13 maio 2011 1

Page 1

FuTEbOl

suPERTAçA FARIA dE CAsTRO JOGA-sE dOMINGO PÁGINA 11

Tribuna das Ilhas

dIRECTOR: MANuEl CRIsTIANO bEM 4 NÚMERO: 466

13.Maio.2o11

Sai àS SextaS-feiraS

1 euro

o pi n ião PÁGINA 12

aNa Colaço E squINA d A C IêNCIA

A vida de um investigador… PÁGINA 14

Berto Messias

democracia é muito mais que a “Troika” PÁGINA 1O

FerNaNdo guerra

O ditado PÁGINA 12

geNuíNo Madruga M AR AçORIANO

Aquacultura

lANçAR Os AçOREs COMO bAsE dO APROvEITAMENTO dOs RECuRsOs dO MAR É O dEsAFIO dOs PRóXIMOs TEMPOs PÁGINA O8

PÁGINA 14

José arMas trigueiro FlORENTINO quE sE dIsTINGuIu

Monsenhor Alfredo Mariano de sousa sacerdote que se distinguiu na valorização do património religioso nos EuA PÁGINA 12

M. Patrão Neves

O dia da Europa PÁGINA 1O

Paulo sousa MeNdes

Os pseudo-justiceiros do FMI

O TRANsPORTE NAs IlhAs TEM sIdO bEM GERIdO quANdO COMPARAdO COM O quE EXIsTIA hÁ 15 ANOs ATRÁs PÁGINA O9

ALERTA: “SÃO Grupo de Cantares PRECISOS Ilha Azul comemorou MAIS 250 15 anos AGENTES PARA A PSP DOS AÇORES” PÁGINA O2

g Ontem, dia 12 de Maio, o Grupo de Cantares Ilha Azul assinalou o seu 15.º aniversário. Responsável pela organização de um Encontro de Música Tradicional na ilha do Faial, este grupo quer continuar a divulgar a música açoriana. Em conversa com o T RIbuNA dAs I lhAs , José Xavier, da direcção do grupo, alerta: É preciso que os jovens se interessem pelos instrumentos tradicionais para garantir a sua preservação.

PÁGINA O7


O2

em deStaque

13 dE MAIO dE 2O11

editoRial

o faial e a MúSica g o concerto do domingo de Páscoa, executado na vetusta igreja de são Francisco da cidade faialense pela Horta Camerata, sob a competente regência musical de Kurt spanier, foi um relevante acontecimento da música na sua forma erudita, a juntar a outros anteriormente apresentados na ilha do Faial pela mesma orquestra e com a mesma organização daquele conceituado cantor lírico austríaco. disso escreveu no triBuNa, numa desenvolvida e fundamentada apreciação, o nosso habitual colaborador do sector das artes, victor rui dores, que a essa apresentação, enquadrada nas aleluias da Páscoa, atribuiu o justo brilhantismo, confirmado pelas vibrantes palmas de uma assistência que enchia completamente o velho templo. Mas a nossa intenção, ao trazer hoje a esta coluna esse destacado evento, prende-se com as considerações finais que o director artístico da Horta Camerata juntou aos habituais agradecimentos pelos aplausos e expressões de satisfação do numeroso público assistente. e embora possamos ser acusados de repetir ideias e afirmações já publicadas, entendemos que há situações, realidades e opiniões que merecem ser repisadas para registo e prova temporal dos sucessos e justas aspirações da comunidade em que estamos integrados. assim, spanier falou da ligação afectiva que ele tem vindo a desenvolver, através da arte musical, entre viena da Áustria e a Horta, salientando que o projecto da Horta Camerata prestigia a cidade faialense que ele colocou no mapa do grande plano da cultura da música, referindo até que a revista da área musical “der Neue Merker” tem publicado textos sobre os concertos realizados no Faial, ilustrados com belas fotografias da ilha. Mas Kurt spanier alargou ainda mais os seus comentários do final da actuação orquestral. Frente à Horta-Camerata composta neste Concerto de Páscoa por mais de 40 de figuras, ele voltou a mencionar as óptimas condições acústicas do templo franciscano da ilha do Faial, sublinhando a urgente necessidade de se concretizarem as obras do seu restauro, reabilitação e requalificação, para que essa igreja ficasse a constituir o grande auditório da música clássica. e sendo esta a segunda vez em que estas coerentes ideias e considerações são trazidas a público por uma pessoa altamente qualificada, em termos musicais, a nível internacional – pessoa que, aliás, escolheu esta ilha para passar os seus períodos de férias e lazer – o que ocorre dizer é que já é tempo suficiente para os agentes políticos locais e os faialenses em geral se motivarem para levar a cabo tal projecto. Para valorização da cidade onde muito se aprecia a música erudita…

Tribuna das Ilhas

Comando Regional da PSP ComemoRa aniveRSáRio na HoRta

falta de efectivos continua a ser uma das maiores preocupações da PSP Maria José silva Fotos: Marla Pinheiro g O Comando Regional da Polícia de Segurança Pública dos Açores comemorou na passada, quarta-feira, 11 de Maio o seu 12.º aniversário. As comemorações decorreram na cidade da Horta e contaram com a presença do Comandante Regional dos Açores, Superintendente Barros Correia, que, para além de revelar que a criminalidade nos Açores baixou, também salientou que a falta de recursos humanos continua a ser uma das dificuldades com que a polícia açoriana se debate todos os dias. Durante a cerimónia oficial, que decorreu nas instalações da divisão policial da PSP da Horta, para além dos discursos foram distinguidos vários agentes com medalhas de comportamento exemplar e assiduidade e diplomas de reconhecimento e mérito. Barros Correia justificou a realização das comemorações do 12.º aniversário na Horta como uma “perspectiva motivacional de maior aproximação aos efectivos policiais”. De acordo com as informações reveladas na ocasião, em 2010 a criminali-

bARROs CORREIA Comandante dos Açores, está satisfeito com os resultados dos últimos anos

dade geral diminuiu 0.2%, a criminalidade violenta e grave teve um decréscimo de 1.2% e os crimes de proactividade policial subiram 8.3% quando comparados com os dados de 2009. A criminalidade violenta e grave representa 2.4% da criminalidade geral denunciada durante 2010, chegando

CONdECORAçÕEs durante a sessão solene foram distinguidos 16 agentes da PsP

[soBe]

mesmo a haver uma diminuição, face a 2009, nos roubos por esticão na ordem dos 8.8% e de 38.8% nas ofensas à integridade física voluntária grave. Os dados de 2011 já são parcialmente conhecidos. Assim sendo, e conforme referiu Barros Correia, registou-se um decréscimo de 20.5% no que à crmininalidade geral diz respeito e de 13.6% nos crimes violentos e graves. Os resultados “satisfazem-nos mas não constituem o fim último da nossa actuação” – frisa o Superintendente, que prossegue dizendo que “a confiança e o sentimento de segurança das populações resultam de factores psicológicos que são mais afectados pela presença e proximidade do contacto com os elementos policiais do que com dados estatísticos”. A crise também bateu à porta das forças de segurança pública, como reconheceu em declarações aos jornalistas o Superintendente Barros Correia: “temos tentado, com alguma criatividade, procurar fazer mais com o mesmo ou com menos. É um desafio diário e que procuramos conseguir sem por em causa a segurança dos cidadãos. Prova disso é o facto de termos conseguido aumentar os resultados operacionais diminuindo em 16% os encargos de funcionamento”, referiu. O responsável regional afirmou

&

ainda que “a PSP é uma polícia que vive para a comunidade e na comunidade”, pelo que a procura de soluções para os problemas passa pela colaboração com outros elementos e entidades que a integram. Nesse sentido, considera fundamentais as parcerias estabelecidas com as forças vivas da Região, que classifica como “instrumentos mais eficazes na resolução de problemas”. Instado a pronunciar-se sobre o número de agentes que são precisos para colmatar as lacunas existentes, o responsável máximo pela PSP Açores diz que, “não há um número ideal, sabemos que precisamos de mais efectivos para aprimorar o nosso serviço”. Curiosamente, no dia em que passam 12 anos da instalação do Comando Regional da PSP nos Açores é aprovado na Assembleia da República um diploma que estabelece que o dinheiro das multas/coimas aplicadas nos Açores fique nos Açores. Sobre esta medida Barros Correia diz que “os resultados da implementação desta iniciativa podem ser muito positivos para as forças de segurança da Região, resta saber como vai ser aplicada na prática.” Paralelamente à sessão solene e às condecorações esteve patente ao público, no Largo do Infante, uma exposição alusiva à actividade policial no Faial.

[desCe]

CNh sEMPRE EM AlTA

vElOCIdAdEs

g Como foi noticiado, o Clube Naval da Horta iniciou a sua actividade náutica relativa ao ano corrente no passado dia 25 de abril. será mais um ano em que, em paralelo com as provas locais e regionais e com o intenso trabalho inerente à semana do Mar, o CNH fará parceria com os serviços da Marina na recepção de três regatas internacionais e receberá, no mês de setembro, o Campeonato de Portugal de “Match racing”. Não resta dúvida de que o CNH é no seu género, nos açores e no País, o Clube com maior movimento e referência internacional. e sempre em alta…!

g segundo as notícias divulgadas pela comunicação social, nesta Páscoa de 2011 voltaram a aumentar os números de mortos e de feridos nas estradas portuguesas. de vez em quando os desastres com vítimas mortais sucedem-se também nas estradas açorianas. e se por acaso os relatos dessa mortalidade fazem parte das informações dadas, as causas dos acidentes são normalmente as velocidades das viaturas, até mesmo quando as condições do piso aconselhavam todos os cuidados. em nossa opinião e na de muita gente, o que falta no país é uma lei a doer para os condutores loucos.


Tribuna das Ilhas

loCal

13 dE MAIO dE 2O11

O3

Bombeiros Faialenses comemoram 99 anos g É já no próximo dia 16 de Maio que a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Faial comemora o seu 99.º

aniversário. Para assinalar a efeméride, a Associação vai promover um convívio no Parque de Campismo da Praia do Almoxarife. A Associação Faialense de Bombeiros Voluntários foi fundada em 16 de Maio de 1912, com a finalidade de dotar a cidade da Horta e a Ilha do Faial de um corpo de bombeiros.

eugénio leal poderá ser o próximo presidente da Sociedade amor da Pátria Maria José silva Foto: Marla Pinheiro g Eugénio Leal será, provavelmente, o próximo presidente da direcção da Sociedade Amor da Pátria. Na passada sexta-feira realizou-se uma Assembleia Geral, que contou com a presença de cerca de meia centena de sócios, mas durante a qual não foi apresentada qualquer lista a sufrágio. Perante os acontecimentos, e de acordo com um dos actuais membros da direcção, um sócio, neste caso, Eugénio Leal, com-

prometeu-se a fazer uma lista e a apresentá-la aos sócios no próximo dia 19 de Maio, altura em que, de acordo com os estatutos, se dará continuidade aos trabalhos. Entretanto, tal facto não invalida que outro sócio constitua uma lista e a apresente também a escrutínio. Uma sociedade repleta de história, fundada a 28 de Novembro de 1859 e que nos últimos anos tem sido presidida por João Bettencourt. Com mais de 150 anos de história, o problema do associativismo também não lhe passa ao lado.

na CaSa doS açoReS em liSboa

Sessão anual de aniversário da a.a.a.l.H. g Na sexta-feira da passada semana a Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta comemorou o 15º. aniversário da sua fundação, tendo reunido a sua Assembleia Geral, onde foram tratados os assuntos referentes à vida da instituição, seguindo-se, um jantar de confraternização dos seus corpos directivos e de outros associados presentes. À noite, em parceria com a Casa dos Açores, a A.A.A.L.H. promoveu, no salão de festas, uma sessão em que esteve em grande plano uma conferência subordinada ao tema: “Memórias dos Cabos Submarinos no Faial – Do ambiente cosmopolita à rede de telecomunicações no Atlântico. A pensar num Museu”. Na mesa de honra, estiveram Miguel

Loureiro, presidente da Direcção da Casa dos Açores, António Soares, vice-presidente da A.G. da A.A.A.L.H., bem como os intervenientes na sessão, Arq. Martins Naia e Engª. Manuela Meneses Abriu a sessão o presidente da Casa dos Açores que felicitou a Associação aniversariante pelos seus 15 anos de vida e pela intervenção cívica que tem desenvolvido em benefício do Faial e da cidade da Horta. De seguida, Henrique Barreiros, presidente da A.A.A.L.H., teceu uma série de considerações e explicações relativas ao projecto em causa, cuja fase inicial estava terminada com o lançamento do livro “O porto da Horta na história do Atlântico - Tempo dos Cabos Submarinos”.

Apresentados pelo professor H. Barreiros sucederam-se os protagonistas da sessão. Martins Naia fez uma exposição, ilustrada com diapositivos, sobre os “cabos submarinos”, mencionando a intenção de lhes criar um espaço museológico e destacando o valor do material existente. Manuela Meneses, alegando as circunstâncias de ordem profissional e de ambiente familiar e proximidade que viveu na Horta em relação ao assunto em foco, fez a apresentação do livro que aborda esse período da história faialense. E a sessão terminou com uma parte musical – um pequeno concerto a dois violinos por Vera Alemão (faialense) e Hélder Sá que foram muito aplaudidos. f.M.

Delegação do faial da cruz Vermelha assinala Dia internacional com 1ª edição da feira da Saúde Horta g No dia 8 de Maio comemora-se o Dia Internacional da Cruz Vermelha. Desta forma, a Delegação do Faial associa, a esta data a realização da 1ª Edição da Feira da Saúde Horta 2011, organizada em parceria com a Junta de Freguesia da Matriz. O Dia Internacional da Cruz Vermelha é assinalado em todo o Mundo, uma vez que esta é uma Instituição com largos anos de história na Ajuda Humanitária Internacional. Regina Santos, Presidente da Delegação do Faial da Cruz Vermelha Portuguesa, diz que “a nossa Delegação tem vindo a comemorar a data nos últimos anos com eventos pensados para a população participar, porque de facto é para servir a nossa envolvente que existimos”. No ano passado o dia foi assinalado com um rastreio gratuito, aberto a toda a população do Faial. Este ano, a ideia de se

concretizar a 1ª Edição da Feira da Saúde surgiu em parceria com a Junta de Freguesia da Matriz e, deste o princípio, o mês de Maio era o mês de eleição, uma vez que é oficialmente o Mês do Coração. “Para nós, associar a concretização deste evento às nossas comemorações habituais, que acontecem na mesma semana é uma honra, uma vez que a área da saúde é uma das inúmeras vertentes onde a Cruz Vermelha actua”. Este ano de 2011 é também o ano Europeu do Voluntariado. Desta forma, a Delegação do Faial da Cruz Vermelha Portuguesa pretende dedicar especial atenção aqueles que disponibilizam um pouco do seu tempo às actividades e projectos que a Delegação concretiza. “O despertar dessa vontade de contribuir com o seu tempo e trabalho para ajudar os outros é uma das missões da Delegação para este ano, principalmente nas cama-

das mais jovens da população, uma vez que são aqueles que, regra geral, têm mais tempo livre. Porém, todos são bem-vindos independentemente da idade, desde que tenham vontade de participar e envolverse num trabalho que muitas vezes não é nada fácil”. Segundo a Presidente, prevê-se que este ano sejam também realizadas formações institucionais e de socorrismo. Para além disso, está também para breve o lançamento do site da Delegação do Faial da Cruz Vermelha Portuguesa. A concretização e implementação local dos projectos de carácter nacional serão também uma grande aposta, como se verificou com a campanha “Juntos damos mais”e Causa Maior”. Os projectos da Juventude Cruz Vermelha também não são excepção, uma vez que estão muito direccionados para a aprendizagem e educação cívica dos mais novos.

[aconteceu] PsP dA hORTA APREENdE ObJECTOs ROubAdOs g a esquadra de investigação criminal da Polícia de segurança Pública da Horta apreendeu na passada quartafeira uma série de materiais, como televisões, computadores, leitores de dvd e objectos de decoração, resultantes de um furto. de acordo com o subcomissário Pedro Cândido, esta apreensão veio na sequência de uma queixa efectuada há cerca de duas semanas, que estava a ser analisada pelos investigadores da PsP. Nesta operação foram identificados seis indivíduos, cinco do sexo masculino e um do sexo feminino, entre os 14 e os 49 anos de idade. estes indivíduos foram constituídos arguidos, e o processo será remetido para o Ministério Público, a quem será também entregue o material apreendido, como explicou o sub-comissário aos jornalistas. de acordo com Pedro Cândido, esta apreensão não revela nenhum aumento da criminalidade da ilha, dado que os números confirmam exactamente o contrário. de acordo com o sub-comissário, a criminalidade denunciada do Faial tem vindo a diminuir, apesar de se ter verificado um pico no final do ano passado, resultado de uma onda de furtos que preocupou a população, e que resultou na detenção de um indivíduo. ThE WORld EsCAlA PORTO dA hORTA POR dOIs dIAs g est eve na ilha do Faial no início da semana o super luxuoso navio de cruzeiros the World, da residensea. o the World é um navio de cruzeiros muito particular, pois trata-se de um navio residencial, que viaja constantemente à volta do globo, sendo as suas cabines muito maiores que as convencionais e passíveis de compra ou aluguer, como qualquer outro imóvel em terra. CRACAs COMPARTICIPAdO EM 70 MIl EuROs g o governo dos açores transferiu para o instituto do Mar (iMar), a importância de 70.027 euros, destinada a suportar as despesas relacionadas com execução do projecto CraCas. este apoio governamental resulta do protocolo celebrado entre a secretaria regional do ambiente e do Mar e o iMar, publicado por portaria em Jornal oficial. o subsecretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona, justifica o apoio atribuído com a importância de investir em “acções que visem a realização de estudos e projectos que contribuam para uma melhoria do conhecimento científico das espécies existentes nos mares dos açores ”.

[vai acontecer] WORkshOP dE PINTuRAs FACIAIs g realiza-se nos dias 14 e 15 de Maio, no Parque da alagoa, um Workshop de Pinturas Faciais. Numa organização da empresa universo da Festa, esta formação será orientada pela formadora Cristina Figueira. dIA dOs AçOREs COMEMORAdO NA PRAIA dA vITóRIA g a cerimónia oficial do dia dos açores, que decorre no dia 13 de Junho, segunda-Feira do espírito santo e terá lugar na cidade da Praia da vitória. Nestas cerimónias, organizadas conjuntamente pela assembleia legislativa da região autónoma dos açores e pelo governo regional – cujos presidentes usarão da palavra – serão agraciadas, com insígnias regionais de mérito, diversas personalidades e instituições da região. o dia dos açores, que comemora a açorianidade e a autonomia, foi instituído pelo parlamento açoriano em 1980 (decreto regional nº 13/80/a, de 21 de agosto). REFORçO dAs lIGAçÕEs ENTRE Os AçOREs E A AlEMANhA EM 2012 g a transportadora aérea açoriana sata vai reforçar as ligações entre os açores e a alemanha em 2012, o que permitirá um aumento de 47% dos lugares disponíveis nas rotas para este país. a ligação ao domingo entre Ponta delgada e Frankfurt, que habitualmente se realiza apenas entre o início de abril e meados de Novembro, vai começar em 2012 a ser realizada a partir de 5 de Fevereiro, prolongando-se até 25 de Novembro. Por outro lado, a ligação à quartafeira, que habitualmente se realiza entre Maio e setembro, no próximo ano terá início a 4 de abril e terminará a 28 de Novembro. No total, estas alterações representam um aumento de 24 rotações entre Ponta delgada e Frankfurt nas épocas média e baixa, que se traduzem num aumento de 7.755 lugares disponíveis nos voos entre estas duas cidades. este reforço tem como objectivo combater a sazonalidade do turismo nos açores, apostando num aumento das ligações aéreas com o país que é o principal emissor de turistas para o arquipélago no continente europeu. Com as alterações agora anunciadas, as ligações entre os açores e a alemanha vão realizar-se durante quase todo o ano.


O4

loCal

13 dE MAIO dE 2O11

Tribuna das Ilhas

enContRoS FiloSóFiCoS A última edição dos Encontros Filosóficos, cujo encerramento decorreu no passado sábado, marca o 18.º aniversário deste evento, que ao longo do tempo se tem afirmado cada vez mais como uma imagem de marca da Escola secundária Manuel de Arriaga (EsMA). No ano em que atingem a “maioridade”, os Encontros provam a sua importância não apenas para a comunidade escolar mas para os faialenses em geral, com a associação de entidades do sector económico, que surgem pela primeira vez como patrocinadoras do evento, que até agora tinha na autarquia o seu único parceiro. Tribuna das Ilhas esteve à conversa com o presidente do Conselho Executivo da EsMA, Eugénio leal, que falou sobre o caminho até agora percorrido e dos desafios que agora se colocam aos Encontros Filosóficos. Texto e fotos:

Marla Pinheiro g Quando se realizaram pela primeira vez, há 18 anos, os Encontros Filosóficos começaram por desenvolver-se dentro do grupo da Filosofia, para tratar assuntos transversais a todas as disciplinas. Com o passar do tempo, foram evoluindo, e extravasando os muros da escola. A cada edição concretizada, este evento aproximava-se cada vez mais da comunidade em geral e, consequentemente, a sua visibilidade aumentava. Dezoito anos volvidos, os Encontros são uma das meninas dos olhos da ESMA. Para Eugénio Leal, a pertinência dos temas e a presença de convidados de peso foram sempre alguns dos factores que contribuíram para o sucesso dos Encontros Filosóficos: “este ano reflectimos sobre a Educação através das Artes, mas também já se trataram temas como a Ciência, a Cidadania, quando participou o Professor Laborinho Lúcio, na altura em que era Ministro da República… Houve uma fase de debates de natureza política, por onde passaram figuras como o Dr. Mário Soares, por exemplo”, recorda. Numa altura em que os Encontros atingem a “maioridade”, por assim dizer, o presidente do conselho executivo da ESMA não duvida de que, cada vez mais, este evento deve assentar em

três pilares: “os alunos, os professores desta escola e de outras - e a sociedade. Será sempre nestas três vertentes que os Encontros se desenvolverão”, entende. O tema para os Encontros Filosóficos é escolhido no início do ano, pela equipa designada pelo Conselho Executivo para organizar o evento. Depois, há que escolher e contactar os conferencistas. Neste aspecto, Eugénio Leal revela que há uma preocupação central: “fazemos o possível por rentabilizar ao máximo a presença dos conferencistas”, revela. Para tal, estes desenvolvem durante os Encontros várias oficinas, tanto para alunos como professores. “Este ano, os trabalhos nas oficinas foram muito interessantes”, considera o presidente do Conselho Executivo. Qualquer 18.º aniversário requer presentes especiais, e para os Encontros Filosóficos a principal prenda veio da sociedade. Em 2011, pela primeira vez o evento contou com a parceria de associações do sector económico faialense, nomeadamente a Câmara do Comércio e Indústria da Horta e a Associação de Agricultores da Ilha do Faial. Estes vieram juntar-se assim à autarquia, que até então representava o único apoio financeiro com que a ESMA podia contar. Para Eugénio Leal, esta parceria é um sinal de que as actividades desenvolvidas pela Escola

e depois da maioridade?

ENCONTROs FIlOsóFICOs O encerramento decorreu no passado sábado

chegam à comunidade em geral: “o apoio das instituições da actividade económica deixou-nos muito satisfeitos e é o reconhecimento da importância que a Escola tem, e de que os Encontros são, efectivamente, um dos nossos eventos de marca. Temos tido uma excelente colaboração dos comerciantes na colocação dos estagiários nos cursos de PROFIJ, e este foi mais um claro sinal da abertura da sociedade à Escola. Para nós, esta parceria é de continuar, temos vontade que assim seja, e sentimos a receptividade das instituições nesse sentido”, refere. Sem este tipo de apoios, o presidente do Conselho Executivo reconhece que seria impossível para a ESMA fazer face às elevadas despesas necessárias à presença na ilha de conferencistas como os que por cá passaram nesta edição dos Encontros, como é o caso dos professores das universidades de Santiago de Compostela e de Valência. Para tal, contribui também a boa vontade dos sectores da restauração e da hotelaria na ilha, que também ajudam a Escola fazendo preços especiais. No entanto, Eugénio também reconhece que o grande desafio que se coloca aos Encontros é estreitar ainda mais a sua aproximação à comunidade faialense, e isso passa por encontrar uma forma de tornar as conferências mais apelativas ao público em geral, o que ainda não acontece.

ENCONTROs sãO PAlCO IMPORTANTE PARA Os AluNOs MOsTRAREM TRAbAlhO De há alguns anos a esta parte, os Encontros Filosóficos são também o palco escolhido para as apresentações dos trabalhos realizados pelos alunos no âmbito da disciplina de Área do Projecto. Para Eugénio Leal, “em boa hora” se deu início a esta oportunidade de mostrar à comunidade em geral, e não apenas à comunidade escolar, o trabalho dos alunos do 12.º ano. A comunidade corresponde ao apelo, e os alunos correspondem à responsabilidade que lhes é exigida, e apresentam trabalhos de qualidade, sobre os mais variados temas. “Embora isto traga algum stress e nervosismo, os alunos gostam de mostrar o seu trabalho à comunidade, e trata-se de uma experiencia interessante, com mais-valias para a sua vida vida académica e profissional futura”, entende Eugénio Leal. Por isso, o presidente do Conselho Executivo da ESMA defende que a disciplina de Área do Projecto no secundário não deve ser eliminada do currículo: “diz-se que querem acabar essa disciplina a nível nacional, o que esperemos que não seja verdade”, entende, alegando que “esta disciplina traz mais-valias, e os alunos gostam, e sentem-se muito motivados, uma vez que estão a trabalhar um tema de que gostam. Aprendem a trabalhar em grupo, e a trabalhar com mais responsabilidade, uma

vez que a nota da disciplina conta para a média final, com que depois se candidatam à Universidade”, explica. dIA dA EsCOlA AssINAlA-sE sEGuNdA-FEIRA COM INAuGuRAçãO dE MusEu A Secundária Manuel de Arriaga assinala segunda-feira, dia 16 de Maio, mais um Dia da Escola. Durante todo o dia são esperadas inúmeras actividades organizadas pelos alunos e pela comunidade escolar. Destas, destaca-se a abertura do Museu da ESMA, um espaço que será instalado numa das salas do complexo escolar, e onde serão expostas várias peças mais antigas da Escola Secundária, bem como alguns trabalhos realizados ao longo dos tempos pelos alunos que por ela foram passando. Eugénio Leal explica que se pretende assim criar “um espaço permanente de visita”, que irá também acolher exposições temáticas. No Dia da Escola haverá ainda uma prova de atletismo onde será utilizada pela primeira vez a caixa de saltos em comprimento, e será também instalada uma Estação Meteorológica na escola. Neste dia, e como já vem sendo habitual, o clube de filatelia O Ilhéu apresentará também novos trabalhos, neste caso um selo, um carimbo e um subscrito de homenagem ao filatelista Manuel Vieira Gaspar. No âmbito da actividade deste clube, será também lançada a quarta edição da obra Baleia à Vista!.

“toCa a SePaRaR” Texto e fotos:

Maria José silva g Os serviços de ambiente da Câmara Municipal da Horta têm desenvolvido projectos e actividades de sensibilização e educação ambiental nas escolas do concelho, com o objectivo de sensibilizar e educar os mais jovens para as questões ambientais bem como dar-lhes os meios e para que possam ser colocadas em prática atitudes em prol do ambiente. Seguindo este propósito foi apresentado na passada sexta-feira, na Central de Triagem aos alunos da Escola Profissional da Horta, o projecto “Toca a Separar”. Este projecto, que envolverá toda a comunidade escolar do Faial, tem como objectivo primeiro promover uma campanha de separação e triagem de lixo doméstico, pelo que, a cada aluno vai ser ofertado um Kit de separação, composto por três sacos reciclados para cada um dos tipos de lixo: papel, vidro e plástico. Este projecto tem ainda como objectivos dar continuidade aos projectos de sen-

comunidade escolar sensibilizada para a separação dos resíduos sibilização ambiental da autarquia (“3 resíduos, 3 amigos”, “Os 3 R’ de escola em escola” e “A Compostagem vai à escola”, que visam sensibilizar as crianças para as questões ambientais; muni-las com os conhecimentos básicos que lhes permitam agir de forma ambientalmente consciente; fornecer-lhes meios para que possam pôr em prática os conhecimentos adquiridos, efectivando atitudes em prol do ambiente e desenvolver nos alunos a apetência pelas questões ambientais, que no presente e de futuro possam motivá-los à adopção de comportamentos que visem um desenvolvimento sustentável. Neste âmbito, na próxima terça-feira os alunos finalistas da sala dos 5 anos do Lar das Criancinhas da Horta vão visitar a Central de Triagem para perceberem como é tratado o lixo que separam em casa.


legiSlativaS 2011

Tribuna das Ilhas

13 dE MAIO dE 2O11

O5

PaRtido SoCialiSta As primeiras movimentações de pré-campanha do Ps no Faial iniciaram-se esta semana, com vera lacerda, terceira candidata da lista socialista pelo círculo eleitoral dos Açores, a dedicar a sua atenção ao mar da Região. Assim, a candidata a deputada da Assembleia da República visitou durante a semana as instalações da lotaçor e do departamento de Oceanografia e Pescas da universidade dos Açores. Marla Pinheiro Fotos: Maria José silva g Na Lotaçor, Vera Lacerda teve direito a uma visita guiada às instalações, e procurou inteirar-se da realidade do sector da pesca, recolhendo várias informações junto dos responsáveis da empresa no Faial, como o volume de pescado comercializado em lota na ilha. Em declarações à comunicação social, a candidata justificou esta visita com a importância do sector na Região: “o sector das pescas é um pilar de sustentação económica dos Açores, e uma fonte de emprego: 5% da população activa nos Açores trabalha no sector das pescas, e 40% do total das nossas exportações relaciona-se com o pescado”, lembrou. Para Vera Lacerda, é essencial continuar a primar pela qualidade do peixe, como forma de fazer dele um produto açoriano reconhecidamente de excelência, em qualquer mercado onde seja comercializado. A candidata lembrou ainda que a área do mar dos Açores é “400 vezes superior à superfície terrestre das ilhas”, o que, para Vera Lacerda, confere uma importância à Região que não pode ser esquecida pela República: “é o mar açoriano que dá a Portugal a dimensão que tem”, frisou. Vera

Vera lacerda quer mais meios para fiscalizar o mar dos açores Lacerda reconheceu que a competência da República nas questões relacionadas com o mar dos Açores é “bastante residual”, já que é ao Governo Regional que cabem a maior parte das responsabilidades nessa matéria. No entanto, a candidata destacou que a acção de fiscalização é da responsabilidade da República e, como tal, defendeu uma postura interventiva dos deputados eleitos pelo círculo eleitoral dos Açores no sentido de defender um incremento dessa acção: “devemos bater-nos pela transferência de meios e recursos de vigilância para o mar dos Açores”, disse, sugerindo a disponibilização para a Região de recursos afectos a outras áreas que não estejam a ser utilizados, ou que não sejam tão necessários. “Esta zona, pela dimensão que tem, precisa obviamente de uma vigilância maior. A marinha portuguesa irá receber patrulhões, e vamos tentar fazer com que sejam afectos ao mar dos Açores, para a vigilância poder ser cada vez melhor” referiu. Ps dEFENdE A CRIAçãO dE uM ClusTER PARA O MAR dOs AçOREs No Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, a candidata do PS/Açores à Assembleia da República contou com um anfitrião

lOTAçORvera lacerda quis inteirar-se das quantidades de pescado descarregado

especial: Hélder Silva, que recentemente abandonou a liderança parlamentar dos socialistas na Assembleia Regional para regressar às suas funções de investigador principal no DOP, levou Vera Lacerda numa visita guiada às novas instalações, e fez uma breve apresentação das várias actividades do departamento. Para a candidata, a visita ao DOP revelou-se de extrema importância,

dOP A candidata foi conhecer os laboratórios das novas instalações

PaRtido SoCial demoCRata

Passos coelho no faial Maria José silva g A pré-campanha eleitoral para as legislativas de 5 de Junho do Partido Social Democrata começa no Faial no próximo sábado. Lídia Bulcão, a terceira da lista do PSD à Assembleia da República,

uma vez que permitiu conhecer melhor outra faceta do mar dos Açores, que não a pesca: “o DOP é uma instituição de referência e um pilar da investigação científica a nível mundial”, salientou, destacando o investimento de cerca de 6,2 milhões de euros nas novas instalações. Para a candidata, os Açores devem tirar partido do mar não

começa o seu périplo pela sua ilha berço acompanhada pelo Líder Nacional do Partido, Pedro Passos Coelho, pela presidente do PSD Açores, Berta Cabral e pelo cabeça de lista à AR, Mota Amaral. Assim sendo, a comitiva laranja chega do Pico pelas 14h15 e almo-

ça no Peter Café Sport com militantes. Para as 15h30 está agendado um passeio a pé pela Marina da Horta e às 15h45 dar-se-á início à visita ao Departamento de Oceanografia e Pescas, única instituição que Passos Coelho visitará no Faial.

apenas através dos recursos pesqueiros, mas recorrendo a todas as actividades que dele podem advir: “. O PS defende a criação de um cluster do mar dos Açores. Não é apenas o sector das pescas que pode rentabilizar o nosso mar. Todos os sectores com ele relacionados devem ser desenvolvidos. Essa é uma das nossas bandeiras”, frisa. Nesse sentido, Vera Lacerda entende que “deve haver uma maneira de fazer sair da investigação científica bens e produtos exportáveis e transaccionáveis por exemplo para a investigação farmacêutica, ou a nível da biotecnologia”.


O6

CultuRa

13 dE MAIO dE 2O11

Tribuna das Ilhas

teatro de Marionetas encanta miúdos e graúdos Maria José silva Foto: Marla Pinheiro g Foi com marionetas que se encantaram miúdos e graúdos durante esta semana na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça. A companhia de teatro “Era uma vez” trouxe à cena duas peças: “A Formiga e o Coelhinho”, para crianças a partir dos 3 anos, e o “Auto da India”, para maiores de 12 anos. A peça “A Formiga e o Coelhinho” é composta por dois contos: "O Coelhinho Branco" e "A Formiga e a Neve" que viajam pelo imaginário popular português, há pelo menos 200 anos. O “Auto da Índia” foi estreado pelo “Era uma Vez, Teatro de Marionetas” em Dezembro de 2010. A encenação desta farsa de Gil Vicente é sequência de um processo já iniciado com o espectáculo “Auto da Barca do Inferno”, do mesmo autor e caracteriza-se pelo facto de respeitar a integralidade dos textos de Gil Vicente. O teatro de bonecos suporta na perfeição as personagens vicentinas porque estas não apresentam os sinais de uma psicologia individual, mas sim de grupo social. É composto por bonecos de varão (com fios), muito popular na Lisboa do séc. XVIII e ainda hoje no Alentejo, e que permite, conforme disse ao TRIBUNA DAS ILHAS o responsável pela companhia de teatro, “um jogo com a marioneta, muito tenso e seguro, fazendo com que movimentos, acções, falas dos personagens manifestem uma

representação perfeita do Auto”. Curiosamente, os bonecos do “Auto da Índia” foram construídos com madeira oriunda dos Açores. José Alegria, responsável do grupo que este ano comemora 20 anos, em declarações ao TRIBUNA DAS ILHAS disse que o gosto pelo teatro surgiu quase no berço e tem passado de geração em geração. Os trabalhos deste grupo são feitos por marionetas de fio, marionetas de varão, muppets, sombras e bonecos de luva (fantoches). “O Teatro de Marionetas é para toda a gente. Se os adultos não gostarem do espectáculo as crianças dificilmente gostarão.” – explica Para além da reprodução de textos do imaginário popular de há mais de 200 anos, este grupo também tem trabalhos originais.

FAMílIA AlEGRIA há mais de 30 anos que esta família se dedica ao Teatro de Marionetas

O manuseio das marionetas não é uma tarefa muito fácil e exige muito treino para se aperfeiçoarem todos os truques, conforme dizem os marionetistas. “Era uma Vez, Teatro de Marionetas” tem feito actuações por todo o mundo. Depois de terem estado no Faial vão actuar no Pico e em São Jorge.

O GRuPO José Carlos alegria depois de ter feito o Curso de Formação de actores do Centro Cultural de évora (1977/79), trabalhou como actor nesta companhia, no teatro da rainha e no Cendrev. durante seis anos foi um dos actores/manipuladores dos bonecos de santo aleixo. Criou o seu próprio teatro de bonecos em 1991, o "era uma vez, teatro de marionetas" que se estreou em Maio de 1992 com “o Bolo”. No ano 2000 o grupo aumenta, com a presença de Carlos alegria, filho do fundador José alegria e juntos estreiam "a azinheira sinaleira”. seis anos depois junta-se a eles ana alegria, também ela filha de José alegria, e, agora com três marionetistas, estreiam a peça “auto da Barca do inferno”.

Cinema no teatRo FaialenSe dR

ANThONY hOPkINs O veterano junta o papel de Padre lucas a uma enorme lista de interpretações que fazem da versatilidade uma das suas imagens de marca

(hortaludus; dia 15, 21h30; >16) g Realizado pelo sueco Mikael Hafstrom (1408), O Ritual conta com interpretações de Anthony Hopkins (O Silêncio dos Inocentes), Colin O’Donoghue (Os

o ritual Tudors) e da brasileira Alice Braga (Ensaio sobre a Cegueira). Em O Ritual, O’Donoghue é Michael Kovac, um padre americano a atravessar um momento de crise, que é enviado para uma escola de exorcismo no Vaticano. Debatendo-se com a perda de fé na religião que professa, começa a pôr em causa os seus superiores, apelando para os resultados das últimas descobertas médicas, que podem ter a justificação para as possessões e criações diabólicas. Contudo, quando é enviado para aprendiz do veterano Padre Lucas (Hopkins), as convicções de Michael começam a ceder. E, ao tomar conhecimento de um caso particularmente complexo de possessão demoníaca, começa a vislumbrar factos que nem mesmo a ciência pode compreender... O argumento deste thriller foi escrito a partir do livro The Rite: The Making of a Modern Exorcist, do jornalista italiano Matt Baglio.

entre nós, nomes dos quais somos hoje herdeiros dos seus espólios, histórias, segredos e técnicas, como: Domingos Basto Moura, Manuel Rosado, António Talhinhas, o herdeiro da tradição dos Bonecos de Santo Aleixo que resultaram da fusão entre a tradição oitocentista europeia dos teatros de presépio e do teatro de títeres, e António Santos, mais conhecido por “O Sandes”.

As MARIONETAs As marionetas caracterizam-se por ser um género teatral cuja representação é feita pelo manuseamento de títeres, movimentados por alguém que se encontra fora do alcance visual do espectador. Este género de tradição oral encontra as suas raízes na galeria de personagens truculentas da Commedia dell’Arte, da qual nasce uma das mais importantes figuras do teatro de marionetas, o Pulcinella assim designado em Itália, Punch em Inglaterra, Don Cristóbal em Espanha, Petrouchka na Rússia ou Dom Roberto em Portugal, conforme o gosto popular. PATRIARCA José Alegria fundou o Dedicados a este género grupo há 20 anos de tradição oral, ficaram,


CultuRa

Tribuna das Ilhas

13 dE MAIO dE 2O11

O7

Temporada de Música Açores volta ao Teatro Faialense Amanhã, dia 14, a partir das 21h30, o palco do Teatro Faialense recebe o Ensemble 20/21, sob direcção de Pedro Figueiredo, que irá interpretar obras de F. Donatoni, Manuel Durão, E. Donoso Collado, J. Pedro Oliveira, A. Sousa Dias e Ângela da Ponte. Este concerto integra-se na Temporada de Música Açores 2011, organizada pela Direcção Regional da Cultura.

g

gRuPo de CantaReS ilHa azul aSSinalou 15 anoS ontem Com o objectivo de divulgar a música tradicional portuguesa, o Grupo de Cantares Ilha Azul nasceu no Faial, a 12 de Maio de 1996. desde então, tem trabalhado para cumprir os seus objectivos, e levado a música tradicional portuguesa, com destaque para os sons açorianos, a vários locais do país, e inclusive aos Estados unidos. Com dois trabalhos discográficos editados, o Grupo de Cantares Ilha Azul organiza anualmente no Faial um Encontro de Música Tradicional. A comemorar as suas “bodas de cristal”, o grupo continua apostado em perseguir os objectivos pelos quais foi criado, com a mesma energia do início. A falta de um local próprio onde ensaiar e a carência de jovens músicos que queiram aprender a tocar os instrumentos regionais são as dificuldades que se colocam a esta instituição.

Marla Pinheiro Foto: susana Garcia g Actualmente com 15 elementos, o Ilha Azul é o exemplo de que a música tradicional açoriana é para todas as idades, já que o benjamim do grupo tem 9 anos, e o elemento mais velho conta já com 78 primaveras. Para José Xavier,

instrumentos de corda precisam de tocadores jovens para fazer perdurar a tradição presidente da direcção do grupo, este é o número ideal, até porque as deslocações do grupo implicam muitos gastos, principalmente no que às passagens aéreas diz respeito. Felizmente, o grupo conta com alguns apoios para fazer face às suas actividades: “temos tido sempre o apoio da Câmara Municipal, tanto para as deslocações como para a organização do Encontro de Música Tradicional, o que nos ajuda bastante, e temos também algumas actuações pagas”, refere o responsável. Com ensaios semanais, durante todo o ano, o Grupo de Cantares depende de muito empenho dos seus elementos, que vêm de diversos pontos da ilha. Uma das aspirações para o futuro é um espaço próprio onde o grupo se possa reunir e ensaiar. Para já, é apenas um sonho, e o grupo ensaia nas antigas instalações da Biblioteca Pública da Horta, pelo menos até não começarem as obras que são esperadas para aquele espaço, para receber a Junta de Freguesia da Matriz, já há muito discutidas mas que nunca avançaram. José Xavier revela que houve a hipótese do Ilha Azul ocupar uma sala no Centro Associativo Manuel de Arriaga, no entanto tal não chegou a acontecer porque o espaço disponível era demasiado pequeno para que o grupo pudesse ensaiar. “Pode ser que algum dia seja possível. Há tantos espaços que vão ficando

vagos, como escolas… Pode ser que um dia tenhamos um espaço próprio”, aspira o responsável, que no entanto salienta que, melhor do que qualquer sala de ensaios, é a longevidade e a força do grupo. No entanto, para assegurar precisamente essa longevidade, é necessário que as novas gerações vão sucedendo às mais velhas. No que diz respeito ao instrumental utilizado pelo grupo, essa sucessão não parece estar a acontecer, uma vez que é cada vez mais difícil encontrar jovens a apreender bandolim, por exemplo, ou outros dos instrumentos de corda que fazem a sonoridade da música tradicional portuguesa. “Antigamente, a escola era feita nas tunas que existiam nas freguesias. Agora é muito difícil encontrar jovens a tocar esses instrumentos”, refere José Xavier. Para o responsável, seria importante que o Conservatório Regional da Horta disponibilizasse aulas desse tipo de instrumentos, de modo a garantir a sua continuidade nos diversos grupos de cantares e grupos folclóricos da ilha. No entanto, entende que essa não é a única forma de dinamizar os referidos instrumentos, e deixa uma ideia “estou convencido de que se houvesse outra escola que ensinasse estes instrumentos, associandose a uma Casa do Povo, por exemplo, seria possível formar mais tocadores”, entende.

JOsÉ XAvIER O presidente da direcção do Ilha Azul gostava de ver mais jovens a tocar instrumentos tradicionais

O Ilha Azul introduz novidades no seu repertório a cada ano que passa, com a orientação de Eduardo Costa, responsável pela parte musical do grupo. José Xavier explica que tal não é difícil, já que a música tradicional portuguesa é uma fonte inesgotável de temas a que o grupo continua a ir beber com o mesmo afinco de há 15 anos. No entanto, a música açoriana é

sempre privilegiada quando se trata de acrescentar temas repertório. O 15.º aniversário do Grupo de Cantares Ilha Azul foi assinalado ontem, com um jantar convívio onde o grupo apresentou precisamente os novos temas ensaiados para este ano. A festa contou com a colaboração do Grupo Ecos do Fado.

Blind Zero confirmados na Semana do Mar g Depois dos Deolinda, os Blind Zero são o segundo nome conhecido do cartaz musical da Semana do Mar 2011. De acordo com informação no site da agência de produção de espectáculos Chave do Som, que trabalha com a banda do Porto, os Blind Zero actuam no Faial no dia 11 de Agosto. Neste momento, a banda de Miguel Guedes promove o seu sétimo álbum, Luna Park. Slow Time Love e Snow Girl, os dois primeiros singles apresentados, foram sucessos imediatos. ANdRÉ sARdET, MINd dA GAP E quIM bARREIROs NA MAdAlENA As Festas da Madalena, na

blINd ZERO A banda do norte é um dos destaques da semana do Mar 2011

vizinha ilha do Pico, decorrem entre os dias 20 e 24 de Julho. No cartaz musical, está confirmada a presença de André Sardet. O músico, com 12 anos de carreira, é autor de temas que se destacaram no panorama musical português, como O Azul do Sul ou Quando te falei de Amor. O seu álbum Mundo

de Cartão, direccionado também para o universo infantil, fez muito sucesso em 2008, e em 2011 o cantor promove o seu mais recente trabalho, Pára, Escuta e Olha, com destaque para o primeiro single, Roubote um Beijo. A ele juntam-se Quim Barreiros e os Mind da Gap.


O8

13 dE MAIO dE 2O11

eleiçõeS de 5 de JunHo – mota amaRal, Cabeça de liSta do PSd PeloS açoReS

“o relacionamento entre o estado e a região deve reger-se sempre pela abertura ao diálogo e pelo respeito mútuo” d.R.

João bosco Mota Amaral, natural de Ponta delgada, licenciou-se em direito em 1965 na universidade Clássica de lisboa, onde um ano mais tarde concluiu o Curso Complementar de Ciências Político-Económicas. depois de ter passado pelo exercício do jornalismo e da advocacia, foi eleito deputado à antiga Assembleia Nacional onde integrou com sá Carneiro a chamada Ala liberal voltada para reformas só alcançadas após o 25 de Abril. Em 1974 foi um dos fundadores do PPd nos Açores, tendo desempenhado nesse Partido os mais altos cargos. Foi deputado à Assembleia Constituinte e de seguida fez parte da Assembleia da República mas, alguns meses depois, em 1976, assumiu as funções de presidente do Governo Regional dos Açores na sequência de eleições democráticas, funções que ocupou em sucessivos mandatos até 1995. Também presidiu ou esteve ligado a diversas instituições a nível nacional e comunitário e participou em organizações políticas à escala internacional. Mota Amaral foi Presidente eleito da Assembleia da República de 2002 a 2005, tempo durante o qual efectuou visitas oficiais ao estrangeiro e teve contactos com altos responsáveis políticos de numerosos países. Pertenceu ao Conselho de Estado eleito pelo Parlamento, é “cidadão honorário” de alguns concelhos açorianos e possui uma série de condecorações nacionais e de mérito atribuídas pela República Portuguesa e por Chefes de Estado da Europa e do brasil. Autor de uma série de livros de teor político, Mota Amaral foi agraciado com elevados graus académicos pela universidade dos Açores e pela Faculdade de direito da universidade Clássica de lisboa.

Fernando Melo t.i. – está convencido de que as próximas eleições para a assembleia da república, marcadas para 5 de Junho, poderão abrir caminho à resolução da grave crise políticofinanceira que o país está a viver? em que baseia a sua resposta ? JBMa – Estou sim e com forte convicção! As eleições são sempre uma boa oportunidade para realizar o julgamento da situação do País e dos seus responsáveis e fazer as opções convenientes. Ora parece-me óbvio que o Governo socialista do PrimeiroMinistro José Sócrates arruinou Portugal e pôs-nos a todos à beira da bancarrota. Impõe-se mudar! E aí está o PSD com propostas alternativas e lideranças novas, capazes de relançar uma dinâmica de crescimento e de dinamização nacional. t.i. – em que medida, na sua opinião, é que esta crise pode afectar a região autónoma dos açores, em termos financeiros ou de natureza económica e social? JBMa – Já o PEC4, tão exaltado pelas hostes socialistas, previa a possibilidade de cortes nas transferências financeiras para as Regiões Autónomas e para as Autarquias Locais. É previsível que disposição análoga conste do acordo com o FMI e com as entidades europeias, a assinar até 16 de Maio, sem o qual o Governo já não terá dinheiro para pagar as despesas do mês de Junho, conforme anunciou o próprio Ministro das Finanças, até há pouco considerado pelo establishment socialista o salvador da Pátria, hoje marginalizado e caído em desgraça. Além disso, a recessão em que o Governo socialista afundou o País fez disparar o desemprego e reduziu o rendimento da classe média, esmagada com o aumento dos impostos e a redução das pensões. Assim o principal mercado de exportação dos nossos produtos e de importação de turistas está de rastos, o que já se reflecte negativamente na economia açoriana. t.i. – um aspecto de considerável importância a ter em conta nestas eleições é o relacionamento da república com a região autónoma dos açores, em áreas como, por exemplo, as finanças, a segurança, a defesa, as questões do foro marítimo, ligadas ao património e à fiscalização das pescas. como encara esse rela-

cionamento? JBMa – O relacionamento entre o Estado e a Região deve reger-se sempre pela abertura ao diálogo e pelo respeito mútuo. Posso assegurar que Pedro Passos Coelho, como PrimeiroMinistro, irá pautar por esses princípios a sua actuação e imprimirá o mesmo padrão a todo o Governo. t.i. – o turismo é uma das áreas económicas apontada actualmente pelos seus resultados negativos ou pouco favoráveis numa boa parte do arquipélago. Há quem diga que a expansão da hotelaria foi exagerada em algumas ilhas sem que haja ainda um destino turístico consolidado. e há quem aponte outras razões de base. a sua opinião? JBMa – Tenho mantido a regra de não comentar as opções da política interna regional. Dito isto, posso afirmar que os Açores têm condições excelentes para um turismo de qualidade, virado para a fruição da Natureza e da nossa cultura, no sentido mais lato do termo. Quanto mais intactas e genuínas as mantivermos, maiores serão as possibilidades de um desenvolvimento turístico sustentável. As nossas ilhas são pequenas e a sua beleza é frágil… Deixado a si próprio o turismo pode revelar-se uma actividade predadora. t.i. – Qual o seu ponto de vista global sobre a actual situação da agricultura açoriana envolvendo a sua importante componente da pecuária e da produção e colocação dos produtos lácteos ? JBMa – Sempre entendi a agricultura, com forte componente pecuária e indústrias associadas, como um dos pilares da economia açoriana. Fundamental é mantermos um enquadramento, nacional e europeu, que responda às limitações estruturais permanentes derivadas da nossa insularidade arquipelágica. Foi por isso que me bati, ao longo de muitos anos, durante a minha presidência do Governo da nossa Região Autónoma, pela definição do estatuto de região europeia ultra-periférica, contando com o apoio do então Primeiro-Ministro Cavaco Silva, hoje Presidente da República, com o voto expresso da maioria dos eleitores açorianos. t.i. – Pelo que temos lido, inclusivamente no triBuna DaS ilHaS, através da colaboração de um dos peritos

açorianos na matéria, as pescas no mar dos açores parecem ter perdido o vigor de há anos atrás. certo ou isso é apenas uma impressão vaga ? JBMa – Se os peritos assim dizem, quem sou eu para discordar? Tenho o maior respeito pela alta qualidade da investigação científica realizada pelo DOP da nossa Universidade. Lançar os Açores como base do aproveitamento dos recursos, da pesca e outros, do mar imenso que nos rodeia parece-me ser o grande desafio dos próximos tempos, o que implicará mudanças de mentalidade e a abertura ao investimento externo, devidamente disciplinado. t.i. – numa região insular como a nossa os transportes – aéreos e marítimos – têm uma importância fulcral. como é que estamos neste sector, sem esquecer o transporte de mercadorias, por via marítima, entre o continente e as ilhas ? JBMa – Avançámos muito em matéria de transportes nesta nossa era da Autonomia Democrática. Os Açores estão razoavelmente equipados em infraestruturas ( portos e aeroportos ) e foram vencidas muitas das carências ancestrais, nomeadamente as rupturas de abastecimento. Pode-se e deve-se sempre melhorar! O que afirmo agora é que um Governo do PSD estará disponível para apreciar as propostas que as

entidades açorianas entendam formular neste domínio. t.i. – e já que abordámos o sector dos transportes e atendendo a que este semanário, embora de âmbito açoriano, tem a sua sede no faial, não resistimos a pôr como última questão a da ampliação da pista do aeroporto da Horta, uma velha e justa aspiração dos faialenses, na vertente das infra-estruturas, com benefícios para toda a região. Quando está, nesta circunstância, a decorrer na internet uma petição sobre este caso, não acha que tem havido até agora falta da necessária vontade política dos Governos para resolver esta legítima reivindicação de todo um povo que aqui vive e merece ser atendido? JBMa – Com certeza! Tenho acompanhado este assunto no Parlamento, com a maior atenção. O Dr. Joaquim Ponte e eu dirigimos sucessivas interpelações ao Governo sobre o projecto em causa, recebendo respostas evasivas e não convincentes, que imediatamente divulgámos à opinião pública. Eis aqui mais um motivo para apelar ao voto dos Faialenses e dos Açorianos em geral na mudança necessária, protagonizada pelo PSD e pelas suas lideranças, nacional, Pedro Passos Coelho e regional, Berta Cabral.


O9

Tribuna das Ilhas

eleiçõeS de 5 de JunHo – RiCaRdo RodRigueS, Cabeça de liSta do PS PeloS açoReS

o relacionamento entre os Governos da república e da região, tem sido, nos últimos anos, bom… d.R.

Ricardo Manuel Amaral Rodrigues, natural de vila Franca do Campo, em são Miguel, é licenciado em direito e tem exercido a advocacia. Foi deputado eleito à Assembleia legislativa Regional dos Açores, tendo também desempenhado as funções de secretário da Agricultura e Pescas e de secretário do Ambiente do Governo Regional dos Açores. Foi parlamentar pelo Partido socialista na X e XI legislaturas da Assembleia da República bem como membro da Comissão Permanente da mesma Assembleia que igualmente tem representado no Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários, no Conselho superior do Ministério Público e no Conselho superior de segurança Interna. vice-presidente do Grupo do Ps na A.R., integrou mais de uma dezena de Comissões Parlamentares por parte do Partido socialista. Fernando Melo t.i. – está convencido de que as próximas eleições para a assembleia da república, marcadas para 5 de Junho, poderão abrir caminho à resolução da grave crise político-financeira que o país está a viver? em que baseia a sua resposta ? r.r. – A crise que vivemos, a par de uma crise financeira e económica, convém recordar, deve-se exclusivamente à coliga-

ção negativa dos votos do CDS, PSD, PCP e BE, partidos que não se juntaram para criar soluções, mas souberam unir-se para criar maiores dificuldades ao País. Por isso, as eleições de 5 de Junho são muito importantes, porque ao Governo eleito caberá pôr em prática a política destinada a resolver a difícil situação em que nos encontramos. Assim, estou absolutamente convencido de ser o PS o partido melhor preparado para vencer as próximas eleições, porque protagonizará mais e melhor justiça social com a resolução do problema financeiro do País. t.i. – em que medida, na sua opinião, é que esta crise pode afectar a região autónoma dos açores, em termos financeiros ou de natureza económica e social? r.r. – Os Açores sempre foram, com os Governos do PS, solidários com o País nas suas dificuldades. Antes de mais, porque temos pouco endividamento, quando, por exemplo, comparamos com a outra Região Autónoma, a Madeira. Porém, seria injusto não reconhecer que o Governo dos Açores tem sabido gerir os recursos públicos e por isso deveria ser credor desta mais valia para o País, mas face à crise instalada é natural que nos Açores sintamos alguns reflexos, ainda que não significativos e sempre de acordo com a Lei de Finanças Regionais, a qual dispõe de mecanismos adequados para estas circunstâncias. t.i. – um aspecto de considerável importância a ter em conta nestas eleições é o relacionamento da república com a região autónoma dos açores, em áreas como, por exemplo, as finanças, a segurança, a defesa, as questões do foro marítimo, ligadas ao património e à fiscalização das pescas. como encara esse relacionamento? r.r. – O relacionamento entre os Governos da República e da Região tem sido, nos últimos anos, bom. Por um lado essa relação resulta da grande capacidade de influência evidenciada em Lisboa pelo Presidente do Governo dos Açores, Carlos César e, por outro, é bom reconhecer, a consciência da realidade e das necessidades açorianas por parte do Primeiro Ministro, José Sócrates, tem facilitado essa aproximação no combate às dificuldades. Em todo o caso, estamos habituados, no PS, a lutar e a conquistar e esta é a nossa firme disposição na defesa dos açorianos e dos Açores.

De todas as áreas que refere aquelas que a meu ver carecem de acompanhamento muito atento têm a ver com a segurança e a fiscalização das pescas. Assumo com os meus colegas candidatos, em Lisboa, a sermos a voz dos açorianos. t.i. – o turismo é uma das áreas económicas apontada actualmente pelos seus resultados negativos ou pouco favoráveis numa boa parte do arquipélago. Há quem diga que a expansão da hotelaria foi exagerada em algumas ilhas sem que haja ainda um destino turístico consolidado. e há quem aponte outras razões de base. a sua opinião? r.r. – O Turismo, a par da agricultura, são os sectores económicos mais importantes nos Açores. Bem esteve o Governo de Carlos César ao desenvolver mais um sector de actividade, que o PSD tinha negligenciado, que é o turismo. A verdade é que hoje podemos criticar este ou aquele pormenor, mas a decisão foi muito acertada e teve e tem uma influência significativa no desenvolvimento dos Açores. Como se sabe, o mundo e em particular a Europa, vivem uma crise financeira e económica, e é por isso natural que também este sector de actividade sofra alguma influência desta crise. t.i. – Qual o seu ponto de vista global sobre a actual situação da agricultura açoriana envolvendo a sua importante componente da pecuária e da produção e colocação dos produtos lácteos ? r.r. – Como disse, a agricultura é o sector determinante na economia regional, que é exposta a vários problemas exteriores. Antes de mais, a maior parte das decisões políticas neste sector são tomadas na União Europeia, constituindo, de resto, uma das raras políticas comuns dos Estados Membros. A decisão da criação da LactAçor, que precede à distribuição e comercialização dos produtos lácteos açorianos, entre outros, no Continente, foi uma boa decisão e trouxe sinergias e economias de escala que muito têm beneficiado o sector. Em todo o caso é preciso seguir de perto as decisões comunitárias, designadamente a anunciada extinção das quotas leiteiras. t.i. – Pelo que temos lido, inclusivamente no triBuna DaS ilHaS, através da colaboração de um dos peritos açorianos na matéria, as pescas no mar dos açores parecem ter perdido o vigor de

há anos atrás. certo ou isso é apenas uma impressão vaga ? r.r. – Os recursos heliêuticos têm vindo a perder quantidade o que obriga a uma gestão rigorosa dos recursos existentes e, também aqui, a gestão passa pelas autoridades da EU, sendo certo que o DOP, pela sua reconhecida qualidade técnica e científica, tem sido uma mais valia nas posições fundamentadas que os Açores têm levado a Bruxelas. Por outro lado, o mar é uma grande riqueza que o Governo dos Açores tem sabido despertar, quer ainda nas pescas, quer em outros domínios das ciências de ponta que agora dão os primeiros passos. t.i. – numa região insular como a nossa os transportes – aéreos e marítimos – têm uma importância fulcral. como é que estamos neste sector, sem esquecer o transporte de mercadorias, por via marítima, entre o continente e as ilhas? r.r. – Os Açores deram um passo em frente neste domínio quer se trate do transporte aéreo com a criação da Sata Internacional, sem esquecer a melhoria da frota regional, quer no domínio do transporte marítimo, com o transporte interilhas nos meses em que o mar consente. Nas ilhas, o transporte assume valor determinante e tem sido bem gerido quando comparado com o que existia há quinze ou mais anos atrás. Até mesmo na comparação do preço, verifica-se que agora, ape-

sar de caro, é mais barato do que há quinze anos atrás. t.i. – e já que abordámos o sector dos transportes e atendendo a que este semanário, embora de âmbito açoriano, tem a sua sede no faial, não resistimos a pôr como última questão a da ampliação da pista do aeroporto da Horta, uma velha e justa aspiração dos faialenses, na vertente das infraestruturas, com benefícios para toda a região. Quando está, nesta circunstância, a decorrer na internet uma petição sobre este caso, não acha que tem havido até agora falta da necessária vontade política dos Governos para resolver esta legítima reivindicação de todo um povo que aqui vive e merece ser atendido ? r.r. - Tem toda a razão, na verdade este assunto já devia ter sido resolvido pela ANA, EP entidade que gere esta actividade. Têm sido várias as desculpas para não realizar o que todos sabemos ser necessário. Acabando agora na indefinição de privatizar ou não a ANA e deixar esta obrigação para os próximos Governos. A verdade é que, apesar de se ter construído a nova ”gare” de passageiros e das várias melhorias introduzidas, esta continua a ser uma reivindicação que os eleitos pelo Partido Socialista manterão na sua agenda.


1O

OPINIãO

13 dE MAIO dE 2O11

o Ditado

CitaçõeS

entrámos em contagem decrescente para um dos momentos mais decisivos da história recente de Portugal, dos açores e da Madeira: a 16 de Maio ficaremos a saber que sacrifícios nos vão ser impostos pela troika formada pelo FMi, BCe e Comissão europeia. as vozes que já se fazem ouvir contra os “abutres” do FMi vão aumentar de tom, o povo vai encher-se da coragem que antes não teve para gritar contra os homens de negro que vieram a Portugal com a missão de preparar um pacote de ajuda financeira e que chegaram mudos e saíram calados. Contudo, a ira dos portugueses está mal direccionada. o FMi não pediu para vir para Portugal, fomos nós que por força das circunstâncias lhes fomos bater à porta a pedir auxílio. e eles, os homens de negro aceitaram e vieram, afinal é essa a sua profissão. é essa a sua missão. Paulo simões Açoriano Oriental

Falo de um PrimeiroMinistro que afirmava que nunca governava com o FMi para passar a dizer que governava, que culpa os outros partidos políticos pela situação do país quando o Ps governou 14 dos últimos 16 anos, que dizia que as medidas do FMi iriam ser prejudiciais aos Portugueses por culpa da crise política para depois dizer que foi um “bom acordo”. o cúmulo destas atitudes resulta numa conferência de imprensa onde o eng.º sócrates apenas divulga a parte positiva do memorando da troika, não querendo estar associado à parte mais difícil para os Portugueses. é com esta postura de propaganda enganosa e ilusionista que também somos chamados a decidir no próximo dia 5 de Junho. decidir é escolher entre a realidade e a utopia. o homem já não consegue viver de outra maneira e, pior, acredita no que diz. este Primeiro-Ministro não passou no teste da governação, já deu provas de tiques de ditadura e está implicado em muitos escândalos nacionais, desde a obtenção do diploma do curso, passando pelo caso freeport até ao telejornal da tvi. António ventura A união

Tribuna das Ilhas

A

Fernando Guerra

s vidas do nosso quotidiano são cada vez mais preenchidas com muitos afazeres profissionais e pessoais, áreas em que, para sermos bons, investimos quase todo o tempo disponível de que dispomos. Contudo, vivemos em sociedade e somos obrigados a contribuir para o seu desenvolvimento e bem estar, tarefas estas supostamente entregues à actividade política e, consequentemente, aos seus governos. Diz-se que a democracia foi tomada de assalto pelos partidos, uns de esquerda, outros de direita, com alguns movimentos independentes pelo meio. A complexidade das melhores orientações que o nosso país deve tomar, aliada à sua presença no espaço europeu e internacional, em geral, fazem com que não tenhamos tempo disponível na nossa vida para acompanhar com pormenor toda a actividade política, por isso há uma coisa que deverá ser o seu alicerce: o nosso voto.

Poderá ser confuso, poderemos não gostar das políticas nem dos políticos, mas a acção destes mexe com a nossa vida do dia a dia, através da legislação produzida e dos investimentos efetuados, para os quais contribuímos com os nossos euros e cêntimos. Dada esta importância, não podemos dar para sempre, como se um clube de futebol fosse, o nosso voto a uma força partidária. O voto é sempre nosso, intransmissível, deve sim ser emprestado no dia das eleições e regressar novamente à nossa propriedade. Outro pilar fundamental para que a democracia funcione em pleno é a alternância política, na medida em que há políticas de mais geração de riqueza e outras de mais distribuição, cada uma com prós e contras. Assim, e à semelhança de países muito desenvolvidos a nível mundial, o povo, duma forma sábia, alterna os governos, ou mais à esquerda, ou mais à direita, com ganhos no seu bem estar e tirando partido do que de bom a democracia nos trouxe. Devemos, portanto, ter presentes noções básicas de esquerda e de direita e

do que estas pretendem caso sejam governo, se são mais igualitárias, de proteção social, ou se, apesar de assentarem nessas bases, são mais orientadoras para o desenvolvimento económico-social e mais liberais, ou ainda os extremos, a cujos radicalismos os portugueses têm, felizmente, dado pouca importância eleitoral. Duma forma aparentemente racional, termos um estado providencial que nos proteja de modo igualitário tem tido sucesso eleitoral no nosso país, graças a um povo que, com expectativas baixas, se defende normalmente num governo de esquerda. Mas esta situação governativa com muitos anos, sem alternância, está a ter como consequências um país sem capacidade produtiva modernizada, com deficits orçamentais, balanças comerciais desequilibradas, com consequente desemprego, que culminou num ditado. Foi necessário virem pessoas de fora de Portugal, a chamada Troika, em 15 dias pura e simplesmente fazer um ditado, ditar nas orelhas dos governantes como se faz, que é diferente do que se tem feito. Perante este ditado, perante um sistema

democrático, perante o facto do voto ser nosso e não dos partidos, perante o bom funcionamento das democracias ser a alternância, há que utilizar o nosso voto na hora certa, no sentido de introduzir um efeito de compensação em muito tempo com as mesmas políticas. Poderá custar a muitos, alguns até terão que fechar os olhos na altura de colocar a cruz, mas se têm juízo e responsabilidade e orgulho em querer um futuro melhor para os seus filhos, têm de se deixar de clubismos e utilizar sabiamente o seu voto, para que não haja mais ditados. Aliás, esta esquerda governativa nacional o que fez pelo Faial? Se pensarmos nos domínios da acção nacional sobre esta ilha, como é o caso do aeroporto da Horta, qual a intervenção? Ampliou-o? Não! Entregou o seu património à Região? Não (até teve-se que comprar)! Diminuiu o emprego e a importância? Sim (através do fecho da Estação Rádio Naval e da perda do Comando da Polícia, para referir apenas dois)! Fez um novo estabelecimento prisional na Horta? Não!... Querem continuar com o ditado? frgvg@hotmail.com

os pseudo-justiceiros do fMi Paulo sousa Mendes

Q

ue algumas pessoas, todas elas com interesses financeiros (directa ou indirectamente) desejavam, umas secretamente outras nem por isso, a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) não era, para mim, novidade, o que sempre me surpreendeu foi verificar o mesmo anseio, por parte de quem tem sido alvo das políticas do ‘arco da austeridade’. Explorando a lógica de tal paradoxo, depressa descobri o que algumas pessoas, agrilhoadas pela austeridade, desejam da intervenção do FMI. Desejam que os ‘tipos do FMI’ façam sofrer aqueles que nunca sofrem com a justiça ríspida interna. Tudo suportado

na vã esperança de que o FMI se preocupa com a atenuação das desigualdades sociais e com o desenvolvimento do país. Infelizmente, as notícias não são boas, para quem alimenta tão acalentado desejo. Para chegar a tal conclusão, bastará estar atento ao que se passa na Grécia e na Irlanda, onde os tão desejados pseudo-justiceiros universais já impuseram as suas condições. Por exemplo, a intervenção do FMI na Irlanda serviu, de facto, para salvaguardar os interesses da banca, mas, por outro lado, exigiu cortes no salário mínimo e no valor e duração do subsídio de desemprego . Na Grécia, entre muitos outros exemplos de medidas de austeridade

selectivas, o FMI impôs um corte de 30% no 13.º mês e de 60% no 14.º mês . Em Portugal, os outrora ansiados justiceiros, vão começar por cortar subsídios de férias e de Natal aos reformados, razão para nos questionarmos sobre o que virá a seguir… Ainda por cá, continuamos a ser submetidos, a ‘toda a hora’, a uma campanha frenética na comunicação social sobre a inevitabilidade das soluções prescritas pelos mesmos do costume atribuindo a responsabilidade, por vezes e perigosamente, à democracia, enquanto assistimos, impávidos e serenos, como se fosse normal, que três portugueses tenham a honra de estar entre os mais ricos do mundo, com as

suas fortunas mais do que reforçadas. Não se trata de condenar a riqueza, mas antes de condenar a desigualdade na sua distribuição. Não deixa de ser interessante que, apesar de tudo, continuamos a considerar, porque assim nos condicionam, as opiniões e as inevitabilidades propagandeadas pelos nossos ilustres representantes na lista da Forbes (lista dos mais ricos do Mundo). Porque afinal de contas, são indivíduos de sucesso e porque se calhar, todos nós gostaríamos de, quem sabe, um dia ser também como eles, mesmo que esse sonho nos pareça distante, porque para manter as grandes fortunas, temos de continuar desempregados ou a auferir salários vergonhosos que em nada, dignificam o trabalho.

EsPAçO dE PROXIMIdAdE A POlíCIA AO sERvIçO dOs CIdAdãOs P P O O l l í í C C I I A A

CONCuRsO dE AdMIssãO PARA FREquêNCIA dO 1º ANO dO CuRsO dE MEsTRAdO INTEGRAdO EM CIêNCIAs POlICIAIs E sEGuRANçA INTERNA Aviso n.º 10251/2011 (Publicado no d.R. 87 de 05MAI11) 1 — Nos termos do decreto-lei n.º 296-a/98, de 25 de setembro, alterado e republicado pelo decreto-lei n.º 90/2008, de 30 de Maio, e da Portaria n.º 230/2010, de 26 de abril, faz-se público que se encontra aberto, a partir de 29aBr11 por um período de 20 dias úteis, o concurso de admissão para a frequência do 1.º ano do Curso de Mestrado integrado em Ciências Policiais, ministrado no instituto superior de Ciências Policiais e segurança interna, cujo número de vagas foi fixado em 25, nos termos da Portaria n.º 879/2009, de 21 de setembro, e do despacho n.º 139/2011/MeF, do Ministro de estado e das Finanças, de 19 de abril de 2011. o concurso é válido apenas para a admissão ao 1.º ano do Curso de Mestrado integrado em Ciências Policiais, para o ano lectivo 2011/2012.

o concurso; c) ter pelo menos 1,65 m de altura para os candidatos masculinos e 1,60 m de altura para os candidatos femininos; d) ser titular de um curso de ensino secundário ou habilitação legalmente equivalente, ou demonstrar que se encontra inscrito e a concluí-lo nesse mesmo ano, até à data do encerramento do concurso; e) ter realizado as provas de ingresso fixadas para o estabelecimento/ curso, nos termos fixados pela Comissão Nacional de acesso ao ensino superior, até à data do encerramento do concurso; f) Não ter sofrido sanção penal inibidora do exercício da função.

d d E E s s E E G G u u R R A A Escolha uma profissão com futuro, N N apostando num desafio aliciante. ç ç A A eventuais esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.s.P. da sua P área de residência, por correio electrónico: cphorta@psp.pt, pelos e-mails: P Ú Ú 2 — são condições gerais de admissão a concurso: iscpsi@iscpsi.pt ; iscpsi@psp.pt ou visitando a página: WWW.iscpsi.pt b b Contactos: Telefone – 292208510 l l a) ser cidadão português; – Fax - 292208511 I I b) ter menos de 21 anos em 31 de dezembro do ano em que se realiza C C PROGRAMA INTEGRAdO dE POlICIAMENTO dE PROXIMIdAdE A A


deSPoRto

Tribuna das Ilhas

13 dE MAIO dE 2O11

11

duaS RodaS

4ª Prova da taça terMofaial xc g O frio sentido no Parque do Cabouco não fez gelar as emoções da quarta prova da Taça TERMOFAIAL XC, com muito público a ir assistir à penúltima prova da Taça. Os 2400 metros da prova, num circuito rápido e muito variado, com subidas muito íngremes, descidas vertiginosas, zonas planas enlameadas e um percurso muito rápido dentro de uma mata escura, foram os ingredientes para mais um espectáculo do BTT faialense. A tarde iniciou-se com as provas para os escalões de formação, nesta que foi a

primeira abordagem das crianças a uma prova com lama, que em muito dificulta a progressão dos jovens ciclistas. Na quarta prova da Taça TERMOFAIAL XC, assistiu-se nos adultos a duelos e tácticas muito competitivas entre as diversas equipas e ciclistas. De realçar a vitória de Tiago Bessa, do Team MotoHorta nos Sub23, que não tinha conseguido superar o seu adversário Bruno Brasil da Junta de Freguesia da Ribeirinha, nas duas últimas provas. Tiago Bessa contou com a ajuda do experiente João Cardoso do

Team MotoHorta, que o “rebocou” impondo um ritmo que o adversário não conseguir acompanhar. Na categoria de Veteranos A, que tem sido a mais competitiva, pois nunca se consegue prever o desfecho da classificação final, César Furtado do Café Silva/Angústias Atlético Clube, venceu pela terceira vez, mas Nuno Carvalho, da mesma equipa, depois de ter ficado em quarto lugar nas duas últimas provas, alcança o segundo lugar. Em terceiro ficou Hélder Pereira, do Team MotoHorta, tendo António Dutra

Futebol

King

taça afH 2011 é do flamengos g No passado domingo o Futebol Clube dos Flamengos confirmou as previsões e sagrou-se vencedor da Taça da Associação de Futebol da Horta. O Flamengos precisava apenas de um ponto para garantir o troféu, mas o seu adversário, o Desportivo da Feteira, estava apostado em não facilitar a vida aos pupilos de Rui Pacheco, e foi mesmo a primeira equipa a marcar. No entanto, na segunda parte o

Flamengos repôs a igualdade e fechou o marcador em 1-1. Os flamenguenses acabaram a competição com 16 pontos, a 2 do Fayal Sport, segundo classificado, que empatou a zeros com o Cedrense na Alagoa. Em terceiro lugar ficou o Lajense, com 13 pontos, enquanto que o Cedrense e o Feteira classificaram-se respectivamente em quarto e quinto lugar, ambos com 6 pontos.

suPERTAçA FARIA dE CAsTRO JOGA-sE dOMINGO Este domingo, a partir das 16h00 disputa-se no campo dos Flamengos a Supertaça Faria de Castro, que opõe o vencedor do Campeonato ao vencedor da Taça. Assim, o Fayal Sport Club, equipa campeã da Associação de Futebol da Horta, defronta o Futebol Clube dos Flamengos, detentor da Taça AFH na presente época.

ruben oliveira vence 14.ª jornada g Disputou-se na passada segunda-feira mais uma jornada do Campeonato de King, no Grémio Literário Artista Faialense. Desta feita, Ruben Oliveira foi o vencedor da noite, seguindo-se João Luís, em segundo lugar, e Paulo Taveira, em terceiro. Nas contas da classificação geral, Mário Dutra segue em primeiro lugar. Ruben Oliveira ocupa o segundo posto do pódio, e Carlos Vilela é terceiro. A próxima jornada disputa-se na segunda-feira, dia 16 de Maio.

andebol

andebol

iniciados do ScH jogam a 3.ª fase do nacional g Este fim-de-semana a equipa de Iniciados do Sporting Clube da Horta vai a Estarreja, no distrito de Aveiro, disputar a terceira fase do Campeonato Nacional de Andebol. Os faialenses, campeões regionais, não têm uma tarefa fácil pela frente, já que irão defrontar equipas potencialmente bastante fortes, como adiantou ao Tribuna das Ilhas o treinador Mário Bettencourt. Um dos adversários do

da Junta de Freguesia da Ribeirinha, ficado em quarto, ele que tinha vencido na segunda prova no parque da Alagoa. A quinta e última prova da Taça TERMOFAIAL XC terá lugar no dia 15 de Maio, no parque do Capelo, no trilho oficial de BTT do Parque Natural da ilha do Faial, com concentração pelas 9h30, início das corridas pelas 9h45 para os Escalões de Formação e 10h30 para os Escalões de Competição. O percurso para os escalões de formação desenrolar-se-á na totalidade, nos cerca de 2000 metros do Trilho de BTT

do Parque Natural da Ilha do Faial, situado no Parque Florestal do Capelo, alterando o número de voltas, consoante o escalão do ciclista. Esta prova tem vários ingredientes que a tornam especial: será a primeira Prova Federada, que terá lugar no trilho oficial de BTT do Parque Natural da Ilha do Faial; contará com a presença de 15 ciclistas da equipa terceirense Altares Activos, que deslocará ao Faial ciclistas em vários escalões, dos Juvenis aos Veteranos C. Apesar de em alguns escalões as classificações finais estarem praticamente definidas noutros a pontuação na última prova poderá ainda trazer mexidas.

SCH é o Ginásio Sul, de Almada, equipa que Bettencourt conhece bem, já que pôde observá-la na Nazaré Cup, competição que a selecção dos Açores de Iniciados venceu, e onde os jogadores de Almada se classificaram em terceiro lugar. O SCH terá de enfrentar também o Académico do Funchal, e o técnico dos faialenses não espera facilidades neste encontro, tendo em conta a tradição das equipas madeirenses no

que ao andebol diz respeito. Finalmente, os pupilos de Mário Bettencourt terão de enfrentar o Estarreja Andebol Clube, equipa que, a jogar em casa, ganhará certamente uma galvanização extra. Apesar da competição não se prever tarefa fácil, Mário Bettencourt está optimista em relação à prestação da sua equipa, e espera voltar de Aveiro com uma boa classificação.

Sporting da Horta lidera grupo B g O Sporting Clube da Horta defrontou no passado sábado o Belenenses, num jogo difícil em Lisboa, em que os faialenses arrancaram uma vitória tangencial por 29-30. Este resultado colocou a equipa treinada por Filipe Duque no primeiro lugar

do Grupo B. Este sábado, o SCH recebe no Pavilhão da Horta o São Mamede, que neste momento ocupa o último lugar da tabela classificativa. No outro jogo da jornada, o São Bernardo recebe o Xico Andebol.

João nunes vence 1ª Prova eSgRima do troféu da Primavera atiradores iniciados do ScH no nacional em Mini-Veleiros g Disputou-se na tarde de domingo, 8 de Maio, a primeira prova do Troféu da Primavera em MiniVeleiros. Foram sete os skippers que aproveitaram as condições ideais para a prática da modalidade. João Nunes venceu a prova, depois de luta renhi-

da com José Gonçalves que acabou por se classificar em 2º. João Sequeira ficou em 3º, César Matos em 4º, Eduardo Pereira em 5º, Hedi Costa em 6º e António Pereira em 7º. A segunda e última prova deste Troféu está marcada para dia 22 do corrente pelas 15h00.

arc europe já ruma aos açores g Começou o ARC Europe, rally Atlântico que irá ligar as Caraíbas e os Estados Unidos da América à cidade de Lagos, passando pelas Bermudas e Açores.

No passado dia 5 de Maio largaram os 16 barcos das Caraíbas e no dia seguinte, 6 de Maio, largam os 4 barcos dos EUA, em direção às Bermudas.

g Decorreu no passado fim-de-semana o Campeonato Nacional de Iniciados em Espada Masculina e Feminina individuais, nas Instalações do Colégio Militar, em Lisboa. Neste evento, participaram os atiradores faialenses Cátia Tanger e Hélder Catarina, do Sporting Clube da Horta. Na série de poulles destinada ao escalão Masculino, Hélder Catarina venceu quatro jogos, tendo saído em 8º para as finais directas. Na última eliminatória acabou por perder, classificando-se em 8º da geral, baixando assim a posição que detinha no Ranking Nacional. De acordo com Victor Frazão, coordenador de esgrima do SCH, em nota enviada às redacções, o atirador faialense esteve a braços “com um jogo muito complicado e árduo”, tendo cometido

“alguns erros técnicos”. Na série de destinada ao escalão Feminino, Cátia Tanger venceu três

jogos, saindo em 8º lugar para as finais directas. No entanto, também ela acabou por ceder nos oitavos de final.


12

oPinião

13 dE MAIO dE 2O11

Tribuna das Ilhas

o Dia da europa

maR açoRiano

aquacultura

dR

Genuíno Madruga

E

A

aquacultura é uma das indústrias mais importantes de quase todo o Mundo, com destaque para os continentes sulAmericano e asiático. Aliás, a aquacultura tem vindo substancialmente a aumentar de importância, sobretudo a partir dos anos 70, havendo mesmo países, como seja o caso do Chile, cuja produção, virada para a exportação, é uma grande fonte de entrada de divisas e criação de emprego. Na maioria dos países a criação em cativeiro de algumas espécies de peixes, bem como bivalves acontece de forma quase natural, em baías ou locais devidamente protegidos, não implicando assim investimentos avultados, o que não quer dizer que algumas espécies não estejam a ser criadas em autênticas fábricas fora do contexto marinho. Obviamente que as espécies alvo são aquelas de mais rápido desenvolvimento e com bom valor comercial, isto porque em qualquer dos casos o lucro terá sempre que compensar os necessários investimentos. Em recentes declarações, o Sub-secretário das Pescas declarou que ao abrigo da Portaria Regional n. 97/2009 poderão ser concedidos apoios até 75% dos investimentos destinados à aquacultura, sendo que as espécies para criação constantes do Anexo I da referida

Portaria são: Crustáceos: craca Moluscos: abalone e lapas; Equinodermes: Ouriço; Peixes ósseos: atum, cherne, encharéu, írio, pargo, peixeporco e veja. Destas espécies só o pargo e o cherne, devido ao seu alto valor comercial, creio poderem apresentar interesse; as outras, devido ao seu baixo valor comercial, certamente que não serão de ter em conta, até porque qualquer produção regional teria sempre que competir com espécies iguais ou semelhantes produzidas por empresas que já actuam no mercado,

com preços de produção e transporte altamente competitivos. Resta-nos, então, o pargo e o cherne, espécies cujo crescimento, como é sabido, é muito lento, logo com altos custos de produção. Relativamente ao atum, não há comentários a fazer, ou melhor, talvez até haja: é sobejamente sabido que na nossa Região as espécies valiosas são desaproveitadas, as de baixo valor não tem o mínimo interesse comercial. Por outro lado também não nos parece razoável competir com o mercado asiático de produção de atum em aquacultura. Todavia a estas condicionantes há que somar avultados investimentos a realizar em terra, uma vez

que nas nossas Ilhas não há baías ou locais suficientemente abrigados e com as necessárias condições para o estabelecimento de uma indústria, por pequena que fosse, virada para a aquacultura. No caso particular dos Açores o que importa é acautelar as espécies piscícolas de grande qualidade e valor, cujos stocks, na maioria dos casos, já se encontram sobre explorados, nomeadamente redimensionando a frota de pesca aos recursos existentes, promovendo o aproveitamento de espécies altamente rentáveis que estão ao nosso dispor e incentivando a sua colocação nos mercados de excelência. www.genuinomadruga.com

eSquina da CiÊnCia

a vida de um investigador… Ana Colaço

O

s Projectos de investigação são a ferramenta que os diferentes investigadores têm ao seu alcance para poderem obter financiamento para exercerem a sua profissão. Os projectos de investigação, salvo raríssimas excepções, são objecto de um concurso internacional ou nacional, dependendo de quem vai financiar (Europa; Portugal ou a região dos Açores, no meu caso). Ora vejamos: vamos supor que a Comunidade europeia acha que é relevante para a Europa que os cientistas estudem a biodiversidade, ou as alterações climáticas, ou mesmo o desenvolvimento tecnológico de um aparelho com aplicações na Medicina. É claro que esta importância é definida por vários painéis que existem, formados por decisores e investigadores, e são baseados em necessidades que estes painéis identificam no panorama europeu ou nacional. É então definido que existe uma determinada verba disponível para os projectos nessas áreas, e que os investigadores podem concorrer a esse dinheiro se seguirem determinadas regras, que podem passar desde terem que ser pelo menos dois países europeus diferentes a

participar no projecto, ou que a Instituição tem que comparticipar em uma determinada percentagem dos custos, etc. Abrem-se os anúncios e os investigadores entram numa azáfama de ideias, iniciam contactos para encontrar os parceiros ideais. Define-se então quem será o Investigador Responsável. O investigador responsável é aquele que irá negociar o projecto, certificar-se que todos os parceiros cumprem as suas obrigações a tempo e horas, que os relatórios financeiros estão de acordo com as regras, e será o interlocutor directo com a entidade financiadora. Para escrever um projecto, temos de focarnos em todos os aspectos que os formulários exigem., que para além de toda a componente científica, tem também a componente financeira, a componente de divulgação para o grande público, a parte da viabilidade do projecto e os riscos envolvidos. Após semanas e meses de trabalho, os projectos são submetidos à entidade que colocou os anúncios. Tem-se então um compasso de espera (por vezes bastante longo), em que os projectos vão circular por vários painéis de avaliação que vão qualificar a qualidade científica, a exequibilidade dos mesmos, assim como se cumprem todas as regras. Os projectos são depois

seriados, e geralmente só os que são classificados de excelente é que serão financiados. Após a avaliação, é enviada ao investigador responsável, uma carta com o resultado da avaliação e comentários, em que é indicado também se existe corte no orçamento pretendido. O investigador aceita ou não a decisão (pode sempre recorrer). Depois segue-se o período de negociação (caso haja corte orçamental, que tarefas têm de ser reduzidas e como as fazer sem pôr em causa a integridade do projecto). Decide-se então quando irá começar o projecto. Todo o processo é um pouco burocrático, com assinatura de contractos, entrega de documentação em como as instituições nada devem à segurança social ou ao fisco, etc. Começa então a ciência propriamente dita, com experiências, trabalhos de campo, análise de dados, etc. O investigador tem então que gerir o orçamento aprovado, dentro das suas diferentes rubricas, e anualmente tem que entregar relatórios quer de progresso, quer relatórios financeiros, que são depois avaliados pelas instituições financiadoras. O progresso do projecto é avaliado pela capacidade com que os investigadores cumpriram as diferentes tarefas

propostas nas datas em que eram devidas. Ou seja, os resultados que o investigador se propôs a atingir num determinado espaço de tempo. O sucesso do projecto é então medido pelo número de publicações científicas que dele saem, pelo número de apresentações a congressos, o número de estudantes que a partir do projecto obtiveram os graus de Mestre e Doutor, assim como através do número de patentes e afins. Na faculdade aprendemos a pensar e adquirimos conhecimentos sobre biologia, ecologias, genéticas, químicas e afins. Ao longo da nossa investigação, vamos também tendo de gerir recursos, pessoas e finanças. Aprendemos a fazer projectos e a negociá-los, e aprendemos a falar para audiências, quer científicas quer generalistas. Aprendemos constantemente ao longo deste processo, e encontramonos a fazer o que estudámos para fazer e não só…. E quando acaba um projecto, para se continuar a fazer a investigação, temos de recomeçar todo o processo de novo, o que muitas vezes acontece ainda durante o decorrer do primeiro projecto. …e tudo recomeça…..

M. Patrão Neves

sta semana fui surpreendida por uma pergunta por parte da comunicação social: na situação de profunda crise financeira que o país hoje vive e perante a resposta da UE às nossas necessidades ainda vale a pena celebrar o Dia da Europa? Dir-me-ão não perceber a minha surpresa uma vez que esta pergunta exprime, muito provavelmente, uma percepção amplamente partilhada, a qual se formula frequentemente de um modo bem mais assertivo. Afinal, quantas vezes se ouve dizer que devíamos abandonar o euro, porque foi desde então que nos tornámos mais pobres…? Ou quantos são aqueles, mais radicais, que dizem que devíamos abandonar a União Europeia, porque são as imposições desta que nos hipotecaram…? Não obstante ser uma europeísta convicta, não vou aqui fazer a defesa desta União Europeia que só tardia e titubeantemente se disponibilizou para ajudar os países em maiores dificuldades, entre os quais e mais recentemente Portugal; desta União Europeia que parece ser mais implacável e rigorosa nas condições impostas a Portugal para promover a sua recuperação, do que o próprio FMI que se julgava não ter autoritarismo paralelo. Todavia, importa não engrossar as hostes dos maldizentes crónicos ou dos pessimistas irrecuperáveis que raramente se atrevem a procurar uma perspectiva objectiva e ampla da realidade que implacavelmente condenam. É que a nossa pertença ao euro, independentemente do processo que aí nos conduziu e da data em que se concretizou, é hoje a certeza do interesse e mesmo do empenho da União Europeia na nossa estabilização financeira e económica e na desejada difícil recuperação. A nossa pertença à União Europeia, independentemente do peso que os nossos interesses têm nos seus centros de decisão, tem sido e continuará a ser o contexto em que o nosso desenvolvimento económico-social se tem processado de forma mais sustentável nas suas mais diversas vertentes. De facto não há recuo nestas matérias que não nos conduzisse a um passado a 25 anos de distância e muito mais longínquo em termos socioeconómicos; que não nos atirasse para um isolacionismo político não só contracorrente no âmbito da política internacional, mas, ainda mais grave, à solidão da ausência de solidariedade de um país sem recursos que garantam a sua auto-suficiência. A insatisfação em relação à Europa de hoje não pode conduzir a posições extremistas de rejeição do projecto europeu, nem ser complacente em relação a discursos acríticos que ignorem ostensivamente a responsabilidade nacional nas reacções de outros Estados-membros. Esta insatisfação não deve afastar-nos da Europa, devendo ser antes motivadora de uma aproximação cada vez maior. Quando nos abstemos de votar para o Parlamento Europeu, quando ignoramos as informações que nos chegam da União Europeia, quando nos demitimos de participar na elaboração das políticas europeias como cidadãos empenhados e responsáveis, tornamo-nos menos recipientes das decisões dos outros. Ora quando deixamos aos outros as decisões que nos afectam a nós, estas são frequentemente contra nós. O Dia da Europa, que se assinala no próximo dia 9, deve ser a celebração do nosso compromisso e crescente envolvimento num projecto europeu construído também, à medida das nossas ambições. 6.05.2011


PubliCidade

Tribuna das Ilhas

freGueSia De Salão aviso nº 10232/2011 Procedimento concursal de recrutamento para preenchimento de 2 postos de trabalho na carreira e categoria de assistente operacional, em regime de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo incerto, do mapa de pessoal da Junta de freguesia do Salão, concelho da Horta, ilha do faial. 1- Para os efeitos do nº 2 do artigo 6º e do artigo 50º da Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro (LVCR), conjugada com a Portaria nº 83-A/2009, de 22 de Janeiro, na redacção dada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de Abril, e dado não existir ainda reserva de recrutamento constituída junto da DGAEP, torna-se público que, por deliberação da Junta de Freguesia do Salão, concelho de Horta, de 21 de Junho de 2010, se encontra aberto pelo período de 10 dias úteis, a contar da data de publicação do presente aviso no Diário da República, procedimento concursal na modalidade de relação jurídica de emprego público por tempo determinável – contrato a termo resolutivo incerto, para preenchimento de postos de trabalho previstos e não ocupados do mapa de pessoal da Junta de Freguesia do Salão: Ref. A) 2 postos de trabalho, da carreira e categoria de assistente operacional; O procedimento concursal destina-se à ocupação de 2 postos de trabalho na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas por tempo determinável – contrato a termo resolutivo incerto, previstos no mapa de pessoal da Junta de Freguesia, ao abrigo da alínea h) do n.º 1 do artigo 93.º, conjugado com os artigos 106.º e 107.º do RCTFP aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro, sendo o seu termo os respectivos protocolos de delegação de competências com a Câmara Municipal da Horta, ou de qualquer das suas prorrogações. 2- Local de trabalho – na área da Freguesia do Salão. 3- Caracterização dos postos de trabalho: Ref. A) Assistentes operacionais: As funções a exercer são de natureza executiva, de carácter manual ou mecânico, enquadradas em directivas gerais bem definidas e envolvem sobretudo trabalhos de limpeza e manutenção da freguesia e instalações afectas à Junta. 4- Posicionamento remuneratório: será objecto de negociação entre o trabalhador e a Junta de Freguesia, de acordo com o disposto no artigo 55º da LVCR. 5- Requisitos de admissão previstos no artigo 8º da LVCR: os candidatos deverão reunir, até ao termo do prazo fixado para a apresentação das candidaturas, sob pena de exclusão, os seguintes requisitos, cumulativos: Ter nacionalidade portuguesa, quando não dispensada pela Constituição, convenção internacional ou lei especial; 18 anos de idade completos; Não inibição do exercício de funções públicas ou não interdição para o exercício daquelas que se propõe desempenhar; Robustez física e perfil psíquico indispensáveis ao exercício das funções; Cumprimento das leis de vacinação obrigatória; 6- Nível habilitacional exigido, não sendo possível substituir o nível de habilitação exigido por formação ou experiência profissional: Escolaridade obrigatória de acordo com a idade; 7- Tendo em conta os princípios de racionalização e eficiência que devem presidir à actividade da Freguesia, prevenindo a eventual impossibilidade de ocupação dos postos de trabalho, face à urgência da contratação e morosidade dos procedimentos concursais e ainda os elevados custos de realização dos procedimentos para os escassos recursos financeiros da freguesia, o âmbito do recrutamento abrange trabalhadores com ou sem relação jurídica de emprego público, nos termos do nº 6 do artigo 6º e nº 2 do artigo 3º da Lei nº 12A/2008, de 27 de Fevereiro, conforme deliberação da Junta de Freguesia, de 21 de Junho de 2010. 8- Não podem ser admitidos candidatos que, cumulativamente, se encontrem integrados nas respectivas carreiras e categorias, em regime de emprego público por tempo indeterminado, e, não se encontrando em mobilidade, ocupem posto de trabalho na Junta de Freguesia do Salão, idêntico ao posto de trabalho para cuja ocupação se publicita o presente procedimento. 9- Forma e prazo para apresentação de candidaturas: 9.1. Prazo: 10 dias úteis, a contar da data da publicação do respectivo aviso no Diário da República, nos termos do artigo 26.º da Portaria 83 -A/2009, de 22 de Janeiro. 9.2. Formalização das candidaturas: Efectuada obrigatoriamente através de preenchimento de formulário tipo, aprovado pelo Despacho nº 11321/2009, de 8 de Maio, publicado no Diário da República, 2ª série, nº 89, de 8 de Maio, disponível na página electrónica da DGAEP em www.dgaep.gov.pt ou na Junta de Freguesia do Salão, em suporte papel, não sendo consideradas as candidaturas que não o sejam.

9.3. A entrega das candidaturas poderá ser efectuada: - Pessoalmente, na sede da Junta de Freguesia do Salão, sita Estrada Regional, Edifício Polivalente, 9900-501 Salão Horta, Faial, Açores, durante o horário de atendimento, sendo emitido recibo da data de entrada; ou - Através de correio registado e com aviso de recepção, para o mesmo endereço, atendendo-se à data do respectivo registo para o termo do prazo fixado. 9.4. Documentos que devem acompanhar a candidatura: Fotocópia do Bilhete de Identidade ou cartão de cidadão; Fotocópia do Número de Identificação Fiscal; Documento comprovativo das habilitações literárias; Comprovativos da formação e experiência profissionais; Currículo profissional, detalhado, actualizado, datado e assinado. 9.5. A não apresentação dos documentos das alíneas a); c); e e) determina a exclusão dos candidatos do procedimento. 9.6. Os titulares de relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado devem ainda apresentar, junto com a candidatura, e sob pena de exclusão, declaração passada e autenticada pelo serviço de origem da qual conste a identificação da relação jurídica de emprego público previamente estabelecida, bem como a carreira e categoria de que sejam titulares, da actividade que executam e do órgão ou serviço onde exercem funções, respectivas posição e nível remuneratório em que se encontram, menções quantitativas e qualitativas das avaliações de desempenho dos últimos três anos e ainda tempo de serviço prestado na carreira; 10- Os métodos de selecção a utilizar no presente concurso, serão, nos termos dos artigos 11.º e 12.º, da Portaria n.º 83A/2009 de 22/01, republicada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de Abril, em conjugação com o previsto no artigo 6.º da LVCR, Avaliação Curricular e entrevista de avaliação de competências. Os métodos de selecção são valorados nos termos do previsto no artigo 18.º da Portaria n.º 83-A/2009 de 22/01, republicada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de Abril. 10.1 A Avaliação curricular visa analisar a qualificação dos candidatos, designadamente a habilitação académica ou profissional, percurso profissional, relevância da experiência adquirida e da formação realizada, tipo de funções exercidas e avaliação de desempenho obtida. Para tal serão considerados e ponderados os elementos de maior relevância para o posto a ocupar, e que são os seguintes: Habilitação académica ou curso equiparado, Formação profissional, Experiência profissional e Avaliação de desempenho. 10.2 A Entrevista de avaliação de competências visa avaliar, numa relação interpessoal, informações sobre comportamentos profissionais directamente relacionados com as competências consideradas essenciais para o exercício da função. Para esse efeito será elaborado um guião de entrevista composto por um conjunto de questões directamente relacionadas com o perfil de competências previamente definido. 10.3 Os métodos de selecção serão aplicados de forma faseada, dada a urgência na contratação dos trabalhadores, sendo excluídos os candidatos que obtiverem uma valoração inferior a 9,5 valores num dos métodos ou fases, não lhes sendo aplicado o método ou fases seguintes. 10.4 Classificação Final: a resultante da média aritmética simples das classificações obtidas em cada um dos métodos de selecção: CF = (AC × 60 % + EAC × 40 %) em que: CF — Classificação Final; AC — Avaliação Curricular; EAC — Entrevista de Avaliação de Competências. 11-As actas do júri, onde constam os parâmetros de avaliação e respectiva ponderação de cada um dos métodos de selecção a utilizar, a grelha classificativa e os sistemas de valoração final, são facultados aos candidatos sempre que solicitadas. 12-Composição e identificação do júri: Presidente: Vitor Manuel Silva Serpa (Presidente da Assembleia Freguesia) Vogais efectivos: Cristina Maria Gomes – (Primeira Secretária da Assembleia de Freguesia), Sílvia Paula Fialho – (Tesoureiro da Junta de Freguesia). Vogais suplentes: Sérgio Eliseu Duarte Gomes – (Segundo Secretário da Assembleia de Freguesia), Davide Alvernaz de Escobar André – (Secretário da Junta de Freguesia) 13- A lista de ordenação final, após homologação, é publicada na 2ª série do Diário da República, afixada em local visível e público nas instalações da sede da Junta de Freguesia, sita no endereço referido no ponto 9.3. Salão, 5 de Abril de 2011. O Presidente da Junta de Freguesia, luis alberto Gonçalves rodrigues

13 dE MAIO dE 2O11

13

conSelHo De ilHa Do faial eDital GUILHERME MARINHO PINTO DE SOUSA, PRESIDENTE DO CONSEELHO DE ILHA DO FAIAL: FAZ SABER, nos termos do disposto no artigo 16° do Decreto Legislativo Regional n.º 21/99/ A, de 10 de Julho, que o Conselho reunirá em sessão ordinária pública, no próximo dia 16 de Maio, pelas 14H30 no Salão Nobre dos Paços do Município, com a seguinte ordem de trabalhos: 1- Pedido de parecer - Proposta de Decreto Legislativo Regional n.º9/2011 - "ESTRUTURA O PARQUE MARINHO DOS AÇORES"; 2 - Assuntos de interesse para a Ilha do Faial. O PRESIDENTE DO CONSELHO DE ILHA, Guilherme Marinho Pinto de Sousa

ViDente - MeDiuM - curanDeiro eSPecialiSta eM ProBleMaS De aMor telef.: 291 238 724 *telm.: 966 552 122 * fax: 291 232 001

contacte o Dr. caSSaMa Astrólogo espiritualista e Cientista obtém resultados rápidos. Conhecido pela sua competência, eficácia e precisão em tudo o que faz relativamente à Astrologia. Com poderes absolutos e rápidos ajuda a resolver todos os seus problemas, por mais difíceis, ele tem o poder de elucidar e como prever um futuro, recuperação imediata e definitiva do seu amor perdido, protecção, sorte e negócio. Consulta à distância por telefone e carta, etc.

faciliDaDeS De PaGaMento estrada Dr. João abel de freitas, 38 B 9050-012


14

oPinião

13 dE MAIO dE 2O11

Tribuna das Ilhas

FloRentino que Se diStinguiu

MonSenHor alfreDo Mariano De SouSa Sacerdote que se distinguiu na valorização do património religioso nos eua

José Armas Trigueiro

N

asceu a 22 de Outubro de 1872, em Santa Cruz das Flores, filho de José Jacinto de Lemos, sapateiro, e de Maria Laureana de Sousa, moradores na Rua do Rego. Era irmão de Maria A. S. Lemos, Secretária Suprema da S. P. R. S. L., da Califórnia e de Ana S. L. Rosa, Directora Suprema da mesma sociedade. Era neto paterno de Desidério José de Lemos e de Maria Clara Jacinta e materno de João Mariano de Sousa e da sua 2.ª mulher Ana Claudina de Fraga. Também era sobrinho materno de Monsenhor António Mariano de Sousa, que foi seu padrinho de baptismo, e poderá ter influenciado meritoriamente a sua vida sacerdotal. Recebeu as suas primeiras instruções nas escolas elementares de Santa Cruz, da Ilha das Flores, entre 1878 e 1885. Os seus estudos secundários foram feitos na cidade de Angra do Heroísmo, entre 1885 e 1890, onde fez estudos eclesiásticos no Seminário da mesma cidade entre 1890 e 1895. Em 1 de Dezembro do mesmo ano, na Seminário de S. Francisco da Diocese da Angra, foi ordenado presbítero. A sua primeira colocação como pastor, foi como coadjutor na freguesia da Fajã Grande, na ilha das Flores, onde esteve entre Novembro de 1895 e Outubro de 1898. Nesse mês foi colocado como coadjutor em São Sebastião da ilha

Terceira, onde esteve de Outubro de 1898 e Setembro de 1899. A seguir emigrou para os EUA onde chegou a San Francisco em Novembro desse ano. Em Oakland já tinha sua mãe e irmãs, habitando na casa 748 da rua 48. Mas, a sua primeira colocação na Arquidiocese de San Francisco, foi na Mission de San José, onde paroquiou entre Novembro de 1899 e Outubro de 1903. Aí ainda não havia a igreja das Cinco Chagas, mais tarde mandada construir por Monsenhor Henrique Augusto Ribeiro, e que viria a ser inaugurada em 15 de Julho de 1919, que fora também quem mandara construir a igreja de Lurdes da Fazenda de Santa Cruz, inaugurada em 1909. Depois de estudos pós graduação efectuados no Colégio de Santa Clara, entre Outubro de 1903 e Janeiro de 1904, o Padre Alfredo Mariano de Sousa foi colocado como coadjutor entre Janeiro de 1904 e Janeiro de 1909. O seu primeiro cargo como pastor espiritual foi em Buhach, onde permaneceu entre Janeiro de 1909 a Novembro de 1910, tendo aí construído tanto a igreja como a residência paroquial. Daí foi transferido para Cotati, onde paroquiou até Novembro de 1913, quando foi nomeado pastor da igreja do Espírito Santo, de Centerville. Aí promoveu então a sua maior obra ao serviço de Deus. Edificou o salão paroquial em 1917 e a reitoria em 1920. A seguir promoveu a edificação da igreja de Centerville, em 1922 e, mais tarde, uma nova residência paroquial, concluída em 1927. Em data que não pudemos precisar,

mas talvez aí por volta de 1936, foramlhe conferidas honras de Prelado Doméstico, com o título de ilustríssimo Monsenhor, por Sua Santidade o Papa Pio XI. Este título foi-lhe dado pelos excelentes serviços pastorais prestados durante o longo período de anos em que pastoreou na Arquidiocese de San Francisco. «Faleceu em 1932, na Califórnia, tendo deixado um importante legado para seminaristas pobres da ilha das Flores», refere Francisco António Gomes, no livro à margem identificado, embora nele não se menciona a respectiva fonte. Todavia, no “Jornal Português” também à margem identificado, de 1938, onde se descreve uma síntese da sua biografia, nada consta sobre o seu falecimento e refere-se que «Há cerca de dois anos foram referidas ao Rev. Alfredo Mariano de Sousa as honras de Prelado Doméstico, com o título de Ilustríssimo Monsenhor, por sua Santidade o Papa Pio XI», conforme atrás mencionámos. Por outro lado, o jornal “As Flores”, de 13-1-1934, notícia que o Padre Alfredo Menezes Santos celebrou no dia de Reis uma missa «por intenção do benemérito, filho desta ilha e há muitos anos ausente nos Estados Unidos da América do Norte o sr. Pe Alfredo Mareano de Souza, que […] contribuiu com uma grande parte do capital necessário para a construção da Cruz, que no ano findo, foi erigida nos Matos desta ilha [na primeira Festa da Fonte Frade em 14-91933]» Deste modo, não temos a certeza sobre a data certa seu falecimento e é provável que o mesmo não tivesse ainda ocorrido.

Bibl: “Jornal Português”, de Pedro laureano Claudino de silveira, edição especial do 50.º aniversário (1888-1938), editado no oakland, Califórnia; gomes, Francisco antónio Nunes Pimentel, “a ilha das Flores: da redescoberta à actualidade”, (2003), p. 236, edição da Câmara Municipal de lajes das Flores; Jornal “as Flores”, de santa Cruz das Flores, de 16-9-1933 e de 13-1-1934.

Democracia é muito mais que a “troika” carta ao Director berto Messias

F

inalmente, depois de esperar longas semanas, os portugueses conhecem, em toda a sua profundidade, as medidas negociadas com a “troika” para que seja possível a Portugal reduzir o défice das contas públicas e conseguir financiar-se no exterior com uma taxa de juro razoável. Assim sendo, já não há volta a dar. O próximo governo terá de assumir este plano como sendo as directrizes que o país tem de tomar para que consiga ultrapassar o momento difícil dos próximos anos até encontrar um ritmo de crescimento sustentável da sua economia que permita gerar riqueza e, consequentemente, criar emprego. Sendo isso verdade, é preciso ter atenção que este memorando de entendimento firmado entre o Governo e a “troika” é um docu-

mento de cariz puramente técnico, que indica caminhos, metas e quantifica reduções. Não é – nem poderia ser – um documento político a submeter aos portugueses nas legislativas antecipadas de 05 de Junho. Esta função caberá aos partidos políticos que se vão submeter ao sufrágio. Ou seja, as medidas acordadas entre Portugal e a “troika” estão perfeitamente definidas, mas não está a forma como o país as vai adoptar e desenvolver nos próximos anos. É por isso que as próximas eleições assumem uma grande importância, ao contrário do que alguns partidos querem fazer crer na opinião pública. As metas definidas para a redução custos na Saúde, por exemplo, podem ser alcançadas de várias formas, dependendo da sensibilidade social e da ideologia que cada partido. Não será, certamente, da mesma forma que o PS e o PSD olham para esta questão. PS olha para a Saúde como um serviço público ao serviço dos cidadãos, o PSD vê a Saúde como uma despesa pública que pode ser transposta para os privados.

O mesmo na Educação. O PS pensa que, nunca como agora, foi tão necessária uma escola pública de qualidade que abranja todos os estratos sociais, o PSD acha que a escola pode ser uma indústria regulada pela lei da oferta e da procura, com alunos de primeira e alunos de segunda, conforme os rendimentos familiares. Estes são dois exemplos bem significativos que mostram como estes dois partidos partem para as medidas que a “troika” negociou com a Portugal. Para o PS, estas medidas são um mal necessário, depois de esgotadas todas as alternativas para o país. Para o PSD, estas medidas são uma oportunidade de arranjar uma desculpa exterior que justifique o que este partido já vinha a defender há muitos meses. Governar com as medidas previstas no memorando de entendimento não é a mesma coisa com um governo do PS ou do PSD. Depois há os outros partidos. O CDS sempre tentou passar pelos pingos da chuva, na tentativa – conseguida, diga-se – de não se compro-

meter com nada nem ninguém. Como Paulo Portas só quer o poder, aceitaria qualquer acordo. Para o CDS, que andou calado muitas semanas, o chegar ao governo em Portugal é muito mais importante do que como governar Portugal. Depois resta a extrema-esquerda, uma inutilidade política, que saliva cada vez que ouve as palavras FMI e ajuda externa, mas que foi totalmente incapaz de apresentar uma ideia e de sequer se dignar a reunir com a “troika”, nem que fosse para manifestar os seus pontos de vista. Como não existiam câmaras de televisão e microfones nas reuniões entre os partidos e a “troika”, qual a razão que levaria Francisco Louçã ou Jerónimo de Sousa a reunir com quem estava a definir o futuro do país nos próximos anos? Nenhuma, terão pensado estes dois líderes de partidos que preferiram a autoexclusão de todo e qualquer contributo sério para resolver os problemas nacionais. Afinal, os seus slogans de campanha estão definidos desde 1917. É só repeti-los até à exaustão.

Marília Mesquita

R

aramente ando de táxi mas, quando necessito utilizá-los, tem-me acontecido ficar transtornada, mesmo enjoada, devido ao cheiro nauseabundo a fumo que se encontra no seu interior. Claro que os motoristas passam horas a aguardar serviços e, entretanto, vão fumando e aquele cheiro entranha-se nos estofos, tapetes etc, o que incomoda deveras os passageiros. Nos hotéis há quartos, que pela mesma razão que são destinados a fumadores, então que utilizem o mesmo critério para os táxis. O que não há direito é termos que estar a pagar por um transporte que nos vai indispor. Esses senhores têm o direito a fumarem, se assim o entenderem, mas que fumem na rua ou em qualquer espaço para isso destinado, de modo o não incomodarem os passageiros que irão transportar.


inFoRmação

Tribuna das Ilhas

AGENdA CINEMA

dOMINGO teatro

Faialense.

organização Hortaludus EvENTOs dE 13 A 27 dE MAIO 08h30 às 16h30 - “take 3” – exposição - Centro de Cultura e exposições da Horta.organização dos alunos do 12.º ano do Curso de artes visuais da disciplina de Área de Projecto da esMa, com o apoio dos Professores Conceição Martins, adalberto Branco e raquel Ferreira hOJE, AMANhã E dOMINGO 4.º intercâmbio de sons integrado no 114.º aniversário da sociedade Filarmónica união Faialense na sociedade Filarmónica união Faialense. organização da sociedade Filarmónica união Faialense 1.ª EdIçãO FEIRA dA sAÚdE hORTA 2011 hOJE 21h00 - apresentação e abertura oficial da 1ª edição da Feira da saúde Horta 2011 21h30 - Palestras sobre saúde 22h30 - debate AMANhã 14h00 - abertura da Feira da saúde 22h00 - encerramento da Feira dOMINGO 10h00 - abertura da Feira da saúde 19h00 - encerramento da 1ª edição da Feira da saúde Horta 2011 Na Biblioteca Pública a. r. J. J. g.. organização da Junta de Freguesia da Matriz e delegação do Faial da Cruz vermelha Portuguesa com o apoio da Câmara Municipal da Horta

uTIlIdAdEs

ReStauRante e SnaCK-baR

FARMÁCIAs

aReeiRo • CaPelo telF. 292 945 204 • tlm. 969 075 947

EMERGêNCIAs -FAIAl

i h p o ~ m i i

Número Nacional de socorro 112 Bombeiros voluntários Faialenses 292 200 850 PsP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 telemóvel: 912 354 130 Protecção Civil - 295401400/01 linha de saúde Pública 808211311 Centro de saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000 EMENTA PARA dOMINGO TRANsPORTEs - FAIAl

bORREGO AssAdO NO FORNO sERRA FRITA Ou GRElhAdA

jsata - 292 202 310 - 292 292 290 loja jtaP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de taxistas da ilha do Faial 292 391 300/ 500 otransmaçor - 292 200 380

PEIXEs vARIAdOs AceitAm-se ReseRvAs

sERvIMOs REFEIçÕEs PARA FORA

METEOROlOGIA

AMANhã E dOMINGO torneio Nadador na Cidade da Horta. organização do Clube Naval da Horta

N O s NACk

21h30 - temporada de Música açores 2011 ensemble 20/21 direcção de Pedro Figueiredo, obras de F. donatoni, Manuel durão, e. donoso Collado, J. Pedro oliveira, a. sousa dias e Ângela da Ponte no teatro Faialense. organização da Cultura governo dos açores dOMINGO 15h30 - “RIbEIRAs” - CIRCuITO PEdEsTRE E FOTOGRÁFICO concentração na rosa dos ventos. organização da azorica FuNçãO dO EsPíRITO sANTO - Casa do espírito santo de Pedro Miguel. a favor da Construção da nova igreja de Pedro Miguel a partir das 11h30 venda de refeições para Fora a partir das 12h30 venda de refeições em sala organização: Paróquia de Nossa senhora da ajuda

hOJE Períodos de céu muito nublado com boas abertas. aguaceiros fracos. vento nordeste moderado (20/30 km/h), tornando-se fresco (30/40 km/h)com rajadas até 55 km/h. estado do Mar: Mar de pequena vaga, tornando-se cavado. ondas nordeste de 2 metros. AMANhã Períodos de céu muito nublado com abertas. vento nordeste fresco (30/40 km/h) com rajadas até 55 km/h, rodando para leste. Mar cavado. ondas nordeste de 2 a 3 metros.

dOMINGO Períodos de céu muito nublado com abertas. vento leste moderado a fresco (20/40 km/h) com rajadas até 55 km/h. Mar cavado. ondas nordeste de 2 a 3 metros.

dE 16 A 20 dE MAIO semana da saúde activa-te. organização da associação de Pais e amigos dos deficientes da ilha do Faial dE 18 dE MAIO A 26 dE JuNhO das 10h00 às 12h30 e 14h00 às 17h30 - Exposição de “Hochzeit” - Pintura Contemporânea de eugénia rufino na Biblioteca Pública a. r. J. J. g. organização do Museu da Horta

ChEFE dE REdACçãO: Maria José silva REdACçãO: susana garcia e Marla Pinheiro FOTOGRAFIA: Carlos Pinheiro

COlAbORAdOREs PERMANENTEs:Costa Pereira, Fernando Faria, Frederico Cardigos, José Trigueiros, Mário Frayão, Armando Amaral, victor dores, Alzira silva, Paulo Oliveira, Ruben simas, Fernando Guerra, Raul Marques, Genuíno Madruga, berto Messias COlAbORAdOREs EvENTuAIs: Machado Oliveira, Francisco César, Cláudio Almeida, Paulo Mendes, Zuraida soares, Gonçalo Forjaz, Roberto Faria, santos Madruga, lucas da silva

descanso semanal: teRça-FeiRa

TEMOS SEMPRE bOM PEIxE Venha almoçar ou petiscar no Snack Bar e faça uma visita à

JJ Moda e decoração Pronto a vestir

Dr. loPeS Da SilVa No seguimento da nota publicada na nossa última edição, deve-se salientar que o médico António Francisco Lopes da Silva, após o seu curso em Coimbra, onde foi Assistente da Faculdade de Medicina, veio para a Horta, tendo ainda feito parte do Corpo Clínico do Hospital da Misericórdia. Mais tarde, foi Director do Serviço de Medicina do novo Hospital onde também dirigiu o Serviço de Sangue e de Radiologia. Lopes da Silva desempenhou igualmente as funções de Médico Escolar e de Delegado de Saúde do Concelho da Horta, tendo ainda se dedicado à medicina privada num consultório onde instalou um equipamento de f.M. Radioscopia, inovação para a época no meio local. FIChA

Tribuna das Ilhas

EdITOR: Fernando Melo

E PRATO dO dIA

GRuPO CENTRAl

IMPÉRIO dA PONTE 21h00 - império da Ponte. rua da igreja – Flamengos organização: Comissão de Festas dos Flamengos

dIRECTOR: Cristiano Bem

bAR sERvIMOs

REFEIçÕEs lIGEIRAs

AMANhã 11h00 às 20h00 - animação infantil no Parque da alagoa insufláveis e karts a Pedal. organização do universo da Festa 14h00 às 19h00 - Feira das oportunidades, Música, artesanato, Pintura, vestuário, antiguidades, artigos usados, diversão para Crianças na Quinta do lomelino. organização da insulândia e Cartoon store

15

hOJE E AMANhã Farmácia Correa 292 292 968 dE 15 A 21 dE MAIO Farmácia ayres Pinheiro 292 292 749

21H30- Filme - “Ritual” no

13 dE MAIO dE 2O11

PROJECTO GRÁFICO: iaiC - informação, animação e intercâmbio Cultural, Crl PAGINAçãO: susana garcia REdACçãO AssINATuRAs E PublICIdAdE: rua Conselheiro Miguel da silveira, nº12, Cv/a-C - 9900 -114 Horta CONTACTOs: telefone/Fax: 292 292 145 e-Mail: tribunadasilhas@mail.telepac.pt tribunadasilhas@gmail.com

TÉCNICA

IMPREssãO:

rua Manuel inácio 9900-152 - Horta

EdITOR E PROPRIETÁRIO:

de sousa, 25

dIsTRIbuIçãO: Ctt TIRAGEM: 1000 exemplares REGIsTO: nº 123 974 do instituto de Comunicação social

iaiC - informação, animação e intercâmbio Cultural, Crl NiPC: 512064652 REGIsTO COMERCIAl: 00015/011017 (Horta) - Porte subsidiado GOvERNO REGIONAl dOs AçOREs

esta publicação é apoiada pelo ProMedia - Programa regional de apoio à Comunicação social Privada


FuNdAdO 19 dE AbRIl dE 2002

Tribuna das Ilhas sEXTA-FEIRA 4 13 dE MAIO dE 2O11

www.tribunadasilhas.pt

Parque Natural do Faial

O

Parque Natural do Faial, tal como já referido em artigos anteriores, possui sete trilhos pedestres, nos quais se integra o circuito pedestre das Levadas que, e entre as novas valências do Parque Natural da Ilha do Faial, merece especial referência, pois parte do circuito foi alvo de trabalhos de requalificação pelo Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar em parceria com a Empresa de Electricidade e Gás (EEG) do grupo EDA. O trilho pedestre da Levada encontra-se inserido na Área de Paisagem Protegida da Zona Central. Este circuito pedestre apresenta especial interesse pelas suas características no que se refere à flora, à fauna, à geologia e pela sua importância hidroeléctrica para a ilha do Faial. Esta infra-estrutura da Levada teve a sua inauguração em 1964 pelo então Sr. Ministro das Obras Públicas Arantes de Oliveira. Na época a produção e a exploração da central eram do encargo da Câmara Municipal da Horta, passando, em 1982, para a responsabilidade da EDA (Empresa de Electricidade dos Açores). Em 1998 esta infra-estrutura sofreu algumas danificações com o sismo que ocorreu nessa data. A

trilho Pedestre da levada Levada (canal) estendeu-se, outrora, por 9,5 quilómetros de comprimento e recolhia água proveniente de várias zonas da ilha do Faial. Actualmente, apenas uma extensão de 4,5 km da levada se encontra em funcionamento. O percurso pedestre da Levada, que se integra no Parque Natural do Faial, é de fácil e livre acesso. Este inicia-se junto a uma estrada secundária de bagacina e apresenta uma extensão de aproximadamente 3 km, com um grau de dificuldade baixo. As espécies faunísticas possíveis de observar são essencialmente aves dos Açores, como o melro-preto (Turdus merula azorensis), a estrelinha (Regulus regulus inermis) e o tentilhão (Fringilla coelebes moreletti). Antes de iniciar o trilho da Levada, é possível passar pelo Cabeço dos Trinta, o qual faz parte do Complexo Vulcânico do Capelo, e consiste num antigo cone vulcânico basáltico, cujo interior se pode aceder através de um túnel. Uma vez neste cone, observa-se vegetação natural, como a urze (Erica azorica), o azevinho (Ilex azorica), o queiró (Daboecia azorica), e a Tolpis azorica. Depois deste desvio, regressa-se

ao início do trilho junto de um tanque de armazenamento de água. O trilho prossegue contornando este tanque pela esquerda. Poderá vislumbrar, a Oeste, o alinhamento de cones do Complexo Vulcânico do Capelo, um sistema fissural, instalado numa zona de fractura, com orientação aproximadamente Oeste-Este. Ao longo de todo o trilho é possível observar a flora Laurissilva, onde se destacam o louro (Laurus azorica), o sanguinho (Frangula azorica), a uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum), e o cedro-domato (Juniperus brevifolia). Neste local existe ainda uma rica variedade de fetos, onde se diferencia o feto-do-cabelinho (Culcita macrocarpa), por possuir um rizo-

Luís Guilherme Ferreira da Silveira

aJudaS téCniCaS e equiPamentoS

Convite temos o pazer de convidar todos os profissionais de Saúde e público em geral a visitar a nossa exposiçção de artigos para geRiatRia, FiSioteRaPia e oRtoPedia integrada na i FeiRa da SaÚde a realizar nos dias 14 e 15 do corrente, das 14h00 às 22h00 e das 10H00 às 19H00, respectivamente, na Sala Polivalente da biblioteca Pública e arquivo Regional João José da graça, numa organização conjunta da delegação do Faial da CRuz veRmelHa PoRtugueSa e Junta de FRegueSia da matRiz.

ma grosso com pêlos avermelhados e finos que outrora eram usados para o enchimento de almofadas. Ao longo do percurso é possível ainda contemplar o antigo escoamento lávico da erupção de 1672, mais conhecido por “Mistérios do Capelo” (escoadas de lava que, à sua passagem, queimam a vegetação. As cinzas destas plantas, com o tempo, são incorporadas no solo, aumentando o seu nível de nutrientes. Posteriormente, a recolonização vegetal destes espaços, é feita com um vigor muito superior ao da vegetação circundan-

te, criando uma mancha arbórea distinta – o “Mistério”). O Percurso termina numa estrada de bagacina, onde, a Este, se pode aceder à Caldeira, e, a Oeste, à estrada regional. 10 de Maio de 2011


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.