Toalha GeekStation - Explorando o Mundo das Mangás

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Edição 02 – Junho/2016

E MAIS:

As Aventuras de Alice Indo alem dos filmes


“Tenho que resistir ao impulso besteirol.” Cosmo – Padrinhos Magicos

Tenha o seu trabalho exposto na “Toalha: Geek Station” através do contato : toalhageek@gmail.com


Cosplayer: Felipe Polvilho (Stark) Personagem: Capitão América Origem: Marvel Evento: Comic Con Experience (São Paulo, SP)


Editorial Fala galera! Depois de muita repercussão da nossa primeira revista ficamos surpresos com os feedbacks. Portanto não poderíamos deixar de compartilhar nossa segunda edição! Desta vez traremos algo que nós o público otaku mais amamos: as mangás, conhecendo sua origem, a criação de seus diferentes gêneros, até se tornar aquilo que temos hoje em nossas mãos. E ainda no universo literário vamos conhecer um pouco do mundo de Alice no País das Maravilhas, será que tudo que vimos nos cinemas está sendo fiel à obra original?

Fiquem à vontade para folear e a aproveitar a revista geek feita para você.

Expediente: Paula Geek Tiago “Tdetudo” Alves Contato: toalhageek@gmail.com


Índice Indo com Alice além dos filmes..................................................07

CAPA: Explorando o mundo das mangás.....................................10

Games de terror, quem não se cagou?........................................17

Os Mochileiros.............................................19


E no dia 19/06/2016 as “tropas foram LIBERADAS” na SAGA School of Art situada na grande BH. O evento teve como tema Legue of Legends (LOL) para os íntimos e logicamente as salas da escola estavam todas lotadas de jogadores do game. Contamos com diversas atrações, além de logicamente o campeonato de LOL, concurso cosplay, Dança K-Pop, Games independentes, Karaokê. Estava muito bom, parabéns para toda equipe All3Fantasy, estavam “DOMINANDO”! Link abaixo para cobertura completa: http://paulageek.blogspot.com.br/2016/06/eventos-arena-lol-leagueof-legends-bh.html


Materia paula Breaking Bad

Indo com Alice além dos filmes Hey nerds! Uma grande parte das pessoas conhecem a famosa historia de Alice no Pais das Maravilhas, não é mesmo? Aquela da menininha que caiu na toca de um coelho e foi parar em um mundo completamente fora do normal. Os estúdios Disney fizeram filmes sobre a jovem Alice, o desenho em 1951 e os longas dirigidos por Tim Burton em 2010. E se você achou esses filmes um tanto malucos, devo dizer que eles são bem sutis se comparados ao livro original de Lewis Carroll.

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Não digo que o livro traga uma historia diferente, muito pelo contrário, a historia é a mesma, mas com muito mais non-sense (algo contra-senso ou absurdo), pois o filme nos apresenta uma historia contínua, por mais que Alice ande pelo Pais das Maravilhas, ela tem uma aventura completa, enquanto no livro, você fica completamente perdido e chega a esquecer de como a garotinha chegou até aquela situação. As Aventuras de Alice, de Lewis Carroll, é considerado o primeiro livro infantil sem moral, símbolo da curiosidade e do anarquismo pueril e o percursor da literatura nonsense. O livro teve inicio num passeio de barco em Oxford de 1862, quando uma garotinha chamada Alice Liddell, começou a lhe contar

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historias malucas. O resultado é que hoje ele é considerado o pioneiro da expansão psicodélica da consciência. Com a chegada do novo filme dirigido por Tim Burton, o Através do Espelho, é importante saber que a historia já existe no livro e que ela é completamente non-sense, chegando a ser pior que


que o Pais das Maravilhas. O filme, como sempre, esperase uma linearidade, onde ele conta a historia do tempo, o que não existe no livro, mas cria uma historia com inicio, meio e fim. Por isso, além de ver o filme, recomendo que leiam o livro. Ele proporciona vários pensamentos loucos como: por que as flores do nosso mundo não falam?

flita e diz que ela é real, mas depois ela fica com medo de ser mesmo apenas parte do sonho do Rei. Por isso, querido nerd, se você gosta do mundo louco de Alice, você irá se surpreender com as maravilhosas conversas e pensamentos malucos da jovem garotinha no livro original de Lewis Carroll Desejo a você uma excelente leitura e viagem pelo Pais das Maravilhas. Que a Força esteja com você! Imagens da obra original

Porque a terra em que são plantadas são fofas demais e elas vivem dormindo. Bem simples, não é verdade? E também nos faz questionar sobre nossa existência quando os gêmeos recomendam a Alice que ela não acorde o Rei, pois todos faziam parte do mundo dos sonhos dele e se ele acordasse, deixaríamos de existir. Alice fica aTexto e edição: Paula Geek | Imagens: Google Imagens

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Explorando o mundo das mangás

Mangás, mangás, mangás! Nos amamos mangás! Muitas páginas que apesar de monocromáticas são recheadas de muita ação, emoção, romance e, por que não, muita porrada! Sangue! Por isso ficamos muito a vontade em compartilhar com vocês este tema maravilhoso. Afinal graças à elas conhecemos o mundo maravilhoso e kawaii dos animes e um pouco da vasta cultura oriental. De origem obviamente japonesa, a mangá é o estilo de quadrinhos que surgiu no século 18 com publicações de Shiji no Yukikay e no inicio do século 19 por Manga Hyakujo e continham vários dese-

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nhos e esboços, mas foi Rakuten Ki-tazawa que utilizou o termo "mangá" no sentido moderno. Só que antes mesmo de ser o que conhecemos hoje, as mangás passaram por muitos processos e transformações ao longo dos anos. Tendo suas origens em rolos que continham escritas e desenhos que contavam uma história a medida que eram desenrolados, nos anos seguintes várias outras obras seguiam este mesmo processo, porém com desenhos separados da escrita, com pinturas melhor produzidas


e textos mais elaborados. Com passos de tartaruga e graças à influencia europeia (isso mesmo!) os mangás foram criados de forma mais artística, tinham separação de quadros, balões de fala, ações e onomatopeias. Graças a isso surgem vários artistas e editoras pr0duzindo cada vez mais mangás em grande escala no Japão. No entanto, gostaríamos de ressaltar um autor que influenciou e muito, não só o Japão, mas o resto do mundo com obras épicas. O mestre Osamu Tezuka que produziu no seu próprio estúdio a primeira série de animação Japonesa em 1963, "Astro Boy". Como foi dito antes, as animações japonesas (animes) são nada mais do que produções feitas graças às grandes repercussões de seus respectivos mangás. E não poderia ser diferente, Astro Boy, A Princesa e o Cavaleiro e o Leão Kimba, não são nada mais que precessores de grandes mangás de Osamu Tezuka. O publico, no inicio do mangá como conhecemos hoje, era focado em crianças japonesas. Mas, mesmo assim, na época eram muito caros e começaram a surgir grandes compilações em livros vermelhos e papel barato do

tamanho de uma folha de cartão postal (B6). Assim as mangás cresceram juntamente com os leitores e se diversificaram de acordo com o publico. Por isso encontramos mangás de faixa etárias diferenciadas, sendo classificadas desde “livre" até “18 anos“, onde essa classificação é totalmente correta, ou seja, se você ler uma mangá de +18, com certeza ela terá cenas explicitas de qualquer tipo, tanto de violência quanto sexual.

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Todas as mangás carregam em seu conteúdo, uma mensagem, mesmo que bobinha. São mensagens para se pensar no dia a dia, ou até mesmo na vida, pois trata de vários assuntos como a amizade, ignorância, descobertas do amor, boas ações e atitudes, sobre o mundo espiritual, o amor (não apenas o romântico), arrependimentos, psicologia, estratégia, entre muitos outros assuntos. As mangás que possuem conteúdo mais infantil, geralmente passam mensagens de valores da amizade, como é o caso da saga FairyTail, por exemplo, que tendo sua classificação +14, praticamente ninguém morre nas batalhas e todas elas são decididas com frases positivas que valorizam suas próprias vidas, a família, os amigos e o bem da população, além de prezar pela honestidade e lealdade. Enquanto as mais maduras costumam passar a mesma mensagem de forma mais seria ou ate mesmo mensagens mais intensas. Bom, como falamos em diferenças, não são apenas na faixa etária que isso acontece, afinal, ao pegar uma revista do Batman ou Homem-Aranha, feitas para publico jovem e adolescente,

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a mangá já seguiu vários segmentos diferentes: Kodomo - para criancinhas; Shonen - para o público adolescente; Shoujo - também para adolescentes, no entanto mais para as garo-tas; Seinen/Josei - que são para jovens adultos; E também temos gêneros diferentes: Nekketsu - onde os valores de esforço e amizade são o foco de seu tema (Saint Seiya, Naruto, One Piece); Spokon - foco no esportivo (Super onze, on-ze, Super Campões, etc); Gekiga - Um traço mais adulto e temas tensos (Berserk, Gantz); Magical Girl - Como o próprio nome diz, garotas com poderes e/ou objetos mágicos (Sai-

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lor Moon, Sakura Card Captors); Yuri - História de amor entre garotas; Yaoi - História de amor entre rapazes (Gravitation); Harém - História de rapazes cercados de garotas (Love Hina, Negima); Mecha - Robôs gigantes (Gundam Wing, Evangelion); Hentai - um dos mas conhecidos, com temas pornográficos. Geralmente heterossexuais; Aniparo - Assim como o nome lembra, falam de paródias, muito comuns entre arte feita por fãs (Tiago que o diga!) Agora que vimos sua origem, suas mensagens, seus segmentos e gêneros, como a obra chega em suas mãos? Claro que, no Brasil passam por tooodo um processo de edição, tradução, adaptação e afins. Porém, o que muito leitor não sabe, é que no Japão a publicação é diferente. Lá são impressas entre 300 a 800 páginas numa edição em formato preto e branco, seu papel reciclado é como de uma lista telefônica do tamanho que caiba no bolso.

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A produção é feita assim para diminuir custos e seu tamanho ideal para o leitor levar à qualquer lugar (Japoneses adoram portáteis). Outra coisa interessante é o tempo de lançamento. Diferente daqui, que os mangás saem de mês em mês, lá são desenhados por episódios de semana em semana, e compilados à varias outras histórias. As maiores produtoras de mangás atualmente são a Shueisha e Shonen Jump que pegam


estas histórias e acoplam a outras de mesmo tema. No Brasil as mangás já estão com vários episódios compilados na mêsma mangá, ou seja, todo o desenho publicado à semanas já esta todo unido e dividido em capítulos que é mangá que temos costume de ler até hoje. E falando no Brasil... As mangás chegaram aqui desde os anos 1960 com influencias em seriados e filmes longa metragens. No entanto, em 1980 as primeiras mangas, como as conhecemos em forma-

tos de livrinhos de varias páginas. Porém, as maiores adversidades ocidentais com o mangá foi o preconceito de artistas americanos e desenhistas famosos. Eles diziam que o traço era fácil de se fazer, de aspecto preguiçoso, violento e pornográfico. Ate porque o lance nas editoras era investir no Batman e Homem Aranha. O que deu força ao mangá no Brasil foi graças aos 100 anos de comemoração da imigração Japonesa ao Brasil. Com essa comemoração à cultura nipônica e suas mangás conseguiram a força que precisavam e cativaram ao, ate então, tímido público do Brasil. Atualmente as editoras mais conhecidas de mangás são a Panini, Conrad e JBC que estão trazendo e editando direto do Japão para os brasileiros. E não é só isso... Graças a influências nipônicas muitos artistas brasileiros criaram também obras em estilo mangá. A mais famosa foi a Holly Avangers em 1994 e em 2008 Maurício de Souza, aproveitando o "boom" dos mangás, lançou a Turma da Mônica Jovem em versão mangá que

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fez muito sucesso. Então, as mangás, além de comter histórias também tem muita historia por trás de anos de criação. Não foi um processo de mudança rápido, mas graças as várias mudanças e a forma que o mesmo e retratado hoje, são sucesso nacional. Mesmo com a adversidade e muito ocidental taxando mangás como algo "imoral, violento, exagerado e pornôgráfico" no inicio, mas, apesar de todo o preconceito, tivemos um

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crescimento e continuará crescendo ate hoje.

Então, gostou da matéria?! Fiquem a vontade para nos dar feedsbacks e/ou sugerir temas para as próximas edições. Até a próxima e fiquem com Deus. Imagens de Tiago Alves, Yu Yu Hakusho, FullMetal Alchemist, Love Hina, Evangelion e Askura Card Captors, nessa ordem.

Texto: Tiago TdeTudo e Paula Geek | Edição: Paula Geek | Imagens: Google Imagens e Art Gallery de Tiago Alves


Games de terror Quem não se cagou? Sangue, miolos estourados, escuro, cadáveres, clima perturbador e claro muito susto! Com o passar dos anos a indústria dos games evoluiu e com ele o avanço nos gráficos dos games. Graças a Deus por isso, pois, os games estão cada vez mais realistas, fazendo assim assustarmos bem mais na atmosfera de terror ou suspense. Embora o gênero terror/suspense não ser um dos meus favoritos ainda sim tem seu lugar especial. Fala sério! Quem nunca tomou seus sustinhos jogando um game da série Silent Hill?

Ou pior: se cagou ao jogar Amnésia e Slender? Pois é, estes citados e muitos outros fazem a alegria (ou espanto) da galera. Uma coisa que eu valorizo muito em um game é sua história e seu ambiente (como o jogo conduz o jogador ao longo das fases). E o tema terror sempre me surpreende com isso. Se for analisar: é justamente por isso que os games deste gênero sempre cativam os “gamers”. Afinal, para alguém levar algum susto que se preze tem que ter ao menos um clima.

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E como somos conduzidos a este clima de suspense/terror? E como somos conduzidos a este clima de suspense/terror? 1º - História envolvente: Para alguém se identificar com o jogo precisou ter um inicio, um propósito ao menos para

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o nosso cérebro poder processar a ideia de que vamos nos assustar ou não. 2º - Ambiente: Todo o fator determinante se vai ser assustador ou não. Neste caso en-globa tudo ao redor do seu personagem no game. Podemos destacar os efeitos sonoros, música de suspense, coisas que mexem com o psicológico (adoro isso) e é claro muito, mas muito escuro. 3º - Personagens: bom, não que seja um fator determinante afinal, Slender é um game no qual você nem sequer sabe se seu personagem é homem, mulher, criança ou velho. Mas ajuda caso o mesmo tenha alguns traumas psicológicos (Nightmare Creatures 2 ou Silent Hill 4). Seja como for, os games de terror agradam geral trazendo histórias surpreendentes, finais nem sempre felizes e muito, mas muito susto. Gosta de algum game de suspense/terror? Conte-nos a sua experiência mais aterrorizante através do e-mail toalhageek@gmail.com

Texto: Tiago Alves | Edição: Paula Geek | Imagens: Google Imagens


Paula Geek

Os Mochileiros

Publicitária, escritora e cosplayer. Inserida no mundo nerd desde os três anos de idade, ama vídeo games com boas histórias e é completamente viciada em Star Wars. Lê desde clássicos literários a mangás e faz críticas cinematográficas. Dona do blog Paula Geek que traz notícias geek e coberturas de eventos. Tiago TdeTudo

Gestor de Marketing e dono da empresa OnDesign. Metido a desenhista com habilidade em fazer humor sem noção. Dá uma de "promoter" sempre que posta algo em seu blog... isso mesmo, para piorar o cara tem blog de tirinhas e um canal de games. Curte boa música, series e games.

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Noticias da Comic Com Experience 2016! Presença confirmadíssima deste ano, é o neozelandês Karl Urban. Ele é um dos atores mais geeks da atualidade: interpretou o Juiz Dredd em 2012; o cavaleiro Éomer na trilogia Senhor dos Anéis, o Dr. Leonard "Magro" McCoy nos filmes mais recentes de Star Trek e será o personagem Executor, vilão do aguardado Thor: Ragnarok, previsto para 2017. Em Hollywood, seu primeiro trabalho foi Navio Fantasma e, desde então, desapontou para o sucesso participando de varias obras de grande sucesso. Karl estará presente no sábado e no domingo e participará de painéis e de sessões de fotos e autógrafos com os fãs

no Instagram


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