01 abril 2011

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FutSal

Fayal SPort Club CaMPeão do Faial PágiNa 11

Tribuna das Ilhas

direCtor: MaNuel CriStiaNo beM 4 NÚMero: 460

O pi n iãO

O1.abril.2O11

Sai àS SextaS-feiraS

1 euro

workshop sobre trabalho desenvolvido no banco decorreu esta semana

PágiNa o9

arMando aMaral

P eríodo de

tÓPiCoS: 1- Futebol 2 - açores 3 - eléctrico 4 - travessia PágiNa 12

Berto Messias

trocar Portugal pelo poder PágiNa o9

Fernando Guerra

o enclave - Culpados e responsáveis PágiNa 12

Genuíno MadruGa M ar a ÇoriaNo

a próxima safra do atum

encerramento do condor Poderá ser alargado PágiNa o5

PágiNa 14

José arMas triGueiro e FeMÉride

o golpe de estado frustrado de botelho Moniz foi há 50 anos PágiNa 14

M. Patrão neves

a história de um debate que não entrou para a história

Formação de activos

horta reCebe PriMeiro CurSo de guiaS de ParqueS NaturaiS

PágiNa o4

Será o Caldo de Peixe Maravilha de Portugal? g É a pergunta que se põe agora que está a decorrer a fase de candidatura das iguarias nacionais ao concurso das 7 Maravilhas gastronómicas de Portugal. a candididatura do Caldo de Peixe surge por iniciativa da adeliaÇor, grater e Câmara do Comércio e indústria da horta. PágiNa o2


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em destaque

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editorial

CenSOS 2011 g Já está em marcha no continente português e nas regiões autónomas da Madeira e dos açores a grande operação nacional dos censos 2011, que corresponde ao recenseamento geral da população e cujos resultados dirão quantos são os portugueses neste território, se na verdade o trabalho de recolha e de apuramento de dados for realizado com o rigor que merece. Mas mais do que esse número global de habitantes que constituem o nosso país, o censos 2011 vai fornecer uma série de informações referentes à habitação dos agregados familiares e a outros aspectos da vida e do nível cultural das pessoas. esta operação é promovida e orientada pelo instituto nacional de estatística com o apoio das câmaras Municipais e Juntas de Freguesia e a sua execução conta com a acção, no “terreno”, de muitos milhares de agentes que receberam – segundo nos dizem – formação adequada ao trabalho a desenvolver. espera-se, pois, que no final das tarefas em curso e já na fase de divulgação dos resultados, não apareçam, como se detectou no último censo, certos casos de famílias que receberam os impressos do recenseamento e os preencheram, sem que ninguém tivesse aparecido por fim a recolhê-los – casos que até vieram para as páginas dos jornais da época. claro que a entidade responsável pelo censos 2011, o ine, tem feito a sua promoção e divulgação por diversos meios de comunicação, incluindo os grandes “placards” de rua das cidades. e seguindo o estilo actualmente muito em moda com a utilização abusiva de expressões em línguas estrangeiras – quando a nossa é extremamente rica para qualquer tipo de mensagem a transmitir – no texto desses anúncios colocados, em espaços citadinos, pode ler-se o seguinte: “fique online com a maior operação estatística do país”. tratando-se portanto de uma mensagem dirigida à totalidade das gentes deste país, onde a esmagadora maioria da população não faz a mínima ideia do que significa “online”, temos aqui o exemplo de um perfeito disparate que devia envergonhar o seu autor ou quem o aprovou, numa frase promocional que teria de traduzir um incentivo à participação no recenseamento com palavras simples e motivadoras. isto é, todavia, um sinal dos tempos que se vivem no contexto nacional em que é de “bom tom” usar nos textos mais variados uma linguagem recheada de certos “estrangeirismos”, dando nota de uma falta de sensibilidade, de bom senso e de cultura da própria língua pátria. e quando isso falta, não se fica “online”… fica-se é com a mediocridade e a pacovice de quem a produziu…

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7 maravilhas da Gastronomia

Caldo de Peixe candidato a Maravilha Marla PiNheiro

Maria José Silva g O Caldo de Peixe vai ser candidato a Maravilha da Gastronomia. A informação foi avançada por José Leonardo, presidente da Adeliaçor, na cerimónia de apresentação das iguarias açorianas que vão marcar presença neste certame. A oportunidade de promover os Açores através da sua gastronomia em território nacional e na região levou a que a ADELIAÇOR, em parceria com a Câmara Comércio e Indústria da Horta, propusesse uma receita genuinamente açoriana, o tão apreciado “Caldo de Peixe”. Assim sendo, de acordo com informação adiantada na conferência de imprensa, no âmbito dos projectos de Cooperação Interterritorial financiados pelo PRORURAL as Associações de Desenvolvimento Local dos Açores ADELIAÇOR e GRATER são parceiras do projecto "7 Maravilhas da Gastronomia". Paralelamente a outras candidaturas açorianas, o objectivo é divulgar não apenas este prato, mas conseguir uma abertura para que se dêem a conhecer outras iguarias, neste caso específico, das cinco ilhas que compõem a área de acção dos parceiros envolvidos (Faial, Pico, São Jorge, Flores, Flores e Corvo), unindo esforços de promoção com a GRATER (Graciosa e Terceira), também associada da Federação Terra Minha, uma das organizadoras do evento, e parceira da ADELIAÇOR enquanto associação de desenvolvimento regional.

Financiado pelo Eixo4 do PRORURAL, na sua vertente de promoção e divulgação, esta iniciativa prevê a edição de um roteiro gastronómico com respectivas receitas e restaurantes aderente, participação em feiras gastronómicas, realização de showcooking com chefes de cozinha de renome, realizações de workshops destinados ao sector da restauração e colaboração em parcerias possíveis entre produtores e este sector, visando o aproveitamento e divulgação dos produtos locais. Mostras desta iniciativa estão já previstas para a Festa do Mundo Rural (Faial), Festival do Queijo (São Jorge) e Seminário de vitivinicultura (Pico), dr

[soBe]

estando em aberto uma iniciativa do género nas Flores. Presente no júri do Concurso “7 Maravilhas da Gastronomia”, estará Alfredo Lopes, ex-proprietário de um restaurante na cidade da Horta, e agora sedeado em Lisboa, que bem conhece as nossas tradições, adianta José Leonardo, presidente da ADELIACOR. Ângelo Duarte, presidente da CCIH, um dos parceiros, está convicto que este é mais um desses momentos em que a gastronomia servirá de mote para alcançar grandes feitos, nomeadamente atrair mais pessoas para as ilhas. O Concurso “Sete Maravilhas da Gastronomia” decorre em moldes semelhantes ao concurso “Sete Maravilhas da Natureza”, e consiste em eleger os melhores pratos gastronómicos das 10 regiões de Portugal, e conta com os apoios institucionais do Turismo de Portugal, do Ministério da Agricultura e da Federação Minha Terra, esta ultima a entidade que estabelece contactos com as associações de desenvolvimento local parceiras. Considerando a Gastronomia como um elemento fundamental da identidade de uma comunidade, sobretudo a gastronomia tradicional enquanto elemento valioso do património de uma determinada região, a ADELIAÇOR pretende, através deste projecto nacional, divulgar o património gastronómi-

&

co açoriano a nível nacional e internacional. O projecto liderado pela empresa “7 Maravilhas” consiste num concurso dos melhores pratos gastronómicos das 7 regiões de Portugal e conta com os apoios institucionais do Turismo de Portugal, do Ministério da Agricultura e da Federação Minha Terra, sendo esta ultima a entidade que estabelece os contactos com as associações de desenvolvimento local parceiras. Importa salientar ainda que este projecto vai custar aos cofres da ADELIAÇOR cerca de 15 mil euros, montante ao qual já se candidatou ao programa de cooperação interterritorial co financiado pelo PRORURAL. De acordo com o que nos foi explicado, na primeira fase do concurso todas as receitas serão organizadas pelas 10 regiões do país e em 7 categorias: entradas, sopas, carnes, caça, peixe, marisco e doces. Após um processo de selecção por parte de 70 especialistas serão seleccionados os 70 pratos pré-finalistas que serão alvo de nova apreciação por parte de 21 personalidades. A selecção das 7 receitas mais votadas será feita pelo público entre 7 de Maio e 7 de Setembro sendo que o resultado final só será revelado numa cerimónia a ter lugar em Santarém e que será transmitida pela RTP, à semelhança das 7 Maravilhas de Portugal.

[desce]

atraCtivoS turÍStiCoS

tÉrMitaS

g sempre aqui temos dito – e é uma opinião generalizada –

g as térmitas são actualmente, nos açores, uma praga que

que o nosso turismo deverá ser, basicamente, um turismo de mar, até porque aberto a meio do oceano atlântico. observação de baleias e golfinhos, passeios marítimos ao longo das costas das ilhas, natação em águas límpidas, vela de cruzeiro e variados desportos náuticas – eis uma longa e boa receita. recentemente, porém, têm surgido aqui atractivos de outros géneros que é bom existirem e que são de considerar: os ralis de automóveis, as actividades equestres, os passeios a pé. tudo vale, afinal, como atracção turística.

vai corroendo as madeiras das habitações mais antigas, levando à sua destruição. uma praga que se tem introduzido em diversas ilhas, apesar da vigilância e combate que se desenvolveram no sentido de a anular e impedir a sua expansão. até hoje as ilhas mais afectadas pelas térmitas foram a terceira, são Miguel, o Faial, são Jorge e santa Maria. entretanto há notícias de que no Pico elas apareceram agora, numa casa das lajes. alertam-se, pois, os picoenses com vista a uma solução radical do caso, evitando um mal maior…


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Atelier "Artistas de Cá!" g O Museu da Horta promove a realização de mais um atelier infantil concebido e orientado por Rita Braga, desta vez destinado a crianças dos 8 aos 12 anos. Este terá lugar de 18 a 21 de Abril, das 10h30 às 12h00, na sala do serviço educativo do próprio Museu. Neste atelier, de acordo com uma nota enviada à nossa redacção, irão ser apresentadas aos mais novos as obras de artistas portugueses como Júlio Pomar, Paula Rego, Nadir Afonso e Vieira da Silva. As crianças serão convidadas a experimentar recriar um dos trabalhos destes mestres, imprimindo-lhe a sua marca pessoal. As inscrições podem ser feitas por email ou em papel na recepção do Museu.

[aconteceu]

ÁGuas vivas

Magazine náutico produzido por empresa faialense estreia sábado na rtP/açores dr

o potencial desportivo e científico do mar que envolve as ilhas dos açores vai passar a ter hora marcada na televisão regional. Na noite de amanhã, estreia na rtP açores o magazine náutico águas vivas, produzido por uma empresa faialense. a ante-estreia decorreu na passada quarta-feira, no Centro do Mar, antiga Fábrica da baleia. g João Silva, de 30 anos, e Inês Coutinho, de 28, fundaram a Marimagens em Maio de 2010, no Faial. Segundo João, a ideia era apostar em algo novo e colmatar uma lacuna que havia no mercado. Juntando sua experiência profissional à paixão pelo mar e pelos desportos náuticos, João lançou-se no desafio de criar uma empresa de produção audiovisual vocacionada para o mar. O magazine náutico Águas Vivas surge como a primeira grande produção da jovem empresa. Com uma duração de 15 minutos, será exibido semanalmente na RTP/Açores, e dedicar-se-á ao mar, tanto na sua componente de desporto náutico como na componente científica. Nesta vertente, João destaca a parceria do Depar-

águaS vivaS a equipa do programa apresentou-o em ante-estreia na passada quarta-feira

tamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, “essencial para o desenvolvimento deste projecto”. A componente científica está presente na rubrica Mar Ciência, a cargo dos investigadores do DOP José Nuno Pereira e Filipe Porteiro, ao passo que o desporto náutico será coordenado pelo jornalista Rolando Marques. A apresentação do Águas Vivas está a cargo da jornalista Joana Rosa. Para João, a forte componente náutica dos Açores - e do Faial em particu-

lar -, faz com haja muito potencial para explorar no programa: “há muitas coisas a acontecer, relacionadas com o mar, que frequentemente o público em geral desconhece”, refere. O responsável pela Marimagens está satisfeito com o resultado final do Águas Vivas, no entanto frisa que foi preciso muito trabalho árduo, para construir um programa com qualidade, apetecível, e “com uma montagem e uma essência algo diferentes” da restante programação da estação pública regional. MP

tesouro na baía da Horta g Na sequência de todo o trabalho de investigação arqueológica que tem sido levado a cabo na baía da Horta, no âmbito da obra de construção do novo Porto, foi descoberto, esta semana, um cofre com objectos museológicos avaliados em 2 milhões de euros. De acordo com informação a que TRIbUNA DAS ILHAS teve acesso os objectos já foram vendidos em leilão e a verba decorrente desta acção, reverteu a favor dos investigadores que encontraram o tesouro. O comprador, cuja identidade não foi revelada, mas que se sabe ser faialense, doou os objectos museológicos à autar-

quia que, agora, vai montar uma exposição permanente no antigo banco de

Portugal, para que todos possam ter acesso. MJS

bar da PiSCiNa Já abriu g reabriu com nova gerência o Bar da Piscina no complexo camarário do Parque da alagoa. a empresa antónio dias, lda., através da sua filial universo da Festa pretende agora dinamizar esta zona de lazer, dando-lhe uma vertente mais familiar, uma vez que dispõe de insufláveis, karts e outros mimos que farão as delícias da pequenada enquanto os pais podem usufruir dos restantes serviços do espaço. este empresário pretende ainda desenvolver um projecto para um campo de bowling nas suas instalações no Farrobo. 25.3% doS FaialeNSeS reSPoNderaM aoS CeNSoS Pela iNterNet g na primeira semana dos censos 2011 cerca de 15 mil alojamentos, mais precisamente 14949, responderam pela internet. dos 19 concelhos dos açores, 8 estão acima desse valor: corvo com 33,7%, Horta com 25,3%, sta cruz das Flores com 23,1%, velas com 19,6%, Povoação com 18,3%, angra do Heroísmo com 16,8%, Praia da vitória com 16,6% e Madalena com 16,2%. logo a seguir e acima dos 10% estão os concelhos de ribeira Grande com 13,6%, Ponta delgada com 13,2%, lajes do Pico com 11,3% e lajes das Flores com 10,3%. recorde-se que a resposta aos censos 2011 começou em 21 de Março, momento censitário e se prolonga até 24 de abril. nesta primeira semana as respostas foram só pela internet e a partir de 28 de Março a 10 de abril as respostas são simultaneamente pela internet e em papel e de 10 a 24 de abril a resposta é só em papel. eNtrega de CarriNhoS de bebÉ e baNheira g no passado dia 28 de Março o rotaract clube da Horta entregou dois carrinhos de bebé e uma banheira, a duas famílias carenciadas. os faialenses através da doação deste tipo de bens demonstraram mais uma vez a confiança que depositam no rotaract club da Horta para o fortalecimento da nossa comunidade demonstrando que sabem que é a solidariedade que constrói a coesão social todos os dias. o presidente do rtc da Horta, carlos viveiros disse, na ocasião, que este é mais uma prova de que, com a solidariedade de todos faremos a diferença”.

[vai acontecer] CertiFiCaÇão do hoSPital da horta CoNCluÍda No PrÓxiMo aNo g deverá estar concluída no próximo ano a certificação do Hospital da Horta, tendo em conta que, em Maio haverá uma verificação e, para o final do ano está prevista uma auditoria. recorde-se que o processo de certificação do Hospital da Horta teve início em 2009 e, segundo dados a que o triBuna das ilHas teve acesso, foram definidos 1073 critérios de avaliação. Chuva Forte eM todo o arquiPÉlago dr

g o serviço regional de Protecção civil e Bombeiros dos açores informa que, segundo o instituto de Meteorologia, uma superfície frontal fria a deslocar-se para nordeste, irá atravessar todo o arquipélago provocando precipitação por vezes Forte. nestas condições está previsto para os Grupo ocidental, central e oriental períodos de chuva por vezes forte. o srPcBa recomenda que sejam tomadas as medidas de precaução habituais para situações desta natureza, especialmente aos automobilistas que reforcem a atenção na condução. raid ilha azul g numa iniciativa da art – associação regional de turismo e do club aventura do Barreiro vai realizar-se nos dias 25 e 26 de Junho o rail ilha azul. esta é uma prova de orientação que passa por diversas modalidades que vão desde a corrida, bicicleta, Kayak, escalada, rappel, slide e paralelas. no âmbito do raid ilha azul, a organização irá realizar uma acção de formação no Faial sobre a leitura do mapa e técnicas de navegação nos dias 16 e 17 de abril.


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Horta pioneira em Curso para Guias de Parque natural dos açores Maria José Silva g Começou na cidade da Horta o primeiro curso para guias de parques naturais. Noventa horas lectivas, uma especialização reconhecida oficialmente. A este primeiro curso para guias dos parques naturais dos Açores concorrem 45 formandos, mas somente 20 foram seleccionados a frequentar a formação que vai decorrer na Escola Profissional da Horta. No primeiro dia de aulas os formandos foram recebidos por Frederico Cardigos, Director Regional do Ambiente que deixou bem claro na sua intervenção que não se deve aceder às zonas naturais de qualquer forma. “Desde há algum tempo que a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar tem sido pressionada para disponibilizar os seus Parques Naturais para usufruto turístico, o que faz todo o sentido porque de facto temos uma paisagem extraordinária no arquipélago e toda a gente quer usufruir dela” – explica o Director Regional do Ambiente, que adiantou ainda ao TRIbUNA DAS ILHAS que, “todavia, não podemos nem devemos usar a paisagem de uma forma indiscriminada para não a pormos em risco e isso só é possível se dotarmos os Parques Naturais de recursos humanos que permitam uma orientação, um assegurar da segurança, a identificação de espécies, interpretação da paisagem, entre outros aspectos, daí a necessidade de criação deste curso”. Refira-se ainda que, muito recentemente, o Parque Natural do Faial foi

galardoado com o Prémio Éden, um prémio de excelência turística, esse e outros prémios, tais como o Quality Coast por exemplo, fazem com que a pressão sobre as entidades governativas, no sentido de promoverem uma concertada gestão das suas área de abrangência, aumentem. A escolha do Faial para o arranque deste curso, que também vai realizar-se em outras ilhas, tem a ver com o facto de valorizar, ainda mais, o Parque Natural do Faial que tem sido alvo de beneficiações. A Escola Profissional da Horta abraçou de alma e coração este projecto porque, de acordo com Alice Rosa, “a conservação do património e da natureza do Faial é uma das nossas obrigações e preocupações para que possamos deixar este legado às gerações vindouras.” O curso, que terá a duração de noventa horas, visa dotar os formandos das competências necessárias à orientação de visitas realizadas dentro dos Parques Naturais dos Açores. Desta forma, os formandos no final do curso deverão ser capazes de identificar a fauna, flora, geologia e património edificado, dentro das áreas naturais dos Açores; de conduzir visitas guiadas às áreas classificadas e efectuar uma correcta gestão de cada grupo de visitantes. A acção tem como destinatários todos aqueles que pretendam efectuar visitas guiadas às áreas naturais dos Açores, podendo ser realizadas candidaturas por detentores de diferentes habilitações académicas.

No que concerne à estrutura Programática e aos conteúdos a serem ministrados, estes abrangem áreas de grande relevância, nomeadamente: fauna, flora, geologia, noções de património, áreas classificadas, primeiros socorros, pedestrianismo e orientação, destacando-se uma forte componente ao nível da aplicação prática de conhecimentos, concretizada em saídas de campo que objectivam um maior contacto com a biodiversidade e geodiversidade dos Parques Naturais dos Açores. Este é um curso de qualificação de activos, área na qual a Escola Profissional da Horta actua desde 1998 e que já abrangeu 665 pessoas.

Presentes no Concelho Preço máximo de venda dos combustíveis actualizado na ribeirinha nos açores g As alterações registadas no preço do petróleo, durante as últimas semanas, nos mercados internacionais, vão levar a uma actualização do preço máximo de venda dos combustíveis na Região Autónoma dos Açores. Esta actualização será de dois cêntimos por litro para as gasolinas 95 e 98 e para o gasóleo rodoviário e de um cêntimo por litro para os gasóleos agrícola e pescas. O preço máximo de venda do fuel é também actualizado em um cêntimo por quilo. O preço do gás mantém-se inalterado. De salientar que todos os combustíveis mantêm margens superiores ao que foi definido pelo Governo dos Açores como diferença mínima entre os preços máximos praticados nos Açores e os preços em vigor no continente português. Assim, no caso das gasolinas 95 e 98, a diferença dos preços máximos praticados nos Açores para o mercado nacional será de menos 11,6 % e menos 11,5 % respectivamente. No caso do Gasóleo Rodoviário, essa diferença será de menos 14,2 %. Em relação aos gasóleos agrícola e pes-

g A Câmara Municipal estará na freguesia entre os dias 1 e 7 de Abril no âmbito da iniciativa “Presentes no Concelho”. O executivo municipal bem como parte dos serviços de atendimento ao munícipe estarão a funcionar no edifício

cas, as diferenças entre os preços máximos praticados nos Açores e os preços praticados no continente serão de menos 21,9 % e de menos 21,4 % respectivamente. No caso do fuel a diferença de preço entre os Açores e o continente será de menos 26,5 %. Em relação à Região Autónoma da Madeira, os preços máximos praticados nos Açores são inferiores em menos 4,8 % para

a gasolina 95, menos 9,6 % para a gasolina 98, e menos 6,7 % para o gasóleo rodoviário. No caso do gasóleo agrícola o preço máximo verificado nos Açores é inferior em 13,7 % em relação ao preço praticado na Madeira. Os novos preços entram em vigor às 00h00 de hoje

Polivalente da Ribeirinha. No dia 7 de Abril, a partir das 20h00, no Polivalente da Ri-beirinha, a Câmara Municipal promove um convívio/beberete de encerramento aberto a toda a população e instituições da freguesia.


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Cientistas e utilizadores do banco submarino Condor reflectem sobre o trabalho já desenvolvido Maria JoSÉ Silva

Marla Pinheiro g Decorreu na passada terça-feira, no Hotel do Canal, um workshop que reuniu cientistas e utilizadores do Condor, que serviu para mostrar alguns resultados do trabalho desenvolvido até agora naquele banco submarino, abrindo-se também à reflexão e ao debate. Recorde-se que o Condor foi encerrado às actividades piscatórias e marítimo-turísticas em Abril de 2010, por um período de dois anos, para permitir aos cientistas estudar exaustivamente o local e perceber o impacto da pesca no stock de algumas espécies. Esta medida, proposta pelo Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, e resultante de negociações entre o Governo Regional e os utilizadores do banco, está neste momento a cerca de metade do período definido para a sua vigência. Com o encerramento do Condor, os investigadores podem evitar a interferência das artes de pesca com os equipamentos científicos que têm fundeados no local, e também aferir o impacto da não intervenção humana na variação das espécies de peixe, tanto em quantidade como no tamanho dos animais. Estas condições são raras a nível mundial, e por isso o DOP está a aproveitar a proibição de pesca no Condor para desenvolver toda uma série de projectos. Na ocasião, o subsecretário regional das Pescas admitiu a possibilidade do projecto levado a cabo no Condor ser repetido noutras zonas marítimas do arquipélago. Segundo Marcelo Pamplona, a experiência que está a ser analisada pelo DOP é fundamental para aferir da possibilidade “continuar com estas experiências para mais zonas dos Açores, tendo em vista garantir a sustentabilidade dos recursos e perceber como é que evoluem os recursos marinhos face à exploração pesqueira regional”. Para tomar esta decisão, o governante alerta para a importância de ouvir não apenas os investigadores do DOP mas também os profissionais da pesca. Por sua vez, a Federação de Pescas dos Açores demonstrou concordância com o alargamento do prazo de protecção do Condor para lá de Abril de 2012, como defenderam alguns investigadores, na esperança dessa medida permitir também aos pescadores colher frutos positivos desta investigação. “Seria Perder uMa graNde oPortuNidade abrir o baNCo No FiNal do SeguNdo aNo de FeCho” De acordo com o investigador Telmo Morato, o período volvido desde o encerramento do Condor – cerca de um ano -, não permite ainda tirar conclusões sobre o efeito da medida. “O que o fecho do banco permitiu até agora foi a instalação de equipamentos que a médio/longo nos irão permitir conhecer melhor as comunidades que ali habitam”, explica. Para Telmo, dois anos não são suficientes para perceber a velocidade de recuperação do banco: “se haverá algu-

WorKShoP Cientistas e utilizadores do banco reflectiram sobre a importância do seu encerramento às actividades da pesca e do turismo

mas espécies que recuperam rapidamente outras deverão demorar mais algum tempo. O que o exemplo do banco Condor nos permitirá, é perceber esta dinâmica que poderá, depois, ser aplicada a outras áreas, caso se julgue útil. Seria perder uma grande oportunidade abrir o banco no final do segundo ano de fecho”, entende. Neste workshop de balanço àquilo que está a ser feito no Condor, coube a Telmo Morato falar do impacto que a actividade piscatória tem sobre as comunidades de corais na Região. Ao TRIbUNA DAS ILHAS, o investigador explicou que “a actividade da pesca de fundo nos Açores executa-se quase exclusivamente com linhas, quer seja palangre ou linhas de mão. Estas artes, ao entrar em contacto com o fundo, poderão danificar algumas colónias de corais que, ou são trazidas para a superfície, ou ficam danificadas no fundo”. “Estamos neste momento a tentar quantificar esse impacto com o objectivo de o pôr em contexto europeu, isto é, comparando com o efeito de outras artes de

pesca e com o efeito de artes semelhantes noutras regiões europeias, como por exemplo a Islândia ou a Noruega. Como é facilmente imaginável o impacto de artes com linhas de pesca nos corais de profundidade é muito menor que o impacto de um arrasto. Por outro lado, o impacto das linhas de mão é muito inferior ao do palangre de fundo. Neste momento estamos ainda a tentar colocar números nestes impactos para os poder contextualizar”, explica. Para já, os investigadores estão a desenvolver índices de vulnerabilidade das várias espécies e colónias de corais, o que, de acordo com Telmo, permitirá “distinguir o impacto da pesca em colónias altamente vulneráveis, como aquelas que possuem milhares de anos, do impacto em colónias que possuem um poder de recuperação maior”. “Quando este trabalho estiver finalizado poderemos então ter uma ideia mais concreta dos reais impactos destas artes nos fundos dos mares dos Açores e comparálos com o que acontece no resto da Europa”, prevê. dr

MiSSÕeS CieNtÍFiCaS No CoNdor os investigadores do doP contaram já com a colaboração navio hidrográfico gago Coutinho, da Marinha Portuguesa

Para este biólogo, as vantagens em termos científicos do encerramento do Condor são evidentes: “o encerramento de um banco poderá contribuir para o alargamento do nosso conhecimento sobre o funcionamento dos ecossistemas dos montes submarinos e, caso o fecho perdure, perceber o efeito desta reserva nas comunidades de peixe e invertebrados”, explica, acrescentando que “os Açores, em conjunto com a Nova Zelândia, lideram o conhecimento científico sobre montes submarinos a nível mundial”. No que diz respeito à gestão dos recursos marinhos nos Açores, Telmo defende a adopção de medidas multivariadas, ou seja, conciliando “o controlo do esforço de pesca (que possivelmente terá que ser reduzido na Região), com a regulamentação da selectividade das artes, das espécies, tamanhos, ou épocas de defeso”. “Penso que seria útil a criação de áreas marinhas protegidas directamente designadas para a gestão dos recursos pesqueiros. Mas note que a criação de áreas marinhas protegidas não pode ser uma medida isolada. Tem de estar integrada com outras, como por exemplo a redução efectiva do esforço de pesca”, entende. Os bancos submarinos são zonas muito apetecíveis aos pescadores. No entanto, a comunidade piscatória foi sensível à importância de fechar o Condor à pesca. Para o investigador do DOP, “a colaboração com os pescadores tem sido muito profícua”. “As maisvalias que os pescadores poderão esperar, caso a experiência vá até ao fim, são várias. Por um lado, os pescadores terão mais conhecimento sobre a utilidade do fecho de um banco e, se for do seu interesse, utilizar esse conhecimento adquirido para lutar pelos seus interesses. Por outro lado, o efeito dos fechos poderá ir

mais além do que o aumento da biomassa dentro da zona fechada. A área reservada poderá exportar larvas, juvenis e adultos para as zonas adjacentes que poderão vir a ser bons locais de pesca”, explica. Telmo Morato gostaria que o Condor se mantivesse fechado por mais tempo, e entende que tal traria mais-valias tanto em termos científicos como para o sector das pescas: “o fecho permanente de um local poderá torná-lo numa fonte permanente de exportação de biomassa. A reabertura de uma reserva à pesca tem como único efeito o colapso da biomassa aí existente que, enquanto fechada, estava a exportar biomassa para zonas adjacentes”, defende, exemplificando o seu ponto de vista com uma situação ocorrida nas Filipinas: “aí, quando se abriu uma reserva à pesca, as capturas acabaram por diminuir não só na zona que era reserva mas também em todas as zonas adjacentes”, diz. Tendo isto em conta, o biólogo deixa um desafio: “mantenham o Condor fechado para todos conseguirmos realmente perceber o impacto que este tipo de medida de gestão poderá ter nos nossos stocks”, sugere. Nem sempre a actividade produtiva e a actividade científica coexistem em harmonia, principalmente quando para exercer uma é necessário suspender a outra. No entanto, no Faial essa harmonia existe, como assegura Telmo: “o caso dos Açores, e o Faial mais especificamente, é visto a nível mundial como um exemplo de gestão de proximidade resultante de um estreito relacionamento entre os vários intervenientes. A colaboração é real e confesso que muita vezes os pescadores dão mais do que aquilo que recebem”, considera.


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PSD/açores vai propor pacote legislativo com vista a “maior transparência” nas finanças públicas g O PSD/Açores vai apresentar na Assembleia Regional um pacote legislativo que visa garantir a transparência das finanças públicas regionais. A apresentação desta medida decorreu na passada terça-feira, e esteve a cargo do líder parlamentar laranja, Duarte Freitas, que defendeu, na ocasião, a necessidade “de assegurar que todos cidadãos possam conhecer a realidade financeira da Região e as responsabilidades futuras que vão onerar a próxima geração”. “Não é um capricho político. É uma exigência democrática”, afirmou. Segundo o parlamentar, a boa utilização dos recursos públicos “exige um elevado grau de transparência das contas públicas e mecanismos de controlo cada vez mais eficazes e responsabilizadores”.Referindo-se ao pacote legislativo proposto, Duarte Freitas explicou que estão em causa as “novas fórmulas e mecanismos”, que fazem com que existam uma “administração pública, investimento público e responsabilidades financeiras públicas fora do Orçamento”. O crescimento do sector público empresarial regional nos últimos anos, que actualmente engloba 63 empresas e grupos empresariais das quais o Governo controla 48, é uma das razões que levam os social-democratas a propor estas medidas. O pacote legislativo inclui uma anteproposta de lei para alterar a Lei de Enquadramento do Orçamento da

Região, para que o Executivo apresente ao Parlamento informações “individualizadas e consolidadas de todo o sector público empresarial regional”. Inclui também um projecto de decreto legislativo regional para alterar o Regime de Apresentação de Contas do referido sector, para que cheguem ao parlamento elementos como planos estratégicos plurianuais, planos anuais de actividade, orçamentos anuais e relatórios trimestrais de execução orçamental. O PSD/Açores quer também instituir um debate parlamentar anual sobre esta matéria. Ainda em relação ao pacote legislativo, dele faz parte um projecto de decreto legislativo regional que visa criar uma Unidade Técnica de Apoio Orçamental no âmbito da Assembleia Legislativa dos Açores para “elaborar estudos e documentos de trabalho técnico sobre gestão orçamental”. O pacote inclui ainda dois projectos de resolução: um no sentido de recomendar ao Governo Regional que os mapas do Orçamento da Região sejam “detalhadamente desagregados de acordo com o classificador económico em vigor”, e outro que visa a elaboração de um “Código de bom Governo” para o sector público empresarial regional. Segundo Duarte Freitas, esta “não é uma proposta fechada e está aberta ao contributo dos outros partidos”. Os social-democratas fazem votos de contar com uma abertura socialista a estas ideias, uma vez que “o partido no poder

deve ser o principal interessado em que não haja opacidade nas contas públicas”. CarloS CÉSar Não vê relevâNCia Na ProPoSta SoCial-deMoCrata Em reacção a esta proposta do PSD, o presidente do Governo Regional defendeu que “quem quiser saber alguma coisa sobre as nossas contas públicas sabe de imediato; tem instrumentos disponíveis para isso”. Carlos César não pôs de parte, no entanto, a utilidade da proposta do principal partido da oposição, no sentido de melhorar o sistema já existente: “não custa aperfeiçoar sempre algum aspecto que concorra para esse efeito”, disse. “Nós temos votado propostas de todos os partido políticos no parlamento e certamente avaliaremos estas propostas como avaliamos outras propostas de outros partidos”, afirmou o líder do Executivo Regional, que no entanto considerou serem irrelevantes algumas das medidas propostas pelo PSD, como por exemplo integrar no Orçamento regional um mapa com as obrigações futuras das empresas públicas. “Ainda há dias saiu no Jornal Oficial uma proposta de resolução aprovada em Conselho de Governo nesse sentido”, referiu. “Algumas dessas propostas não têm importância, não alteram nada, mas, seja como for, o seu espírito parece ser um espírito positiMP vo”, entendeu.

açores na revista islands g A prestigiada revista norte-americana Island Magazine, dedica, na sua edição de Março, onze páginas ao Arquipélago dos Açores, numa reportagem da autoria do conhecido actor norte-americano Andrew McCarthy, que visitou as ilhas de S. Miguel, Terceira e Faial, no mês de Maio do ano passado, na qualidade de escritor de viagens e colaborador desta conceituada publicação. Publicada oito vezes, por ano, com uma circulação média de 220 mil exemplares e vencedora de vários prémios a nível internacional, a Islands Magazine, inteiramente dedicada a ilhas, é a mais conhecida revista da especialidade, pela espectacularidade da sua fotografia e qualidade dos seus colaboradores. Para além de actor e director de cinema, televisão e teatro, com a participação em mais de duas de dezenas de filmes ao longo da sua carreira e em series televisivas,como “Lipstick Jungle” e “Gossip Girl”, já exibidos em Portugal, este actor colabora, para além da revista Islands, como escritor de viagens para a “National Geographic Traveler Magazine”, “Travel+Leisure”, “bom Appetit”, “Afar”, “National Geographic Adventure”, entre outras. A viagem aos Açores de Andrew

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eSPaÇo de ProxiMidade a PolÍCia ao ServiÇo doS CidadãoS P P o o l l Í Í C C i i a a

Por isso relembra-se: artigo 48º do Código da estrada d d  considera-se estacionamento – a imobilização de e e um veículo que não constitua paragem e que não seja motivada por circunstâncias próprias da circulação;  Fora das localidades – o estacionamento deve fazer-se fora das faixas de rodagem ou, sendo isso S S impossível e apenas no caso de paragem, o mais pose e sível do respectivo limite direito, paralelamente a este e no sentido da marcha; g g  dentro das localidades – o estacionamento deve fazer-se nos locais especialmente destinados a esse u u efeito e pela forma indicada ou na faixa de rodagem, o mais próximo possível do respectivo limite direito, parar r lelamente a este e no sentido de marcha; a a N N Ç Ç a a

P P eStaCioNar À eSquerda da Fixa de rodageM, é prática punível com coima mínima Ú Ú de 30€ a 150€ b b l l i i C C a a

McCarthy foi complementada pela deslocação, em Setembro, do fotógrafo Zach Ztovall responsável pela ilustração do artigo, tendo ambas as desloca-

ções sido apoiadas pela Delegação do Turismo de Portugal, em Nova Iorque, pela SATA e, na Região, pela Secretaria Regional da Economia. MJS

na sociedade actual, o estacionamento de veículos nas nossas cidades é cada vez mais difícil e constrangedor para o cidadão comum, pois o número de veículos tende a aumentar e os locais de estacionamento a diminuir. Para a P.s.P, o seu ordenamento e fiscalização é uma actividade consignada na lei. Quando a pedagogia não produz os efeitos pretendidos no comportamento do cidadão, então a intervenção repressiva é um meio propício a censurar o comportamento irresponsável dos infractores, levando-os a evitar a sua conduta de prevaricador. a P.s.P. não deixará de estar atenta ao incumprimento das regras que regulam o estacionamento, fazendo todavia um apelo ao sentido de cidadania e de responsabilidade aos senhores condutores.

Colabore, ProteJa-Se, evite a autuaÇão e o CoNFlito CoM terCeiroS esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.s.P. da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt Contactos: telefone – 292208510 – Fax - 292208511

PrograMa iNtegrado de PoliCiaMeNto de ProxiMidade


cultura

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Grupo Coral da Horta assinala 28.º aniversário com concerto g O Grupo Coral da Horta comemora no próximo domingo, dia 3 de Abril, 28 anos de existência.

Para assinalar a data, o grupo irá exibir-se em concerto no dia do aniversário. O espectáculo terá lugar na Sociedade Amor da Pátria, a partir das 20h00.

Colóquio “Os açores, a teatro da Unisénior apresenta novo trabalho amanhã 1.ª Guerra Mundial e a dr

gruPo de teatro da uNiSÉNior os universitários séniores do Faial voltam aos palcos com a peça o Cantinho do Jacinto

g O grupo de Teatro da Universidade Sénior do Faial apresenta amanhã, sábado, no Teatro Faialense, a partir das 21h30, a peça O Cantinho do Jacinto. Esta é a segunda vez que aquele grupo de teatro sobe aos palcos. Desta feita, trabalham um texto da autoria de Victor Rui Dores, que é também o responsável pela encenação. De acordo com Rui Dores, “O Cantinho do Jacinto desenvolvese em dois actos, tem registo de

comédia e dá conta de vivências quotidianas no interior de um café – pretexto para muitas conversas e alguma música”. “Mais do que isso não posso dizer porque, até ao dia da estreia, queremos manter algum segredo relativamente à trama da peça”, refere. Este é o terceiro ano em que Victor Rui Dores lecciona na Universidade Sénior do Faial, e a primeira vez que assume a responsabilidade da disciplina Expressão Dramática/Teatro, sucedendo assim a Manuel Aguiar, sob a

orientação de quem o grupo apresentou o seu primeiro trabalho, em 2009. “As aulas, duas vezes por semana e a decorrerem na Sociedade Amor da Pátria, têm uma componente teórica e uma componente prática. Do trabalho da componente prática resultou O Cantinho do Jacinto que vamos estrear amanhã”, explica. “É muito enriquecedor trabalhar com gente mais vivida e menos jovem… Há uma grande partilha de experiências e criam-se laços afectivos e de amizade muito fortes”, refere, falando desta sua experiência enquanto professor na Unisénior. Em relação à estreia, confessa que “é sempre um desafio e uma incógnita”. “Vamos lá ver como é que o público reage. E, tratando-se de uma comédia, precisamos do público como do pão para a boca”, diz. Depois da estreia, os actores da Unisénior querem continuar pelos palcos: “Estamos abertos a convites para actuações e, por outro lado, é nossa intenção manter parcerias com outras Universidades Séniores dentro e fora dos Açores. Para já, queremos fazer estrada: estamos dispostos e disponíveis a actuar nas freguesias do Faial e, se possível, dar uma saltada à ilha do Pico. Depois logo se verá”, explica o encenador.

república Portuguesa no Contexto internacional”

g No próximo dia 7 de Abril, a biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta acolhe a partir das 14h00 o colóquio “Os Açores, a 1.ª Guerra Mundial e a República Portuguesa no Contexto Internacional”. Esta iniciativa será promovida durante o mês de Abril, pela Direcção Regional da Cultura, e enquadra-se nas comemorações do Centenário da República Portuguesa. O colóquio é estruturado em secções distintas, nas ilhas Terceira, São Miguel e Faial. Na Horta será apresentada a terceira secção, “A República Portuguesa no contexto internacional”, no âmbito da qual haverá uma intervenção do coordenador, Luis Vieira Andrade, seguindo-se conferências proferidas pelo académico brasileiro Francisco das Neves Alves, pelo académico suíço Reto Monico, e Pedro Aires de Oliveira. A última secção do colóquio encerra com a apresentação de comunicações por Luís Fraga, Ana Paula Pires e bruno J. Navarro. O encerramento será no dia 8, às 11h00, no auditório da biblioteca Pública João José da Graça, com uma conferência

proferida pelo Reitor da Universidade dos Açores, Avelino Meneses. No contexto do colóquio estarão patentes ao público exposições que integram os planos de actividades do Museu de Angra do Heroísmo, Museu Carlos Macha-do, bi-blioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça e Museu da Horta. Na biblioteca da Horta estará patente a exposição da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento intitulada “Açores 1917/1918: crónica de um ano americano”, que será inaugurada precisamente no dia 7. No contexto deste colóquio, serão apresentados dois livros das Edições Tinta-da-China: O longo curso: estudos em homenagem a José Medeiros Ferreira, com coordenação de Pedro Aires de Oliveira e Maria Inácia Rezola, e Os Açores na politica internacional, da autoria do próprio José Medeiros Ferreira. A comissão científica deste colóquio é constituída por António Costa Pinto, Carlos Cordeiro, Carlos Guilherme Riley, José Medeiros Ferreira e Luis Vieira Andrade.

Sobre ImundAção, a última peça do teatro de Giz victor rui dores

S

arcástico e primoroso este espectáculo que Ana Luena concebeu a partir de um texto de Marta Freitas escrito propositadamente para o Teatro de Giz. Salta desde logo à vista a unidade de todos os elementos – cenografia, figurinos, música original, desenho de luzes e de som, – que contribuem para a eficácia cénica de Imundação. A peça tem a marca de um tempo e de uma estética, com uma narrativa que tem elementos de non sense e com o chamado “teatro do absurdo” a rondar por perto. Em palco, quatro personagens, movimentando-se numa espécie de ringue, tecem as teias do destino da vida

humana no teatro do mundo. E, à volta de Gabriel (ser bipolar, metáfora de uma ilha) entregam-se a um jogo de máscaras e espelhos que são viagens interiores por dentro de memórias e inquietações: os recalcamentos de uma infância, experiência de vida. São personagens tresloucadas que param o tempo, sofridas e solitárias, inventivas e criativas, estranhas e imprevisíveis, intrigadas e inquietas, almas torturadas e complexas que interrogam a vida vivida e a vida sonhada. Depois as máscaras vão caindo e há o confronto com o real, permanecendo a busca ou a ilusão de uma felicidade. É essencial captar o dito escondido no não dito. Por conseguinte, estamos perante um teatro de inquérito ao subconsciente. A dar corpo e expressão a essas personagens temos quatro actrizes que, com evidente prazer, entram no duplo jogo do teatro no teatro (a

duplicidade das personagens) e, irradiando luz e talento, fazem um belíssimo trabalho de composição: Lia Goulart (impressionante na movimentação e na comunicação não verbal, esgares surpreendentes, olhos que dizem, um rosto que fala), Maria Miguel (a ter, finalmente, um papel ao nível das suas reais capacidades histriónicas; o gesto estético, boa expressão facial, bons ornamentos vocais), Teresa Cerqueira (a serena e secreta ambiguidade de um sorriso, a dualidade cartesiana estampada no seu rosto iluminado) e Vanessa Santos (capta o lado onírico, tipifica bem a máscara atormentada, a tensão que se gera no interior desta peça). Do que mais gostei de Imundação? Sem dúvida da capacidade rítmica da linguagem que devolve musicalidade às palavras ditas que se transformam em emo-

ções. Momento alto é aquele em que as vozes, em uníssono e em diferentes registos, interpelam e interpelam-nos. O neologismo Imundação remete-nos para uma inundação de sen-

timentos e estados de alma. Parabéns ao Teatro de Giz, que tem vindo a optar pelas novas dramaturgias, num contínuo e continuado diálogo com a contemporaneidade. Mark Faria


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notícias

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Tribuna das Ilhas

Capturas de goraz da frota regional são obrigatoriamente desembarcadas nos açores dr

g As embarcações de pesca registadas no arquipélago estão obrigadas a efectuarem todos os desembarques das capturas de goraz nos portos de descarga da Região Autónoma dos Açores. Esta medida visa permitir o “controlo permanente dos volumes de capturas” da espécie e resulta da publicação, e em Jornal Oficial, da portaria que estabelece o regime jurídico de fixação de capturas totais permitidas de goraz e condições associadas nos anos de 2011 e 2012. O diploma, procede também à repartição pelo conjunto da frota do arquipélago, de acordo com o seu porto de registo ou de armamento, ilha por ilha, das possibilidades de pesca anuais do goraz nos anos de 2011 e 2012, fixadas em 1.116 toneladas de peso vivo. São Miguel, com 416.139 quilos (37,288% do total), Terceira, com

286.190 quilos (25,644%), Faial, com 180.084 quilos (16,137%), e Graciosa, com 113.411 quilos (10,162%), são as ilhas com maiores quotas atribuídas. As possibilidades de pesca anuais do goraz no arquipélago contemplam ainda

as ilhas do Pico, com 38.510 quilos (3,451%), das Flores, com 28.933 quilos (2,593%), de São Jorge, com 23.801 quilos (2,133%), de Santa Maria, com 14.657 kg (1,313%), e do Corvo, com 14.275 quilos (1,279%).

O site "SiaraM - Sentir e interpretar o ambiente dos açores" disponibiliza novos conteúdos g A partir desta data o SIARAM disponibiliza novos conteúdos multimédia, vídeos, áudios e fotografias, em http://siaram.azores.gov.pt/_novosconteudos.html nas seguintes temáticas: Na temática Naturalistas nos Açores, pode-se agora encontrar informação sobre a vida e obra de Francisco de Arruda Furtado, primeiro malacólogo açoriano. Francisco de Arruda Furtado dedicou grande parte da sua vida ao estudo da evolução e distribuição da fauna e flora nos Açores. Desenvolveu também estudos sobre a antropologia dos povos açorianos, sobretudo sobre o povo micaelense. Para além de depoimentos de investigadores sobre a sua vida e obra está pela primeira vez disponível na internet, acessível a todos os interessados, toda a sua obra e correspondência científica que manteve com destacados naturalistas, como Charles Darwin. Para este efeito a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar contou com a

colaboração do Instituto Açoriano de Cultura e do Instituto Cultural de Ponta Delgada. Na temática Centros de Interpretação são também disponibilizados novos conteúdos sobre mais centros de interpretação ligados à promoção do conhecimento dos aspectos ambientais dos Açores. Podem ser consultados vídeos, fotografias e textos sobre o Observatório do Mar dos Açores e a Fábrica da baleia do Porto Pim na ilha do Faial, Observatório do Ambiente dos Açores na Ilha Terceira, ExpoLab em São Miguel, Centro de Artes e Ciências do Mar na ilha do Pico, Museu Vulcanoespeleológico dos Montanheiros na Terceira e o Núcleo Museológico da Central Hídrica da Fajã Redonda em São Miguel. Foram também actualizados novos conteúdos sobre o Núcleo Museológico do Lajido de Santa Luzia na ilha do Pico. Na temática Cavidades Vulcânicas

foi introduzida a Gruta do Carvão de São Miguel, uma das quatro cavidades vulcânicas classificadas como Monumento Natural Regional. Na temática das Zonas Húmidas podemos ver os Charcos de Pedro Miguel, que se assumem como um dos lugares mais interessantes para a observação de aves migratórias acidentais na ilha do Faial. Em matéria de Recursos Hídricos podemos encontrar informação sobre a produção de energia hídrica nos Açores. As centrais que se encontram em funcionamento, o tipo de tecnologias utilizadas na região, formas de captação de água, etc. Como exemplo de produção de energia hídrica, está a Levada do Faial e a conduta forçada para a Central Hídrica do Varadouro. Está ainda disponível um depoimento do investigador Paulo borges da Universidade dos Açores sobre a importância do trabalho desenvolvido pelo naturalista Dalberto Pombo em Santa Maria e nos Açores.

Todavia, estas quotas “não constituem direitos adquiridos das empresas, armadores ou embarcações, podendo ser, a todo o tempo, retiradas ou diminuídas, como resultado de decisões regionais, nacionais ou comunitárias no âmbito da conservação e gestão de recursos”. De acordo com a mesma portaria, que entrou em vigor quarta-feira, sendo aplicável até 31 de Dezembro de 2012, a repartição da quota por conjuntos da frota de cada uma das ilhas tem em conta, primordialmente, “os volumes médios de capturas das embarcações registados nos diferentes portos do arquipélago no período de 2000 a 2004, com os ajustamentos propostos pelas respectivas associações representativas da frota de pesca”. O diploma determina ainda que o volume máximo de capturas autorizado

para cada uma das ilhas dos Açores será “repartido individualmente, por despacho do membro do Governo responsável pelas pescas, relativo a cada uma das nove ilhas, pelas embarcações de pesca local e de pesca costeira licenciadas para os anos de 2011 e 2012”. Essa repartição de quota por embarcação terá “em conta proposta das associações representativas da frota de pesca” de cada uma das diferentes ilhas e respeitará igualmente um conjunto de regras que a própria portaria enuncia. Nos termos deste diploma, fica proibida também “a manutenção a bordo, o transbordo, o desembarque, o transporte, o armazenamento, a exposição, a colocação à venda ou a venda de goraz capturado por embarcações registadas nos portos da Região Autónoma dos Açores classificadas como de pesca do largo”.

bibliotecas Públicas com novos regulamentos Constitui objectivo das bibliotecas “facilitar o acesso da população aos diversos suportes de informação (impressos, audiovisuais, multimédia e electrónicos), através do acesso à base de dados em linha, da consulta local e/ou do empréstimo domiciliário, contribuindo deste modo para dar resposta às necessidades de informação, lazer, educação permanente e pesquisa da população no pleno respeito pela diversidade de gostos e escolhas”. g O regulamento geral das três bibliotecas públicas e arquivos regionais, aprovado por portaria do Presidente do Governo, foi publicado no Jornal Oficial da Região Autónoma dos Açores. De acordo com o documento, são objectivos gerais das bibliotecas públicas e arquivos regionais “a promoção do livro e da leitura, tendo em conta os princípios expressos no Manifesto da UNESCO sobre bibliotecas públicas, e a guarda e incorpora-

ção do património arquivístico da Região Autónoma dos Açores, garantindo o tratamento técnico dos documentos e a respectiva preservação, conservação e divulgação”. Por outro lado, constitui objectivo fundamental destas instituições “facilitar o acesso da população aos diversos suportes de informação (impressos, audiovisuais, multimédia e electrónicos), através do acesso à base de dados em linha, da consulta local e/ou do empréstimo domiciliário, contribuindo deste modo para dar resposta às necessidades de informação, lazer, educação permanente e pesquisa da população no pleno respeito pela diversidade de gostos e escolhas”. Fazem ainda parte dos objectivos fundamentais “facilitar a consulta de documentos de arquivo”, “adquirir, organizar e disponibilizar colecções de modo a dar respostas às necessidades de informação, educação e cultura”, “promover actividades de animação e divulgação cultural, contribuindo para o desenvolvimento cultural da comunidade e a ocupação dos seus tempos livres” e “proporcionar condições que permitam a reflexão, o debate, a crítica e o convívio”.


opinião

Tribuna das Ilhas

citações

Quando José sócrates ameaçava “ ou eu ou o FMi”, na realidade já sabia, como a maioria de todos nós, da inevitabilidade da entrada do Fundo Monetário internacional em Portugal. contudo, fez chantagem, desempenhou o seu papel de mártir da Pátria e os sociais-democratas foram atrás, como se sócrates fosse o flautista mágico da história infantil. agora que se demitiu, o homem que levou Portugal à beira da ruína vai recandidatarse. e fá-lo como mártir. Paulo Simões açoriano oriental

desde logo, pareceme um erro olhar a geração dos "recibos verdes" como uma massa uniforme. não é. Juntam-se ali várias posturas, reivindicações e propostas. umas estimáveis, outras menos. é sensato que as diferenças se esbatam em nome de um bem maior ou de um objectivo comum. com criatividade e irreverência, como não? Mas a fronteira é ténue: quanto mais a "geração à rasca" transformar a sua mensagem num corso carnavalesco, mais à rasca ficará depois disto.

Miguel Carvalho visão

seja lá por intermédio de que medidas for, até fins de 2013, os portugueses vão sentir no seu poder de compra e na sua empregabilidade o brutal recuo a que fatalmente vamos estar sujeitos para continuar a assegurar o financiamento da economia, com ou sem pedido formal de ajuda externa. editorial diário de Notícias

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opinando objectivamente

tÓPiCOS: 3 - eléctrico

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armando amaral

Ir ao barbeiro é obrigação quase mensal, embora durante a semana pela rua da Palha vá passando para troca de palavras com o amigo David que ainda ostenta o aviso que, no começo do ofício aos 14 anos, o senhor Oliveira colocou em lugar bem visível: “Cuidado com palavrões. Trabalham aqui Pai e Filho”. Desta feita, para cortar mesmo o cabelo, ou melhor do que resta. Enquanto espero vez, raramente entro na cavaqueira, mas ao ouvir o cliente, na cadeira, dizer que frequentara o liceu de Angra nos anos quarenta, quando funcionava em antigo Convento, hoje Museu, à Ladeira de São Francisco, meti-me na conversa.

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futebol 2 - açores travessia

E disse-lhe que também por lá havia andado, por o 7.º ano ainda não ter chegado ao Faial. Após breve pausa, exclama em tom deveras admirado: “o quê, és o Amaral que jogava futebol.” Natural que foi pontapé de saída para recordações desses bons tempos. Mas não fiquemos por aqui. Poucos dias depois telefonei a um amigo terceirense com quem já não falava há muitos anos, e, sabendo-o assaz doente, tive dificuldade em identificar-me. Após várias hesitações perante assuntos comuns ventilados, ele, não escondendo viva satisfação, avançou: “já sei tu jogavas futebol”. Ora, se nos estudos não passei da cepa torta, se bem que o suficiente para arranjar bom emprego que era então o banco de Portugal, acabo por chegar à conclusão que foi a dar pontapés numa bola que, por estas bandas, me tornei conhecido.

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bairrista, como todos os ilhéus, logo me chamou a atenção local, em “a União” sobre os Açores, com foto de Zach Stovall que foi até primeiro escrito a ler, em manhã de fins de Fevereiro. Deixou-nos pena de já quase nada saber do Inglês dos últimos anos liceais que, embora não começasse no “primeiro”, era suficiente para conversar na aula com o Mário Greaves e ser examinado pelo Dr. Vidigal sobre trecho de Shakespeare. É que talvez não seria difícil conseguir um exemplar da edição de Março da revista norte-americana que insere, em dez páginas, a referida reportagem do jornalista McCarthy com mancheias de imagens das nossas ilhas, cuja boa impressão, o autor sintetizou no respectivo título: “Um mundo à parte.” Como assuntos principais: a Lagoa das Sete Cidades, em São Miguel; as touradas à corda, na Terceira, e o Peter Café Sport, na Horta.

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Depois do “Magalhães” que de português só terá o nome do navegador que ao serviço dos espanhóis morreu pelo caminho, agora o Chefe do Governo socialista surge, novamente, todo ufano a anunciar o primeiro autocarro eléctrico, como se fosse o último grito da engenharia “socrática”, quiçá salvador da Pátria lusa.

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Dificilmente o discurso do Presidente de Portugal (vulgo da República) será esquecido, quiçá ficando mesmo para a história. Passagens houve que mereceram dos parlamentares da Direita francos aplausos, enquanto os da Esquerda se mantiveram silenciosos do princípio ao fim. É que Cavaco Silva parece ter começado a desembuchar após cinco anos de travessia nesse deserto tão ameno para Presidentes em primeiro mandato.

O enclave - Culpados e responsáveis Fernando guerra A ampliação do aeroporto da Horta teve um revés na sua prioridade política e é preciso que se compreenda quais foram os protagonistas e os argumentos para que este investimento fundamental para o Faial não seja uma realidade e se tenha criado um enclave. A entrada de um economista na presidência política do governo e a natural confiança do máximo representante regional no seu parecer técnico-económico é o factor novo que justifica, a meu ver, a inflexão da orientação que o então secretário regional da economia (da legislatura 2004-08) dava a entender, concretamente que o projecto de ampliação estava pronto para avançar! Indagando, assim, os porquês deste adiamento (que poderá ser cancelamento) obtive informações preocupantes de alguns responsáveis, alegando, por exemplo, que o facto de a ilha de

Santa Maria ter um grande aeroporto não era sinónimo de desenvolvimento, por isso nada indicaria que o Faial se desenvolveria com a ampliação do seu aeroporto. Este argumento e outros do mesmo género são muito venenosos e muito preocupantes. Outro argumento foi que não faria sentido fazer as Portas do Mar em Ponta Delgada sem investir no mais importante porto náutico dos Açores, a Horta, por isso primeiro seria feito o aumento do porto… Em Lisboa, em reuniões com técnicos com responsabilidade aeronáutica, foi-me dado a perceber que havia 2 argumentos, o primeiro era o da restrição orçamental, isto é, verbas nacionais disponíveis para investimento aeroportuário nos Açores só haveria para apenas uma infraestrutura. Perante isto, o decisor político deveria investir naquele que tem maior potencial de crescimento, daí a opção pelo aumento da placa de estacionamento de aeronaves em São Miguel, ficando, assim, o Faial para trás. O outro argumento – este puramente político – e na sequência do primei-

PrOCUrO trabalHO Indivíduo do sexo masculino procura trabalho como motorista em empresas de construção civil e/ou operador de máquinas (possui carta de pesados e colectivos), ou como técnico de vendas devidamente habilitado. Disponibilidade imediata. Contactar 965468625/915737231

ro, tem a ver com as afirmações do presidente do governo de que se a entidade aeroportuária nacional não avançasse com a obra o governo regional o faria!!! Um breve comentário nos sugere o primeiro argumento, uma atitude que implica que o aeroporto da Horta será sempre regional e nivelado com o do Pico e o de São Jorge, e que as gateways puras com o exterior serão PDL e TER, com a viabilização da transportadora aérea regional. Mas tão grave quanto isso é, por vezes, chamaremnos bairristas quando a decisão entre ampliar o aeroporto da Horta (que tem graves penalizações) e aumentar a placa de estacionamento em Ponta Delgada é não de um presidente de todos os açorianos mas de todos os da sua ilha natal. O segundo argumento culpabiliza na íntegra quem o expressa. Quem é o presidente do conselho de administração da entidade aeroportuária que gastará um euro num aeroporto, tendo o responsável político local a dizer que “gastará” os euros por ele? Não poderia ser mais directo quanto

a quem considero os culpados e os responsáveis pela não concretização deste investimento estratégico para o Faial, mas tenho que ser coerente e alargar a responsabilidade aos dirigentes locais do partido do poder, por um lado, por aceitarem sem luta eficaz estes argumentos, mas por outro, por não terem uma acção mais pró-activa, nem que seja ao nível dos projectos, procurando que quando acaba um, outro esteja na forja, pronto para avançar, evitando hiatos de investimento estruturante. O auto elogio permanente do máximo governante quanto a ser autonomista e a defender essa autonomia não faz sentido quando se fala da ampliação do aeroporto da Horta, pois atira toda a responsabilidade para Lisboa, parecendo que temos um enclave não açoriano na ilha do Faial. Espero que em breve mude de atitude, com a possível mudança de cor a nível nacional, ganhando assim mais argumentos de “autonomista” e que não sacuda a água da sua culpa e responsabilidade do capote. frgvg@hotmail.com

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PolÍtiCa

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Tribuna das Ilhas

90.º aniversÁrio do partido assinalado no Faial Marla Pinheiro g No passado sábado decorreu na Horta um jantar comemorativo do 90.º aniversário do Partido Comunista Português, que se assinalou no dia 6 de Março. Com a presença do líder regional dos comunistas, Aníbal Pires, várias dezenas de militantes do partido reuniram-se na sede para assinalar a efeméride. Ao clima de festa juntou-se o clima eleitoral, e as intervenções da noite foram marcadas pelo apelo a um reforço da votação no partido nas eleições que deverão acontecer no final do mês de Maio ou início de Junho. Para o coordenador regional do partido, a passagem dos 90 anos do PCP representa a celebração “do futuro que se abre à nossa frente”. Aníbal Pires alertou para os “tempos difíceis” que o país atravessa, frisando que a actual crise não apanhou os comunistas de surpresa. “Estes duros tempos que vivemos representam uma oportunidade de mudar”, destacou, referindo-se à “próxima grande batalha das eleições” como a hipótese de “mostrar que há outro caminho”, que passa por um reforço da votação à esquerda. Aníbal Pires apelou à união dos comunistas, para que se faça uma “grande campanha” que resulte no reforço político do PCP. Também Martinho batista, membro do Comité Central do PCP, se referiu às próximas eleições como sendo “uma batalha difícil e de grande exigência”, e apelou “à participação de todos no

PCP já pensa nas eleições esclarecimento e convencimento para o voto na CDU”. Segundo Martinho batista, este momento representa “a possibilidade de romper com a política de direita e com a actual subjugação e capitulação ao grande capital”. Para tal, o comunista salienta que o PSD de Pedro Passos Coelho não é alternativa, uma vez que apresenta “a receita de sempre” para fazer face à situação, ou seja, o aumento da carga fiscal. Martinho batista apontou baterias também ao Governo Regional, acusando o Executivo de César de “tapar o sol com a peneira”, tentando “escapar à derrocada do PS nacional”. Para o comunista, o Governo dos Açores “faz de conta que é de esquerda”, no entanto adopta políticas de direita, que resultam no maior desemprego de sempre na Região, agravado com os cortes nos apoios sociais. Segundo Martinho batista, o país tem de deixar de subjugar-se aos interesses do mercado, financiando a sua economia e “taxando os fabulosos lucros do grande capital”. Desenvolver o aparelho produtivo nacional e regional para aumentar o poder de compra das famílias e reduzir a dependência externa é, na sua óptica, o caminho para escapar à crise. Também Luís bruno salientou que se aproxima um “momento difícil”, que irá exigir muito trabalho dos comunistas, bem como “responsabilidades

luís Garcia reeleito presidente do PSD/faial

financeiras acrescidas” do partido. Nesse sentido, destacou a importância da recolha de fundos, e apelou aos donativos dos militantes para fazer face às despesas. Outra das vozes que se ouviram na noite de festa Maria da Luz, membro da Comissão Executiva do PCP Faial. Recordando a Dia Internacional da Mulher, que se assinalou no passado dia

lista vencedora Mesa da assembleia de ilha: Presidente: alberto romão Madruga da costa vice-Presidente: carlos ernesto Faria secretária: cristina rosa coMissão Política de ilHa: Presidente: luís Garcia vice-Presidentes: laurénio tavares e estêvão Gomes tesoureiro: Jorge silveira vogais: conceição lourenço / Flora carmo / Francisco rosa / Herlander Pacheco / lúcia Pereira / roberto vieira / susete Peixoto amaro conselho de Jurisdição de ilha: Palmira Machado / José terra carlos / lubélia azevedo / Helena isidro / vítor serpa

g Luís Garcia foi reeleito esta semana como presidente da comissão política de ilha do PSD do Faial, encabeçando uma lista única. O dirigente social-democrata terá como vice-presidentes Laurénio Tavares e Estêvão Gomes. Para presidente da mesa da assembleia de ilha foi eleito Alberto Romão Madruga da Costa. Segundo os social-democratas, a nova comissão política de ilha pretende “dar

continuidade a uma política de proximidade que tem orientado a actividade do PSD no Faial, colocando no centro das suas preocupações os reais problemas e anseios das populações”. Os novos órgãos do partido no Faial tencionam também “dar um contributo para mudar o governo de Portugal em 2011 e o dos Açores em 2012”. “Para tal é vital que o PSD continue unido e os seus dirigentes tenham uma grande capacidade para abrir o partido aos

militantes e à sociedade. Abrir, ouvir e envolver é pois uma condição essencial para o sucesso destes objectivos políticos”, referiram. A aderência às urnas, ficou muito aquém das expectativas do líder laranja que “face ao historial de adesão aos actos eleitorais dentro do PSD Faial” esperava ter “pelo menos 1/3 dos militantes na sede ”. Dos 620 militantes com direito a voto, compareceram 76, dos quais 72 votaram favoravelmente (94,7%), 2 votaram Não e 2 votos foram apresentados em branco. Tendo em conta a intenção de voto dos que participaram, “estes resultados demonstram uma grande unidade no PSD na ilha do Faial”, considera o presidente reeleito. MJS

8 de Março, chamou a atenção para a evolução do papel da mulher na sociedade feminina ao longo dos anos de democracia. Para a comunista, a discriminação da mulher continua a ser uma realidade que é preciso combater. Munida das estatísticas, Maria da Luz ilustrou com números as suas palavras, no que diz respeito à remuneração e à empregabilidade, aspectos em que o

sexo feminino continua a ser prejudicado em relação ao masculino. Falando do cenário actual, em que se anunciam “novos e pesados sacrifícios”, Maria da Luz frisou que o PSD não será alternativa ao PS, acusando os dois partidos de terem destruído o sector produtivo nacional com as suas políticas. “É preciso mudar a essência da política” em Portugal, destacou.

Parlamento dos Jovens debate violência em meio escolar g Mais de três dezenas de alunos de 17 escolas açorianas participaram esta semana na Horta, na sessão regional do Parlamento dos Jovens destinado a alunos do ensino básico. “Violência em meio escolar” foi o tema que os alunos participantes, oriundos de escolas de São Miguel (6), Terceira (4), Pico (2), São Jorge (2), Faial (1), Graciosa (1) e Corvo (1), debateram numa sessão que decorreu na sala do plenário da Assembleia Legislativa dos Açores sob o olhar atento de algumas dezenas de colegas. Para além de debaterem a temática da “Violência em meio escolar”, os “deputados por um dia” elegeram também os representantes açorianos que, a 2 e 3 de Maio, participarão na Assembleia da República na sessão nacional do Parlamento dos Jovens do Ensino básico. Esta iniciativa tem como objectivos incentivar o interesse dos jovens pela participação cívica e política e sublinhar a importância da sua contribuição para a resolução de questões que afectam o seu presente e o futuro individual e colectivo, fazendo ouvir as suas propostas junto dos órgãos do poder político. Dar a conhecer o significado do mandato parlamentar e o processo de decisão das Assembleias da República e Regionais e incentivar as capacidades de argumentação na defesa

das ideias, com respeito pelos valores da tolerância e da formação da vontade da maioria, são outros dos objectivos do Parlamento Jovem. Na terça-feira a sala do plenário da Assembleia Legislativa acolheu a sessão regional do Parlamento dos Jovens do ensino secundário, dedicada ao tema “Que futuro para a Educação?” Paralelamente a esta iniciativa, decorreu também a fase regional do projecto Euroscola, que vai seleccionar uma escola da Região para participar na sessão nacional do concurso. O Euroscola, que este ano tem como tema “Educação na Europa – uma oportunidade para todos”, é um concurso que visa seleccionar, a nível nacional, as escolas que vão representar Portugal nas sessões Euroscola do Parlamento Europeu em Estrasburgo onde, durante um dia, jovens de toda a União Europeia debatem temas europeus. Participaram nesta sessão regional as Escolas básicas e Integradas da Ribeira Grande, de Angra do Heroísmo, dos biscoitos e Mouzinho da Silveira, as Escolas básicas e Secundárias de Vila Franca do Campo, da Lagoa, Tomás de borba, da Graciosa, das Velas, da Calheta, da Madalena e de São Roque do Pico e as Escolas Secundárias Antero de Quental, das Laranjeiras, da Ribeira Grande e Manuel de Arriaga.


desporto

Tribuna das Ilhas

rali da primavera

João borges soma e segue CarloS PiNheiro

g Depois da Vitória no Rali do Canal, João borges repetiu a dose, desta vez no asfalto da ilha do Pico. José Paula a correr em casa era apontado como um dos favoritos, tal como Sérgio Silva, o terceiro classificado do Campeonato dos Açores de Ralis do ano passado. Paula começou muito forte mas uma forte saída de estrada danificou fortemente o Mitsubishi Lancer EVO IX e isso dificultou-lhe a vida. Quanto a Sérgio Silva, apesar das suas tentativas e do facto de ter melhorado os seus andamentos ao longo da prova acabou por não conseguir destronar João borges e Sandro Sousa que assim reforçam a sua liderança na Taça de Ralis do Canal, todavia, assegura com este segundo lugar os seus primeiros pontos uma vez que não participou no rali disputado no Faial porque o seu carro não chegou

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taça terMOfaial xC prossegue domingo g A terceira prova da Taça TERMOFAIAL XC terá lugar na Quinta de São Lourenço no próximo domingo dia 3 de Abril, com concentração às 14:45 para início das provas pelas 14:45. A prova na Quinta de São Lourenço é para muitos a prova ex-libris do bTT faialense, uma prova que requer técnica, força, resistência e que irá por à prova a destreza dos concorrentes, que terão e estar com a concentração no

máximo durante toda a prova. Esta prova deverá contar novamente com certa de meia centena de ciclistas entre escalões de formação e de competição, no entanto, a Delegação da Ilha do Faial da Associação de Ciclismo dos Açores convida todos os faialenses a se deslocarem à Quinta de São Lourenço, para participarem pedalando ou incentivando os ciclistas em prova.

andebol – campeonato nacional Subaru o impreza de João borges tornou a afirmar-se, desta feita em terras vinhateiras

à ilha azul em tempo útil. Digno de registo é o pódio de Félio Leal e Hélio Goulart, a melhor dupla local no fim da prova. O conhecimento dos troços permitiu espremer ao máximo o Renault 19 16V amarelo.

kinG

Paulo Costa e Pedro Capela somaram mais alguns pontos com o 4º lugar alcançado no Pico, tendo-se classificado à frente do Seat Ibiza de Tiago Silva e Renato Garcia, em Seat Ibiza 1.8 GTI. MJS

pesca desportiva

José Serpa Carlos Medeiros vence 9.ª jornada vence 3.ª prova g No passado dia 28 de Março realizou-se mais uma jornada do Campeonato de King 2011, no Grémio Literário Artista Faialense. O vencedor da noite foi José Serpa, seguido de António Sousa, em segundo lugar, e Carlos Vilela, em terceiro. Nas contas da geral, Ruben Oliveira continua a liderar, com Carlos Vilela e Mário Dutra no encalço. A próxima jornada joga-se na segunda-feira, dia 4 de Abril.

g Disputou-se no passado sábado, dia 26 de Março a 3.ª prova do Campeonato de Pesca Desportiva de Costa de 2011. Participaram nesta prova 10 pescadores do Clube Naval da Horta sendo que Carlos Medeiros foi o mais hábil, tendo capturado 27 unidades e alcançado o primeiro lugar da tabela. Em segundo ficou José Armando e em terceiro Horácio Cardoso. As espécies pontuáveis foram sargo, besugo, pargo, abrótea e carapau.

Sporting da Horta não consegue alcançar Grupo a g Disputou-se no passado sábado a última jornada da primeira fase do Campeonato Nacional de Andebol. Para o Sporting da Horta, cumprir os objectivos estabelecidos no início da época não ia ser tarefa fácil: os faialenses iam ao Porto, enfrentar o campeão nacional em título, com os olhos postos no resultado do embate entre o Águas Santas e o Madeira SAD. O Águas perdeu, mas SCH não foi capaz de responder à supremacia do Futebol Clube do Porto, perdendo por 34-28. Em igualdade de pontos com o Águas Santas, os faialenses perderam no confronto directo, e não

conseguiram assim a tão almejada presença no Grupo A para a fase final, da qual estiveram no entanto muito perto. Este fim-de-semana arranca a segunda fase da competição. No grupo b, que o SCH lidera, a luta faz-se pela manutenção. Com a desistência do Colégio 7 Fontes, irá descer apenas uma formação. O sorteio da fase final ditou que os pupilos de Filipe Duque jogassem fora, frente ao São bernardo, este sábado. O Xico Andebol recebe o belenenses, e o São Mamede descansa nesta primeira jornada.

Futsal

fayal Sport Club 4º PCr Juvenis e Juniores de Vela ligeira campeão de ilha g Nos dias 19 e 20 de Março de- res na Classe 420, obtendo os correu na Madalena do Pico a 4ª seguintes esultados: PCR de Juvenis e Juniores de Vela oPtiMiSt Ligeira. 10º lugar – Pedro costa O Clube Naval da Horta fez-se 14º lugar – Jorge silva representar por cinco velejadores na 16º lugar - Miguel conceição classe de Optimist e quatro velejado22º lugar - Jorge Medeiros

25º lugar - tiago oliveira 420 1º lugar - nuno silva; alexandra Gonçalves 2º lugar - Jorge salvador; carolina correia

Campeonato de tiro prossegue g Realizou-se no dia 23 de Abril a sexta prova de tiro com carabina pressão de ar cano articulado do INATEL. Participaram 8 atiradores, numa prova que foi ganha por Jorge Rosa, Leonel Teixeira e Emanuel Melo. Neste mesmo dia disputou-se a prova na modalidade de ar comprimido com a presença de 4 atiradores. Leonel Teixeira foi o primeiro classificado, seguido de Hélio Correia e Fernando Teixeira. No dia 27 de Março disputou-se a 7.ª prova do Clube Desportivo de Caça e Golfe do Faial. Em cano articulado participaram 6 atiradores e a prova foi ganha por Leonel Teixeira. Hélio Correia venceu a prova de ar comprimido.

g No passado fim-de-semana os jogadores seniores de futsal do Fayal Sport Club venceram o Atlético por 3-1. A três jornadas do final do campeonato, os verdes garantiram já o título de campeões do Faial na presente época, sucedendo assim aos alvi-negros, até agora detentores do título. Para os jogadores do FSC, seguese agora a luta pelo título de campeões da Associação de Futebol da Horta, que se joga numa fase concentrada, a realizar no Faial nos dias 29 e 30 de Abril e 1 de Maio, e que opõe aos campeões faialenses os cam-

peões das ilhas das Flores e do Pico. Os dois primeiros classificados têm garantida a subida à Série Açores de futsal, que arranca na próxima época. Aos dois clubes representantes da Associação de Futebol da Horta juntar-se-ão quatro clubes da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo e outros quatro da Associação de Futebol de Ponta Delgada. Esta será a primeira vez que se disputa uma Série Açores de futsal. A competição far-se-á numa fase única, composta por duas voltas.

Futebol – taça aFh

lajense na liderança g No passado fim-de-semana jogou-se a quarta jornada da Taça da Associação de Futebol da Horta. O Lajense recebeu e venceu o Flamengos com 3 tentos sem resposta, o que lhe garantiu a liderança da competição. No outro jogo da

jornada, Feteira e Cedrense empataram a um golo. Este domingo o Flamengos recebe o Feteira enquanto que o Fayal Sport joga na Lajinha frente ao Cedrense. O Lajense folga.


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opinião

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Tribuna das Ilhas

trocar Portugal a próxima safra do atum pelo poder mar açoriano

dr

berto Messias

genuíno Madruga

E

m épocas passadas, por este tempo, aprontavamse as traineiras para a pesca do Atum. As companhas que já estavam completas desde practicamente finais da safra anterior, preparavam vardascas, pexeiros, aparelhavam as canas para os bonitos e por fim pintavam com tinta de cobre os fundos das embarcações. Mestre que se prezasse tinha companha e traineira pronta para arriar no início da safra, ou seja, por volta do início de Abril. Anos houve que logo no começo da safra foram feitas boas pescarias de voador, albacora ou mesmo rabilo. Com a aproximação do verão e de águas mais quentes era o bonito que com maior ou menor abundancia enchia os porões e, por vezes, com bom tempo, até o convés e mesmo as tinas das embarcações. Havia mestres que ano após ano sempre davam boas soldadas, diziase que “tinham sempre sorte”! Entre outros, aqui recordo Mestre Manuel Alves, Mestre Herculano Rodrigues, Mestre Ribeiro, Mestre Adolfo, Mestre Alfredo Quadros e Eduino Quadros, Mestre Gregório, Mestre Francisco Rosa, Mestre Jaime (do Condor), Mestre Sacadura, isto para referir só alguns de entre muitos. Naquele

N

tempo procurava-se apanhar quantidades e o que interessava era “virar” as 100, 200, 300 … toneladas, numa competição salutar, uma vez que os preços que as fábricas de conserva pagavam, para além de miseráveis, eram os únicos possíveis, negociados por vezes já com o andar da safra. As contas eram feitas no fim da época, depois de varadas as traineiras e só então a cada um atribuída a respectiva soldada, o que por vezes acontecia já no início do ano seguinte. Este ano já foram pescados alguns atuns lá para os lados do Grupo Oriental que foi vendido em fresco na lota. Aliás, a venda de Atum fresco em lota veio introduzir um dado novo na pesca do atum e obviamente uma mais valia que vem potenciar um melhor aproveitamento deste importante recurso, que a natureza e a nossa situação geográfica nos oferece. Todavia, continuamos, tal como no passado, a procurar a quantidade em detrimento da qualidade, desperdiçando um precioso recurso que poderá ter e forçosamente terá um inquestionável

peso económico no sector das pescas Açorianas. É necessário e cada dia mais urgente orientar a frota que se dedica à pesca do atum para uma pesca de qualidade, onde se deva valorizar essa mesma qualidade, afetando-se para tal recursos financeiros disponíveis de modo a que possamos atingir os preços que normalmente são pagos pelos grandes mercados, como seja o japonês. Cabe às entidades com responsabilidade na gestão das Pescas, nomeadamente o Governo, criar as condições básicas necessárias a tal mudança. Não é necessário inventar seja o que for, os mercados existem e felizmente que no nosso mar, ano após ano, com maior ou menor abundancia os grandes atuns que valem importáncias incalculáveis, sempre aparecem por cá. O que importa é a implementação de um novo rumo para a pesca do atum que tenha em conta um presente e futuro promissor do qual dispomos. www.genuinomadruga.com 29/03/2011

ão foi preciso esperar muito. Toda a oposição se uniu numa coligação de interesses partidários contranatura, desde o bloco de Esquerda ao CDS/PP, para derrubar o Governo de Portugal e o país começou a sofrer as consequências. A reacção foi imediata. Pouco depois do “chumbo” parlamentar das medidas de actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento, as agências financeiras Standard & Poors e Fitch baixaram a notação da dívida soberana de Portugal. A Fitch vai mais longe, com o seu director Douglas Renwick a alertar que Portugal poderá precisar, muito em breve, - certamente até Junho - de apoio internacional financeiro. Tudo isso já era esperado e não representa qualquer surpresa, o que é mais preocupante. Ou seja, todos os partidos desde os mais extremistas como o bloco de Esquerda, até os de maior responsabilidade como o PSD, sabiam que este cenário era inevitável caso “chumbassem” as medidas do PEC. Conclui-se, assim, que agiram conscientemente sem se importarem com o dia seguinte.

Habitualmente, desavindos em todas as matérias, toda a oposição não hesitou, por um segundo que fosse, em derrubar o Governo. Aliás, até se assistiu a uma luta de protagonismo, com todos os partidos da oposição a gladiarem-se na apresentação de Projectos de Resolução que levariam, inevitavelmente, à demissão do Governo. Nenhum deles respondeu à pergunta que se imponha: Este comportamento de abutres políticos seria melhor para Portugal? Não responderam porque tinham medo da resposta. Se nada disso era inesperado, a surpresa veio nos dias seguintes, com Pedro Passos Coelho a anunciar que o PSD admitia subir o IVA em Portugal. É o expoente máximo da desorientação política por duas razões: a primeira porque o líder do PSD tinha jurado, meses antes, que o PSD era frontalmente contra a subida de impostos. A segunda porque o IVA é um imposto “cego”, que atinge desde o mais rico até ao português mais pobre que vai ao supermercado. Em Setembro, o presidente do PSD recusava-se a viabilizar o Orçamento do Estado para 2011 se a proposta do Governo incluísse um aumento de impostos e dizia mesmo que “a margem para negociação é esta: nós não aceitamos que o Governo vá buscar mais dinheiro ao bolso dos portugueses”. No dia 23 deste mês, Passos Coelho dava uma cambalhota e já afirmava que “nin-

guém de boa-fé pode hoje jurar que não tenha de mexer nos impostos”, com o partido a explicar que o imposto em causa é o IVA. É impressionante. Passos Coelho só sabe mesmo atrapalhar a vida aos outros. Primeiro, a do Governo da República, na aprovação do Orçamento de Estado. Agora, a vida dos portugueses, reduzindo-lhes o poder de compra de bens essenciais. Razão tem, por isso, Angela Merkel, que recebeu, José Sócrates e Passos Coelho. Do primeiro, disse publicamente que estava “grata pelo trabalho feito na consolidação das finanças públicas” portuguesas. Ao segundo, da sua mesma família política, criticou por ter sido o cabeça-de-cartaz de uma coligação negativa para Portugal e para a Europa. No meio deste comportamento político esquizofrénico do PSD, ficam os portugueses. Não ficava nada mal a Passos Coelho, mais uma vez, pedir desculpas aos portugueses. Resta saber se o perdoavam. E é justo referi-lo. Mesmo quanto teve de tomar medidas duras e austeras, decorrentes das imposições da União Europeia para cumprimento dos objectivos no âmbito da contenção da despesa pública nacional, José Sócrates revelou-se um bom entendedor das dificuldades de viver num arquipélago disperso por nove ilhas.

Parque natural do faial um desafio A dr

s questões ambientais constituem as principais preocupações do mundo contemporâneo. Na década de 80 do século passado, a União Internacional para a Conservação da Natureza criou a Estratégia Mundial para a Conservação, pretendendo alertar a opinião pública mundial para o perigo das pressões exercidas sobre os sistemas biológicos mundiais, e contribuindo para a elaboração de políticas mais adequadas. Com o mesmo objectivo, surgiu, mais tarde, a Rede Natura 2000, que apresenta um conjunto de sítios com interesse ecológico, coerente e global no espaço da União Europeia, abrangendo 15% da sua área, o mesmo em relação ao território da Região Autónoma dos Açores (cerca de 34 mil ha). O Parque Natural da Ilha do Faial surgiu, inicialmente, como um instrumento de gestão territorial das áreas ambientalmente protegidas por diversos estatutos de protecção ambiental, especificamente a Rede Natura 2000, tendo sido criado em 2008 pelo Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional

do Ambiente e do Mar. Este instrumento tem por base diversos conceitos, nomeadamente, o de desenvolvimento sustentável de cerca de 17% da área total da ilha do Faial. Esta encontra-se classificada segundo quatro categorias da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) – Reserva Natural (Caldeira do Faial, Morro de Castelo branco e Caldeirinhas do Monte da Guia), Área Protegida para a Gestão

de Habitats ou Espécies (do Cabeço do Fogo, dos Capelinhos, da Costa Noroeste, Varadouro e Castelo branco), Área de Paisagem Protegida (do Monte da Guia e da Zona central da Ilha) e Área Protegida de Gestão de Recursos (do Canal Faial-Pico/Sector Faial, de Castelo branco, dos Capelinhos e dos Cedros). Estas áreas fazem-se acompanhar de alguns pontos importantes de interpreta-

ção e contemplação, que permitem aos residentes e visitantes da ilha descobrir a biodiversidade oferecida por um património natural único em todo o mundo. Destacam-se, assim, os centros de interpretação (Casa do Parque, Centro de interpretação do Vulcão dos Capelinhos, Jardim botânico do Faial, Antiga Fábrica da baleia, Casa do Cantoneiro e a Casa de interpretação da Caldeira do Faial), os miradouros (Miradouro da

Lira, Miradouro da Lajinha, Miradouro da Espalamaca ou N.ª S.ª da Conceição, Miradouro do Graben, Miradouro da Caldeira, Miradouro da Casa do Guarda, Miradouro da Ribeira das Cabras, Miradouro do Morro de Castelo branco e Miradouro do Vulcão dos Capelinhos) para contemplação de locais privilegiados do Parque Natural do Faial e ainda um conjunto de trilhos pedestres, a cavalo e de bTT. Para além do forte elo de ligação ao meio natural, o Parque Natural do Faial possui, também, a preocupação de preservar e recuperar o património arquitectónico que se encontra integrado nas suas áreas protegidas, valorizando, assim, a história e a identidade desta ilha do grupo central. É exemplo disso a já mencionada Antiga Fábrica da baleia, Casa do Cantoneiro e a Casa de interpretação da Caldeira do Faial que outrora tinham outras funções, e que hoje prestam apoio a actividades ligadas à interpretação da biodiversidade e geodiversidade do meio terrestre e marinho do Faial. Pnf


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iaiC – infOrMaçãO, aniMaçãO e interCâMbiO CUltUral, Crl

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Lar das Criancinhas da Horta instituição Particular de Solidariedade Social

COnVOCatÓria

rua Conselheiro Miguel da Silveira, 12 CV – Cdto - 9900-114 Horta

2ª. COnVOCatÓria aSSeMbleia Geral Nos termos do art.º 24, n.º1, dos Estatutos, convoca-se uma Assembleia Geral Ordinária a realizar pelas 19h30 do dia 11 de Abril de 2011, na sede desta cooperativa, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 – Aprovação de contas 2009 2 – Aprovação do Plano de Orçamento para 2011 3 – Outro assuntos Nos termos estatutários, se à hora marcada não se verificar o quórum previsto, a Assembleia funcionará uma hora depois com qualquer número de sócios. Horta, 24 de Março de 2011 P´Presidente da Ass.Geral Paulo Jorge Morais Salvador

grémio literário artista Faialense

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Em conformidade com o número 2 alínea b do artigo 28º dos Estatutos e número 1 do artº 30, convoco a Assembleia Geral desta Instituição, a reunirse em sessão ordinária, na sua sede sita à Rua Cônsul Dabney desta cidade, no dia 08/04/2011, pelas 17:30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 - Discussão, votação e aprovação do relatório e contas de gerência do ano de 2010, bem como o parecer do Conselho Fiscal. 2 - Outros assuntos de interesse para a Instituição que, eventualmente se tornem oportunos e que, legalmente, possam ser discutidos. Se à hora indicada não estiver presente o número suficiente de sócios, a Assembleia funcionará com qualquer número de sócios, passada uma hora. Horta, 24 de Março de 2011 O Presidente da assembleia Geral Alberto Manuel Crisóstomo de Medeiros Gonçalves

No passado fim-de-semana o Grémio foi alvo de grandes festividades com a presença de muito sócios. Também foram homenageados no decorrer de um jantar de confraternização os sócios mais antigos:

jorGe menezes josé rodriGues machado herberto dart Por motivos de saúde e razões pessoais estiveram ausentes:

honorino andrade antónio teixeira josé santos

dia 24 de abril baile da Páscoa com o conjunto

“turMa do rodeo”

Todas as sextas-feiras há festa no Grémio... Benvindos tribunal Judicial da Horta Patrocinador oficial da Semana

Secção Única Largo Luís de Camões – 9901-863 Horta Telef: 292 208320 Fax: 292293283 mail: horta.tc@tribunais.org.pt

notÁrio lic. maria do céu prieto da rocha peiXoto decq mota cartÓrio notarial rua da conceição, nº 8 r/c – 9900-080 horta

CertiDãO narratiVa Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada aos dezasseis de Março de dois mil e onze, de folhas oitenta e duas a oitenta e quatro verso, do Livro de Notas para escrituras Diversas número Noventa e Três - E, do Cartório Notarial, a cargo da Notária Licenciada Maria do Céu Prieto da Rocha Peixoto Decq Mota, com Cartório na Rua da Conceição, nº 8 r/c, cidade da Horta se encontra exarada uma escritura de RECTIFICAÇÃO na qual Manuel Eduardino Silveira de Freitas NIF 102 845 182 e mulher Maria de Fátima da Silveira Freitas NIF 102845174, casados na comunhão geral, naturais, ele da freguesia dos Cedros, ela da freguesia da Ribeirinha, ambas deste concelho e residentes na última, nos Espalhafatos, n.º 86, declaram: Que por escritura de justificação lavrada neste Cartório no dia treze de Dezembro do ano findo, exarada a folhas oitenta e seis e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número noventa e um-E, declararam que tinham adquirido por usucapião quinze prédios, não tendo identificado as pessoas a os tinham adquirido nem precisado o ano de aquisição da posse. Assim, declaram que todos os prédios foram adquiridos por compras efectuadas aos seguintes proprietários: os prédios mencionados em primeiro, segundo e terceiro lugar a Elsa Maria Moitoso Andrade, solteira, maior, que foi residente na freguesia da Praia do Norte, deste concelho; os mencionados em quarto, quinto e oitavo lugar a Manuel Adelino da Silveira, viúvo, residente que foi na dita freguesia da Ribeirinha e os restantes prédios por compra a Henrique da Rosa Freitas, viúvo, que foi residente na freguesia dos Cedros, deste concelho. Que esta aquisição mencionada por último teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta e oito e as restantes entre mil novecentos e oitenta e seis e mil novecentos e oitenta e sete, tendo na altura pago o preço devido mas não tendo outorgado as respectivas escrituras de compra e venda. Nestes termos rectificaram a citada escritura tendo-a ratificado no restante. É certidão-narrativa que fiz extrair e vai conforme o original. Horta, trinta de Março de dois mil e onze. a Colaboradora, Sónia de Fátima Brasil Machado Bettencourt 99/2

anúnCiO Processo: 47/11.1tbHrt Divórcio sem consentimento do outro cônjuge Autor: Leonardo Pimentel de Melo Réu: Maria Margarida da Graça Lopes de Melo Nos autos acima indicados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o (a) ré(u) Maria Margarida da Graça lopes de Melo, com última residência conhecida em domicilio: lomba Cruz, 101 a, flamengos, 9900-000 Horta, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, requerendo, a presente acção, com a indicação de que a falta de contestação não importa a confissão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substancia o pedido consiste, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial. Horta, 14-03-2011 n/referencia: 575291

O Juiz de Direito Dra Susana Rolo O Oficial de Justiça Ana Paula Azevedo M.F.É. Garcia Segunda publicação edição 460 de 01 de Abril de 2011


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Tribuna das Ilhas

eFeméride dr

O Golpe de estado frustrado de botelho Moniz foi há 50 anos José armas trigueiro 1. a PreParaÇão O Golpe de Estado frustrado do General botelho Moniz, então Ministro da Defesa, também conhecido por “Abrilada”, foi preparado para o dia 13 de Abril de 1961. O General, depois de fazer sugestões a Salazar e a Américo Thomaz para que aceitassem uma mudança política, sobretudo para as Colónias Portuguesas, aceitara chefiar o movimento então idealizado para os afastar do poder. Era, portanto, um “Golpe de Estado Palaciano” que contava com o apoio tácito do governo americano do Presidente Jonh F. Kennedy. Visava provocar o afastamento daqueles ditadores do poder, uma vez que estes não se dispunham a mudar de política, conforme lhes fora sugerido, enveredando pela democracia e preparando as independências das Colónias. Portugal comprometer-se-ia a, dentro de dez anos, preparar a independência das suas Colónias e os Estados Unidos da América dariam apoio a essas políticas e ajudas financeiras para as concretizar. Seriam abertas as trocas comerciais entretanto interrompidas com Portugal desde a posse do Presidente Kennedy. botelho Moniz, que era um dos militares mais inteligentes do País, segundo afirmava o Marechal Costa Gomes, entendia que era tempo de Portugal mudar a sua política ditatorial e de seguir uma política adequada de descolonização (1). Júlio botelho Moniz (1900-1970), havia ocupado altos cargos militares e fora Ministro do Interior entre 1944 e 1947 (2). Ele próprio estivera com Salazar, aconselhando-o à mudança de políticas. Houve também conversações do embaixador americano em Lisboa, Elbrick, e de outros governantes americanos com Salazar, com vista a que promovesse uma alteração à sua política. Os americanos sabiam da existência dos movimentos nacionalistas que há anos se preparavam para a guerra com Portugal e ajudavam a UPA de Hulden Robert, como referimos em artigo de Março. A situação em Angola,

M. Patrão Neves

E

sta semana, no passado dia 8 de Março, celebrou-se o centésimo aniversário do Dia Internacional da Mulher. O Parlamento Europeu assinalou a data seleccionando, para a agenda da reunião plenária do dia, temas envolvendo especificamente as mulheres e promovendo um debate sobre “As mulheres na União”. A história deste debate é simples. A maioria das e dos presentes repetiu o discurso estabelecido sobre o tema…: que a maioria dos estudantes universitá-

onde nesse mês ocorreram graves acções contra os brancos, parecia difícil de vencer pelas Forças Armadas Portuguesas. Assim, como Salazar não aceitara os vários aconselhamentos do seu Ministro da Defesa e de várias outras entidades, botelho Moniz decidiu avançar com o Golpe de Estado. Este foi preparado com a colaboração de quase todas as chefias militares, com excepção do General Kaúlza de Arriaga, que era Subsecretário de Estado da Aeronáutica, em quem eles não confiavam. O mesmo acontecia com o Ministro da Marinha, o ContraAlmirante Quintanilha de Mendonça, embora ambos fossem dependentes do Ministro da Defesa. Todavia, eram poucos os comandos de unidades militares que não lhe tivessem dado o seu apoio, embora com grande receio das consequências vingativas e implacáveis de Salazar. Para o efeito, havia um avião ou dois aviões preparados para levar Salazar e Américo Thomaz para a Suíça. 2. o FraCaSSo do golPe de eStado O grupo era constituído por vários militares e civis, nomeadamente, por Ministros, Secretários de Estado e Subsecretários de Estado, como, por exemplo, botelho Moniz (o ideólogo e chefe), Almeida Fernandes, Viana de Lemos e Costa Gomes: para Presidente da República, os revoltosos contavam com o Marechal Craveiro Lopes (que havia sido corrido da Presidência da República por Salazar e se opunha à sua política). Para Primeiro-Ministro, contavam com Marcelo Caetano, Pinto barbosa ou Adriano Moreira, que terá chegado a ser sondado na preparação do Golpe. Alguns ainda não haviam sido contactados e outros foram apenas sondados, sem convites formais. A reunião final do grupo revoltoso, onde estavam presentes os elementos mais importantes do Golpe, incluindo Craveiro Lopes, estava a realizar-se entre as 15 e as 17 horas do dia 13 de Abril, no Ministério da Defesa. Contudo, por intermédio do ajudante de campo, que estava a ouvir a rádio, cerca das 15:30 horas souberam que todos tinham sido demitidos e substituídos por outros militares. Até os carros oficiais lhes foram tirados e todos os ex-governantes

tiveram de regressar a casa em carros de amigos (3). O Marechal Craveiro Lopes, que havia ido no seu carro, tinha a farda militar de gala dentro do porta-bagagens. Quem terá sido o traidor ou conselheiro de Salazar? Para Costa Gomes, terá sido Kaulza de Arriaga (4). Parece que, depois de Américo Thomaz ter sabido do Golpe, informado certamente por Kaulza de Arriaga, foi logo avisar Salazar que não perdeu tempo. O Presidente da República, por sua vez, procurou logo desmobilizar vários comandos de unidades militares. Kaulza de Arriaga, Secretário de Estado da Força Aérea, deverá ter tido conhecimento do Golpe de Estado por intermédio de Adriano Moreira, face à amizade que existia entre ambos. De resto, na remodelação que Salazar fez, Adriano Moreira foi presenteado com o lugar de Ministro do Ultramar, em vez do cargo de Subsecretário de Estado que vinha exercendo, recebendo então muitos elogios. Acabaria por ser afastado do Ministério no ano seguinte. Alguns dos oficiais golpistas foram passados à reserva, enquanto que outros, os mais novos, foram transferidos. Por exemplo, Costa Gomes, depois de passar por beja onde esteve “na prateleira” cerca de um ano, foi colocado em Elvas como comandante de uma unidade, nela recebendo louvores e aí permanecendo mais de um ano (4). Popularmente, passava “de cavalo para burro”, como, com o devido respeito, se diz. Questionado sob quem teria sido o conselheiro ou “mexeriqueiro” de Salazar ou de Américo Thomaz, Costa Gomes afirmou não ter dúvidas de que teria sido Kaúlza de Arriaga (5). Sabe-se que terá funcionado aí a sua amizade com o professor Adriano Moreira, seu amigo capaz de sustentar adequada “conspiração” contra botelho Moniz. Com algumas excepções, os revoltosos estavam contando com a maioria das unidades militares, situação que foi conhecida pelo Presidente da República quando botelho Moniz ingenuamente o informou de parte dos seus projectos. Na sequência do falhanço daquele Golpe de Estado, Salazar, que havia assumido o Ministério da Defesa Nacional, afirmaria, relativamente à política ultramarina e aos acontecimentos verificados em Angola no mês de Março: “Vamos dar caça aos terro-

o general botelho Moniz, foi um distinto oficial do exército Português. Foto da internet, com a devida deferência, e desculpas pela pouca qualidade da cópia

ristas por todo o lado… Não temos alternativa senão o extermínio”. Essa remodelação governamental, para além de ter envolvido os militares revoltosos, promoveu Adriano Moreira de Subsecretário de Estado a Ministro do Ultramar, como referimos. Para Kaúlza de Arriaga a promoção de Adriano Moreira terá sido a forma de Salazar o compensar pelo grande serviço que lhe tinha prestado” e que, como atrás referimos, teria sido o possível “traidor” do Golpe de Estado frustrado. Após aquela remodelação ficou célebre no primeiro discurso de Salazar a justificação do seu novo Ministério da Defesa: …“numa palavra, e essa é Angola… Andar rapidamente e em força é o objectivo que vai pôr a nossa capacidade”… (6). Efectivamente, a partir daí intensificou-se o envio de tropas para Angola e para outras colónias portuguesas. Por outro lado, “abriuse as portas” à emigração portuguesa para esses territórios. A política de Salazar foi “desembocar” numa extensa e dispendiosa guerra de Portugal contra as guerrilhas africanas, na independência das colónias, e noutra guerra civil entre os próprios povos descolonizados. Foram treze anos de guerra, perdidos em milhares de mortes e de gastos totalmente

a história de um debate que não entrou para a história rios são mulheres e que estas, em média, obtêm as melhores classificações, continuando, todavia, a ser apenas uma minoria as que ascendem a posições cimeiras, na política, como nos negócios, como nas ordens profissionais, etc.; que as mulheres desempenham as mesmas funções que os homens no mundo de trabalho, a que acresce frequentemente a sobrecarga de actividades domésticas, ganhando em média menos 17% do que os homens na realização de trabalho igual. Os cem anos que se assinalaram do despertar para a

igualdade entre homens e mulheres têm sido marcados por conquistas antes julgadas utópicas; porém, ainda há muito por fazer… Uma minoria das e dos presentes introduziu um discurso diferente sobre o tema… que importa usar de prudência nas medidas sociais de apoio à maternidade, tendo em consideração o agravamento da exclusão das jovens do mercado de trabalho, das dificuldades de promoção profissional da mulher, etc.; que importa não esquecer que o regime de quotas coloca uma suspeita, sobre todas

as mulheres que desempenham cargos de poder, que obscurece o seu mérito. No mais democrático fórum europeu não houve, porém, espaço para a diferença. A minoria que ousou demarcar-se do tradicional pensamento politicamente correcto em relação às mulheres e introduzir uma visão atenta aos novos e graves problemas que estas enfrentam, foram acantonados e rotulados como “detractores” da condição feminina. Uma destas vozes minoritárias foi a de Astrid Lulling, a segunda mulher a ser eleita deputada na Europa, o que acon-

inúteis para Portugal e para as respectivas colónias. É por isso que alguns homens da “Revolução do 25 de Abril” de 1974 pretendiam julgar Salazar e o regime, mesmo depois de ele ter falecido em 1970. Estamos convictos que se o Golpe de Estado de botelho Moniz tivesse resultado, ter-se-ia certamente evitado a grande mortandade que as diversas guerras provocaram e poupava-se o elevado esforço financeiro que o País foi forçado a fazer. Por outro lado, poder-se-ia ter evitado o regresso dos portugueses estabelecidos naqueles territórios, alguns deles já lá nascidos. Bibl: cruzeiro, Maria Manuela (entrevista), “costa Gomes – o último Marechal”, (1998), p.p. 89-107, edição do círculo de leitores; antunes, José Freire “Kennedy e salazar – o leão e a raposa”, (1992), pp. 207 e 229, edição círculo de leitores. (1). cruzeiro, Maria Manuela (entrevista), “costa Gomes – o último Marechal”, (1998), p. 98, edição do círculo de leitores; (2). “Quem é Quem – Portugueses célebres” (2008), p. 367, edição do círculo de leitores; (3). cruzeiro, Maria Manuela (entrevista), “costa Gomes – o último Marechal”, (1998), pp. 96 e 97, edição do círculo de leitores; (4). cruzeiro, Maria Manuela (entrevista), “costa Gomes – o último Marechal”, (1998), pp. 96 e 106, edição do círculo de leitores; (5). cruzeiro, Maria Manuela (entrevista), “costa Gomes – o último Marechal”, (1998), pp. 96 e 97, edição do círculo de leitores. (6). antunes, José Freire “Kennedy e salazar – o leão e a raposa”, (1992), pp. 226 e 227, edição do círculo de leitores.

teceu em 1956 (a primeira havia-o sido em 1920). Lulling falou com a autoridade não só deste seu estatuto mas também com o que o seu exemplo de mais de 50 anos de vida sociopolítica lhe confere. Cem anos após o desencadear do processo de estabelecimento da igualdade entre mulheres e homens, o objectivo mantém-se mas a realidade evoluiu e ignorá-la poderá conduzir à prossecução de um caminho que ponha em causa algumas das conquistas já alcançadas e trave a evolução em curso. O valor do discurso estabelecido não retira pertinência ao novo discurso. Precisamos de novas estratégias para objectivos antigos, o que um pensamento uniforme dificilmente descobre. Este debate não entrou para a história.


inFormação

Tribuna das Ilhas

1 de abril de 2o11

ageNda

utilidadeS

NoSSa geNte

FarMáCiaS

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editor: Fernando Melo CheFe de redaCÇão: Maria José silva redaCÇão: susana Garcia e Marla Pinheiro FotograFia: carlos Pinheiro

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Tribuna das Ilhas Sexta-Feira 4 01 de abril de 2o11

Luís Guilherme Ferreira da Silveira

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