11 março 2011 1

desPOrTOs NÁUTICOs

CNH à PrOCUrA de CAMPeões de CANOAGeM PÁGINA 11

Tribuna das Ilhas

dIreCTOr INTerINO: MANUel CrIsTIANO beM 4 NÚMerO: 457

11.MarçO.2O11

Sai àS SextaS-feiraS

1 euro

O pi n iãO PÁGINA 14

alzira Silva

Parabéns, Faial!

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FernanDo Faria reTAlHOs

dA NOssA HIsTórIA

No Centenário da república Portuguesa (27) Alto–Comissário e Governador Mouzinho de Albuquerque

33.

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FreDerico carDigoS

Projectos de Verde-social PÁGINA 14

Joice Duarte

Auto-estima nas crianças PÁGINA 1O

Jorge coSta Pereira

Apetites Autoritários PÁGINA 1O

Paulo oliveira

As más companhias de... sócrates!

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SantoS MaDruga

Turismo!

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Cartão azul nasCeu há um ano Um ano depois do seu lançamento, o Cartão Azul Municipal conta já com 825 adesões. O processo de aperfeiçoamento não pára, e ao longo deste ano foram introduzidas várias melhorias. João Morais, presidente da Hortaludus - empresa municipal responsável pela gestão do Cartão Azul esteve à conversa com o TrIbUNA dAs IlHAs, fazendo um balanço positivo deste primeiro ano de funcionamento, e revelando alguns dos desejos para o futuro do projecto.

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Em DEsTAquE

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EDITORIAL

excelente JOrnada g Pelas impressões das equipas de pessoas responsáveis que das ilhas mais ocidentais do nosso conjunto insular – desde o triângulo, com São Jorge, Pico e Faial, ao grupo-oeste das Flores e corvo – se deslocaram a lisboa para uma participação activa na Btl 2011 e pelas informações que recolhemos de um significativo número de visitantes daquela Feira internacional de promoção turística, podemos afirmar que a presença, em força, nesse importante evento, daquelas parcelas da região, constituiu uma excelente jornada em ordem ao seu futuro e ao futuro dos açores no seu todo. ainda nos lembramos de que para as edições dos últimos anos dessa Bolsa de turismo, se apontava a regra de que a promoção dos açores deveria ser feita globalmente e ao mesmo tempo consentia-se na propaganda de simples municípios, na maioria de São Miguel. ao triângulo estava praticamente vedada a promoção, a tal ponto que uma bem conhecida “personalidade” do sector com poderes no grupo central, afirmava publicamente que “o triângulo não era um destino turístico”. aliás, o máximo que foi possível fazer na Btl de há dois anos a favor do Faial, Pico e São Jorge foi a distribuição de um pequeno desdobrável, por iniciativa da cciH, explorando o “slogan” de “um voo, três ilhas”. este ano, porém, quebraram-se as inaceitáveis resistências à promoção do conjunto Pico- Faial-São Jorge e este triângulo, considerado agora como um sub-destino turístico, apareceu em grande plano a nível nacional, através da organização (ou agência) denominada “tryangle” com ligação às três ilhas. assim, na jornada 2011 de divulgação das potencialidades e atractivos destas terras para o turismo, com programas náuticos e das festas do mar, também tiveram lugar, a par da apresentação das chamadas “rotas temáticas” e dos produtos da gastronomia local, a valorização do importante geoparque e a diversificação das actividades de animação turística. além disso, na escala de grande evidência e projecção no exterior esteve o anúncio feito pelo turismo de Portugal, informando que o Parque natural do Faial foi o destino escolhido para representar o nosso país no programa eDen da união europeia sobre “destinos de excelência”. e, ao mesmo tempo, foi também anunciado, como segunda classificação no mencionado programa, o Parque natural do Pico que será igualmente finalista do concurso por indicação do t.P. à u.e..É o triângulo, de que sempre temos sido firmes adeptos, na sua imparável arrancada para o patamar da grande visibilidade turística que merece e da qual a região, na sua globalidade, só poderá colher bons frutos. o triângulo está de pé…e fortalecido. ele encerra um dos maiores potenciais turísticos dos açores… para bem das suas nove ilhas!

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rampa Roll on e Roll off da Horta vai ser uma realidade g O Governo Regional autorizou a celebração de um contrato anual entre a Região Autónoma dos Açores e a Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental, S.A. (APTO, S.A), no montante de global de 1 milhão 562mil euros.

De entre as diversas empreitadas englobadas no contrato em causa, cujo valor global ascende a cerca de 10,5 milhões de euros, destacam-se

o novo Terminal de Passageiros e a Construção do sector de Recreio Náutico do Porto da Madalena; a construção de rampas roll on-roll off nos portos da Horta, Velas, São Roque, Lajes das Flores e Calheta de S. Jorge, Reabilitação da Cabeça do Molhe e o Prolongamento do Cais Comercial do Porto das Lajes das Flores e o prolongamento do Cais Comercial do Porto de Velas de S. Jorge.

rock 4 u nos estados unidos g A banda Rock4U vai, na primeira semana de Maio, actuar nos Estados Unidos da América.

Inserida no panorama musical faialense esta banda surgiu a meados do ano passado, pelas mãos de quatro amigos, amantes da música: Joey Nazaré (voz e guitarra), Nelson Luis (bateria), Carlos Lopes (baixo) e Júlio Rosa (teclas e voz).

Os músicos faialenses vão actuar

numa universidade em Fall River e vão ainda tocar para uma comunidade portuguesa na Florida.

Os Rock4U apostaram em tocar cover de rock dos anos 70 a 90, temas como “every breath you take” dos U2, “You can leave your hat on” de Joe Cocker, ou os portugueses Xutos e Pontapés, são revividos em grande estilo na hora do concerto.

actividadeS equeStreS preenchem o fim-de-semana Maria José silva g A actividade equestre vai estar em destaque este fimde-semana com várias actividades a decorrerem quer no Centro Hípico do Capelo, quer na Quinta de São Lourenço.

De acordo com a empresa municipal Hortaludus, está agendado para o dia 12 de Março, sábado, um workshop para jornalistas de divulgação da actividade equestre.

Este workshop tem início marcado para as 09h30.

No mesmo dia, pelas

[SoBe]

&

14h30 decorrerá uma sessão teórica com o juiz de raça e respectivo exame de formação de apresentadores de concurso de modelos e andamentos.

No dia 13 de Março, domingo, serão entregues os diplomas a todos os formandos que participam na respectiva formação.

Ainda no domingo, pelas 11h00, a Coudelaria do Faial procederá à ferra dos poldros nascidos em 2010. Esta ferra decorrerá no Parque de Exposições da Quinta de São Lourenço.

[DeSce]

bOMbeIrOs FAIAleNses

PrOdUÇÃO de leITe

g como foi noticiado, em cerimónia realizada há dias e com a

g Segundo as notícias vindas a público, no ano findo a produ-

presença do Presidente do governo regional, foi entregue à associação Humanitária de Bombeiros voluntários do Faial uma viatura, do tipo “auto-tanque pesado”, destinada ao combate a incêndios. É de facto importante este apoio à corporação em material moderno e eficiente, sendo de esperar que, em breve, outras entregas semelhantes se sucedam para renovação do parque de viaturas da associação. e porque, nesta área, os equipamentos são fundamentais, aqui registamos este facto como muito positivo…

ção de leite em todas as ilhas dos açores teve uma diminuição considerável em comparação com os níveis alcançados em 2009. De momento desconhecem-se as verdadeiras causas dessa queda de produção, num sector básico da economia açoriana como é a criação de gado bovino, em pastagens que são das melhores do país e da maior parte das regiões da união europeia. espera-se que esta baixa na produção de leite, com efeitos negativos na indústria dos lacticínios, seja passageira. De contrário, é um mau sinal…

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Estabelecimentos comerciais da Horta fiscalizados g Foi realizada na cidade da Horta, no passado dia 4 de Março uma acção de fiscalização em estabelecimentos de

restauração e bebidas, a qual visou a inspecção de 3 estabelecimentos, tendo sido detectada 1 infracção, relativamente à falta afixação do mapa de horário de funcionamento, emitido pela Câmara Municipal.

Ainda no âmbito da actividade policial, no dia 6 de Março foi detido, um homem, de 42 anos de idade, por condução de um veículo automóvel, sob a influência de álcool, com uma TAS de 1.35 g/l.

centro associativo Manuel de arriaga com lotação completa Marla Pinheiro Foto: susana Garcia g Na passada sexta-feira, a autarquia entregou as chaves de cinco espaços no Centro Associativo Manuel de Arriaga, completando assim a lotação daquele espaço, que acolhe desde agora 14 instituições do concelho.

O Cineclube da Horta, a Associação Regional de Tiro, o Motoclube Ilha Azul, a Academia do Bacalhau e a Associação de Desportos da Ilha do Faial assinaram um protocolo de colaboração com o município, juntando-se às nove instituições que já ocupavam aquele espaço, inicialmente previsto para 17.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal da Horta, o Centro Associativo criado pelo município é “um projecto pioneiro nos Açores”, e vem resolver o problema com que muitas associações do concelho se debatiam, por não possuírem um espaço próprio. João Castro reforçou o “orgulho e empenho” do município em relação ao Centro Associativo, fazendo votos de que, no futuro, possa ser um projecto

CeNTrO AssOCIATIVO O Cineclube da Horta é um dos mais recentes “inquilinos” daquele espaço

sólido e consolidado.

Como referiu o edil, trata-se de disponibilizar as “condições mínimas” para o funcionamento das Associações: uma morada, um telefone, um espaço próprio ou uma sala onde possam reunir.

O Centro Associativo foi inaugu-

rado em Julho de 2010, no âmbito das comemorações do Dia da Cidade, num evento que contou com a presença da neta do primeiro presidente da República Portuguesa, Manuel de Arriaga. Este centro será gerido pela empresa municipal Hortaludus.

Baleias-azuis registadas a sul do Pico

g Na sequência de trabalhos de investigação científica efectuados pelo Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores em conjunto com uma empresa privada foram registadas no início da semana três baleias-azuis a Sul da Ilha do Pico,

resultado do fenómenos de arrojamento de krill, registados no início de Fevereiro, aproximam-se agora de terra as grandes baleias de barba.

As baleias-azuis (Baleonoptera musculus) podem atingir 27 metros de comprimento e 120 toneladas de peso

e, curiosamente, alimentam-se de um dos mais pequenos animais dos oceanos.

Esta espécie de baleia está em perigo de extinção, estimando-se que a sua população mundial oscile entre o 6 mil e os 14 mil indivíduos.

As baleias-azuis deverão ficar no arquipélago dos Açores até ao final de Abril, sendo progressivamente substituídas pelas também majestáticas baleias-comuns (Baleonoptera physalus) e, finalmente, os cachalotes (Physeter macrocephalus) que aqui permanecem até ao final do Verão.

Segundo o Director Regional dos Assuntos do Mar, Frederico Cardigos, “este é um dos melhores locais do mundo para observar cetáceos, onde é possível ver, ao longo do ano, cerca de duas dezenas de espécies diferentes. Há também grandes animais registados no Canal Corvo-Flores mas, nesse caso em particular, ainda não conseguimos confirmar a espécie.”

[aconteceu] CrIAdO CódIGO dA ACÇÃO sOCIAl dOs AÇOres g o governo regional anunciou na passada semana a criação do código da acção Social dos açores, um diploma que visa “estabelecer os princípios gerais do regime jurídico da acção social” no arquipélago. este documento, que saiu da última reunião do conselho do governo, visa “regulamentar o licenciamento e fiscalização de serviços e equipamentos sociais, o seu regime de concessão, a cooperação entre a região e as entidades privadas sem fins lucrativos, assim como o respectivo regime contra-ordenacional”. o código da acção Social dos açores prevê as “bases gerais para a regulamentação dos apoios, fundo de socorro social e programas de incentivo à iniciativa privada no âmbito da acção social, e a instituição do Sistema de informação e apoio à Decisão Social”.

“PAIsAGeM CUlTUrAl dA VINHA dA IlHA dO PICO” eM MOedA COMeMOrATIVA g a imprensa nacional-casa da Moeda (incM) acaba de apresentar o plano numismático para 2011, composto pelo lançamento, ao longo do ano, de várias moedas comemorativas que pretendem assinalar os principais eventos e homenagear distintas personalidades. a “Paisagem cultural da vinha da ilha do Pico” é o mote da 13.ª moeda de uma série sobre os catorze sítios classificados pela uneSco em Portugal como Património Mundial, com lançamento previsto para outubro.

31 deTIdOs NO âMbITO dA OPerAÇÃO “CArNAVAl eM seGUrANÇA” g a PSP/açores anunciou a detenção de 31 pessoas e a apreensão de nove viaturas e três armas de fogo, além de vários tipos de estupefacientes, durante a operação ‘carnaval em Segurança’, que terminou terça-feira. no total, as forças policiais realizaram 63 operações entre 3 e 8 de Março nos açores, que permitiram deter 31 pessoas, das quais 22 por conduzirem com excesso de álcool, três por tráfico de droga e uma por agressão a um agente da autoridade. na área do combate ao tráfico de droga, a PSP apreendeu 1.150 doses de haxixe, 30 de heroína e cinco de cocaína, além de 238 doses individuais de outros tipos de droga não especificados no comunicado final de balanço da operação “carnaval em Segurança”. na vertente rodoviária, foram fiscalizadas 994 viaturas, realizados 460 testes de controlo de alcoolemia e registadas 65 infracções ao código da estrada.

[vai acontecer] GerAÇÃO à rAsCA g está agendado para o próximo dia 12 de Março, pelas 15h00, o protesto organizado pela geração à rasca. este protesto está marcado para o largo do infante. o «Protesto da geração À rasca» surgiu de forma espontânea, no Facebook, fruto da insatisfação de um grupo de jovens que sentiram ser preciso fazer algo de modo a alertar para a deterioração das condições de trabalho e da educação em Portugal. este é um protesto apartidário, laico e pacífico, que pretende reforçar a democracia participativa no país, e em consonância com o espírito do artigo 23º da carta universal dos Direitos Humanos.

CIrCUITO dA COsTA dO sAlÃO e CedrOs g numa organização da azorica vai realizar-se no próximo sábado, dia 12 de Março, passeio pedestre. o passeio está marcado para as 13h00 e vai decorrer no circuito de costa que liga a freguesia do Salão aos cedros.

VI CeNsO de MIlHAFres g a Sociedade Portuguesa para o estudo das aves (SPea) promove a 26 e 27 de Março o vi censo de Milhafres nos açores, numa iniciativa que pretende recolher informações sobre uma das aves mais emblemáticas do arquipélago. a iniciativa, segundo a SPea, assume uma importância acrescida por as populações desta espécie não terem sido objecto de estudos mais aprofundados, pelo que os dados recolhidos neste censo podem ser relevantes para a conhecer melhor. a sugestão da SPea é que os interessados em participar nesta iniciativa aproveitem o fim-de-semana de 26 e 27 de Março para dar um passeio com amigos ou familiares e participem na contagem dos milhafres. os dados que são precisos recolher são simples e não exigem conhecimentos especiais, mas apenas saber identificar um milhafre. no censo realizado no ano passado estiveram envolvidos 45 voluntários, que avistaram 331 milhafres nas ilhas de S. Miguel, Santa Maria, terceira, graciosa, S. Jorge e Pico. a SPea espera aumentar este ano o número de voluntários e alargar o censo à ilha do Faial. Desta forma ficaram cobertas todas as ilhas dos açores onde há milhafres, já que estas aves não existem nas Flores e no corvo.

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DIA InTERnAcIOnAL DA muLhER Maria José silva g Ser mulher nos dias que correm é um desafio a todos os níveis. Acumular as funções de mãe, esposa, dona de casa, profissional, entre muitas outras é uma tarefa hercúlea e nada fácil.

Longe vão os tempos em que as mulheres não trabalhavam e as suas funções se limitavam às lides domésticas. Com o passar do tempo e com o fim da descriminação que se fazia sentir sobre as mulheres, hoje em dia estas têm os mesmos direitos dos homens, e assumem as mesmas funções.

Quando se fala em negócios facilmente aparece a imagem de um homem de negócios, mas cada vez mais existem mulheres de negócios; mulheres empreendedoras.

Hoje em dia, e nomeadamente em Portugal, há mulheres com provas dadas, e que mostram claramente que não são só os homens que possuem um espírito empreendedor e têm sucesso no negócio.

O primeiro exemplo é Cláudia Goya, directora de negócio da Microsoft Portugal. Cláudia Goya é licenciada em Engenharia Física, e é um exemplo no mundo dos negócios geridos por mulheres. Tendo trabalhado na Oniway e na Galp Energia, Cláudia ocupa agora um importante cargo à frente dos destinos da Microsoft Portugal.

Mas, e ser mulher no meio de homens? Será que é fácil? É simples conviver, profissionalmente, num mundo de homens? A estas e muitas outras questões foi o TRIBUNA DAS ILHAS obter resposta.

Conversámos com uma dirigente desportiva, com uma pescadora e com

Ser Mulher no meio de Homens Das suas funções faz parte a descarga do peixe, a burocracia na lota, e também a organização das contas e papelada para o contabilista. “Ajudo a fazer as compras para irem para o mar, gelo, papéis relacionados com o abastecer, com o gasóleo, enfim, uma série de actividades ligadas ao barco, mas em terra.”

O sector da pesca continua a ser visto como um sector maioritariamente destinado aos homens. Beatriz Madruga considera todavia que “a pesca pouco a pouco vai ganhando espaço feminino, como em outras profissões, e não é só de agora, há anos que a mulher se vem afirmando como pescadora e mestre.”

“Os homens também estão mudando as suas mentalidades aos poucos, e já se percebe grande diferença quando uma mulher está mesmo no mar, a trabalhar de igual para igual” – acrescenta.

Esta mulher do mar diz que nunca se sentiu menosprezada pelos colegas do sexo masculino. “Também jamais deixaria que me desprezassem, pois o meu trabalho é extremamente gratificante, para não dizer agradável, e realiza-me imenso. Senti, entretanto, este tipo de "tentativa" por parte de outras mulheres, principalmente quando, terminada a descarga e o nosso barco tem que sair em seguida para o mar, tenho de fazer o mercado e muita gente olha com algum desdém e até com espanto, pois a roupa não está assim tão limpa ou arranjada”, conta a este semanário.

Beatriz Madruga tem um currículo académico muito vasto: “Adoro estudar, sempre gostei, tenho a sorte de ter ao meu lado um grande homem, meu

beATrIz MAdrUGA esta mulher abraço o trabalho da pesca com agrado e sem se sentir discrimininada

uma instrutora de condução. Profissões nada habituais entre as mulheres mas que são uma realidade bem patente na nossa sociedade.

Beatriz Madruga trabalha como pescadora. Revela-nos que esta sua faceta surgiu por acaso: “quando casei com o Genuíno já sabia que ele era pescador e como a minha profissão não existia aqui no Faial, e como não consigo ser só "do lar", resolvemos que eu iria trabalhar no barco, no Guernica”.

Beatriz disse-nos também que para ser considerada pescadora precisa de obter a cédula marítima pelo que neste momento faz parte da companha em terra.

maior incentivador, mas não é fácil conciliar os estudos com as tarefas domésticas e o trabalho. O que faço é mais ou menos um planeamento de como vai correr o mês, em relação aos estudos, e vou adaptando-o à realidade do meu trabalho no barco. Quem me dera que todas semanas pudéssemos descarregar peixe em lota... Seria um sonho... Agora no Inverno diminui as idas ao mar, mas tenho sempre em mente que primeiro vem o trabalho e depois os estudos, mas consigo, como outras mulheres também conseguem, conciliar”.

Rute Cabral é, neste momento, presidente do CIAIA – Clube Independente de Atletismo Ilha Azul. Começou por

NO MeIO de HOMeNs Para rute Cabral ser dirigente desportiva implica muitas vezes ser a única mulher no meio de muitos homens

ser juiz da modalidade, pertenceu ao Conselho de Arbitragem da Associação de Desportos e agora é presidente do CIAIA. O CIAIA tem sede na cidade da Horta e diversos atletas (juniores/seniores) em S. Miguel, Terceira, Pico e Lisboa. Aluns são atletas que por motivos pessoais/profissionais tem de se deslocar para fora da ilha, e manifestam a vontade de continuar com a prática do atletismo e ligados ao Clube.

“Coordenamos esses atletas com pessoal técnico que faz de elo de ligação entre os atletas e o Clube. Existe sempre um contacto quase diário com os atletas e respectivos técnicos, num espírito de equipa e companheirismo, que permite alcançar os brilhantes resultados obtidos pelo Clube, como sendo a excelente participação do CIAIA nos Apuramentos de Pista Coberta e Campeonatos de Portugal de Pista Coberta” – afirma Rute Cabral ao TRIBUNA. Rute diz que, apesar de estar rodeada de homens, sempre se sentiu mulher e acrescenta “embora o Desporto seja considerado dos homens, já começam a aparecer cada vez mais mulheres a assumir cargos directivos e dirigentes.

As mulheres são mais persistentes e daí, na minha opinião desempenham tão bem ou ainda melhor que os homens os cargos a elas distribuídos.”

A presidente do CIAIA conta-nos ainda que iniciou o seu percurso desportivo com 10 anos, e cedo se apaixonou pelo atletismo. Ingressou pela arbitragem e pelo treino de jovens. Nos últimos 8 anos fez parte do elenco directiCArlA PereIrA A instrutora de condução respeita categoricamente a máxima “Mulheres ao volante, perigo constante”

vo do CIAIA, tendo sido sempre secretária, cargo que também ocupou em dois clubes de futebol: o Futebol Clube Urzelinense, de São Jorge, e o Futebol Clube dos Flamengos.

“Dentro dos elencos desportivos, nunca me senti menosprezada pelos homens, mas pela sociedade de uma forma em geral já. Ainda há quem pense que o Desporto é dos homens.

Felizmente cada vez há mais mulheres a interessarem-se pelo desporto e a assumirem cargos” – afirma.

Carla Pereira é instrutora de condução, profissão partilhada também pela sua colega Telma Silva. À nossa reportagem disse que “tudo começou, para dizer a verdade, muito cedo”. “Acho que desde muito pequena tinha uma queda para estas coisas… Lembro-me de, com 9 ou 10 anos, ensinar a minha irmã a andar de bicicleta. Mais tarde, já depois de tirar a carta de condução, lembro-me de lhe dar umas aulas de condução num parque de estacionamento perto de casa, até ao dia em que batemos com o carro do meu pai numa parede…Mesmo depois do acidente continuei a pensar que talvez tivesse algum jeito para isso e procurei informar-me sobre o assunto. Daí até à consumação do acto foi um instante: em 1996 surgiu a possibilidade de frequentar o curso de formação e em 1997 estava formada e a dar aulas. É uma profissão cansativa, sobretudo a vertente prática, mas muito gratificante. Posso dizer com toda a certeza que gosto do que faço”.

Carla Pereira diz ainda que “ser mulher numa profissão maioritariamente de homens não me tem custado muito

e apesar de sermos apenas duas nunca senti por parte dos meus colegas homens qualquer tipo de discriminação, pelo contrário.”

A instrutora de condução diz também que nunca sentiu qualquer diferenciação por parte dos alunos. Segundo diz, já teve situações menos agradáveis com alunos, mas nada de grave e nada relacionado com questões do género. É uma acérrima defensora das mulheres ao volante “na minha opinião as mulheres são tão boas condutoras como os homens. Acho ainda que de uma forma geral, as mulheres respeitam mais o código da estrada e por serem mais medrosas são muito mais cuidadosas”.

HIsTórIA O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher.

Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.

Em 1903, profissionais liberais norteamericanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal objectivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.

Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade económica e as rosas uma melhor qualidade de vida.

Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".

COMeMOrAÇões NO FAIAl Hoje, no Centro do Mar, às 14 horas é aberta ao público a exposição de fotografias, artes e artefactos das Mulheres da Pesca. Às 17 horas, realiza-se o fórum: “O Género e a Profissão” que contará, também, com a participação e o testemunho de mulheres de diferentes sectores económicos. Nesse mesmo dia, no Teatro Faialense, às 21:30 horas, será ainda exibido o filme Precious.

Amanhã, sábado pelas 19h00, no Centro do Mar (Fábrica da Baleia), é apresentado o documentário “Com-passos de Mudança”.

Estas iniciativas contam com o apoio da União de Mulheres Alternativa e Resposta – UMAR-Açores, da Cooperativa Cultural - as Descalças, Associação Cultural – Corredor, Ilhas em Rede, Associação de Mulheres de Pescadores e Armadores da ilha Terceira e da Câmara Municipal da Horta.

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cartão azul celebra um ano do seu lançamento com perspectivas de crescimento Ontem, dia 10 de Março, o Cartão Azul Municipal comemorou o seu primeiro ano de vida. resultado de uma parceria entre a autarquia e a empresa municipal Hortaludus, este cartão foi criado com o intuito de trazer vantagens aos munícipes em alguns serviços da Câmara Municipal, nas várias valências da Hortaludus e também junto de uma série de empresas locais que se associaram a esta iniciativa.

Um ano depois da entrada em funcionamento, o Cartão Azul conta com 825 adesões, nas suas várias alências.

Ao longo deste tempo, o conceito foi e continua a ser trabalhado, com o intuito de reunir cada vez mais vantagens aos seus utilizadores, como explicou ao TrIbUNA dAs IlHAs João Morais, presidente da Hortaludus, entidade responsável pela gestão deste projecto.

Marla Pinheiro Foto: susana Garcia g O Cartão Azul normal conta já com 550 adesões. Na sua valência Jovem, destinada a pessoas entre os 12 e os 30 anos, o cartão tem 195 utentes, ao passo que, na valência Solidário, tem apenas 10.

João Morais explica que, ao longo deste ano, a Hortaludus sentiu necessidade de criar uma nova valência, que reunisse as mesmas vantagens do Cartão Azul Jovem, mas que servisse as crianças com menos de 12 anos que também utilizam os serviços da empresa municipal. Assim, surgiu o Cartão Azul Mini, que conta já com 70 adesões.

A Hortaludus e a autarquia têm como parceiras neste projecto várias empresas faialenses, que oferecem descontos nos seus produtos e serviços aos utentes do Cartão Azul. Quando este foi criado, eram 30 os parceiros comerciais. Hoje, são 48, sendo desejo dos responsáveis pela gestão do projecto alargar ainda mais a rede de parceiros. “O nosso desejo é criar mais parceiros, não apenas na ilha mas também de âmbito regional”, explica João Morais, para quem um dos sonhos inerentes ao Cartão Azul passa pela criação de parcerias ao nível dos transportes aéreos e marítimos.

Ao longo deste ano, também os pontos de adesão ao Cartão Azul foram alargados: “antes, os locais de adesão eram apenas o Gabinete de Apoio ao Munícipe, o quiosque do Largo do Infante ou nas próprias instalações da Hortaludus. Sentimos necessidade de atingir melhor as freguesias rurais, por isso alargámos os pontos de adesão às Juntas de Freguesia. Para tal, fizemos uma acção de formação aos funcionários”, explica o presidente da Hortaludus. Neste momento, o cartão pode ser requisitado em todas as freguesias faialenses, à excepção de Angústias, Praia do Norte e Cedros, uma vez que os funcionários destas últi-

mas não puderam comparecer à formação. Segundo João Morais, também estas Juntas de Freguesia deverão poder em breve estar habilitadas à requisição do cartão.

O presidente da Hortaludus confessa que gostaria que, ao fim de um ano, o número de adesões ao Cartão Azul fosse maior, no entanto reconhece que a adesão não se fez de forma imediata, mas tem sido gradual: “há medida que as pessoas vão conhecendo o cartão vão aderindo”, refere.

Ao longo deste ano, a Hortaludus trabalhou ainda no registo do Cartão Azul, “para salvaguardar os direitos de autor da criação de um projecto desta natureza”, diz João Morais.

Como refere o responsável, a entidade gestora do Cartão Azul tem procurado dar pequenos passos, mas firmes, no sentido de fazer deste um projecto com consistência e, acima de tudo, credibilidade para os seus utentes. Nesse sentido, João Morais explica que todo o processo associado ao Cartão é feito na Hortaludus: é lá que está a base de dados, o controlo de pontos, a tecnologia necessária à emissão e impressão dos cartões, entre outras. “Isto implicou um considerável investimento em termos informáticos”, explica João, que salienta no entanto que, desta forma, o processo é “mais seguro e confiável”.

“A nossa preocupação é dar passos sólidos, para que o crescimento do Cartão Azul assente na credibilidade do seu funcionamento”, refere.

A actual conjuntura económica pede contenção, e João Morais explica que, também por essa razão, o crescimento do Cartão Azul tem sido contido. No entanto, frisa também que é precisamente em cenários de dificuldade económica como o que actualmente vivemos que este tipo de cartões tem mais razão de existir: “o actual cenário é mais propício à aceitação e enraizamento deste tipo de iniciativas, pois é nestas alturas que as pessoas mais se esforçam por poupar e procurar descontos e vantagens”.

JOÃO MOrAIs O Presidente da Hortaludus tem ainda vários sonhos para o Cartão Azul

Em 2011, a Hortaludus pretende lançar o seu sítio na Internet. João Morais explica que o que se pretende é uma página dinâmica onde, entre outras coisas, seja criada uma área para os clientes Cartão Azul, onde estes possam requisitar o cartão ou controlar os seus pontos. Para o responsável, este será também um passo importante para o crescimento do Cartão em número de adesões.

Dos vários projectos que João Morais tem ainda para o Cartão Azul, destaca a possibilidade de, no futuro, o cartão congregar vários outros serviços e funcionalidades: “hoje os jovens têm 25% de desconto no passe mensal do minibus, no entanto gostaríamos que o próprio Cartão Azul Jovem pudesse ter em si carregado o passe. O objectivo é fazer deste um cartão multi-usos, que acumule vários serviços, concentrados num único cartão”, explica, acrescendo que, para o futuro, os sonhos à volta do cartão são ainda mais ambiciosos: “gostava que o cartão pudesse um dia

ser também bancário, acumulando a função de cartão multibanco”, confessa. O desafio já foi lançado à consideração de uma entidade bancária, no entanto João Morais está consciente de que se trata de um desejo muito ambicioso e difícil de concretizar. No entanto, explica que o Cartão Azul possui banda magnética e microchip, precisamente com o intuito de mantê-lo sempre preparado para qualquer funcionalidade que o mesmo possa vir a ter.

COMO FUNCIONA O CArTÃO AzUl? O Cartão Azul tem um custo de 10€, e anuidades também de 10€. Destina-se a pessoas a partir dos 30 anos, e permite aos seus utilizadores usufruírem de descontos em vários serviços e estabelecimentos comerciais, bem como acumular pontos na utilização das várias valências da Hortaludus, que depois podem ser trocados por serviços da referida empresa municipal. Além disso, a este cartão está associado um

seguro de acidentes pessoais que cobre a actividade de lazer ou manutenção dos utentes nas instalações da Hortaludus.

O Cartão Azul Jovem e o Cartão Azul Mini reúnem as mesmas vantagens, no entanto têm um custo de 5€, e anuidades de 5€. O Cartão Jovem destina-se a pessoas entre os 12 e os 30 anos, ao passo que o Mini se destina às crianças até 12 anos.

Por sua vez, o Cartão Azul Solidário destina-se a pessoas com mais de 65 anos, reformadas e com rendimento não superior ao salário mínimo regional, ou então a cidadãos portadores de deficiência. É um cartão gratuito, que acumula descontos nos parceiros comerciais deste projecto e ainda em algumas taxas e licenças da Câmara Municipal da Horta. Este cartão não possui no entanto a possibilidade de acumular pontos na utilização dos serviços da Hortaludus. No entanto, com o pagamento de 5€ anuais, essa vantagem é adicionada aos serviços do cartão.

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PubLIcIDADE

11 de MArÇO de 2O11

Tribuna das Ilhas nOtáriO lic. Maria dO cÉu PrietO da rOcHa PeixOtO decq MOta cartÓriO nOtarial Rua da Conceição, n.º 8 r/c - 9900-080 Horta Tel 292292719 Fax 292292813

certidãO narrativa

Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada aos dois de Março de dois mil e onze, de folhas quarenta e duas e seguintes, do Livro de Notas para escrituras Diversas número Noventa e Três - E, do Cartório Notarial, a cargo da Notária Licenciada Maria do Céu Prieto da Rocha Peixoto Decq Mota, com Cartório na Rua da Conceição, n.º 8 r/c, cidade da Horta se encontra exarada uma escritura de JuStificaçãO nOtarial na qual Maria alvarina Garcia NIF 111 683 211, solteira, maior, natural da freguesia dos Cedros, concelho da Horta, onde reside, na Ribeira Funda, n.º 20, declara: Que é actualmente e com exclusão de outrém, dona e legítima possuidora do seguinte prédio, situado na dita freguesia dos Cedros: rústico, no Pesqueiro, de terra lavradia e pasto com a área de doze ares e dez centiares, confinando a norte e oeste com Francisco Silveira Garcia, sul José Miguel e leste Estrada Municipal, inscrito na matriz no artigo 6319, com o valor patrimonial tributário de 18,10 €, não descrito na Conservatória do Registo Predial.

Que adquiriu este prédio por doação que lhe foi feita por volta do ano de mil novecentos e setenta e oito por José Silveira Garcia da Chã e mulher Inácia Maria Rodrigues, casados na comunhão geral, residentes que foram na referida freguesia da Ribeirinha, sem no entanto ter sido outorgado a respectiva escritura de doação.

Que desde essa altura até hoje estão na posse do referido prédio, sem a menor oposição de ninguém; posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário, tendo ocupado o prédio, feito sementeiras, tendo retirando sempre dele todas as utilidades normais, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública.

Adquiriu assim o referido prédio por usucapião e, dado o modo de aquisição, não possui título, estando impossibilitada de comprovar esta aquisição pelos meios normais. É certidão - narrativa que fiz extrair e vai conforme o original.

Horta, dois de Março de dois mil e onze.

A colaboradora por delegação da notária (Sónia de fátima Brasil Machado Bettencourt) Factura/Recibo n° 236/001/2011

nOtáriO

nOtáriO

lic. Maria dO cÉu PrietO da rOcHa PeixOtO decq MOta cartÓriO nOtarial

lic. Maria dO cÉu PrietO da rOcHa PeixOtO decq MOta cartÓriO nOtarial

Rua da Conceição, n.º 8 r/c - 9900-080 Horta Tel 292292719 Fax 292292813

Rua da Conceição, n.º 8 r/c - 9900-080 Horta Tel 292292719 Fax 292292813

certidãO narrativa

certidãO narrativa

Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada aos vinte e oito de Fevereiro de dois mil e onze, de folhas vinte e oito e seguintes, do Livro de Notas para escrituras Diversas número Noventa três - E, do Cartório Notarial, a cargo da Notária Licenciada Maria do Céu Prieto da Rocha Peixoto Decq Mota, com Cartório na Rua da Conceição, n.º 8 r/c, cidade da Horta se encontra exarada uma escritura de JuStificaçãO nOtarial na qual antónio Gilberto Mendonça fontes, casado, natural da freguesia da Ribeirinha, deste concelho e na mesma residente, na Estrada Regional, n.o 74, que outorga na qualidade de procurador de Maria angelina da fonte NIF 163915970, solteira, maior, natural da mencionada freguesia da Ribeirinha, onde reside, declara: Que a sua representada é actualmente e com exclusão de outrém, dona e legítima possuidora dos seguintes prédios, todos situados na referida freguesia da Ribeirinha: Primeiro - O direito a nove/vinte e oito avos do prédio rústico sito no Tabuleiro, terra lavradia e relva, com a área de quatrocentos e cinquenta e quatro ares e noventa e seis centiares, confinando a norte com Barrocas do Mar, sul José Duarte da Silva, leste Mateus Silveira Pascoal e oeste José Dutra de Escobar, inscrito na matriz no artigo 414, com o valor patrimonial tributário correspondente de 335,42€, descrito na Conservatória do Registo Predial da Horta sob o número dois mil duzentos e nove/Ribeirinha, sem registo de aquisição do referido direito.

Segundo - Rústico, no Sítio do Tabuleiro, terra lavradia, com a área de dezanove ares e trinta e seis centiares, confinando a norte com José Luís da Silva, sul Mateus Silveira Pascoal, leste Caminho e oeste José Francisco Rodrigues, inscrito na matriz no artigo 430, com o valor patrimonial tributário de 82,46€. terceiro - Rústico, sito da Grota do Papalo à Canada do Parol da Estrada Nacional à Lomba Espalhafatos, de terra de pasto com a área de três ares e sessenta e três centiares, confinando a norte e oeste com Manuel Silva Baires, sul Francisco Silveira Rosa e leste António Rosa Pereira, inscrito na matriz no artigo 2780, com o valor patrimonial tributário de 2,51€.

Que a sua representada adquiriu os prédios e direito predial indicados no ano de mil novecentos e oitenta e um por compra que efectuou a Maria do Carmo Fonte e José da Rosa Rodrigues, solteiros, maiores, residentes que foram na referida freguesia da Ribeirinha, tendo na altura pago o preço mas não tendo outorgando as respectivas escrituras de compra e venda.

Que desde essa altura até hoje que está na posse destes prédios, sem a menor oposição de ninguém; posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário, tendo ocupado os prédios, feito sementeiras e colheitas, procedido ao seu arranjo e limpeza, pago contribuições e impostos, tendo retirado deles todas as utilidades normais, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública.

Adquiriu assim os mencionados prédios e direito predial por usucapião e, dado o modo de aquisição, não possui título, estando impossibilitada de comprovar esta aquisição pelos meios normais. É certidão-narrativa que fiz extrair e vai conforme o original.

Horta, vinte e oito de Fevereiro de dois mil e onze.

Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada aos vinte e oito de Fevereiro de dois mil e onze, de folhas vinte e seis e seguintes, do Livro de Notas para escrituras Diversas número Noventa um - E, do Cartório Notarial, a cargo da Notária Licenciada Maria do Céu Prieto da Rocha Peixoto Decq Mota, com Cartório na Rua da Conceição, n.º 8 r/c, cidade da Horta se encontra exarada uma escritura de JuStificaçãO nOtarial na qual antónio Gilberto Mendonça fontes NIF 105 936 936 e mulher Maria teresinha de freitas fontes NIF 164 174 621, casados na comunhão geral, naturais da freguesia da Ribeirinha, deste concelho e na mesma residentes, na Estrada Regional, n.º 74, declaram: Que são actualmente e com exclusão de outrém, donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios, todos situados na referida freguesia da Ribeirinha: Primeiro - Rústico, sito da Grota da Arramada a Ribeira do Papalo, terra lavradia, com a área de sete ares e vinte e seis centiares, confinando a norte com António da Rosa de Freitas, sul Manuel da Rosa de Freitas, leste José António da Silva Pascoal e oeste José Francisco de Freitas, inscrito na matriz no artigo 398, com o valor patrimonial tributário de 25,77 €.

Segundo - Rústico, sito da Grota da Ramada à Grota do Papalo da Estrada Nacional à Lomba Espalhafatos, terra de relva, com a área de três ares e sessenta e três centiares, confinando a norte, sul e oeste com Mateus António Silva e leste Manuel Silveira Guilherme, inscrito na matriz no artigo 2685, com o valor patrimonial tributário de 9,18 €. terceiro - Rústico, da Grota do Papalo à Canada do Parol da Estrada Nacional à Lomba Espalhafatos, de terra de pasto com a área de doze ares e dez centiares, a confrontar a norte com Alexandre Rosa Pereira, sul José da Rosa de Freitas, leste Grota e oeste Atalho, inscrito na matriz no artigo 2761, com o valor patrimonial tributário de 4,90 €o.

Que nenhum destes prédios se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial da Horta.

Que os adquiriram no ano de mil novecentos e oitenta e um por compra que efectuaram a Senhorinha Augusta da Glória, viúva, residente que foi na freguesia de Castelo Branco, deste concelho, tendo na altura liquidado o imposto de sisa sem terem outorgado a respectiva escritura de compra e venda.

Que desde essa altura até hoje que estão na posse destes prédios, sem a menor oposição de ninguém; posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário, tendo ocupado os prédios, feito sementeiras e colheitas, procedido ao seu arranjo e limpeza, pago contribuições e impostos, tendo retirado dos prédios todas as utilidades normais, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo por isso uma posse pacífica,contínua e pública.

Adquiriram assim os mencionados prédios por usucapião e, dado o modo de aquisição, não possuem título, estando impossibilitados de comprovar esta aquisição pelos meios normais.

A Colaboradora por delegação da notária (filomena teresinha Pereira Serpa (registo n.º 99/1)

A Colaboradora por delegação da Notáia (filomena teresinha Pereira Serpa(registo n.º99/1)

É certidão-narrativa que fiz extrair e vai conforme o original.

Horta, vinte e oito de Fevereiro Ode dois mil e onze.

cuLTuRA

Tribuna das Ilhas

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Valor do Património Cultural faialense em análise g A Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, em colaboração com o Observatório do Mar dos Açores, organiza na próxima quarta-feira, dia 16, a partir das 21h00, na antiga Fábrica da Baleia uma tertúlia onde será discutido o valor do património cultural da ilha do Faial.

Na ocasião será proferida uma conferência pela professora Katia Neves, que trará o exemplo do património da vinha do Pico para falar das diferenças entre o património material e o património imaterial. cInEmA nO TEATRO FAIALEnsE

Precious

não há família pior

GAbOUreY sIdIbe A jovem foi nomeada para o óscar de melhor actriz

(UMAr; dia 11, 21h30; >16) g No âmbito das comemorações do Dia Internacional da Mulher, que se assinalou na passada terçafeira, a delegação do Faial da UMAR Açores promove hoje, no Teatro Faialense, a exibição do filme Precious.

Realizado por Lee Daniels (Monster’s Ball – Depois do Ódio), Precious trata-se da adaptação ao cinema do livro Push, da escritora Sapphire.

Com um desempenho surpreendente da protagonista Gabourey Sidibe, até então sem qualquer experiência na área da representação, Precious conta a

história e uma mãe adolescente negra, analfabeta e obesa, a sofrer de todo o tipo de maus-tratos pela própria família. Inserida num programa de alfabetização para adultos, ela vai, pela primeira vez, conhecer o amor e a amizade através de Ms. Rain (Paula Patton), uma professora determinada a ensinar-lhe o quão preciosa é a vida.

Produzido por Oprah Winfrey, o filme conta ainda com as interpretações de Mariah Carey, Lenny Kravitz e Mo’nique, esta última vencedora do Óscar para melhor actriz secundária. Para além deste, Precious venceu o Óscar para melhor argumento adaptado, levando assim para casa duas estatuetas em 2010, das seis para as quais estava nomeado.

(Hortaludus; dias 12 e 13, 21h30; >12) g Em Não há família pior Ben Stiller e companhia voltam para o terceiro filme da saga da família Focker, que, há semelhança dos dois filmes anteriores, promete muitas gargalhadas.

Como vem sendo habitual, Stiller (Zoolander) junta à sua volta um elenco de grandes actores, com Robert De Niro (Tudo Bons Rapazes), Owen Wilson (Os Fura Casamentos), Jessica Alba (Quarteto Fantástico), Harvey Keitel (Pulp Fiction) ou Barbra Streisand (As duas faces do espelho), orientados pelo realizador Paul Weitz (Uma Boa Companhia).

FEsTIvAL EuROvIsãO DA cAnçãO

Homens da luta vão à alemanha representar Portugal g Os Homens da Luta venceram no passado sábado o 47.º Festival RTP da Canção, com o tema A Luta é Alegria, e vão representar Portugal em Dusseldorf, na Alemanha, no próximo mês de Maio. A votação do público foi decisiva para dar a vitória à dupla Neto/Falâncio.

Depois dos Deolinda e do seu Parva que Sou, que acidentalmente se tornou o hino de toda uma geração, os Homens da

Luta conseguiram, depois de alguns anos confinados aos sketches na Sic Radical, que a sua música de intervenção, com muito humor à mistura, ganhasse a simpatia dos portugueses, que lhes garantiram a viagem até à Alemanha. As opiniões dividem-se, nos debates gerados sobretudo nas redes sociais: existe quem considere os Homens da Luta a vergonha da nação, mas há também quem lhes atribua a voz do

povo, numa altura de crise onde o ânimo dos portugueses vai sendo cada vez mais desfalcado, à mesma proporção da subida dos impostos, do desemprego e das inúmeras dificuldades que surgem. De megafone na mão e dedicando esta vitória ao povo, o que é certo é que Neto e Falâncio têm presença garantida nas eliminatórias, a 10 e 11 de Março, e esperança de chegar à final do Festival, no dia 12 de Março.

sTIller e de NIrO A dupla promete boas gargalhadas

Depois de um início de relacionamento difícil e após 10 anos de quase conciliação, Jack Byrnes (De Niro), o ex-agente da CIA com mania da perseguição, regressa para atemorizar Greg Focker (Stiller), agora seu legítimo genro e pai dos seus dois

netos. Quando, durante as férias de Natal, toda a família se reúne, Greg terá de comprovar a sua competência enquanto novo patriarca dos Fockers ou, pelo contrário, perder toda a credibilidade tão arduamente conquistada nos últimos anos.

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rePOrTAGeM

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g Como já vem sendo habitual, os foliões saíram à rua em vários locais da ilha para os desfiles de Carnaval que marcam esta época festiva no Faial.

Miúdos e graúdos envergaram os mais variados disfarces e fizeram a festa um pouco por toda a ilha.

TRIBUNA DAS ILHAS acompanhou os desfiles de fantasias nos Flamengos, na Praia do Almoxarife e no Fayal Sport

desfiles de fanta FlAMeNGOs

FlAMeNGOs

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PrAIA dO AlMOxArIFe

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Tribuna das Ilhas

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OPINIÃO

11 de MArÇO de 2O11

Tribuna das Ilhas

as más companhias de... Sócrates!

Paulo Oliveira

D

ando seguimento ao penúltimo artigo, e ao périplo que Sócrates fez pelo mundo para “vender” Portugal, entendo ser útil analisar os nossos futuros donos, e a sua idoneidade.

Investir e captar investimento é uma coisa, vender Portugal ao desbarato a pessoas, entidades ou países que não respeitam o direito internacional, é outra bem diferente.

Porque será que o 1º mundo e os regimes democráticos deixaram de “dar trela” a Sócrates?

E porque será que, de repente, uma série de países marginais nos dão cobertura, nos compram uma dívida desinteressante, apoiando-nos nas dificuldades económicas em que nos meteram, fruto de abusos sucessivos Será pelos bonitos olhos de Sócrates? Certamente, que não!

Então, o que lhes dará Sócrates em troca?

Duas coisas, muito importantes, para países que pertencem ao submundo das ditaduras, dos regimes totalitários, que não respeitam a liberdade, a democracia, os direitos do homem e da criança, a Convenção de Quioto, onde a corrupção impera, e onde os Presidentes, suas famílias e amigos, roubam descaradamente a riqueza desses países em proveito próprio.

Sócrates vende-lhes Portugal, aos retalhos, sejam porções de terra, sejam bancos, gasolineiras, redes de telecomunicações, companhias de aviação, dívida pública... tudo o que vier à rede, é bom peixe para venda, para sustentar este estado socialista!

Por arrasto, e porque “quem rouba

a ladrão, tem cem anos de perdão”, esses países ou pessoas ainda ganham uma falsa respeitabilidade, porque lavam o dinheiro e a honra..., já que “uma mão, lava a outra”.

Mas Sócrates ainda lhes acena com um franco e fácil acesso ao mercado europeu, abrindo-lhes a “porta da cozinha”, chamada Portugal, vendendo-lhes passagens Low-cost para a verdadeira Europa, by Lisbon.

Sócrates assume o papel internacional daquele emigrante europeu subalterno, fura-vidas, que facilita o acesso aos donos da casa, pela porta dos fundos (a terroristas ou ladrões), a troco de uns cobres, para equilibrar a sua dívida pública” – dinheiro fácil, em vez de trabalhar em reformas estruturais para o pais.

Este, tem sido o papel que, cada vez mais frequentemente, Portugal se presta a fazer, perante uma comunidade internacional marginal, ávida de chegar ao primeiro mundo - a Europa!

Europa que, fruto de um forçado alargamento, cujas fronteiras ultrapassam os limites que todos nós aprendemos nos manuais da 4ª classe, vê-se a braços com uma enorme heterogeneidade, difícil de controlar e uniformizar, agravada pela má gestão dos três países do sul, curiosamente, os únicos governados por socialistas, a saber: Portugal, Espanha e Grécia.

Sócrates, em vez de se aproximar do centro da Europa, abre mais o circo de operações, e amiga-se com países como a Venezuela, Angola ou a China.

Porque será? Quem será o pai desta criança?

Eu sei lá..., eu sei lá!

HuGO cHáveZ completou 12 anos de poder, no qual se eterniza, graças aos plenos poderes dados pelo “seu” Congresso, para governar por decreto, para mais um mandato de 6 anos, num pais onde os opositores viram desaparecidos...

Em Outubro de 2010 visitou Portugal, e comprou a construção de 12 500 casas na Venezuela (que ainda não arrancaram), 2 navios para transporte de asfalto (que ainda não pagou a 1ª tranche) e... muito “Magalhães” versus “Canaima”, 350 mil em 2009, 525 mil em 2010 e muitos mais em 2011, para satisfação do fabricante do regime... - JP Sá Couto. iSaBel dos SantOS - A filha mais velha do Presidente Angolano Eduardo dos Santos, é a “testa de ferro” da riqueza ilegítima da família, desviando assim, do pai, o odioso ónus comum a todos os ditadores africanos, que pilham os fundos públicos, oferecendo às famílias as explorações petrolíferas, diamantíferas e negócios multimilionários.

Aos 34 anos, é uma das mulheres mais ricas do mundo, num pais com um dos maiores crescimentos económicos do mundo, mas onde 80% dos Angolanos vive com 1.50€ por dia.

A Holding de Isabel dos Santos participa em empresas do petróleo, dos diamantes, bancárias, telecomunicações, aviação, pescas, imobiliário e agricultura A mulher mais poderosa de Portugal é angolana: participa no BPI (9.69%), no Grupo Espírito Santo (20% do BES Angola), no BIC (25%) no BFA (49.9%), na Portugal Telecom, no Grupo Américo Amorim, Galp, Green Cyber (35%),...

CHINA A China compra mil e cem milhões da dívida portuguesa... A TROCO da parceria em empresas e bancos portugueses, e, como qualquer sócio que compra acções de uma “empresa”, quer mandar e dirigir os destinos dessa empresa: Portugal.

Assim, vem ao de cima a ESTRATÉGIA CHINESA, que manda pelo mundo fora os seus exércitos de comerciantes subsidiados, isentos de impostos e com malas cheias de dinheiro vivo: primeiro estoira com a economia desses países pobres, governados por ignorantes vaidosos, para depois lhes saltarem em cima, comprando a depauperada economia, por dois tostões. É fácil, é barato e dá milhões de postos de trabalho aos Chineses!

Portugal, Estados Unidos ou Holanda, não importa. O que importa é entrar... e destruir o mercado.

Seja com aviões (que nem as próprias empresas de aviação chinesas querem comprar...), seja com rebocadores a 50% do custo normal, o que interessa é vender a baixo custo, graças a uma produção de baixa qualidade e à artificial cotação da moeda chinesa.

Mas será que voam? Mas será que salvam vidas? Que importa?

QATAr O Qatar é um país árabe, em regime de monarquia absoluta, rico em petróleo e gás natural, com um dos maiores PIB per capita do mundo Sócrates disse que não foi ao Qatar vender a dívida, mas quem sabe (?) a TAP, a REN ou a GALP, cujos presidentes integravam a comitiva, para além de Teixeira dos Santos e Carlos Costa Pina – os homens incumbidos

de promover a dívida e as privatizações.

Luís Amado contradisse Sócrates, e falou em tentativa de vender a dívida ao Qatar, numa tentativa de nos apresentarmos como mais atractivos aos nossos concorrentes e companheiros de infortúnio: Turquia, Grécia e Irlanda.

Claro que ao apoiar a candidatura ao Mundial de futebol no Qatar em 2022, Sócrates agora cobra “o favor” com oportunidades para os 60 empresários..., quiçá, a construção dos estádios.

CONClUsÃO Esta é a dura e crua realidade da politica de um Governo que joga o futuro de Portugal na roleta internacional.

Roleta, onde já rolaram as cabeças de Hosni Mubarak no Egipto, Zine El Abidine Ben Ali na Tunísia, e agora Muammar al-Gaddafi na Líbia, cujas colossais fortunas familiares resultam de saques aos respectivos países.

Os partidos PND de Mubarak, RCD de Ben Ali, FPI de Gbagbo, MPLA de Eduardo dos Santos e PSUV de Chávez eram membros da Internacional Socialista até agora, altura em que começaram a ser expulsos à pressa...

Todos estes ditadores são camaradas de Sócrates... Quem diria?

Inacreditável, e até, bizarro!... Ou talvez, não!

Margaret Thatcher é que definiu bem os estados socialistas: “O socialismo dura até se lhes acabar o dinheiro dos outros”.

Até quando, em Portugal?

Contributos, para po.acp@mail.telepac.pt

apetites autoritários 1

Jorge Costa Pereira

A nova Secretária Regional da Educação esteve no Parlamento e anunciou um conjunto de medidas para o sector. Entre elas, foram alvo de destaque mediático a disponibilidade da novel governante em “reforçar a autoridade do pessoal docente”, em libertar os docentes de muitos procedimentos burocráticos nas escolas, em alterar o Estatuto do Aluno e o Regulamento de Gestão Administrativa e Pedagógica dos Alunos e em exigir “o cumprimento estrito da obrigação dos pais participarem no percurso escolar dos seus filhos” se preciso for “com aplicações de coimas e perdas de apoios sociais”.

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Muitos foram aqueles que aplaudiram estes anúncios, fazendo ressaltar ou a novidade das propostas ou o estilo da nova Secretária, que entrava determinada e com “mão de ferro”. Nada de mais fátuo nas razões dessas apressadas análises.

Por um lado, em boa verdade,

nenhuma das medidas agora anunciadas é verdadeiramente nova. Boa parte delas já havia sido defendida e prometida pela anterior Secretária Regional e que, de acordo com as suas próprias palavras, até deveriam ter estado prontas em Maio de 2010.

Por isso, grande parte daquilo que agora se anunciou, não passa do reanúncio das mesmas medidas. O problema com este governo é que as palavras e as promessas são infinitamente mais rápidas do que a sua concretização e, por isso, nada melhor do que esperar para ver o que é que se vai agora concretizar e quando.

Por outro lado, a própria proposta, por alguns vista como “novidade”, de criar um regime contra-ordenacional que possa ajudar na maior co-responsabilização das famílias no acompanhamento do percurso escolar dos seus filhos é o retomar de uma iniciativa de 2003 que entretanto havia sido deixada cair pelo próprio governo.

Portanto, na Educação, para já, nada de novo, a não ser, obviamente, uma postura pública mais interventiva e enérgica da nova Secretária, o

que, aliás, já se aguardava.

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Confundir determinação na execução das medidas governativas com apetites autoritários é um erro comum a muitos políticos. E foi esse o primeiro erro da nova equipa da educação.

Com efeito, mandatar um assessor de imprensa para enviar às escolas da Região um email que impõe que os conselhos executivos não falem com a comunicação social antes de aprovação superior da Secretaria da Educação, é o melhor e mais acabado exemplo de falta de cultura democrática, de pluralismo e de respeito para com órgãos que foram eleitos e que representam toda a comunidade educativa (professores, alunos, pais e funcionários).

Esta “lei da rolha” que se quer impor aos órgãos de gestão das escolas dos Açores é aquilo que parece: um atentado à liberdade de expressão, uma ofensa à comunidade educativa e é bem reveladora do clima de mordaça que alastra nos Açores e onde são cada vez menos aqueles que

se podem exprimir sem receios nem condicionantes.

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E o estado de insensibilidade a estas questões é tal que nem a tutela reconhece o erro e a enormidade da instrução dada, pois em comunicado posterior insistiu na legitimidade que lhe assiste em ser informada previamente e sempre que os órgãos de gestão das escolas prestem declarações à Comunicação Social.

Aquilo que aconteceu na Ilha Terceira com um bailinho de Carnaval de idosos que foi interrompido, em plena actuação, por zelosos funcionários de uma empresa da Câmara Municipal da Praia da Vitória quando se criticava a distribuição de cabazes de Natal por aquela autarquia, é bem revelador deste ambiente controlador, inquisitorial e anti-plural que no poder político regional bebe o exemplo e a inspiração e se espalha doentiamente pela sociedade.

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4

Alarga-se assim às escolas o ambiente de controlo da opinião, que já é sentido nesta Região por todo o lado quando se pretende ouvir alguém ou reunir com alguém e se obtém como resposta “só com a autorização superior”.

Não admira, por isso, que este ambiente de censura e de visto prévio, ao qual só está a faltar o “lápis azul”, se alargue e se espalhe como uma epidemia, contagiando até manifestações insuspeitas e tão genuinamente populares como os bailinhos de Carnaval.

E se esta determinação governamental junto das escolas da Região é condenável e deplorável, aguardamos para ver como vão reagir os órgãos de gestão das nossas escolas: é que o seu silêncio ou a ausência de uma resposta digna e à altura da representatividade, da consideração e dos pergaminhos das escolas dos Açores só pode ter um significado: a aceitação passiva desta situação e, logo, a incompreensível e condenável conivência com ela!

07.03.2011

DEsPORTO

Tribuna das Ilhas

AnDEbOL - cAmPEOnATO nAcIOnAL

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FuTEbOL – TAçA AFh

campeão fayal cai frente ao flamengos

Sporting da Horta defronta xico andebol na quarta-feira Dr

g Numa altura em que luta por um lugar entre os seis primeiros classificados no campeonato nacional de Andebol, o Sporting da Horta vai disputar um jogo em atraso da 18.ª jornada, frente ao Xico Andebol, agendado para a próxima quarta-feira, dia 16.

No passado sábado, os faialenses receberam o Águas Santas no Pavilhão da Horta, um dos seus adversários directos na disputa pelo sexto lugar da tabela. Os pupilos de Filipe Duque não conseguiram, no entanto, levar a

melhor, e acabaram por perder por 28-30.

Neste momento o SCH ocupa a oitava posição da tabela, com 39 pontos, a 3 do Águas, em quinto, que no entanto tem um jogo a mais que os faialenses.

Na sétima posição está neste momento o Belenenses, com 40 pontos, enquanto que o sexto posto da tabela é ocupado pelo Sporting de Portugal, com 42.

O adversário do SCH no próximo jogo ocupa neste momento o 10.º lugar da tabela.

g Jogou-se no passado fim-de-semana a primeira jornada da Taça da Associação de Futebol da Horta. O Fayal Sport, acabado de se sagrar campeão e de garantir o acesso à Série Açores, jogou em casa frente ao Flamengos. Os vice-campeões contrariaram o favoritismo dos jogadores da

Alagoa, ganharam por 3-4 , e regressaram ao Vale com os 3 pontos.

No outro jogo da jornada, o Feteira recebeu e venceu o Lajense por 1-0.

Este domingo joga-se a segunda jornada, com o Lajense a receber o Fayal e o Flamengos a deslocar-se à Lajinha para defrontar o Cedrense.

FuTsAL – cAmPEOnATO AFh

fayal soma mais três pontos g No passado fim-de-semana jogou-se a 6.ª jornada do Campeonato de Futsal da Associação de Futebol da Horta, seniores masculinos. O Fayal Sport Club defrontou o Atlético e venceu o

jogo por 4-2. Os Verdes somam apenas vitórias na competição.

Na próxima jornada, que se disputa amanhã, os jogadores da Alagoa defrontam o Futebol Clube dos Flamengos.

cAnOAgEm cnh

DuAs RODAs

Secção revitalizada com novo treinador

2.ª prova da taça termofaial xc

Dr

Maria José silva g Hugo Parra é o novo treinador de canoagem do Clube Naval da Horta. A secção tem também novo dirigente, Renée Rodrigues.

Desde 1994 que Hugo Parra, biólogo de profissão, se dedica à canoagem, tendo inclusivamente competido a nível nacional.

Considera pertinente e fundamental incutir nos jovens canoístas um espírito mais competitivo.

Neste momento existem oito atletas a praticar canoagem no CNH, com idades compreendidas entre os 10 e os 42 anos. A idade ideal para ingressar a modalidade é, precisamente, por volta dos 10 anos.

O CNH já deu grandes contribuições à canoagem nacional e Parra acredita que isso poderá voltar a acontecer, pois tem no seu leque de atletas grandes potenciais.

Embora se tenha verificado um crescimento e consolidação da modalidade no Clube Naval da Horta, a verdade é que tem existido uma retracção a nível geral e a modalidade tende a abrandar.

No ano anterior verificou-se uma sobreposição de datas dos regionais e nacionais, por isso mesmo não foi possível levar atleta nenhum ao continente , que optaram por participar nos regionais.

g Está agendada para domingo, dia 20 de Março, para as 13h30 a segunda prova da taça TermoFaial em ciclismo.

A prova terá lugar no Parque da Alagoa e será composta por duas corridas, sendo que a primeira se destina aos mais pequenos.

carlos Medeiros ganha segunda prova de pesca de costa g Realizou-se a 3 de Março, numa organização do Clube Naval da Horta, a segunda prova de pesca de costa do Campeonato de 2011.

Uma vez que não se trata de um desporto de pavilhão, nem com embarcações volumosas, a modalidade acaba por não ter um grande impacto visual.

A canoagem trata-se de um desporto ao ar livre, individual, condicionado pelo estado do mar, com um público muito reduzido, pelo que a motivação dos atletas e treinadores acontece de forma intrínseca.

O Clube Naval da Horta teve um apoio na ordem dos 80% por parte da Direcção Regional do Desporto que permitiu obter dois K1 Thinder Kid, 7 saiotes e 5 coletes de bolsa.

Faz parte dos projectos da actual direcção adquirir material para reparar alguns dos kayaks existentes, bem como pagaias para os escalões de formação. Pretendem ainda divulgar a modalidade junto das

escolas.

Durante a Semana do Mar está prevista a realização de algumas demonstrações na baía de Porto Pim, permitindo assim um contacto mais imediato e directo dos mais novos com a modalidade.

Em relação às adversidades que atravessa a modalidade, Hugo Parra é de opinião que a primeira dificuldade tem a ver com a concorrência directa que a vela estabelece.

A nível de material as coisas estão num bom caminho, todavia se aumentar a formação terão que adquirir novo.

As inscrições para a modalidade podem ser feitos na secretaeia do Clube, no horário de experiente. Os treinos acontecem todos os sábados das 10h00 às 12h00.

A seu tempo vai ser divulgado o calendário.

Esta prova contou com a participação de 11 pescadores, sendo as espécies a capturar o peixe-rei, a garoupa, o bodião, a castanheta e a veja.

incremento no número de participantes, festival de natação maior possuindo actualmente uma actividade regular g Numa organização da ANARA – Associação de Natação dos Açores, em colaboração com o Clube Naval da Horta, vai realizarse amanhã, o Festival de natação 1.ª braçada e o Torneio 1.ª braçada do Faial.

As provas terão lugar na piscina do Complexo Desportivo Manuel de Arriaga e decorrerão sábado e domingo.

Desde 2006, esta tem sido a modalidade com

durante todo o ano.

Com um corpo de atletas em todos os escalões etários, tem marcado participação em todas as provas dos vários campeonatos regionais, para além da organização de um calendário competitivo local, composto por provas mensais.

Esta secção tem sido, igualmente, responsável pela promoção da natação no meio escolar.

associação Humanitária de Bombeiros voluntários do faial *Fundada a 16 de Maio de 1912* Instituição de Utilidade Pública (nos termos de D.I. n.º460/77) Federada na Liga dos Bombeiros Portugueses *Cavaleiro da Ordem de Benemerência* Medalha de Ouro duas estrelas da Liga dos Bombeiros Portugueses

cOnvOcatÓria Ao abrigo do artigo 20º dos Estatutos da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Faial, convocam-se os sócios para uma Reunião Ordinária da Assembleia Geral, a realizar no dia 21 de Março de 2011, pelas 19H30, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1 - Conta de Gerência e Relatório de Gestão de 2010; 2 - Outros assuntos de interesse para a Associação.

Se à hora marcada não se encontrarem presentes a maioria dos sócios com direito a voto, a mesma funcionará meia hora mais tarde, com qualquer número de sócios, de acordo com o estabelecido no ponto único do artigo 20.º dos respectivos estatutos.

Horta, 01 de Março de 2011 O Presidente da Assembleia Geral; Jorge Manuel freitas vieira

12

OPInIãO

11 de MArÇO de 2O11

Tribuna das Ilhas

RETALhOs DA nOssA hIsTóRIA – XcvII

no centenário da república Portuguesa (27) Fernando Faria

33. AlTO–COMIssÁrIO

e GOVerNAdOr MOUzINHO de AlbUQUerQUe

A

não serem as demissões do governador civil Gualberto Melo e dos raros titulares de cargos políticos e administrativos, poucas foram as consequências imediatas da triunfante Revolução Nacional de 28 de Maio de 1926 no distrito da Horta.

Outras e mais graves eram as preocupações dos habitantes do Faial, decorrentes de uma prolongada crise sísmica iniciada no dia 5 de Abril e que culminou no violento terramoto de 31 de Agosto desse mesmo ano. Era então chefe do distrito o Dr. Alberto Goulart de Medeiros que havia tomado posse a 18 de Julho e que, sem meios para ocorrer a tamanha tragédia – com oito mortos, dezenas de feridos, largas centenas de casas destruídas e grande número de famílias reduzidas à miséria - se viu ultrapassado pelos acontecimentos, que dada a sua extraordinária dimensão requeriam não só um grande esforço financeiro como também uma liderança única e dotada de poderes amplos e excepcionais. Foi isso que fez o Governo da República, liderado pelo general Carmona em regime de ditadura, com a nomeação para a chefia do distrito da

santos Madruga

E

sta, sendo uma das actividades importantes para o desenvolvimento das nossas ilhas açorianas, parece que anda aos solavancos.

Investem-se milhões em Bolsas, Workshop’s, Certames, Conferências e, analisando bem, continuamos quase na mesma.

No corrente ano, segundo consta, irão ser investidos 31 milhões.

Parece que o Mar será a nossa salvação!

Ele tem sido, através das entidades privadas, o “chamariz” para muito do turismo que nos visita.

As estruturas para as “actividades náuticas, regatas de botes Baleeiros e whale watching em que a vila das Lajes do Pico foi pioneira nos Açores”, já estão criadas. O que falta é, pelo menos, em terra, um Hotel.

Quanto ao principal gerador de grandes receitas, encontra-se, na “gaveta”. Referimo-nos ao tão badalado campo de Golfe.

Já no início da época de 70, as entidades “gritavam” que, o que os Açores precisavam para o seu desenvolvimento era “de um turismo de qualidade e não de massas”.

Haverá, turisticamente falando, maior gerador de receitas que a actividade do

Horta com poderes de Alto-Comissário do coronel Fernando Luís Mouzinho de Albuquerque.

Exerceu oficialmente esse cargo de 22 de Setembro de 1926 a 7 de Janeiro de 1927, embora, na prática, o seu mandato tenha decorrido de 29 de Setembro (dia de desembarque na Horta) a 18 de Novembro (partida para Lisboa a fim de tratar de problemas da reconstrução, de onde já não voltou).

Na ocasião da sua chegada ao Faial o jornal A Democracia assinalava que “passado um mês sobre a catástrofe nada se encontra feito que resolva o problema primacial: as habitações” e que o aguardava “uma população máxima de 12.000 almas sem lar, sem seguro abrigo, e que não sabe como lutar contra as chuvas torrenciais e contra a invernia que nas piores circunstâncias a surpreendeu”1 nos temporais dos dias 19 e 26 de Setembro que destruíram muitos dos abrigos improvisados das populações sinistradas. Informado das profundas divisões por que passavam os faialenses e que haviam sido extremamente potenciadas pelas discutíveis aplicações dos donativos destinados aos sinistrados e pelas erradas prioridades dadas à reconstrução, bem apelava o Alto-Comissário para “a necessidade de todos nos unirmos e trabalharmos para a nossa reconstituição”. Todavia, essa unidade jamais seria conseguida, não só porque “muitos eram os sinistrados que se queixavam de não obter auxílio proporcional aos seus prejuízos” e, “regra geral, sentiram escassamente a ajuda”, mas também porque ele próprio e “ainda algum funcionalismo, que ali foi, a título de engenharias várias” acabaram por “partilhar um pouco daquilo que devia pertencer exclusivamente às vítimas comuns do cataclismo”2.

Esta é a opinião de Marcelino Lima que, contemporâneo dos acontecimentos, por certo teria informações seguras que o levaram a denunciar – embora cautelosamente - a corrupção de uns quan-

tos políticos faialenses e da quase totalidade dos engenheiros militares que vieram dirigir o processo de reconstrução.

Mais claro e contundente é o juízo de outra testemunha do que se passou. Diz ela, em missiva de 1927, que “é inconcebível o que nesta ilha, de há um ano a esta parte se tem cometido de abusos e até de crimes, que vão desde o roubo puro e simples dos milhares de contos enviados pelo Governo para socorrer as vítimas do Terramoto de 31 de Agosto de 1926 até ao ataque à liberdade de quem ousasse opor-se a essa onda de corrupção, que de lá de fora veio e prodigiosamente engrossou nesta terra da coisa rara, antonomásia de cova dos ladrões, nome por que antigamente era conhecida”. Exceptuando o comandante dos Sapadores, engenheiro António Freire, os outros técnicos de engenharia e o próprio Alto-Comissário, não revelariam grande competência nem muita honestidade, além de se haverem mancomunado com os regionalistas do Dr. Manuel Francisco Neves e de combaterem os republicanos liderados pelo Dr. Manuel José da Silva.

Como eram os nevistas e seus seguidores os únicos detentores do poder – ainda por cima escorados na censura a que estava sujeita a comunicação social – é fácil perceber-se que os jornais locais louvassem os governantes ou, pelo menos, não os atacassem, pois, neste caso, seriam imediatamente suspensos e presos os seus responsáveis, que foi o que aconteceu com Manuel José da Silva, detido a 2 de Janeiro de 1927, ou seja, no dia seguinte ao da publicação do primeiro e único exemplar do seu semanário republicano Resistência.

O Alto-Comissário Mouzinho de Albuquerque encontrou sempre excelente apoio no jornal O Telégrafo, quer em encomiásticos artigos de opinião quer nos aplausos a todas as medidas por ele tomadas. Por isso, não admira que aquele periódi-

co haja exultado de “prazer ao receber do Exmo.

Sr. Alto-Comissário, actualmente em Lisboa, as mais lisonjeiras palavras de agradecimento pelo nosso modesto aplauso à sua acção enérgica e inteligente no governo deste distrito”3 ou que lhe rasgasse um extenso elogio por ocasião da inserção do texto do decreto que o exonerava “a seu pedido, do cargo de Alto-Comissário do distrito da Horta, de cujas árduas funções se desempenhou com inexcedível zelo, superior inteligência e acendrado patriotismo”4.

O coronel Fernando Mouzinho de Albuquerque nasceu em Campo Maior a 23 de Março de 1874 e faleceu em Lisboa a 25 de Janeiro de 1942.

Ingressou no Exército em 1891 e foi, sucessivamente, alferes (1896), tenente (1901), capitão (1909), major (1915), tenente-coronel (1917) e coronel (1922). Além de cargos militares, exerceu ainda os de administrador da Companhia dos Caminhos de Ferro de Benguela, presidente da Junta Geral do Distrito de Coimbra, director da Penitenciária de Coimbra, Alto-Comissário no distrito da Horta e Intendente Geral da Polícia de Segurança Pública5.

Desde 23 de Janeiro de 1930 o “Bairro de Porto Pim” ou “Bairro da Avenida”edificado depois do terramoto de 1926, passou a denominar-se “Bairro Mouzinho de Albuquerque”, por deliberação da Câmara Municipal da Horta que, ao relembrar “os inúmeros serviços prestados pelo ilustre e valente oficial” lhe prestava aquela “singela homenagem”6.

1 “a Democracia”, de 1 outubro 1926, p.2 2 lima, Marcelino – “anais do Município da Horta”, p. 658 3 “o telégrafo”, de 5 Janeiro 1927, p. 2 4 idem, de 26 Janeiro 1927, p.1 5 cf. arruda, luís – “Fernando luís Mouzinho albuquerque” in enciclopédia açoriana 6 livro vereações n.º 17 da cMH, fls. 14-v a 19-v.

turismo! golfe?

Então, porque se ignoram os campos de golfe, do Faial e do Pico, e se vai ”à última da hora” construir um em Santa Maria? É bom lembrar que o campo do Pico já foi implantado, faltando “tão pouco” para se tornar realidade! Mas, acabou por ficar a sim mesmo, como todas as coisas, que não são feitas noutra ilha. Foi uma oportunidade perdida que, muitos que agora “lamentam”, antes se regozijaram. Era muita “fruta” para uma ilha tão esquecida!

Não são os diplomas que devem “traçar as diretrizes”! Os que estão por dentro da actividade, que contatam com as pessoas, ouvindo as suas queixas e, também, os seus elogios, é que sabem qual o melhor caminho a seguir.

Todos os encontros são válidos, mas ficar só por aí, não chega.

Não é necessário vir aos Açores para se comer a nossa tradicional comida; as nossas lindas paisagens, por si só, também não chegam; a beleza das baias e o azul do nosso mar, também é pouco; olhar com outros olhos para as nossas “piscinas naturais” e torná-las acessíveis e convidativas,

precisa-se.

Temos de restaurar e alindar o património das nossas freguesias, vilas e cidades; tratar, embelezar e conservar as nossas estradas, os nossos miradouros, tudo coisas de nada, que por serem isso mesmo, ficam ao abandono.

Todos estes problemas, bem conhecidos, de quem viveu e trabalhou, neste sector, não são de hoje, já se arrastam há muitos anos.

Muito já se fez, mas muito há, ainda, para se fazer.

Que a reflexão, que este evento Turismo do Mar, a realizar em Outubro, na vila das Lajes do Pico, seja profícua e que a sua estratégia traga benefícios, para o concelho, para a ilha e em suma para o Triângulo, conforme desejo dos seus organizadores, e, igualmente, dos habitantes destas ilhas.

Pensar o turismo é importante, mas o mais importante é realizarem-se as necessárias estruturas que ainda faltam.

Haja Saúde!

Fev.2011

AssEmbLEIA DE ILhA Ao abrigo dos Estatutos do PSD/Açores, convocam-se todos os militantes para uma reunião ordinária da Assembleia de Ilha do Faial, a realizar no próximo dia 18 de Março (sexta-feira), pelas 20 horas e 30 minutos, na sede do Partido Social Democrata na cidade da Horta, com a seguinte ordem de trabalhos: 1- Análise da situação política; 2 – Outros assuntos.

Horta, 1 de Março de 2011 O Presidente da Mesa da Assembleia de Ilha alberto romão Madruga da costa

Tribuna das Ilhas

PubLIcIDADE

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OPInIãO

11 de MArÇO de 2O11

Tribuna das Ilhas

Projectos de verde-Social Frederico Cardigos

D

epois da Conferência do Rio+10, que decorreu em Johannesburg na África do Sul, em 2002, ficou claro que, para além dos pilares necessários para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável (ambiente, sociedade e economia) e a aplicação do princípio do poluidor pagador, era necessário ir mais além, dando responsabilidade acrescida aos agentes económicos.

Ficou, então, fortalecido o princípio da responsabilidade das grandes empresas multinacionais na implementação de políticas globais de sustentabilidade.

As primeiras reacções foram negativas, apontando a visibilidade que as empresas tinham ganho sem se comprometerem a algo de concreto. Esta era a opinião dos países pobres e, do

outro lado da barricada, os países ricos regozijavam-se com a sequência que os acontecimentos tomavam. Passados nove anos, de facto, pouco fizeram as grandes empresas para além de obterem uma promoção acrescida à conta dos programas sociais… Mas há excepções.

Nos últimos dias, tive a oportunidade de assistir a uma apresentação de divulgação dos Green Project Awards (mais informação em http://www. greenprojectawards.pt). Aí, uma empresa multinacional apresentou um programa alargado, mensurável e comprovável de acções feitas a bem do ambiente e da sociedade. Os números apresentados eram gigantescos, ao nível de uma muito grande empresa. Podem ser vistos alguns detalhes em http://www.porumplanetamaislimpo.com.

Se mais algumas empresas desta

dimensão tivessem o mesmo tipo de abordagem, o mundo poderia ser realmente diferente e para melhor. No entanto, curiosamente, esta empresa determinou que, neste momento, não pode ir muito mais longe. Diminuíram ao limite as emissões resultantes da transformação, o transporte dos seus produtos está coberto por planos de redução da pegada ecológica, as embalagens são recicláveis e implementaram um programa de minimização das próprias embalagens, entre muitas outras iniciativas. No final, depois de feita a matemática ambiental, esta mega-empresa determinou que, hoje, o verdadeiro impacto ecológico da sua actuação está nos produtores e nos consumidores. Ou seja, quem lhes fornece as matérias-primas não procede de forma ainda integralmente ambiental e, quem consome, não procede de

forma responsável. Exemplificando, se as folhas de chá utilizadas por esta empresa não tiverem origem verde, o impacto ambiental do produto não será zero. Por outro lado, se as embalagens não forem separadas pelo consumidor, após a sua utilização, o impacto ambiental do produto passará a ser mais elevado. Portanto, a empresa determinou que, para diminuir o seu próprio impacto, terá de condicionar os fornecedores e sensibilizar os consumidores. Para resolver a primeira parte, a multinacional irá exigir certificados ambientais aos seus fornecedores e, para minimizar a segunda, irá integrar projectos de educação ambiental. Fiquei impressionado com a exactidão dos números e com a clareza das acções propostas.

Penso, no entanto, que deveríamos chegar muito mais longe. É uma res-

ponsabilidade de todos fazer as melhores escolhas. Devemos procurar produtos certificados, especialmente os que mais significado tiverem para a nossa economia local. Reforçando esta ideia, desafio as grandes superfícies dos Açores a reservarem uma prateleira apenas para produtos locais.

Cumprirão assim um dos seus desígnios de responsabilidade para com a comunidade local, dando visibilidade e espaço acrescido para que os produtos artesanais, agrícolas e industriais fabricados na ilha ou nos Açores sejam preferencialmente escolhidos pelos consumidores. Penso que uma cadeia de supermercados que haja desta forma poderá posicionar-se bem para ganhar um Green Project Award este ano. É preciso mudar atitudes e, até por razões ambientais, é necessário dar ênfase à produção local!

Parabéns, faial! auto-estima V

Alzira silva

ivemos no quotidiano ao lado de acontecimentos que nos passam despercebidos, embrenhados que estamos nos deveres a cumprir, nas necessidades por satisfazer, nas urgências que reclamam.

Esta última semana registou notícias e eventos que merecem notas positivas e um reconhecimento estimulante para o trabalho público e anónimo (este último, muitas vezes, não chega aos jornais nem ao conhecimento do público).

O Parque Natural da Ilha do Faial recebeu a distinção de ser escolhido para representar Portugal no programa Eden, o que constitui notabilidade imediata e mais uma atracção turística a juntar às nossas singularidades.

Esta estrutura com cerca de 17,5 % da área total do Faial, começou a funcionar há um escasso ano e engloba todas as áreas classificadas da ilha segundo quatro categorias da União Internacional para a Conservação da Natureza. Destacam-se 6 trilhos pedestres e 5

centros de visitação: a Casa do Parque, o Jardim Botânico, o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, a Fabrica da Baleia de Porto Pim e a Casa do Cantoneiro bem como alguns miradouros para contemplação da biodiversidade oferecida por um património natural único em todo o mundo.

O Parque Natural do Faial veio permitir uma gestão do território orientada para a conservação da biodiversidade e geodiversidade bem como a utilização sustentável dos recursos naturais, de forma a potenciar o turismo e o bem-estar dos residentes.

Recebeu, desde a sua criação, cerca de 50 000 visitantes, o que demonstra bem o interesse que tem provocado e o poder de atracção que pode exercer no mercado turístico, mesmo em tempo de decréscimo mundial como o que atravessamos.

E já que referimos as dificuldades do momento é bom que se enfoque a atitude combativa da Escola Profissional da Horta, que juntou o espírito empreendedor à demonstração de competências e de talentos e ainda à sensibilização aos conceitos de reciclagem e reutilização – em linha com o trabalho que tem sido feito pela Câmara Municipal da Horta, pelo Governo

dos Açores, por outras escolas e diversas instituições. Projectos como o “Empreender – Caminho de Sucesso” são – como temos repetidamente afirmado – iniciativas de mudança saudável para os adultos mas também para inculcar nos mais jovens: espírito inovador, atitude positiva, criatividade e combatividade fazem a diferença entre a fatalidade desmoralizadora e a construção de uma comunidade mais viva e participada por seres humanos mais realizados.

Foram exactamente estas características que impulsionaram o trabalho que as escolas da ilha levaram à rua no desfile de Carnaval. O tema, por si só, já era um apelo à imaginação e ao colorido da época em que, brincando, se apreende mais facilmente a mensagem de respeito pelo outro e a diversidade de que o mundo é feito. Os pequeninos precisam saber isso mal abrem os olhos para o mundo porque existem adultos que ainda não aprenderam. E faz muita falta ao longo da vida olhar o vizinho, o amigo, o desconhecido, com a mesma generosidade com que cada um olha para si, mesmo que as diferenças pareçam maiores do que as semelhanças. alziraserpasilva@gmail.com

nas crianças A

Joice duarte

importância de cultivar e fomentar a auto-estima nas crianças é fundamental, para que deste modo sejam felizes consigo próprias e capazes de diariamente ultrapassarem obstáculos sozinhas.

O que uma criança pensa de si própria depende, em grande parte, daquilo que as pessoas pensam dela.

Ensinar à criança que há coisas que se sabe fazer bem, e outras que se pode ter mais dificuldades, é essencial. É normal que se depare com situações de frustração, mas é importante que tenha a noção que apesar de esperarmos sempre o seu melhor todos nós erramos e falhamos, a criança necessita de saber que nada é infalível e que ninguém é perfeito. É importante elogiar e incentivar quando procuram fazer alguma coisa, fazendo-

as perceber que tem direito de se sentirem “importantes”, que “podem aprender”, que “conseguem” e que os adultos tem respeito por elas, ficando felizes com as suas conquistas.

Neste sentido, deve-se procurar estabelecer metas realistas e adequadas à idade de cada criança. Dar oportunidade de se desenvolverem sem uma super protecção ou sem pressão. É importante que a criança viva longe de pressões.

Devemos sempre evitar dar rótulos às crianças, essencialmente porque são muito difíceis de retirar. A criança desde que começa a entender as coisas, começa também a identificar-se com certos apelidos ou rótulos que lhe são designados, procurando em si características que justifiquem, como burro, preguiçoso, etc., neste sentido, irá crescer acreditando que é assim. É essencial que quando a criança fala consigo escutea, ela percebe quando não a escutamos. Deixe-a expressar sentimentos, mesmo que

sejam negativos. Evite o discurso: “Não se chora”, “Isso não é nada”, “Tem coragem”. Deixe-a falar. Dê-lhe autonomia para que tome as suas decisões, desde que adequadas. Trate-a sempre com respeito. Respeite o seu espaço, diga-lhe se faz favor e obrigado. Valorize mais o esforço que faz do que o resultado que obtém. Procure empatia com as crianças. Quanto melhor as entendemos, melhor lidamos com elas. Valorize a sua opinião em temas diários, como onde ir passear, que actividade realizar, etc. Deste modo faz a criança sentir-se importante, autovalorizar-se e respeitar-se a si própria.

Nunca se esqueça do impacto que tem na construção da personalidade de uma criança.

Psicóloga E-mail: caapsi@sapo.pt Telem. 96 3489511 Http://caapsicologia.blogspot.com

InFORmAçãO

Tribuna das Ilhas

AGeNdA

UTIlIdAdes

CINeMA

eVeNTOs CelebrAÇÃO dO dIA INTerNACIONAl dA MUlHer 2011 - Fábrica da Baleia - centro do Mar HOJe 14h00 - inauguração da Feira/ exposição de actividades e vivências - Mulheres na Pesca; 14h30 - apresentação Portfólio e Boletim (edição especial); 17h00 - Fórum “ o género e a Profissão”, com a participação e o testemunho de mulheres de diferentes sectores profissionais; 19h00 - encerramento da Feira; 21h30 - exibição do Filme “Precious” (teatro Faialense), seguido de debate * visitas organizadas de grupos escolares à feira (durante a tarde de dia 11) com dinâmicas/ jogos sobre igualdade de género

aManHã 10h30 - visita guiada ao centro do Mar; 14h00 - visita ao centro de interpretação ambiental do vulcão dos capelinhos; 17h00 - teatro Fórum; 19h00 - apresentação Documentário sobre oficina de teatro d@ oprimid@, realizado na ribeira Quente, seguido de conversa aberta.

ATé 30 AbrIl exposição - evolução resposta a um Planeta em Mudança - centro de interpretação do vulcão dos capelinhos. organização: governo dos açores e Junta e Freguesia do capelo. apoio: câmara Municipal da Horta; centro do Mar, rtP/rDP açores. Parcerias: ilhas em rede, aMPa, Descalças, corredor, raiM PAdC - seMANA dA FreGUesIA dA PrAIA dO NOrTe HOJe 20h00 - torneio de Setas e Braço de Ferro - Fase Final (Junta de Freguesia) AMANHÃ 15h00 - gincana de Bicicleta 20h00 - noite cultural dIA 13 de MArÇO - dOMINGO 11h00 - voleibol Feminino (Polidesportivo) 13h00 - entrega dos prémios aos

participantes e almoço convívio organização: Junta de Freguesia da Praia do norte e câmara Municipal da Horta. apoio: casa do Povo da Praia do norte AMANHÃ 13H00 às 18H00 - Feira das oportunidades - Quinta do lomelino. organização: insulândia

edITOr: Fernando Melo CHeFe de redACÇÃO: Maria José Silva redACÇÃO: Susana garcia e Marla Pinheiro FOTOGrAFIA: carlos Pinheiro

eMerGêNCIAs -FAIAl i h p o ~ m i i

número nacional de Socorro 112 Bombeiros voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 telemóvel: 96 323 18 12 Protecção civil - 295401400/01 linha de Saúde Pública 808211311 centro de Saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000

eMeNTA PArA dOMINGO

lUlAs GUIsAdAs esPeTAdAs de CArNe de POrCO

TrANsPOrTes - FAIAl

AbróTeA FrITA

jSata - 292 202 310 - 292 292 290 loja jtaP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de taxistas da ilha do Faial 292 391 300/ 500 otransmaçor - 292 200 380

AceitAm-se ReseRvAs

serVIMOs reFeIÇões PArA FOrA

MeTeOrOlOGIA

N O s NACk

AMANHÃ 10h00 - natação - Festival e torneio 1.ª Braçada Faial - Piscina do complexo Desportivo Manuel arriaga. organização: clube naval da Horta

PAdC - seMANA dA FreGUesIA dOs FlAMeNGOs de 13 A 20 de MArÇO dOMINGO 08h00 - Pesca Desportiva dIA 14 de MArÇO – seGUNdAFeIrA 20h00 - Dominó - Fase Final dIA 15 de MArÇO – TerÇAFeIrA 20h00 - Sueca - Fase Final dIA 16 de MArÇO – QUArTAFeIrA 15h00 - Sueca de idosos - Fase Final 20h00 -Dominó - Fase Final dIA 17 de MArÇO – QUINTAFeIrA 20h00 - Bilro -Fase Final organização: Junta de Freguesia dos Flamengos e câmara Municipal da Horta

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AMANHÃ Períodos de céu muito nublado com boas abertas. aguaceiros fracos. vento norte fresco a muito fresco (30/50 km/h) com rajadas até 70 km/h. Mar cavado a grosso. ondas norte de 4 metros.

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09H00 - circuito da costa do Salão e cedros - circuito de grande importância ambiental e paisagística, pois permite uma monitorização de toda a zona costeira destas freguesias, com identificação de diversas espécies endémicas de baixa altitude.

Salão e cedros. organização: azorica

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AREEIRO • cAPELO • TELF. 292 945 204 • TLm. 969 075 947

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HOJe 21H30- Filme - “Precious” no teatro Faialense - Hortaludus AMANHÃ e dOMINGO 21H30- Filme - “Não há Família Pior” no teatro Faialense - Hortaludus

11 de MArÇO de 2O11

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FUNdAdO 19 de AbrIl de 2002

Tribuna das Ilhas sexTA-FeIrA 4 11 de MArÇO de 2O11

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DEsPORTO mOTORIzADO

18 competições apresenta equipa com quatro pilotos Marla Pinheiro Fotos: Carlos Pinheiro g Com o intuito de dinamizar o desporto motorizado nas ilhas do Faial e do Pico, a empresa faialense Jante 18 lançou a 18 Competições, uma equipa formada por quatro pilotos e respectivos navegadores, que entra em acção já este fim-desemana, na primeira prova da Taça de Ralis do Canal. O projecto 18 Competições foi apresentado no passado sábado, na tenda montada na Avenida Marginal.

A 18 Competições é composta pelas duplas João Borges/Sandro Sousa; Paulo Costa/Pedro Capelo; Nuno Oliveira/Élio Medeiros e Tomás Duarte/Paulo Ramos, que foram apresentadas ao público por Roberto Ponte, a quem coube as honras de anfitrião da noite.

Com quatro equipas e cinco carros, a 18 Competições tem por objectivo trazer ainda mais força ao desporto motorizado nas ilhas do Canal, que, de acordo com os quatro pilotos, está bem e recomenda-se.

Para além de congregar sob a mesma equipa as quatro duplas, a 18 Competições pretende criar condições para que os amantes da modalidade possam alugar um carro e preparar-se com antecedência para as provas, e ainda descobrir novos talentos na área do desporto motorizado.

Nesta lógica, foi lançado o programa Piloto 18, no âmbito do qual Tomás Duarte irá fazer a sua estreia no Rali do Canal, prova a contar para a Taça de Ralis do Canal/Além Mar, já este fim-de-sema-

na.

Os pilotos vêem com muito bons olhos a criação de mais esta prova federada, que lhes permite mais rodagem e uma melhor preparação para o Rali Ilha Azul, prova que integra o campeonato regional. Na apresentação da 18 Competições, João Borges salientou as “excelentes pistas de terra” da ilha, que fazem as delícias de todos os pilotos, e apelou aos patrocinadores para as vantagens inerentes à dinamização do desporto motorizado na ilha,

que se relacionam, sobretudo, com o aumento do número de visitantes fora da época alta.

Também o presidente da Câmara do Comércio e Indústria da Horta, Ângelo Duarte, destacou esta realidade, chamando a atenção para a animação que as provas suscitam no tecido económico da ilha. Ângelo Duarte felicitou João Borges por esta iniciativa que, nas suas palavras, “pode levar o Faial cada vez mais longe

no circuito motorizado”. Por sua vez, o vereador da Câmara Municipal da Horta Filipe Menezes destacou a importância da modalidade para o município, e reiterou o apoio da autarquia para o seu desenvolvimento.

Por sua vez, Bento Leonardo, presidente do Clube Automóvel do Faial, considerou que, desde a criação do CAF, há 20 anos, o desporto automóvel evoluiu muito, sendo que a criação da 18 Competi-

ções é um reflexo dessa evolução. Para o dirigente, também a criação da Taça de Ralis do Canal é de extrema importância para continuar esse progresso: “estes pequenos Ralis dão experiência aos nossos pilotos para o Ilha Azul”, considerou, confessando ser desejo do CAF evoluir muito mais, até à concretização de um grande Rali no Canal: “é esse o nosso sonho e vai ser essa a nossa luta”, garantiu. rAlI dO CANAl NA rUA esTe FIM-de-seMANA Vai para a rua amanhã o Rali do Canal, primeira prova da Taça de Ralis do Canal/Além Mar, que resulta de uma organização conjunta do Clube

Automóvel do Faial e do Pico Automóvel Clube.

As quatro duplas da 18 Competições fazem-se à estrada com esperanças de alcançar bons resultados, Para João Borges, que corre com o Subaru Impreza N12, a fasquia está elevada, uma vez que se sagrou vencedor da edição de 2010 da prova.

Paulo Costa, vice-campeão dos Açores no que diz respeito a veículos sem homologação, corre com o Subaru Impreza 555, enquanto que Nuno Oliveira se estreia em viaturas de tracção total, num Mitsubishi Lancer EVO V. Tomás Duarte, no programa Piloto 18, corre ao volante de um Yaris.

esPAÇO de PrOxIMIdAde A POlÍCIA AO serVIÇO dOs CIdAdÃOs P P O O l l Í Í C C I I A A d d e e s s e e G G U U r r A A N N Ç Ç A A P P Ú Ú b b l l I I C C A A

segurança rodoviária, lembre-se HÁ seMPre AlGUÈM à sUA esPerA a sinistralidade rodoviária constitui para a sociedade em geral motivo de preocupação, por ser um flagelo sem precedentes no que se refere ao contínuo agravamento das condições socioeconómicas do próprio estado e das famílias.

de risco/inadequados e o bem-estar da população em geral.

Portugal, não é excepção e nesse contexto, está acometida por missão à Policia de Segurança Pública, o ordenamento e fiscalização da circulação rodoviária, no entanto, para que essa fiscalização seja ordenada e se torne eficaz, periodicamente são determinados/definidos objectivos específicos direccionados, que pese embora na sua execução tenha de existir a vertente repressiva, tem por objectivo principal a dissuasão de comportamentos

CONdUÇÃO sOb INFlUêNCIA dO ÁlCOOl  = > 0,50 g/l e < 0,80g/l = 250 a 1250€ e i.c de 01 a 12Meses.  = > 0,80g/l e 1,19 g/l = 500 a 2500€ e ic de 02 a 24 Meses  1,20g/l ou superior = criMe  excesso de velocidade coimas mínimas de 60 a 500€ e Sanção acessória de i.c de 1 a 24 Meses

assim a FiScalizaÇão Selectiva para o presente mês incidirá em específico as seguintes vertentes:

 transporte e Disposição de carga  coimas mínimas de 60 a 120€  Desrespeito da sinalização – Semáforos  coima de 74,82€ a 374,10€ e i.c. de 2 a 24 Meses A P.s.P. deseJA-lHe UMA VIAGeM AGrAdÁVel esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.S.P. da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt contactos: telefone – 292208510 – Fax 292208511 Contactos: Telefone - 292208510 Fax - 292208511

PrOGrAMA INTeGrAdO de POlICIAMeNTO de PrOxIMIdAde