Edição - 1394 - PAGINA - 5 - jornal semanário mais lido de Novo Hamburgo

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TRIBUNADACIDADE

Política

NH, 16 a 22 de outubro de 2020.

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Gilson Thoen foi categórico: “não concorrerei mais a nenhum cargo político” Com a frase de que não mais concorreria a nenhum cargo político, o ex-vereador Gilson Thoen começou a entrevista, mas no final dela veio com outra frase de que “quase tudo na vida seja ela pessoal ou profissional, nada é definitivo”. Como se diz no velho ditado: “dessa água não beberei e desse pão não comerei”. Durante 11 anos Gilson Leonardo Thoen, o Mamute como é chamado pelos amigos ficou fora da política. Foi vereador por quatro mandatos. Afirma ter sido o mais jovem a assumir como parlamentar, com 24 anos (há controvérsias em relação a isso). Concorreu pela primeira vez em 1988 e fez 743 votos (ficou como suplente). Em 1992 se elegeu com 1.221 votos. Reelegeuse em 1996 com 1.997 votos e voltou se reeleger em 2004 com 2.007 votos. Em 2016, ainda filiado ao PSDB, e contava certo com o apoio dos maiores caciques do partido, como o Deputado Federal Lucas Redecker e o presidente da sigla na época, Lineo Baum. Só não contava com a força de um grande empresário local que os convenceram a filiar e colocar outro nome para candidato ao Executivo, hoje a atual prefeita, Fátima Daudt, em vez do seu nome. Foi uma rasteira e tanto. 48h após o ocorrido saiu do PSDB e filiou-se ao PDT e concorreu como vice na chapa com Luís Lauermann naquela eleição, onde ficaram em terceiro lugar. Já em 2018 concorreu a Deputado Federal, mais não se elegeu. No tempo que ficou afastado da política ou mesmo durante, sempre teve sua profissão, e hoje se dedica ao ramo imobiliário.

Essa semana Gilson concedeu uma entrevista ao Tribuna da Cidade contando um pouco de suas experiências na política e o que ela lhe ensinou. Tribuna da Cidade: Porque você decidiu não participar das eleições deste ano?

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Gilson Thoen: “Devido a uma opinião que tenho em relação à política, que é a necessidade de renovação nos cargos eletivos. Fiquei 11 anos afastado, participei de dois pleitos com esse pensamento, de renovação, mas cada um com seu voto é que decide se quer mudar ou não”. Tribuna da Cidade: Em 2016 você sempre comentou nas mesas de café do Luna Bar, mesmo concorrendo noutra chapa ao Executivo, que Fátima Daudt seria eleita, e o que disse foi concretizado. E hoje você diria o mesmo? Gilson Thoen: “Não sei dizer se a atual prefeita se reelege ou não. A população continua com o mesmo pensamento de 2016, de querer projeto novo para a cidade, e os outros candidatos também estão mostrando, ao menos no papel, novos projetos”.

Tribuna da Cidade: Em 2018 você concorreu a Deputado Federal, qual sua maior decepção nesse pleito, foi com apoiadores ou o resultado nas urnas? Gilson Thoen: “Antes de concorrer no pleito de 2018, estava filiado no PSDB em 2016 e quase certo que teria meu nome para disputar a majoritária naquela eleição, nas qual foi minha surpresa, fui preterido e no meu lugar surgiu o nome da atual prefeita. Essa já foi uma das decepções. Após o ocorrido, me filiei ao PDT, partido ao qual iniciei na política, e concorri como vice-prefeito. Com a promessa de que numa futura eleição a deputado, meu nome teria um grande apoio do partido, infelizmente não foi o que ocorreu. Pessoas que assumiram compromisso comigo, no decorrer da campanha não cumpriram o prometido. Voltei a ter outra decepção. E em relação aos votos... Tribuna da Cidade: Nessa eleição o Mamute está apoiando algum candidato ou alguma coligação a majoritária? Gilson Thoen: “No momento ninguém. E em relação à majoritária, gostaria que os atuais candidatos explicassem como farão na prática o que estão propondo no papel”. Tribuna da Cidade: Muitos políticos quando concorreram a algum cargo eletivo, tiveram o apoio irrestrito de seus pais, como no seu caso. E você se por acaso um filho (a) viesse a candidatar-se, teria seu apoio irrestrito? Gilson Thoen: “Com toda certeza teria meu total e restrito apoio. Não só meu filho (a), como também outro parente mais próximo”. Tribuna da Cidade: Você esteve na Câmara Municipal por quatro mandatos, um como suplente. O que de bom e de ruim a política trouxe a sua vida pessoal? Gilson Thoen: “De bom, conhecer novas pessoas, e de ruim, conhecer como são algumas

15/10/2020, 20:54

pessoas”. Tribuna da Cidade: Dos candidatos atuais ao Executivo nesse pleito, qual deles você acha mais preparado para comandar o município por quatro anos? Gilson Thoen: “Reforço o que te falei antes. Gostaria de saber como o candidato se eleito fará para por em prática o que propõe no seu plano de governo. Sabendo que já no próximo ano irá enfrentar uma grande retração financeira. Como conseguirá solucionar e quem fará isso, em relação ao desenvolvimento econômico, na saúde, na educação, na segurança e outros segmentos. O grande desemprego que essa pandemia causou. Porque no papel tudo é solucionável e perfeito, quero ver na prática”.


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