Tribuna Acontece #91

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ACONTECE NAS CIDADES

31 de julho a 06 de agosto de 2013

Grupo de GCMs prepara processo contra Bortolato

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pós as reuniões entre a GCM e o Prefeito Saulo Benevides (PBMD), em que foram expostos vários problemas entre parte dos guardas e o comando da corporação, um clima hostil pairou no setor de segurança de Ribeirão Pires. Quem afirma isso são alguns GCMs que procuraram a imprensa na última quinta-feira. “A Bortolato (comandanta da GCM) diz que somos problemáticos, mas estamos sendo coagidos a responder junto à corregedoria; se não o fizermos seremos punidos”, comentam. Os Guardas Civis Metropolitanos, que pediram para manter em sigilo sua identidade, ainda disseram esperar um posicionamento concreto do Prefeito. “Ele nos prometeu em seu gabinete na primeira reunião, que nos atenderia em 90% dos nossos pedidos. Trabalhamos com salários baixos, mas trabalhar a base de chicotadas, não dá mais”, disseram a respeito do compromisso de Saulo Benevi-

des. Durante a reunião, Benevides ainda teria prometido aos guardas que nenhum tipo de perseguição aconteceria, o que não vem acontecendo segundo informou o grupo que se apresentou para falar. “Estamos sendo perseguidos sim! Recebemos um documento da nossa secretária de Segurança, Sonia Garcia, que nos proíbe de ir conversar com o Prefeito ou com qualquer autoridade política sem passar antes por ela”. O documento, segundo eles, ainda diz que desobedecer tais ordens é cabível de processo administrativo. Estes também disseram que vão pedir a abertura de um processo no Ministério Público para que Bortolato prove as acusações que fez contra os manifestantes. “Ela disse que somos problemáticos, alcoólatras e desonestos, agora terá que provar todas estas acusações”, afirmaram. Eles ameaçam que este processo ocorrerá independentemente das medidas que forem tomadas por Saulo. “Nossa principal reivindicação é com relação à saída deste comando. Quando foi anunciado que ela (Bortolato) seria nos-

TRIBUNA DO LEITOR Ygor Andrade

Ygor Andrade

Reprodução

Ação. Medida será tomada junto ao MP. Grupo diz que não vai parar enquanto não forem antendidos

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INSATISFEITOS - Parte da Guarda pede respeito e troca de comando sa comandante muitos de nós fomos pedir para que fosse indicado outro nome; até falaram a respeito de uma eleição para que nós escolhêssemos alguém do nosso meio, que realmente lutasse por nós”. Esta tal eleição, segundo eles, foi cancelada no dia em que seria realizada. “Nos deram a desculpa de que não deu tempo de organizar e por isso a Bortolato ficaria com o cargo”. Perguntados a respeito de um apoio via sindicato, disseram que o Sindicato dos Servidores Públicos nada faz por eles e que estão sozinhos nessa luta. De acordo com estes GCMs, uma

luta que está sendo vencida pelo favorecimento. Acusam que muitos membros da corporação que já estão recebendo salários diferenciados simplesmente pelo fato de terem ido participar da reunião a favor da comandante Bortolato. “Somos pais e mães de família que estão todos os dias nas ruas procurando zelar pelo bem estar da população. Como o cidadão vai confiar em nosso trabalho se nosso comando nos trata dessa maneira?”. O comando foi procurado para falar a respeito, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

Perigo: no fim da escada, uma avenida

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oradores do bairro Bocaina, próximo à esquina da Avenida Itapark, nas proximidades do acesso para a Rua Almirante Tamandaré, enfrentam risco de atropelamento diário por uma falha na sinalização. Os munícipes que querem chegar do outro lado da avenida, além da faixa de

pedestre no semáforo, têm duas outras opções ao longo da pista. No canteiro lateral, os moradores usam duas escadas como acesso à avenida. Acontece que sem calçada e sem faixa de pedestre, o risco de atropelamento é grande neste local. Fica aqui uma dica para o departamento responsável.

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a noite da última quarta-feira, 24, ambulantes se reuniram na passagem de nível de Ribeirão Pires e recolheram assinaturas para entregar ao Prefeito. O motivo dos protestos é a retirada dos mesmos de seus locais habituais de trabalho. “É anticonstitucional o que eles estão fazendo. Temos o direito porque não vendemos pirataria. Só queremos sobreviver”, disseram os ambulantes. O representante do Sindicato dos Ambulantes do Grande ABC, Jonas

Graciano disse ter se reunido com o Prefeito Saulo Benevides, que teria prometido não retirar os ambulantes do local e construir um lugar para que fossem alocados. No entanto os trabalhadores estão proibidos de continuar com suas vendas e avisados de que a Prefeitura organizaria o prédio da antiga Igreja Água Viva, localizado na Av. Francisco Monteiro para eles. O problema é que seria cobrado um aluguel de 580 reais por box. “O senhorzinho que vende bala e

chocolate, como ele vai pagar um valor tão alto de aluguel?”, perguntou Jonas. Durante o ato na quarta-feira, o vereador Renato Foresto (PT) esteve presente e usou do microfone para defender a causa. “Eles são trabalhadores comuns e merecem respeito”, disse o vereador; depois, um pouco mais exaltado chamou o Chefe do Executivo de “mentiroso e incompetente”. Os manifestantes programaram um manifesto em frente ao Paço Municipal no

próximo dia 9 de agosto. A Prefeitura de Ribeirão Pires enviou nota informando apenas pedir que os ambulantes se regularizem tanto em documentação quanto aos espaços a serem ocupados. Há também a questão de ambulantes de outras cidades venderem suas mercadorias em Ribeirão. “A Prefeitura estuda medida para regularizar estes ambulantes. A construção de um local para a regularização deles também é uma opção”, informou a assessoria. (Y.A.)

Y.A.

Prefeitura de Ribeirão impede comércio ambulante entre Rodoviária e Estação


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