Nº 01 - Tomo I - Revista COCAN Angola 2010

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considera 2010 o ano do futebol em África, e An-

e não permitiram maximizar os índices preconizados.

gola será o baluarte deste Mundial.

O Egipto tem já todas as infra-estruturas hoteleiras e infra-estruturas desportivas, organizou um CAN

Revista Can – Qual é a relação entre o COCAN e a CAF? JF – Sou membro da Comissão de Organização dos

exemplar. Mas queremos suplantar o CAN do Egipto, com a nossa força anímica e o apoio do Governo.

Campeonatos Africanos da CAF e membro da Comissão de Auditoria da FIFA. Tenho uma relação es-

Revista Can – Qual é a previsão do orçamento para o

treita com quase todos os membros destes organismos

CAN-2010?

e tenho, por isso, algum espaço de manobra. Há uma

JF – Depois da reunião com a comissão de monito-

grande colaboração, até agora. Estive no CAN da Tu-

rização e trabalharmos no orçamento de 2009, po-

nisia-2004, no Egipto-2006 e no Ghana-2008, por

deremos já responder com exactidão. Não queremos

isso, sei perfeitamente o que a CAF exige como con-

esconder nada, mas neste orçamento não estará in-

dições para organizar uma competição da dimensão

cluída a construção dos estádios, porque esta não é

do CAN. Há uma grande interacção com a CAF, mo-

tarefa directa do COCAN 2010, mas sim do Gover-

tivada pela minha inserção nessas instituições e esta-

no, através do Ministério das Obras Públicas.

mos melhor inseridos e preparados. Revista Can – Angola está a organizar o CAN para ganhar? Revista Can – O Governo chinês disse que o retorno finan-

JF – Sim, quem organiza quer ganhar. E nos também

ceiro dos Jogos Olímpicos não será imediato. E o CAN?

queremos ganhar. A contratação do treinador Romeu

JF – Não há maior benefício do que ver a nossa ju-

Filemon para os escalões jovens não foi por acaso.

ventude a praticar desporto em condições, com in-

Estamos a pensar já no CAN-2010. Há dias alguém

fra-estruturas de primeira grandeza, pois quem

nos fez uma proposta, de conseguir vários torneios

pratica desporto tem a mente e o corpo sãos. Não há

internacionais para as nossas selecções que terão até

maior retorno do que isso. Amanhã, os nossos netos

2010 uma média de idade a rondar os 20 anos. O

vão agradecer por este investimento do Estado.

objectivo é dar rodagem competitiva, tal como o torneio de Toulon que revelou jogadores como Akwá,

Revista Can – A realização do CAN vai melhorar também

Malamba, Mantorras e outros. Mas a maior vitória

o nosso futebol?

de Angola já está conseguida: a organização e os re-

JF – Estamos a melhorar as nossas políticas de futebol;

sultados colaterais que o COCAN trará ao país. Por

contratamos o treinador Romeu Filemon para se ocu-

isso já ganhámos!

par directamente dos escalões de futebol jovem. Queremos privilegiar a nossa formação em Angola, e não deixá-los sair para jogar no estrangeiro, como acontece hoje com muitos países africanos. Recebi há dias uma proposta que vai permitir que as nossas selecções jovens participem em torneios internacionais, com o objectivo de lhes dar maturidade competitiva, e em 2010 poderemos ter uma selecção mais competitiva. Revista Can – Quais são as lições que o Senhor colheu no CAN do Egipto e do Ghana, em 2006 e 2008. JF – O CAN do Ghana não pode ser um exemplo. Houveram aspectos que desarticularam a organização

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