Transformarte Dezembro

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projecto fotográfico hermano noronha

oficinadefotografia@iol.pt

cola bora dores 003 004 005 007 008 012 013 014 015

projecto eu hermano noronha@transform|ar.te| região autónoma das letras rui de sousa@transform|ar.te| um trauteio de Açores e vida miguel de sousa azevedo@transform|ar.te| memento mori sónia bettencourt@transform|ar.te| fotografia homofobia@transform|ar.te| sobre as danças feitas de arco-íris teresa prima@transform|ar.te| meta-se nos copos pela sua escrita patrícia caeiro@transform|ar.te| ilustração inês ribeiro@transform|ar.te| manifesto do homem pássaro inês ribeiro e joão read beato@transform|ar.te|

Verão... A Transform|ar.te| esteve de férias! Foi a estação que acabou. E com ela foram-se também as estórias de alegria, a leveza e a nudez? Talvez. No verão somos mais sorridentes… e, inevitavelmente, mais despidos. Despidos de pré-conceitos, de frases feitas e de vontades estabelecidas por outros. É uma estação de concretização das potencialidades pensadas no outono, acumuladas no inverno, avivadas pela primavera. Vivenciadas no verão. Embora esta estação esteja associada ao descanso e às férias, pode também ser de epifanias… …E depois de uma epifania, não há como voltar atrás. Tudo se transforma, levando-nos a um novo ciclo. O outono. A transform|ar.te| volta a circular Se nada ficou das estórias de verão que acabaram com a vinda do outono, ficaram as epifanias… Eu epifano, Tu epifanas, … Porque não? (Epifania é uma súbita sensação de realização ou compreensão da essência ou do significado de algo; Religião [com maiúscula] dia festivo da Igreja Católica, consagrado à comemoração da adoração dos Reis Magos a Jesus e da Sua aparição aos gentios; manifestação, aparição divina, figurado revelação; descoberta inesperada, in Dicionário da Língua Portuguesa Porto Editora.) -Associação Cultural Burra de Milho

Nota:este editorial foi escrito de acordo com as novas regras do Novo Acordo Ortográfico

FICHA TÉCNICA

Transformarte

isento de registo na ERC ao abrigo da lei da imprensa 2/99 de 13 de Janeiro, art. 9.º, n.º 2

Edição

Associação Cultural Burra de Milho

Oganização Íris Dominguez Márcia Mendonça Rogério Sousa Tânia Fonseca

Imagem da Capa

Fotografia_Íris Dominguez Montagem_Zé Branco _Paulo Sousa

Design Gráfico e Paginação Plug!_Paulo Sousa _Zé Branco

Tiragem

500 exemplares

Impressão e acabamentos Diário Insular

Contactos

burra.de.milho@gmail.com burrademilho.blogspot.com


região autónoma das letras rui de sousa

miguel de sousa azevedo

Dos três anos lembro, como se fosse hoje, de fugir ao cocker spaniel de uma tia-avó em Lisboa. Encurralado numa cadeira, só depois reparei na ternura dos olhos do bicho, que minutos depois deixava fazer festas e me lambia as mãos com uma língua macia e rosada. Foi a segunda viagem, já que a primeira me lançara do ventre maternal ao mundo, na cidade-capital. Que ainda hoje não consigo compreender. Dias de saudades, registos de cores e vozes. Umas ternas, umas duras, umas com uma pronúncia que hoje se deita boca fora facilmente, e afinal apenas umas semanas antes da terra tremer. O dia do abalo e a imagem da rua a abrir, dos vizinhos a correr, dos copos de cristal a partir, e da criança sozinha que abriu a porta. E tudo gravou num pensamento para a vida. E como ficaram partidas e a preto-e-branco as casas, com a calçada num caos e as janelas entrelaçadas em tabiques húmidos. E as almofadas e colchões de palha a mostrarem como éramos antigos. Mas como logo entramos na nova era, com alumínios e mais pronúncias diferentes. Umas com cor, outras com vício, outras ainda com as notas do crescimento a remarem borda fora. E nunca mais foi como dantes, nos tempos em que o barco virava as gentes para a baía das descobertas e das naus. De lá para cá passaram natais e carnavais, com barbas de algodão e bolos de abó-bora, com máscaras suadas e coscorões que estalavam. Vivendo-se o cheiro das comidas, a descoberta do corpo, o odor da terra, a dor de enterrar, e um sem-fim de sentimentos em que o olhar de criança – a da porta, do abalo – se mostrou crescido, virando contemplação e desgosto, palavra e assobio. Porque um assobiar para o lado é a atitude de quem sonha. E já me esqueciam as amoras, aquelas de-antes do escaravelho, e as roupas da base e o walkman da América. Que gente com coisas tão comuns que são únicas. Que gente que se banha em sal e se molha em mar, numa mistura que o sol tempera com a linha do horizonte por provador.

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as vacas brancas com manchas pretas têm piercings nas tetas as vacas pretas com manchas brancas gostam do dr. house – são mancas coze o cozido democrático nas furnas deita os restos os votos nas urnas morreu um corno na praça de são joão depois vemos no canal tradição - aquela quê na sei do meu uóme!? http//www.mulhésincoiro.com falam falam falam falam quem sabe quem sabe se um dia se calam filho de rabo de peixe sabe nadar, yô! eles n’américa podem, mandam e querem o pior é que eles forem, vierem e nada trouxerem arde o s. joão na fogueira das vaidades cheira a surrasco de moralidades depois de todos mamarem não faltam senão tetas região autónoma das letras

Jornalista em funções de assessor de imprensa Colaborador de imprensa desportiva regional e nacional. Autor de um blogue das ilhas e há uma década com (pelo menos) um livro de poesia por publicar ...

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RUI DE SOUSA

miguel de sousa azevedo

um trauteio de Açores e vida...


um trauteio de Açores e vida...

Memento Mori

sónia bettencourt

miguel de sousa azevedo

Tirar vidas. Prefiro colocar a coisa nesses termos. Até porque, à partida, não me refiro à morte física – aquele momento em que os segundos derrubam os minutos e estes ultrapassam as horas e tudo perde-se ou encontra-se irremediavelmente. De facto, num ápice, deixará de existir o dia seguinte mesmo sabendo do zero à esquerda posicionado no aparente cronómetro do tempo. Esta morte é, aqui, portanto, um tirar vidas entre dois indivíduos. Matam-se um ao outro, de quando em quando, sem nunca morrer. Arrancam a sua aparência, frente a frente, como se estivessem perante o inimigo escondido atrás do espelho. Ao mesmo tempo encontram o que não procuram e procuram o que não poderão encontrar: a dessacralização do ser. Os pés descalços, a exposição do sexo, a dança artificial do corpo caracterizam um quadro criativo, se formos a colocar o movimento no topo da

história dos homens e das mulheres, composto por novas técnicas de comunicação e descoberta da face humana. Colocam-se diariamente perto do abismo – os olhos de Deus a mirar com outra paternidade – e, a meio de duas conversas cuja incerteza das palavras não mede feridas. Não há sombras mas há espectáculo, um género de coreografia, um modo estúpido de celebrar o que, a mim, parece-me um lapso de estilo violento e viperino. Talvez uma lâmina de cortar a respiração no momento em que a falésia se torna ainda mais íngreme e o desejo mais febril. São dois indivíduos que erram de incêndio em incêndio, na contraluz do lume que nenhum deles ousou sequer apagar, aguardando o corpo alheio simultaneamente familiar e estranho, em batalha. “Lembra-te que vais morrer”, parecem dizer a cada instante. E, assim, lembrados ou não, os golpeados de luz tiram a vida um ao outro e ambos desfalecem em conjunto, para além do que a carne permitiria na realidade. Mas, sim, o real mostra-se um homem estranho mais do que o sol quando enterra-se no sangue e faz de nós um

verso livre de pele áspera e língua destemperada. Falta-lhes a respiração e, então, tudo parece tornar-se branco como se deitado num extenso lençol de algodão, a sete metros de profundidade, enlouquecidos por um céu qualquer. Gastaram a voz e o conforto em mais de mil jogos (des)afortunados, o loto e o bingo, nos instantes em que o ser deixou de representar o humano, para dar lugar a um comum retrato de si mesmos. Entraram depois no processo de devvvsintoxicação semelhante ao luto, imaterializaram-se, atónitos, passando a chamar cadáver ao monte de ossos opacos que prezam e represam o fim. Por outras palavras, apressaram-se a tirar vidas, expostas, do lado de cá dos próprios, sem nunca morrer e, no entanto, sempre a lembrar a morte.

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E depois daquele contacto com o musgo do presépio, e do cheiro da água pura dos ribeiros ou do enxofre das caldeiras, mais fica por contrastar. Ao longo de todo um ano, que se multiplica pela vida ao ritmo do dia dos maios à varanda. E, numa catadupa de vivências e acções, morou ainda a poesia. Ou o exercício similar a pintar um quadro de ideias e sentidos com a ajuda de palavras e espaços, de paragens e rodopios com vírgulas em discussão e um amor que se atira ao papel. Onde se cola em jeito de assinatura e impressão digital, saindo pronto a mastigar de um qualquer multifunções, que isto hoje convém ser moderno e das redes sociais. E porque esta coisa de criar, ou de fazer criar, ou de ver criar e querer imitar, vem das casas. Dos projectos que por lá havia, que tresandavam a lápis e a borracha. É que deles saíram cidades. Ou pelo menos sonhos de como ter uma rua, um passeio, uma árvore e a força. para sorrir. Sendo que estavam perenes de uma sede de atravessar as marés e de ver rio e serra, vinhedo e cantos cinzentos. Porque nem só as aves de verão nos voam ao coração. A rima dos tempos, fazendo passar uma esponja nas recordações, ou a espuma de uma onda que nunca sabemos onde bateu. Quem a levou? É certamente desaconselhável deixar uma pergunta sem resposta, mas por mais que esforce as papilas gustativas e o ouvido, de todo fico a saber de que lado o salgueiro ganhou o seu sabor intenso. Mas sei que veio do mar. PS-E ainda dizem que existe a tal açorianidade no que escrevemos. Pudera, respiramos estas terras décadas a fio, tentando sempre descobrir a inalcançável forma de as representar em paixão. Uma paixão do tamanho dos seus encantos e di- ssabores. E logo nelas, que são tão pequeninas no mapa…


fotografia

homofobia


fotografia homofobia

fotografia

- notas biográficas

homofobia

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pepe brix

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PERMITA-ME QUE NÃO LHE MINTA

jordana da rocha vasconcelos

nasceu a 31 de Julho de 1990, Estudou fotografia em 2006 na ETIC, e está actualmente a terminar o Secundário na Escola Tomás de Borba. Sendo esta a sua primeira mostra fotográfica ao Público.

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timothy lima

nasceu em Boston a 28 de Fevereiro de 1978. Filho de pais portugueses veio viver para os Açores, ilha Terceira, aos 7 anos de idade. É docente da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo desde 2004. Exposições: ilha Graciosa (onde se estreou); Sintra; Angra do Heroísmo, no âmbito das Sanjoaninas nasceu e 2009; Lisboa (na Semana da Cultura Açoriana no teatro de São vive na Ilha de Luiz). Foi seleccionado e premiado com uma bolsa de esSanta Maria, nos Açores, tudo ao abrigo do concurso LABOVEM, organizado tendo herdado a riqueza de duas pela Burra de Milho. gerações ligadas à fotografia. Em 2003 ingressou o Curso Profissional de Fotografia do Instituto Português de Fotografia na Cidade do Porto, tendo terminado o mesmo em 2005. Desde então Pepe tem dedicado grande parte do seu tempo a viajar e a fotografar. Num misto de necessidades que unem a fotografia à introspecção podem destacar-se quatro odisseias fotográficas de onde resultaram depois algumas exposições e a edição do livro “rumores para a transparência do silêncio: europa leste”. Europa Ocidente50mm, rumores para a transparência do silêncio: europa leste, Route 66: USA e Perú, a Viagem são os quatro trabalhos resultantes das odisseias realizadas.

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Há quem atribua a 2 etiologia da homofobia às mesmas motivações que suportam o racismo ou outros preconceitos. Nomeadamente, uma oposição instintiva a tudo o que não dia mundial contra a homofobia 2010 corresponde à maioria com que o indiOs grandes vazios que nos fecham a retina da essência moram à sombra da víduo se identifica e a normas implícitas e política gananciosa que a máquina, por trás da máquina, implementou estabelecidas por essa mesma maioria, nomeadamente a necessidade de reafirmação dos papéis tradina sociedade conspirando a cegueira e benefício próprio. Tais cionais de género, considerando o indivíduo homossexual buracos jamais nos caberiam no Espírito de forma espontânea alguém que falha no desempenho do papel que lhe corresponde e natural. segundo o seu género. A todos os que se mantêm focados na libertação do Algumas pessoas consideram que a homofobia é efectivamente uma Espírito em favor do benefício Universal, forma de xenofobia na sua definição mais estrita: medo a tudo o que seja particularmente aos que me ajudaram na consi-derado estranha. Esta generalização é criticada porque o medo irracional concepção deste trabalho (Tânia, pelo diferente não é, aparentemente, a única causa para a oposição à homossexuBárbara, Vanda, Sofia alidade. Com este trabalho pretendo retratar de uma forma simples e simbólica, o pree Vanessa) um obrigado conceito que existe em relação à homofobia. Por um lado existe o juízo de valor criado, que muito grande. nestas fotos represento através dos recortes mais sombrios...por outro lado existe uma transição para uma fase luminosa que traduz a liberdade de escolha que cada um opta como sendo sua.

- notas biográficas


meta-se nos copos pela sua escrita

sobre as danças feitas de arco-íris teresa prima

patrícia caeiro

A organização conseguiu 15 participantes, o que

tente, assim como o próprio formador se sentiu

tornou o evento possível. No mesmo foram tra-

bastante contente com a realização desta inicia-

balhadas as cinco dimensões do texto: semântica,

tiva.

léxico, narrativa, criatividade e sintaxe. Pedro Cha-

O artista disse ter superado as suas expectativas

E assim ao longo de duas semanas, vi cada criança a desabrochar, cada uma no

gas Freitas levou os participantes a exercitarem o

com este workshop, este que foi o primeiro passo

seu ritmo, e a começar a ver o mundo com outros olhos e a relacionar-se com

seu uso das pontuação quase à demência – como

do projecto EscreVIVER (n) os Açores.

Entre 5 e 18 de Julho estive na ilha da Terceira nos Açores a leccionar um Atelier de Dança Criativa sobre a temática das cores. Dois ateliês realizaram-se um em São Mateus, contando com a participação de 15 crianças de São Mateus e Terra Chã e outro no Juncal, com 17 participantes. Esta iniciativa foi organizada pela Associação Burra de Milho e pela Direcção Regional para a Igualdade de Oportunidades.

ele de uma nova forma. E naquelas horas de ateliê não havia idade ou geografia

gostava de repetir – com o objectivo de os ensinar a

O projecto tem como objectivo levar a escrita

usar melhor os sinais que pontuam os nossos tex-

criativa a t odos os cantos dos Açores, pelo que,

tos e que lhes dão uma nova dimensão.

actualmente, se estão a efectuar contactos com

Os objectivos da formação eram , por exemplo,

as entidades competentes no sentido de tal ser

apreender a estruturação textual como uma suc-

possível.

essão de blocos; conhecer e ser capaz de trabalhar

Neste momento, o projecto é parceiro da Asso-

com as mais variadas técnicas narrativas; desblo-

ciação Ilhas em Movimento (www.ilhasemmovi-

quear a criatividade, fazendo as pazes com o crítico

mento.blogspot.com) no I Concurso Literário

interno e confiando no jorrar de ideias; promover a

“Letras em Movimento”, uma vez que os coorde-

Guardo em mim uma sensação de ter sido acarinhada e muito bem recebida pelos membros da Associação, pelas crianças, pelas educadoras e locais onde a actividade teve lugar. Guardo também imagens da beleza natural da ilha, da arquitectura das cidades e freguesias e da gastronomia. Mas tive sobretudo o privilégio de poder partilhar a paixão que tenho pela arte da Dança, certa de que é uma ferramenta poderosa no sentido do auto conhecimento, do outro e do mundo que nos rodeia.

movimento.

capacidade, implícita, de memória e aprofundar a

nadores do mesmo serão júris dos trabalhos apre-

flexibilidade e a imaginação, explorando o poten-

sentados.

cial intuitivo.

Para este ano estão programadas mais acções de

As surpresas foram muitas, nestas seis horas de

formação nos Açores, nomeadamente uma di-

workshop, quando os participantes entendiam que

reccionada para profissionais do ensino.

afinal não sabiam pontuar assim também (ou pelo

A escrita é – na opinião dos coordenadores deste

menos não davam aos sinais de pontuação mais do

projecto – um bem supremo e sublime na vida do

que o uso básico).

Homem. É para isso mesmo que Pedro Chagas

Muitos exercícios foram praticados, evocando a

Freitas e Patrícia Carreiro estão a lutar (inces-

criatividade e a inteligência de cada uma das pes-

santemente) para que o projecto crie raízes nos

soas presentes no atelier. A sede da Solidaried’arte

Açores e nos corações dos amantes das palavras.

foi o palco desta iniciativa que deixou marcas nos

Qualquer proposta de trabalho a desenvolver

participantes.

é bem-vinda, pelo que os interessados deverão

O agrado pelo inovador método de Pedro Chagas

contactar a organização para escreviveracores@

Freitas de fazer escrita criativa foi algo bem la-

hotmail.com.

que nos separassem, porque todos estávamos ali, e estou a falar de grupos de crianças entre os 6 e os 12 anos (é um leque por si já enorme de diferenças), para conhecer e descobrir as cores da dança e para crescer com elas. E assim dançamos muitas coisas do mundo físico como o sol, o mar, as árvores mas também reflectimos sobre a natureza das nossas emoções quando nos relacionamos com as cores. E descobrimos que as cores também têm a sua personalidade, que a personalidade “branca” é suave e luzidia e que a “amarela” é espontânea e alegre e que, também estas emoções se podem transformar em E eu ensinei os elementos da dança, o que eu chamo das cores da dança, como o peso, o tempo, o espaço, a fluência e vi as crianças a perceberem gradualmente estes elementos, no seu corpo e no corpo do outro. E vi relação, interacção e descoberta em cada dia. E prazer e alegria que nos permitiram culminar cada Atelier com um momento de apresentação partilhado com a comunidade. Penso que foi importante este momento, senti-o como um presente para o exteior que resultou do empenho de todos, meu, das crianças e da Associação. E vi muitos sorrisos nas caras de todos e arco íris a acontecer nas danças que fomos capazes de inventar e interpretar. VALE!

Escrita criativa nos nove cantos dos Açores A arte é sempre arte. Seja escrita, falada, representada, vista, vivida ou sentida. O importante é isso mesmo: sentir e viver a arte. Pelo menos foi o que aconteceu a 16 e 18 de Julho em Ponta Delgada, no workshop “ Meta-se nos copos pela sua escrita. A iniciativa esteve integrada no projecto EscreVIVER (n) os Açores, coordenado localmente pela jornalista e escritora Patrícia Carreiro O mentor do projecto é o jornalista e escritor premiado Pedro Chagas Freitas (www.escritacriativa. org), o qual dinamizou o primeiro workshop.

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patrícia caeiro

teresa prima

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www.patriciacaeiro.blogspot.com | www.escritacriativa.org


inês ribeiro

inês ribeiro

Nasce em 1981 na cidade de Leiria de onde é natural, actualmente residente em Ponta Delgada onde trabalha ao serviço da docência. Licenciada em Artes Plásticas pelas Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha.

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Desde 2001 está envolvida em vários projectos artísticos colectivos e individuais, funda a oficina de criação artistica e atelier de serigrafia Fábrica13 e dá inicio ao projecto pessoal Zaragata (products and thoughts).

joão read beato

manifesto do homem-pássaro

inês ribeiro e joão read beato

...a criação e o grande mestre...

Nasceu na ilha de S.Miguel em 1977. Recentemente transferiu-se dos Açores para a cidade da Beira, em Moçambique, onde trabalha como professor de português e cultura portuguesa. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Clássicas na Universidade de Lisboa e é mestre em Literatura Portuguesa pela Universidade dos Açores. Participou na publicação de revista “Nova Águia” e colabora com a revista “Cultura Entre Culturas”. Tem-se dedicado ao estudo das dinâmicas inter e transculturais.

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ilustração


A Burra congratula-se com o trabalho da JAÇOR e de toda a equipa que concretizou mais uma edição do Festival Azure, pelas palavra de Torga: (...)Mas todo o semeador | Semeia contra o presente. | Semeia como vidente | A seara do futuro, | Sem saber se o chão é duro | E lhe recebe a semente. Faça chuva ou faça vento, vocês estão lá!


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