velocidades, consequência de sucessivas centralizações, dos transportes aéreos regionais às pretendidas plataformas logísticas, da promoção Turística dos Açores (São Miguel) às mais diversas práticas que continuam a agravar a insularidade dentro do arquipélago Mas vejamos como, para realidades equiparáveis, o Governo Regional se preocupa diferentemente: No SISmo Aquando do Sismo de 1998, e do processo da Reconstrução, várias foram as vozes desta terra que reclamaram que as Empreitadas de Reconstrução deveriam incluir os técnicos locais, os empreiteiros locais e os trabalhadores locais. Pouco ou nada foi conseguido nessa matéria. Vieram as empreitadas do exterior (da Região e do Continente) e

com eles, contingentes de trabalhadores e algumas famílias. Quando tudo terminou (ou foi acabando...), foram-se embora (quase todos...), deixando atrás de si um vazio, algum desemprego, uma queda de preços que motivou uma recessão na economia local Não houve esforço para a inclusão de mais valias locais, durante o processo. Não houve nenhuma preocupação com o impacto que o período “pós reconstrução” motivou. Faialenses e Picoenses que se desenrascassem! A despreocupação do Governo Regional foi um facto. NAS ScutS A construção das Sctus em São Miguel prossegue, curiosamente, com o mesmo Governo Regional, com o mesmo Presidente do Governo Regional, e com o mesmo Secretário Regional dos Equipamentos. A única diferença é que, aqui, ou melhor, por lá, já começou a doer, e é sentido doutra forma... Como diz a sabedoria popular, “só dói o coração, ao dono do furão”. Quando os espanhóis ganharam a empreitada, os “coriscos” fica-

ram revoltados pela falta de participação das empresas locais, ao constatarem que os espanhóis traziam tudo “Made in Spain”. Nesta situação, o bairrismo já era saudável, a defesa das mais valias açorianas (micaelenses) eram justas, e dever-se-ia ter subdividido as empreitadas para permitir aos empreiteiros açorianos (micaelenses) concorrerem por troços a tão monstruosa obra, que afectará, para sempre, o ambiente de uma ilha que continua a perder o seu verde genuíno, e a afastar-se do destino natureza que tanto se promove para a Região. Agora, que a obra avança, e que já se descortina o seu fim, a tutela já está preocupada com o impacto que o fim da obra das Scuts terá na economia da ilha, designadamente, no mercado do emprego, pelo que quer antecipar medidas que evitem esse futuro problema. Assim, decidiu criar um “Grupo de Trabalho” inter-governamental, no sentido de analisarem a situação e proporem “medidas concretas para a reintegração no mercado de trabalho” daqueles que ficarão desempregados, engrossando os números do desemprego na Região... Preocupações justas, e que deve-

riam estar sempre presentes nas preocupações de qualquer Governo Regional responsável, independentemente das ilhas onde tais dificuldades aconteçam. AGorA Perante tal diferença de procedimentos, é legítimo perguntar: Qual a diferença entre o que aconteceu nas ilhas do Faial e Pico, e que agora acontecerá em São Miguel? Porque não se preocuparam com o impacto havido com o fim Reconsctrução? Porque se preocupam agora com o impacto do fim da Construção das Sctus? A resposta, dura e crua, é muito simples: Porque em 1998 estávamos no Faial e no Pico. Porque em 2011 estamos em São Miguel! Triste realidade, indigna de quem foi eleito para defender todas as ilhas dos Açores. Sem surpresas, mas com factos reais, regista-se e lamenta-se tal discriminação. Contributos, para po.acp@mail.telepac.pt

O país onde os velhos não têm presente e os jovens não têm futuro var-se: segundo o Instituto Nacional de Estatística, no final do passado mês de Janeiro, havia já mais de 50 mil desempregados com curso superior, mais 25% do que no período homólogo de 2009. E na Região, quase 10% dos jovens desempregados têm um curso superior. Por outro lado, é também certeiro e real o retrato de uma geração que se sente vítima de uma precariedade quase selvagem e dos esquemas montados para ocupar e empregar os jovens, designadamente os licenciados, a troco de remunerações reduzidas, prolongando para além do razoável e do aceitável a existência de vínculos contratuais mais estáveis. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, 23% dos jovens demora quatro a dez anos a conseguir um contrato de trabalho que dure mais de três meses. 10% tem de esperar 10 anos. E são 131.000 os desempregados jovens que procuram emprego há mais de um ano. Neste cenário, e devido também a ele, a geração de que fala a canção é uma geração que vive até cada vez mais tarde dependente material e financeiramente dos seus pais. Também esse é um retrato verdadeiro. De acordo com o Eurostat, quatro em cada dez jovens portugueses entre os 25 e os 34 anos continua a viver

na casa dos seus pais e o fenómeno tem vindo a alargar-se numa relação directa com os altos níveis de precariedade. Por isso, esta é uma geração que adia até cada vez mais tarde a assumpção de compromissos pessoais e afectivos, retardando a decisão de constituir família. As estatísticas confirmam também este facto. Em 1989, as mulheres casavam-se, em média, aos 25 anos. Em 2009, a idade média de casamento disparou para os 28,6 anos, fenómeno que também se verifica nos homens que, em média, casam agora aos 30,2 anos. O resultado imediato é que o nascimento do primeiro filho, em dez anos, foi adiado, em média, dos 26,4 anos, para os 28,6 anos. O êxito da canção “Parva que sou” radica, assim, na forma certeira como aborda problemas reais, concretos, vivenciais da geração daqueles que terão menos de 30 anos e que vivem quotidianamente aquilo de que a canção fala. Reconhecer isto não invalida a verdade nem a importância de outras dinâmicas do problema. Desde logo, a de que a chamada “geração à rasca” não é efectivamente a única que assim está em Portugal. Muito à rasca estão também os pensionistas com reformas miseráveis; muito à

rasca estão também os idosos esquecidos das suas famílias e sozinhos no mundo; muito à rasca estão também os milhares de desempregados de meia-idade que ninguém os quer para trabalhar; muito à rasca estão também os desempregados que verdadeiramente querem um trabalho e não o encontram; muito à rasca estão também as famílias que não conseguem garantir o seu sustento digno; muito à rasca estão também aqueles que verdadeiramente necessitados foram privados de apoios sociais. Apetece mesmo dizer que, neste momento, em Portugal, novo ou velho, e exceptuando uma minoria de privilegiados, estão todos à rasca e sem saber bem o que o futuro lhes reserva. Urge, por isso, perceber os sinais dos tempos e da sociedade, antecipar os problemas e para eles encontrar as soluções que se impõem. Urge ter a humildade de assumir que as últimas gerações que dirigiram os destinos do País falharam. E que nós todos, pais, mães, educadores, também falhámos na sociedade que criámos e na formação de uma geração que foi educada no berço de ouro de um consumismo que não era possível manter. Infelizmente o Portugal que Francisco Sá Carneiro denunciava há 30 anos, é novamente o

mesmo com que estamos confrontados hoje: “Portugal é um país onde os velhos não têm presente e os jovens não têm futuro”. É dever do nosso tempo, da nossa sociedade e de cada um de nós não deixar morrer a esperança.

O êxito da canção “Parva que sou” radica, assim, na forma certeira como aborda problemas reais, concretos, vivenciais da geração daqueles que terão menos de 30 anos e que vivem quotidianamente aquilo de que a canção fala.


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grupo desportivo do Salão em festa “em 1981, os “senhores da cidade” chamaram doidos àquele punhado de homens que fundaram este clube e o inscreveram na AFh e para participar nas provas oficiais! Na altura fiquei lixado com esses tipos. há distância do tempo agora reparo que era mesmo complicado acreditarem num projeto destes. Passaram-se 30 (trINtA) anos e aí está o clube, e com o espólio que detém, para orgulho e glória das gentes da freguesia nortenha do Salão - uma pequena localidade rural da ilha do Faial, com menos de 500 habitantes”, as palavras não são nossas, são de manuel Alberto rosa e hoje “caem que nem uma luva”. Sérgio Gomes, dirigente e treinador do Grupo Desportivo do  Salão, en entrevista ao trIbuNA DAS IlhAS fala das dificuldades e projectos do clube, que assinalou 30 anos a 17 de março e defende como “imperial e urgente” a construção de um campo sintético no lado norte da ilha. maria José Silva Fotos: obote Como está o gd Salão agora que passam 30 anos da sua fundação? O G.rupo Desportivo do Salão ao completar 30 anos de existência, encontra-se bem a nível desportivo pois está a trabalhar com escalões de formação e a apostar na conquista de títulos que, felizmente, tem conseguido ,como foi o caso do Regional de Juvenis na época passada e a grande participação do Nacional. Este será mesmo o ponto alto da história do clube: o facto de ter efectuado jogos oficiais com o Benfica e a classificação que obteve ficando em terceiro lugar no grupo em que se conseguiu uma vitória em território nacional premeiam esta geração de ouro que o Salão construiu. Isto a juntar a outros títulos já conquistados anteriormente, como os quatro campeonatos de Seniores, são motivo de orgulho para um clube que apenas tem 30 anos de existência. No entanto nem tudo são rosas e o Salão também vive com dificuldades. A falta de um maior número de dirigentes com ambição e vontade de ajudar é um facto, assim como o factor financeiro, pois nos tempos que correm uma instituição que vive do associativismo tem muito poucas fontes de rendimento enquanto as despesas básicas são cada vez maiores. Quantos sócios tem o clube? O Salão era, há pouco tempo um clube que dispunha de um número de sócios considerável em relação à população da freguesia, mas desde que se fechou o escalão sénior esse número reduziu drasticamente de 200 para apenas 50 sócios. Infelizmente existem associados que ainda pensam que vivem do clube quando é exactamente o contrário: é o clube que vive dos sócios. Neste momento o Desportivo do Salão está com dois escalões de formação, os Infantis que são constituídos por cerca de vinte atletas, e os Juniores que

SérGIo GomeS o jovem é dirigente e treinador do Grupo Desportivo do Salão, clube pelo qual, em mais novo, também vestiu a camisola ultrapassam os vinte jogadores. Com participações a nível nacional, como é gerir tudo isso? Aquando da participação do Nacional tivemos de nos redobrar em trabalho,. É tudo muito bonito e um grande motivo de orgulho mas na realidade não somos profissionais nem funcionários do clube. Todos nós temos as nossas vidas profissionais e só depois do horário laboral é que partíamos para toda a azáfama que é organizar viagens, estadias, deslocações, treinos, mas na altura não sentimos o cansaço, só depois de tudo terminar é que olhamos para trás e pensamos como foi possível. Mas correu tudo bem fruto da experiência das pessoas que gerem o Salão, pois já cá estamos há alguns anos e com amor à camisola vamos levando o barco a bom porto. Que projectos tem o Clube da

Futebol – taça aFH

fayal e lajense lideram g Depois de um começo mais atribulado, os campeões da Associação de Futebol da Horta regressaram no passado fim-de-semana às vitórias, tendo recebido e vencido o Feteira na Alagoa por 3-0. No outro jogo da jornada, o Lajense venceu o Cedrense no Faial por 0-1. A próxima jornada joga-se este domingo. O Flamengos vai ao Pico defrontar o Lajense e o Feteira recebe o Cedrense nas Canadinhas.

restinga para o futuro? Em relação ao futuro, podemos considerar que o Salão “tem pernas para andar”, isto porque o facto de termos encerrado o escalão sénior por alguns anos permitiu que nos concentrássemos apenas na formação e é assim que se garante o futuro. Hoje o Salão tem uma excelente equipa de Juniores e que brevemente transita para seniores. No entanto não descurámos a rectaguarda e continuamos a trabalhar com escalões de futebol de 7, no caso Infantis, para que se possa dar continuidade à formação. Quais são as principais dificuldades com que se deparam no dia-a-dia do Clube? As dificuldades do Desportivo do Salão são idênticas às de outros clubes ou entidades culturais. Muitos sócios afastam-se do clube e mais tarde acabam mesmo por desistir de pagar as cotas e desta forma ficamos mais limitados para

tiro

conseguir dirigentes para o clube. Gerir e manter um clube destes é trabalhoso e para mais quando somos poucos e se acumula muito trabalho nas mesmas pessoas, como é o nosso caso. Se dispuséssemos de mais dirigentes seria menos desgastante e até poderíamos ter mais escalões em actividade e ter outras iniciativas. A nível financeiro não temos dívidas mas vivemos com dificuldades, pois todos os apoios que o clube recebe têm de ser muito bem geridos para que possamos iniciar e terminar a época sem percalços. acha importante a construção de um sintético nesse lado da ilha? Acho importante, imperial e urgente para que o desporto não morra no lado norte da ilha. O desporto é algo que está ao nível da saúde e da educação, tem de ser olhado e respeitado para que não se percam

King

ruben Oliveira leonel teixeira continua a ganhar na frente g Realizou-se no passado dia 15 de Março a quinta prova do torneio da regularidade de tiro com carabina de pressão de ar. A prova, que contou com 9 atiradores, foi ganha, uma vez mais, por Leonel Teixeira. Já no que diz respeito ao tiro com carabina de ar comprimido, o primeiro lugar foi atribuído a Hélio Correia.

g Realizou-se na passada segunda-feira mais uma jornada do Campeonato de King, do Grémio Literário Artista Faialense. Ruben Oliveira sagrou-se vencedor da noite, partilhando o pódio com Manuel Campos e Paulo Taveira, em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Esta vitória atirou Ruben Oliveira para a liderança da classificação geral. A próxima jornada joga-se na segunda-feira, dia 28 de Março.

valores. O que está a acontecer é que hoje os jogadores procuram melhores condições para a prática desportiva, no caso dos mais novos são os pais que querem dar o melhor aos seus filhos e não hesitam em procurar clubes com condições dignas para os miúdos treinarem durante todo o Inverno e evoluírem da melhor forma. O que irá acontecer caso o lado norte do Faial receba um sintético será a participação de um maior número de jovens no desporto evitando que estes sigam por vezes caminhos menos correctos a criação de um maior número de equipas que trará mais competitividade ao futebol da nossa ilha. Estas equipas terão acesso a condições de trabalho dignas e que permitem trabalhar e evoluir o futebol praticado. No caso do campo da Restinga no Salão, o piso de terra e erva fica impraticável em dias de muita chuva, torna-se impossível treinar e quando recebemos jogos nesses dias maus os nossos adversários fazem comentários depreciativos chamando ao nosso campo de serrado e terra de vacas, mas esta é a realidade do Salão no momento. Penso mesmo que na Restinga estão reunidas todas as condições para se instalar um piso sintético, isto porque o recinto desportivo já dispõe de balneários que receberam um avultado melhoramento há cerca de um ano suportado pela Câmara Municipal da Horta também dispõe de bancadas e muros de vedação em volta de todo o campo para que o sintético fique fechado. Com isto o investimento torna-se possível e viável. Para terminar deixo uma mensagem às nossas autoridades com competência na matéria dizendo que não tenham problemas em efectuar a construção de um sintético no lado norte da ilha com o receio de os clubes fecharem as portas e perder-se um grande investimento, será exactamente ao contrário, com a criação de condições é que os clubes terão mais força e mais vontade de se manterem activos.

andebol

Sporting da Horta na luta pela presença entre os primeiros g O Sporting Clube da Horta foi ao Norte vencer o São Mamede por 2330. Os faialenses continuam assim na luta pela presença entre os seis primeiros, que será renhida até ao final. Este sábado joga-se a última jornada da primeira fase, e o desafio não podia ser maior para os pupilos de Filipe Duque, que vão ao Porto defrontar o actual campeão nacional, FCP que ocupa o segundo lugar da tabela com um jogo em atraso. O SCH ocupa o sétimo posto, com 45 pontos, os mesmos que o Águas Santas, sexto classificado, e a 3 do Sporting, que ocupa o quinto lugar. O Águas Santas recebe o Madeira SAD, actualmente em quarto lugar, enquanto que os leões recebem o Benfica, terceiro classificado.


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Tribuna das Ilhas

g Este fim-de-semana o cavaleiro Gonçalo Rosa, da Associação Hípica Faialense, participou no Concurso Internacional da Rota do Sol, em Vejer de La Frontera, em Espanha. Trata-se de uma prova da de Dressage, modalidade em que aquela associação tem desenhado um projecto desportivo forte, que inclui a participação não apenas em competições regionais e nacionais mas também internacionais. Na prova realizada no dia 18, Gonçalo classificou-se em terceiro lugar, enquanto que nas duas provas seguintes foi segundo classificado. Esta é a segunda participação a nível internacional deste atleta do escalão de juniores, que já esteve presente num concurso internacional em Arruda dos Vinhos, no final de 2010. Com estes resultados, Gonçalo Rosa pode integrar a Selecção Nacional, e participará no Campeonato Europeu de Juniores, que decorre em Agosto, na Holanda.

JÁ começou Nos passados dias 5 e 6 de Março realizaram-se no Faial as duas primeiras provas de qualificação para o Campeonato Regional e para a Taça Açores de Dressage. Em relação à Taça, competição organizada de acordo com a idade dos cavalos, nos cavalos com 4 anos Rita Serpa venceu as duas provas, montando o Capelo. Também Birgit Brandstatten, na Bem Posta, venceu as duas provas, nos cavaquAlIFIcAção PArA cAm- los com 5 anos, e nos cavalos com 7 anos PeoNAto e tAçA reGIoNAIS a vitória coube a Paulo Castro, montando

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PSd reúne com direcção do atlético

equitação

Cavaleiro faialense apurado para europeu de Juniores

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Espoir Fravanca. Quanto ao apuramento para o campeonato regional, no escalão de Iniciados, Tiago Taveira venceu a primeira prova, enquanto na segunda sagrou-se vencedora Alexandra Cebola. Ambos os cavaleiros montaram a égua Vitória. Em Juvenis, Diogo Quadrado, no Ondulado, venceu ambas as provas, assim como Vivana Rosa, em Juniores, montando Valerian. Em seniores Paulo Castro montou Espoir Fravanca e venceu ambas as provas. M.P.

g Na passada segunda-feira os deputados social-democratas eleitos pelo Faial estiveram reunidos com a nova Direcção do Angústias Atlético Clube. De acordo com nota enviada às redacções, Jorge Costa Pereira e Luís Garcia procuram desta forma aprofundar “o seu conhecimento das problemáticas, anseios e projectos deste emblemático clube faialense”. Os parlamentares congratularam a direcção pelos projectos desportivos para os próximos tempos, dos quais se destaca a colocação de um piso de relva sintética no seu campo, obra para a qual está a ser preparada uma candidatura aos apoios do Governo Regional no âmbito do regime jurídico de apoio ao movi-

mento associativo desportivo. Costa Pereira e Luís Garcia elogiaram ainda o esforço do Atlético na manutenção da sua sede, bem como as opções de política desportiva dos alvi-negros, nomeadamente a sua aposta nos escalões de formação. Na ocasião os social-democratas voltaram a defender o avanço da construção do campo sintético e da pista de atletismo previstos para o Estádio Mário Lino. Luís Garcia e Costa Pereira voltaram também a vincar a sua posição em relação à distribuição dos sintéticos na ilha do Faial, discordando da opção do Executivo Regional de dotar a cidade da Horta de mais duas dessas infra-estruturas, defendendo ao invés a dotação do lado norte da ilha com um desses campos. M.P.

PS/açores defende intervenção do executivo na ampliação do 4º PCr Juvenis e sintético do fSC Juniores vela ligeira

maria José Silva

g Na passada segunda-feira os deputados regionais do PS Alzira Silva e Lúcio Rodrigues visitaram as instalações do Fayal Sport Club, e conversaram com a direcção do Clube sobre a sua realidade actual. Em destaque esteve a necessidade de remodelação do campo sintético, com Lúcio Rodrigues a defender a intervenção da Direcção Regional do Desporto. Também Celestino Lourenço, presidente da direcção do FSC, se mostrou optimista no apoio do Executivo Regional para que a situação esteja solucionada antes de Agosto próximo, altura em que deverão iniciar-se os treinos da equipa sénior de futebol, para participar na Série Açores.

O facto do campo da Alagoa não ter as medidas mínimas impostas pela UEFA para as competições nacionais não permite que os Verdes o utilizem nos jogos da Série Açores, à qual o clube ascendeu após vencer o Campeonato da Associação de Futebol da Horta. De acordo com Celestino Lourenço, o clube já contactou com o Município, onde encontrou abertura para uma colaboração na resolução do problema, e também com a Direcção Regional do Desporto. “O director regional esteve aqui, viu a nossa realidade, e percebeu que a reparação do campo é uma prioridade”, referiu. Celestino Lourenço adiantou que,

neste momento, o clube está a ultimar um plano de desenvolvimento desportivo para a recuperação do campo de futebol, que conta entregar à Direcção Regional do Desporto dentro de duas semanas. “A nossa proposta passará pela substituição do sintético na sua totalidade”, explicou o dirigente. Uma obra desta envergadura demorará cerca de 2 meses a ser executada, pelo que deverá ser iniciada dentro dos próximos três meses de modo a estar concluída em Agosto. Também os deputados socialistas eleitos pelo Faial defendem a intervenção do Executivo na resolução deste problema: “o Fayal é um clube centenário, com cerca de 300 atletas nas várias modalidades, e é importante que haja da parte do Governo Regional e do Município vontade de se encontrarem soluções. Parece-me que o Governo tem essa preocupação”, referiu Lúcio Rodrigues. O parlamentar recorda no entanto que o campo é propriedade do clube, pelo que dependerá do FSC, em última instância, a resolução do problema. Rodrigues entende que o clube está a fazer “um grande trabalho” nesse sentido, nomeadamente através de contactos com a autarquia e com o Governo Regional. M.P.

g Realizou-se os dias 19 e 20 de Março, na Madalena do Pico a 4ª PCR de Juvenis e Juniores de Vela Ligeira. O Clube Naval da Horta fez-se representar por cinco velejadores na classe Optimist e quatro velejadores na Classe 420, obtendo os seguintes resultados: Optimist 10º lugar – Pedro Costa

14º lugar – Jorge Silva 16º lugar - Miguel Conceição 22º lugar - Jorge Medeiros 25º lugar - Tiago Oliveira 420 1º lugar - Nuno Silva; Alexandra Gonçalves 2º lugar - Alexandra Gonçalves; Carolina Correia MJS

iii Prova laSer Sb3 2011

rui Silveira conquista pódio nacional g O velejador do Clube Naval da Horta, Rui Silveira, classificou-se em 3º lugar na III Prova Laser SB3 2011 organizada pelo Clube Naval de Cascais com o apoio de APC Laser SB3, disputada nos dias 12 e 13 de Março 2011, no campo de regatas de Cascais. Em primeiro lugar ficou uma tripulação da GBR, como o timoneiro John Pollard, que recentemente ganhou a prova "Laser SB3 Volvo Cup" em Lake Garda, na Itália. Na segunda posição ficou a tripulação liderada por Luka Rodion, RUS, Medalha de prata na Olimpíadas de Atenas 2004 e oitavo em 2010 no Laser SB3 do Campeonato

Dr

do Mundo. A Classe Laser SB3 é a classe de vela com grande crescimento em todo o mundo – a frota mundial conta já com mais de 600 unidades - e atraiu já a atenção dos melhores velejadores mundiais. MJS


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oPinião

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gerações Frederico cardigos

O

s tempos são outros. Apesar de já não poder contar com a sua companhia há muitos anos, ainda me lembro de uma das minhas avós dizer, com carinho, que me gostava de ver “arrumado”. Para ela, um emprego estável era uma premissa para a sua própria tranquilidade e, ajuizava ela, para a minha. Infelizmente, tanto no meu caso, como dos restantes netos, a vida não resolveu ser fácil. Apesar de sermos muitos, mesmo muitos… não lhe demos essa alegria. Entre os caminhos da investigação científica e do trabalho para o sector privado, poucos entraram para o Estado e, os que o fizeram, foi sempre para áreas de mobilidade elevada. Os tempos são outros. Hoje a estabilidade laboral é uma ilusão, mesmo para quem trabalha para o Estado, e é natural que as coisas se tornem mais

exigentes. Principalmente no Estado, a avaliação terá de ser consequente o que, nalguns casos, implicará a alteração profunda de comportamento, a mobilização ou o despedimento. Certo é que os contribuintes não estão disponíveis para pagar os salários dos poucos que na Função Pública não querem contribuir com o seu labor. E que os há, há… Isto significa que cada um de nós deverá fazer uma planificação de vida que seja compatível com os seus desejos e com as suas capacidades individuais, mas também com as necessidades existentes. Todos queríamos ser astronautas, mas não há emprego. Não podemos exigir o que não existe. Pessoalmente, eu queria andar no mar. Sem grande planeamento é certo, fui seguindo as oportunidades que a vida me apresentou, tentando fazer sempre o melhor que sabia. Esta, no entanto, foi uma atitude

irresponsável e que me poderá trazer algumas amarguras. Sem que me possa queixar, porque as escolhas ou as faltas delas foram minhas, irei trabalhar para sustentar a minha família e contribuir positivamente para a sociedade onde me insiro. Cheio de sonhos, tentarei auxiliar na resolução dos problemas que se nos apresentam e na exploração das oportunidades que vamos vislumbrando nos oceanos que nos rodeiam. Eu vivi entre a chamada “geração rasca” e a “geração à rasca”. Odeio ambas as designações. A primeira porque não tem a excelência que identifico nos meus amigos e a segunda porque revela fraqueza e eu também não a vejo. Olho à volta e vejo gente entre os tempos do Estado paternalista e os tempos do Estado regulador. Prefiro o segundo e estou interessado em trabalhar para o seu aperfeiçoamento.

Árvore, Poesia, Água – tudo no nosso Parque natural Alzira Silva

O

s Dias Mundiais – goste-se ou não deles – têm um mérito: o de nos focar em assuntos que por vezes passam ao longe da vertigem do nosso quotidiano. Nesta semana, tivemos os Dias da Árvore (ou da Floresta, se quisermos), da Poesia, da Água. Tudo essência na nossa vida. Pelos seus elementos vitais e pelo que representam em qualidade para a saúde, para a beleza, para a felicidade. Este é, também, por iniciativa da Organização das Nações Unidas, o Ano Internacional das Florestas, cujo objectivo central é a sensibilização da população para a importância das florestas no desenvolvimento sustentável. “Floresta para o Povo” foi o subtema definido para atingir este objectivo. Natália Correia dizia que a Poesia era para se comer. Para degustar é, seguramente. Um poema, um mar de água límpida, uma floresta de verdes estonteantes e o ser humano sobe ao cume da felicidade, fruindo do universo como de um paraíso. O que o planeta seria, se a humanidade não o

tivesse maltratado. O Faial tem a sua mostra de paraíso no seu Parque Natural. Uma área especial para os apreciadores da natureza, inspiradora para os artistas, motivo de regozijo para todos os que aqui vivem e de encantamento para os visitantes. O Parque Natural de Ilha do Faial constitui uma excelente oportunidade para a realização de actividades relacionadas com o ambiente natural da ilha. Há espaços com interesse paisagístico, natural e conservacionista condutores ao contacto e à interpretação da biodiversidade animal e vegetal e geológica, que ocupam 17,5 por cento da área total do Faial. A classificação obedece às categorias da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza): Reserva Natural (Caldeira do Faial, Morro de Castelo Branco e Caldeirinhas do Monte da Guia); Área Protegida para a Gestão de Habitats ou espécies (do Cabeço do Fogo, dos Capelinhos, da Costa Noroeste, Varadouro e Castelo Branco); Área de Paisagem Protegida (do Monte da Guia e da Zona central da Ilha); e Área Protegida de Gestão de Recursos (do Canal Faial-Pico/Sector Faial, de Castelo Branco, dos Capelinhos e dos Cedros).

Estas áreas fazem-se acompanhar de alguns pontos importantes de interpretação e contemplação: os centros de interpretação e os miradouros para contemplação em alguns locais privilegiados do Parque Natural do Faial que convidam o visitante a descobrir este património natural único. Os trilhos proporcionam igualmente um saudável e belo desfrutar da natureza: o perímetro da Cadeira, a Levada, Capelo-Capelinhos, Subida ao Vulcão, Trilho dos dez Vulcões, Descida à Caldeira, Circuito Monte da Guia. E quando o cansaço recomendar uma pausa, são vários os miradouros espalhados pela ilha que refrescam a nossa caminhada: o da Caldeira, o do Cabouco, o de Nossa Senhora da Conceição, o da Ribeira das Cabras, o do Morro de Castelo Branco, o do Vulcão dos Capelinhos, o das Caldeirinhas e o dos Dabney. O Parque Natural do Faial deu aos faialenses ainda outra alegria: foi escolhido para representante português no Concurso Europeu de Destinos de Excelência “EDEN”, entre onze candidaturas de vários pontos do país. Saibamos estimá-lo e sensibilizar as gerações mais novas para o respeito que lhe devemos. alziraserpasilva@gmail.com

Conheço casos de pessoas que vivem há muitos anos entre a bolsa mal paga e o estágio não remunerado. Ou seja, Estado, instituições e empresas admitem a falta de quem desempenha determinada função, mas não criam as condições dignas para que a mesma seja cumprida. Isso tem de ser denunciado e terminar. Todos reconhecemos injustiças, mas não aceito as lamúrias de quem não luta. Todos reconhecemos ineficiências, mas não sou complacente com quem nunca enviou um currículo para obter um trabalho ou, muito menos, um emprego. Estamos num mundo competitivo que exige empenho, compromisso, trabalho e, às vezes, sacrifício. Do Estado espera-se orientação, regulação e, no caso das coisas correrem mal, apoio. Não tenho também paciência para ouvir as queixas de quem não faz o “obséquio” de ir votar “porque estava a

chover”. Há uma dezena de anos recebi uma pessoa oriunda do fundo de desemprego. Deveria dar apoio ao trabalho do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores. Tal como eu próprio fazia, meti-o a lavar o casco de um barco. Passado meia hora foi-se embora, sem se despedir, dizendo que não era aquilo que esperava. Refugiou-se novamente no fundo de desemprego e, felizmente, perdi-lhe o rasto. Não é isso que o nosso país precisa, não é isso que precisamos colectivamente. É um caso. Felizmente, na mesma leva e com a mesma origem, apareceram outros jovens que ainda hoje trabalham naquela instituição e agora com posições permanentes. No meio da injustiça que muitas vezes grassa por esse mundo, por vezes, as oportunidades aparecem, mas temos de as saber reconhecer e agarrar com força!

a burra e as moscas C

á, coça-se a cabeça perante a estagnação sazonal do turismo. Na Terceira, entrou-se em pânico há alguns dias porque a ilha está com dificuldades em desenvolver a actividade turística. Nos Açores, o Inverno dói. Depois do retorno a casa dos emigrantes que vieram cá passar as festas de fim de ano em família, não chega muita gente de fora até à Primavera. Não é que o destino Açores não seja apetecível. Nas Comunidades, apetece sempre, e muito, mas as passagens são caríssimas. Em lugar de voltar aos Açores, muitos emigrantes já escolhem fazer férias com tudo incluído nas Caraíbas ou na América do Sul pelo preço de uma passagem na SATA. Votam com a carteira no Inverno e já passaram a votar com a carteira no Verão também, e quem pode culpá-los? Muitos vivem o ano inteiro com as saudades às costas, fazendo sacrifícios até poder juntar dinheiro suficiente para vir cá, e quando chegam, são "moscas de Verão". Excepto talvez a descrição de

"estrangeira burra" com que convivo já há dois anos,não conheço uma alcunha mais feia e insultuosa. Falar assim é fazer mesmo pouco da coragem e da garra necessárias para emigrar e construir uma vida nova em terras longínquas. Ser emigrante é ousar desafiar-se a si próprio, é tornar o medo do desconhecido em força motriz, é lutar cada dia para ser aceite pelo país de acolhimento e, para muitos açorianos espalhados pelo mundo, é finalmente conseguir construir uma vida melhor lá do que cá. Enquanto bocas maldosas cospem ressentimento, esquece-se do potencial económico da Diáspora. Mas antes de agarrar-se como sanguessugas à carteira do emigrante, talvez o mínimo que o arquipélago pode fazer é tratá-lo com o respeito que merece. E depois, permanece o assunto já muito debatido do preço das passagens por resolver porque, "com vinagre não se apanham moscas". Nem no Inverno, nem no Verão.

Kitty balle


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Tribuna das Ilhas

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GrémIo LITerárIo ArTIsTA FAIALense

tribunal Judicial da Horta Secção Única Largo Luís de Camões – 9901-863 Horta Telef: 292 208320 Fax: 292293283 mail: horta.tc@tribunais.org.pt

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Processo: 47/11.1tBHrt divórcio sem consentimento do outro cônjuge Autor: Leonardo Pimentel de Melo Réu: Maria Margarida da Graça Lopes de Melo Nos autos acima indicados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o (a) ré(u) Maria Margarida da graça lopes de Melo, com última residência conhecida em domicilio: lomba Cruz, 101 a, flamengos, 9900-000 Horta, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, requerendo, a presente acção, com a indicação de que a falta de contestação não importa a confissão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substancia o pedido consiste, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial. Horta, 14-03-2011 n/referencia: 575291

- toDAS AS SeXtAS-FeIrAS Noite dos petiscos com bAIle, KArAoKe e surpresas animação com Marco e Saraiva - SÁbADo DIA 26 De mArço Jantar de homenagem aos sócios mais antigos, pelas 20h00 - DomINGo DIA 24 De AbrIl bAIle da Páscoa com a Turma do rodeio, a partir das 21h00

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oPinião

25 De mArço De 2o11

Tribuna das Ilhas

retalHoS da noSSa HiStória – Xciii

no Centenário da república Portuguesa (28) Fernando Faria

33. GoverNADor JoSé GomeS De meSquItA O decreto de exoneração do Alto-Comissário e Governador Civil, coronel Mousinho de Albuquerque, foi publicado em 7 de Janeiro de 1927, mas em 17 de Dezembro do ano anterior já se sabia quem era o seu sucessor. Na edição desse dia, o jornal O Telégrafo sempre bem informado e melhor relacionado com o poder vigente, noticiava que regressara à Horta, no vapor “Lima”, “a exercer as funções de governador civil o sr. capitão José Gomes Ferreira Soares de Mesquita, que [era] um distinto oficial da Administração Militar”. Adjunto do Alto-Comissário, o capitão Mesquita voltava à Horta para assumir a chefia do distrito. Porém, só a 22 de Janeiro tomou posse do cargo que - de acordo com a imprensa que lhe era favorável, ou seja, O Telégrafo e As Novidades,alinhados ou dependentes dos regionalistas do Dr. Manuel Francisco Neves Júnior já então fervorosos adeptos e colaboradores da ditadura militar resultante do 28 de Maio de 1926 – foi um acontecimento notável. Relata o primeiro daqueles jornais que a posse do “ilustre oficial realizou-se com toda a solenidade e imponência”, que a “assistência foi numerosa e de todas as classes sociais, predominando o elemento militar, o funcionalismo público e individualidades das mais categorizadas da nossa terra”. Após a leitura do decreto que nomeou o novo Chefe do Distrito, concedendo-lhe amplas atribuições de Alto-Comissário como representante do poder executivo, houve as habituais saudações de toda a assistência, tendo discursado Manuel da Câmara, visconde de Leite Perry (ex-governadores civis), padre Osório Goulart (professor e poeta), eng.º Fernando Centeio e dr. Manuel Francisco Neves (médico-cirurgião, ex-governador civil, poderoso líder

dos regionalistas e futuro dirigente da União Nacional). Todos eles, “em breves mas entusiásticas alocuções, saudaram o magistrado superior do distrito, que consideravam um inteligente continuador da obra proveitosamente encetada pelo ilustre coronel sr. Mousinho de Albuquerque, e tiveram palavras de justo elogio” para com o novo governador já “conhecido no nosso meio pela nobreza do seu carácter”. Este, “em termos precisos e claros, agradeceu todas as deferências e prometeu envidar todos os esforços para ser útil ao distrito da Horta” . Também o periódico As Novidades exultou com a nomeação que “foi recebida com geral agrado, pois que o sr. Capitão Mesquita, que é um espírito culto e inteligente, tem captado a estima e simpatia geral do povo faialense” . Contrapondo-se a este entusiasmo, está a telegráfica notícia de A Democracia que apenas assinala que “foi nomeado governador civil (com poderes de Alto Comissário) o capitão da Administração Militar sr. José Soares de Mesquita, tendo hoje tomado posse” . Graves, porém, continuavam as críticas dos democráticos e dos que se opunham aos nevistas e às chamadas negociatas das engenharias sinistradas, acusando não só o Alto-Comissário de ter talhado para si uma posta de 5 000 escudos do cofre dos sinistrados e 2 500 escudos para cada um dos sete membros da sua comitiva, além dos seus ordenados e ajudas de custo. E, caindo no boato e, certamente, na mentira, ainda insinuavam outras manigâncias e actos de corrupção em contratos de obras e materiais e no favorecimento dos amigos e correligionários, em prejuízo dos mais necessitados e dos opositores. Mas a atribuição dos subsídios ao Alto-Comissário e aos oficiais que o assessoravam corresponde à verdade e consta mesmo de um decreto publicado no Diário do Governo em 20 de Dezembro de 1926 e com efeitos retroactivos desde que haviam iniciado funções. Assim, o Alto-Comissário recebia “5 000$00 fortes mensalmente, além dos subsídios ordinários que percebia à data da sua nomeação”. Aquele diploma criava “os lugares de um adjunto, cinco engenheiros e um auxiliar para coadjuvarem o Alto-Comissário, abonando-se a cada um o subsídio mensal de 2 500$00 fortes, além de quaisquer outros vencimentos a que tivessem direito” . Como que a provar o fundamento das críticas a subsídios tão exagerados, está o facto de no decreto que

O triângulo!

N

ão se trata de figura geométrica, mas sim do conjunto de três ilhas, das que formam o grupo central dos Açores – S. Jorge, Pico e Faial.

Este epíteto, na década de sessenta, do século passado, um pouco em surdina, já era falado. As forças vivas, de então, incitadas pelos velenses, que estavam de costas voltadas para Angra, e que desejavam a todo o custo que o seu concelho pertence-se ao Distrito da Horta, ilha que viam, constantemente ali em frente, resolveram dar o primeiro passo, e assim, nasceu a primeira carreira marítima, Velas/Pico/Velas. Este intercâmbio, iniciou-se por volta de 1962, com a pequena lancha Velas, da ELP que saía das Velas pelas seis horas com destino ao porto de S.Roque do Pico, chegando ali uma hora depois. De seguida os passageiros apanhavam a camioneta que os conduzia à Madalena. Dali seguiam para o Faial na lancha das

08h30. Deste modo, os jorgenses tinham hipótese de virem ao Faial, pelas mais diversas razões, e regressarem, no mesmo dia, pelas 14 horas, fazendo o percurso inverso, com chegada às Velas pelas 18 horas. Por falta de porto seguro, na ilha de S. Jorge, esta lancha só operava no verão, desistindo, mais tarde, de fazer aquele percurso. Nesta época, vigoravam administrativamente os distritos e por isso não havia livre circulação de pessoas e bens. Para os passageiros era necessário uma lista, e para as bagagens ou cargas, uma guia. Este procedimento que nunca foi possível ultrapassar, penso que ajudou também a fracassar esta operação. Hoje, e através das Câmaras Municipais, foi “reeleito” o Triângulo, tendo em conta a proximidade das três ilhas, sobretudo, na exploração turística. Apesar de cada ilha constituir

uma sub-região, continua ainda bem vincada a ligação a que os distritos obrigavam. É por isso que muitas das acções, implementadas, sobretudo, no que concerne a S. Jorge, têm fracassado. As fortes ligações, nomeadamente as familiares, têm um peso muito importante na sua díficil concretização, além dos sindicatos, Câmara do Comércio, e outras instituições, que mantêm os jorgenses ligados à Terceira, e por tudo isso, será muito difícil, conseguirem a unidade pretendida, para que estas três ilhas constituam um verdadeiro pólo turístico. Se dúvidas houvesse, verifiquem na Bolsa do Turismo, quem fez a propaganda do queijo de S. Jorge? No entanto, este produto é usado como uma das fortes valências do Triângulo. Muito há a fazer, sobretudo, tentar renascer aquele espírito dos velenses da década de sessenta, tendo em atenção os benefícios que daí resultariam para as ilhas do Triângulo. SANtoS mADruGA

nomeou o capitão Soares de Mesquita governador do distrito, com poderes de Alto-Comissário, ficar estabelecido, quanto aos vencimentos, que além dos que tinha direito como oficial do Exército, auferiria mais 2 500$00 mensais, sem qualquer outra remuneração que respeitasse ao cargo de governador civil. Quer isto dizer que o novo Chefe do Distrito, apesar de lhe ser “conferida a superintendência em todos os serviços da Administração Pública, podendo adoptar as providências excepcionais que julgasse necessárias a bem do interesse do distrito, as quais se encontravam a cargo do Alto-Comissário e bem assim o poder nomear e demitir as autoridades e comissões administrativas e militares, em todo o distrito” , ficava a ganhar, apesar do cargo e das amplas responsabilidades a ele inerentes, o mesmo que percebia quando era apenas adjunto do coronel Mouzinho de Albuquerque, que lembra-se, tinha um subsídio mensal duplo do que o que era agora atribuído ao seu sucessor. Esta assinalável redução mostra que havia exageros e que as críticas às engenharias sinistradas tinham fundamento e eram assertivas, não só em termos de vencimentos, mas também no andamento dos trabalhos de reconstrução e nos dinheiros neles dispendidos. Apesar de ser um assunto complexo, sempre considerado ineficaz pelos que não alinhavam com o poder, o certo é que algumas medidas tomadas pelo governador Soares de Mesquita, logo após a posse, apontam no sentido de uma confrangedora ineficiência. Um exemplo, entre vários, encontra-se na portaria que publicou no fim de Janeiro de 1927 e que, no essencial, ordenava “que pela Repartição de Engenharia se proceda, com a máxima urgência, e com prejuízo de qualquer outro serviço, excepto o de reparações, a um rigoroso inquérito acerca dos prejuízos sofridos pelos sinistrados do Faial, de 5 de Abril e de 31 de Agosto, tanto no que diz respeito a prédios urbanos, como também a móveis, devendo este inquérito ser feito por freguesia, funcionando em cada uma delas uma comissão composta de um engenheiro como presidente, de um professor oficial e do presidente da comissão administrativa da Junta de Freguesia. Das relações do inquérito deverão constar não só os elementos pedidos como também a importância das despesas já realizadas, quer por conta do Estado, quer por conta dos próprios sinistrados” . Passados cinco meses sobre o ter-

ramoto de 31 de Agosto, exaltada a pretensa competência e a suposta eficácia do Alto-Comissário Mouzinho de Albuquerque, que a Lisboa levou planos e mais planos que teriam merecido o melhor acolhimento do Governo, eis uma portaria do seu sucessor que, pelo que deseja inquirir, desmente categoricamente toda a propaganda feita a uma reconstrução que, ao contrário do que se propagandeava, pouco avançava e pouco mais era do que um grande fiasco. O governador Soares de Mesquita foi a Lisboa em Maio, a fim de tratar de assuntos oficiais, e de lá regressou a 18 de Julho, reassumindo as suas funções, que em breve deixaria definitivamente, já que retirou à capital portuguesa em 3 de Agosto de 1927, sendo substituído pelo capitão José Afonso Lucas. Por deliberação da Câmara Municipal da Horta de 23 de Janeiro de 1930, a Rua Capitão Mesquita, no Bairro Mouzinho de Albuquerque, perpetua o seu nome na toponímia da cidade da Horta. Nascido no Porto em 24 de Junho de 1888, faleceu em Lisboa a 7 de Agosto de 1960. Incorporado no Exército em 1907, teve a seguinte carreira militar: alferes (1913), tenente (1914), capitão (1919), major (1937), tenente-coronel (1940), coronel (1946), brigadeiro (1948). Na primeira guerra mundial prestou serviço em Angola (1914-1916) e em França (1917-1919). Voltou a Angola (1921-1923), foi comandante da P.S.P. no Porto (1930-1934), participou na Guerra Civil de Espanha (1937), e exerceu ainda os cargos de Comandante da Escola Prática da Administração Militar, Director da Administração Militar e professor provisório, do Instituto de Altos Estudos Militares .

“O Telégrafo”, 24 de Janeiro 1927, p.1 “As Novidades”, 23 de Janeiro 1927, p.1 “A Democracia”, 22 de Janeiro 1927, p.1 Idem. 8 de Janeiro 1927, p.1 “A Época”, 21 de Janeiro 1927, cit. In “A Democraci”, 1 Fevereiro 1927, p.1 “A Democracia”, 29 de Janeiro 1927, p.1 Cf. Arruda, Luís – “José Gomes Ferreira Soares de Mesquita”, in Enciclopédia Açoriana

não quero ir à escola! Geralmente, ir à escola é um momento agradável para as crianças pequenas. Infelizmente, para outros isso representa medo ou pânico, muitas vezes com dimensões que levam as crianças a fingir que estão doentes para ficarem em casa. Nestes casos, as crianças usualmente, queixamse de dores de cabeça, de garganta ou do estômago, exactamente na hora de ir para a escola. A “enfermidade” melhora quando se permite que fique em casa, mas reaparece na manhã seguinte antes de ir à escola. Em alguns casos, as crianças negam-se por completo em sair de casa. O negar a ir à escola aparece geralmente depois de um período em casa na companhia da mãe, por exemplo, depois das férias, dos dias de festa, ou depois de uma breve enfermidade. Com frequência, as crianças entre os cinco e os dez anos de idade que se comportam desta maneira, sofrem de um pavor paralisante por ter que deixar a segurança da família e de casa. É muito difícil para os pais fazer frente a este pânico infantil, mas esses temores podem tratar-se com êxito, com ou sem ajuda profissional. Tudo dependerá do grau de temor que a criança tenha. Se os pais notam que pode ser algo passageiro, então devem insistir em levar que tudo passará. Caso a situação se mantenha devem esclarecer junto dos profissionais da escola de que nada se passou que possa justificar o comportamento do seu filho. Converse com o seu filho e tente percebê-lo, se manifestar razões injus-

tificadas não colabore e persista na sua frequência diária na escola. Crianças inseguras... não só na escola! As crianças que têm um medo irracional da escola podem sentir-se inseguras noutros ambientes, podem demonstrar um comportamento exagerado de apego aos seus pais, e inclusive passarem a ser sombra dos pais, ou seja, manifestam angústia sempre que estes não estão presentes. Deste modo deixam de socializar para se manterem junto a eles. Estes medos são comuns em crianças com a chamada “desordem de ansiedade”. As crianças têm dificuldade para dormir, um medo exagerado e um temor irreal a animais, monstros, ladrões ou do escuro. As potenciais consequências a longo prazo podem ser muito sérias para uma criança com medos persistentes se não receberem atenção profissional. A criança pode desenvolver sérios problemas escolares e sociais ao deixar de conviver por muito tempo. A autonomia e independência são fundamentais para um desenvolvimento pessoal e social adequado. JoIce DuArte E-mail: caapsi@sapo.pt Telem. 96 3489511 Http://caapsicologia.blogspot.com


inForMação

Tribuna das Ilhas

AGeNDA

FArmÁcIAS

Até 30 De AbrIl De 2011 Exposição - evolução - resposta a um Planeta em mudança - Centro de interpretação do vulcão dos Capelinhos. Organização do Governo dos açores e Junta e Freguesia do Capelo

ProJecto De ANImAção DeSPortIvA e culturAl SemANA DA FreGueSIA DA PrAIA Do AlmoXArIFe hoje 14h00 - Gincana de bicicletas (Escola Primária) 19h30 - Torneio Snooker (Sociedade Filarmónica) 21h00 - actuação da Tuna da Filarmónica (Sociedade Filarmónica) 21h30 - Chamarritas Amanhã 14h30 - Torneio de arco e Flecha (Junta de Freguesia) 15h00 - Final do Torneio de Matraquilhos (Café Medeiros) 18h00 - Finais do Torneio de bilro (atafona do Calço) 19h00 - abertura da “Feira Gastronómica” 21h00 - Noite Cultural (Sociedade Filarmónica)

hoJe e AmANhã Farmácia ayres Pinheiro 292 292 749 De 26 De mArço A 1 AbrIl Farmácia lecoq 292 200 054 emerGêNcIAS -FAIAl i h p o ~ m i i

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Vidente - MediuM - CurandeirO

utIlIDADeS

eveNtoS

hoje 18h00 - Encontro da Comunidade de leitores - biblioteca Pública a. r. J. J. G. Organização da biblioteca Pública e arquivo regional João José da Graça e Direcção regional da Cultura

25 De mArço De 2o11

Número Nacional de Socorro 112 bombeiros voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 912 354 130 Protecção Civil - 295401400/01 linha de Saúde Pública 808211311 Centro de Saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000 trANSPorteS - FAIAl

jSaTa - 292 202 310 - 292 292 290 loja jTaP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380

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Domingo 08h00 - Prova de Pesca Desportiva - Prova aberta (Concentração no largo Coronel Silva leal) 13h30 - Convívio final de entrega de prémios Organização: J. F. da Praia do almoxarife e Câmara Municipal da Horta

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PADc - SemANA DA FreGueSIA DA coNceIção Dia 28 de março – Segunda-feira 20h00 - Torneio de Ténis de Mesa (Fayal Sport Club) Dia 29 de março – terça-feira 20h00 - Torneio de Carabina pressão de ar 10 metros (Quinta de S. lourenço) Dia 30 de março – quarta-feira 21h00 - Torneio de dominó (Sociedade Filarmónica Sociedade artista Faialense) Dia 31 de março – quinta-feira 20h00 - Torneio de Sueca (Sociedade Filarmónica artista Faialense) Organização da J. F. da Praia da Conceição e Câmara Municipal da Horta

eDItor: Fernando Melo cheFe De reDAcção: Maria José Silva reDAcção: Susana Garcia e Marla Pinheiro FotoGrAFIA: Carlos Pinheiro

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FuNDADo 19 De AbrIl De 2002

Tribuna das Ilhas

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SeXtA-FeIrA 4 25 De mArço De 2o11

dia da árvore e da FloreSta

Crianças da Praia do almoxarife assinalam a data plantando árvores marla Pinheiro Fotos: maria José Silva

g Diz a sabedoria popular que só temos uma vida completa quando escrevemos um livro, temos um filho ou plantamos uma árvore. Na manhã da passada segunda-feira, Dia Mundial da Árvore e da Floresta, os alunos da EB/JI da Praia do Almoxarife puderam já riscar esta última tarefa da sua lista. Numa iniciativa da Junta de Freguesia local, as crianças passaram a manhã a plantar cerca de 130 árvores pelos espaços públicos ajardinados da freguesia. De acordo com Lúcio Rodrigues, presidente da Junta de Freguesia da Praia do Almoxarife, esta iniciativa teve como principal objectivo sensibilizar os mais novos para a impor-

tância das árvores, principalmente no que diz respeito à produção de oxigénio. Aos jornalistas, o autarca frisou que a sensibilização das crianças é uma ferramenta eficaz na consequente sensibilização dos seus pais e familiares. Assim, as crianças puderam escutar o engenheiro Nuno Rodrigues, do Parque Natural do Faial, que falou breves momentos sobre a importância das árvores. Depois, foi tempo de deitar mãos à obra e, com a supervisão e o auxílio dos funcionários da Junta de Freguesia, iniciar a plantação de algumas árvores no recinto da escola. O trabalho fez-se em ambiente de boa disposição, com muitas cantorias em que as árvores eram as protagonistas. Após o “aquecimento”, as crianças partiram para plantar árvores por vários locais da fre-

guesia. Hibiscos, belas-sombras, araçaleiros ou azáleas, entre outras, contribuíram para embelezar a freguesia, e, torná-la ainda mais amiga do ambiente, pelas pequeninas mãos

que sustentam a grande responsabilidade que é o futuro do nosso planeta Terra.

Luís Guilherme Ferreira da Silveira

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