onde esta o dinheiro?

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1. Considerações gerais sobre a metodologia (Limites e possibilidades) Como em toda atividade de concepção (desenho), percebe-se que a reflexão dos grupos pode enfatizar as restrições que são impostas pela realidade, perdendo com isso a possibilidade de inovar. Os elementos da inovação (imaginação e criatividade) escapam do âmbito da racionalidade e nem sempre se enquadram em exercício lógicos e normatizadores como o proposto ao grupo. Percebe-se que nos projetos as ações propostas não conseguem apontar para os elementos críticos (que sejam realmente críticos), porque: a) os participantes efetuam uma triagem analítica que reduz o problema da intercooperação ficando as ações mais limitadas aquelas mais conhecidas do grupo; b) o plano de ação evidencia o erro técnico habitual deste tipo de exercício de ação coletiva, isto é, supor que na implementação das ações se dará uma integração entre os diversos agentes e a conseqüente realização de ações simultâneas e convergentes na direção proposta pelos planejadores. 1.1 Limites da proposta de ação intercooperativa em rede 1. Conhecer os atores, isto é, os agentes que participam no processo de construção da ação coletiva e, em especial, aqueles que de alguma forma serão afetados pelas modificações que se pensa introduzir, não basta; 2. Sistematizar a percepção do atores envolvidos no processo no qual se quer promover é apenas uma etapa preliminar que precisa ser validada, mas este processo de validação não se faz apenas com a presença de um ator social. Devem ser arrolados preferencialmente todos os "atores", individuais e coletivos, formais e informais, públicos e privados, de dentro da área ou de fora dela, que intervém ou que possam interferir nos processos de cooperação que se deseja implementar; 3. Mapear a situação do atores internos favoráveis a uma ação intercooperativa nas diferentes organizações passa a ser fundamental para determinar a real capacidade de ação do grupo para alcançar os objetivos. Entretanto, o mapeamento de situações nem sempre explicita as relações existentes- formais e informais - entre os diversos atores, além de ser de difícil operacionalização; 4. Reconhecer e demarcar os limites da competência dos atores sociais, o modo e a área de atuação dos agentes é fundamental para a implementação das estratégias de ação, mas implica no identificar e trabalhar as resistências ao novo, o que é muito difícil num curto espaço de tempo de encontros ou reuniões. Os comportamentos de rivalidade e competição estão há muito internalizados nas práticas sociais e reforçados pela lógica da competitividade econômica;

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Alianças estratégicas e propostas globais


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