22-10-2010

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MOTORES

RALI FAIAL/ ALÉM MAR PÁGINA 11

Tribuna das Ilhas

dIrector INterINo: mANUel crIStIANo bem 4 NÚmero: 438

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Sociedade

SemINÁrIo de cozINhA veGetArIANA NA hortA durante 3 dias, cerca de 50 pessoas aprenderam sobre este modo de vida que reúne PÁGINA 04 cada vez mais adeptos.

cem crIANçAS em lIStA de eSPerA PArA AS crecheS fAIAleNSeS A secretária regional do trabalho e Solidariedade Social reconheceu o problema durante a inauguração do parque infantil da casa de Infância de PÁGINA 03 Santo António.


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editorial

ILhAS dO MAR ! g É possível que alguns dos nossos leitores encontrem nesta coluna algumas repetições de ideias quanto aos temas tratados ao longo das sucessivas edições. E isso é um tanto natural num semanário como o nosso, nascido numa região insular: pedaços de terra envolvidos pelo mar que é, sempre foi e há-de ser, o elemento que reina no espírito das gentes que aqui nasceram e aqui fizeram vida, agarradas ao sonho do progresso e do bemestar colectivo. Assim, não é de admirar que os temas do mar apareçam frequentemente, como reflexo do fluir da vida nestas plagas implantadas na imensidade oceânica. Porém, torna-se indispensável estabelecer diferenciações no plano desta temática. É que, embora todas as nossas ilhas tenham o mar à sua volta – até pela definição geográfica – algumas delas sempre viveram, em termos comunitários, desligadas da superfície azul e voltadas para o interior da terra, por influência da maior dimensão e fertilidade do solo, em ordem a mais compensadores níveis de riqueza. Pelo contrário, noutras destas parcelas dos Açores – em número menor – as populações que as ocuparam, desde os primórdios do povoamento, tiveram de virar-se para o elemento marinho, como garantia de assegurar a sua sobrevivência, face à avareza dos solos vulcânicos, aos efeitos impiedosos das intempéries e, pelo lado positivo, perante as condições favoráveis de acesso ao mar ou do abrigo costeiro para as operações marítimas. Independentemente da circunstância das actividades piscatórias se terem difundido pela periferia marinha de cada terra, como base de sustento e de rendimento para uma considerável faixa da população, há realmente ilhas nos Açores que através dos tempos viveram, de uma maneira mais intensa, o “abraço” do mar aos mais diversos níveis. E neste caso estão, em lugar cimeiro, o Pico e o Faial, desde que a grande proximidade das duas parcelas transformou a via marítima num factor de verdadeira comunhão de interesses afectivos dos seus habitantes e de uma forte complementaridade no plano económico, social e até cultural. E os povos das duas ilhas formaram empresas de transportes por mar, que operaram entre os grupos central e Oriental do arquipélago, beneficiaram, no passado, do movimento atlântico do porto da Horta – como hoje beneficiam da sua posição de pólo de iatismo internacional - foram pioneiros da secular saga baleeira e da época áurea da pesca do atum como, nos nossos dias, do Whale watching e do actual desporto nas canoas dessa extinta caça ao cachalote, fazendo assim do oceano o espaço privilegiado da sua existência insular. Faial e Pico são, pois, ilhas do mar por excelência, de acordo com a vocação das suas gentes – vocação confirmada pelo percurso histórico do povo açoriano.

em deStaque

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SeSSão Plenária de outubro

Proposta de Orçamento de Estado motiva discussões na Assembleia Regional marla Pinheiro g As medidas de austeridade impostas pelo Governo da República para lidar com a crise económica e a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2011 marcaram o debate parlamentar desta semana, na última sessão plenária da Assembleia Legislativa Regional antes da discussão do Plano Regional para 2011, agendada para Novembro. Ontem, PSD e BE apresentaram declarações políticas sobre a temática. Do lado dos social-democratas, o seu líder parlamentar deixou um desafio ao presidente do Governo Regional. Segundo António Marinho, Carlos César deve “aconselhar José Sócrates no sentido de aceitar as propostas social-democratas” para o OE. Acusando César de ser “amigo político” de Sócrates, Marinho entende que, se o presidente do Executivo açoriano não aconselhar o primeiro-ministro a aceitar a negociação de propostas, não estará a ser solidário com os açorianos. “Lá diz o ditado que os amigos são para as ocasiões, pois então que a inabalável aliança entre César e Sócrates sirva, pelo menos agora, para dar mais alento aos açorianos”, disse. “Um orçamento é um instrumento demasiado importante para o futuro de um país para se rejeitar ou aprovar de ânimo leve”, frisou Marinho, para quem os novos aumentos de impostos e as penalizações fiscais vão dificultar ainda mais a vida aos açorianos. Marinho acusou o Governo açoriano de esbanjamento: “os açorianos sabem bem que gastar dinheiro em festas é ultrajante, designadamente num tempo em que lhes são pedidos sacrifícios, que são exponencialmente aumentados de quatro em quatro meses. Os bares abertos, contudo, são caros aos socialistas. E recebem a condescendência de César, como certamente a receberão de Sócrates”, disse. Carlos César, por sua vez, entendeu que a estratégia do PSD/A passa por procurar

colar a sua imagem à de José Sócrates, para que o PS/A também sofra com a quebra de popularidade do partido a nível nacional. Também Zuraida Soares entende que a proposta de Orçamento vai trazer recessão, desemprego e menos 40 milhões de transferências directas e investimento para os Açores. A líder parlamentar bloquista acusou o PS e o PSD de servirem o império do capital financeiro: “O BE reconhece que a consolidação orçamental e a diminuição da dívida externa são essenciais, mas não aceita que sejam sempre os mesmos a pagar.” Zuraida diz que as propostas do BE visam aumentar a justiça neste processo, e destaca algumas, como a simplificação fiscal, a fusão ou eliminação de empresas públicas e municipais ou a taxação das saídas legais de capitais, com destino a Off-Shores, em 25%. revISão coNStItUcIoNAl – PS e PSd trocAm AcUSAçõeS As desavenças entre PS e oposição em relação à revisão constitucional voltaram a estar em foco no debate parlamentar. Depois de, há duas semanas, a Comissão Permanente da ALRAA ter aprovado uma proposta do PS/A para a extinção do cargo de Representante da República, apenas com os votos favoráveis da maioria socialista, nesta sessão plenária a questão voltou à baila. Numa intervenção política proferida quarta-feira pelo seu líder parlamentar, o PS/Açores classificou a sua proposta de revisão da Constituição relativa às autonomias regionais como uma “vitória histórica do povo açoriano”. Segundo Hélder Silva, essa proposta, aprovada por unanimidade pela Comissão Política do PS, “pretende aprofundar as autonomias em vários aspectos, desde logo em matérias de competências legislativas das regiões”. Nesse sentido, a proposta assim viabilizada a nível nacional assume que as regiões autónomas passam a ter o poder de legislar sobre todas as matérias, excepto as reservadas aos órgãos de soberania, eliminando-se assim a

referência a “âmbito regional”, bem como a necessidade de terem de constar do Estatuto Político-Administrativo as matérias que integrem o núcleo de competências legislativas regionais. Da proposta, Hélder Silva salientou ainda a possibilidade de criação de provedores sectoriais regionais, bem como o estabelecimento de poderes relativos ao Orçamento regional, e à definição dos regimes de exploração e licenciamento da utilização privativa de bens do domínio público. “Uma referência especial à parte relativa às audições dos titulares dos órgãos de governo próprio, nomeadamente, aquando da dissolução dos órgãos, caso do presidente da Assembleia Legislativa, ou da declaração do estado de sítio ou de emergência, quando o mesmo abranja parte ou a totalidade do território da região”, frisou o líder parlamentar socialista. Hélder Silva lembrou que, apesar do PS/A não considerar a Revisão Constitucional uma prioridade, a sua bancada procurou o consenso parlamentar na ALRAA. O que é certo é que os vários partidos não se entenderam, nomeadamente quanto ao cargo de representante da República, já que, apesar de defenderem quase unanimemente a sua extinção, não foram capazes de chegar a consenso quanto à redistribuição das suas competências. Para Hélder Silva, o PSD/A “preferiu ficar do lado errado da história da Autonomia”, e a sua líder, Berta Cabral, mostrou “que não está à altura das responsabilidades” do regime autonómico.

Do lado do PSD, Pedro Gomes pontapeou a culpa para o outro lado do campo, e acusou o PS de “não se ter encontrado” no processo de Revisão Constitucional. “Este processo representa uma enorme derrota de Carlos César, Vasco Cordeiro e de todos os deputados do PS, que não tiveram a capacidade de, junto do PS de José Sócrates, fazer cumprir o voto unânime deste parlamento para a extinção dorcargo de representante da República", afirmou o deputado, salientando que os socialistas açorianos não conseguiram fazer valer a sua posição sobre a extinção do cargo junto do PS nacional. O presidente do Governo Regional também se juntou ao debate, frisando que a proposta de revisão constitucional do PS é "um bom contributo para a progressão e sustentabilidade da Autonomia regional". Carlos César salientou o reforço das competências legislativas, da representação externa e da dignificação das autonomias, que passam a ser consultadas em audições sobre temas como os estados de sítio ou emergência e sobre a dissolução dos órgãos de governo próprio. Lamentando o desfecho da questão da extinção do cargo de representante da República, César adiantou que a falta de consenso regional levou o PS/A a pôr de lado a sua “determinação” em prosseguir com propostas nesse sentido. Segundo o líder dos socialistas regionais, a questão não chegou a ser discutida a nível nacional dentro do partido porque as estruturas regionais não a colocaram.

Armando Amaral - 90 anos de dedicação às letras açorianas g O nosso estimado colaborador Armando Amaral comemora no próximo dia 23 de Outubro 90 anos de idade. Por ser tão especial a data não podíamos deixar de a assinalar e de deixar aqui o nosso reconhecimento por este homem, filho da terra que muito tem feito em prol da escrita e do jornalismo açoriano.

[SOBE]

&

[DEScE]

SoS cAGArro

“vAcAS mAGrAS”

Tem vindo a público nas últimas semanas mais uma campanha SOS cagarro – campanha que estará em curso este ano até meados do próximo mês de Novembro. como nas campanhas anteriores, os Serviços de Ambiente da SRAM fazem apelo ao público para que colabore na localização e recolha daquelas pequenas aves que, em fase de crescimento e devido às condições atmosféricas, se perdem durante a noite ou se precipitam no solo com risco da própria vida. É uma campanha de defesa e protecção da espécie, a merecer o apoio de todos nós.

g Utilizando uma velha expressão popular, podemos dizer que

g

dada a situação financeira do país, vamos entrar num longo período de “vacas magras”. E esta realidade fez-nos lembrar a sugestão que fizemos nestas colunas, há meses atrás, no sentido de se suprimir, nos programas das festas de Verão, os gastos com fogo de artifício, por isso “chocar” com a situação do país. Dizem-nos que, com excepção das Sanjoaninas, foi um tal queimar dinheiro por todas essas ilhas e por esse país fora…E como será na Passagem de Ano? Que rico povo, mas de “vacas magras”!


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Colóquio “Mark Twain – Um viajante Inocente? No Centenário da sua Morte” g Evocando o centenário da morte do escritor Mark Twain, em organização do Centro de Estudos Gaspar Frutuoso, Fundação LusoAmericana e Núcleo Cultural da Horta, terá lugar na cidade da Horta um colóquio sobre o filósofo. O evento terá início pelas 14.00 horas do dia 22 de Outubro no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo da Horta, encerrando no mesmo dia com o lançamento do livro de Mark Twain editado pela Tinta-da-China, A viagem dos Inocentes, tradução portuguesa da obra Innocents Abroad, contendo detalhado capítulo sobre a ilha do Faial à data em que o vapor «Quaker City» fez escala no porto da Horta em 1867.

Novo parque infantil em Santo António tem o maior piso sintético da ilha marla Pinheiro g Foi inaugurado na passada terça-feira o novo parque infantil da Casa de Infância de Santo António (CISA). A nova infra-estrutura veio assim colmatar uma carência de que a instituição há muito se queixava. Com um custo de 73 mil euros, suportado pela Secretaria Regional do Trabalho e da Solidariedade Social, este parque infantil possui diversas peças de moderno mobiliário lúdico-pedagógico, numa área de 550 m2, totalmente revestida de piso sintético, o que faz do espaço o maior na ilha com esta característica. Presente na inauguração, a secretária regional do Trabalho e da Solidariedade Social congratulou-se com o “resultado brilhante” deste investimento, salientado que o parque infantil é “fundamental para que as crianças se sintam bem”. Ana Paula Marques não poupou elogios à CISA, classificando-a como “uma instituição exemplar em termos de gestão dos seus recursos”. “Mais uma vez deram provas de que com pouco conseguem fazer muito”, frisou. De acordo com a governante, a competência da instituição em termos de gestão faz com que a CISA seja uma das primeiras instituições a entrar nos novos acordos de cooperação, que serão celebrados a partir de Janeiro.

remodelAção do GINÁSIo é PróxImo Projecto De acordo com Lisete Vargas, secretária da Direcção da CISA, o projecto do parque infantil é uma batalha que dura há três anos. “Temos dificuldades em termos financeiros, somos uma instituição particular, e não se consegue fazer tudo de um dia para o outro”, explica. Frisando que o espaço anterior “não

tinha condições para as crianças”, Lisete lembra que este projecto contou com colaborações muito importantes, com destaque para o financiamento do Executivo Regional, e também para aqueles que colaboraram a custo zero, como foi o caso do projectista, Paulo Oliveira, e da Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, que fez o levantamento topográfico. O próximo desafio do actual elenco directivo da CISA prende-se com a recuperação do Ginásio, parte do qual ruiu com o Sismo de 1998. Segundo Lisete, o projecto já está a ser preparado. Trata-se de um grande investimento, que deverá ascender aos 300 mil euros, e que será candidatado aos fundos comunitários através do PROCONVERGÊNCIA.

cercA de cem crIANçAS à eSPerA de vAGAS NAS crecheS fAIAleNSeS A carência de vagas nas creches da ilha do

Faial é um problema com que muitos pais se deparam, sendo frequente requisitarem vagas assim que têm conhecimento da gravidez. Ana Paula Marques reconheceu que esse é um problema que afecta as três principais cidades dos Açores. De acordo com a secretária regional, neste momento a lista de espera referente à Horta ascende a cem crianças. Para colmatar esta falha, Ana Paula Marques adianta que o Executivo Regional pretende ter concluída a Creche da freguesia dos Flamengos ainda neste legislatura: “já começámos a primeira fase, a do Centro de Noite, e o projecto contempla ainda um Centro de Dia e uma Creche. Esperamos lançar o concurso público no fim de 2011 e ter a nova creche em 2012”. No entanto, esta creche não resolve o problema. Para Ana Paula Marques, a solução passa, não por criar mais infra-estruturas, mas por aumentar a oferta de lugares nas creches já existentes: o Lar das Criancinhas a Casa de Infância de Santo António.

Água do Faial é monitorizada e de qualidade comprovada g No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Monitorização da Água, e integrado naqueles que são os Dias Verdes, assinalados mensalmente pela Câmara Municipal da Horta, decorreu segunda-feira, no Castelo de São Sebastião uma acção denominada “A nossa água – da nascente à torneira”. Assim sendo, a Engenheira Ana Sofia Matos, mostrou aos presentes uma apresentação sobre a água que é

consumida no Faial, de onde ela provém, qual a sua origem, fontes, furos e como se fazem as recolhas para análise. De acordo com esta engenheira, “a água do Faial está boa, ainda tem alguns problemas, nomeadamente a nível microbiológico. As nossas águas são subterrâneas, e isso faz com que, a partida seja uma água melhor.” A água é um recurso natural e como tal passível de esgotar. Em relação ao

Faial, a engenheira de ambiente da CMH diz que “no mundo todo só temos 2.5% de água doce, e uma larga percentagem está contaminada. Nós, vivemos em ilhas vulcânicas em que chove muito mas, devido às características geográficas do terreno, escorre muito para o mar. Nem sempre a recarga dos lençóis de água é feita na totalidade, pelo que é preciso ter muito cuidado e poupar água.” MJS

[aconteceu] coNfrAterNIzAção doS ANtIGoS AlUNoS do lIceU dA hortA g Os Antigos Alunos do Liceu da Horta estiveram reunidos em mais um encontro de confraternização, no dia 10 de Outubro, desta feita na Nova Inglaterra. Presentes estiveram mais de 160 pessoas, de entre estas, os presidentes da cMH e da ccIH acompanhado por diversos empresários do Faial. A origem destes encontros remonta a 1988, nos Estados Unidos sendo a quinta edição realizada no canadá. Presente esteve também Genuíno Madruga que relatou as suas duas viagens de circum-navegação num sarau. Durante este encontro realizou-se também uma degustação de diversos produtos dos Açores, como queijos, atum, compotas, entre outros. Nos dias que se seguiram, as autoridades faialenses estiveram presentes em diversos contactos com empresários luso-canadianos e com o Ministro do Trabalho da Provincia do Ontário. ProfISSIoNAIS de INformAção tUríStIcA vão ter exercícIo dA SUA ActIvIdAde reGUlAdA g Os profissionais de informação turística nos Açores vão ter o exercício da sua actividade regulada nos termos de uma proposta de diploma aprovada esta semana, nas Flores, pelo conselho do Governo. com esta iniciativa, pretende-se ordenar uma actividade “que vinha a ser desempenhada por profissionais não habilitados, não possuidores de carteira profissional ou com competências desadequadas e desactualizadas”. A proposta estabelece que “o exercício da actividade de profissional de informação turística fique condicionada à titularidade de certificado de aproveitamento em curso de formação e à posse de carteira profissional atribuída pelo departamento governamental com a tutela do Trabalho”. Apenas os guias intérpretes nacionais e os guias intérpretes regionais podem, para além da visita a museus, palácios e monumentos nacionais, acompanhar turistas a cidades e locais classificados como património da Humanidade, ao Património natural e cultural classificado como Monumento ou Tesouro Regional ou de interesse público que conste do registo regional de bens culturais. O diploma prevê, todavia, a criação de um regime excepcional, de natureza transitória, para “que todos os profissionais que, actualmente, não se encontrem devidamente certificados o possam fazer, desde que demonstrem o exercício ininterrupto da profissão”.

[vai acontecer] “ver, comPreeNder e crIAr No mUSeU” g “Ver, compreender e criar no Museu” é o título do atelier que decorreu no Museu da Horta, aos Sábados, de Maio a Julho e no qual participaram cerca de 83 crianças com idades compreendidas entre os 8 e os 12 anos. Ao longo destas sessões e através dos contactos realizados com pais e educadores, verificámos o interesse de crianças mais novas por este tipo de realizações pelo que lançamos, agora, um novo desafio cujos con-teúdos foram adaptados à idade, à habilidade, ao tempo de concentração e aos interesses destas crianças. O resultado será “Ver, compreender e criar no Museu” que ao longo de 8 sessões se desenvolverá no Museu da Horta, para crianças dos 5 aos 8 anos. A 1ª sessão será “cor e Luz” e terá lugar no próximo sábado, dia 23 de Outubro, das 10 às 12h. x jorNAdAS doS médIcoS de clíNIcA GerAl doS AçoreS g Realizam-se de 4 a 6 de Novembro próximos na Horta, as X Jornadas dos Médicos de clínica Geral dos Açores. A anteceder as jornadas haverá um pré-congresso, na manhã do dia 4 de Novembro, com um curso prático versando o como tratar a dor intensa a moderada, de modo a optimizar os efeitos e minimizar os receios. Este evento decorrerá na sala de Formação do Hospital da Horta. O secretariado das X Jornadas abre depois de almoço de quinta-feira, 4 de Novembro, e a conferência inaugural será proferida por Rui Nogueira, Vice Presidente da Associação Portuguesa de Médicos de clínica Geral. Durante estas jornadas falar-se-á da diabetes, doenças infecciosas emergentes, alcoolismo na comunidade, cuidados paliativos, hipertensão, entre outros. Ix ANIverÁrIo de AdIASPorA.com NAS lAjeS do PIco g “confluências da Alma Lusa” é o tema do IX Aniversário de Adiaspora. com que tem lugar este fim-desemana no Salão da Sociedade Filármonica Liberdade Lajense, nas Lajes do Pico. Este encontro apresentado pelos jornalistas Isabel Gomes e Roberto Morais, conta com a participação de vários oradores convidados com destaque para o Presidente da câmara Municipal do Sal, Jorge Eduardo St. Aubyn de Figueiredo.


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maria josé Silva g Com cerca de 50 participantes, decorreu na Junta de Freguesia da Conceição, um seminário de nutrição, em particular sobre a alimentação vegetariana. Este seminário, organizado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, pretendeu ampliar os conhecimentos básicos sobre saúde. O Seminário de nutrição teve a particularidade de decorrer em três fases: teórica, prática e degustativa. Isto é, para além de ouvirem as indicações da enfermeira Luísa Teixeira, os presentes poderamver como se fazem autênticas delícias vegetarianas e saboreá-las. No final os participantes ficaram aptos a identificar quais os alimentos mais saudáveis, mais nutritivos, mais saborosos, facilmente preparados, com menos calorias, menos gordura, mais fibra, que reduzem o risco de certas doenças, que podem ser preventivos do cancro, que são mais leves, menos produtores de obstruções vasculares, incluindo protectores cardíacos uma vez que determinados alimentos aumentam a qualidade de vida e longevidade. Luísa Teixeira, em conversa com o TRIBUNA DAS ILHAS mostra-se convencida de que a melhoria de saúde e o aumento da longevidade devem-se sem dúvida a um estilo de vida mais saudável, particularmente ao consumo de frutos, legumes, cereais integrais como também à abstinência de tabaco, álcool, chá, café e de carne. “Estes

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Seminário de Cozinha Vegetariana alimentos são recomendados pela Organização Mundial de Saúde e, complexos como ‘se não comer carne e peixe fico mal alimentada’, têm que desaparecer.” A plateia era composta não só por membros da Igreja Adventista, mas sobretudo por pessoas que já estão despertas e com vontade de mudar. As maiores dificuldades transmitidas pelas pessoas presentes teve a ver com o facto de nem sempre encontrarem os produtos referência, como a soja, seitan ou glúten no mercado. Sobre isso, Luísa Teixeira refere que, o grande objectivo deste seminário foi também, desmistificar isso mesmo, porque uma tigela de feijões tem as mesmas proteínas que um bife. As lojas que existem no Faial não são assim tantas e penso que, se as pessoas começarem a pedir os lojistas vão acabar por apostar nisso”. Luísa Teixeira, responsável pela secção de Saúde e Temperança da Igreja Adventista afirma que “a população está mal alimentada. Comemos muito mais do que aquilo que precisamos. Temos que ter em atenção os períodos durante os quais não comemos, e beber muita água por dia, sobretudo em jejum.” “Um hábito demora cerca de 40 dias a ser instituído, e perde-se em 3” – pelo que é preciso começar já a tentar mudar os hábitos porque, ao fim de alguns dias o nosso organismo já pede

essas mudanças” – sublinha. TRIBUNA DAS ILHAS também conversou com o Pastor Carlos Aires, que nos explicou como surgiu a Igreja no Mundo e no Faial. A Igreja Adventista do Sétimo dia é uma denominação cristã, que se distingue pela observância do sábado, o sétimo dia da semana judaico-cristã e por sua ênfase na iminente segunda vinda de Jesus Cristo. A igreja surgiu a partir do Movimento Milerita nos Estados Unidos, durante a primeira metade do século 19.

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Para além de toda a mensagem religiosa, a igreja também é conhecida por sua ênfase na alimentação salutar e na mensagem de saúde, por sua compreensão indivisível de corpo, mente e alma, pela promoção dos princípios morais e pelo estilo de vida conservador. A igreja opera numerosas escolas, universidades, hospitais, clínicas médicas móveis, abrigos, orfanatos, asilos, fábricas de alimentos naturais e editoras em todo o mundo, bem como uma proeminente organização de ajuda humanitária conhecida como

Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) que, por ocasião da erupção do Vulcão dos Capelinhos, há mais de cinquenta anos, enviou ajudar para o Faial e para a população afectada. No Faial já desenvolveram vários seminários, de entre eles a ExpoSaúde, em 2007 que envolveu mais de 600 pessoas. Também já promoveram seminários sobre stress e nutrição. Em mente está a realização de outros eventos do género, e mesmo rastreios, se bem que ainda não estão determinadas datas concretas.


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conSelho de ilha emite Parecer Sobre a anteProPoSta de Plano do GoVerno reGional Para 2011 marla Pinheiro g Ausência de referência à ampliação da pista do Aeroporto da Horta, bem como ao Campo de Golfe ou à Pousada da Juventude, e atribuição de verbas insuficientes para a concretização das Termas do Varadouro e da segunda Fase da Variante. São estes os aspectos que o Conselho de Ilha do Faial (CI) considera mais negativos na anteproposta de Plano do Governo Regional para 2011, de acordo com o qual o Faial irá receber cerca de 68 milhões de euros de investimento. Os conselheiros estiveram reunidos na tarde da passada sexta-feira, para emitir um parecer sobre o documento, que deverá ser entregue na Assembleia Regional no início de Novembro para ser analisado nas Comissões, estando prevista a sua discussão em plenário ainda no próximo mês. A organização do parecer do CI fez-se “arrumando” os assuntos em três “gavetas”: aspectos positivos, aspectos negativos e aspectos merecedores de preocupação, no que diz respeito ao investimento da Região no Faial no próximo ano. A sugestão para esta “arrumação” partiu do presidente da Câmara Municipal da Horta, que lembrou que o Plano para 2011 surge num momento de “restrições e desafios”. Em relação aos pontos positivos, João Castro salientou a reparação da Escola Básica Integrada da Horta, a Casa Manuel de Arriaga, a criação de uma nova creche na cidade, a aquisição de duas novas ambulâncias e a continuação da obra de reordenamento da frente marítima, entre outros. No sinal amarelo, João Castro considerou que merece a preocupação dos conselheiros o facto de não haver referência específica ao novo matadouro do Faial. O edil alertou ainda para a falta de investimento nos caminhos agrícolas. Nos aspectos negativos, a dotação insuficiente para as obras das Igrejas do Carmo e São Francisco e para as Termas do Varadouro, e ainda a ausência de referência ao Campo de Golfe e à Pousada da Juventude mereceram o reparo do presidente da CMH. No entanto, foi a ausência de referência ao Aeroporto da Horta que mereceu maior destaque, e a reivindicação da obra de ampliação reuniu total unanimidade no CI. Luís Garcia entendeu mesmo se essa a “grande lacuna” deste Plano. O deputado

Aeroporto é tema consensual nas preocupações dos conselheiros regional do PSD lembrou que em 2010 havia pelo menos a referência à obra, no entanto para 2011 ela desaparece. “Está mais que na altura do Conselho pôr esta exigência à cabeça da lista”, apelou, lembrando que Carlos César já havia prometido que, se a ANA não fizesse o investimento – o que é cada vez menos provável que aconteça – o Governo Regional faria. Também a segunda fase da Variante esteve em discussão. Se João Castro considerou positivo o facto de haver uma dotação para esse empreendimento prevista no Plano, Luís Garcia preferiu arrumá-la na gaveta dos aspectos negativos, justificando esta posição pelo facto de se tratar de uma promessa que se arrasta há algum tempo, sendo que a verba a ela alocada em 2011 é “irrisória”. O deputado social-democrata lembrou ainda a falta de investimento nas Estradas Regionais e a ausência de referência a um novo Quartel de Bombeiros. Para Luís Garcia, este plano mostra ainda o que entende ser a dualidade de critérios do Governo Regional. O deputado laranja disse concordar com Carlos César quando este afirma que, nas circunstâncias actuais, há que definir critérios rigorosos em relação aos investimentos. No entanto, entende que, olhando para o Plano do Executivo para 2011, é evidente que os critérios não são iguais para todas as ilhas. Exemplificando, Garcia lembrou que o Faial viu cair o Estádio Mário Lino da lista de investimentos previstos para a ilha em benefício da concretização da obra da EBI da Horta, bem mais prioritária. No entanto, em São Miguel, está prevista a construção de um Centro de Artes Contemporâneas na Ribeira Grande. Além disso, lembrou que as obras da EBI deverão custar cerca de 12 milhões de euros mas neste plano estão inscritos apenas 990 mil. Contas feitas, não chega a 10% do custo total da obra, ao passo que, em relação ao já referido Centro de Artes, que irá custar aproximadamente o mesmo que a remodelação da EBI, o Governo inscreveu 6 milhões de euros neste Plano, mais de metade do custo total da obra. “Em algumas ilhas é para se fazer, noutras é para se ir fazendo”, referiu, apelando ao CI que peça ao Governo Regional uma “clarificação dos critérios” que defi-

nem a política de investimento regional. “Não podemos permitir que uns sejam filhos e outros enteados”, disse. No debate do teor do Plano, o presidente da CMH lembrou que o Faial é a terceira ilha que mais recebe. No entanto, Jorge Costa Pereira pediu atenção para os níveis de execução, lembrando que em 2009, dos 55 milhões de euros inscritos para o Faial, apenas 27 foram executados, ou seja, cerca de metade, valor que atira o Faial para a quinta posição no que diz respeito a execução do investimento. Por esta razão, o deputado regional do PSD pediu que o parecer do CI do Faial tivesse uma nota introdutória onde os conselheiros vincassem as suas preocupações. AUtArqUIA PoNderA ProceSSAr eStAdo devIdo à fAltA dAS trANSferêNcIAS do IrS De acordo com João Castro, a CMH pondera avançar com um processo judicial contra o Estado, a exigir a transferência das verbas relativas IRS que o Ministério das finanças já deveria ter devolvido às autarquias. A questão foi levantada por Luís Armas, e o presidente da CMH foi peremptório ao afirmar que se trata de um “incumprimento inaceitável da lei”. A Associação de Municípios dos Açores (AMRAA) já garantiu ir tomar providências e instigou as autarquias açorianas a fazerem o mesmo.

As verbas em causa dizem respeito aos 5% do IRS destinados às regiões autónomas. De acordo com o presidente da AMRAA, João Ponte, estão em falta para os Açores cerca de 5 milhões de euros, referentes ao período compreendido entre Março e Dezembro de 2009.

metodoloGIA do cI ProvocA AtrIto A contestação de alguns conselheiros em relação ao funcionamento da Mesa do CI já tinha sido notada na última reunião. De resto, desde o incidente com o parecer sobre o PROTA que se instalou um clima de tensão no Conselho, que parece longe de se dissipar. Nesta reunião, os conselheiros acabaram por se envolver numa discussão sobre os métodos de trabalho da Mesa. Para alguns conselheiros, esta deveria preparar um memorando com alguns tópicos de debate, em vez do habitual e genérico “assuntos de interesse para a ilha do Faial”. A ideia foi deixada na última reunião, mas não foi posta em prática. A conversa “azedou” quando João Castro sugeriu a Carlos Faria, autor do reparo sobre a ausência do memorando, que qualquer conselheiro, inclusive ele, poderia preparar o documento com base nas suas notas. Ora, vários foram os conselheiros a frisar que tal competência deveria caber à Mesa, inclusive Luís Bruno, que afirmou mesmo não perceber o funcionamento da mesma.

Autarquia barra acesso da CALF ao aterro sanitário Na passada sexta-feira, um camião da cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial (cALF), que transportava lamas provenientes da ETAR da fábrica, foi impedido de entrar no aterro sanitário da Faial, para fazer a descarga, procedimento habitual há vários anos. A denúncia foi deixada por José Agostinho, presidente da cALF, na tarde desse mesmo dia, durante a reunião do conselho de Ilha. Visivelmente transtornado com a situação, Agostinho garantiu aos conselheiros que as lamas não são tóxicas, e que sempre foram descarregadas no aterro, tendo agora a cALF simplesmente sido impedida de o fazer, sem qualquer aviso. O presidente da câmara Municipal da Horta não gostou da interpelação de Agostinho no conselho, e criticou o facto do presidente da cALF o ter procurado cinco minutos antes da reunião, “nos corredores”. Em relação ao problema, João castro frisou que “a cALF não está acima da lei”. Entretanto, A cALF obteve uma autorização da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, e, de acordo com José Agostinho, as lamas foram despejadas no aterro sanitário na segunda-feira.

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notíciaS

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Tribuna das Ilhas

PreSidenciaiS 2011

Vítor Silva é o mandatário de Francisco Lopes para os Açores Susana Garcia

marla Pinheiro g O PCP apresentou na passada terçafeira, na Horta, o mandatário regional da candidatura comunista à Presidência da República. Vítor Silva, coordenador da União de Sindicatos de Angra do Heroísmo, será o rosto do apoio do partido a Francisco Lopes nos Açores. Na sua primeira declaração na qualidade de mandatário, Vítor Silva apelou ao voto em Francisco Lopes em Janeiro próximo, apresentando o candidato do PCP como o rosto de uma verdadeira “candidatura de esquerda”. Fazendo um diagnóstico da actual situação do país, Vítor Silva salientou a sua confiança em Francisco Lopes para mostrar que “existe outro rumo e outra política” para responder aos problemas de Portugal. O elevado número de desempregados, bem como as dificulda-

g A Câmara do Comércio e Indústria da Horta e a Microhorta, parceira da TiTecnologia, assinaram na passada semana, um protocolo de cooperação respeitante à aplicação informática ArtSoft. Esta aplicação, caracteriza-se por ser uma aplicação de gestão, simples em termos de utilização, mas abrangente no que diz respeito a funcionalidades. Na ocasião, Alda Bulcão, sóciagerente da Micro-Horta, sublinhou que “este protocolo permite a utilização de todos os módulos do ArtSoft, e é uma

des dos sectores da indústria, da agricultura e das pescas, e as crescentes desigualdades sociais, são, para o PCP, um reflexo das políticas governativas dos últimos anos, que os comunistas criticam ainda pela “protecção e apoios concedidos ao grande capital”. Vítor Silva entende que a crise e o combate ao défice funcionam como “pretexto” ao Governo para impôr os cortes e as medidas de austeridade anunciadas. “O regime democrático consagrado na Constituição tem tido nos detentores do poder e nas políticas que praticam o seu principal agressor”, frisou o mandatário, para quem a situação do país está relacionada com o “desrespeito sistemático” pelo texto constitucional. Apontando baterias ao actual Presidente da República, Vítor Silva critica a “prática negativa” que entende

ser seguida por Cavaco Silva, a quem imputa “elevadas responsabilidades” na situação actual do país. Frisando a importância do reforço da Autonomia Regional, o mandatário salienta também o compromisso que a candidatura de Francisco Lopes assume com “os valores de Abril”, uma vez que “assume como eixo central os trabalhadores”. “eSte Não é Um GoverNo de eSqUerdA” Instado a pronunciar-se sobre o impacto negativo na candidatura comunista que poderão ter as sucessivas medidas de austeridade implementadas pelo actual Governo socialista, também de ideologia de esquerda, Aníbal Pires desvalorizou a questão. Para o líder regional do PCP, o Governo de Sócrates “não é um Governo de

assistido a uma sucessão de políticas de Direita que levaram à situação actual.

CCIh firma protocolo com ArtSoft

marla Pinheiro

mais valia para o controle administrativo e financeiro da CCIH, de que beneficiará a própria e todos os seus associados (…) esta aplicação traz modernidade, redução de procedimentos à gestão administrativa e inovação à gestão de tesouraria das empresas que o utilizam.” O ArtSOFT já está certificado pela DGCI, assegurando o cumprimento de

todas as obrigações enunciadas na Portaria nº363/2010 de 23 de Junho, referente à certificação de software. Embora a obrigatoriedade de uso de software certificado entre em vigor apenas no próximo dia 1 de Janeiro, a T.I. disponibiliza, desde segunda-feira dia 18 de Outubro, a versão 7.42 do ArtSOFT, já em conformidade com os novos pressupostos legais. MJS

Amadea na horta - 20 Outubro g O Amadea esteve quarta-feira na cidade da Horta. Nesta sua passagem pelos Açores, realizou duas escalas: no dia 20 na Horta e no dia 21 em Ponta Delgada. Este cruzeiro teve origem em Montreal e tem como destino final Nice. Em 2011, o Amadea volta aos Açores a 5 (Praia da Vitória) e a 6 (Ponta Delgada) de Outubro. Este navio de cruzeiro foi construído no Japão, então com o nome de Asuka, para a companhia Nippon Yusen

Esquerda”. Aníbal Pires entende que o país tem

Kaisha Group (NYK), com o intuito de preencher uma lacuna ao nível dos cruzeiros de luxo em terras do sol nascente. Por motivos de expansão da frota nipónica, o Asuka foi vendido aos alemães da Phoenix Reisen, tendo sido substituído pelo Asuka II. Desde 2006, que o Amadea é operado pela companhia alemã Phoenix Reisen. O navio Amadea é o maior navio daquela frota, pelo menos enquanto não chegar o Artania (actual Artemis da

P&O) em 2011. Em termos de destinos, o Amadea navega pelos 7 mares, uma vez que os seus itinerários abrangem todas as principais paragens do planeta e até algumas consideradas mais inóspitas. O Amadea tem 2 restaurantes, vários bares, shows diários no salão Atlantic Show, tem duas suites reais, 40 suites, 254 camarotes e três cabines interiores. As instalações de lazer a bordo do Amadea incluem um ginásio e SPA.

A Associação Regional de Turismo (ART) pretende admitir estagiários/as ao abrigo do programa eStAGIAr t ou eStAGIAr l na área de turismo/recepção/Animação turística, para os quiosques de turismo do Grupo central. Estágio a começar em Janeiro de 2010. Enviar cV até ao dia 15.11.2010 para info.git@artazores.com ou para a Sede da ART. Dúvidas ou esclarecimentos: contactar cátia Leandro por e-mail ou telefone 295216480


cultura

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uma noite que valeu a pena!

SECÇÃO PROCESSO ExECuTIVO E TRIbuTÁRIO dA hORTA INSTITuTO dE gESTÃO dE REgIMES dE SEguRANÇA SOCIAL ANúNCIO / EdITAL lídia bulcão

lídia bulcão g Quando o faialense Pedro Lucas foi chamado ao palco do Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém (CCB), no último domingo, para receber uma Menção Honrosa pelo O Experimentar Na M’Incomoda, o seu rosto espelhava o que a maioria dos ilhéus presentes na entrega dos Prémios Megafone/João Aguardela haveria de sentir quando o espectáculo terminou: a sensação de que a noite soube a pouco. Por mais que saibamos que o pouco por vezes é muito (e neste caso foi mesmo IMENSO), ainda assim não é fácil esconder o bocadinho de desilusão que nos fica na alma, tão intensamente exposta depois de ver e ouvir as nossas raízes açorianas celebradas numa das mais importantes salas de espectáculos do País. O Pequeno Auditório do CCB, em Lisboa, estava pejado de habitués da música profundamente portuguesa, desde Mafalda Veiga a Luís Varatojo, passando por muitos outros nomes menos mediáticos e igualmente importantes. Mas o ar que se foi aspirando ao longo do espectáculo era bem mais do que apenas português: era também ilhéu, intensamente ilhéu. Embora o primeiro nomeado da noite fosse um quarteto transmontano de som mirandês, os Galandum Galundaina, os outros dois nomeados para a primeira edição deste prémio eram projectos açorianos, nascidos e criados a partir do Faial. Dos três, os Bandarra, escolhidos pela sua “invulgar capacidade de misturar instrumentos tradicionais” e “sons de festa” com “letras profundas”, eram talvez os mais conhecidos entre nós e até os que arrecadaram mais palmas do público presente no CCB. Contudo, foi O Experimentar Na M’Incomoda, de Pedro Lucas, que chegou mais surpreendeu, conseguindo arre-

o exPerImeNtAr NA m’INcomodA Pedro lucas actuou no ccb, tal como os bandarra

cadar uma Menção Honrosa ao mostrarse herdeiro do verdadeiro espírito Megafone, o projecto mais alternativo do músico João Aguardela, que a maioria conheceu como líder dos Sitiados ou pela participação no projecto A NAIFA. Nomeado pela sua “surpreendente criatividade” na reinvenção da tradição oral, o faialense Pedro Lucas conseguiu impressionar o júri ao vestir com sons electrónicos e contemporâneos músicas açorianas como “As Ilhas de Bruma” ou “Rema” e vozes como as de Zeca Medeiros ou Carlos Medeiros. Já o prémio principal foi para os Galandum Galundaina, com quem João Aguardela tinha uma especial afinidade – havia-lhes prometido participar no seu último disco, uma promessa que a morte não o deixou cumprir e que a atribuição deste prémio vem de certa forma corrigir. Para muitos açorianos, provavelmente nem interessava quem ganhava o Prémio - desde que fosse um dos projectos ilhéus, e de preferência os dois. O nosso bairrismo é assim, e nisso não somos diferentes do resto do País. O que é nosso toca-nos sempre mais, mesmo que não seja verdadeiramente melhor.

Não vou aqui fazer nenhum parêntesis para debater a questão que muitos gostariam de ver respondida. A tal dúvida eterna do “será que não eram?”. Não precisamos entrar por aí, até porque esse era o papel do júri. Na verdade, nem interessa se eram ou não eram, ou se podiam ter sido. Depois da noite de domingo, o que interessa é que dois projectos com raízes faialenses foram escolhidos de entre dezenas de outros candidatos de todo o País e ficaram entre os três melhores, com direito a edição e divulgação do seu próximo álbum em todas as plataformas FNAC. O que interessa é que tanto o Pedro Lucas como os Bandarra conseguiram pegar naquilo que é nosso e criar algo de novo. O que interessa é que não precisaram de ignorar as tradições antigas, nem as raízes açorianas, para conseguir brilhar num mundo difícil e cada vez mais exigente como é o da música portuguesa. O que interessa é, sobretudo, ver que o mar que nos rodeia não é uma fronteira intransponível e que o talento ilhéu não pode, nem deve, ficar preso na ilha. E, só por isso, a noite de domingo valeu mesmo a pena.

Elas sou Eu amanhã pelo Teatro Faialense d.r.

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marla Pinheiro g Termina amanhã o XI Festival Juvearte, que passou pelos palcos das ilhas do Faial, São Miguel, Terceira e Flores. Depois de, na passada quarta-feira, o Alpendre ter passado pelo Teatro Faialense com a peça o Estranho Caso da Rua Almodóvar, o dia do encerramento do Festival traz a este mesmo palco a comédia Elas sou Eu (O que a gente faz para pagar a renda). Do Teatro Novo do Brasil, esta comédia musical é escrita e interpretada por Eduardo Gaspar, e conta com encenação de Hugo Sovelas. O espectáculo parte da seguinte questão: "O que acontece quando uma empregada doméstica consegue convencer o seu patrão, às vésperas de uma estreia, de que ele é um péssimo actor? Ele mata-se? Despede a empregada por justa causa? Ou simplesmente deixa de aparecer no teatro dando, sem saber, oportunidade à empregada de tomar o seu lugar no espectáculo?". A peça sobe ao palco do Teatro Faialense amanhã, a partir das 21h30, e destina-se a maiores de 16 anos.

Venda por Propostas em Carta Fechada / Citação Credores desconhecidos Maria de Jesus Oliveira Correia Andrade, Directora do Centro de Prestações Pecuniárias da Horta. Faz saber que no dia 15 do mês de Dezembro de 2010, às 10h30, neste órgão de execução fiscal, sito na Rua D. Pedro IV, n.º 24, Matriz, 9900 – 111 Horta, se há-de proceder à abertura das propostas em carta fechada para venda judicial, nos termos do artigo 248º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem adiante designado, penhorado a Renato Manuel Garcia Silva, com o NIF 103 766 952, casado no regime de comunhão de adquiridos com Noélia Maria Pires Medeiros, com o NIF 147 781 760, residentes em Estrada Nova, 23 B, Praia Almoxarife, 9900 – 451 Horta, executados no processo de execução fiscal n.º 2001200900006904, por dívidas de contribuições trabalhador independente à Segurança Social no valor total de 11.107,45 € (onze mil cento sete euros e quarenta cinco cêntimos) sendo 7.448,82 € de quantia exequenda e 3.618,63 € de acréscimos legais sem prejuízo de ulterior liquidação. bEM PENhORAdO Verba única – Veículo automóvel com a matrícula 29-BA-65, marca MITSUBISHI, modelo Z30 COLT 1.5 DI-D INVITE PACK 3, ligeiro de passageiros a gasóleo, 1493 cm cilindrada, 5 lugares, cor cinzento e outra, de Dezembro de 2005, à data da apreensão com 83599 Kms, em estado de uso, com o valor base de licitação 6.209,00 € (seis mil duzentos e nove euros). É fiel depositário Hélia Maria Ferreira Serpa, Chefe de Divisão do Centro de Prestações Pecuniárias da Horta, que deverá exibir o veículo no serviço a qualquer potencial interessado, dias úteis das 08h30 às 16h00 ou em horário a combinar. VENdA A venda será realizada por meio de propostas em carta fechada. Não são admitidas propostas inferiores ao valor base de licitação supra mencionado. As propostas poderão ser entregues pessoalmente ou enviadas pelo correio dirigidas ao Coordenador da Secção de Processo da Horta, devendo dar entrada até ao dia e hora designados para venda e conter a designação da verba, do veículo, o preço oferecido, bem como a identificação clara do proponente, através do nome, morada ou sede, n.º de contribuinte e assinatura, devendo ser inseridos num segundo envelope fechado, em cujo exterior deverá ser mencionado o seguinte: Secção de Processo da Horta - Proposta em carta fechada referente ao processo execução fiscal n.º 2001200900006904. As propostas serão abertas no dia e hora designados para venda e a ela poderão assistir os proponentes, os reclamantes e quem puder exercer o direito de preferência ou remissão, devendo comprovar a sua identidade ou poder com que intervêm. Declara-se ainda que, se o preço mais elevado for oferecido por mais um proponente abrir-se-á logo licitação entre eles, salvo se declararem que pretendem adquirir o bem em compropriedade, se estiverem presentes. Estando presente um só dos proponentes do maior preço, pode este cobrir a proposta dos outros. Se ausentes ou não pretenderem licitar, proceder-se-á a sorteio. No acto da venda deverá ser depositada a importância de 1/3 (um terço) na Tesouraria da Secção de Processo da Horta, e nos quinze dias imediatos os restantes 2/3 (dois terços), com excepção dos casos em que forem exercidos os direitos de preferência ou remissão, em que será obrigatório o depósito imediato da totalidade do preço (art. 896º e 912º do Código de Processo Civil). Ao valor da venda acresce o Imposto Valor Acrescentado que se mostre devido, a liquidar à taxa legal em vigor. CITAÇÃO Faz ainda saber, nos termos do art. 239º e 242º do CPPT, que correm éditos de 20 dias contados à data da segunda publicação deste anúncio/edital, citando os credores desconhecidos e sucessores não habilitados dos preferentes, para no prazo de 15 dias, posterior ao dos éditos, virem reclamar os seus créditos que gozem de garantia real sobre o bem penhorado supra mencionado. Horta em 18 de Outubro de 2010. A Directora, Maria de Jesus Oliveira Correia Andrade Primeira publicação na Edição n.º 438, de 22 de Outubro, Sexta-feira, do Jornal “TRIbuNA dAS ILhAS”.

casa do Povo dos Flamengos aViSo A Casa do Povo dos Flamengos, pretende admitir um (a) Assistente Operacional a meio tempo, para desempenhar as funções de Servente de Limpeza para prestar serviços no Polivalente dos Flamengos. requiSitoS P/admiSSão: - Possuir a escdolaridade minima obrigatória - Ter nacional Portuguesa - Ter 18 anos completos - Possuir a robustez física indispensável ao exercício das funções método Selecção: - Avaliação Curricular - Entrevista As funções a desempenhar são as inerentes à vaga a concurso, o horário é a meio tempo e a remuneração de acordo com o cargo a exercer e a legislação em vigor. Os interessados deverão apresentar um requerimento dirigido ao Presidente da Casa do Povo dos Flamengos, sita no Edifício Polivalente, Rua Nova Artista Flamenguese, 9900-401 Flamengos. Acompanhado de Curriculum Vitae e fotocópia autenticada do certificado de Habilitações Literárias. As candidaturas deverãoo ser entregues até ao dia 2 de Novembro de 2010. Para mais informações contactar pelo telefone 292 948 491. Flamengos, 22 de Outubro de 2010 O Presidente da Direcção Joaquim ilídio da rosa correia


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rePortAGem

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medicina hiPerbárica arrancou em Força no hoSPital da horta durante eSte ano

Faial vai ter nova câmara Susana Garcia

A medicina hiperbárica consiste no uso terapêutico de oxigénio a pressões mais elevadas que o normal. Não é nenhuma novidade médica, muito pelo contrário, uma vez que já no século xIx existem registos da sua utilização. No entanto, o entusiasmo gerado pelas suas virtudes é recente. o hospital da horta foi o segundo do país a ser dotado de uma câmara hiperbárica. A lolita – como foi baptizada – está no faial há 20 anos. No entanto, e apesar de ter sido vital por diversas vezes ao longo deste período, só agora está a ver as suas potencialidades aproveitadas ao máximo. o sucesso da utilização terapêutica da câmara é notório, e está prevista para o final de Novembro a chegada de uma câmara hiperbárica maior e mais moderna, que permitirá aproveitar ainda melhor este ramo da medicina. trIbUNA dAS IlhAS conversou com luís quintino, médico responsável pela medicina hiperbárica praticada no faial. marla Pinheiro g Respirar é algo que fazemos inconscientemente, centenas de vezes ao longo do dia. No entanto, a inalação de ar é vital para a nossa existência. Se formos privados desse gesto, somos privados da vida. O responsável por esta dependência do ar é o oxigénio. Quando respiramos normalmente, respiramos 21% desse gás. Mas, mesmo que respiremos oxigénio a 100%, essa quantidade não chega aos nossos órgãos. Luís Quintino explica porquê: “o oxigénio é transportado pelos glóbulos vermelhos, e estes apenas podem transportar uma determinada quantidade”. É aqui que a câmara hiperbárica pode operar uma espécie de

milagre: “quando respiramos oxigénio puro dentro da câmara conseguimos que ele seja transportado através do plasma. Como o plasma é líquido, transporta mais quantidade de oxigénio. Além disso, permite que este vá a sítios onde os glóbulos vermelhos não chegam”, explica. Contas feitas, recorrendo à câmara hiperbárica, é possível fazer chegar o oxigénio aos tecidos em doses quinhentas vezes superiores ao normal. Existem três situações em que a câmara hiperbárica é o único tratamento possível. São elas os acidentes de mergulho, as intoxicações por monóxido de carbono ou cianetos e as embolias gasosas. “Nestes casos, apenas é possível tratar o doente recorrendo à câmara”,

“Na medicina hiperbárica, as melhorias dos doentes são espectaculares” luís quintino

explica Quintino. No entanto, a maioria das utilizações da medicina hiperbárica prende-se com tratamentos coadjuvantes. Como o nome indica, são tratamentos que servem para ajudar ao tratamento de complicações resultantes de outras doenças, e como tal trata-se de um complemento a outros tratamentos. O médico exemplifica com a diabetes: “O tratamento da diabetes é a insulina. No entanto, a câmara hiperbárica é um valioso coadjuvante que ajuda a tratar as complicações da diabetes”. “O facto de conseguirmos levar mais oxigénio a sítios que normalmente não o têm faz com que, no caso dos diabéticos, consigamos uma cicatrização mais rápida. Num penso, o tratadr

lolItA A actual câmara hiperbárica do hospital da horta veio para o faial há 20 anos

mento da ferida faz-se de fora para dentro, ao passo que com o oxigénio hiperbárico podemos tratar a ferida de dentro para fora. Isso tem uma acção terapêutica muito mais eficaz”, explica. No Faial, o tratamento das complicações das diabetes será a área em que a câmara mais é utilizada, de acordo com o responsável. No entanto, nem só de úlceras diabéticas vive a medicina hiperbárica no Hospital da Horta. Antes do Verão, Luís Quintino tratou cinco doentes com surdez súbita. “Um doente de repente deixa de ouvir de um ouvido, e nós não conseguimos perceber bem porquê. Até aqui, fazíamos alguns tratamentos, com recurso a cortisona, por exemplo. Mas sem grandes efeitos. No entanto surgiu a teoria de que tal se poderia dever à diminuição da irrigação sanguínea no ouvido interno. Então, utilizando a câmara hiperbárica, levámos grandes doses de oxigénio ao ouvido interno”, conta o médico. Os resultados não tardaram a aparecer, e foram encorajadores: “dos cinco casos que tivemos, quatro ficaram quase completamente curados”, diz o médico. Entusiasta da medicina hiperbárica, Luís Quintino entende que a sua principal vantagem é o facto de ser uma especialidade “nada egoísta”, já que contribui para ajudar os tratamentos em muitas outras especialidades. A utilização de câmaras hiperbáricas remonta ao século XIX. De facto, este procedimento é tudo menos novidade. No entanto, só recentemente se assistiu a um verdadeiro entusiasmo em torno das suas potencialidades. Para tal, contribuíram dois casos famosos, que ocorreram há pouco tempo: no ano passado, o treinador do Nacional, Manuel Machado, foi vítima de uma grave infecção decorrente de uma cirurgia, tendo sido tratado com recurso a uma câmara hiperbárica. Já este ano, na Itália, o campeão mundial de motociclismo Valentino Rossi recorreu à câmara hiperbárica

depois de um grave acidente, o que acelerou em muito a sua recuperação, e o colocou rapidamente de volta nos circuitos. O mediatismo destes casos ajudou a divulgar as virtudes da câmara hiperbárica, até aqui algo desconhecidas. medIcINA hIPerbÁrIcA No fAIAl No hospital da Horta, a câmara hiperbárica, carinhosamente baptizada de Lolita por uma das médicas que a opera, existe há cerca de 20 anos. Foi a segunda câmara a aparecer no país. Em 1989, Eugénio Leal, então secretário regional do Turismo e Ambiente, percebeu a importância estratégica que seria dotar os Açores de câmaras hiperbáricas. “O Eugénio Leal é um homem de grande visão, que percebeu que o turismo subaquático podia ter muito sucesso nos Açores”, lembra Luís Quintino. Ciente de que os acidentes de mergulho têm de ser tratados no local, já que as vítimas não podem voar, o então secretário dotou os Clubes Navais da Horta e de Ponta Delgada de verbas que lhes permitissem adquirir câmaras hiperbáricas, que se destinariam assim a tratar esses acidentes, os quais, como já referimos, não têm outra forma de tratamento possível. Na ocasião, o Naval da Horta optou por adquirir uma câmara melhor. Achando que não havia condições para mantê-la no clube, a direcção pediu para colocá-la no Hospital da Horta. O pedido foi acatado, e foi construída uma ala, no final da zona da Urgência, para servir de casa à Lolita. Para Quintino, esta decisão de Naval da Horta foi acertada: “uma câmara hiperbárica tem de estar num hospital”, entende. No entanto, o facto da câmara ser propriedade do Clube Naval, mas estar no Hospital da Horta, sendo operada pelos seus técnicos, criava algumas complicações. Então, por sugestão do anterior


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hiperbárica em Novembro tutelar da pasta da Saúde no Governo Regional, o Clube Naval da Horta, na altura presidido por João Garcia, ofereceu a câmara hiperbárica ao Hospital. Agora, faltava resolver o problema da formação. É então que Luís Quintino, médico e simultaneamente mergulhador, grande entusiasta de medicina hiperbárica, surge naturalmente como o clínico com o perfil indicado para coordenar esta área de potencialidades emergentes no Hospital da Horta. “Eu não tinha formação sobre o assunto, porque quando me formei as faculdades não davam qualquer informação sobre este tema”, recorda. Com base naquilo que lia e aprendia, o otorrinolaringologista sentia que era importante ter formação na área. Então propôs à direcção do Hospital da Horta e ao Clube Naval que investissem na formação de pessoas na área de medicina hiperbárica. Com o apoio inicial da Direcção Regional do Turismo, os médicos Luís Quintino e Orlando Simas foram ao Hospital da Marinha fazer uma formação e, posteriormente, estiveram em Barcelona a fazer uma especialidade em medicina hiperbárica, formação que não é comum em Portugal. Nos Açores, por exemplo, apenas quatro médicos têm este tipo de formação neste momento. Manusear a câmara também não é tarefa para qualquer pessoa. Aqui, a formação é igualmente uma necessidade, que não foi fácil de colmatar. Neste momento, Luís Quintino trabalha com três operadores, acabados de sair do Curso de Operador Marítimo-Turístico do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, e que receberam depois uma formação complementar, ministrada pelo médico. o ANo do ArrANqUe em forçA Luís Quintino marca 2010 como o momento de viragem na medicina hiperbárica no Faial. Para o responsável por esta área na ilha, é em grande parte graças ao empenho da actual administração do Hospital da Horta e do secretário regional da Saúde que isto acontece. Já este ano, o desafio foi lançado a Quintino quando a administração lhe

propôs que tratasse um doente que deveria ser transferido para Lisboa, mas que não o desejava. Recorrendo à câmara hiperbárica, a mesma verba destinada ao tratamento de um único doente permitiu que fossem tratados seis. Lembrando que, por cada acto médico realizado em qualquer unidade hospital, esta cobra depois aos subsistemas como a ADSE ou a Segurança Social, esta intervenção, para além de permitir melhorias substanciais nos pacientes, permitiu ao Hospital da Horta um retorno financeiro. Juntando o útil ao agradável, a câmara hiperbárica permitiu tratar mais eficazmente os doentes, num tratamento menos dispendioso para o Hospital. Uma fórmula de sucesso, que mostra a aposta na medicina hiperbárica como um bom caminho a seguir. Em 2010, foram tratados nove pacientes na câmara hiperbárica do Hospital da Horta, quatro dos quais vindos de São Miguel. No futuro, Luís Quintino espera tratar muitos mais. NovA câmArA com cAPAcIdAde PArA oIto PeSSoAS A Lolita é uma câmara de tamanho modesto. Com 1,20 metros de diâmetro, tem capacidade para quatro pessoas. A nova câmara hiperbárica do Hospital da Horta, que se prevê chegar ao Faial ainda em Novembro, terá 2,40 metros de diâmetro, e capacidade para oito pessoas. “O concurso foi feito, a câmara foi adjudicada e está neste momento a ser construída”, explica Luís Quintino. A nova câmara será uma espécie de “prima” mais sofisticada da Lolita, já que será da mesma marca. O médico reconhece que se trata de um investimento caro, mas lembra que a sua durabilidade é muito grande. A câmara actual, por exemplo, não será desmantelada. Será, sim, enviada para as Flores, onde continuará em funcionamento. Para Luís Quintino, a medicina hiperbárica é um campo deveras interessante, principalmente pela forma como os resultados aparecem: “as melhorias dos doentes são espectaculares”, garante. As sessões de tratamento variam entre

dr

1h00 e 1h30. Como qualquer medicamento, o oxigénio é terapeuticamente doseado. “As doses são definidas em tempo de duração do tratamento e em profundidade simulada”, explica o médico. A profundidade simulada na câmara varia entre 10 e 15 metros. Luís Quintino alerta para a importância de cumprir estes limites, uma vez que a medicina hiperbárica tem os seus senãos, “tal como tudo o que é bom”: “o oxigénio sob pressão pode ser neurotóxico. Em determinadas pressões tornase mesmo venenoso”, explica. câmArA hIPerbÁrIcA No GrUPo ceNtrAl é “fUNdAmeNtAl” Quem o diz é Luís Quintino, que alerta para a importância deste equipamento na assistência ao turismo subaquático. O médico, mergulhador experiente, não duvida de que o público que procura este tipo de turismo é muito bem informado, e escolhe os seus spots de mergulho em função de algumas condições. A proximidade de uma câmara hiperbárica é uma delas. A DAN (Divers Alert Network) é uma organização internacional que se dedica à segurança e ao bem-estar dos mergulhadores. Divide-se em cinco grandes organizações (DAN America, DAN Europe, DAN Southern Africa, DAN Japan e DAN S.E.A.P.), e procura ter debaixo de olho todas as câmaras hiperbáricas existentes no mundo, de modo a que, quando um mergulhador sofrer um acidente, onde quer que esteja, esta organização o possa encaminhar para um Hospital onde possa ser tratado. Um dos adereços que a Lolita mais orgulhosamente exibe é o autocolante da DAN Europe, que atesta que a organização passou pelo Hospital da Horta e ficou satisfeita com o que viu. Em 20 anos, Luís Quintino tratou 24 acidentes de mergulho na Horta. Não é um número muito significativo, no entanto Luís Quintino acredita que, com o aumento do interesse pelo mergulho, é provável que aumentem os acidentes, e a Região tem de estar preparada para dar resposta a estas situações, se desejar continuar a fazer das inúmeras e versáteis potencialidades das suas águas azuis

ANteS e dePoIS com 80 sessões na câmara hiperbárica, esta úlcera diabética viu melhorias muito significativas

uma bandeira turística. Algumas das vítimas de acidentes de mergulho tratadas no Faial fizeram questão de deixar registada a sua satisfação com a forma como foram socorridas, em relatórios enviados a Luís Quintino. Este recorda um acidente em particular, muito grave, onde foi possível colocar a vítima na câmara apenas 35 minutos após o sucedido, o que foi vital para a sua recuperação. “São estas coisas que nos dão ‘sal à vida’”, entende. Para continuar a dinamizar a medicina hiperbárica, é vital apostar na formação. Há quatro anos, realizou-se no Hospital da Horta um curso para médi-

cos nesta área, com o apoio da Direcção Regional da Saúde, que teve grande aceitação. Ministrado por Luís Quintino, o curso contou com 12 participantes, não apenas do Faial mas também de São Miguel, da Terceira, das Flores e de São Jorge. Como explica Quintino, “trata-se de um curso intensivo, de quatro dias, que visa mostrar o que a câmara faz, e colmatar aquilo que falta na formação universitária”. Agora, o médico prepara-se para ir leccionar este curso a São Miguel, já no próximo dia 25 de Outubro, em conjunto com o médico local Luís Cabral.

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NovA câmArA hIPerbÁrIcA o novo equipamento terá capacidade para oito pessoas

trAtAmeNto Na câmara os pacientes respiram oxigénio puro


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oPINIão

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Tribuna das Ilhas

Assuntos europeus A

fernando Guerra

s questões tratadas pela União Europeia têm um peso enorme no nosso quotidiano e na nossa qualidade de vida e são cada vez mais determinantes para o desenvolvimento económico e social dos Açores, contudo este peso não se repercute, lamentavelmente, ao nível da opinião pública. Do ponto de vista político, como não é uma pasta a que o público esteja atento, e a que os órgãos de comunicação social igualmente não dão muita cobertura, parece que anda na penumbra, e cria-se um efeito contrário ao pretendido, confirmando-se o velho ditado “Longe da vista, longe do coração”. Esta é uma das justificações da fraca adesão às urnas dos açorianos nas eleições europeias, o que

não deixa de parecer uma grande injustiça de um povo que vive com grande dependência dos fundos comunitários e depois nem se digna expressar a sua participação. Apesar da influência que é necessário exercer junto dos órgãos europeus em múltiplas áreas, seria de todo o interesse para os Açores que os dois eurodeputados regionais, embora sendo de quadrantes políticos distintos, fizessem um trabalho concertado e que estivessem ligados a setores distintos, tornando assim mais abrangente a sua actuação, com ganho evidente para a Região. Mas temos políticos que, sabendo que a base económica ainda é a agricultura, pretendem que os eurodeputados falem quase exclusivamente destas questões, o que é muito redutor, apesar de todo o res-

peito que nos merece esta actividade, que é fundamental e cujo peso se manterá no futuro. Contudo, é falta de visão e pequenês política não haver concertação ao nível europeu, dada a importância destas matérias para o desenvolvimento dos Açores. O arquipélago dos Açores está classificado como uma das regiões mais pobres da Europa, ficando nos objectivos de apoio mais elevados, pelo que os responsáveis políticos locais deveriam ter não a preocupação de denegrir o presidente da Comissão Europeia por estar conotado com determinado partido político ou pensar como desdizer este ou aquele eurodeputado, ou não colocar os seus melhores secretários na pasta dos assuntos europeus, por esta não ter visibilidade.

Deveriam ter todos os dias a consciência de que as transferências financeiras externas provenientes da União Europeia têm uma importância muito acima das questões partidárias. E devem ter a consciência de que a gestão e utilização eficiente destes recursos deve constituir uma prioridade, para que os Açores cresçam e para que haja convergência efectiva com os níveis de rendimento da União, traduzindo-se igualmente no bem-estar das populações. Mas para haver convergência, a aposta só pode ser na componente produtiva, através da aplicação dos recursos nas actividades económicas sólidas e competitivas, tendo a preocupação de serem apostas duradouras e geradoras de emprego sustentado, caso contrário será perder a maior oportunidade que alguma

à Procura da Escala i

A

Alexandre Pascoal

Direcção Regional da Cultura assinou com o Instituto dos Museus e da Conservação, no passado dia 5 de Outubro, um protocolo que visa a realização de uma exposição na Galeria do Rei D. Luís I, no Palácio da Ajuda, entre Outubro de 2011 e Janeiro de 2012, constituída pelo acervo do futuro Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas. Esta iniciativa constitui prova inequívoca, do interesse e empenho da Região na promoção dos seus criadores, dentro e ‘fora de portas’. A concretização deste objectivo é um desígnio do programa do X Governo dos Açores e é, legitimamente, uma das reivindicações maiores da comunidade artística do arquipélago. As limitações a que está sujeito o ‘mercado de arte’ nos Açores, associado a um falta de visibilidade e de reconhecimento necessários à evolução, que se impõe, na carreira de quem procura

‘crescer’, são elementos, mais do que suficientes, para que esta exposição seja reconhecida com uma conquista que visa romper e perspectivar para “fora das fronteiras da Região”, o trabalho de quem está confinado à geografias das ilhas. Mostrar aquilo que por cá se produz é fundamental para quem cria. E por várias razões: pela abrangência com um público alargado e mais exigente; pelo confronto com a crítica especializada ou ainda como introdução a novos mercados. Parte desta problemática reside no facto de, localmente, não existir, salvo raras e valiosas excepções, um trabalho aturado e profissional, no difuso mercado artístico, em torno da promoção dos criadores regionais. Primeiro, porque nem todos os artistas estão representados por uma galeria. Segundo, porque nem todos falam a ‘linguagem’ que se exige a um meio fortemente concorrencial (ou porque não querem ou porque não têm perfil para isso). Terceiro, por-

que não existem galerias, em número e com essa ‘vocação’, no espaço insular. Não obstante o carácter e o funcionamento do mercado interno, no sector artístico, o que se perspectiva nesta mostra é «(…) um desafio para os Açores se mostrarem e valorizarem no exterior», parafraseando Jorge Bruno, o Director Regional da Cultura. Mesmo e apesar de uma existência num local (ultra)periférico, longe dos ‘centros’, é possível estar em sintonia com a contemporaneidade, na medida em que «(…) passámos a estar ligados a todos independentemente do lugar, os recantos mais periféricos estão desencravados, o local está em contacto com o global: a cultura-mundo é a cultura da compressão do tempo e da diminuição do espaço». Mais isso não significa que exista, actualmente, uma ‘única’ cultura. «(…) Quanto mais o mundo se globaliza, mais particularismos culturais aspiram a afirmar-se nele. Uniformização globalitária e fragmentação cultural caminham a par» (G. Lipovetsky/J.

MATARAM O ÁLAMO!

É

jorge diniz

verdade que mataram o Álamo! Mas, como me diz um Amigo meu de requintado humor e bom francês, “pas de panique”, porque afinal de contas não mataram o Álamo de Oliveira, nem o outro que também é da Terceira! Mas que cometeram um atentado ambiental, lá isso cometeram, ao abaterem o “Álamo Branco” (Populus Alba) da Avenida que, dantes era do Arantes e agora não se sabe de quem!? O que se sabe, e isso sim, é que o

Álamo de doença não morreu, porque bem saudável era o cerne da grossa cepa. Porém, se o veredictum foi o que se diz, que as raízes laterais estragavam o passeio, então afiem-se as moto serras e derrubem-se todas as árvores da cidade que causem “igual transtorno”, a começar pelos Metrosíderos (Metrosideros Florida Hook)) do resto da dita avenida e das praças citadinas e, já agora, regularizem-se então os pavimentos em empedrado bicolor ao estilo pied de poule, “de profundo bom gosto”, como há pouco aconteceu nas Praças do Infante e da Republica. Finalmente, para completar, coloquem-se mais uns bancos daquele modelo “quebra-costas”, contemporâneos do pied de poule e

de igual bom gosto. Quanto ao saudoso álamo branco, de frondosa copa de folhas verde escuro e “reverso” prateado, que agitadas pela brisa, brilhavam ao sol num espectáculo caleidoscópio, frente ao magnífico Pico, teve o seu tempo, curto, é certo, mas morreu de pé, como as árvores, claro! E como raramente só alguns “Homens” conseguem morrer! P.S.- As árvores apesar da sua beleza e importância, têm por vezes a desdita de, ao crescerem, interferirem com a vista paisagística, daí que, entre os “Amigos do malogrado Álamo”, se diga ter sido esse o motivo da “radical poda”!!

Horta, por enquanto arborizada, Outono de 2010

Serroy in A Cultura-Mundo, Ed. 70, 2010). O nosso caso é, neste sentido, paradigmático. Esta iniciativa marca - de forma simbólica - o arranque das actividades do futuro Centro de Artes Contem-porâneas, a ser instalado na antiga Fábrica do Álcool, na cidade da Ribeira Grande, e cujo concurso público, para a empreitada de construção, será lançado até final do mês de Outubro. Esta mostra incidirá sobre as peças disponíveis na Colecção de Arte Contemporânea da Região, que conta com um núcleo principal composto por cerca de três centenas de peças, cuja aquisição tem vindo a ser traçada ao longo da última década. A Colecção é composta, essencialmente, por pintura e escultura, na sua maioria de criadores açorianos, mas onde figuram outros artistas nacionais e internacionais. É, nas palavras de Jorge Bruno, «(…) uma colecção representativa dos principais criadores açorianos, mas onde eles se confrontem com os

vez os Açores tiveram para o seu desenvolvimento económico e social. Deste modo, era de todo o interesse que as politiquices a este nível ficassem de parte e se trabalhasse com os melhores nesta matéria, não para uma política dos media mas para a economia real, prática e ecfetiva. Uma vez mais tem de haver concertação dos agentes económicos e políticos, para maximizar as viagens a Bruxelas e o trabalho a desenvolver em prol da defesa dos Açores. Neste panorama, o Faial não pode ficar alheado e também deverá procurar, junto dos representantes europeus, do Governo, da Secretaria da tutela, e dos agentes económicos saber o que se passa, reivindicar e agir a bem desta ilha. frgvg@hotmail.com

criadores do exterior». Pretende-se que a mesma venha a constituir-se como referência e de visita obrigatória a quem nos visite. É com base neste confronto de linguagens que podemos ambicionar a construção de um novo Centro, polivalente, que posicione a Região, também, como pólo criador. É uma questão de programarmos à ‘escala justa’. Neste ponto, parece-me adequado citar Gabriela Canavilhas, a actual Ministra da Cultura, quando escreve que: «(…) A obrigação do Estado, num governo socialista, é garantir a liberdade, a pluralidade, a diversidade, a memória, o passado e o futuro da nossa identidade cultural - património herdado e aquele que queremos legar, em permanente regeneração. Essa é a grandeza e imprescindibilidade da arte (…)» (in Público 17 Set’10). Há, no entanto, quem receie a “liberdade absoluta que a arte comporta”. Para outros, é uma questão de orgulho e de ‘marca genética’. 06 de Outubro 2010 itítulo de um livro de António Pinto ribeiro, editado em 2009 pela cotovia

ALEITAMENTO MATERNO carina Nunes

A

mamentar é um acto natural e constitui a melhor forma de alimentar, proteger e amar o seu bebé. Este acto é processo fucral, fisiológico, natural, promotor do vínculo afectivo Mãe e filho. Precisa de ser aprendido e incentivado ainda na gestação do bebé. Por vezes, a mãe é confrontada com informações inadequadas e incorrectas, quer de familiares ou mesmo da sociedade e com dificuldades que tiram o incentivo desta amamentar. O leite materno possui componentes imprescindíveis ao crescimento e desenvolvimento do bebé: melhora o desenvolvimento mental do

bebé, facilmente digerido, melhora a formação da boca e o alinhamento dos dentes, apresenta diversos elementos nutricionais evitando a ocorrência de diarreias, infecções intestinais e respiratórias. A mãe beneficia também visto a amamentação proteger do cancro do útero e ovários e favorece a inexistência da ovulação (fase do ciclo de reprodução em que a probabilidade de engravidar é máxima) durante 6 semanas após o parto. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a mulher deve amamentar até aos 6 meses de vida, exclusivamente de leite materno. É essencial que não se introduzam chupetas e outros alimentos antes dos 6 meses. Posto este

período de tempo, utilizar o leite materno como suplemento até aos dois anos de idade. Deve deixar o seu bebé mamar em regime livre, isto é, sempre que ele pedir. Na mamada seguinte, deve começar por oferecer ao bebé a mama que ficou mais cheia. Contudo, deve certificar-se de que o bebé está a mamar leite suficiente ou seja, ele deve mamar pelo menos 8 a 12 vezes, em cada 24 horas. A causa principal da dificuldade em amamentar e não amamentar é a falta de informação, falta de apoio e de conhecimentos técnicos. Neste caso, contacte o enfermeiro da sua zona de residência para um melhor esclarecimento.


deSPorto

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CIAIA comemora 20 anos g O Clube Independente de Atletismo Ilha Azul comemora no próximo dia 23 de Outubro o seu 20.º aniversário. Para assinalar a data, o clube, agora presidido por Rute Cabral, está a organizar a 21.ª milha comemorativa, que terá lugar no sábado, pelas 15h00, junto ao Mercado Municipal. g O Projecto Moviment´arte da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF) e o Centro de Actividades Ocupa-cionais (CAO) da Santa Casa da Misericórdia da Horta interessados em proporcionar mais uma experiência enriquecedora, única e inesquecível, junto dos seus utentes com deficiência, propuseram aos pilotos locais João Borges, Paulo Nóbrega e Paulo Costa a realização de um “passeio” em carros de rally com os utentes destes dois projectos. O evento realizou-se sábado, 16 de Outubro no Troço do Rato – Chão Frio e contou com o apoio das empresas Jante 18, MundoPT, e das entidades Câmara Municipal da Horta, Equipa do Programa Integrado de Policiamento de Proximidade da Policia de Segurança Pública e Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Faial. O ruído dos motores por si só provocou nos jovens uma adrenalina e excitação sem comparação. Responsáveis

Jovens do CAO e Apadif com deficiência são co-pilotos por um dia

breVeS

dr

g O Torneio de King 2010 caminha a passos largos para o seu final. Na passada segunda-feira jogou-se a 24.ª jornada, da qual se sagrou vencedor Jorge Oliveira, que partilhou o pódio com Carlos Vilela e João Garcia, que ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Nas contas da classificação geral, José Serpa continua a liderar, seguido de Carlos Vilela e José Leitão. A próxima jornada joga-se a 8 de Novembro.

das instituições e pilotos envolvidos estavam, no final, satisfeitos e mais felizes ainda estavam os utentes do CAO e da APADIF. João Borges, um dos heróis da tarde, disse ao TRIBUNA que:“foi uma expe-

riência linda. Os miúdos ficaram muito satisfeitos, muito entusiasmados. Nunca vi ninguém vibrar tanto dentro de um carro. O facto de ninguém se ter assustado e de estarem felizes é o que importa.”

Também o piloto Paulo Costa fez as delícias dos presentes. Paulo Nóbrega, cujo carro sofreu uma avaria a caminho do troço, não baixou armas, muito pelo contrário, esteve presente e quis ajudar.

1º Rali Faial / Além Mar Futebol – camPeonato da aFh é já este fim-de-semana Flamengos lidera g O 1º Rali Faial / Além Mar arranca já sábado, dia 23 de Outubro e promete grandes momentos de desporto motorizado na Ilha. Depois do grande investimento feito pelas equipas da ilha e pelos seus patrocinadores, faltava a oportunidade de fazer o retorno do investimento. A prova conta com o apoio da Fábrica de Tabaco Estrela, e assume uma estrutura do tipo Rali Sprint,

com duas classificativas a serem percorridas por três vezes. Ribeira do Cabo / Praia do Norte e Caminho Goulart / Trupes são as propostas da organização a cargo do CAF (Clube Automóvel do Faial) que decidiu guardar para o fim uma dupla super-especial a correr em plena cidade da Horta. No total serão 76,28km dos quais, quase metade, serão cronometrados.

Eusébio Silveira vence prova comemorativa do dia do Motocross g Realizou-se no passado domingo, na Pista de Motocross da Caldeira, uma prova comemorativa do Dia do Motocross. Esta foi uma prova extra-campeonato organizada por um grupo de pilotos locais. Eusébio Silveira foi o primeiro classificado desta prova. Em segundo ficou José Cipriano e em terceiro Nelson Escobar. clASSIfIcAção: 1.º - Eusébio Silveira – 47 p 2.º - José cipriano – 42 p 3.º - Nelson Escobar – 39 p 4.º - Ruben Figueiredo – 38 p 5.º - João costa – 34 p 6.º - Dinis Faria – 29 P 7.º - Igor Mendes – 29 p 8.º - Bobby Machado – 27 p

Jorge Oliveira vence jornada 24 do King 2010

9.º - Luis Mendonça – 25 p 10.º - Bruno Azevedo – 21 p 11.º - Hélio correia – 21 p 12.º - António cardoso – 18 p 13.º - Nuno Rosa – 13 p 14.º - Pedro Freitas – 8 p 15.º - Rui correia – 8 p 16.º - Vítor Silveira – 7 p cArloS PINheIro

g Arrancou no passado fim-desemana o Campeonato da Associação de Futebol da Horta, seniores masculinos. Na primeira jornada, o Futebol Clube dos Flamengos venceu o Desportivo da Feteira por 4-1, ao passo que Cedrense e Lajense empataram no Pico a um golo.

Contas feitas, e com o Fayal a folgar nesta jornada, os jogadores do Vale lideram a tabela. A segunda jornada joga-se este fimde-semana, na tarde de domingo. O Cedrense recebe o Flamengos e o Fayal Sport vai às Canadinhas defrontar o Feteira. O Lajense descansa nesta jornada.

Minibasquete no Fayal SC g Decorreu no passado sábado, 16 de Outubro, um convívio de mini-basket no Fayal Sport Clube. De acordo com a organização, este convívio serviu para marcar o início da época desportiva. Gracinda Andrade defende que “o Mini basket é um sector muito importante de qualquer clube com basquetebol procurar captar novos praticantes e proporcionar uma boa formação a essas crianças e jovens! Neste convívio, que contou com a participação de diversos atletas, foram feitos critérios técnicos de drible e lançamento e jogos de 4x4.

Futsal – Fayal vence Flamengos g No passado fim-de-semana o Fayal Sport Clube venceu o Flamengos no Pavilhão da Horta, por 5-3, em jogo a contar para o Torneio de Abertura da AFH. A próxima jornada está agendada para amanhã, dia 23, sendo que o único jogo se disputará entre o Flamengos e o Atlético, às 19h00, no Pavilhão. O jogo da primeira jornada, que tinha

sido adiado, foi marcado para a próxima quarta-feira, dia 27, às 21h30, no Pavilhão da Horta e opõe Flamengos e Fayal. fUtSAl femININo – joGo do PASSAdo fIm-de-SemANA AdIAdo O último jogo do Torneio de Abertura da AFH de Futsal, em senio-

res femininos, que se deveria ter realizado no passado domingo, foi adiado. Este encontro, que opunha o Cedrense ao Feteira, já tinha sido adiado uma vez, e voltou agora a ser adiado a pedido do Desportivo da Feteira, que se viu a braços com a saída do treinador. Este domingo arranca o Torneio Ilha do Faial, que opõe Feteira e Cedrense.

andebol

SChorta vence xico e Liberty g 34/28 foi o resultado final do marcador do passado sábado, do jogo de andebol que colocou frente a frente Sporting da Horta e Xico Andebol. O jogo foi sempre dominado pela equipa da casa. Nos primeiros 11 minu-

tos a equipa visitante havia marcado apenas 2 golos o que influenciou a desigualdade no marcador durante os 60 minutos. Na quarta-feira, os faialenses repetiram a prova ao vencer o São Bernardo por 27/28.

O Sporting da Horta ocupa o quarto lugar da tabela a quatro pontos do líder, Porto. Na próxima jornada do Campeonato o SCH recebe o São Mamede, no dia 6 de Novembro.


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oPinião

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Tribuna das Ilhas

oPinando obJectiVamente

TóPICOS: 1 – Raparigas 2 – Ex-Libris 3 – Igreja dr

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Armando Amaral

Raparigas do Faial é o nome de livro de Maria Humberto Santos (Freitas,do pai e apenas Santos, do marido), a cujo lançamento, em serão cultural na Biblioteca da Horta, integrado nas comemorações aniversariantes da Cidade, o TRIBUNA fez oportuna e merecida referência. Mas recuando ao último quartel do século passado, ou melhor a essa manhã de segunda-feira do quente Verão de 1975, em que deveras magoada, comigo desabafou: ainda hei de voltar! E voltou, quiçá mais tarde do que pensaria. Se bem que não terá havido dia em que não tenha revisitado a ilha, naturalmente em pensamento, a recordar os belos anos da infância e sobretudo da juventude. Os passeios à ponta da doca, subindo ao redondo; as aulas de dança de Dona Cremilde; os banhos de mar com fato de saia, nas praias pelo Largo do Infante separadas; os jogos de croquet, no Areeiro, aprazível lugar onde passava os meses de veraneio e andava de bicicleta, causando espanto ao saudoso Padre Avelino, e ainda as folgas nas amenas noites

de luar. E também sem jamais esquecer essa mancheia de jovens amigas que com ela deram largas aos sonhos duma mocidade que, como escreve, “já não se alimentavam só com as lides das casas, mexericos e as toilettes” porventura alimentadas pelo cosmopolitismo da Horta-mar. Nem até antigos familiares e amizades, entre estas Dona Maria Neves que (diz) “ quando sentiu a minha vocação musical como real, ofereceu-me o seu lindo piano (um Einstein) em que ainda toco”. Todas estas e muitas outras coisas são sugestivamente retratadas nas centena e tantas páginas de Raparigas do Faial, livro que consigo trouxe neste prometido regresso de reconciliação como faz empenho e gosto chamar-lhe, em bonito gesto cristão.

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Segundo li na imprensa, a Câmara da Lagoa irá proceder à classificação de interesse municipal da alta chaminé da antiga fábrica do álcool, sita na freguesia do Rosário, escapando assim à demolição do edifício adquirido pelo Governo à SINAGA. Continuará pois de pé e devidamente conservada a lembrar uma época áurea da vida industrial daquela Vila micaelense Igual sorte não teve a esbelta chaminé da “Luz Elétrica” (como se dizia) que foi deitada abaixo, quiçá sem dó nem piedade.

E, com a congénere de São Miguel, era também um marco, mas na indústria de electricidade do Faial. Durante o ano poderia passar despercebida, porém, em último dia de Dezembro quando o Relógio da Torre da Matriz dava as badaladas da meia-noite, apito estridente saia da também alta chaminé, ecoando das Angústias à Conceição, a festejar a passagem do velho ano para o novo. Eram ex-libris da Horta, localizados nos extremos da cidade, agora reduzidos apenas à Torre do Relógio que fazemos votos se conserve por muitos anos, e a dar horas…

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É assaz conhecido o violento ataque de que a Igreja Católica foi alvo nos primeiros anos da República, o que foi até tema em vários programas televisivos. No “Quadratura do Círculo” da SIC, um dos participantes, por sinal presidente da Câmara socialista de Lisboa, querendo minimizar o facto, disse que a Igreja já esquecera esse período, dando como exemplos: a saudação ao Centenário feita por Bento XVI, mal desembarcou no aeroporto, e a presença do Cardeal Patriarca nas comemorações no Município. Só não disse por que não mencionou D. José Policarpo quando, usando da palavra na dita cerimónia, referiu os nomes dos principais convidados,

mArIA hUmbertA SANtoS é autora do livro “raparigas do faial”

como aliás fez o presidente da Comissão Organizadora do evento. Terá sido por esquecimento?

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Alergias respiratórias e ácaros domésticos

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dr

o qUe São oS ÁcAroS e PorqUe Se fAlA tANto NeleS? Os ácaros são uns animaizinhos de dimensões microscópicas, que se alimentam dos restos de pele humana, que se vai libertando por descamação e que fica, sobretudo, nas roupas das camas e nos colchões. O seu nome científico, Dermatophagoydes, quer dizer isso mesmo: comedor de pele (dermato = pele, derme - phago = comida, alimento). As alcatifas, os tapetes, os cobertores, as almofadas, os bonecos de peluche e os próprios animais domésticos, são outros locais onde estes animais se podem encontrar. Preferem locais húmidos, escuros e com temperaturas amenas. O Outono e a Primavera são as épocas ideias para aumentarem a prole e proliferarem em grande quantidade. O calor do nosso corpo, a escuridão da noite e a humidade da nossa respiração fazem com que, de facto, seja nas nossas camas que estes bicharocos abundem de uma forma muito significativa. Descamamos uma média de 7 gramas de pele por semana, o que constitui, para estes bichos, um verdadeiro maná. Não são transmissores de doença mas, a exposição (sobretudo através das vias respiratórias) a determinadas proteínas que existem no seu corpo, ou mesmo aos próprios excrementos,

podem causar o aparecimento de alergias, que se mantêm, de modo mais ou menos uniforme, durante todo o ano, com picos no Outono e na Primavera. Existem em todas as partes do mundo, principalmente nos países ocidentais e industrializados, devido ao facto da melhoria das condições de vida das populações. O isolamento e aquecimento das casas de habitação tornou-os residentes permanentes dos nossos lares. UmA vez SUrGIdA A AlerGIA AoS ÁcAroS do Pó de cASA, como PoderemoS dImINUIr A SUA exPoSIção? Se sofre de alergia, ou alguém da sua família, torna-se decisivo, diminuir o número de ácaros no interior da casa. O combate a estes animais deve iniciar-se no quarto de dormir e depois estender-se ao resto da casa. A primeira medida deve prender-se com a prevenção da acumulação do pó no interior das casas de forma a reduzir os “ninhos” onde, habitualmente vivem os ácaros. Devem ser abandonadas as alcatifas e tapetes grossos, dando-se preferência a pavimentos lisos, de madeira, tijoleira ou vinil, facilmente laváveis. As paredes devem ser lisas, pintadas de preferência, evitando-se o papel de parede.

emeNtA PArA domINGo

cArNe de vAcA ASSAdA bAcAlhAU ASSAdo eSPetAdAS de cArNe de Porco AceitAm-se ReseRvAs Em vez de reposteiros dar a preferência a cortinados simples e de material sintético, lavável. Os móveis devem ser lisos para não acumularem pó e serem mais facilmente limpos. Evitar ter, no quarto de dormir, computadores, televisões ou aparelhagens de música, assim como, livros, CD’s, brinquedos e bonecos de peluche. em relAção à cAmA AcoNSelhAm-Se oS SeGUINteS cUIdAdoS: Devem ser usados, preferentemente, edredões de material sintético no lugar de cobertores. Não utilizar materiais com penas. Dar preferência a almofadas de espuma ou de outro material sintético,

devendo ser substituídas com uma certa periodicidade (cada três anos). Evitar os lençóis de flanela. Em sua vez, use os de algodão. Os cobertores devem ser feitos de material sintético. As roupas da cama devem ser lavadas sempre a temperaturas superiores a 55ºC, temperatura capaz de assegurar uma remoção eficaz dos ácaros e das suas partículas. A utilização de coberturas anti-ácaros para as almofadas e colchões deve ser sempre aconselhada, pois constitui uma barreira eficaz na redução dos níveis de ácaros na cama. Quanto às formas de tratamento, recorra ao seu médico especialista. Só ele poderá aconselhar o tratamento que melhor se adapta a cada situação.

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AJUDe A sALVAr Um CAGArro carla capela*

ameaçada e que por isso tem de ser ajudada e protegida.

fotos:dejalme vargas

O

cagarro (a) é uma ave marinha, com características que lhe permitem viver em alto-mar. É também conhecido por pardelade-bico-amarelo, sendo a ave marinha mais abundante do nosso arquipélago, juntando-se em colónias, chegando a reunir centenas de aves. Uma particularidade, que poderá ser interessante, deste tipo de ave, prende-se com o facto de ser uma ave fiel, pois cada casal mantêm-se geralmente por toda a sua existência. A nidificação geralmente ocorre em fins de Maio, inícios de Junho. Para o efeito escolhem preferencialmente cavidades naturais e fendas nas rochas mas também são capazes de escavar o seu próprio buraco, podendo atingir alguns metros de profundidade. A

tarefa de incubar o ovo é dividida por ambos os progenitores, fazendo cada um deles turnos bem escalonados, que podem variar entre os 2 e os 8 dias. Na idade adulta, alimentam-se de peixe e de lulas e são vistos muitas vezes em companhia de golfinhos e de atuns na perseguição de cardumes de peixes, razão pela qual os pescadores se regulam por esta espécie, para a localização de cardumes de atum. Em Outubro e Novembro efectuam o seu primeiro voo, iniciando a sua migração para a zona

Procedimentos necessários para salvar um cagarro: Arranje uma caixa de papelão, por exemplo uma caixa de sapatos, e não se esqueça de lhe fazer alguns furos. dePoIS: - com uma camisola, casaco ou manta cubram o cagarro; - Apanhem o cagarro; - coloquem o cagarro na caixa de papelão; - Levem o cagarro para casa e deixem-no dentro da caixa num local sem barulhos que o possam incomodar;

tropical, julgando-se que estas aves, se orientam principalmente pelas estradas, fazendo com que, em noites de fraca visibilidade, possam ser atraídas pelas luzes das povoações podendo provocar o seu encadeamento, em muitos casos resultando na sua morte ou captura.

A importância de salvar o cagarro prende-se com o facto, entre muitos outros, de estes servirem aos pescadores para detectarem cardumes de peixe, mas também

são indicadores do bem estar marinho. No ano de 2009 foram recolhidos na nossa ilha cerca de 600 cagarros, segundo dados oficiais transmitidos pelo coordenador de campanha na nossa ilha, Dejalme Vargas, sem contabilizar os que foram recolhidos por particulares que não participaram às entidades responsáveis pela campanha. Segundo o coordenador de campanha os particulares já se encontram alertados para o efeito, de uma forma bastante positiva. Os locais mais “afectados”

pela queda destas aves localizamse na zona Sul da ilha, nomeadamente, no sentido cidade-capelo, com maior incidência na estrada Varadouro/capelinhos. A colaboração dos Bombeiros, GNR, Policia Marítima e PSP tem sido muito importante para o sucesso desta campanha, mas a da cMH, Biblioteca e Arquivo Regional da Horta e ainda Aeroporto da Horta, com a diminuição das luzes das suas infra-estruturas também tem grande significado, contribuindo para facilitar a orientação desta ave que se encontra

- Não alimentem o cagarro para que ele não se habitue; - Na manhã seguinte, dirijamse a um local perto do mar; - Soltem o cagarro, deixem-no pousado no chão e afastem-se do local; - Ao fim de pouco tempo, o cagarro começará a voar e encontrará o seu caminho. resta-nos então desejar-lhes uma boA vIAGem! * presidente da AZoriCA

AcçõeS monotorização da orla costeira

campanha de angariação de novos sócios

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Azórica tem também a decorrer uma campanha de angariação de novos sócios para a associação. Para tal, os interessados

o próximo sábado, dia 23 de orla costeira, tendo em vista efecOutubro, a AZORIcA - tuar-se uma verificação por mar Associação de Defesa do Ambiente das condições ambientais do leva a efeito uma monitorização da perimetro da ilha do Faial.

A

deverão fazer a sua inscrição na página da associação – www.azorica.org - ou através do telemóvel: 966118665


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oPINIão

22 de oUtUbro de 2o1o

Tribuna das Ilhas

eFeméride hiStÓrica

O Farol das Lajes das Flores fez 100 Anos D.R.

josé Armas trigueiro

C

om a presença do Comandante do Porto de Santa Cruz das Flores, em representação do Comandante Naval dos Açores e de outras individualidade florentinas, no passado dia 8 do corrente mês, o Farol das Lajes das Flores comemorou o seu primeiro centenário. Neste momento o Farol é chefiado por João Orlando Soares, descendente de famílias de faroleiros, que há largos anos mantém a chefia dos seus serviços. A construção do Farol de Lajes das Flores, que estava prevista para a Ponta do Capitão, na então localidade da Fazenda, teve lugar na Ponta das Lajes, em meados da década de 1890, quase em simultâneo com a do Farol dos Capelinhos, do Faial, que, por ser de 1.ª Ordem, dispunha de dois pisos. O das Lajes das Flores era de 2.ª Ordem. Foi edificado na sequência de um estudo feito pelo capitão-de-fragata, Xavier de Brito, nomeado para o efeito em 4 de Agosto de 1893, que, depois de ter percorrido localmente os terrenos da Fazenda e das Lajes, considerou que o melhor local para o seu bom funcionamento era na Ponta das Lajes onde ele viria a ser efectivamente edificado. Acho que escolheu o melhor local, até porque na ocasião já se previa a edificação de outro na ponta Norte da ilha, como veio a acontecer, na Ponta do Alvarnaz. Havia que servir, essencialmente, a importante linha da navegação que atravessa o Atlântico Norte, entre os continentes europeu e americano, que passa nas proximidades das Flores. O citado capitão-de-fragata, em 1894, depois de ter “percorrido todos os pontos ao sul da ilha das Flores, desde a Ponta do Capitão até à rocha Alta” fundamentou a sua escolha referindo que “as razões que nos levaram a escolher este ponto de preferência a qualquer outro foram a situação avançada para o Sul-E. que lhe faz abranger um sector de 208º, a sua pouca altura acima do nível do mar e a proximidade em que se acha da Villa das Lages que fica apenas a 1 ½ kilómetro do sítio escolhido para a collocação do pharol e as boas condições

geológicas do terreno que devem simplificar a construção”. Refere ainda que “O pharol da Ponta S: E. illumina não só o Sul da Ilha, o que é de grande vantagem para a grande navegação que vinda da America procura esta luz, mas tambem o canal entre a Ilha das Flores e a do Fayal”. E termina mencionando que “O ponto escolhido está situado na extremidade do Sul, no caminho de serventia de terras que parte da estrada n.º 21, atravessa a Ribeira Seca e acaba na Ponta das Lajes no campo pertencente a António Francisco Castello, separando para a esquerda os terrenos dos herdeiros de Francisco António Carolo e para a direita os herdeiros de Francisco Boa Ventura(...)”. Em 1898, a imprensa florentina noticiava que o Farol das Lajes estava quase concluído. Assim, no jornal “O Ocidental” de 16 de Maio desse ano, transcrevia-se, da revista “Actualidade”, de S. Miguel a seguinte notícia: “O pharol em construção n’esta ilha [das Flores]: A ‘A Actualidade’, revista illustrada de Ponta Delgada no seu numero 25 reproduz uma photographia do pharol de 2.ª ordem, que se está construindo na villa das Lages d’esta ilha”. (...) “ Este pharol de 2.ª ordem, de luz scintillante de 3 clarões brancos, deverá ter o alcance de 25 milhas”. “O sector illuminante será de 208º”. “Fica na latitude de 35º, 22’ N. e na longitude de 31º, 10’ O., G.W”. “A obra de alvenaria do pharol acha-se quasi concluida, estando completa a torre, deposito, casa da machina, semi-circulo para a sereia e dois compartimentos para pharoleiros”. “Falta construir outros dois compartimentos e pôr cobertura, que é de vigamento de ferro em 1, e tijolo ôco”. “É possivel que dentro em dois annos esteja prompto a funcionar”. E concluía que “O pharol foi orçado em 40:000$000 reis, e fica sendo o segundo em importância dos Açores, sendo o primeiro o da Ponta do Arnel, em S. Miguel”.... Depois de ter visitado as obras em curso, o citado jornal escrevia ainda que “Tudo ali nos pareceu magnifico, mas a torre excitounos a admiração pelo bem lavrado da can-

taria e pela sua bella escada de degraus, boleados a primor”. Concluía o mesmo jornal que “Merece os maiores encomios o director d’aquellas obras, nosso amigo exmo. Sr. Jeronymo Lino de Freitas, que mais uma vez evidencia o seu talento n’aquella construção de tanta utilidade para a navegação dos nossos mares e de reconhecida importancia e prosperidade para a ilha das Flores”. Em 18 de Agosto de 1909 o jornal “O Telégrafo” noticiava que “Estão completos os trabalhos do pharol das Lages das Flores, aguardando-se desde Julho a respectiva lanterna”. A inauguração do Farol das Lajes, apenas se pôde realizar em 10 de Outubro de 1910, quase sete anos depois da do Farol dos Capelinhos (1). Julga-se que terá havido dificuldades na aquisição da respectiva lanterna, tal como acontecera com o dos Capelinhos (inaugurado em 1903), para cuja aquisição foi essencial a intervenção de El Rei D. Carlos, depois de visitar a Horta em 1901, e que, como se sabe, viria a ser assassinado com o filho D. Luís em 1908. A sua lanterna circular era constituída por aparelho iluminante dióptrico de 2.ª ordem, de rotação, mostrando grupos de três clarões brancos e rápidos de 20 em 20 segundos, compondo-se de dois grupos de lentes de 0m,70 de distância focal. Montada numa torre de alvenaria, de secção quadrada, de 10 metros de altura do solo, com horizonte marítimo iluminado que é de 208º 30’, compreendido entre os rumos 54º 30’ NE. Passando pela Ponta do Capitão, a Este, e 83º 00’ SO, e pela Ponta Grossa, a Oeste. O alcance luminoso em estado médio de transparência atmosférica era de 32 milhas, e o “Aviso aos Navegantes n.º 5”, foi feito em 29 de Agosto de 1910, segundo se escreve no livro “Onde a Terra Acaba - História dos Faróis Portugueses”, à margem referido. O encarregado da referida construção foi Jerónimo Lino de Freitas, que já construíra outras obras importantes na ilha, nomeadamente pontes e estradas nas vilas florentinas, e que também se distinguiu como músico e dirigente de orquestra. Era filho ou neto do

benemérito florentino, António de Freitas (1792-1864), que fundou em 1846 a igreja do Mosteiro das Flores, depois de ter feito fortuna em Macau. A construção daquele e de outros faróis nos Açores havia sido proposta ao Gorverno do Reino pelo deputado florentino Theophilo Ferreira (falecido em 1894), pelo distrito da Horta, ao apresentar, em 1892 o projecto da “Iluminação das Costas Marítimas dos Açores”. (1) A partir de 1910, a iluminação de parte das costas da ilha era uma realidade que deverá ter evitado muitíssimos acidentes marítimos junto das costas das Flores e até no Corvo. No ano anterior à sua inauguração, encalhou nas Flores o paquete inglês “Slavonia”. No Farol das Lajes, desde 1 de Junho 1938 e até ao início da década de 1950, funcionou a Rádio Farol que constituiu o primeiro embrião da Radionaval das Flores, inaugurada em 25 de Agosto de 1951, em edifícios próprios construídos nas proximidades. A este propósito refira-se que, em 8 de Agosto de 1937 – quando Adolfo Hitler se preparava para invadir a Europa e se apoderar do Mundo, antes de ter iniciado a II Guerra Mundial – o referido Farol foi visitado por dois alemães. Instalaram-se a seguir, com meios de comunicação, nas suas proximidades onde se mantiveram durante alguns meses. Consta que seriam técnicos especializados em espionagem, que Salazar deixava andarem livremente pelo País e que se retiraram da ilha um pouco antes da chegada da mencionada Rádio Farol, em 1938 (2).

O Farol das Lajes das Flores, durante o século XX passou por várias obras de conservação, nomeadamente em 1938 e em 1956, melhorando então a sua fonte luminosa para um alcance de 29 milhas, com relâmpagos brancos de 28 segundos. Mais recentemente, depois de significativas obras de remodelação inauguradas em 9 de Outubro de 2001, o referido Farol é uma das estruturas do género mais modernas do País. Hoje é o segundo dos Açores em potência – só superado numa milha pelo da Ferraria, em S. Miguel – e tem as seguintes características: projecção 26 milhas; Latitude - 39º 25’ 46’’ Norte; Longitude - 31º Bibl: Aguiar, J. Teixeira de, José carlos Nascimento e Roberto Santandreu, “Onde a Terra Acaba – História dos Faróis Portugueses”, (2005), p. 298 e 304 a 307, Edições Pandora; Ferreira, Theophilo - “O Futuro do Archipelago Açoriano – O Telegrapho Submarino e a Iluminação das costas Insulares”, (1892), ed. Lisboa Imprensa Nacional (várias páginas): . Jornal “O Ocidental”, Santa cruz das Flores, N.º 68, de 16-51898, que citava a revista “A Actualidade”, que no tempo se publicava em S. Miguel; (1) - Gomes, Francisco António Nunes Pimentel, (2003), “A Ilha das Flores: da redescoberta à actualidade (Subsídios para as sua História)”, pág. 350, edição da câmara Municipal das Lajes das Flores; (2). Segundo informações gentilmente cedidas pelo chefe do Farol, João Soares, em 12-2-2005, foi em 8-8-1937 que dois cidadãos alemães visitaram aqueles serviços e, em 16-4-1938, era a vez do chefe da Rádio Naval da Horta também lá ter estado, certamente para estudar a viabilização da instalação da referida Rádio Farol. Quanto aos alemães, José da Silva (falecido), residente na Fazenda das Lajes, lembrava-se que estes estiveram instalados alguns meses numa barraca de madeira coberta de zinco que instalaram num terreno junto ao muro do Farol, onde tinham diversos equipamentos de estudos e de comunicação, conforme informação que me deu em 2004. Esta informação foi-me confirmada por Monsenhor Dr. Francisco caetano Tomás, em 12-5-2005.

Restaurar a Lucidez e a responsabilidade berto messias

V

ivemos num tempo difícil, num tempo de grande incerteza. Num tempo onde tudo muda e tudo se transforma muito rapidamente, num mundo cada vez mais cosmopolita e globalizado que a cada dia que passa apresenta novos desafios e novas dificuldades. Continuamos a viver assolados por uma profunda crise económica e financeira internacional que teima em não passar e que põe em causa a estabilidade e a confiança das pessoas. Há muito que qualquer economia local, regional ou nacional não estava tão sujeita a constrangimentos externos tão fortes e tão nefastos para todos, que se reflectem negativamente no dia-a-dia das famílias e no aumento do seu custo de vida. E é nestas horas que os políticos têm de

assumir, verdadeiramente, as suas responsabilidades, de forma séria, construtiva e pró-activa. É por isso que se exige responsabilidade de todos os agentes do sistema político, nos mais diversos níveis. Aos executivos pede-se empenho, determinação e rigor, às oposições pede-se pró-actividade, propostas concretas, exequíveis e que contribuam para a melhoria da qualidade de vida de todos e, sobretudo, responsabilidade. Responsabilidade de todos. De todos os agentes da vida pública. Comunicação Social, cidadãos, gestores públicos, responsáveis por diversos sectores públicos e, so bretudo, dos políticos que devem ser o garante máximo da responsabilidade extrema na gestão da causa pública e na gestão e aplicação do dinheiro de nós todos. A política e os políticos têm de estar ao

serviço do povo, ao serviço do interesse geral e do bem comum e devem empenhar-se em trabalhar, em recentrar as prioridades naquilo que verdadeiramente interessa, as pessoas. É nisso que nos devemos concentrar, em ultrapassar estas dificuldades de forma séria e responsável. A actualidade tem permitido que se analise tudo pela rama, que se provoquem ruídos mediáticos, que se façam calúnias, insinuações, especulações e se ponha em causa a honorabilidade das pessoas, num exercício de irresponsabilidade total. É fácil cair na tentação de recorrer ao pessimismo, ao populismo, à crítica conveniente e destrutiva ou à reivindicação irrealista, mais difícil é apresentar soluções e agir, principalmente nos momentos mais difíceis. Enquanto uns estão entretidos na calúnia, em estratégias de maledicência para

encapotar a sua falta de capacidade para implementar soluções que ajudem as pessoas e nos dêem mais desenvolvimento, ou a aproveitar a “onda” da contestação para tentar capitalizar eleitoralmente descontentamentos localizados outros continuam empenhados em trabalhar, de forma lúcida e responsável, em ajudar as populações e em desenvolver a Região, aliás, convém não esquecer, fazendo aquilo para o qual foram mandatados pelos eleitores, tomar decisões, desenvolver políticas em nome do bem colectivo. Por exemplo, quando já sabemos as linhas orientadoras do orçamento de Estado para 2011, negativo para muitas pessoas, o Governo dos Açores está empenhado em implementar medidas que minimizem esses danos. Recordo o que já foi anunciado. Entre outras medidas está o aumento do Complemento Regional de Pensão, o aumento do Complemento Regional ao

Abono de Família para Crianças e Jovens para os 1º, 2º e 3º escalões, bem como nos casos de famílias com desempregados de longa duração sem subsidio de desemprego e que não tenham recusado trabalhos. Foi, também, tomada a decisão de suspender os aumentos das comparticipações familiares pela utilização de serviços de ama, creches, jardins-de-infância e centros de tempos livres (ATLs) abrangidos por instrumentos de cooperação com a segurança social. Serão, igualmente, reforçadas dotações para satisfazer compromissos presentes e futuros com instituições prestadoras de serviços na área social e outras destinadas a apoios eventuais a situações sociais e pessoais de emergência. Além disso, o índice de investimento público já anunciado no Plano para 2011 de cerca de 500 Milhões de euros vai manter-se intacto.


inFormação

Tribuna das Ilhas

NoSSA GeNte

cINemA

• No passado dia 20 de Setembro, faleceu no Hospital da Horta, com 93 anos de idade, Maria da Glória, natural da Freguesia do capelo e residente na Freguesia da concei-ção. A extinta era viúva de Manuel Pereira de Faria e deixa de luto os seus filhos, Ale-xandre Manuel Faria, já falecido, casado que foi com Gilberta Faria, António Goulart Faria, casado com Maria Belmira Faria, Maria da conceição Alves, viúva de José Elmano Alves e Manuel Faria, casado com cisaltina Faria. A falecida deixa ainda 11 netos e 5 bisnetos. • No dia 4 de Outubro faleceu na Santa casa da Misericórdia da Horta, com 62 anos de idade, Francisco Faria de Almeida Tareso. O extinto solteiro era natural da freguesia de castelo Branco e por motivos de doença encontrava-se a residir no Lar de S.a Francisco.

hoje e AmANhã 21H30 - Filme - “miúdos e Graúdos” - no Teatro Faialense - Hortaludus eveNtoS Até 31 de jANeIro de 2011 concurso de Fotografia - “20 ANOS, 20 AcTIVIDADES” comemorações do 20.º Aniversário da Associação de Andebol da Ilha do Faial - Organização: Associação de Andebol da Ilha do Faial AmANhã 21h30 - Teatro - “Elas sou Eu (O Que Agente Faz para Pagar a Renda)” no Teatro Faialense - Texto e Interpretação: Eduardo Gaspar Encenação: Hugo Sovelas integrado no XI Festival Juvearte - Produção: AJc - Associação de Juventude da candelária - co-Produção: Teatro de Giz - Apoio: cMH, Hortaludus dIA 28 de oUtUbro – qUINtA-feIrA Dia Mundial da Terceira Idade - Inscrições no Gabinete de Acção Social da cMH ou nos centros de convívio das Freguesias - Organização: câmara Municipal da Horta

UtIlIdAdeS

(Por lapso, na semana passada o texto referente ao falecimento de Francisco Faria de Almeida Tareso foi acompanhado pela foto da falecida Maria da Glória. Pelo sucedido pedimos as nossas desculpas às famílias e aos nossos leitores.)

fArmÁcIAS

hoje e AmANhã Farmácia Ayres Pinheiro 292 292 749 de 24 A 30 de oUtUbro Farmácia Lecoq 292 200 054

forAm eleItoS GrUPo folclórIco e etNoGrÁfIco de Pedro mIGUel • O Grupo Folclórico e Etnográfico de Pedro Miguel elegeu os Órgãos Sociais para o biénio 2010/2012. ASSembleIA GerAl: Presidente – José Alberto Nunes 1.ª Secretário – Isabel Andrade 2.º Secretário – Lígia Garcia

i h p o

Número Nacional de Socorro 112 Bombeiros Voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 96 323 18 12 Protecção civil - 295401400/01 Linha de Saúde Pública 808211311 centro de Saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000

AzórIcA • No passado dia 30 de Outubro em Assembleia Geral foram constituídos novos corpos sociais da Azórica que ficaram compostos da seguinte forma: dIrecção Presidente – carla capela Pinheiro vice-Presidente – José Leal tesoureira – Paula campos Silva 1ª Secretária – cláudia Garcia 2ª Secretária – Ana Silveira vogal – Nuno Pacheco Suplente – Fernando campos

COMuNICAdO Informam-se os interessados que se encontra aberta Recruta para Aspirantes a Bombeiros Voluntários, solicitando-se que procedam à respectiva inscrição no Comando desta Associação, até dia 01 de Novembro de 2010. MAIS SE INFORMA quE OS PRÉ-REquISITOS SÃO: - dos 16 aos 35 anos; - 9.º ano de escolaridade; - Robustez Física

jSATA - 292 202 310 - 292 292 290 Loja jTAP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da Ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380

dOCuMENTO A APRESENTAR: - Fotocópia do BI ou Cartão do Cidadão; - Cartão de Vacinas (em dia); - Certificado de Registo Criminal; - Certificado de aptidão física e psíquica; - Certificado de Habilitações literárias.

meteoroloGIA

O Presidente da Direcção; hélio Pamplona

GrUPo ceNtrAl

ASSembleIA GerAl Presidente – Victor Rui Dores vice-Presidente – Maria da conceição Aguiar Secretária – Lúcia Serpa coNSelho fIScAl Presidente – José Manuel Serpa vice-Presidente – Maria de Jesus Furtado Secretária – carla Rodrigues

hoje Períodos de céu muito nublado com boas abertas. Vento nordeste fresco (30/40 km/h) com rajadas até 55 km/h, tornando-se bonançoso (10/20 km/h). Mar cavado tornandose de pequena vaga. Ondas nordeste de 1 a 2 metros. AmANhã Períodos de céu muito nublado com boas abertas. Vento leste bonançoso (10/20 km/h) rodando para sul. Mar de pequena vaga. Ondas nordeste de 1 a 2 metros. domINGo Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros fracos. Vento do quadrante sul bonançoso a moderado(10/30 km/h).

fIchA

Tribuna das Ilhas

fotoGrAfIA: carlos Pinheiro

Fundada a 16 de Maio de 1912 Federada na Liga dos bombeiros Portugueses*Cavaleiros da Ordem benemerência* Medalha de Ouro duas estrelas da Liga dos bombeiros Portugueses

trANSPorteS - fAIAl

coNSelho fIScAl: Presidente – Emanuel Melo Secretário – Victor Pinheiro relator – Mário Silva

redAcção: Susana Garcia e Marla Pinheiro

Associação Faialense de bombeiros Voluntários

emerGêNcIAS -fAIAl

~ m i i

dIrecção: Presidente – Marlene Bettencourt vice-presidente – Rui Silva Secretário – Natália Nunes tesoureiro – Alvarino Nunes vogal – Marla Pinheiro

chefe de redAcção: Maria José Silva

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AGeNdA

PArtIrAm

dIrector INterINo: cristiano Bem

15 de oUtUbro de 2o1o

colAborAdoreS PermANeNteS:costa Pereira, decq mota, fernando faria, fernando melo, frederico cardigos, josé trigueiros, mário frayão, Armando Amaral, victor dores, fernando Guerra, Alzira Silva, Paulo oliveira, ruben Simas, raul marques, Genuíno madruga, berto messias colAborAdoreS eveNtUAIS: cláudio Almeida, francisco césar, Paulo mendes, zuraida Soares, Gonçalo forjaz, roberto faria, lucas da Silva, rómulo Ávila

Projecto GrÁfIco: IAIc - Informação, Animação e Intercâmbio cultural, cRL PAGINAção: Susana Garcia redAcção ASSINAtUrAS e PUblIcIdAde: Rua conselheiro Miguel da Silveira, nº12, cv/A-c - 9900 -114 Horta coNtActoS: Telefone/Fax: 292 292 145 E-MAIL: tribunadasilhas@mail.telepac.pt tribunadasilhas@gmail.com

técNIcA

SecretArIAdo: Fátima Machado ImPreSSão:

Rua Manuel Inácio 9900-152 - Horta

de Sousa, 25

dIStrIbUIção: cTT tIrAGem: 1000 exemplares reGISto: nº 123 974 do Instituto de comunicação Social

edItor e ProPrIetÁrIo:

IAIc - Informação, Animação e Intercâmbio cultural, cRL NIPc: 512064652 reGISto comercIAl: 00015/011017 (Horta) - Porte Subsidiado GoverNo reGIoNAl doS AçoreS

Esta publicação é apoiada pelo PROMEDIA - Programa Regional de Apoio à comunicação Social Privada


fUNdAdo 19 de AbrIl de 2002

Tribuna das Ilhas SextA-feIrA 4 22 de oUtUbro de 2o1o

www.tribunadasilhas.pt PUblIcIdAde

deSFile de moda Joice

Nova Colecção Outono Inverno apresentada aos faialenses carlos Pinheiro

g A Boutique Joice apresentou a sua nova colecção Outono-Inverno no passado sábado, dia 16 de Outubro, num desfile que decorreu na discoteca Erik Club. O desfile foi protagonizado por manequins locais, penteados por Luís Rocha e maquilhados pela jovem Luciana Amaral. Destaque nesta colecção, para os coletes, para os padrões tigreza e para os acessórios. Esta nova colecção é muito direccionada para tudo o que tenha a ver com a vida animal: tigresas, leopardos, peles, pêlos. O camel também entra em grande força nesta estação. Este ano temos uma colecção que abrange várias idades, já tivemos colecções bastante mais direccionadas para jovens, mas este ano não. A colecção dirigese ao público que procura a loja. As marcas predominantes são a Guess, Dona Karen e Energy. Marcas italianas e francesas também fazem parte da oferta. Um dos objectivos futuros da

eSPAço de ProxImIdAde Joice Boutique é apostar em confecção portuguesa, já foram feitos alguns contactos com algumas marcas nacionais, de qualidade e moda. Há mais de 25 anos que a Boutique Joice faz desfiles com o objectivo de mostrar ao públi-

co os seus produtos e canalizar mais pessoas para o seu espaço. São desfiles originais, diferentes e com moda. Na passerelle estiveram 25 modelos, nenhum deles é profissional, mas fazem-no por gosto. carlos Pinheiro

A PolícIA Ao ServIço doS cIdAdãoS P P o o l l í í c c I I A A d d e e S S e e G G U U r r A A N N ç ç A A P P Ú Ú b b l l I I c c A A

cAmPANhA S.o.S cAGArro 2010 • A Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, promove anualmente a campanha SOS cagarro. No presente ano, a mesma decorre entre 01OUT e 15NOV. • À semelhança de anos anteriores, a P.S.P., associa-se em parceria com a SRAM, na detecção, recolha e encaminhamento dos cagarros juvenis através dos seus efectivos policiais que de forma continua e diária patrulham as estradas das nossas Ilhas. • caro cidadão, em caso de detecção de algum cagarro no percurso que efectua, sugere-se que recolha o mesmo, entregando-o aos serviços da secretaria, aos vigilantes da natureza ou em alternativa dirija-se à Esquadra da sua área, que após recepção promoverá as diligências a fim de efectuar a sua entrega àqueles serviços. LEMBREM-SE QUE: • como cidadão deve colaborar nesta campanha, ajudar a preservar esta espécie, contribuindo assim para a preservação do ambiente, que hoje é nosso e futuramente será dos nossos descendentes. • Em relação à circulação automóvel, a P.S.P. alerta para o facto de nas estradas litorais das nossas ilhas, adequar a marcha do seu veículo de modo a fazer face a um eventual surgimento de algum espécime que lhe surja na via ou em voo. Lembre-se que o simples efeito surpresa, poderá originar um despiste ou consequências mais graves. Para mais informações contacte o endereço http://soscagarro.azores.gov.pt ou para Esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.S.P. da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt

ProGrAmA INteGrAdo de PolIcIAmeNto de ProxImIdAde


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