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voleIBol

BomBeIros são vIce-cAmPeões dos Açores

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Tribuna das Ilhas

dIrecTor: mANUel crIsTIANo Bem 4 NÚmero: 462

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ediTorial

MaravilhaS GaStrOnóMicaS g Apesar da crise político-financeira que assola este país, temos vindo a assistir, nestes últimos tempos, a uma proliferação de iniciativas de ordem gastronómica que não era habitual promover, nem mesmo como atractivo do sector turístico. Parece que foi uma moda que alastrou pelas regiões – e até por pequenas terras – do território continental ao ponto de ser de bom tom realizar um evento de comidas tradicionais. E talvez na sequência desta prática generalizada, apareceu agora a ideia de realizar, a nível nacional, um concurso da especialidade em que se pretende apurar as Sete Maravilhas Gastronómicas de Portugal. E neste caso certamente vão aparecer centenas de pratos de iguarias e doçarias por esse país fora, tornando mais difícil as classificações e o apuramento final. Por aqui, como foi noticiado, a Adeliaçor, a Câmara de Comércio e Indústria da Horta e a Grater (Associação da Graciosa-Terceira), como instituições relacionadas com a iniciativa decidiram apresentar ao certame a candidatura do Caldo de Peixe, efectivamente um dos pratos mais apreciados nas nossas ilhas, principalmente nas do Grupo Central. Quando foi do concurso das Maravilhas da Natureza, em que triunfaram, por votação pública, a Montanha do Pico e a paisagem das Sete Cidades – o que de facto obteve a concordância geral – houve muitas dúvidas no espírito das pessoas sobre a transparência da primeira selecção efectuada, uma vez que havia nos Açores outras opções mais válidas do que as grutas propostas, num escalão, aliás, com maiores valores à escala do país. Oxalá que desta vez a selecção anterior à votação do público seja mais credível, sem indícios de arranjos para contentar determinadas ilhas. De qualquer modo, um concurso deste género é importante como meio de promoção do turismo e, nesta medida, vale a pena investir no sentido da valorização regional na área das comidas específicas do arquipélago que poderão ser saboreadas nos restaurantes locais. E tantas e tão boas são essas comidas: as caçoilas ou carnes de molha, as boas linguiças com inhames, os torresmos de “vinhad’alhos”, os chicharros fritos com molho cru, os peixes bem frescos cozinhados das mais diversas maneiras, o polvo guisado à moda açoriana; as lapas, a albacora assada no forno, etc., etc.. É uma ementa muito vasta e rica a dos Açores, que tem uma vantagem a ser explorada: a de apresentar, quanto possível, peixe verdadeiramente fresco. E o Caldo de Peixe proposto é na verdade um excelente prato…

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SeSSão plenária de abril

“Mas quem será o pai da criança” dr

maria José silva g Decorreu durante esta semana a sessão plenária do mês de Abril. A reunião ficou marcada pela troca de acusações entre cada um dos partidos com assento parlamentar sobre a actual situação económica do país. Depois da conferência de líderes a ordem de trabalhos indicava que os grandes temas a debate incidiriam, sobretudo, sobre o rendimento social de inserção e a atribuição de bolsas de estudo, todavia, a manhã do primeiro dia teve como guião a situação actual do país e a tentativa de atribuição de culpas por parte de todos os partidos com assento parlamentar. Berto Messias, líder parlamentar do Partido Socialista, foi o primeiro a ocupar o púlpito para, numa longa intervenção, muito vaiada pela oposição, apontar armas a Passos Coelho e ao PSD. O líder dos socialistas afirmou mesmo que “o PSD deve ser responsabilizado pela atitude irresponsável que teve no passado dia 23 de Março e os portugueses têm que saber que foi o comportamento desleixado do PSD que os vai prejudicar por longos anos.” “O chamado PEC IV, que toda a oposição rejeitou em bloco por ser duro demais para os portugueses, vai ser agora, por culpa exclusiva desta oposição, o ponto de partida para um pacote de austeridade muito mais duro, com consequências muito mais nefastas para as empresas e famílias portuguesas”, lamentou Berto Messias. O socialista lembrou ainda que o PSD sabia, aquando do acordo estabelecido no Orçamento de Estado para 2011, que o PEC de então poderia ser alvo de actualizações. Por sua vez, o líder parlamentar do PSD/Açores afirmou que o programa eleitoral que o PS tem a apresentar aos portugueses nas eleições legislativas de 5 de Junho é a “bancarrota” do país e a “crise social” a que os governos socialistas conduziram Portugal. Duarte Freitas salientou que o legado dos governos de José Sócrates consiste no “pior crescimento económico dos últimos 90 anos, numa dívida pública que duplicou entre 2005 e 2010 e no desemprego que é quase o dobro do que era há seis anos”. Duarte Freitas lamentou ainda que o PS considere que a culpa da actual situação do país “é de todos os portugueses menos do iluminado José Sócrates”. O presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, Artur Lima, afirmou que o PS e o PSD são o “FMI português” porque “já cortaram salários, congelaram promoções e progressões, congelaram pensões, aumentaram impostos”, lamentando que alguns dirigentes do PS/Açores sejam, neste momento, “veículos de transmissão da mentira, da mitomania e da propaganda política inaceitável” que José Sócrates faz. O CDS-PP entende que “o PS enganou os funcionários públicos quando, em 2009, aumentaram os seus salários em 2,9%, quando não o podiam fazer, para a seguir os roubarem. Cortaram nos salários, cortaram nas pensões, cortaram nas

prestações sociais, reduziram os benefícios fiscais, aumentaram impostos. Tomaram todas as medidas que o FMI vai tomar. Os senhores são o FMI português”. Artur Lima não se limitou a criticar o PS: “O PSD não pode agora surgir como virgem impoluta, porque aprovou todos os PEC’s, toda a austeridade, o Código Contributivo... PS e PSD sempre se entenderam até aqui e vão entender-se depois das eleições, até porque o Dr. Passos Coelho assume que está disponível para um governo de bloco central, mas sem José Sócrates”. Igual posição tiveram Paulo Estevão, Líder do PPM, Zuraida Soares do Bloco de Esquerda e Aníbal Pires do PCP. ATrIBUIção de BolsAs com Novo reGIme Foi aprovado o projecto de decreto legislativo regional alusivo ao regime jurídico de atribuição de bolsas de estudo e formação pela Região. Depois de muita tinta ter corrido em torno da bolsa de estudo atribuída ao filho de Ana Paula Marques, os deputados com assento na Assembleia Legislativa Regional finalmente estão de acordo e conseguiram organizar um documento único e com critérios claros. Piedade Lalanda, deputada do PS explicou que o decreto visa, acima de tudo uma uniformização do regime de atribuição das bolsas e revoga um conjunto de diplomas anteriormente existentes. As novas regras de atribuição de bolsas de estudo assentam em três princípios fundamentais: necessidades do mercado de trabalho; nível sócio-económico dos candidatos e mérito dos mesmos. Importa reter ainda que o valor da bolsa é calculado em função do rendimento médio mensal per capita do agregado familiar, com base na Remuneração Mínima Mensal Garantida em vigor nos Açores (RMMG) x 1,2, tendo em conta cinco escalões de rendimento. Nestes termos, o valor da bolsa será de 50, 40, 30, 20 ou 10% do RMMG x 1,2, consoante o rendimento per capita do agregado familiar for até 25, entre 25 e 35, entre 35 e 45, entre 45 e 60 ou entre 60 e 100% do RMMG x 1,2 respectivamente. O diploma fixa ainda em 50% da RMMG x 1,2 o valor mensal máximo da bolsa de estudos ou de formação. Ainda no que às bolsas de estudo diz respeito, por intervenção do Bloco de Esquerda, os alunos do ensino superior com estatuto de trabalhador-estudante – que residam nos Açores há, pelo menos, três anos – que fiquem em situação de desemprego e que se sejam dependentes de um agregado familiar que se encontre em situação de manifesta carência económica, passam a ter acesso a uma bolsa regional, cujo valor varia consoante os rendimentos médios do agregado familiar. A nova bolsa prevê ainda uma majoração de 30% para os estudantes-trabalhadores que frequentem um estabelecimento de Ensino Superior fora da sua ilha de residência, ou que fique a mais de cinquenta quilómetros da residência familiar.

relATórIo soBre o rsI dIscUTIdo mAs Não voTAdo Tudo fazia prever que a apresentação do relatório final da Comissão Eventual para analisar a aplicação de um estudo sobre o impacto do rendimento social de inserção no combate à pobreza e à exclusão social nos Açores fosse um dos temas “calientes” desta sessão plenária de Abril, mas nada fazia prever que fosse ocupar a tarde toda dos trabalhos. Ana Paula Marques defendeu que o Rendimento Social de Inserção (RSI) deve ser visto como “uma prestação do regime não contributivo” a que os cidadãos têm direito e não como um mero subsídio. Para a governante, apesar da medida carecer de algumas correcções, a verdade é que tem sido importante para ajudar muitas famílias a “fugir da pobreza extrema”. Na opinião da secretária regional do Trabalho e Solidariedade Social, se é certo que o RSI “não vai tirar toda a gente da pobreza”, pode, ao menos, minimizar “os factores de pobreza” e dar “mais alguma coisa a quem precisa”. O PSD/Açores considerou, por seu turno, que as conclusões do relatório da comissão parlamentar que analisou a aplicação do (RSI) “dão razão” aos socialdemocratas, alegando que o partido sempre defendeu que os beneficiários da medida devem prestar trabalho à comunidade. “Os beneficiários, quando têm condições para tal, devem também dar o seu contributo à sociedade. Quando não têm emprego devem participar, como refere o relatório, em trabalho comunitário”, afirmou o deputado social-democrata João Costa. O parlamentar do PSD/Açores defendeu que “não se pode continuar a fazer de conta que o RSI só tem a vertente assistencialista”, referindo que este apoio também se destina à “inserção social” dos seus beneficiários. Já Aníbal Pires diz que o relatório apresentado e as suas conclusões são nada mais, nada menos, do que a confirmação daquilo que defendiam e que está relacionado com a falta de ofertas adequadas de emprego, o trabalho precário e os baixos rendimentos do trabalho que empurram muitos açorianos para a dependência desta prestação social. Os comunistas defendem que “é absolutamente necessário garantir a existência

dos meios humanos adequados e garantirlhes condições adequadas e motivação. O empenhamento, abnegação e dimensão humana destes profissionais merece ser aqui assinalado, mas merece sobretudo ser justamente compensado e incentivado. Esta é uma matéria que exige uma solução absolutamente urgente, sob pena de esvaziar de conteúdo útil toda a medida.” Pedro Medina, do CDS, afirmou no hemiciclo regional que o relatório parlamentar “arrasa” políticas socialistas. O popular lamentou que o PS tenha preferido “acarretar prejuízos” para a Assembleia Legislativa com os trabalhos desta comissão, em vez de ter aprovado uma proposta do CDS-PP que recomendava ao executivo socialista que, semestralmente, apresentasse ao Parlamento um relatório sobre a aplicação desta prestação social nos Açores. “A Comissão Eventual fez um acto único. Um relatório único. O CDS-PP defendia um acompanhamento semestral que permitiria uma fiscalização sucessiva, não um acto isolado”. Assegurando que o CDS-PP “concorda com o RSI” e que “só quem é desonesto é que pode dizer que o CDS é contra”, o deeputado popular reafirmou que a exigência do seu partido sempre foi “pela forma equitativa como o RSI deve ser atribuído”. Medina considerou que os centristas não têm “estigmatizado” os beneficiários desta prestação social; tem apenas “denunciado muitos casos de gente que não quer trabalhar porque prefere viver à custa de um subsídio do Estado”. Segundo os democratas-cristãos açorianos, esta prestação social transformouse de tal forma que hoje “temos muitos exemplos de empregadas domésticas que se despedem porque ganham mais no RSI. No sector primário temos pessoas que são necessárias para trabalhar, mas quando se propõe um contrato recusamse a fazê-lo porque perdem o RSI”. O CDS-PP, disse o parlamentar popular, “defende mais fiscalização, que os abusos e fraudes detectados sejam convertidos em melhores pensões para os idosos, a obrigação de todos os anos os beneficiários fazerem prova do seu rendimento e defendemos que quem recebe o RSI deve prestar um trabalho socialmente necessário, mas o PS chumbou e o PSD absteve-se”.


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11 milhões para a Escola Básica e Integrada da Horta g O Governo dos Açores anunciou a abertura de um concurso público destinado a adjudicar a empreitada de gran-

de reparação da Escola Básica Integrada da Horta, ilha do Faial. A obra terá um prazo máximo de execução de 18 meses e representa um investimento de mais de 11 milhões de euros, indicou o Secretário Regional da Presidência ao apresentar o comunicado da última reunião do Conselho do Governo. conTraTo de fornecimenTo de aerogeradoreS aSSinado na HorTa

Parque eólico do Salão deverá entrar em funcionamento em 2012 marla Pinheiro g O novo parque eólico que a EDA pretende instalar no Faial, na zona da Quebrada, freguesia do Salão, deverá entrar em funcionamento no próximo ano. A informação foi avançada pelo presidente da eléctrica açoriana, Roberto Amaral, durante a cerimónia de assinatura do contrato de fornecimento dos aerogeradores, que decorreu no Faial, na passada semana. O equipamento foi adjudicado pela Empresa de Electricidade e Gaz, do Grupo EDA, à espanhola VESTAS. O projecto prevê a instalação de cinco aerogeradores, com 850 kW de potência unitária, que permitirão produzir anualmente cerca de 11 GWh de energia, o que representa 20% da produção total da ilha. Trata-se de um investimento na ordem dos 6,5 milhões de euros, que compreende, para além do fornecimento e montagem dos aerogeradores, os trabalhos de construção civil, como a construção dos maciços, das plataformas, dos caminhos de acesso e a ligação em média tensão à rede. A VESTAS esteve representada na assinatura do contrato pelo seu director em Portugal, Mário de Gaviria, que se mostrou entusiasmado com este desafio para a empresa espanhola, uma vez que o novo parque eólico da ilha do Faial será

lomBA dos FrAdes o parque eólico da Praia do Almoxarife será desmantelado

dotado da tecnologia mais moderna actualmente no mercado. Roberto Amaral salientou ainda o facto desta nova infra-estrutura ir ser instalada num local com bons recursos eólicos, que permitirá optimizar a produção de energia. A instalação do novo parque eólico permitirá o desmantelamento do parque da Lomba dos Frades, na Praia do Almoxarife, cujos aerogeradores deverão ser encaminhados para as ilhas de Santa Maria, Graciosa e Pico. Este parque foi instalado no ano de 2002, no entanto nunca produziu de acordo com a sua capacidade máxima, uma vez que o ruído dos aerogeradores em funcionamento motivou várias reclamações da população residente nas proximidades., o que fez com que a EDA se visse obrigada a desligá-los durante a noite.

O plano de investimento da eléctrica açoriana para os próximos 5 anos ascende aos 270 milhões de euros, dos quais 100 se destinam às energias renováveis.

roBerTo AmArAl coNTesTA AvAlIAção dAs AGêNcIAs FINANceIrAs Questionado sobre o futuro da execução do plano de investimentos da EDA, tendo em conta a actual conjuntura financeira nacional, o presidente da eléctrica açoriana mostrou-se optimista no seu cumprimento. Roberto Amaral contestou a sucessiva descida do rating das empresas públicas, arrastadas pela própria descida do rating da região e do país, entendendo que a avaliação das agências financeiras internacionais é “injusta”, e não reflecte a real condição financeira da EDA.

legiSlaTivaS nacionaiS 2011

Mota amaral será candidato do PSD pelos açores g Mota Amaral vai ser o cabeça de lista do PSD pelo círculo dos Açores nas próximas eleições para a Assembleia da República. É a terceira vez que o antigo presidente do Governo Regional se candidata a um lugar na Assem-bleia da República. O nome de Mota Amaral vai agora ser proposto à comissão politica regional, e só depois do sim de Berta Cabral é que se passa à fase seguinte: a escolha dos restantes candidatos. João Bosco Soares da Mota Amaral foi deputado à Assembleia Nacional pela União Nacional nos anos finais do Estado Novo,.Com o advento da autonomia constitucional dos Açores exer-

ceu as funções de presidente do Governo Regional dos Açores (entre 1976 e 1995), foi deputado à Assembleia da República, e Presidente da mesma. Importa ressalvar ainda que, na noite de quinta-feira, já depois da hora de fecho da nossa edição, reuniu na Horta a Comissão Politica Regional do Partido Social Democrata que tinha na agenda a escolha restantes candidatos pelos Açores à Assembleia da República. Hoje, pelas 10h30, vão ser anunciados os nomes, pelo que TRIBUNA DAS ILHAS acompanhará a situação através da nossa página na internet, disponível em www.tribunadasilhas.pt.

[aconteceu] sIsmo seNTIdo No sAlão g Na passada sexta-feira, pelas 23h16, foi registado um sismo com epicentro a 8 quilómetros a Nordeste da Ribeirinha. De acordo com o Centro de Vigilância e Informação Sismovulcânica dos Açores, o evento foi sentido com intensidade máxima de três graus na escala de Mercalli modificada, na freguesia do Salão. 28 FAmílIAs APoIAdAs PelA crUz vermelhA g A Delegação do Faial da Cruz Vermelha Portuguesa já apoiou 28 familias carenciadas da ilha, no âmbito da Campanha "Juntos damos mais". As famílias beneficiadas até ao momento encontram-se inscritas no projecto "Dispensa Solidária" iniciado pela Delegação do Faial da Cruz Vermelha Portuguesa em 2010, porém ainda não oficialmente lançado, ou foram referenciadas por outras instituições parceiras. A concretização destes apoios às famílias carenciadas da ilha do Faial fazse muitas vezes após consulta do Instituto de Acção Social, uma das entidades que faz referenciação de casos problemáticos. coNselheIro esPecIAl dA comIssão eUroPeIA esTeve Nos Açores g O Conselheiro Especial da Comissão Europeia, Pedro Solbes, terminou na terça-feira uma visita à Região Autónoma dos Açores, onde iniciou um périplo pelas Regiões Ultraperiféricas, visando a preparação de um relatório sobre as mesmas e o Mercado Interno da União Europeia. Do programa fez parte uma audiência com o vice-presidente do Governo Regional, Sérgio Ávila, e para um almoço de trabalho promovido pelo secretário regional da Economia, envolvendo, entre outras, as áreas do turismo, transportes e investimento externo. O conselheiro reuniu ainda com os sectores da agricultura e das pescas. Bloco c do hosPITAl dA horTA AvANçA g O contrato para a adjudicação da obra no bloco C do Hospital da Horta está pronto. O processo já estava concluído na última semana do passado mês de Março, mas um recurso de última hora de uma das 14 empresas concorrentes levou à reapreciação do processo. Esta reclamação já está ultrapassada e não teve consequências sobre a suspensão dos prazos legais que devem ser respeitados no regime de concursos públicos. A adjudicação da obra à empresa vencedora deve acontecer ainda no primeiro semestre deste ano, pelo que as obras devem começar de imediato.

[vai acontecer] GoverNo coNcede TolerâNcIA de PoNTo NA TArde de QUINTA-FeIrA sANTA g O Governo Regional dos Açores vai conceder tolerância de ponto aos trabalhadores da Administração Pública Regional no período da tarde do próximo dia 21 de Abril, Quinta-Feira Santa. O Despacho, emanado da Presidência do Governo, fundamentase na tradição da concessão de tolerância de ponto no período da Páscoa. O documento, subscrito pelo presidente do Governo Regional, Carlos César, considera, também, os aspectos relacionados com a produtividade dos serviços públicos, associados à preocupação de garantir a prestação de serviço de qualidade aos cidadãos. cAsTelo BrANco sPorT clUBe AssINAlA 78.º ANIversÁrIo g Amanhã, dia 16 de Abril, o CBSC comemora 78 anos de existência. Actualmente liderado por Humberto Freitas, o clube conta com cerca de 100 atletas, nas modalidades de atletismo e voleibol. Nesta última, dispõe de uma equipa mista de minis A, minis B (masculinos e femininos), iniciados femininos, juniores masculinos e femininos, e seniores masculinos e femininos. Quanto ao atletismo, neste momento o clube dispõe de cerca de 13 jovens atletas. De acordo com o dirigente do CBSC, uma óptima prenda de aniversário para o clube seria a inauguração do Pavilhão de Castelo Branco, aguardada com expectativa pelos atletas, que passarão, então, a usufruir de óptimas condições de treino na própria freguesia. Para assinalar a efeméride, realizar-se-á uma missa na Igreja de Castelo Branco, por alma dos sócios falecidos, a partir das 18h30. Seguese a sessão solene, na sede do Clube, a partir das 19h30. GrUPo desPorTIvo dA FeTeIrA comemorA 21 ANosl g No próximo dia 20 de Abril, quarta-feira, o Grupo Desportivo da Feteira assinala o seu 21.º aniversário. O clube surge em 1990, como sucessor do Centro de Cultura e Desporto da Casa do Povo da Feteira, com o objectivo de ingressar nas provas organizados pela Associação de Futebol da Horta. Actualmente o clube dispõe de uma equipa de futsal feminino, no escalão de seniores, e em futebol de onze actua em seniores masculinos e em benjamins e traquinas.


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Deputados do PS visitam centro hípico do capelo marla Pinheiro Foto: susana Garcia g Na tarde da passada segunda-feira, as deputadas do PS Paula Bettencourt e Vera Bettencourt, eleitas respectivamente por São Jorge e pela Graciosa, visitaram o Centro Hípico do Capelo, acompanhadas pelo deputado faialense Lúcio Rodrigues. A orientação da visita esteve a cargo de João Morais, presidente da Hortaludus, empresa municipal gestora daquele espaço, que se fez acompanhar de Paulo Castro, treinador no Centro. As deputadas tiveram a oportunidade de conhecer as instalações e ouvir falar sobre a história do Centro Hípico, e do trabalho desenvolvido tanto no âmbito da competição como no âmbito da criação de

cavalos. De acordo com Lúcio Rodrigues, o objectivo desta visita foi mostrar o trabalho que tem sido desenvolvido no Centro Hípico, não só através da Horta-ludus mas também da Coudelaria do Faial e da associação Hípica: “é importante demonstrar que isto é um trabalho moroso, onde os resultados não se atingem de um dia para o outro, mas a verdade é que eles nunca desistiram, utilizaram os apoios públicos no sentido de melhorar, e hoje os resultados começam a aparecer, e a importância que o Centro começa a ter no Faial, mesmo de uma perspectiva económica, é interessante”, considera, destacando também a componente formativa na área do desporto equestre que o Centro oferece. Para o deputado regional, o facto das

suas colegas de bancada terem demonstrado interesse em conhecer o Centro é uma boa oportunidade de divulgá-lo fora da ilha. No final da visita, TRIBUNA DAS ILHAS conversou também com Paula Bettencourt, que justificou o interesse em conhecer o Centro Hípico do Faial com o facto desta se tratar “cada vez mais de uma área de interesse na Região”. “Tenho a certeza de que o trabalho aqui desenvolvido pode ser um bom exemplo para São Jorge, onde existem projectos no sentido de se criar um Centro Hípico. Na minha óptica, este pode ser o exemplo perfeito, não só pelo espaço ou pela forma como se trabalha, mas principalmente pelo empenho investido no projecto”, considerou a parlamentar.

PSD reivindica mais agentes de segurança associações de pesca poderão integrar capital social da para os açores peSca

eSPaDa PeScaS maria José silva Foto: marla Pinheiro

maria José silva Foto: marla Pinheiro g O Partido Social Democrata está preocupado com a segurança dos açorianos e como tal reivindica a vinda de mais agentes para o quadro de pessoal da PSP e de meios operacionais para a fiscalização costeira por parte da GNR. Quem o diz é Duarte Freitas, líder parlamentar do PSD Açores, que em conferência de imprensa realizada antes da ordem do dia de quarta-feira da sessão plenária de Abril, justificou a sua reivindicação com os dados estatísticos revelado pelo Relatório Anual de Segurança Interna relativo ao ano de 2010. De acordo com os laranjas, o relatório indica um aumento de 6,21% na g A partir de agora, a actividade de campos de férias nos Açores só poderá ser exercida por quem se encontrar devidamente licenciado, nos termos de um diploma aprovado pelo Parlamento açoriano. De acordo com documento o exercício daquela actividade passa a depender da emissão de licença, titulada por alvará, a conceder pela Direcção Regional da Juventude. O novo regime jurídico de acesso

criminalidade participada e 12,9% de aumento na criminalidade violenta. O mesmo documento revela que os Açores mantêm um rácio superior a 40 crimes participados por cada mil habitantes e ocupa o sétimo lugar a nível nacional no que aos crimes contra ao património diz respeito. Perante estes dados, o grupo parlamentar do PSD vai apresentar um projecto de resolução reclamando, por parte do Estado, o cumprimento das suas obrigações em matéria de segurança nos Açores, através do reforço dos meios operacionais e humanos afectos às forças de segurança da Região, de forma a permitir o cumprimento das suas funções quanto à ordem e segurança publicas, protecção das pessoas e bens e ainda prevenção da criminalidade.

g 250 milhões de euros e 18 programas de apoio foi quanto o Governo Regional dos Açores investiu nos últimos anos no sector da Pesca na Região. A informação foi avançada pelo líder da bancada socialista numa conferência de imprensa realizada na Horta, antes do período da ordem do dia de quarta-feira da sessão plenária de Abril, a propósito de um projecto de resolução que o PS Açores vai apresentar ainda no decorrer dos trabalhos legislativos, referente à valorização do rendimento dos pescadores e a uma maior sustentabilidade dos recursos marinhos. O diploma que os deputados socialistas vão apresentar tem como objectivo primeiro, promover um aumento do rendimento dos pescadores açorianos e, em simultâneo, de garantir uma maior sustentabilidade dos recursos piscícolas da Região. “Um dos pontos desta iniciativa legislativa pretende a valorização do pescado dos Açores e o consequente aumento do rendimento dos pescadores, através da abertura do capital social da empresa Espada Pescas às associações representativas dos pro-

fissionais da pesca”, explicou Berto Messias. O Presidente da bancada socialista adiantou que, na prática, recomendase que os pescadores entrem no circuito de comercialização de pescado através da empresa ESPADA PESCAS, detida pela Lotaçor, que deve desenvolver as estratégias de comercialização e de distribuição no exterior, de forma a valorizar o pescado capturado na Região e, assim, possa proporcionar melhores rendimentos aos pescadores açorianos. O Projecto de Resolução propõe também, o reforço das medidas de protecção à pequena pesca artesanal

de cada ilha para melhorar a sustentabilidade dos recursos marinhos na zona entre a costa e as 6 milhas. Aos jornalistas disse ainda que “fora da zona das 6 milhas importa também reforçar as medidas de ordenamento das actividades pesqueiras, consoante as características das pescarias e das embarcações. Medidas que se justificam pela importância significativa que a Pesca tem para os Açores, tanto ao nível da actividade económica, enquanto contribuinte real para a criação de riqueza, como para a mão-de-obra que absorve em toda a sua fileira.

campos de férias só com licença e de exercício da actividade de promoção eorganização de campos de férias não é aplicável também às “actividades das associações escutistas e guidistas” nem às “iniciativas que estejam incluídas num programa com duração inferior a cinco dias ou a cinco horas por dia”.

Conforme dispõe este decreto legislativo regional, os campos de férias classificam-se em residenciais, nos casos em que a sua realização implique alojamento, e não residenciais, nos restantes casos. Determina igualmente que as entidades organizadoras “devem

elaborar um regulamento interno de funcionamento que defina claramente os direitos, deveres e regras a observar por todos os elementos”. Por força deste novo regime, as entidades organizadoras estão também obrigadas a “elaborar um projecto pedagógico e de animação, no

qual se expressam os princípios, valores, objectivos e estratégias educativas e pedagógicas, e a tipificação da avaliação, devendo ainda indicar as acções preconizadas e a preconizar em relação à selecção, recrutamento e formação complementar do pessoal técnico”.


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conSelHo regional daS peScaS reuniu no faial marla Pinheiro Foto: susana Garcia g O Conselho Regional das Pescas esteve reunido durante esta terça-feira, no Hotel Horta. Pescadores, investigadores e governantes sentaram-se à mesma mesa para debater alguns assuntos importantes para o futuro do sector, como a situação dos recursos demersais e de profundidade, da frota regional de pesca e das áreas de protecção das pescarias. Durante a reunião foram discutidas “quais as melhores formas de implementar zonas de protecção que permitam que as comunidades piscatórias tenham maior rendibilidade” no exercício da actividade da pesca, de acordo com o que adiantou aos jornalistas o subsecretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona. Neste Conselho, o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores apresentou um ponto de situação relativo aos recursos de profundidade, com destaque para o goraz, cherne e boca negra. De acordo com o Subsecretário Regional das Pescas, os conselheiros estão também “a debater quais as melhores formas de implementar zonas de protecção que permitam que as comunidades piscatórias tenham maior rendibilidade” no exercício da actividade da pesca. “o GoverNo Não dIscrImINA NINGUém” Esta reunião do Conselho Regional das Pescas fica marcada pela ausência da Cooperativa Porto de Abrigo, com o seu responsável a entender que a associação foi discriminada pelo Executivo Regional, ao ter sido convidada tardiamente. Instado a pronunciar-se sobre as declarações de Liberato Fernandes, Marcelo Pamplona rejeitou a acusação de discriminação: “o Governo não discrimina nin-

Pescadores e Governo estudam criação de zonas de protecção guém, antes apoia, sim, todas as associações que tenham a sua situação regularizada e que comuniquem à Região onde aplicaram os apoios que lhe foram atribuídos”, referiu, acrescentando que o Executivo Regional não pode apoiar “associações que não apresentam contas dos apoios que recebem”. Pamplona adiantou ainda que todas as associações do sector foram convidadas para a reunião do Conselho:”a Porto de Abrigo não quis estar presente, mas foi convidada”, disse. PescAdores QUerem INTerdITAr PescArIAs de PAlANGre JUNTo à cosTA dAs IlhAs mAIs PeQUeNAs Para José António Fernandes, presidente da Federação de Pescas dos Açores e da Associação de Armadores de Pesca Artesanal do Pico, a situação no sector é bastante preocupante, e os dias que se avizinham afiguram-se ainda mais difíceis. Falando ao TRIBUNA DAS ILHAS à margem do Conselho, o responsável explicou que uma das ambições de algumas associações discutida nesta reunião se prende com a interdição da pesca de palangre a menos de seis milhas da costa das ilhas mais pequenas. Para o presidente da FPA, apesar de se adivinhar uma medida difícil de implementar, seria uma mais-valia. Em relação à sustentabilidade dos recursos pesqueiros no mar dos Açores, José António Fernandes não duvida de que é necessário “criar zonas de contenção à exploração”, sob pena dos stocks serem bastante fragilizados. Neste ponto, o sector

vê com bons olhos o alargamento do período de interdição à pesca do banco Condor, de modo a que o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores possa retirar dessa experiência conclusões que sejam mais-valias para a actividade piscatória na Região. Para José António Fernandes, as preocupações devem, todavia, centrar-se também nos recursos humanos, que começam a ser excedentários no sector: “a pesca está a juntar à sua volta mão-de-obra que vem de outras actividades que foram férteis no passado mas que agora não o são. Isso cria um problema grande, pois neste momento existe mão-de-obra a mais na pesca. Os recursos são poucos e a rentabilidade das empresas é pequena”, constata. De acordo com o presidente da FPA, é necessário todo um trabalho de apoio às famílias dos pescadores que venham a ficar sem emprego, por parte dos departamentos governamentais e das associações habilitadas para tal, para fazer face a uma situação que se deverá agravar nos próximos tempos.

A discrepância entre o preço de venda do pescado em lota e o preço a que este chega ao consumidor final é outro dos principais problemas que se coloca aos pescadores, principais prejudicados com esta situação. José António Fernandes recorda que a lei prevê uma margem de lucro que não pode ultrapassar os 25% na comercialização, desde a aquisição em primeira venda até ao consumidor final, no entanto em muitos casos esta exigência não é cumprida, principalmente nas ilhas onde existe menos concorrência. Para o responsável, trata-se de uma evidência de que a margem de lucro nunca poderá ser liberalizada: “Se com uma margem de lucro máxima imposta se fazem estas manobras, imagine-se se isso não acontecesse”, considera. Uma das soluções para enfrentar esta situação poderá prender-se com a entrada dos pescadores no circuito da comercialização. A este respeito, o responsável dá o exemplo do trabalho já desenvolvido pela Associação de Armadores de Pesca Artesanal do Pico, que tem sido bem suce-

dido: “a Associação tem três peixarias à volta da ilha, e um entreposto frigorífico onde preparamos o pescado para vender congelado. Consegue-se regularizar de alguma forma o mercado, exceptuando quando barcos de outras ilhas vão à nossa descarregar”, explica. No entanto, e tendo em conta que existe uma margem de lucro máxima legalmente imposta que frequentemente não é cumprida, o presidente da FPA apela a uma maior fiscalização. Esta reunião do Conselho Regional das Pescas decorreu na mesma semana em que o grupo parlamentar do PS na Assembleia Regional apresentou uma proposta de resolução no sentido de incluir os pescadores no circuito de comercialização de pescado, abrindo o capital social da empresa ESPADA PESCAS, da Lotaçor, às associações do sector. O objectivo dos socialistas é precisamente valorizar o pescado capturado no arquipélago e contribuir para que os pescadores retirem maiores rendimentos da comercialização.

legiSlaTivaS nacionaiS 2011

Paulo estêvão encabeça ricardo rodrigues encabeça lista do PPM nos açores lista do PS açores à república g O líder nacional e regional do PPM, Paulo Estêvão, vai ser o cabeça de lista dos monárquicos no círculo eleitoral dos Açores nas próximas eleições legislativas, que se realizam a 5 de Junho próximo. A escolha de Paulo Estêvão para liderar a lista de candidatos a deputados pelos Açores foi comunicada esta terça-feira numa nota da Comissão Política Regional. “A perspectiva é afirmar, depois de dois anos e meio de presença do PPM no parlamento açoriano, o partido como uma grande força política regional”, refere o documento, assegurando que Paulo Estêvão se vai deslocar em campanha a todas as ilhas dos Açores, a todos os distritos do continente e à Madeira. A Comissão Política Nacional considera que o PPM “está novamente em condições de efectuar uma campanha à escala nacional”.

Aos jornalistas Estevão disse que “foi-me solicitado que concorresse em Lisboa mas disse que não, concorria nos Açores”. Humberto São João, advogado,

residente no Faial, vai ocupar o segundo lugar da lista, enquanto ao círculo de Fora da Europa o PPM vai candidatar Gonçalo da Câmara Pereira. MJS

g Ricardo Rodrigues será, novamente, o cabeça de lista do Partido Socialista às legislativas de 5 de Junho próximo. A lista de candidatos foi aprovada na reunião da Comissão Regional do PS/Açores que se realizou quarta-feira à noite na Horta. Nem Luís Fagundes Duarte, nem Luísa Santos, actuais deputados socialistas na Assembleia da República, integram a próxima lista de candidatos a deputados do PS pelo círculo dos Açores nas eleições legislativas de Junho. Ricardo Rodrigues voltará a encabeçar a lista do PS pelo círculo dos Açores às eleições nacionais, tendo como “companheiro de corrida” Carlos Enes, professor universitário, será o número dois, substituindo Luís Fagundes Duarte, e a faialense Vera Lacerda será terceira, substituindo Luísa Santos. O círculo eleitoral dos Açores

elege cinco deputados, tendo o PS conquistado três e o PSD os res-

tantes dois na últimas eleições legislativas.


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políTica

15 de ABrIl de 2o11

Tribuna das Ilhas

legiSlaTivaS nacionaiS 2011 marla Pinheiro g O faialense José Decq Mota é o cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral dos Açores às eleições legislativas do próximo dia 5 de Junho. O anúncio foi feito na passado sábado, na sede do PCP na Horta, por Aníbal Pires, mandatário da CDU/Açores para o referido acto eleitoral. À comunicação social e aos apoiantes e militantes que compareceram na sede para escutar o primeiro discurso do candidato, Decq Mota disse ter aceite o convite do partido por estar disponível para trabalhar para a criação de “uma verdadeira alternativa a esta política de submissão, de dependência, de ultra-exploração, de empobrecimento da generalidade da população, de desvalorização profunda dos serviços sociais essenciais e de enriquecimento desenfreado de uma pequena faixa de especuladores”. Evocando o seu passado de activismo político e de actividades cívicas, o candidato comunista entendeu como seu dever aceitar este desafio: “não tinha o direito de me alhear de uma participação muito activa para a qual os meus camaradas da CDU/Açores me solicitaram”, referiu. Decq Mota entende que o acto eleitoral que se aproxima deve levar a uma “significativa alteração na correlação de forças, no plano político e no plano institucional”. Apontando responsabilidades ao PS e também ao PSD e ao CDS/PP na actual

JOSé Decq MOta encabeça lista da cDU pelo círculo eleitoral dos açores situação do país, o candidato frisou que as próximas eleições não podem ser condicionadas pela União Europeia, pelo FMI ou pela Presidência da República. Para o comunista, “são possíveis outras políticas”, que valorizem os trabalhadores, protejam os reformados e pensionistas e visem “um verdadeiro desenvolvimento da economia”. Decq Mota alertou também para a importância da estabilidade dos instrumentos reguladores do relacionamento entre o Estado e a Região, como a Lei das Finanças Regionais, que entende não dever estar subjugada à Lei do Orçamento de Estado. Apesar de não serem ainda conhecidas as restantes candidaturas pelo círculo eleitoral dos Açores, o candidato da CDU deixou um desafio, apelando à realização de debates, na comunicação social, sobre todas as questões sobre as quais importa reflectir durante a campanha eleitoral: “manifesto a total disponibilidade da candidatura da CDU/Açores em participar em todas as iniciativas de debate e discussão”, disse. “Sabem que podem contar comigo e com a CDU, sem reservas, sem mentiras, sem jogos”, concluiu. Com 61 anos, José Decq Mota foi por

cdU APelA Ao reForço dA esQUerdA Para lá, CDU e Bloco de Esquerda partem para estas eleições sem coligação com um propósito mútuo de “colaboração e convergência com o objectivo de construir uma alternativa de políticas”. Foi esta a leitura que José Decq Mota fez do encontro de ontem na Assembleia da República entre dois partidos mais à esquerda na representação parlamentar nacional. No seu discurso, que antecedeu o do candidato pelo círculo eleitoral dos Açores, Aníbal Pires também reforçou a importância de se construir uma “alter-

artur lima é o primeiro candidato do cDS-PP pelos açores dr

g A Comissão Directiva Regional dos populares anunciou na passada segunda-feira, na Horta, que Artur Lima irá encabeçar a lista dos populares às legislativas de Junho pelo Círculo Eleitoral dos Açores. Na ocasião, Pedro Pinto – porta-voz da Comissão Directiva Regional do partido, frisou que “o CDS-PP entende que Portugal necessita dos melhores” candidatos na actual conjuntura de crise. Artur Lima, líder dos populares na Região e vice-presidente da direcção nacional do partido é, por isso, a escolha do CDS-PP nos Açores para fazer face às eleições antecipadas, das quais os populares culpam o PS e o PSD. Pedro Pinto deixou a firme garantia de que, caso Artur Lima seja eleito para a Assembleia da República, irá ocupar o seu lugar de deputado no hemiciclo nacional. Recorde-se que Artur Lima é actualmente o líder do grupo parlamentar do CDS-PP na Assembleia Regional. “O país precisa de gente credível, trabalhadora, com provas dadas nas suas vidas pessoais e profissionais, que não sejam dependentes da actividade política, gente séria e honesta, gente empenhada na causa pública e na devolução da credibilidade ao país”, afirmou o Pedro Pinto, garantindo que “um CDS mais forte faz falta a Portugal”. Os populares estão optimistas na possibilidade de, pela primeira vez, elegerem um deputado à Assembleia da

República pela Região: “muitos açorianos, em 2009, manifestaram arrependimento pelo facto de terem faltado poucos votos ao CDS para eleger um deputado à Assembleia da República. Esperamos agora não voltar ouvir muitos açorianos dizerem que se soubessem que iriam faltar tão poucos votos tinham votado no CDS”, disse, apelando a uma renovação dos eleitos açorianos na nova constituição do hemiciclo. Para os centristas, “a Assembleia da República não pode ser uma prateleira para políticos açorianos em final de carreira”. O CDS-PP critica o facto dos deputados açorianos mudarem a sua residência para Lisboa, bem como o que entende ser uma postura pouco próactiva de alguns dos eleitos pela Região: “alguém sabe o nome do terceiro deputado do PS eleito pelos Açores? Ou alguém sabe quem é o segundo deputado do PSD eleito pelos Açores?”, questionou Pedro Pinto. Os populares açorianos lembraram ainda que “os actuais cinco deputados dos Açores eleitos pelo PS e pelo PSD aprovaram todos os PEC’s, todos os planos de austeridade, o novo código contributivo…”. Antevendo uma campanha eleitoral “difícil e hostil”, Pedro Pinto critica a postura dos dois partidos com maior representação parlamentar: para os centristas, PS e PSD brigam “como crianças, para ver quem chega ao poder, porque para eles só há uma palavra –

mP

diversas vezes coordenador do PCP/Açores e membro do Conselho Regional do partido, do Comité Central da Comissão Política, da Comissão Executiva Nacional e do Conselho Nacional. Foi o primeiro candidato do PCP a ser eleito deputado na Assembleia Regional, função que desempenhou entre 1984 e 1988. Foi vereador da CDU na Câmara Municipal da Horta entre 1997 e 2000, função que voltou a ocupar de 2005 a 2009. Actualmente, é administrador não executivo da empresa municipal Urbhorta.

ArTUr lImA o líder dos populares na AlrAA é o cabeça de lista pelos Açores às legislativas

poder. Não sabem o que é governar. Eles só sabem o que é ter ou não ter o poder para mandarem a seu bel-prazer”. Para o CDS-PP, PS e PSD têm “os mesmos planos” para o país: “ambos defendem mais austeridade; ambos mantêm os ‘jobs for the boys’ porque não querem cortar nas empresas públicas; nenhum deles é sensível às faixas mais carenciadas da nossa sociedade, como são os pensionistas e os jovens que não encontram emprego”, reforçou o porta-voz dos populares, para quem a presença do FMI em Portugal se deve precisamente aos “entendimentos e desentendimentos entre PS e PSD”.

José decQ moTA o faialense é o primeiro candidato do cdU pelos Açores ao hemiciclo nacional

nativa política patriótica e de esquerda”, por oposição às políticas até agora praticadas. Para o deputado regional, a acção governativa do PS, do PSD ou do CDS/PP levará à “destruição do que resta do sector produtivo”, bem como ao “aumento da precariedade laboral, do desemprego, da pobreza e da exclusão” e ao “desmantelamento e privatização dos sectores sociais do Estado”, como a saúde ou a educação. “Esta é a opção

conhecida e alternante que entrou em falência”, entende. Para o mandatário da CDU/Açores para as próximas legislativas, urge “promover e valorizar a produção nacional, renegociar a dívida pública e escalonar o se pagamento”, bem como propor “a alteração dos regulamentos do Banco Central Europeu que está na base do poder ilegítimo das agências de notação”.

bloco de esquerda avança com José cascalho na região g Após uma reunião da Mesa Nacional do partido no passado domingo, o líder do Bloco de Esquerda anunciou a recondução dos 16 deputados que neste momento constituem a representação parlamentar dos bloquistas nas listas às eleições legislativas de Junho próximo. A única excepção é Fernando Rosas, eleito em 2009 por Setúbal, mas que entretanto abandonou o Parlamento para dedicar-se à vida académica. Francisco Louçã explicou que o objectivo do BE é reforçar a sua presença no hemiciclo, e abrir caminho a um governo de esquerda. Para tal, os bloquistas pretendem também apostar nos círculos pelos quais não conseguiram eleger deputados, como é o caso dos Açores, onde a aposta do BE é o professor universitário José Cascalho, que neste momento ocupa as funções de deputado na Assembleia Regional. De acordo com a resolução aprovada na reunião da Mesa Nacional do Bloco, o partido pretende responder àactual crise com um “compromisso na luta por um Governo de Esquerda”. “É necessário um governo que resulte da força que a democracia dê à luta pela responsabilidade financeira, pela criação de emprego, pela redução da pobreza e da precariedade”, consideram. Recorde-se que o BE pediu um

dr

José cAscAlho o bloquista é a aposta do partido na região

encontro com a direcção do PCP, que se realizou na passada sexta-feira. Dessa reunião resultou, de acordo com os bloquistas, a confirmação das “respostas comuns” aos dois partidos em relação a diversos assuntos como a luta pela defesa de leis laborais que protejam o trabalhador, de leis fiscais que protejam os contribuintes e de respostas económicas que protejam o emprego e os direitos sociais. O Bloco entende que “a reunião estabeleceu um processo de consultas entre os dois partidos”, e destaca a importância do diálogo com os comunistas, manifestando “empenho no seu prosseguimento, bem como de todas as formas de convergência que mobilizem as esquerdas para respostas politicas contra a bancarrota”.


culTura

Tribuna das Ilhas

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Recital Schubert nos Açores No próximo domingo, dia 17 de Abril, a partir das 21h00, o Salão Nobre da Câmara Municipal da Horta recebe um recital com obras do compositor austríaco Franz Schubert, da responsabilidade da HortaCamerata, sob a direcção artística de Kurt Spanier. g

cinema

TI

curtas do faial filmes fest no brasil g Decorre no próximo mês de Maio o VI Festival Internacional de Audio-visual de Atibaia (FAIA), em São Paulo, no Brasil. Nesta edição, o festival brasileiro conta com uma mostra paralela da responsabilidade do Festival de Curtas das Ilhas – Faial Filmes Fest, organizado

pelo Cineclube da Horta. O Festival de Atibaia apresenta nas mostras competitivas curtas-metragens premiadas em 25 certames brasileiros de audiovisual realizados no ano passado. Nas mostras paralelas, para além da presença do festival faialense, destaque para o

Festival Internacional de Curtas Metragens de Évora, e para o Festival de Contis, da França. A presença das películas faialenses em São Paulo vem na sequência de uma parceria entre o Festival de Atibaia e o Faial Filmes Fest. Este já esteve no Brasil na quinta edição do

FAIA, e a última edição do Festival faialense contou também com uma mostra de películas do festival brasileiro. Em paralelo com o VI Festival de Atibaia vai decorrer o VI Encontro Ibero-americano de Cineclubes, que contará com a representação de 15 países.

lUís PereIrA o director do cineclube faialense e vice-presidente da Federação Portuguesa de cineclubes, marcará presença em são Paulo

colóquio Os Açores, a I Guerra Mundial expensive Soul, the bryan e a República Portuguesa no Contexto adams experience e Jim Dungo no cais agosto Internacional encerrado na horta (dr: GAcs)

os Açores e A rePÚBlIcA o colóquio teve o seu encerramento na Biblioteca Pública e Arquivo regional da horta

g Na passada sexta-feira decorreu na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, na Horta, a conferência de encerramento do Colóquio Os Açores, a I Guerra Mundial e a República Portuguesa no Contexto Internacional, proferida pelo Reitor da Universidade dos Açores. Na sua intervenção, Avelino Meneses frisou que, um século depois do triunfo da República, é importante que a comemoração se faça também por via da

reflexão, sendo as universidades as instituições por excelência a quem caberá esse trabalho. Lembrando que “a história serve para dissecar o ontem, compreender o hoje e acautelar o amanhã”, o reitor da Universidade dos Açores evocou algumas figuras açorianas ligadas à República, bem como alguns episódios da história dos Açores relacionados com o crescimento do espírito republicano. À margem da conferência, o director regional da cultura, Jorge Bruno, consi-

derou que este colóquio, que decorreu também na ilha Terceira e São Miguel, teve “uma participação de excepcional qualidade”. No Faial, para além da conferência de encerramento, decorreram várias intervenções no âmbito deste colóquio. Associada a esta iniciativa está a exposição Açores 1917/1918: Crónica de um Ano Americano, que está patente ao público na Biblioteca Pública da Horta.

g O cartaz do Cais Agosto 2011, em São Roque do Pico, já é conhecido. Expensive Soul, The Bryan Adams Experience, Jim Dungo, o DJ Diego Miranda e a Banda a Gosto fazem as honras da festa no que à música diz respeito. Os Expensive Soul estiveram no Pico em 2007, na Semana dos Baleeiros. Este ano, actuam em São Roque, numa altura em que o seu terceiro álbum – Utopia – faz sucesso, com destaque para

o single O Amor é Mágico. A banda de tributo ao cantor canadiano Bryan Adams esteve no Faial em 2008, na Semana do Mar. Actuam no Pico no sábado, dia 30 de Julho. Já os portugueses Jim Dungo marcaram presença na Festa do Mundo Rural 2010. A Banda a Gosto, formada por músicos picoenses precisamente para actuar no Cais Agosto, actua no dia de encerramento das festas, a 31 de Julho.

armando Meireles apresentou no faial o seu cD José Armas Trigueiro g Apresentando o seu primeiro CD, no passado dia 9 do corrente, o fadista florentino Armando Meireles esteve na Ilha do Faial. O seu concerto realizou-se pelas 21 horas no auditório da Biblioteca Pública da Horta, que se encontrava

repleto de faialenses que ali se deslocaram para o ouvir e para adquirirem aquela sua recente gravação. Foi apresentador o Dr. Rui Dores que, para além de fazer uma curta biografia do fadista, historiou sobre o fado de Lisboa e sobre o fado de Coimbra, fazendo-o com conhecimento e graça.

cinema no TeaTro faialenSe dr

Hereafter – Outra Vida hortaludus; dias 15 e 16, 21h30; >12 g Hereafter – Outra Vida é o mais recente filme do conceituado realizador Clint Eastwood, oscarizado com o filme Million Dollar Baby – Sonhos Vencidos, em 2005. Protagonizado por Matt Damon, com quem Eastwood já tinha trabalhado em Invictus, Bryce Dallas Howard (A Vila) e pela belga Cécile De France (A Residência Espanhola), hereafter foi escrito por Peter Morgan, argumentista de filmes com Frost/Nixon, A Rainha ou O Último Rei da Escócia.

Neste drama, Damon é George, um americano que vive atormentado pelas capacidades paranormais que revela desde jovem, e que verá o se caminho cruzar-se

com Marie (De France), uma jornalista francesa a lidar com o trauma de ter sobrevivido ao tsunami de 2004 no Sudeste asiático, e com Marcus (interpretado pelos gémeos George e Frankie McLaren), que não consegue lidar com a trágica morte do irmão gémeo. dr

hereAFTer matt damon é o protagonista do filme

entrelaçados 17,

eNTrelAçAdos A mais recente animação da disney reinterpreta a história de rapunzel

g Em Entrelaçados os Estúdios Disney revisitam a história de Rapunzel, um dos mais famosos contos escritos pelos irmãos Grimm. Flynn Rider, o fora-da-lei mais procurado de todo o reino, encontra refúgio numa altíssima torre onde dá de caras com Rapunzel, uma bela e ousada donzela cuja farta cabeleira de 20 metros é apenas uma das suas extraordinárias peculiaridades. Porém, mesmo as raparigas mais corajosas têm as suas fraquezas e este bandido tem

um poder de sedução bastante acima da média, acabando por arrebatar o pobre coração de Rapunzel. Assim, depois de um castigo eterno naquela torre solitária, ela encontra a oportunidade de toda uma existência de aborrecimentos: sair para o mundo, enfrentar o perigo e viver grandes aven-

hortaludus; 17h00; >4

dia

turas. Mas, uma vez fora da torre, será ela capaz de lidar com um bandido sedutor, um cavalo polícia, um camaleão com instintos paternalistas e um bando de rufias carrancudos? Na versão portuguesa, Bárbara Lourenço, Pedro Caeiro e Henrique Feist dão voz aos personagens principais.


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reporTagem

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Tribuna das Ilhas

O super-poder económico da vaca açoriana Fazem parte integrante da paisagem açoriana, superam humanos em termos de população no arquipélago e vão em breve chegar directamente das ilhas ao seu prato num formato inovador inspirado pelos Galegos. Nos Açores, o chefe de cozinha chama-se mãe Natureza e a sua nova oferta presunto de vaca, uma nova aposta gastronómica que pretende dinamizar a economia da região. Numa reportagem exclusiva do portal Adiaspora.com, a jornalista Kitty Bale investiga a ideia invulgar que pretende mudar a gastronomia e a economia açoriana dentro de um ano. Kitty Bale g Primo do "beef jerky" norte-americano, da "bresaola" italiana, da "Buendnerfleisch" suíça e do "biltong" sul-africano, na Galiza, chama-se "cecina" e anda a ser produzida desde o século IV DC. Introduzido em Espanha pelos invasores árabes, cuja religião proíbe o consumo de carne de porco, o presunto de vaca é um produto elaborado a partir de carcaças com mais de 7 anos, até se possível mesmo 9, 10 ou 11 anos. Feito da parte traseira do animal, o presunto de vaca não leva corantes nem conservantes e tem pouca gordura. Serve-se em fatias finas, apenas com um fio de azeite por cima. "O presunto de vaca é um produto que não tem praticamente colesterol nenhum", explica o Chefe Vicente Quiroga, embaixador gastronómico da cozinha galega em Portugal e que tem acumulado muitos prémios e distinções - como o prato de ouro da gastronomia espanhola ao longo da sua carreira. Para o Chefe Vicente Quiroga, natural da Galiza radicado em Ponta Delgada na ilha São Miguel e proprietário do restaurante O Mariñeiro nas Portas do Mar, os Açores têm a matéria prima ideal para a elaboração de presunto de vaca porque a carne sabe à natureza. "A vaca dos Açores é uma vaca ecológica porque só come erva verde nas pastagens. Esta erva não tem tratamento nenhum, não tem sulfatos, não tem herbicidas, é uma erva natural", salienta Chefe Vicente Quiroga. Daí a ideia de produzir um presunto de vaca açoriano para consumo regional, nacional e internacional. "Alguns empresários galegos já estão a vir buscar a origem do seu produto ao arquipélago, portanto faria sentido poder apresentar um produto acabado já com algum poder de concorrência com estes produtos resultantes da produção da Galiza", adianta Ângelo Duarte, presidente da Câmara de Comércio e Indústria da Horta (CCIH). "A vaca hoje não é propriamente muito valorizada mas se a convertermos neste produto gourmet vamos ter a possibilidade de subir o preço do animal", diz Ângelo Duarte. "Poder-se-ia fazer um acabamento para que ela atingisse o peso de carcaça acima de 300 quilos. A partir daí, já se trabalha bem a ideia do presunto de vaca.

As partes sobrantes da vaca serão destinadas para outros fins. Há uma multiplicidade de produtos que poderão ser desenvolvidos, como carne para hamburgers por exemplo", realça ele. "PelA GAsTroNomIA Promovem-se GrANdes eNcoNTros" Foi durante uma deslocação da CCIH à feira gastronómica de Xantar na Expourense, Galiza, em Fevereiro passado que o presunto de vaca despertou o interesse das papilas gustativas açorianas. Na Galiza para promover uma degustação de produtos açorianos, CCIH directores Humberto Goulart e Evaristo Brum, directores da CCIH, encontraram dois industriais galegos que valorizam a carne açoriana. Da conversa, percebeu-se que os Açores poderiam industrializar a carne de vaca deixando nas ilhas as mais valias económicas. Perante a curiosidade criada pelo uso de um produto considerado de refugo no arquipélago, os empresários galegos viajaram para os Açores ainda no mesmo mês a convite da CCIH. "Desenvolveu-se a ideia de visita às ilhas dos referidos empresários para se aperceberem - in loco e com empresários locais - da qualidade e quantidade da matéria prima, da localização da possível industria, e do processo de abate", explica Ângelo Duarte. Foram organizadas uma reunião na Ilha do Faial no dia 21 de Fevereiro 2011 e outra na Ilha de São Miguel no dia seguinte com empresários e com o Gabinete de Projectos para perceber a elegibilidade do investimento. "Se concluirmos que é para avançar, isto é um projecto que é para avançar de imediato", diz Ângelo Duarte que esteve no dia 3 de Abril na Galiza, acompanhado de uma comitiva composta de directores e técnicos da CCIH, investidores potenciais mais um arquitecto do Gabinete de Projectos para tomarem uma decisão quanto à viabilidade económica do projecto e definirem as necessidades do processo. Apesar de não serem regiões geograficamente vizinhas, os Açores e a Galiza têm muito em comum. "A Galiza é quase uma ilha, está rodeada de água por todas as partes porque forma parte do noroeste da península ibérica, temos um clima muito similar aos

Açores e além disso temos uma forma de vida muito parecida", explica o Chefe Vicente Quiroga. No que diz respeito à comunicação entre galegos e açorianos, não é preciso tradutores nem mesmo domínio do castelhano. "Galego é um derivado do português portanto é fácil de compreender para os portugueses, como o português é fácil de compreender para nós também", diz Chefe Vicente Quiroga. E já há uns anos que a Galiza e a ilha do Faial alimentam uma ligação através das mostras gastronómicas luso-galaicas realizadas na cidade da Horta. "As mostras gastronómicas já vão na sua terceira edição, este ano será a quarta edição. A mostra gastronómica tem-nos possibilitado e tem-nos trazido maisvalias do género de sempre que realizamos uma mostra desde o começo temos convidados especiais com potencialidades de investimento", adianta Ângelo Duarte. No primeiro ano chegaram à Horta um empresário hoteleiro e um operador turístico da Galiza, no segundo seguiram outros operadores turísticos com perspectiva de gerar fluxos para as ilhas, e em 2010 voltou um hoteleiro para potenciar investimento na ilha. "Para além de desenvolver os produtos, os sabores e as tradições dos Açores e da Galiza, a Mostra Gastronómica Luso-Galaica traz também pessoas com interesse em desenvolverem projectos nas ilhas ou pelo menos potenciarem o desenvolvimento de investimento cá", diz Ângelo Duarte . UmA NovA "mArcA Açores" O importante é valorizar a matériaprima e a fabricação de um presunto de vaca 100 % açoriano visa dinamizar a actividade empresarial da ilha do Faial e dos Açores em vários níveis. "Poderíamos associar esta carne ao Parque Natural da ilha do Faial considerando que o Faial é uma das ilhas com menos recurso a agro-químicos e a fertilizantes, portanto cuja produção é muito natural. O objectivo é de criar uma nova marca Açores sempre associada àquilo que a Natureza oferece", realça Ângelo Duarte. No que diz respeito a fabricação, a empresa será sedeada na Ilha do Faial. Trata-se de uma unidade de produção média com o potencial para empregos fixos e sazonais, embora seja cedo

demais para poder acertar os números. "Nunca virá a ser uma unidade de produção excessivamente grande", adianta Ângelo Duarte, porque nos Açores, quase sempre se trata de produção em pequena escala. "O produto acabado traz uma maisvalia para a ilha, há o que fica na ilha, os vencimentos dos trabalhadores, as exportações, tudo o que está interligado a esta indústria", explica Ângelo Duarte. A CCIH já consultou a Associação de Agricultores da Ilha do Faial na área da produção e ambas as partes acreditam que exista carcaças de qualidade suficiente na ilha para a fabricação do presunto de vaca. Tendo também em conta a proximidade das ilhas do Grupo Central, existe sempre a facilidade de poder ir buscar animais à outras ilhas, sempre que haja uma vaca que reúna as condições à venda. AceITAção e PrAzer Acessível A receita é apetecível, os ingredientes disponíveis, os investidores entusiásticos mas o produto é completamente desconhecido em Portugal. Porém Chefe Vicente Quiroga, que considera o português um 'bom garfo', não encara isso como desafio real. Aliás, já há dois anos que anda a servir presunto de vaca galego no seu restaurante e o produto parece estar a ganhar popularidade. "Os portugueses não conhecem o presunto de vaca porque não foram acostumados a fazer este tipo de produto. Porém, penso que é um produto que vai ter muito boa aceitação. Já levámos dois anos a experimentar aqui no nosso restaurante em distintas formas pondo este prato na mesa e toda a gente que experimentou gostou - consideram-no um produto de grande qualidade", salienta Chefe Vicente Quiroga. mesmo em TemPo de crIse, esTe ProdUTo GoUrmeT TerÁ Um Preço Acessível. "Este produto não vai custar muito, é um produto que é servido de entrada para uma refeição, a quantidade nunca é muita. Embora seja um produto gourmet tanto pelo seu paladar como pela sua qualidade, nunca será um produto caro", explica Ângelo Duarte. Assim o produto tem boas oportunidades de chegar mais longe, quer no mercado nacional, quer no mercado

internacional. A ccIh JÁ esTÁ A FAzer UmA ProsPecção de mercAdo. "Em primeiro lugar, poderia ter muito boa aceitação para nós açorianos e no Continente. Também a própria Espanha será um potencial comprador. Depois contamos sempre com o mercado da saudade - estamos a referir-nos aos Estados Unidos e ao Canadá - onde este produto depois de ser trabalhado poderia também lá estar nas mesas açorianas, canadianas e americanas, lá fora", diz Ângelo Duarte. INvesTIdores A PosTos A CCIH já tem dois investidores da Galiza, dois de São Miguel e três do Faial, com a possibilidade de serem quatro. Nas Comunidades, um investidor dos Estados Unidos também mostrou interesse. "Depois vamos perceber em termos de investimento se é necessário tantos empresários ou não. Há interesse, há curiosidade", salienta Ângelo Duarte. O investimento será inteiramente privado mas terá a possibilidade de pedir apoios à União Europeia. "Será um projecto candidatado aos apoios regionais europeus nesse sentido para que seja tudo mais fácil e mais fluente em termos de investimento também", explica Ângelo Duarte. Ademais, o presunto de vaca é um produto que "traz alguma tranquilidade" - é fácil de transportar e pode estar algum tempo a caminho do seu destino. "Após embalado, o produto vai ter uma duração de anos. A Galiza está a trabalhar com três ou mais anos e portanto é um produto que poderá sair da ilha por barco, não obriga a ser um produto para sair de avião". Este fim-de-semana, uma comitiva da CCIH acompanhada de investidores açorianos e de um arquitecto do Gabinete de Projectos da Agência para a Promoção do Investimento dos Açores (APIA) esteve na Galiza para visitarem umas empresas que fabricam presunto de vaca. Até agora, todos os interessados têm ficado muito motivados. "Estamos todos convictos que vai resultar", diz Ângelo Duarte, enquanto Chefe Vicente Quiroga não tem sombra de dúvida: "O presunto de vaca vai formar parte da mesa da cozinha portuguesa daqui a pouco".


opinião

Tribuna das Ilhas

Encharcada de Bacalhau Original INGredIeNTes:

300gramas de bacalhau posta 3 cebolas gradas 3 dentes de alho 2 batatas médias 2,5 dl de azeite de acidez 0.7 Azeitonas pretas Salsas 2 paes de àgua Pimenta preta Q.b.

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Manter e Desenvolver

o PrAzer de cozINhAr

henrique Gomes

15 de ABrIl de 2o11

H

Fernando Guerra

á ciclos económicos, uns de crescimento e outros de recessão, os primeiros estão associados a maior investimento e abundância, quer do Estado/Região, quer das empresas e das famílias; nos segundos, há contração financeira e menor existência e menor circulação de moeda destes agentes. A economia açoriana tem assistido, nos últimos anos, a um ciclo de crescimento, numa primeira fase da democracia, com infraestruturas pesadas, como por exemplo portos e aeroportos, hospitais, escolas, entre outras, mas apesar de se ter gasto muitos milhões, o crescimento não é imediatamente sentido. Depois destes investimentos basilares, seguiu-se uma segunda fase de investimento público açoriano, em que se apostou no turismo, com políticas de crescimento hoteleiro, com a internacionalização da capacidade aérea, promoção e animação. Neste ciclo açoriano de vacas gordas, obviamente que o Faial conseguiu, em certa medida, crescer. É verdade, subimos de patamar, temos mais camas, mais voos,

contudo é necessário questionarmo-nos se não poderíamos ter ido mais além, se estamos sólidos, se diversificamos as atividades económicas e se estamos preparados para o atual cenário macro-económico de restrição. O Faial, nesta fase de desenvolvimento regional, teve constrangimentos ao seu crescimento, em alguns setores, principalmente por políticas que dividiram a potencialidade do Triângulo, pois cada ilha per si é uma micro, para não dizer uma nano, economia. Assim, os argumentos de que não seríamos sustentáveis e que o nosso crescimento viria depois de se investir e de se consolidar em S. Miguel e na Terceira fez com que alguns investimentos fundamentais não tenham sido realizados no Faial. Isto é, no cenário das vacas gordas, não tivemos a ampliação do aeroporto da Horta, não tivemos o campo de golfe, não tivemos a ampliação do porto, como lógico e merecido, porque tivemos que esperar… Agora que há ameaças de cortes nas verbas do orçamento de estado para os Açores, dificuldades de financiamento do estado, das empresas e das famílias, o Faial, para além de não se ter desenvolvido como deveria, e de ter perdido indús-

tria, comércio e serviços, vai entrar nesta fase menos preparado para enfrentar as dificuldades. Mas aceitar que ficámos aquém, na altura em que havia abundância, e aceitar manter essa situação e não crescermos na crise não é justo, temos que ter argumentos, ser assertivos e perseverantes, a bem desta ilha. A primeira obrigação é de não cair mais, há que manter os atuais níveis de desenvolvimento, para não pôr em causa a nossa própria sustentabilidade. Para isso, não pode haver argumentos brandos, “Sim, senhor secretário”, mas sim de afirmação de direitos, uma autêntica luta para defender o Faial. Outro aspecto que temos que ter presente é o facto de, apesar de todos os constrangimentos, os orçamentos regionais e camarários serem sempre obrigados a manter a componente investimento, por isso não podemos aceitar desculpas! Não podemos aceitar que nos digam que há investimento pesado de muitos milhões de euros, como se não os merecêssemos, sem saber se plurianualmente pode ser repartido e nesse caso suportado, sem saber da reprodutividade e mais valias geradas em emprego, da necessida-

de e, nalguns casos, da imprescindibilidade desses investimentos. Nem devemos ter medo de apontar o dedo aos investimentos noutras ilhas, pois somos contribuintes da mesma região e não duma ilha só. Por exemplo, é legítimo criticarmos os investimentos de dezenas de milhões de euros em cultura em São Miguel, quais cerejas em cima do bolo de desenvolvimento e riqueza, quando no Faial se fecham fábricas e fecham serviços… E, principalmente, não podemos deixar de denunciar que se tenha resolvido de forma distinta o mesmo setor de investimento, isto é, que para o mesmo problema as soluções sejam diferentes de ilha para ilha, parecendo que os faialenses são açorianos de segunda. Certo é que quem teve competências reivindicativas e executivas ao nível político no Faial e não o conseguiu desenvolver no tempo das vacas gordas dificilmente o conseguirá nestes tempos difíceis… Novos ventos, nova esperança, novas oportunidades e novos protagonistas são necessários, para que se crie confiança para manter e fazer crescer e desenvolver o Faial. frgvg@hotmail.com

Programa “Manhãs de Sábado” - 15 anos regina meireles

C

PrePArAção: Cortar a cebola em meias luas, refogar as mesmas com alho e louro e com o azeite mencionado. Juntar a posta de bacalhau, já sem espinhas. Cortar as batatas às rodelas de 1cm aproximadamente, previamente cozidas. Cortar o pão dividido em quatro fatias e frito com pimenta preta. Preparar azeitonas sem caroço e salsa bem picada. A apresentação do cozinhado fica ao critério do leitor. Páscoa Feliz açoriana; as lapas, a albacora assada no forno, etc., etc.. É uma ementa muito vasta e rica a dos Açores, que tem uma vantagem a ser explorada: a de apresentar, quanto possível, peixe verdadeiramente fresco. E o Caldo de Peixe proposto é na verdade um excelente prato…

omo já foi referido o Programa Manhãs de Sábado festeja hoje o seu décimo quinto e último aniversário. A vida traz-nos muitas surpresas. Umas boas, outras menos boas. Este é, para toda a equipa, um acontecimento que obviamente nos deixa muito tristes, porque tudo o que se faz com amor e muita dedicação, quando acaba deixa inevitavelmente uma imensa saudade, um enorme vazio. Às vezes, pensando para mim mesma, reflicto sobre o meu atrevimento, ao aceitar - e já lá vão 15 anos que recebi o convite do Mário Jorge Pacheco - colaborar num programa de tamanha audiência sem possuir nenhuma formação específica em comunicação. Senti nessa altura que tinha recebido uma missão de colaborar na divulgação da minha ilha, tão silenciada, e de lhe dar voz em cada uma das manhãs de sábado. Hoje sinto que a modéstia das minhas participações semanais, valeu a pena…. Todo esse atrevimento valeu pela alegria que hoje sinto de ter dado voz a centenas de florentinos e de ter dado efectivamente a conhecer melhor a minha terra. Procurei sempre que a presença das Flores no programa fosse dentro do possível diversificada, introduzindo a presença, ora de crianças, ora de adultos, dando voz aos residentes e ao mesmo tempo aos ausentes com ligação à Ilha, destacando os eventos que por cá aconteciam, publicitando-os, encorajando-os, sempre pela positiva, sem lamentos nem politiquices, pois para isso haveriam de certeza outros protagonistas…. Escrevi muitas crónicas sobre os acontecimentos que iam surgindo ao longo da semana. Foram muitas as personalidades e entidades convidadas a participar nestes 15 anos. Olhando os meus apontamentos, cada vez mais me convenço de que esta Ilha das Flores na sua pequenez, está cheia

de Grandes Pessoas que muito Lhe deram e irão dar ainda. Na História dos Açores haverá sempre páginas escritas por florentinos afoitos, inteligentes, aventureiros, artistas, músicos e sábios à sua maneira…homens simples, diferentes que engrandecem o povo açoriano. A primeira criança que entrevistei, já terminou o curso de medicina. Como o tempo passou! Dos menos jovens que por cá passaram recebemos lições, experiências de vida, ensinamentos de muita utilidade e o seu exemplo, que há-de ser sempre a nossa referência…. Divulgamos a música e a cultura açoriana, dando a escutar a todos, as “toadas” melancólicas das Flores e, as suas tradições. como o TemPo voA….!!!! Os nossos filhos brincavam ao nosso lado enquanto ouviam as manhãs de sábado e hoje já quase todos terminaram os seus cursos, e até o Mário Jorge já vai ser avô…. Durante dez anos, o programa foi feito em directo das Flores, por altura da festa do Emigrante, e divulgamos todas as festas profanas e religiosas da ilha, e todos os acontecimentos mais importantes. Com emoção, vi desembarcar no cais das Lajes centenas de ouvintes nossos, à procura das maravilhosas paisagens das Flores, que em cada manhã de sábado eu apregoava com grande paixão Também noticiei acontecimentos tristes como por exemplo o acidente da Sata e as cheias na Fajãzinha. As “Manhãs de sábado” foram de facto um espaço de presença nos acontecimentos – bons e maus. Foram sempre momentos de partilha da notícia, do destaque, dos afectos, da presença, um encurtar de distância, um minorar de solidão, um “bater de asa” para além do horizonte – de cá para lá e de lá para cá…. Em nenhum outro momento de rádio se conseguiram ainda, esses círculos maravilhosos de presenças dos quatro cantos do

mundo, sempre nesse elo de saudade, de entrega e devoção quase mística, mas real, da Verdadeira açorianidade. Sente-se que quando alguém está no ar, todos os restantes estão à sua volta, e o circulo repete-se quando o outro fala…desenhando-se cada sábado uma rosácea única, onde lá dentro, de forma indelével e inexplicável, estamos todos nós… O tempo passou, deixando marcas pela falta e pela saudade dos amigos e dos nossos familiares que partiram, pela doença que fomos ultrapassando, pelos constrangimentos que fomos vencendo…. Mas “Querer é poder”. Vencemos a barreira do tempo e cá estamos hoje, todos, graças a Deus, a celebrar com consciência do dever cumprido, essas largas centenas de manhãs que invadiram as casas dos açorianos de companhia e amizade. Nestes 15 anos ganhamos um sem número de amigos, e ouvintes maravilhosos, a quem devemos muitas, muitas alegrias. Fomos recebidos em todas as ilhas com muito amor. Tive o privilégio de fazer o programa também a partir da nova Inglaterra, Califórnia e Brasil. Aproximamos as nossas ilhas pela via da amizade, da alegria, da música e também a nossa diáspora esteve sempre representada, através dos nossos amigos e colaboradores, Paulo Caminha, do Brasil; Avelino Teixeira, do Canadá e Euclides Álvares, da Califórnia. Este programa, que foi, do povo e para o povo, um veículo incomparável da cultura açoriana, teve a paternidade do Mário Jorge Pacheco, que na lonjura dos tempos, nas recordações das pessoas e na História da Rádio dos Açores só a ele pertencerão. O Mário e o seu programa marcaram uma época e um estilo e vai ficar para sempre ligado à história da RDP e no coração de todos os ouvintes. O segredo da longevidade de qualquer projecto passa essencialmente pelo amor com que as tarefas são realizadas e pela

amizade que une as pessoas que as levam a cabo. Foi o que aconteceu ao longo destes anos de programa e que vai continuar para além do programa. A amizade verdadeira é como o ouro, nunca deixa de brilhar. Obrigada Mário pela oportunidade que me deste para divulgar a minha ilha e as suas gentes durante estes quinze anos. Obrigada pela tua amizade verdadeira e da tua família. Obrigada em nome de todos os Florentinos que sempre te receberam de braços abertos e querem continuar a ver-te por aqui, de calções, boné e máquina fotográfica, que é a tua imagem de marca. Um grande abraço para ti, para o João Almeida, para o José Joaquim, hoje na vossa companhia, para todos os restantes colaboradores, os que permaneceram até hoje e os que deram o melhor de si, ao programa e às suas ilhas, e que por razões diversas deixaram de colaborar, mantendo porém a amizade que une toda esta equipa. A nossa gratidão para todos os dirigentes e funcionários da RDP. Para os que estão no activo e para os que já estão reformados. Um obrigada muito especial para os técnicos que asseguraram todas as nossas emissões, e a quem devemos muitas horas de trabalho e de dedicação. Ao Jorge Santos e ao João Almeida, que trabalharam mais assiduamente connosco a nossa imensa gratidão pelo muito que nos aturaram e nos ensinaram. Um abraço também para todas as pessoas que estão a assistir e a participar no aniversário das nossas manhãs, transmitido em directo do mercado da Graça. Para os nossos queridos ouvintes quero enviar um beijinho cheio de carinho e de gratidão. Vocês são maravilhosos e moram no meu coração. Para todos muitas felicidades, muitas flores das Flores e um até sempre desta vossa amiga que vos adora. Flores, 19 de Fevereiro de 2011


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NoTícIAs

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viagens a lisboa inflacionadas em 56 euros

comunicação Social

Jovens trabalhadores poderão ser fixados g O Governo dos Açores anunciou a criação de um programa de apoio à fixação de jovens trabalhadores no sector da comunicação social privada da Região. Segundo revelou o Secretário Regional da Presidência, este programa consiste num apoio directo no valor de 3.500 euros “por cada contratação sem termo de jovens (até 35 anos) licenciados ou com curso profissional na área da comunicação social, até um máximo de 20% do total de trabalhadores (para empresas com quadros de pessoal acima de cinco trabalhadores).” Com esta iniciativa o Governo pretende “estimular a contratação de jo-

vens qualificados os quadros de pessoal das empresas de comunicação social, contribuindo para a sua melhoria”. Foram ainda aprovadas alterações ao II Programa Regional de Apoio à Comunicação Social Privada — PROMEDIA II para o quadriénio 2009/2012. As modificações introduzidas visam “fazer face às dificuldades sentidas pelos órgãos de comunicação social privados na Região, particularmente por via da exposição deste sector à situação económica dos demais sectores de actividade, nomeadamente no que diz respeito às receitas publicitárias”. Entre outras alterações, André

Tribuna das Ilhas

Bradford indicou que “será agilizado o pagamento dos apoios à difusão, que passarão a poder ser objecto de adiantamento mensal, com base no histórico do ano anterior”, ao mesmo tempo se acentuará “a flexibilização e desburocratização do sistema de concessão de apoios”. Por via de Resolução, o Governo decidiu também na sua última reunião que a aplicação das normas de redução remuneratória das empresas públicas regionais a que se refere o Orçamento do Estado para 2011 “abranja todo o pessoal que nele preste serviço e que aufira uma remuneração total ilíquida superior a 2.000 euros”.

g A taxa de combustível subiu esta semana 18 euros nos voos entre os Açores e o continente. Quer na Tap quer da Sata Internacional a taxa passa de 38 para 56 euros. A partir de agora os açorianos vão pagar mais 18 euros numa viagem de ida e volta, mas se recuarmos até 2010, damos conta que a taxa de combustível já custou menos 30 euros. No segundo trimestre de 2010 a taxa de combustível nos voos da TAP e da SATA Internacional era de 26 euros numa viagem de ida e volta aos Açores. O valor final da viagem fixava-se nos 251,50€. A partir de agora passa a custar 281 euros e 50 cêntimos, a taxa de combustí-

vel é de 56 euros. Entre outras alterações, André Bradford indicou que “será agilizado o pagamento dos apoios à difusão, que passarão a poder ser objecto de adiantamento mensal, com base no histórico do ano anterior”, ao mesmo tempo se acentuará “a flexibilização e desburocratização do sistema de concessão de apoios”. Por via de Resolução, o Governo decidiu também na sua última reunião que a aplicação das normas de redução remuneratória das empresas públicas regionais a que se refere o Orçamento do Estado para 2011 “abranja todo o pessoal que nele preste serviço e que aufira uma remuneração total ilíquida superior a 2.000 €”.

esPAço de ProXImIdAde A PolícIA Ao servIço dos cIdAdãos P P

SEMANA SANTA – PÁSCOA

Na vida quotidiana de todos nós, há ciclos que se repetem. Relativamente a certas actividades, datas e efemérides, estas não são excepção, eventualmente os procedio o mentos técnicos e administrativos a tomar pelos seus organizadores/promotores com l l vista à sua execução poder-se-ão afirmar igualmente de cariz cíclico. No entanto por motivos vários tais como alterações legislativas ou mudança de corpos sociais das í í colectividades, no que se refere a procedimentos administrativos, a P.S.P. detecta e é confrontada ocasionalmente com algumas irregularidades processuais, motivo pelo c c que se relembra/elencam alguns pressupostos essenciais à promoção de eventos assertivos e mais seguros para os automobilistas e população em geral.

I I

 No que se refere à execução das tradicionais procissões do Sr. Morto e Páscoa, relem-

A A bra-se que os promotores devem cumprir integralmente o preceituado no Dec.Reg.

d d e e

s s e e G G U U r r A A N N ç ç A A

2-A/2005 de 24MAR (realização de evento sem licenciamento prévio – Coima de 700 a 3 500€)  Iluminação de cortejos e formações organizadas (art.º 102ª do Código da Estrada Sempre que transitem na faixa de rodagem desde o anoitecer ao amanhecer e sempre que as condições de visibilidade o aconselham, os cortejos e formações organizadas devem assinalar a sua presença com, pelo menos, uma luz branca dirigida para a frente e uma luz vermelha dirigida para a retaguarda, ambas do lado esquerdo do cortejo ou formação, bem como, através da utilização de, pelo menos, dois coletes retrorrefletores, um no inicio e outro no fim da formação (coima de 30 a 150€)  VELOCIDADE – O condutor deve regular a velocidade de modo que, atendendo às características e estado da via e do veículo, à carga transportada, às condições meteorológicas ou ambientais, à intensidade do trânsito e a quaisquer outras circunstâncias relevantes (ex. Procissões), possa em condições de segurança , executar as manobras cuja necessidade seja de prever e, especialmente, fazer parar o veículo no espaço livre e visível à sua frente. (Artº 24ºª do Código da Estrada – Coima – 120 a 600€ e Inibição de Conduzir de 1 a 12 meses)

Lembre-se que: Em qualquer estrada que circule nunca está sozinho, pois existe sempre “ALGUÉM” seja moderado e responsável.

A P.s.P. deseJA à PoPUlAção em GerAl UmA “sANTA PÁscoA” Esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.S.P. da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt contactos: Telefone – 292208510 – Fax - 292208511

ProGrAmA INTeGrAdo de PolIcIAmeNTo de ProXImIdAde


deSporTo

Tribuna das Ilhas

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voleibol marla Pinheiro g Disputou-se no passado domingo a última jornada do Campeonato Nacional de Voleibol em Seniores Masculinos – II Divisão/Zona Açores. A Associação Desportiva e Cultural dos Bombeiros da Horta venceu o F.C. Calheta, e confirmou o segundo lugar no pódio da competição, com os pupilos de Daniel Reis a sagrarem-se vice-campeões dos Açores. O título foi para o Praiense, enquanto que os atletas do Ribeirense classificaram-se na segunda posição. Em conversa com o TRIBUNA DAS LHAS I , Daniel Reis, treinador dos seniores dos Bombeiros, disse estar satisfeito com os resultados obtidos na presente época, uma vez que o principal objectivo, a manutenção na II Divisão, foi alcançado: “atingimos a manutenção mas ficámos sempre à espreita do campeonato”, confessou, deveras orgulhoso da prata da sua equipa: “nunca ficámos tão bem classificados”, lembra. Para Daniel, o elevado investimento feito na presente época, nomeadamente do que diz respeito à contratação de dois atletas brasileiros ao Santos, foi com-

bombeiros vice-campeões dos açores pensado com estes resultados. Sobre a hipótese de Jeferson e Ângelo continuarem ao serviço dos Bombeiros na próxima época, Daniel diz ser ainda cedo para fazer previsões, uma vez que o objectivo da passagem destes atletas pela equipa faialense era, acima de tudo, despertar a atenção de clubes europeus a actuar na primeira liga. Se isso acontecer, os atletas deverão partir para voos mais altos. No início da época os Bombeiros anunciaram a contratação do treinador brasileiro Ramires, vindo do Santos. No entanto, a disponibilidade do técnico acabou por só se confirmar a partir de Janeiro, altura em que o campeonato já ia a meio, pelo que a vinda de Ramires para o Faial acabou por não se concretizar. Daniel lamenta esta situação, no entanto o facto da manutenção ter sido assegurada desvaloriza esta questão. Agora, é altura de preparar a próxima época, que arranca em Novembro. A acumular as funções de treinador e presidente do clube, Daniel Reis diz sentirse “bastante cansado” de todo o trabal-

sUsANA GArcIA

dANIel reIs o treinador dos Bombeiros quer ver mais pessoas envolvidas neste projecto

3º Prova da taça terMOfaial xc g A muita lama foi a imagem de marca da 3.ª prova da Taça TERMOFAIAL XC, que dificultou a já muito dura prova na Quinta de São Lourenço. Com um percurso de cerca de 2900 metros por volta, para os 38 ciclistas da competição, que tiveram de dar várias voltas ao percurso consoante o seu escalão. Apesar do tempo encoberto e da ameaça de chuva muito foi o público que se deslocou à Quinta de São Lourenço, para assistir à destreza dos ciclistas ou em alguns casos para assistir a uma eventual queda. No final o cansaço era proporcional à boa disposição de todos. Mas a tarde de domingo começou com a prova para os escalões de formação, crianças dos 7 aos 12 anos, num percurso com 460 metros, uma

dr

flamengos espreita a liderança a competição, com 10 pontos, seguido do Flamengos, com 9. O Fayal é terceiro, com 7, enquanto Cedrense e Feteira têm 4 pontos, com a equipa dos Cedros a ter no entanto menos um jogo disputado. A sétima jornada joga-se domingo, e opõe Fayal e Lajense na Alagoa, enquanto o Flamengos joga nos Cedros.

fuTSal – campeonaTo afH prova sempre acompanhada pelos muitos pais presentes, a dar um colorido especial ao evento. A Taça TERMOFAIAL XC conti-

nua no próximo dia 1 de Maio, no Parque do Cabouco, esta que será a 4.ª e penúltima prova da Taça TERMOFAIAL XC.

No grupo de bronze obteve o 10º lugar. A prova foi organizada pelo Club Maritimo San Antonio de la Playa e rea-

lizou-se de 04 a 09 de Abril. As regatas, na classe Laser contaram com cerca de 132 velejadores em representação de 36 países.

andebol – campeonaTo nacional

Sporting da horta volta às vitórias g Depois do desaire no primeiro jogo da fase final do Campeonato Nacional de Andebol, de onde saiu derrotado pelo São Bernardo, o Sporting da Horta voltou às vitórias na quarta-feira, ao receber e vencer o Belenenses por 35-31. Os pupilos de Filipe Duque seguem no

fuTebol – Taça afH

g No passado fim-de-semana o Flamengos recebeu o Fayal Sport no Vale, em jogo a contar para a Taça da Associação de Futebol da Horta. Os azuis conseguiram superar os campeões faialenses e venceram o jogo por 1-0. No Pico, o Lajense goleou o Desportivo da Feteira por 4-0. Neste momento, o Lajense lidera

rui Silveira no 42º troféu Princesa Sofia g O velejador do Clube Naval da Horta, Rui Silveira, obteve a 95ª posição na geral no 42º Troféu Princesa Sofia em Palma de Maiorca, classe Laser.

ho. Falta-lhe cumprir um ano de mandato na direcção, após o qual não se pretende recandidatar. Por isso, é com preocupação que encara o que entende ser a “falta de recursos humanos” do clube, no que diz respeito a dirigentes e quadros técnicos. Para o treinador, seria importante eu mais pessoas se agregassem em volta da Associação Desportiva e Cultural dos Bombeiros Faialenses. Ainda em jeito de balanço da época recentemente concluída, Daniel salienta a importância dos patrocinadores. Com a actual crise económica, receia que os empresários que têm auxiliado o clube passem a ser cada vez menos, o que se revela uma preocupação para a próxima época até porque, sem estes apoios, as dificuldades multiplicam-se, como garante o dirigente: “esta época temos de agradecer muito o apoio da Doce Delícia e do Avozinha, que enquanto nossos patrocinadores foram um auxílio precioso. Sem eles teria sido mais difícil fazer face a todas as despesas”, considera.

segundo posto classificativo do Grupo B, atrás precisamente do Belenenses, com dois pontos de diferença mas com um jogo a menos. O São Bernardo é terceiro, seguido do Xico Andebol e do São Mamede, último classificado, e adversário dos faia-

lenses amanhã. No grupo A, o Porto continua a liderar, depois de ter derrotado o Águas Santas por um expressivo resultado de 43-22. Seguem-se-lhe o Madeira SAD e o Benfica. O ABC é neste momento o quarto classificado, seguido do Sporting, enquanto que o Águas Santas ocupa o último posto da tabela.

Última jornada joga-se sábado g No passado sábado o Atlético venceu o Flamengos por 2-5, em jogo a contar para o campeonato de futsal da Associação de Futebol da Horta.

A última jornada da competição joga-se este sábado, no entanto não trará novidades. O Fayal Sport, equipa que já se sagrou campeã do Faial, recebe o Atlético.

King

Mário Dutra na liderança g Desta feita, Ruben Oliveira foi o vencedor da noite, partilhando o pódio com João Garcia, em segundo lugar, e Lúcia Serpa, em terceiro. Nas contas da geral, Mário Dutra

segue na liderança, com Carlos Vilela no encalço. Ruben Oliveira ocupa o terceiro lugar da tabela. A 12.ª jornada joga-se na próxima segunda-feira, dia 18.

clube naval da horta campeão regional de 420 g Os velejadores do Clube Naval da Horta, Nuno Silva e Alexandra Gonçalves sagraram-se Campeões Regionais da classe 420. A obtenção do título aconteceu após a

realização da 5ª Prova do Campeonato Regional Júnior que decorreu na Baía do porto de Ponta Delgada, Ilha de São Miguel. A 5ª PCR realizou-se no passado fim-de-semana, 09 e 10 de Abril.


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opinião

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Tribuna das Ilhas

reforçar a aposta no emprego jovem Berto messias

O

emprego, com especial incidência no emprego jovem, é uma área de grande centralidade à qual damos grande importância. Em virtude de uma crise económica e financeira global, o desemprego tem apresentado taxas crescentes, nos últimos anos, na generalidade dos países europeus, assumindo-se como um dos aspectos mais visíveis da actual conjuntura, com reflexos sociais complexos. Esta situação atingiu também Portugal, economia de referência da Região Autónoma dos Açores, tendo o país apresentado, no ano de 2010, uma taxa de desemprego média de 10,8 % e de 11,1 % no 4º Trimestre do mesmo ano. Nos Açores, o desemprego abrange 6,9% por cento da população activa. É

a Região do país com a mais baixa taxa de desemprego e uma das mais baixas da União Europeia, cujo valor médio é 9,6%. Mas esse facto, sendo um importante indicador, não pode provocar comodismo na nossa acção política e no reforço e promoção de políticas de fomento ao emprego. Nesta matéria, é devida uma atenção especial aos jovens. Quer pela sua caracterização social, quer pelos processos de desenvolvimento, de integração e de transição para a chamada vida activa que tem de enfrentar e num quadro de fortes constrangimentos externos, a faixa etária da Juventude depara-se com mais fragilidades. A Região tem desenvolvido vários instrumentos de fomento ao emprego jovem e à transição para a vida activa. Os programas Estagiar, o programa de reconversão de licenciados para áreas

de maior empregabilidade L+, os programas Reactivar e Valorizar, a aposta no ensino profissional em áreas condicentes com as necessidades do mercado de trabalho ou os sistemas de incentivo para empresários e jovens empresários como o SIDER e o EMPREENDE JOVEM constituem um manancial considerável de apoios à criação de emprego. Apesar das dificuldades, sabemos hoje que, comparando a nossa situação com as nossas economias de referência, os resultados são animadores. A taxa de incidência do desemprego jovem é de 57 jovens desempregados por cada 1000 jovens no continente, 80 jovens desempregados por cada 1000 jovens na Madeira e 36 jovens desempregados por cada 1000 nos Açores. Os problemas dos outros não nos satisfazem, mas estes indicadores mostram-nos que o esforço para amenizar

os impactos negativos da conjuntura externa desfavorável têm surtido efeito. Mas é possível ir mais longe. É, por isso, que o Grupo Parlamentar do PS apresentou, no Parlamento Regional, uma proposta para que os serviços públicos de emprego consigam dar uma resposta aos jovens desempregados no prazo médio de 50 dias. Essa resposta deve ser o encaminhamento para uma oferta de emprego ou para uma alternativa formativa que vise o aumento da escolaridade ou de competências que aumentem a empregabilidade do jovem em causa, para um processo de balanço e certificação de competências no âmbito da Rede VALORIZAR ou no encaminhamento para um Plano Pessoal de Emprego. Além disso, propusemos a criação de uma plataforma digital única que congregue todas as informações sobre

mar açoriano

Goraz & companhia Genuíno madruga

O

forte aumento do esforço de pesca que aconteceu no Mar dos Açores, nos últimos anos, por um lado fruto da reconversão da frota artesanal e por outro com a vinda para Região de embarcações de grande porte, devidamente licenciadas pelo Governo, contribuíram para a quase exaustão dos stocks de algumas das espécies piscícolas outrora abundantes, como seja o Goraz, Boca Negra, Imperador, Alfonzin, Cherne, Pargo. Tais espécies encontram-se, noutras paragens, practicamente dizimadas e se actualmente os preços que lá fora se paga são bastante altos, deve-se ao facto de a procura ser superior à oferta. A quase inexistência de plataformas nos Açores faz com que a maioria destas valiosas espécies que pescamos não encontrem as condições necessárias para o seu desenvolvimento. No caso específico do Goraz, nos meses de Janeiro a Maio procuram água baixa para desova, normalmente junto à costa ou nos locais mais baixos dos bancos submarinos, afastando-se posteriormente para águas mais profundas, no máximo até os 550 metros. Com as novas técnicas de pesca, bem como com os equipamentos de ajuda à navegação e de detecção agora exis-

tentes esta espécie é pescada durante todo o ano, em todo seu ciclo de vida sem a menor protecção. Com a introdução na Região de quotas de pesca para o Goraz, Alfonzin e Imperador procurou-se inverter a situação de sobre exploração em que se encontravam (e encontram) estas espécies. À Região foram atribuídas anualmente, pela União Européia, 1.116 ton de Goraz, que por seu lado o Governo e as organizações do Sector dividiram por Ilhas e embarcações. Esperava-se, assim, no mínimo, que os stocks destes preciosos recursos ficassem salvaguardados, de modo a permitirem a sua conveniente e sustentável exploração. Tal não tem vindo a acontecer! De referir ainda, porque se trata da maior relevância, a interdição a todo o tipo de pesca no Banco Condor, sendo que os dados científicos já divulgados apontam para uma possível recuperação a médio longo prazo das espécies que no passado ali eram abundantes, não se sabendo exactamente por mais quantos anos o Banco Condor continuará encerrado à actividade da pesca. Esperamos que a experiência do Condor se implemente noutras localidades do Arquipélago, nomeadamente no Grupo Oriental. O Goraz e espécies que vivem associadas, pescadas quase sempre com os mesmos aparelhos, cujo habitat é o nosso Mar, o Mar dos Açores, seja uma mais valia e uma importante riqueza para os nossos pescadores e que o

todos os mecanismos públicos de apoio de apoio ao emprego jovem, quer no âmbito de apoio e encaminhamento de jovens desempregados, quer no âmbito dos mecanismos disponíveis de apoio à criação do próprio emprego e de apoio a jovens empresários. Paralelamente, o Grupo Parlamentar do PS pretende a divulgação anual das entidades com maior taxa de integração de estagiários e instituição de um prémio de boas práticas empresariais para fomentar a integração dos jovens estagiários. Em suma, queremos que os jovens façam parte da solução do emprego nos Açores, através de medidas que facilitem o seu acesso ao mercado de trabalho e à formação. Esta é geração melhor qualificada de sempre nos Açores. Esta é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada.

quanto mais pobres… melhor! m. Patrão Neves

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Governo assuma, como lhe cabe, a defesa daquilo que é nosso. Como é possível impor quotas de pesca e outras medidas restritivas aos pequenos armadores da Região e ao mesmo tempo permitir que embarcações de grande porte,

com companhas exteriores à Região, que nos levam o peixe e o dinheiro, continuem a delapidar um recurso que nos pertence? www.genuinomadruga.com 29/03/2011

sta semana, a “boa noticia” nos Açores é a de que continuamos suficientemente pobres para permanecermos no Objectivo um dos Fundos Estruturais, destinado à recuperação das regiões com atrasos de desenvolvimento! É verdade que, no ano de 2009, o nosso PIB per capita alcançou os 77%, ultrapassando a fronteira dos 75% que separa as regiões do Objectivo um e do Objectivo dois, este destinado à reconversão socioeconómica de zonas industriais, urbanas, rurais ou dependentes da pesca. É verdade que a passagem ao Objectivo 2, isto é, o aumento do PIB per capita nos Açores, equivaleria a uma redução no valor dos fundos disponibilizados à Região. Mas dizem que não nos devemos preocupar porque o valor que define o Objectivo em que cada região se inscreve resulta de uma média de três anos do PIB o que, felizmente, nos deixa então ainda abaixo dos 75%. Podemos pois ficar descansados: continuamos pobres!!! É verdade que será uma média de três anos a decidir o Objectivo relativo aos Fundos Estruturais em que os Açores se situarão; é verdade que, assim sendo, continuamos no primeiro nível, abaixo dos 75% da média do PIB europeu. Mas será isto motivo de regozijo?! Também é verdade que, apesar do valor de 77% alcançado em 2009, continuamos pobres, até porque este aumento do PIB per capita dos Açores não decorre de um corres-

pondente aumento da produção, mas apenas de uma menor diminuição de produção comparativamente às restantes regiões portuguesas. Assim, no ano de 2009 registámos uma diminuição de 0,3 em relação ao ano de 2008, quando a média da queda do PIB per capita em Portugal foi de 2,5. Foi uma mais acentuada diminuição do PIB das outras regiões que permitiu aos Açores alcançar o valor de 77%, sem que, todavia, tivesse aumentado a sua riqueza. Continuamos pobres! É ainda verdade que, em 1985, antes da nossa entrada para a União Europeia, o PIB médio per capita nos Açores era de 46% em relação à média europeia e o da Madeira era de 45%. Hoje, a Madeira atingiu um valor de 106% e nós, afinal, apenas de 77%. Continuamos pobres! O que me custa a compreender é o alívio, para não dizer mesmo satisfação, com que os responsáveis pela execução dos fundos tranquilizam os açorianos de que continuam pobres... Responderão: "mas a senhora quer que percamos valor nos fundos estruturais?" Ao que eu replicaria "a política a seguir é a de garantir que permaneçamos indefinidamente abaixo da média europeia, indefinidamente pobres?!" O diálogo torna-se tão esquizofrénico quanto a temática... A Comissão Europeia, porém, não pactuará com esta política. O seu último "non paper", documento não oficial sobre a matéria, anuncia "cláusulas pôr-do-sol" (sunset clausules) para regiões que sistematicamente permanecem aquém da média europeia, não obstante os fundos de que desde há muito vêm beneficiando, e que verão então esses fundos diminuir... 8.04.2011


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GréMiO LiTErÁriO ArTiSTA FAiALENSE

Jornal do Grémio TOdAS AS SEMANAS GrANdES SuCESSOS! - vamos eleger o rei e a rainha do Karaoke (Abertas inscrições no Grémio até ao dia 25 de Abril)

QUINTAs-FeIrAs - a partir das 21H00 aprenda a BAIlAr A chAmArrITA seXTAs FeIrAs - karoke,Baile e muitas surpresas com (sArAIvA)

dia 24 de Abril baile da Páscoa com a TurMA

dO rOdEO

em breve noite das anedotas com prémios A magia e o Teatro fazem parte do nosso programa de actividades

FAçA-se sócIo do GémIo ArTIsTA desFrUTe de GrANdes AleGrIAs sAlA dIsPoNível PArA FesTAs de FAmílIA 292 700 309/961 630 988 direcção

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ELMANO ALVES, LdA. viatUraS USaDaS Para venDa Marca / MODelO fOrD fieSta techno 1.25 – 3 Portas, ano: 2002 Gasolina; C/Ar Condicionado, D. Assistida, Vidros Eléctricos, Fecho Central Portas, Auto-Rádio com Leitor Cassete fOrD fieSta techno 1.25 3 Portas, ano: 2002 Gasolina; C/Ar Condicionado, D. Assistida, Vidros Eléctricos, Fecho Central Portas, Auto-Rádio com Leitor Cassete fOrD fieSta Ghia 5 P, ano: 2004 Gasolina; C/Ar Condicionado, D. Assistida, Vidros Eléctricos, Fecho Central Portas, Auto-Rádio com Leitor CD OPel cOrSa 5P, ano: 2004 Gasolina; D. Assistida, Vidros Eléctricos, Fecho Central Portas, AutoRádio com Leitor CD citrOen JUMPY 2.0hDi , ano: 2002 9 lugares; Gasóleo; C/Ar Condicionado, D. Assistida, Vidros Eléctricos, Fecho Central Portas, Auto Rádio com Leitor CD


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opinião

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florenTino que Se diSTinguiu

GUilherMe arMaS DO aMaral José Armas Trigueiro

N

asceu na vila de Santa Cruz das Flores, em data que não pudemos precisar, apesar das pesquisas que fizemos nos livros de registos de nascimento da freguesia existentes na Biblioteca Pública da Horta. Era filho de Laureano Armas do Amaral e de sua Exm.ª esposa, conforme se escreveu no “Jornal Português”, da Califórnia à margem identificado. Porque em 1938 já tinha quase 30 anos de prestações de serviço no Consulado de Portugal em San Francisco, na Califórnia, calculámos que tenha nascido aí por volta da década de 1880. Também não conseguimos obter a data nem o local do seu falecimento, mas terá sido depois de 1938. Sabe-se, contudo, que foi um distinto florentino. Depois de ter concluido o Ensino Primário, na sua terra natal, frequentou na cidade da Horta o ensino secundário, onde fez o respectivo exame «com distinção e muitos valores, tendo manifestado sempre um amor e uma predilecção descomunal pelos livros e pela literatura clássica», escreveu-se no jornal abaixo indicado (1). Pouco sabemos da sequência desses estudos, já que os elementos que dispomos dos seus registos biográficos são muito poucos. Em data que não pudemos precisar, sabemos que emigrou para os Estados Unidos da América. Também sabemos que seria tio do Dr. José Leal Armas, que me disse que, em criança, chegou a receber dele encomendas com brinquedos e doces. Em 1938 Guilherme Armas do Amaral era Vice-Cônsul de Portugal, em San Francisco, e integrou a Edição Especial do “Jornal Português”, comemorativa do 50.º aniversário (1888-1938), onde na página 4 consta a sua fotografia e um pequeno texto que sintetiza os seus elementos curriculares. Antecede uma foto-

A

A diversidade do património natural e arquitectónico da ilha Faial permitiu ao Parque Natural do Faial criar um conjunto de trilhos pedestres que permitem aos seus residentes e visitantes a contemplação destas paisagens únicas neste mundo contemporâneo. O Parque Natural do Faial engloba 13 zonas protegidas, sendo que 9 destas zonas são áreas terrestres que ocupam uma área total de 30 quilómetros quadrados, ou seja,18% da área terrestre da ilha, na qual se integra os 7 trilhos do Parque Natural (Perímetro da Caldeira, Levada, Capelo – Capelinhos, Subida ao Vulcão dos Capelinhos, Trilho dos 10 Vulcões, Descida à Caldeira e o Circuito do Monte da Guia). Estes trilhos pedestres fazem-se acompanhar de alguns pontos importantes de interpretação e contemplação, que permitem aos residentes e visitantes da ilha descobrir a biodiversidade oferecida por um património natural único em todo o mundo, de que são exemplos os centros de interpretação do Parque Natural e os Miradouros. Salienta-se que, os trilhos pedestres acima mencionados dispõem, ainda, de infra-estruturas que prestam auxílio aos seus visitantes, designadamen-

Secretário do consulado Português em San francisco e vice-cônsul de Portugal

grafia e uma comunicação escrita pelo Dr. Jordão Maurício Henriques, Cônsul de Portugal, em San Francisco, nessa ocasião (2). Daquele texto respigamos os seguintes excertos, que dão uma ideia das suas características biográficas: «Bem queríamos, como merece, traçar aqui uns dados biográficos dum vulto que, pela sua ilustração e nobreza de carácter ocupa hoje um lugar de destaque entre a Colónia Portuguesa da Califórnia, e exerce as funções que a poucos é dado exercer num país estranho. Vamos, porém, em resumidas palavras dizer algo dum cavalheiro, que, com suas qualidades peregrinas, temse sabido elevar entre os portugueses durante a sua longa permanência entre nós». «Guilherme Armas do Amaral, salvo os primeiros tempos da sua estada na Califórnia, tem exercido as funções de secretário do Consulado de Portugal em San Francisco, e, na sequência do respectivo funcionário consular, as de Cônsul. E tão bem desempenhou essas funções que mereceu do Governo Português a categoria de vice-cônsul. E durante o período de quase trinta anos, que ele se encontra ao serviço do Governo Português nunca houve uma única queixa, um único reclame, um único “reproche” contra o seu procedimento, sempre recto, exacto e cortês. E por isso soube grangear a estima não só duma parte da Colónia Portuguesa, mas sim de toda ela. E por isso também já reconheceu o Governo Português, que se não esqueceu de agradecer o Exm.º Sr. Vice-Consul Armas do Amaral». Depois de evidenciar a sua naturalidade e filiação, menciona que ele «Fez exame

da escola superior do Distrito da Horta, com distinção e muitos valores, tendo manifestado sempre um amor uma predilecção descomunal pelos livros e pela literatura clássica; e graças a essa feliz inclinação, os seus conhecimentos literários são vastos. Nos seus discursos numerosos, proferidos em todos os lugares que é chamado, bem o tem dado a entender, e a sua linguagem, dum português puro e rendilhado das mais belas figuras de retórica, encanta e extasia os seus ouvintes». A este propósito, recorda-se que Felix Martins Trigueiro, natural da Fazenda das Lajes das Flores, emigrado na Califórnia desde os últimos anos do século XIX, onde foi banqueiro e bancário do Portuguese Bank, em San Francisco, com as funções de encarregado da caixa forte, chegou também a exercer o cargo de Vice-Cônsul do Consulado Português nessa bonita cidade do Pacífico, em regime de substituição(3). Outros florentinos também exerceram nos Estados Unidos da América o cargo de Vice-Cônsul de Portugal, na última metade do século XIX, nomeadamente: Manuel Borges de Freitas Henriques (1826-1873), natural de Santa Cruz das Flores, na cidade de Bóston, aí por volta da década de 1870; o Visconde do Vale da Costa (Lajedo das Flores), isto é, Manuel Pedro Furtado de Almeida (1845-1???), nascido na freguesia de Ponta Delgada das Flores, no mesmo Consulado da cidade de Boston, por volta da década de 1890 (4). Por se tratar de cargos de escolhas governamentais, sabemos que eram exigíveis aos titulares vários elementos essenciais, tais como: instrução mínima, honestidade e inteligência, e um cordial e interessado relacionamento com as comunidades que serviam.

dr

Guilherme Armas do Amaral Natural de santa cruz das Flores emigrou para os eUA onde desempenhou as funções de secretário do consulado Português em san Francisco e vice-cônsul de Portugal (1).“Jornal Português”, Número Especial (do 50.º Aniversário) 1888-1938, p.4, editado em Oakland, Califórnia, de Pedro Laureano Claudino da Silveira. Nas investigações que fizemos nos Registos de Nascimento de Santa Cruz das Flores não encontrámos o nome de Guilherme filho de Laureano, embora de saiba que neles existem algumas omissões. (2). “Jornal Português”, Número Especial (do 50.º Aniversário) 1888-1938, p. 4, editado em

Oakland, Califórnia, de Pedro Laureano Claudino da Silveira. (3).“Jornal Português”, Número Especial (do 50.º Aniversário) 1888-1938, 29, editado em Oakland, Califórnia, de Pedro Laureano Claudino da Silveira; Trigueiro, José Arlindo Armas “Florentinos que se Distinguiram”, 2004, p.112, ed. da Câmara Municipal das Lajes das Flores. (4). Trigueiro, José Arlindo Armas, “Florentinos que se Distinguiram”, (2004), 1826-1873, pp. 69-

73, ed. da Câmara Municipal das Lajes das Flores e “O Lajedo das Flores e as Suas Gentes”, (2010), pp. 111-115, ed. da Junta de Freguesia do Lajedo.

conhecer o Parque natural do faial a Pé dr

te a Casa do Parque e a Casa do Cantoneiro. A Descida à Caldeira é, sem dúvida, um dos mais majestosos trilhos pedestres do Parque Natural do Faial, pois ao caminhar através do mesmo é como efectuar uma viagem à origem da ilha do Faial. Assim, numa descida de cerca 400 m, encontramos a vegetação que cobria a ilha antes do seu povoamento, a copiosa exuberância da Laurissilva húmida, sendo seguro dizer que, em termos botânicos, caminhará num

local parado no tempo e onde a presença do homem pouco se fez sentir. Este trilho inicia-se no miradouro da Caldeira onde o visitante poderá obter uma vista sobre toda a área deste vulcão com aproximadamente 330 hectares. Evidencia-se que o trilho é sempre realizado na presença de um Guia credenciado pelo Parque Natural do Faial, e mediante marcação prévia. Todavia, se o visitante não pretender efectuar a descida à Caldeira, também, poderá realizar o trilho do perímetro da Caldeira, ao longo do

qual, e se as condições climatéricas o permitirem, poderá desfrutar de uma exuberante paisagem sobre toda a ilha. O percurso do perímetro da Caldeira apresenta uma extensão de aproximadamente 7 km, com início, igualmente, no miradouro da Caldeira. O Trilho Pedestre da Levada é outro interessante percurso pedestre, em termos de flora e fauna, recentemente, requalificado pelo Governo Regional dos Açores, através, da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar em parceria com a Empresa de Electricidade e Gás (EEG) do grupo EDA. Este percurso com início na estrada secundária de bagacina, apresenta uma extensão de aproximadamente 3 km. Ao longo de todo o trilho é possível observar a flora Laurissilva, e, ainda, contemplar o antigo escoamento lávico da erupção de 1672, mais conhecido por “Mistérios do Capelo”. Na continuação desta direcção oeste da ilha do Faial, o visitante poderá realizar, também, o trilho Capelo-Capelinhos com início junto do Parque Florestal, nas Trupes do Capelo

que se estende por 6,4 km e percorre alguns dos principais cones vulcânicos responsáveis pela formação da península do Capelo, com especial relevo para o Cabeço do Fogo, onde ocorreu a primeira erupção histórica datada de 1672. O visitante termina este percurso junto ao Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos. Após a visitação deste Centro de Interpretação o Parque Natural apresenta o percurso Subida ao Vulcão dos Capelinhos. Este, último, trilho possui uma extensão de 3,2 km ao longo do qual poderá ser observada a paisagem mais recente de Portugal e única no panorama internacional. O Trilho dos 10 Vulcões é outro percurso pedestre implementado pelo Parque Natural do Faial que decidiu organizar, para os mais ousados, um percurso mais extenso, o qual associa vários segmentos dos trilhos, anteriormente, referidos. Assim, o visitante tem ao seu dispor, a oportunidade de efectuar uma caminhada com cerca de 27 km. Parque Natural do Faial


informação

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NossA GeNTe

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UTIlIdAdes

15

reSTauranTe e SnacK-bar areeiro • capelo • Telf. 292 945 204 • Tlm. 969 075 947

PArTIrAm

FArmÁcIAs

l No passado dia 28 de Março, faleceu em sua casa na freguesia do Capelo sítio do Norte Pequeno de onde era natural, Filomena Emília de 88 anos de idade. A extinta deixa de luto seu esposo José Inácio e seus filhos, José Humberto Dutra, casado com Idalina Garcia Peixoto, Líduino Augusto Dutra, casado com Gabi Dutra, residentes em São Miguel e Maria Dutra da Silva, já falecida. Deixa ainda nove netos. l Faleceu no Hospital da Horta com 81 anos de idade Jonh Battista Ricci, natural dos Estados Unidos da América e residente na freguesia dos Cedros. Deixa viúva Otília Sousa e era pai de Yolanda Ricci e de Marie Ricci.

AGeNdA cINemA

hoJe e AmANhã 21H30- Filme - “hereafter - outra vida” no Teatro Faialense - Hortaludus domINGo 17H00- Filme - “entrelaçados” no Teatro Faialense - Hortaludus

hoJe e AmANhã Farmácia Lecoq 292 200 054 de 10 A 23 de ABrIl Farmácia Correa 292 292 968 emerGêNcIAs -FAIAl i h p o ~ m i i

Número Nacional de Socorro 112 Bombeiros Voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 912 354 130 Protecção Civil - 295401400/01 Linha de Saúde Pública 808211311 Centro de Saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000

emeNTA PArA domINGo

cAçoIlA de Porco esPeTAdAs de cArNe Porco esPeTAdAs de PeIXe e cAmArão PeIXe e cArNe vArIAdA AceitAm-se ReseRvAs

TrANsPorTes - FAIAl jSATA - 292 202 310 - 292 292 290 Loja jTAP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da Ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380

servImos reFeIções PArA ForA

N o s NAcK

e PrATo do dIA

descanso semanal: Terça-feira

meTeoroloGIA

TEMOS SEMPrE BOM PEixE

eveNTos ATé 29 de ABrIl 2011 09h00 às 17h00 - Exposição “Açores 1917/1918. cróNIcA de Um ANo AmerIcANo” na Biblioteca Pública A. R. J. J. G.. Organização da Direcção Regional da Cultura ATé 30 de ABrIl 2011 Exposição - evolUção “resPosTA A Um PlANeTA em mUdANçA”, no Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos. Organização do Governo dos Açores e Junta e Freguesia do Capelo ATé 18 de ABrIl 2011 Inscrições para a 2.ª Edição Workshop de Escultura “A Arte do Fogo Escultura em Cerâmica”, que terá lugar de 26 a 30 de Abril no Museu da Horta. Organização do Museu da Horta e Atelier Íris Horta PAdc - semANA dA FreGUesIA dA FeTeIrA hoJe 21h00 - Peça de TEATRO - Grupo Folclórico da Feteira (Soc. Filarmónica Lira e Progresso Feteirense) 22h15 - Peça de TEATRO Filarmónica Lira e Progresso Feteirense (Soc. Filarmónica Lira e Progresso Feteirense) AmANhã 15h00 - Prova de Setas (GDF) 15h00 - Tarde Infantil – Jogos tradicionais e gincana de bicicletas (GDF) 16h00 - Prova de BTT (GDF) 20h30 – Momento Cultural, a cargo

dos Idosos 21h30 - Haverá Chamarritas 22h00 - Baile com o Conjunto Musical Onda Jovem (Soc. Filarmónica Lira e Progresso Feteirense) domINGo 10h00 - Prova de Pesca Desportiva (até 12 anos) (Porto da Freguesia a Cargo do Escuteiros da Feteira) 13h00 - Entrega de Troféus e Convívio entre os participantes (Soc. Filarmónica Lira e Progresso Feteirense) Organização: J. F. da Feteira e CMH PAdc - semANA dA FreGUesIA dAs ANGÚsTIAs hoJe 19h00 - Fase final do Torneio de Copas (Sociedade Recreativa Pasteleirense) AmANhã 10h30 - Manhã Infantil - Jogos tradicionais, gincana de carrinhos de pedais (Parque Infantil das Angústias) 19h00 - Entrega de prémios e convívio entre os participantes (Soc. Filarmónica União Faialense) Organização: J. F. das Angústias e CMH AmANhã e domINGo Acção de Formação de Orientação RAID ILHA AZUL. Inscrições: www.raidilhaazul.com. Organização do Raid Ilha Azul com o apoio da Câmara Municipal da Horta, Serviço de Desporto do Faial e Câmara do Comércio e Indústria da Horta

dIrecTor: Cristiano Bem edITor: Fernando Melo cheFe de redAcção: Maria José Silva redAcção: Susana Garcia e Marla Pinheiro FoToGrAFIA: Carlos Pinheiro

colABorAdores PermANeNTes:costa Pereira, Fernando Faria, Frederico cardigos, José Trigueiros, mário Frayão, Armando Amaral, victor dores, Alzira silva, Paulo oliveira, ruben simas, Fernando Guerra, raul marques, Genuíno madruga, Berto messias colABorAdores eveNTUAIs: machado oliveira, Francisco césar, cláudio Almeida, Paulo mendes, zuraida soares, Gonçalo Forjaz, roberto Faria, santos madruga, lucas da silva

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GrUPo ceNTrAl hoJe Céu muito nublado, com abertas para a tarde. Períodos de chuva, durante a madrugada e manhã. Vento norte moderado (20/30 km/h), rodando para leste e tornandose fresco a muito fresco (30/50 km/h) com rajadas até 60 km/h. Mar cavado a grosso. Ondas noroeste de 2 metros, aumentando para 3 metros e passando a norte.

AmANhã

Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros fracos. Vento leste muito fresco (40/50 km/h) com rajadas até 60 km/h, tornando-se fresco (30/40 km/h). Mar cavado. Ondas norte de 3 metros, passando a nordeste no Grupo Central .

domINGo Períodos de céu muito nublado com boas abertas. Aguaceiros. Vento leste moderado (20/30 km/h), rodando para oeste e tornando-se muito fresco a FORTE (40/65 km/h) com rajadas até 75 km/h.

veNde-se MOBILIÁRIO DE ESCRITóRIO USADO EM BOM ESTADO coNTAcTos:

925427214 oU 926373369

viDente - MeDiUM- cUranDeirO eSPecialiSta eM PrObleMaS De aMOr telef.: 291 238 724 *telm.: 966 552 122 * fax: 291 232 001

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Esta publicação é apoiada pelo PROMEDIA - Programa Regional de Apoio à Comunicação Social Privada


FUNdAdo 19 de ABrIl de 2002 www.tribunadasilhas.pt

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