História dos Partidos Políticos

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História dos partidos do Brasil

Índice

PT...............................................................2 A fundação................................................3 Ideologia Partidária Oficial.......................5 Principais cargos conquistados..............9 PSDB.........................................................13 A fundação (PSDB)..................................14 Programa...................................................16 Criticas e controvérsias...........................19 PTB.............................................................22 PTB de Vargas...........................................23 PTB Atual...................................................25 PRB.............................................................27 História.......................................................28 Siglas..........................................................29 Referência bibliográfica............................31

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História dos partidos do Brasil

Partido Trabalhista (PT) O Partido dos Trabalhadores (PT) é um partido político brasileiro. Fundado em 1980, é um dos maiores e mais importantes movimentos de esquerda da América do Sul. Com 1 549 180 filiados, o PT é o segundo maior partido político do Brasil, atrás apenas do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Maior partido na Câmara dos Deputados, o PT é o partido preferido de cerca de um quarto do eleitorado brasileiro desde dezembro de 2009. Os presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff são amplamente reconhecidos como os membros mais notórios do partido. Seus símbolos são a bandeira vermelha com uma estrela branca ao centro, a estrela vermelha de cinco pontas, com a sigla PT inscrita ao centro e o hino do Partido dos Trabalhadores. Seu código eleitoral é o 13.

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A fundação Composto por dirigentes sindicais, intelectuais de esquerda e católicos ligados à Teologia da Libertação, no dia 10 de fevereiro de 1980 no Colégio Sion em São Paulo. O partido é fruto da aproximação dos movimentos sindicais, a exemplo da Conferência das Classes Trabalhadoras (CONCLAT) que veio a ser o embrião da Central Única dos Trabalhadores (CUT), grupo ao qual pertenceu o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, com antigos setores da esquerda brasileira. O PT foi fundado com um viés socialista democrático. Com o golpe de 1964, a espinha dorsal do sindicalismo brasileiro, que era o CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), reunia lideranças sindicais tuteladas pelo Ministério do Trabalho- um ministério geralmente ocupado por lideranças do Partido Trabalhista Brasileiro varguista - foi dissolvida, enquanto os sindicatos oficiais sofriam intervenção governamental. A ressurgência de um movimento trabalhista organizado, expressa nas greves do ABC paulista da década de 1970, colocava a possibilidade de uma reorganização do movimento trabalhista de forma livre da tutela do Estado, projeto este expresso na criação da CONCLAT, que viria a ser o embrião da CUT, fundada três anos após o surgimento do PT. Originalmente, este novo movimento trabalhista buscava fazer política exclusivamente na esfera sindical. No entanto, a sobrevivência de um sindicalismo tutelado - expressa na reconstrução, na mesma época do antigo CGT, agora com o nome de Confederação Geral dos Trabalhadores, congregando lideranças sindicais mais conservadoras, como as de Joaquinzão e de Luís Antônio de Medeiros - mais a influência ainda exercida sobre o movimento sindical por lideranças de partidos de Esquerda tradicionais, como o Partido Comunista Brasileiro, forçaram o movimento sindical do ABC, estimulado por lideranças antistalinistas da Esquerda, como a de diversos grupamentos 3


História dos partidos do Brasil trotskistas, a adquirir identidade própria pela constituição em partido político - uma estratégia similar à realizada pelo movimento sindical Solidarność na Polônia comunista de então.

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Ideologia partidária oficial O PT surgiu, assim, rejeitando tanto as tradicionais lideranças do sindicalismo oficial, como também procurando colocar em prática uma nova forma de socialismo democrático, tentando recusar modelos já então em decadência, como o soviético ou o chinês. Significou a confluência do sindicalismo basista da época com a intelectualidade de Esquerda antistalinista. Foi oficialmente reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no dia 11 de fevereiro de 1982. A ficha de filiação número um foi assinada por Apolonio de Carvalho, seguido pelo crítico de arte Mário Pedrosa, pelo crítico literário Antonio Candido e pelo historiador e jornalista Sérgio Buarque de Hollanda. O PT surgiu da organização sindical espontânea de operários paulistas no final da década de 1970, dentro do vácuo político criado pela repressão do regime militar aos partidos comunistas tradicionais e aos grupos armados de Esquerda então existentes. Desde a sua fundação, apresenta-se como um partido de Esquerda que defende o socialismo como forma de organização social. Contudo, diz ter objeções ao socialismo real implementado em alguns países, não reconhecendo tais sistemas como o verdadeiro socialismo. A ideologia espontânea das bases sindicais do partido e a ação pessoal de lideranças sindicais como as de Lula, Jair Meneguelli e outros, sempre se caracterizou por uma certa rejeição das ideologias em favor da ação sindical como fim em si mesma, e é bem conhecido o episódio em que Lula, questionado por seu adversário Fernando Collor quanto à filiação ideológica do PT, em debate televisionado ao vivo em 1989, respondeu textualmente que o PT "jamais declarou ser um partido marxista". Mesmo assim, o partido manteve durante toda a década de 1980 relações amistosas com os partidos comunistas que então governavam países do "socialismo real" como a União Soviética, República Democrática Alemã, República Popular da China, e Cuba. Estas relações, no entanto, jamais se traduziram em qualquer espécie de organização interpartidária ou de unidade de 5


História dos partidos do Brasil ação e não sobreviveram à derrocada do mesmo socialismo real a partir de 1989, não obstante a manutenção de certa afinidade sentimental de algumas lideranças do PT com o governo de Fidel Castro - como no caso emblemático do ex-deputado José Dirceu, que na década de 1960 foi exilado em Cuba e lá recebeu treinamento para a luta de guerrilha (da qual jamais participou concretamente). A liderança do PT mantém também boas relações com o governo de Hugo Chávez na Venezuela. O PT nasceu com uma postura crítica ao reformismo dos partidos políticos social-democratas. Nas palavras do seu programa original: "As correntes social-democratas não apresentam, hoje, nenhuma perspectiva real de superação histórica do capitalismo imperialista". O PT organizou-se, no papel, a partir das formulações de intelectuais marxistas, mas também continha em seu bojo, desde o nascimento, ideologias espontâneas dos sindicalistas que constituíram o seu "núcleo duro" organizacional, ideologias estas que apontavam para uma aceitação da ordem burguesa, e cuja importância tornou-se cada vez maior na medida em que o partido adquiria bases materiais como máquina burocrático-eleitoral. O partido se articula com diversos outros partidos e grupos de esquerda latino-americanos, como a Frente Ampla uruguaia, partidos comunistas de Cuba, Brasil e outros países, e movimentos sociais brasileiros, como o MST no chamado Foro de São Paulo, reunião de movimentos e partidos políticos de esquerda latinoamericanos. Lula, afirmou no último desses encontros: "Precisei chegar à presidência da República para descobrir o quão importante foi criar o Foro de São Paulo". Alguns afirmam que tais relações não se traduzem em qualquer espécie de unidade organizacional, ficando no nível da solidariedade política mútua em torno de certos objetivos comuns, como a luta pela unidade latino-americana e a oposição à penetração política estadunidense na América Latina. Esses últimos dizem que o que caracteriza o PT é uma certa adesão retórica ao socialismo, adesão esta que não se traduz em pressupostos ideológicos claros e consensualmente admitidos pela generalidade do partido. O ex-presidente do PT, José Genoíno, costumava afirmar que o socialismo e o marxismo tornaram-se, para o partido,

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História dos partidos do Brasil mais "um sistema de valores" do que um conjunto de medidas para a transformação da sociedade. Outros, membros do partidos de direta e da grande mídia, discordando, caracterizam o Foro de São Paulo como um traçado de políticas conjunto e de fato, que foi o que permitiu a ascensão de Lula, de Hugo Chávez, de Evo Morales e da Frente Ampla, argumentando que essas políticas conjuntas estão traçadas nas atas desses foros, e são prontamente executadas pelos participantes presentes em governo. As ideologias políticas dos partidos e movimentos participantes do Foro de São Paulo diferem elas mesmas consideravelmente. Poder-se-ia dizer, ainda, que, no PT, o trabalho ideológicoteórico sempre foi levado à reboque das origens concretas do partido. A favor dessa afirmação está o fato de que seu núcleo duro é composto por sindicalistas com uma preocupação, acima de tudo, com os interesses corporativos dos trabalhadores assalariados organizados, o que explicaria a facilidade com que o partido, uma vez no poder, adaptou-se à lógica da economia capitalista como um todo e a uma política econômica bastante ortodoxa. E não se trata, aqui, apenas da Presidência da República: já na década de 1990, prefeitos petistas como o futuro Ministro da Fazenda Antônio Palocci adotavam políticas de governo de tipo neoliberal (privatizações, cortes drásticos de gastos públicos) que em pouco distinguiam-se das propostas por seus análogos do PSDB ou dos Democratas (antigo PFL). Em julho de 2006, o próprio presidente Lula se declarou distante da esquerda, admitindo que em um eventual segundo mandato prosseguiria com políticas conservadoras. Ainda assim, é possível contra-argumentar que uma regência capitalista da economia também foi praticada por Lênin, na chamada Nova Política Econômica, logo depois da revolução soviética. José Genoíno, em entrevista à Folha de São Paulo em Fevereiro de 2005, afirmou categoricamente que o governo Lula seguia a Nova Política Econômica leninista. Deve-se lembrar, ainda, que a burocracia do PT, por conta das suas ligações com cúpulas sindicais como as da CUT, teve a oportunidade concreta de desenvolver estratégias de acumulação 7


História dos partidos do Brasil de capital através da administração de fundos de pensão privados (cujo desenvolvimento o governo Lula tentaria estimular na recente reforma da previdência), estratégias estas que acabariam por desenvolver uma certa identidade de interesses entre a burocracia do partido e setores da burguesia brasileira.

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Principais cargos conquistados O partido obteve em 1985 a sua primeira prefeitura de uma capital, Fortaleza. Maria Luíza Fontenele foi a primeira mulher a ser prefeita de uma capital. Em 1988, a prefeitura da maior cidade do Brasil (São Paulo) foi ganha por Luiza Erundina, primeira mulher a governar a metrópole. Vencendo também na cidade vizinha de São Bernardo do Campo, o Maurício Soares e na cidade de Campinas por Jacó Bittar. Vence também na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul com Olívio Dutra que, seguido de Tarso Genro, Raul Pont e Tarso Genro de novo, totalizaria dezesseis anos de administração petista na cidade, assim como na cidade de Vitória, Espírito Santo com Vítor Buaiz. Consegue ótimas colocações, na cidade de Belo Horizonte onde Virgílio Guimarães ficou em segundo lugar por 2% dos votos e em Goiânia onde Darci Accorsi ficou em segundo lugar, mas fez mais de 40% dos votos. Em 1990 Jorge Viana vai ao segundo turno da eleição para governador do Acre, mas perde por três mil votos de diferença. Nesse mesmo ano, é feito em São Paulo o primeiro senador do partido: Eduardo Suplicy (que está atualmente no terceiro mandato, o que totalizará 24 anos de Senado). Em 1992 elege Jorge Viana para prefeito de Rio Branco capital do Acre, onde o mesmo obteve uma grande aceitação pública no fim do seu mandato. Em 1994 elege os governadores nos estados como Espírito Santo e Distrito Federal e quatro senadores: Marina Silva no Acre, José Eduardo Dutra em Sergipe, Lauro Campos no Distrito Federal e Benedita da Silva no Rio de Janeiro. Em 1998 elege os governadores do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, do Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos (o Zeca do PT) e Jorge Viana no Acre, além de Heloísa Helena e Tião Viana para o senado.

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História dos partidos do Brasil Em 2000 elege pela segunda vez uma mulher para governar São Paulo, Marta Suplicy. Elege Tarso Genro para o quarto mandato consecutivo em Porto Alegre, Pedro Wilson Guimarães em Goiânia, João Henrique Pimentel em Macapá, João Paulo Lima e Silva em Recife, Célio de Castro (eleito pelo PSB mas que entra no PT em 2001) em Belo Horizonte, Marcelo Déda em Aracaju, Edmílson Rodrigues em Belém, entre outras capitais e cidades importantes como Guarulhos, Ribeirão Preto, Campinas, Caxias do Sul, Londrina, Imperatriz e Corumbá. Em 2002 elege Aloizio Mercadante, senador da República com 10.497.348 votos, a maior votação já registrada no país até então. Em 2002 chega à Presidência da República pela primeira vez. Lula da Silva foi eleito Presidente da República na ocasião, juntamente com a maior bancada de deputados federais, de 91 deputados, eleita para o Congresso Nacional. João Paulo Cunha é eleito presidente da câmara dos deputados em 2003, sendo o primeiro petista e o primeiro sindicalista a obter o cargo. Nas eleições de 2002 o PT elege Wellington Dias para o governo do Piauí, reelege Jorge Viana no Acre e Zeca do PT no Mato Grosso do Sul. Além de eleger 10 senadores: Paulo Paim (RS), Ideli Salvatti (SC), Flávio Arns(PR), Ana Julia Carepa (PA), Marina Silva (AC), Aloizio Mercadante (SP), Delcídio Amaral (MS), Serys Slhessarenko (MT), Fátima Cleide (RO) e Cristovam Buarque (desfiliou-se em 2005). Em 2004, nas eleições municipais, o partido perdeu em importantes centros urbanos (como as prefeituras de São Paulo, Campinas, Santos, Goiânia, Ribeirão Preto e Porto Alegre, onde o partido se mantinha no poder há dezesseis anos), Entretanto, o número total de prefeitos eleitos pelo PT no país subiu de 187 para 411. Na terceira mais importante cidade do país, Belo Horizonte, o PT conseguiu reeleger o prefeito Fernando Pimentel e em Recife, quarta maior cidade do país, reelege João Paulo. Em São Paulo, o partido perdeu a prefeitura para José Serra, do PSDB, contra quem Lula concorrera à Presidência em 2002.

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História dos partidos do Brasil O atual presidente do PT desde 11 de outubro de 2005 é Ricardo Berzoini. Deputado federal, Berzoini era secretário-geral do partido e foi escolhido candidato do Campo Majoritário depois que o então presidente, Tarso Genro, desistiu da disputa. O Partido dos Trabalhadores é o único partido no Brasil com eleições diretas para todos os cargos da direção partidária, em todos os níveis - municipal, estadual e federal - através do processo de eleições diretas (PED), que ocorre a cada três anos. É necessário lembrar, no entanto, que em função da sua concentração cada vez maior em uma ação política pautada pelo calendário eleitoral, que o PT acabou por girar, cada vez mais, em torno da figura individual de Lula e do grupo ideologicamente mais afinado com ele, o Campo Majoritário (sucessor da tendência Articulação) que acabaria por se impor ao partido como facção dominante, a partir dos expurgos das correntes de extremaesquerda no interior do partido no início da década de 1990, que fundaram o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), o PCO (Partido da Causa Operária), e também o PSOL no começo da década de 2000. Em 2008, nas eleições municipais, venceu em importantes cidades do Estado de São Paulo. Luiz Marinho ganha no segundo turno a prefeitura de São Bernardo do Campo. Emídio de Souza foi reeleito prefeito de Osasco, no primeiro turno. Márcia Rosa vence a eleição em Cubatão e o PT volta a ter uma prefeitura na Baixada Santista, fato que não ocorria desde a eleição de 1992. Quando David Capistrano foi eleito em Santos, com apoio da então prefeita Telma de Souza. Bancada dos vereadores do PT na Câmara Municipal de São Paulo Em 1 de abril de 2010, o partido reconquistou a prefeitura de Goiânia, após a renúncia do então prefeito Iris Rezende, do PMDB. No seu lugar assumiu o petista Paulo Garcia. Em 31 de outubro de 2010, Dilma Vana Roussef é eleita Presidente do Brasil tornando-se a primeira mulher a assumir o cargo na história da república.

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História dos partidos do Brasil O PT jamais elegeu um governador no Estado de São Paulo, o mais importante e influente da Federação, ainda que sempre esteve presente nas disputas, desde a redemocratização.

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Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) é um partido político brasileiro. Foi fundado em 25 de junho de 1988 por importantes figuras do cenário político brasileiro, como o expresidente (à época senador) Fernando Henrique Cardoso. Seu símbolo é um tucano nas cores azul e amarela e, por esta razão, seus membros são chamados de "tucanos". Em 2008 foi o segundo partido em número de prefeitos eleitos no Brasil, superado apenas pelo PMDB. Em número de filiados, o partido está atrás apenas de PMDB, PT e PP. Seu código eleitoral é o 45. Em 2010, o partido teve 5 indicados pela Revista Época como os brasileiros mais influentes do ano. Os indicados pela revista foram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o exgovernador de São Paulo José Serra, o senador eleito Aécio Neves, o governador eleito de São Paulo Geraldo Alckmin, e Antônio Anastasia, governador eleito de Minas Gerais.

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A fundação Em 25 de junho de 1988 um grupo de dissidentes do PMDB capitaneados por pessoas de São Paulo e Minas Gerais levou a termo sua insatisfação com o governo Sarney, que haveria "de se constituir no primeiro da Nova República para se fazer o último da Velha República". Tal disparidade se acentuou durante a Assembleia Nacional Constituinte, onde os membros do partido votaram pelos quatro anos de mandato para o Presidente da República apesar de a tese dos cinco anos ter prevalecido, capitaneada pela maioria da bancada do PMDB e de políticos conservadores agrupados no "Centrão", liderados pelo deputado Roberto Cardoso Alves, grupo suprapartidário formado em fins de 1987. Entre os fundadores do novo partido estavam José Richa, Franco Montoro, José Serra, Mário Covas, Carlos Antônio Costa Brandão, Humberto Costa Brandão, Carmelito Barbosa Alves, Waldyr Alceu Trigo e Fernando Henrique Cardoso, escudados por Sérgio Motta, Magalhães Teixeira e Geraldo Alckmin. Fora de São Paulo o novo partido arregimentou Pimenta da Veiga, Eduardo Azeredo, José Richa, Artur da Távola, Célio de Castro, Afonso Arinos, Chagas Rodrigues, Almir Gabriel, Teotônio Vilela Filho, Aécio Neves, Arthur Virgílio e Maria de Lourdes Abadia. Posteriormente outros políticos, como Tasso Jereissati e Ciro Gomes, migrariam para o partido. Segundo levantamento feito pela Editora Três via enciclopédia Brasil 500 Anos, a bancada inaugural do PSDB no Congresso Nacional possuía nove senadores e trinta e nove deputados federais, representando dezesseis estados e o Distrito Federal. Destes, onze eram paulistas, porém a maior representação per capita era a de Alagoas, com quatro nomes numa bancada de onze membros contra os 63 oriundos de São Paulo. Para corroborar tais assertivas basta dizer que dois dos três senadores paulistas e três dos oito deputados federais alagoanos participaram da fundação do PSDB, inclusive Renan Calheiros. Com este núcleo partidário, o PSDB foi formado pela confluência de diferentes pensamentos políticos contemporâneos: dos trabalhistas, adotou a primazia do trabalho sobre o capital; a 14


História dos partidos do Brasil ética, a solidariedade e a participação comunitária foram assimiladas dos pensadores católicos personalistas, e das ações políticas dos líderes europeus do pós-guerra. Trouxe do socialismo sua vertente democrática e do comunismo a luta dos trabalhadores por direitos iguais, inclusive no voto, e inclui ainda o combate ao totalitarismo de esquerda e direita.

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Progama O PSDB é um partido político brasileiro cujos militantes e simpatizantes geralmente se classificam como de centro-esquerda. De fato, muitos analistas classificam o partido como sendo de centro-esquerda. Diversos críticos e intelectuais de esquerda, no entanto, por considerarem que o partido em relação a determinados pontos adota posturas liberais, citam-no como sendo centrista, ou até mesmo de centro-direita. A terceira via de Anthony Giddens é também uma das ideologias assumidas pelo partido. No entanto, Fernando Henrique Cardoso, seu principal líder, era participante ativo de estudos nos grupos marxistas. Ainda nos anos 1950, um grupo de jovens professores e estudantes decidiu se reunir para ler O capital, de Karl Marx. Esse grupo, de que faziam parte FHC, Octavio Ianni, Ruth Cardoso, Roberto Schwarz, Michael Lowy e outros, teve um papel decisivo na discussão dos projetos de pesquisa da nova geração. O principal professor de FHC foi Florestan Fernandes. José Serra, ex-governador de São Paulo, foi líder da União Nacional dos Estudantes (UNE) durante o regime militar e perseguido pelo mesmo. Tentou fazer parte da diretoria do grêmio da Escola Politécnica e, para ser admitido na chapa, teve que mostrar que era contra as multinacionais e a favor da Revolução Cubana. Em fins de 1962 Serra foi um dos fundadores da Ação Popular (AP). Participou de congressos em vários locais fora de seu estado, como presidente da UEE-SP, tornando-se conhecido, o que veio a facilitar sua eleição para presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), em julho de 1963, como candidato da Ação Popular, tendo ainda o apoio do Partido Comunista Brasileiro. Consumado o golpe militar, Serra escondeuse por alguns dias na casa de amigos, sem contato nem mesmo com a família, até encontrar refúgio na embaixada da Bolívia, onde permaneceu por três meses. Retornou clandestinamente ao Brasil em março de 1965, quando os integrantes da Ação Popular tentavam reorganizar a entidade, já na clandestinidade e com muitos líderes exilados ou perseguidos. Escondido na casa de Beatriz Segall, foi convencido a não comparecer a uma reunião em São Paulo, enfim descoberta pela polícia, que deteve todos os 16


História dos partidos do Brasil participantes, levando-os para o DOPS. Permaneceu no país alguns meses, mas teve que deixá-lo novamente. Radicou-se no Chile, onde conheceu outros exilados. Decretado o golpe liderado por Augusto Pinochet, em setembro de 1973, Serra ajudou a transportar vários perseguidos à embaixada do Panamá. Foi preso no aeroporto quando tentava deixar o país com a família, sendo levado ao Estádio Nacional, onde muitos foram torturados e mortos. Um major que o libertou foi posteriormente fuzilado. Serra refugiou-se na embaixada da Itália (conseguindo chegar até lá com a ajuda de Paulo Renato Souza, que o escondeu no porta-mala de seu carro), ficando na embaixada por oito meses, rumando depois para os Estados Unidos. O PSDB foi criado originalmente com o objetivo de representar a social democracia no Brasil. Entre as principais propostas originais do partido encontram-se o enxugamento da máquina, a instituição do parlamentarismo no plano político e uma economia de mercado regulada pelo Estado, com participação mais livre das empresas privadas e de investidores internacionais. Tem status de observador na Organização Democrata Cristã da América (ODCA). Alterações políticas significativas no cenário mundial, como por exemplo a Queda do Muro de Berlim, tornaram a distinção entre esquerda e direita mais complicada. No Brasil, a dificuldade de se distinguir a posição do partido no espectro ideológico ficou maior no passado recente do país. As controvérsias em torno do uso dos termos "esquerda" e "direita" aumentaram, especialmente após um dos então principais partidos de esquerda do Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT), ter passado a adotar algumas políticas mais neoliberais. Dentro desse contexto, em 2003, entrevistado pelo jornal do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do partido, afirmou que, independentemente da posição assumida pelo PT, a posição do PSDB deveria permanecer a mesma. FHC afirmou que do ponto de vista ideológico o partido não poderia ceder, permanecendo onde estava, continuando com a sua linha "de centro-esquerda ou centro olhando para a esquerda". Em documento elaborado em 1990, o presidente de honra do partido discorre sobre a social democracia, afirmando: 17


História dos partidos do Brasil Os pontos principais do programa do PSDB são: 1 ) Defesa intransigente da Democracia 2 ) Descentralização Política e Administrativa 3 ) Estado a serviço do povo e não de grupos privilegiados 4 ) Crescimento econômico sustentável com distribuição de renda e educação de qualidade para todos 5 ) Reforma Política que fortaleça os partidos e aproxime o parlamentar de seus eleitores.

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Críticas e controvérsias Política supostamente neoliberal Embora primariamente social-democrata, o PSDB é tido como neoliberal desde seus primórdios, mesmo tendo diferentes facções internas no partido, como a social-democracia, liberais progressistas, conservadores e democratas cristãos. Esse fato tornou-se cada vez mais notório com o passar do governo de Fernando Henrique Cardoso, que realizou várias privatizações, uma das características do neoliberalismo. Ranking da corrupção Com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral divulgou um balanço, em 4 de outubro de 2007, com os partidos com maior número de parlamentares cassados por corrupção eleitoral desde o ano 2000. O PSDB apareceu em terceiro lugar na lista, com 58 cassações, atrás apenas do DEM e do PMDB. Denúncias de corrupção em gestões do partido No início da gestão de Fernando Henrique Cardoso na presidência do Brasil, denúncias de corrupção e tráfico de influências em um contrato de 1,4 bilhão de reais para a criação do Sistema de Vigilância da Amazônia levaram à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara dos Deputados. As denúncias foram feitas pela revista IstoÉ em 1995, por meio de transcrição do áudio de fitas gravadas pela polícia federal com conversas telefônicas entre o empresário José Afonso Assumpção, dono da Líder Táxi Aéreo, representante da empresa norteamericana Raytheon no Brasil, e o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, então coordenador de apoio e de cerimonial da Presidência da República. Como resultado, Francisco Graziano, secretário-particular de FHC, Mauro Gandra, ministro da Aeronáutica e o embaixador Santos foram exonerados. A CPI, entretanto, foi esvaziada e não conduziu nenhuma investigação

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História dos partidos do Brasil sobre as empresas, sob a alegação de que o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União já tinham feito esse trabalho. Em agosto de 1995, após a eclosão da crise dos bancos Econômico, Mercantil e Comercial, o governo FHC destinou, por meio do PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) 29 bilhões de reais a sete instituições financeiras privadas. A Câmara dos Deputados instalou uma CPI para investigar as relações entre o Banco Central do Brasil e o Sistema Financeiro Nacional. A comissão, entretanto, limitou-se a justificar o socorro aos bancos, sem apurar as denúncias de irregularidades. Em novembro de 1996 o Tribunal de Contas da União constatou a existência de irregularidades praticadas pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) no pagamento de precatórios e ações em andamento, tais como extravio de processos e a realização de acordo extrajudicial pagos sem aprovação em juízo, além de valores remunerados superiores aos valores apresentados pelo DNER. Os prejuízos para a União ultrapassaram o valor de 120 milhões de reais. O governo federal decidiu extinguir o órgão em seguida. Em 1997 gravações telefônicas colocaram sob forte suspeita a aprovação da emenda constitucional que permitiu a reeleição de FHC. Nas fitas, os deputados Ronivon Santiago e João Maia (exPFL) confessavam ter embolsado duzentos mil reais cada um para votar a favor da emenda e afirmando que a fonte monetária era o ministro Sérgio Motta. Os deputados renunciaram ao mandato e foram expulsos do partido, mas a base governista conseguiu impedir a instalação de uma CPI para investigar a compra de votos. Em 1999, após a desvalorização do real e a mudança da política cambial, o governo federal foi acusado de favorecer, por meio do Banco Central, os bancos Marka (de propriedade de Salvatore Cacciola) e FonteCidam (Luís Antônio Gonçalves), supostamente vinculados a lideranças do partido, em operações cambiais. Segundo reportagem publicada pela Istoé, o então Ministro da Fazenda, Pedro Malan, sabia com antecedência dos riscos de crise sistêmica das alterações na política cambial. Mesmo aconselhado pela área técnica do Banco Central a simplesmente 20


História dos partidos do Brasil fechar os bancos e pagar os credores com as garantias da Bolsa e os bens dos dois banqueiros, Malan preferiu poupar o patrimônio de Cacciola e Gonçalves, ao custo de 1,4 bilhão de reais para os cofres públicos. A proposta de criação de CPI foi arquivada graças à pressão da base governista. O secretário-geral de FHC, Eduardo Jorge Caldas Pereira, foi alvo de diversas denúncias durante a gestão do PSDB na presidência da república. Envolveu-se no escândalo da construção do novo edifício do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, por meio do registro de mais de duzentos telefonemas ligando-o ao juiz Nicolau dos Santos Neto, coordenador de um esquema de corrupção que desviou mais de 220 milhões de reais dos cofres públicos, suposta montagem de caixa 2 para a reeleição de FHC, lobby para empresas de informática, envolvendo contratos com valores na ordem de 21 milhões de reais. Em 2001 partidos de oposição ao PSDB tentaram formalizar a CPI da corrupção, visando a investigar 28 supostos casos de corrupção durante a gestão FHC. O governo, entretanto, conseguiu barrar a CPI. Na época, o então governador de Minas Gerais, Itamar Franco, fez a seguinte declaração: "Nunca vi um presidente da República interferir tanto no Congresso para enterrar uma CPI. Por que ele não quer [a instalação da CPI da corrupção]? Nunca vi um presidente da República ter tanto medo." O procurador-geral da república do governo FHC, Geraldo Brindeiro, foi fartamente criticado por sua inação. De 626 inquéritos criminais que recebeu, engavetou 242 e arquivou outros 217. Somente sessenta denúncias foram aceitas. As acusações recaíam sobre 194 deputados, 33 senadores, onze ministros e quatro sobre o próprio presidente FHC. Por conta disso, Brindeiro recebeu o jocoso apelido de "engavetador-geral da república". Em dezembro de 2011 o livro A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr., acusou a chamada "Era das Privatizações", promovida pelo governo FHC, por intermédio de seu ministro do Planejamento, José Serra, de uma "verdadeira pirataria praticada com o dinheiro público em benefício de fortunas privadas, por meio das chamadas 'offshores', empresas de fachada do Caribe".

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Partido Trabalhista Brasileiro (PT B) Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) é um partido político brasileiro, tendo existido durante dois períodos: no período democrático de 1945 a 1965 e sendo recriado após a Abertura do Regime Militar. Seu código eleitoral é o 14.

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História dos partidos do Brasil

O PTB de Vargas O PTB foi fundado no Rio de Janeiro (então Distrito Federal), em 15 de maio de 1945 sob a inspiração de Getúlio Vargas, seu maior líder e no bojo do Queremismo, movimento popular cuja consigna era Queremos Getúlio e que propunha uma Assembleia Constituinte com Getúlio na Presidência da República. Além de Getúlio, a fundação do PTB foi articulada pelo seu Ministro do Trabalho, Alexandre Marcondes Filho. Sua base eleitoral era o operariado urbano, com forte ligação com os sindicatos. Ideologicamente, as raízes do PTB são o castilhismo gaúcho, o positivismo, traços de social-democracia e o pensamento de Alberto Pasqualini, o maior ideólogo do PTB. Entre 1945 e 1964 foi o PTB o partido que mais cresceu, tanto em número de votos, quanto em número de filiados: em 1946 o PTB tinha 22 deputados federais; elevando-se a bancada para 66, em 1958, e em 1962 já tinha 116. Isto refletiu a crescente urbanização e industrialização que o Brasil experimentou naqueles anos. O PTB era, entre os grandes partidos de então, o mais à esquerda, e era constantemente acusado pelos opositores de ter políticas comunistas. O programa partidário do PTB pregava alguns alhos as reformas, como a urbana, a agrária e a educativa, e tinha ênfase no crescimento econômico, desenvolvimento industrial, nacionalização de recursos e na educação. Estava incluído no contexto populista que dominou a prática política a partir do Estado Novo em diante. Foi criado, entre outros motivos, para servir de anteparo, na classe popular e trabalhadora, à influência do Partido Comunista, e demais organizações de esquerda. O PTB era extremamente forte eleitoralmente quando coligado ao PSD, também criado por simpatizantes de Getúlio, mas sustentado principalmente pelas classes médias e o empresariado, tendo uma política conservadora em comparação ao PTB. Esta coligação tinha como principal adversário a UDN, partido de direita conservador. O PTB apoiou o PSD nas eleições de 1945, quando 23


História dos partidos do Brasil foi eleito Eurico Gaspar Dutra. Em 1950, o PTB teve candidato próprio: Getúlio Vargas, enquanto o PSD lançou Cristiano Machado. Vargas voltou ao poder nos braços do povo e só deixaria o Palácio do Catete morto, após forte oposição da UDN e de Carlos Lacerda em especial, para demovê-lo do poder. Nas eleições de 1955, a coligação volta à presidência com o pessedista Juscelino Kubitschek e o trabalhista João Goulart. Jango, eleito vice-presidente, fez mais votos que JK. Jango seria reeleito vice-presidente em 1960, sendo Jânio Quadros eleito presidente. Jânio, apoiado pela UDN, infringiu a única derrota do PSD/PTB em eleições presidenciais no primeiro período democrático brasileiro. O candidato do PSD era o Marechal Henrique Teixeira Lott. Ao final dos anos 60, o PTB tinha uma ala mais conservadora e centrista, com Lucio Meira, Fernando Ferrari, Pasqualini, Ivette Vargas, Gilberto Mestrinho e outra mais próxima à esquerda, cujos maiores expoentes foram Leonel Brizola, Santiago Dantas, Sergio Magalhães, Almino Afonso, José Gomes Talarico e Rubens Paiva, e se nuclearam na ala "concentrada", e na Frente Nacionalista, que propunha aceleração das reformas sociais. Em 25 de agosto de 1961 Jânio Quadros renuncia ao cargo, e as forças militares brasileiras tentam impedir a posse de Jango, tendo início a Campanha da Legalidade, comandada por Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul pelo PTB. Jango acaba empossado num sistema parlamentarista, que é repudiado pela população dois anos depois. Jango seria deposto pelo Golpe militar de 1964. Durante a Ditadura, implantada para combater supostos movimentos comunistas, se perseguiu e cassou principalmente políticos trabalhistas, como foi o caso de Jango, Brizola, Rubens Paiva, e Sereno Chaise, entre outros, além de lideranças comunitárias, sindicais e estudantis ligadas ao partido. Em 1965, através do AI-2, o PTB foi extinto, assim como todos os partidos políticos até então existentes. A quase totalidade dos petebistas que não haviam sido cassados ou fugido do país migrou então para o recém criado MDB. O bipartidarismo durou até 1979, quando o então presidente João Figueiredo, restaurou o pluripartidarismo no processo de Abertura política. 24


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O PTB Atual Após a anistia, diversos trabalhistas históricos voltaram do exílio, de onde vinham organizando a reestruturação do partido, principalmente sobre a liderança de Leonel Brizola. Houve então uma acirrada disputa pelo nome, pela sigla e pela legenda do PTB, entre o grupo de Brizola e o grupo liderado pela ex-deputada Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio Vargas, e antiga presidente do PTB paulista. Tendo o Tribunal Superior Eleitoral dado ganho de causa ao grupo de Ivete, o grupo de Brizola funda então o Partido Democrático Trabalhista, PDT. O registro provisório do PTB junto ao TSE ocorreu em 1980. Na época, acusou-se Golbery de Couto e Silva de tramar a cessão da sigla para Ivete, a fim de enfraquecer o grupo de Brizola. Em 1980, o PTB tinha apenas um deputado federal, Jorge Cury, do RJ, e nas eleições de 1982, o PTB elegeu 13 deputados federais: 5 no RJ e 8 em SP, levados por mais de 270 mil votos de Ivette, além de ter lançado o nome do ex-presidente Jânio Quadros para a disputa do governo paulista. Ivete faleceu em 3 de janeiro de 1984. Em 1985, o PTB conquista a prefeitura da maior cidade do país, São Paulo, graças à força personalística de Jânio Quadros que, no entanto, tinha pouco compromisso com o programa do partido. Jânio demonstrou esse desinteresse ao, tão logo tomar posse em 1 de janeiro de 1986, se desfiliar do PTB, meses após. Em 1986, o partido lança o empresário Antônio Ermírio de Moraes para o Governo de São Paulo, ficando na segunda colocação perdendo para Orestes Quércia mas ficando frente de Paulo Maluf. Ao falecer, em 1983, Ivette Vargas foi sucedida pelo então deputado federal Ricardo Machado, de Ribeirão Preto. Na Constituinte, o partido foi liderado pelo deputado federal Gastone Righi, janista de SP. De 1986 a 1991 foi presidido pelo ex-deputado Luiz Gonzaga de Paiva Muniz, do RJ, e após, pelo Senador paranaense José Carlos Martinez, finalmente sucedido por Roberto Jefferson, apos seu falecimento. Atualmente, seu número eleitoral é 14 e seu registro permanente data de 3 de novembro de 1981. Apesar do atual PTB declarar-se em seu programa como nacionalista, defensor da autonomia sindical e dos direitos 25


História dos partidos do Brasil trabalhistas consagrados na CLT, sua praxe política tem sido de colaboração com o governo em exercício e de defesa de políticas neoliberais. Apoiou o governo Figueiredo no Congresso a partir de 1983, obtendo, em troca, cargos de direção em órgãos públicos. Viria a apoiar também todos os governos seguintes: os de José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. É, portanto, um partido de tendências adesistas, adepto do fisiologismo. O PTB atual abrigou em suas fileiras políticos que se opunham eleitoralmente ao PTB clássico, como Jânio Quadros (embora tenha sido eleito deputado federal pelo PTB do Paraná em 1958), que se elegeu prefeito de São Paulo pelo partido em 1985, e foi também o candidato a Governador da legenda em 1982. Mais recentemente, aceitou a filiação de o também ex-presidente Fernando Collor, que em 2006 se elegeu senador por Alagoas pelo nanico PRTB. A legenda possui força eleitoral significativa no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Mas é no Nordeste, principalmente em Pernambuco, onde o partido se destaca, pois, dos atuais 7 senadores, 3 são desta região. Dos 23 deputados federais, 12 são nordestinos (Pernambuco possui 4), ao passo que o Rio Grande do Sul e São Paulo têm 3 deputados cada. Apesar de se declarar como independente, apoia o Governo Lula, apoiou candidatos do PT aos governos estaduais, incluindo alguns vitoriosos, como no Piauí e na Bahia. Em 1989, o atual PTB postulou o nome do paranaense Affonso Camargo à Presidência da República, que obteve votação inexpressiva (0,5%). Sua votação para a Câmara federal em 2002 e 2006 tem oscilado entre 4 a 5% dos votos. Em 2002 incorporou o PSD (Partido Social Democrático), e em 2007 incorporou o PAN (Partido dos Aposentados da Nação). Seu presidente nacional é, novamente, Roberto Jefferson, deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro (desde 1983), e que foi cassado em 2005 pela Câmara dos Deputados após denunciar o Mensalão, escândalo que envolveu diversos políticos filiados ao PTB.

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Partido Republicano Brasileiro Partido Republicano Brasileiro (PRB) é um partido político brasileiro. Em elaboração desde 2003, o registro definitivo foi emitido em 25 de agosto de 2005, é presidido por Marcos Antônio Pereira desde dia 9 de maio de 2011. Seu código eleitoral é 10.[1] Até o início de 2006, o partido chamava-se Partido Municipalista Renovador (PMR). Fundado por partidários do vice-presidente José Alencar Gomes da Silva, então presidente honorário do Partido Liberal. Pequeno partido, o PRB é considerado por alguns o paravento político da Igreja Universal do Reino de Deus[2] devido ao grande número de dirigentes ligados à instituição. Em 2010, o PRB manteve seu apoio à coalizão de centroesquerda liderada pelo Partido dos Trabalhadores. Nas eleições de 2010, ele progrediu sensivelmente na Câmara dos Deputados, onde ganhou oito cadeiras contra uma precedentemente, enquanto perdeu uma cadeira no Senado (1 contra 2).

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História A proclamação da República foi a solução encontrada para pôr fim à crise política gerada pela fragilidade das instituições da época, que vinha sendo enfrentada durante o II Império. Nessa oportunidade, surgiram diversos partidos políticos republicanos, quase todos de âmbito estadual. As principais legendas eram o Partido Republicano Paulista (PRP) e Mineiro (PRM), que se alternaram no poder ao longo de toda a República Velha. No entanto, todas as agremiações foram extintas por Getúlio Vargas, líder das forças que promoveram a Revolução de 1930. Em 16 de dezembro de 2003, com o apoio de mais de 457.702 eleitores, foi aprovado, por unanimidade e em Convenção Nacional, a criação do Partido Municipalista Renovador – PMR, cuja ata foi registrada no Cartório Marcelo Ribas, em 2 de janeiro de 2004, e obteve seu registro sob o número 00055915. Em 5 de maio de 2005, tendo reunido todos os documentos necessários, o PMR, por seu representante nacional, Vitor Paulo Araújo dos Santos, requereu ao Tribunal Superior Eleitoral – TSE, mediante petição protocolizada sob o n°. 3956/2005, o pedido de registro do partido, o qual originou o Process

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Hist贸ria dos partidos do Brasil

Siglas

Partido Trabalhista

Partido da Social Democracia Brasileira

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Hist贸ria dos partidos do Brasil

Partido Trabalhista Brasileiro

Partido Republicano Brasileiro

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Referência Bibliográfica Consulta no site: http://www.wikipedia.com

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