História de um grande amor julia quinn

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Ele a fitou e pôde escutar o que ela estava pensando. Por favor, meu amor, não despedace o meu coração. Ele entreabriu os lábios. Fazia meses que vinha dizendo a si mesmo que desejava escutar novamente aquela a irmação. E naquele momento, depois de ouvi-la, um nó apertava sua garganta. Não podia pensar, nem respirar. Via apenas o desespero naqueles grandes olhos castanhos. — Miranda, eu... — Não conseguiu terminar a frase, pois engasgouse com as palavras. Por que era tão difícil falar? — Não diga nada, meu amor—ela pediu com voz trêmula. — Esqueça o que eu falei. — Você sabe quanto gosto de você. — Aproveite bem a sua estada em Londres... — Miranda, por favor... — A angústia dele era visível, mas nem de longe era comparável à amargura que a consumia. — Não fale comigo! — ela gritou. — Não quero escutar as suas desculpas nem as palavras estudadas! Não quero ouvir mais nada! Exceto que você me ama. O que não pôde ser dito deixou a atmosfera pesada. Turner sabia que Miranda se afastava cada vez mais e assim mesmo sentia-se incapaz de fechar o abismo que se formava entre ambos. O que deveria fazer era muito simples e reduzia-se a três palavras que ele queria dizer, porém não conseguia verbalizar. Não era racional e não fazia sentido. Turner não sabia se era por receio de amá-la ou de ser amado. Ou talvez fosse o medo de admitir que seu coração tinha sido destroçado no primeiro casamento e que estivesse morto internamente. — Minha querida... Turner pensou no que poderia dizer para deixá-la feliz. Se isso não fosse possível, pelo menos teria de encontrar alguma coisa que amenizasse a tristeza daquele olhar tão doce. — Por favor, me chame pelo nome — Miranda pediu em voz mal perceptível.


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