Trabalho Final de Graduação

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

PROJETO ARQUITETÔNICO - CLUBE CENTRO HÍPICO ARQUITETURA SUSTENTÁVEL

BELÉM-PA 2010


Louize Gabriela Pereira e Oliveira

PROJETO ARQUITETÔNICO - CLUBE CENTRO HÍPICO ARQUITETURA SUSTENTÁVEL

Trabalho Final de Graduação apresentado à Universidade da Amazônia para obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista. Orientadora: Filomena Mata Vianna Longo

BELÉM-PA 2010


Louize Gabriela Pereira e Oliveira

PROJETO ARQUITETÔNICO - CLUBE CENTRO HÍPICO ARQUITETURA SUSTENTÁVEL

Trabalho Final de Graduação a ser apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade da Amazônia como requisito para a obtenção do título de Arquiteto Urbanista.

Banca Examinadora ______________________________________ Prof.(a): Filomena Mata Vianna Longo Orientadora ______________________________________ Silva Nunes

________________________________ Ana Leila dos Santos Barbosa

Apresentado em: ____ / ___ / ____ Conceito: _____________________

BELÉM-PA 2010


A minha M達e que sempre me ajudou e incentivou a concretizar meus objetivos.


AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, pelo princípio de minha vida. Obrigada pelos sacrifícios que fizeram em razão da minha educação me dando a oportunidade de hoje frequentar uma universidade que tenho orgulho de concluir. Obrigada novamente mãe, esta conquista é sua também. Te amo. Às minhas grandes amigas de sala, obrigada pelas inúmeras noites que passamos juntas, se dando força e incentivos para términos dos trabalhos acadêmicos. Ao meu namorado, pelos momentos passados juntos, pelas descontrações e companheirismo, com quem aprendi a dividir minha vida nesses últimos anos. A minha orientadora que com toda sua sabedoria me ajudou a desenvolver e concluir este trabalho. A Deus, que manifesta em mim todo seu amor e bondade e que sempre me estende a mão quando estou em apuros. A todos, simplesmente obrigada por terem me feito crescer...


RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo o estudo projetual da implantação de um Clube Centro Hípico, na Cidade de Ananindeua, dotada de todos os requisitos desejáveis para atender, com segurança e conforto, aos usuários. O projeto também irá atender plenamente às normas e exigências vigentes de acessibilidade e sustentabilidade. O estudo será destinado aos turistas que assim desejam outra opção de lazer e de esporte, aproveitando o atrativo que o lugar proporciona por suas belezas, ligação com a natureza e a valorização da arquitetura rural. Palavras-Chave: Projeto Arquitetônico. Arquitetura Sustentável. Hipismo.


ABSTRACT

The present work aims to study the architectural design of the deployment of a Club Equestrian Centre in the City of Ananindeua, with all the desirable requirements to meet in safety and comfort to users. The project will also fully meet current standards and requirements for accessibility and sustainability. The study will be designed so that the tourists want another option for leisure and sport, taking advantage of the attractive place that provides for its beauty, connection with nature and appreciation of rural architecture.

Keywords: architectural design. Sustainable Architecture. Equestrian.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

ILUSTRAÇÃO 1: Imagem de Satélite do terreno...............................................

19

ILUSTRAÇÃO 2: Imagem de Satélite do terreno ..............................................

20

ILUSTRAÇÃO 3: Ilustração dos limites do terreno............................................

20

ILUSTRAÇÃO 4: Fachada do terreno pela Rod. BR-316..................................

22

ILUSTRAÇÃO 5: Fachada do terreno pela Rua Clementino Rocha.................

22

ILUSTRAÇÃO 6: Vista frontal do terreno...........................................................

23

ILUSTRAÇÃO 7: Orientação do terreno............................................................

27

ILUSTRAÇÃO 8: Mapa – Estruturação viária....................................................

28

ILUSTRAÇÃO 9: Imagem de Satélite do caminho para o terreno....................

29

ILUSTRAÇÃO 10: Imagem de Satélite do caminho para o terreno..................

29

ILUSTRAÇÃO 11: Imagem de Satélite do caminho para o terreno..................

30

ILUSTRAÇÃO 12: Imagem que representa o mecanismo “caixa preta” (Black Box)..................................................................................................................... ILUSTRAÇÃO 13: Imagem que representa o mecanismo “caixa de vidro” (glass Box).......................................................................................................... ILUSTRAÇÃO 14: Placa solar fotovoltaicas......................................................

31

ILUSTRAÇÃO 15: Sistema conectado a rede pública.......................................

36

ILUSTRAÇÃO 16: Madeira de Reflorestamento................................................

39

ILUSTRAÇÃO 17: Vestimenta prática do hipismo.............................................

44

ILUSTRAÇÃO 18: Modalidade não olímpica – Volteio......................................

46

ILUSTRAÇÃO 19: Pesca Esportiva...................................................................

47

ILUSTRAÇÃO 20: Mapa Divisão em Micro-Áreas.............................................

50

ILUSTRAÇÃO 21: Imagem de Satélite do terreno do Centro Hípico de Belém.................................................................................................................. ILUSTRAÇÃO 22: Arquibancadas......................................................................

51

ILUSTRAÇÃO 23: Arquibancadas privilegiadas................................................

52

ILUSTRAÇÃO 24: Passeio de pônei para as crianças......................................

53

ILUSTRAÇÃO 25: Duas das três baias.............................................................

54

ILUSTRAÇÃO 26: Pista para aula de equitação de solo...................................

54

ILUSTRAÇÃO 27: Arquitetura e funcionalidade................................................

55

ILUSTRAÇÃO 28: Vista aérea...........................................................................

56

ILUSTRAÇÃO 29: Vista da pista para equitação..............................................

56

ILUSTRAÇÃO 30: Vista interna do Restaurante – Prédio Principal...................

64

32 35

52


ILUSTRAÇÃO 31: Luminária Solar...................................................................

65

ILUSTRAÇÃO 32: Grama Batatais....................................................................

66

ILUSTRAÇÃO 33: Exemplo de Caramanchão com Buganvília.........................

67

ILUSTRAÇÃO 34: Indicação Técnica - chapa plana compacta de Policarbonato cristal...........................................................................................

68

ILUSTRAÇÃO 35: Telha Ecológica...................................................................

69

ILUSTRAÇÃO 36: Cobertura Verde Leve.........................................................

70

ILUSTRAÇÃO 37: Esquema de Piso Intertravado............................................

70

ILUSTRAÇÃO 38: Esquema Pisograma...........................................................

71

ILUSTRAÇÃO 39: Detalhamento Placa Perfurada...........................................

71


LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

IBGE -

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

CODEM -

Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém.

AI -

Área de Intervenção

COHAB -

Companhia Habitação do Estado do Pará

CO2-

Dióxido de Carbono

NO2-

Óxido de Nitrogênio

SO2 -

Óxido de enxofre

FV -

Células Fotovoltaicas

CC-

Corrente Contínua

CA-

Corrente Alternada

LED-

Diodo Emissor de Luz

CVL-

Cobertura Verde Leve

USP-

Universidade de São Paulo

CBH -

Confederação Brasileira de Hipismo

FPH -

Federação Paulista de Hipismo

FEI -

Federação Equestre Internacional

GP -

Grande Prêmio

CCE -

Concurso Completo de Equitação

IBAMA -

Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

PEUC -

Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsório.

CHG

Centro Hípico de Guararema


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................12 2 OBJETIVO ..............................................................................................................14 2.1 OBJETIVOS GERAIS............................................................................................14 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................14 3 METODOLOGIA .....................................................................................................15 3.1 PESQUISAS SOBRE O TEMA .............................................................................15 3.2 PESQUISAS EM INSTITUIÇÕES SEMELHANTES .............................................15 3.3 PESQUISAS DOS CONDICIONANTES NATURAIS ...........................................16 3.4 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO PROJETUAL ARQUITETÔNICO ..............16 3.5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ARQUITETÔNICO ..................................17 4 INFORMAÇÕES PRELIMINARES DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO .....................19 4.1 LOCALIZAÇÃO ....................................................................................................19 4.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI) ...........22 4.3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI) ...........................23 4.4 SITUAÇÃO ATUAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI) ......................................25 4.4.1 Aspectos Físicos Naturais da Área de Entorno .................................................25 4.4.1.1 Vegetação.................................................................. ....................................25 4.4.1.2 Solo....................................................... .........................................................25 4.4.1.3 Relevo e Topografia .......................................................................................25 4.4.1.4 Clima .............................................................................................................26 4.4.2 Sistema Viário ....................................................................................................27 4.5 ACESSO A ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ...............................................................29 5 QUADRO TEÓRICO E LEGAL..............................................................................31 5.1 CONCEITOS BÁSICOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ...........31 5.1.1 Projeto Arquitetônico ......................................................................................31 5.1.2 Arquitetura Sustentável ...................................................................................33 5.1.2.1 Sistema de Energia Solar...............................................................................34 5.1.2.2 O Uso das Águas Pluviais ..............................................................................37


5.1.2.3 Minimização dos Resíduos.............................................................................38 5.1.2.4 Madeira de Reflorestamento ..................... .....................................................38 5.1.3 Hipismo .............................................................................................................39 5.1.3.1 História do Hipismo ........................................................................................39 5.1.3.2 Hipismo no Brasil............................................................................................41 5.1.3.3 Funcionamento do Hipismo...........................................................................42 5.1.3.4 Práticas Olímpicas..........................................................................................43 5.1.3.5 Práticas não Olímpicas...................................................................................45 5.1.3.6 Benefícios do Hipismo....................................................................................46 5.1.4 Pesca Esportiva................................................................................................47 5.2 LEGISLAÇÃO ........................................................................................................48 5.2.1 Lei no 204/2000 de 1 de Setembro .................................................................48 5.2.2 NBR 9050 ...........................................................................................................49 5.2.3 NSCI/94 ..............................................................................................................49 5.2.4 Lei Nº 136/98-N - de 14 de Outubro de 1998..................................................49 5.2.5 Plano Diretor do Município de Ananindeua e das outras Providências – Lei nº 2.237/ 06, 08 de Outubro de 2006 ............................................................... .50 5.2.6 A NBR 10844/89 e os elementos hidrológicos ..............................................50 5.3 REVISÕES DA LITERATURA ..............................................................................50 5.3.1 Centro Hípico Ananindeua ..............................................................................50 5.3.2 Jockey Club de São Paulo ..............................................................................52 5.3.3 Centro Hípico de Guararema (CHG) ...............................................................53 5.3.4 Centro Hípico Haras Lagoinha .......................................................................55 6 PROGRAMA DE NECESSIDADES .......................................................................58 7 MEMORIAL JUSTIFICATIVO E DESCRITIVO ..................................................... 62 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 72 REFERÊNCIAS ...........................................................................................................73 ANEXOS ....................................................................................................................75


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1 INTRODUÇÃO

O esporte hípico é conhecido por ser uma prática elegante e elitizada. Seu princípio originou-se pela prática dos nobres europeus e principalmente pelos ingleses, de caçada a raposas, onde infiltrados em florestas tinham a necessidade de saltar obstáculos naturais como troncos, riachos e pequenos barrancos. Mas foi somente no século XX que surgiram as primeiras pistas de obstáculos com o propósito final de treinamento dos cavalos, com os cavaleiros para saltos eqüestres. Além da prática dos saltos, o esporte eqüestre tem outras modalidades olímpicas e não olímpicas, como o adestramento, salto, concurso completo de equitação, enduro eqüestre1, volteio2, horseball3 e a tradicional corrida de cavalos. Essa diversidade da modalidade é o que atrai aqueles que pretendem se tornar cavaleiros e amazonas. É um esporte onde o homem montado em seu cavalo tem o objetivo de vencer os obstáculos propositais que estão em sua frente, fazendo com que o cavalo pule os mesmos. Este é um esporte onde é preciso que ambos se sintam seguros e tenham agilidades, mas é o cavalo que tem o poder de decidir o final da prova. Para o presente projeto foi escolhido a cidade de Ananindeua - Pará, onde, atualmente, se tem a existência de um único centro Hípico, localizado na Rua Ricardo Borges. Foi realizada uma visita “in loco” e observou-se que este Centro Hípico encontra-se em com sua estrutura debilitada, pois não dispõe de pistas para corrida de cavalos, arquibancadas para público, estrutura para clientes, como restaurantes, quiosques e espaço para lazer, consequentemente não atrai um público freqüentador que busque outras atrações senão apenas a prática das aulas do hipismo. Assim surge a necessidade de elaborar um projeto de arquitetura que venha a atender a todas essas necessidades.

1

Equestre: Trata-se de uma corrida de longa distância, atingindo 160 quilômetros Volteio: Ginástica sobre um cavalo em movimento Horseball: É uma modalidade de jogo com duas equipes de seis jogadores. O objetivo do jogo é fazer pontos, conseguindo passar a bola por um aro posicionado a mais ou menos 3,5 metros de distância do chão. 2 3


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O projeto a ser proposto irá enfatizar um Centro Hípico voltado para todos os tipos de público, tendo como atrativo não só as modalidades equestres, mas também outros tipos de esportes ligados a convivência com a natureza, como a pesca esportiva, a equoterapia4, as modalidades para equitação infantil, passeio de cavalo em trilhas, playground, lanchonete e restaurante para o convívio social atraindo o povo belenense a ponto de torna-se um hábito. Desta forma, a realização deste projeto se justifica pela importância cultural esportiva e de lazer que um Clube Centro Hípico pode proporcionar. A importância da ligação homem-natureza, uma prática de um esporte alternativo, uma aproximação com os animais e principalmente a importância de um programa que se pode fazer em Belém com a família em um domingo ou feriado e/ou individualmente na prática da hípica.

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Equoterapia: é um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação


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2 OBJETIVO

Os objetivos a serem atingidos pelo presente trabalho são:

2.1 OBJETIVOS GERAIS

Com o intuito de amenizar as necessidades do turismo e do esporte hípico, este trabalho se objetivou em pesquisar e estudar as soluções necessárias para o pré-projeto de um Clube Centro Hípico, onde se proporciona atividades diversificadas como a pesca esportiva, trilha a cavalo, equitação infantil, quiosques para churrascos e restaurantes entre outros atrativos. Além da prática esportiva também será colocado em foque o turismo no Estado do Pará, que é responsável pelo crescimento econômico e desenvolvimento infra-estrutural. Um empreendimento deste porte certamente contribuirá para um avanço econômico-social, trazendo concentração de investimentos principalmente com o comércio de compra-venda de cavalos de alto padrão, além da divulgação de atletas cavaleiros na prática do hipismo.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Realizar um projeto arquitetônico para um espaço cultural esportivo; Introduzir no projeto arquitetônico o conceito de arquitetura sustentável; Agregar atividades de baixo impacto ambiental com o uso de energia solar, o aproveitamento de águas pluviais, a reciclagem e manutenção periódica dos materiais; Identificar a melhor configuração arquitetônica e formular a mesma para a organização e desenvolvimento das atividades vinculadas a função arquitetônica.


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3 METODOLOGIA

A metodologia desenvolvida para a realização do presente trabalho foi fundamentada nos seguintes quesitos:

3.1 PESQUISAS SOBRE O TEMA

O trabalho tem como ponto de partida três universos de pesquisa. A primeira se dá pela pesquisa digital, que é a internet, onde se tem uma gama de diversidade tendo como palavra-chave “Centro Hípico”. Outra é a pesquisa bibliográfica, onde foram consultados livros, artigos, documentários entre outros documentos com informações sobre o tema. E por último, a pesquisa oral através de entrevistas realizadas com pessoas que possuem um conhecimento formado do assunto e/ou que praticam o esporte por um longo tempo. Nesta etapa foi coletado o material puramente didático, como os conceitos de “turismo”, “pesca esportiva”, “hipismo” e “equestre”, a história do hipismo, sua importância como esporte, as normas básicas e como projetar um Centro Hípico.

3.2 PESQUISAS EM INSTITUIÇÕES SEMELHANTES

Foi visitado o espaço do único Centro Hípico localizado na área metropolitana de Belém no Município de Ananindeua, que está situado na Rodovia BR-316, com o intuito de se coletar dados para avaliar a deficiência e a importância do esporte. As visitas foram de extrema importância, já que no local existem grandes conhecedores do tema em questão. O material encontrado nesta instituição com a mesma finalidade que o projeto em questão foi de grande valia para nortear o programa de necessidades a ser desenvolvido na etapa de projeto arquitetônico.


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3.3 PESQUISAS DOS CONDICIONANTES NATURAIS

Em seguida foi necessária a escolha do terreno, a importância de sua localização e principalmente, encontrar um terreno com tamanho considerável, de em média 100.000m2 (cem mil metros quadrados) ou mais e que tenha fácil acesso.

3.4 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO PROJETUAL ARQUITETÔNICO

O projeto arquitetônico tem como referência metodológica e projetual as etapas citadas por Silva (1991), que organiza três estágios principais e diferenciados: os estudos preliminares, o anteprojeto e o projeto definitivo. O estudo preliminar é uma visão geral do projeto que será de suma importância para a elaboração definitiva do projeto. Esta fase se divide em prédimensionamento, características do terreno e limitações contextuais. Para essa etapa ser desenvolvida é necessário que o programa de necessidade esteja definido, assim como o estudo do organograma, fluxograma e estudo do partido arquitetônico adotado para a organização dos volumes de espaço interno e de massa. Partido na arquitetura é o nome que se dá à conseqüência formal de uma série de determinantes, tais como o programa de edifícios, a conformação topográfica do terreno, a orientação, o sistema estrutural adotado, as condições locais, a verba disponível, as condições das posturas que regulamentam as construções e, principalmente, a intenção plástica do arquiteto. (LEMOS apud SILVA, 1991, p.97).

A segunda etapa denominada como anteprojeto representa a solução geral dos problemas decorrentes do estudo preliminar. Nesta etapa há uma importância proeminente com detalhes que influenciará a execução da obra, como por exemplo, a escala e as dimensões proporcionais, ou seja, um dimensionamento mais exato e realista para o terreno.


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Anteprojeto representa o risco ou esboço do projeto. Primeiras linhas traçadas pelo arquiteto, procurando objetivar uma idéia ou concepção arquitetônica. O anteprojeto constitui a etapa inicial da apresentação de um projeto, isto é, primeiro momento consciente da criação artística, que se fixa no papel. (LEMOS apud SILVA, 1991, p.33)

A etapa conclusiva como proposta para a solução do problema é o projeto definitivo, onde serão apresentados de maneira clara e decisiva os materiais de desenhos gráficos (plantas baixas, cortes, elevações, esquemas e detalhamentos) tanto quanto os elementos textuais (memória, especificações dos materiais e dos detalhamentos, gráficos e tabelas). Paralelo a este estudo de etapas serão desenvolvidos pesquisas com profissionais da área e nas instituições governamentais ligados ao esporte e ao turismo, com a finalidade de acrescentar informações ausentes na pesquisa pessoal ou enriquecê-las com maiores detalhes. A etapa final consiste na elaboração do projeto Arquitetônico, com as definidas soluções propostas para a criação de um Centro Hípico, tendo uma visão geral do esporte e do turismo englobando conceitos da Arquitetura Sustentável. Este trabalho pretende estar adequado ao espaço, a realidade e a potencialidade que o esporte pode proporcionar.

3.5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ARQUITETÔNICO

Para a organização deste trabalho com base nas pesquisas anteriores descritas, foram elaborados tópicos para o desenvolvimento teórico. Primeiramente serão abordados os estudos preliminares da área de implantação e seu entorno, ou seja, será identificada sua localização no Município, abordando a parte histórica do local, seus aspectos físicos e naturais, descrição do terreno e sua qualificação e justificação para a implantação do projeto.


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O quadro teórico e legal vem como subseqüente, onde se concretizará de suma importância para a formação do projeto. Neste tópico serão estudados os conceitos básicos tomados como partida, a legislação necessária para o início do desenvolvimento projetual e a revisão da literatura que dará base, amplitudes de idéias e conhecimento para se formar um ponto de partida projetual. O programa de necessidade, organograma e o pré-dimensionamento são os últimos tópicos a serem abordados. Eles são necessários para darem base conclusiva ao estudo projetual que é última fase do trabalho em questão.


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4 INFORMAÇÕES PRELIMINARES DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

4.1 LOCALIZAÇÃO

O projeto vai ser implantado na região Metropolitana de Belém no Município de Ananindeua no Estado do Pará. Ananindeua é um Município que está localizado nas proximidades da capital do Estado do Pará, localizado na região norte do Brasil. O município escolhido é o segundo mais populoso do Estado do Pará, e o terceiro da Amazônia. Sua população segundo o IBGE é estimada em 484.278 mil habitantes. (estimativa da população 2007). O local escolhido para a realização desta proposta é um terreno de formato trapezoidal, com área aproximada de 130.000,00m². Situada ao longo da Rodovia BR-316 km 5, e tendo como perímetro a Rua Clementino Rocha e Estrada Jardim Providência. O terreno faz fronteira de vizinhança com um cemitério e uma indústria. O Município de Ananideua pode ser identificado na figura abaixo.

ILUSTRAÇÃO 1: Imagem de Satélite do terreno Fonte: IBGE (2009)


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ILUSTRAÇÃO 2: Imagem de Satélite do terreno Fonte: Google Map (2009)

D RO

11

6 .7

.B

R3

16

6

0 .9

7

1 8 0 .4 9

36

ESTR. JARDIM PRO VIDÊN C IA

1 0 6 .2 2

2 1 1 .1 5

RUA RIC ARDO B O RGES

RUA C LEMEN TIN O RO C HA

17

24 6.

ILUSTRAÇÃO 3: Ilustração dos limites do terreno. Fonte: CODEM (2009).

Conforme Alípio (2005), a localização é importante, mas não é um fator tão decisivo como possa aparecer. A idéia de situar um centro hípico no centro de uma


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cidade pode chocar, mas a verdade é que os grandes centros hípicos espalhados por toda a Europa conjugam em perfeita harmonia o “habitat” natural do cavalo e a confusão da cidade. Desta forma, o terreno escolhido está localizado em uma área mais afastada das aglomerações do centro da cidade, o que facilita a criação dos cavalos e, ao mesmo tempo, não está tão distante do centro urbano ao ponto de constituir uma área isolada. A área escolhida é privilegiada por se localizar na limitrofe do Município de Belém e do Município de Ananindeua, além da proximidade com o Bairro chamado de Cidade Nova, local onde vem crescendo, cada vez mais, o número de habitantes. Em relação a infraestrutura que atende a área em questão, percebeu-se, com bases nas visitas realizadas no local, a presença de vários pontos de ônibus, praças e infra-estrutura básica, com o abastecimento de água e energia elétrica entre outros. Porém, não se pode ocultar que se trata de uma vizinhança de classe média baixa

e

com

alguns

pontos

de

periculosidade,

podendo

causar

algum

constrangimento para os visitantes. Com a implantação do projeto na área escolhida, a maior expectativa é a melhoria nos transportes, mesmo possuindo ciclovia no canteiro central e uma via (BR-316) ampla (com três faixas com sentido único), será necessária a criação de novas paradas de ônibus na proximidade do terreno, facilitando o transporte dos visitantes. O acesso principal do Centro Hípico será feito pela BR-316, onde será elaborada um projeto urbanistico – Porte Couchère5- para diminuir a velocidade dos veículos visitantes, sem interferir no trânsito local.

5

Porte Couchère: Termo utilizado para designar via adicional para a passagem de carros, destinada a facilitar o embarque/desembarque de pessoas, bem em frente à entrada principal de uma edificação./ Espécie de prolongamento da rua dentro do terreno do imóvel.


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4.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI)

ILUSTRAÇÃO 4: Fachada do terreno pela Rod. BR-316. Fonte: Louize Oliveira (2010).

ILUSTRAÇÃO 5: Fachada do terreno pela Rua Clementino Rocha. Fonte: Louize Oliveira (2010).

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ILUSTRAÇÃO 6: Vista frontal do terreno Fonte: Louize Oliveira (2010)

4.3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI)

O Município de Ananindeua tem seu nome de origem tupi. A cidade é originária de ribeirinhos, começou a ser povoada a partir da antiga Estrada de Ferro de Bragança. Segundo informações do IBGE (2009) o Município foi criado em 30 de dezembro de 1943, pela Lei Estadual n.º 4.505. Algumas referências históricas datadas no século XIX permitem identificar alguns traços do município, esses traços guardam relação com o estabelecimento de uma estação da Estrada de Ferro de Bragança, onde hoje se encontra instalada a sede municipal. Originalmente a cidade pertencia ao Município Belém, a partir da instalação da Estrada de Ferro foi reconhecida como Distrito do Município Belém. Decorrente

da

falta

de

espaço

para

moradias

e

estabelecimentos

empresariais, Ananindeua surgiu com o intuito de suprir a necessidade de crescimento da Cidade de Belém, denominando-se "cidade dormitório". Foi na década de 1960, com a construção da BR-010 e BR-316, que seu crescimento


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populacional teve seu maior desenvolvimento, na qual as indústrias localizadas no Município de Belém começaram a se transferir e se estabelecer ao longo da rodovia BR-316. Na década de 1970 iniciou-se a construção do Conjunto Habitacional Cidade Nova pela COHAB - Companhia Habitação do Estado do Pará, com o objetivo de “ordenar a periferia”. A área foi adquirida aos poucos, pertencia em sua maioria a japoneses e nordestinos, que possuíam hortas e granjas. A COHAB comprou os terrenos e foi inaugurando as Cidades Novas, que ao todo são 9 (nove). Às margens desse processo surgiram as áreas de invasões espontâneas, localizadas principalmente próximas aos conjuntos habitacionais. Hoje a área continental do Município concentra mais de 90% da população do município. Suas principais atividades econômicas são os setores comerciais, de serviços e industriais. Na agricultura destaque para a produção de hortaliças para abastecer a Região Metropolitana. A cidade de Ananindeua é formada por inúmeros rios, com destaque para o Maguari, e furos, com destaque para o da Bela Vista e das Marinhas, e igarapés. O turismo ainda não é muito reconhecido, e faz de Ananindeua uma cidade com belezas inexploradas. A preservação ambiental é muito importante em toda a região. Em relação a BR-316, esta rodovia que teve seu inicio em 1960 juntamente com a BR-010, foi implantada com o objetivo de ligar a rota Belém-Brasília. A rodovia tem seu início em Belém e termina na cidade de Maceió no Estado do Alagoas. Sua passagem corta os Estados de Pará, Maranhão, Piauí, Pernambuco e Alagoas, além de cortar cidades como Teresina, Maceió, Santana do Ipanema e Palmeira dos Índios. O início da BR-316 em Belém se dá na continuação da Avenida Almirante Barroso, que é uma das principais avenidas de Belém, servindo como importante via de entrada e saída da cidade. Sua malha viária é composta de três pistas, pavimentadas em toda a sua extensão. Possui canteiro central e ciclovia.


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4.4 SITUAÇÃO ATUAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI)

4.4.1 Aspectos Físicos Naturais da Área de Entorno

4.4.1.1 Vegetação

Pequena parte com vegetação de mata e sua maioria com vegetação rasteira. Em termos gerais, a Mata Atlântica pode ser vista como um mosaico diversificado de ecossistemas, apresentando estruturas e composições florísticas diferenciadas, em função de diferenças de solo, relevo e características climáticas existentes na ampla área de ocorrência desse bioma no Brasil. A vegetação de mata tem características primordiais como a presença de árvores de médio e grande porte, formando uma mata fechada e densa; árvores de grande porte formam um micro-clima na mata, gerando sombra e umidade; fauna rica com presença de diversas espécies de insetos. Entretanto, no terreno a ser implantado o equipamento arquitetônico não apresenta vegetação de mata, apenas pequena parte com arvores de grande porte.

4.4.1.2 Solo

Solo de terra firme do tipo lactoso (solo amarelo). Os solos predominantes da região Norte, também é o predominante no terreno de implantação do projeto. Na Região Norte há uma dominância de solos de baixa fertilidade natural, o que é conseqüência da sua formação, possuindo baixa teor de nutrientes essenciais disponíveis.


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4.4.1.3 Relevo e Topografia

De modo geral, o relevo da Região Norte apresenta baixas altitudes. As Depressões são formas de relevo predominante no Norte, constituída de rochas sedimentares. A região norte apresenta basicamente três unidades de relevo: planície, depressão e planalto. Em todo território são identificadas diversas altitudes, no entanto, grande parte da região é constituída por uma topografia plana. No terreno em questão a topografia é plana e horizontal, com leves desvios que não influenciam o resultado final.

4.4.1.4 Clima

Tem características próprias de clima equatorial, tipicamente quente e bastante úmido, influência direta da floresta amazônica, onde as chuvas são constantes. O clima da região Norte está sob ação das massas de ar equatorial continental e equatorial atlântica, de ar quente e geralmente úmido e semi-úmido. Suas principais características são temperaturas médias elevadas, chuvas abundantes e bem distribuídas no decorrer do ano. O terreno para o proposto centro hípico esta orientado com o norte à 59 0 (cinqüenta e nove graus) da fachada do terreno em relação a via.


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D RO

.B

R3

59

16

27

°

n NO

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ILUSTRAÇÃO 7: Orientação do terreno. Fonte: CODEM (2009)

4.4.2 Sistema Viário

O sistema viário do local tem um fluxo intenso de veículos automotores, por ser uma rodovia de extrema importância para a estrutura do sistema viário, sendo a única forma de entrada e saída da cidade, além da ligação de dois pólos econômicos, como a Município de Belém e o Município de Ananindeua, e por se tratar de uma via com um número considerável de indústrias e comércio.


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ILUSTRAÇÃO 8- Mapa – Estruturação viária Fonte: Plano Diretor (2009) LEGENDA: Estrutural Estrutural Coletora Arterial Coletora Indicação do terreno – Centro Hípico

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4.5 ACESSO A ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

O acesso para o terreno escolhido é feito unicamente de forma terrestre. Para quem vem do Centro da Cidade de Belém, a única forma de locomoção é através da Avenida Almirante Barroso dando continuidade na Rodovia BR-316 passando pelo viaduto.

ILUSTRAÇÃO 9 - Imagem de Satélite do Caminho para o terreno. Fonte: Google Earth (2009)

O acesso para quem vem do Conjunto Habitacional da Cidade Nova é através da Avenida do Coqueiro, passando o viaduto em direção a BR-316.

ILUSTRAÇÃO 10 - Imagem de Satélite do caminho para o terreno. Fonte: Google Earth (2009)

Já para os visitantes que se encontram na mesma localização que o terreno, ou seja, no Município de Ananindeua o acesso é feito somente pela rodovia BR-316 em direção a Cidade de Belém.


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ILUSTRAÇÃO 11 - Imagem de Satélite do caminho para o terreno Fonte: Google Earth (2009)

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5 QUADRO TEÓRICO E LEGAL

5.1 CONCEITOS BÁSICOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

5.1.1 Projeto Arquitetônico

O projeto de arquitetura é o processo pelo qual uma obra de arquitetura é concebida e também a sua representação final. É considerada a parte escrita de um projeto. Segundo Silva (1991, p.48) “Tal denominação sugere que a elaboração do projeto arquitetônico seria uma tarefa comparável à produção da obra pictórica, de um poema ou de uma peça musical”. Ainda abordando Silva (1991), na prática existem duas teorias principais sobre a natureza do processo de projeção na arquitetura. Uma delas aborda o método convencional, baseada no subjetivismo intuitivo, onde o processo de criação é oculto, ou seja, não se vê como ocorreu à criação. Este cognoscível processo é comparado a uma “caixa preta” (black box), onde a idéia entra (in put) e sai o produto (out put) mas não se consegue observar o sistema operacional , pois este está oculto.

ILUSTRAÇÃO 12 - Imagem que representa o mecanismo “caixa preta” (Black Box) Fonte: Silva (2009)


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A outra teoria é a mais utilizada, tendo influência do pensamento modernista, onde o arquiteto mostra o esforço de codificação e transparência de funcionamento. Este processo é conhecido por “caixa transparente” ou “caixa de vidro” (glass Box), desta forma, ou seja, tendo a visão do modo de funcionamento, pode-se reproduzi-lo e aperfeiçoá-lo. É o inverso dos princípios da primeira teoria.

ILUSTRAÇÃO 13 - Imagem que representa o mecanismo “caixa de vidro” (glass Box). Fonte: Silva (2009)

Este processo de funcionamento e da criação da “caixa transparente” se subdivide em cinco partes:

Primeira: Problema de organização do entorno humano; Segunda: Proposta de solução; Terceira: Forma construtiva, eventualmente convertida em obra; Quarta: Descrição desta forma; Quinta: Conjunto de prescrição para sua execução. Para o projeto em questão foi tomado como referência a teoria de “caixa de vidro” (glass Box), onde todo o funcionamento da criação do projeto se faz de forma transparente e funcional, tornando o estudo mais fácil de ser compreendido e executado.


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5.1.2 Arquitetura Sustentável

Foi na década de 70, com a alta do preço do petróleo, que houve a mudança e o interesse para os projetos sustentáveis. O apogeu foi em 1973, quando o combustível fóssil elevou-se enormemente, fazendo com que os estudiosos da área começassem a se preocupar e calcular quanto petróleo e gás restavam. Com isso, pode-se dizer que, atualmente, a preocupação com o meio ambiente vem crescendo cada vez mais, e se encontrando várias formas e soluções para se aproveitar os recursos naturais. Os principais causadores para o impacto ambiental é a falta de consciência do homem, pois este consome de maneira alarmante os recursos não renováveis, como os combustíveis fósseis e os nucleares, pois a capacidade de renovação é muito reduzida comparada com a utilização que deles se faz. A reserva das fontes energéticas está se acabando, e ainda é muito pequena a parcela utilizável de recursos renováveis. Este último é obtido de fontes naturais capazes de se regenerar, e, portanto virtualmente inesgotáveis. Segundo Giménez e Monzonis (2007), o impacto ambiental tem seu principal efeito na destruição do “capital” natural, que é causado pela degradação, pelo aumento da desordem e a conseqüência do desmatamento causado pela atividade humana. As construções, cada vez mais suntuosas, também trazem indiretamente o efeito do desmatamento das florestas nativas, com o esgotamento dos combustíveis fosseis, a destruição das fontes de águas, os resíduos sólidos e a contaminação da atmosfera. Esta contaminação é feita através da emissão de gases nocivos, como o dióxido de carbono (CO2), oxido de nitrogênio (NO2) e os óxidos de enxofre (SO2). Sua conseqüência são as chuvas ácidas e a destruição da camada de ozônio entre outros. Atualmente o maior desafio ambiental é proposto pelo Protocolo de Kioto, que propõe as limitações para a emissão dos gases poluentes citados acima. Espera-se que o resultado deste acordo modifique radicalmente a forma que é concebido o modo de vida do homem.


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Para um empreendimento humano ser sustentável, tem de ter em vista quatro requisitos básicos. Esse empreendimento tem de ser: I ecologicamente correto; II economicamente viável; III socialmente justo; IV culturalmente aceito. Um exemplo comum do uso da sustentabilidade em todos os níveis são as eco-vilas, que são comunidades rurais ou urbanas e pessoas que tem a intenção de integrar uma vida social harmônica a um estilo de vida sustentável. Para uma construção de casa ecológica / sustentável deve se levar em conta o processo no qual o projeto é concebido, quem vai usar os ambientes, quanto tempo será sua vida útil e se, depois desse tempo, ela poderá servir para outros propósitos ou não. Os aspectos mais importantes para um modelo sustentável é a redução do consumo de energia e a melhoria do conforto termo acústico, redução do consumo de água, melhoria da qualidade do ar interior, uso consciente de madeira e a redução e minimização dos resíduos e produtos reciclados.

5.1.2.1 Sistema de Energia Solar

Também denominada como energia térmica ou luminosa, a energia solar é um sistema utilizado em larga escala em conceitos de sustentabilidade, pois é considerada uma fonte de energia limpa e renovável, não poluindo o meio ambiente e não se esgotando. Há diversos tipos de sistemas solares térmicos passivos que podem ser utilizados em edificações de pequeno porte, como residência ou espaços compactos. Os mais comuns são os de ganho direto ou ganho indireto. Os sistemas de ganho direto são os mais comuns na arquitetura solar passiva. Os telhados, as paredes e os pisos são altamente isolados. A radiação solar entra através das janelas e é absorvida pelos materiais pesados da edificação. Todo o corpo da edificação gradualmente coleta e armazena energia solar durante o dia. Esta energia e liberada gradualmente à noite, quando há ganhado solares. Já os de ganho indireto são sistemas térmicos passivos, que coletam e armazenam a energia do sol. No inverno, a energia é coletada e armazenada para


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ser liberada ao longo do dia. No verão, o sistema reverte sua operação para evitar o superaquecimento. Segundo Roaf (2009) os cinco tópicos para um bom projeto de aproveitamento da energia solar são:

A intensidade do sol no sítio, em diferentes épocas do ano; A posição relativa do sol no sítio, em diferentes épocas do ano; A quantidade de calor do sol que uma edificação necessitará, ou não, em diferentes épocas do ano, para possibilitar conforto aos seus ocupantes; Qual a capacidade de armazenagem que a edificação deve ter em relação ao ganho solar disponível no local para suprir suas necessidades; Quais as exigências adicionais para o controle de um projeto de ganho térmico da radiação solar direta, por condução ou convecção, e como elas podem ser atendidas com o desempenho do fechamento, a forma e a ventilação do prédio.

O funcionamento das placas ocorre através da captação da luz do sol pelos painéis, formados por células fotovoltaicas (FV), essas células convertem a luz do sol direta em energia elétrica. Elas podem produzir eletricidade CC (corrente contínua), a qual pode: Ser usada diretamente (em corrente contínua); Ser convertida em corrente alternada (CA); Ser armazenada para uso posterior.

ILUSTRAÇÃO 14 – Placa solar fotovoltaicas Fonte: adoos/paineis_solares_fotovoltaicos (2010)


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ILUSTRAÇÃO 15 – Sistema conectado a rede pública Fonte: adoos/paineis_solares_fotovoltaicos (2010)

As placas solares FV se caracterizam sustentáveis, pois a eletricidade produzida por cada metro quadrado das mesmas podem efetivamente evitar emissões de mais de duas toneladas de CO2 na atmosfera ao longo da sua vida útil. Segundo Migott (2009), a energia solar aproveitável pode chegar de 6,5 a 7 horas diárias de capitação pelos painéis na região Centro–Sul, podendo alcançar valores mais elevados na região Norte. Desta forma, a energia capitada anualmente pode chegar cerca de 2.372 a 2.555 horas. Do aproveitamento dessas horas de insolação captada é transferido o calor para a água e armazenando-a para sua utilização. Pode haver necessidade de um aquecedor auxiliar que utilize energia convencional,

para

suprir

situações

de

falta

de

insolação

por

períodos

excepcionalmente grandes. Sua desvantagem é o custo de fabricação e instalação dos painéis solares e a dificuldade do armazenamento dessa energia. Porém, desse sistema se tem vantagens incontáveis, dos quais se pode destacar:

São fontes de energia limpa e renováveis; O retorno financeiro da energia é de 2 a 5 anos, ao passo que a vida útil de um painel pode ser superior a vinte anos; São uma tecnologia transportáveis e podem ser trocadas de edificação;


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Podem fornecer energia durante blecautes.

5.1.2.2 O Uso das Águas Pluviais

A água é considerada o principal recurso natural, sendo indispensável para o desenvolvimento dos seres humanos como: comerciais, industriais, agrícolas e culturais. Entretanto, a água tem sido degradada intensamente por essas atividades, gerando crise no abastecimento. O manejo e aproveitamento de água da chuva para uso doméstico, industrial e agrícola está ganhando ênfase em várias partes do mundo, sendo considerado um meio simples e eficaz para se atenuar o grave problema ambiental da crescente escassez da água para consumo. (MAY, 2004, p.40).

A água da chuva quando entra em contato com as superfícies impermeáveis, como calçadas, ruas e estacionamento de carros, não é absorvida devidamente pelo solo e, em vez disso, cria um escoamento que contém poluentes como fezes de animais, poluentes granulados, combustíveis e óleos de veículos entre outros. A solução natural e sustentável para este problema é o Sistema de Drenagem, que tem como objetivos:

Evitar a poluição; Controlar alagamentos; Devolver a água ao subsolo;

Essas instalações pluviais têm como principal função recolher e conduzir para um local determinado as águas provenientes da chuva que atingem a edificação, garantindo, desta forma, que não haja excessiva umidade no edifício. O destino das águas pluviais pode ser:

Disposição no terreno, com o cuidado para não haver erosão, usando para isso leito de pedras no local de impacto; Cisterna (reservatório inferior) de acumulação de água, para uso posterior; Para fins não-potáveis, como lavagem de jardins e calçadas e descarga de vasos sanitários.


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Os componentes são constituídos, basicamente, de uma bacia coletora, que irá captar a água; calhas e tubulações, que irão transportar o material recolhido; peças, como peneiras, para reter materiais sólidos; cisterna; filtros de areia, para reter certas impurezas; bombas centrífugas para alimentar os filtros de areia; reservatório de retro-lavagem; uma unidade de desinfecção; além de um sistema de pressurização, que irá destinar a água, já tratada, para os locais nos quais ela será utilizada. Quando não aproveitada, a água pode ser liberada no solo, reabastecendo, assim, o lençol freático.

5.1.2.3 Minimização dos Resíduos

Os resíduos têm sido até hoje um dos maiores responsáveis pela degradação ambiental. A minimização de resíduos faz parte de um novo conceito de gerenciamento de resíduos baseado numa sistemática de medidas que visam, em primeiro lugar, reduzir ao máximo possível de sua quantidade.

5.1.2.4 Madeira de Reflorestamento

A madeira é um material considerado como tendo excelentes credenciais ambientais. Segundo Roaf (2009), este material como fonte renovável, seus principais atributos são a capacidade de redução na quantidade de CO2 na atmosfera até que se decomponha ou que seja queimada. O Eucalipto é a madeira mais estudada atualmente para o uso de sustentabilidade. Esta espécie pode ser clonada ou reproduzida vegetativamente, a partir das melhores árvores e assim, pode atingir as características mais apropriadas para o setor. Além deste, há também a espécie Araucária ou Pinho-do-Paraná, Pinus e Teca, madeiras que se apropriam ao reflorestamento.


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ILUSTRAÇÃO 16 - Madeira de Reflorestamento Fonte: Chácara Pena Azul (2010).

5.1.3 Hipismo

5.1.3.1 História do Hipismo

O Esporte Hípico foi desenvolvido por uma prática costumeira de caçada, principalmente por nobres europeus, mas também é considerada uma evolução do próprio costume da civilização, onde o homem em busca da sua sobrevivência começa a usar o cavalo como meio de locomoção e passa a adestrá-lo. Este tipo de prática foi evoluindo e ganhando dimensões, de tal maneira que se tornou um esporte olímpico, com muitas regras, estudos, teorias e escolas focadas apenas para o desenvolvimento do esporte. Foi com o advento da Renascença que se originaram as primeiras escolas de Equitação Clássica ou Equitação Acadêmica na Europa. Mas foi na Grécia, pelo General Xenofonte (430-355 a.C) que se têm os primeiros embasamentos de equitação com ciência da arte e foi o primeiro a sistematizar as teorias equestres. O interesse pela cultura clássica levou a redescobertos de seus estudos no período da renascença, serviram como base para a evolução da equitação e tornando-o um Mestre do Esporte. Foi em 1532, em Nápoles (Centro da Renascença) que se teve a fundação da primeira Academia de Equitação, cujo fundador, Frederico Grisone, foi considerado, após Xenofonte, como o primeiro mestre clássico. Até hoje, sua principal obra – Gil


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Ordini de Cavalcare (As regras da Arte de Cavalgar) – editado em 1550, é considerado uma das obras literárias de maior relevância no mundo equestre. Nesta época o esporte era restrito a práticas dos nobres e soldados da Corte. Por conta disso, para o auxilio da corte na educação, foi criado em 1572 a Escola espanhola de Equitação em Viena. Essa escola elitizada, somente utilizava cavalos selecionados trazidos da Espanha, por isso o nome “Espanhola”. Estes cavalos eram criados em uma caudelaria6 fundada em 1580, em Lipizza, pelo arquiduque Carlos II. Por isso que os nomes atribuídos aos cavalos eram “Lipizzares”. O grande trunfo da Escola Espanhola de Viena é o livro École de Cavalerie, escrito por François Robichon de La Guérinière (1688-1751) discípulo de Frederico Grisone. François pertencia também a Escola pioneira de Versalhes, fundada na frança em 1680, e sua importância é tamanha que é considerado por alguns como o “Pai” da equitação clássica. Foi em busca da perfeição e da dedicação do período da renascença que a equitação clássica ou acadêmica encontra seu apogeu – século XVIII – na França. Que teve a contribuição da Escola de Versalhes e a Escola de La Guérinière (François Robichon de La Guérinière). Em 1789 a Escola de Versalhes foi destruída pela revolução francesa, mas em 1815 foi restabelecida. Porém, em 1930 desapareceu definitivamente. Em 1834, tem-se a criação da Escola de Cavalaria de Saumur, cujo Cadre Noir (constituído pelo corpo de instrutores) preserva até os dias de hoje as tradições e as figuras equestre das escolas clássicas. Essa escola foi fundada para substituir a extinta Escola de Versalhes. Apesar de ter feito parte do programa primeira olimpíada da Era Moderna, em 1896, em Atenas, como esporte de demonstração, só foi incorporado definitivamente aos jogos Olímpicos em 1912, em Estocolmo (Suécia), com as três categorias principais, o adestramento (em que o cavalo executa movimentos cadenciados, em perfeita harmonia com o cavaleiro), concurso completo de equitação, (disputado em até três dias com provas de adestramento, corrida no campo com obstáculos

6

Caudelaria: Haras (substantivo Feminino)


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naturais e artificiais, de resistência ao trote e salto – individual ou em equipe) e o salto (ultrapassagem de obstáculos propositais). As regras e as competições como as que ocorrem hoje, começaram somente no ano de 1883, nos Estados Unidos.

5.1.3.2 Hipismo no Brasil

O hipismo no Brasil teve seu primeiro registro em 1641. Uma prova realizada em Pernambuco (Recife) que teve como organizador Rodrigo Nassau e a presença de cavaleiros holandeses, franceses e brasileiros, mas nesta prova teve como vencedor um holandês. Foi somente, em 1911, o registro da fundação de dois clubes hípicos no país: a Hípica Paulista (SP) e o Clube Esportivo de Equitação do Rio de Janeiro. Na metade da década de 20 o esporte ganhou dimensões maiores. O motivo foi a chegada da comissão militar francesa, que com seus instrutores europeus, e suas técnicas, experiências e habilidades permitiram uma melhoria na organização do esporte no país. Atualmente o esporte é coordenado pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) juntamente com as diversas federações estaduais, como a Federação Paulista de Hipismo (FPH), e internacionalmente com a Federação Equestre Internacional (FEI), com sede na Suíça. A FEI organiza as competições e eventos de hipismo desde 1921 quando foi criada. O Brasil tem boas referências nominais, é o caso de Elizabeth Assaf, Luiz Felipe Azevedo e Vítor Alves Teixeira, que ganharam destaques por suas atuações no esporte. Mas o maior destaque no país é o nome Nelson Pessoa, que conquistou excelentes resultados em algumas das principais competições internacionais. Nelson Pessoa é considerado um ícone na prática do hipismo como cavaleiro e deixa como descendente substituto deste trono o jovem competidor e filho Rodrigo Pessoa (1979). Em 1992, integrou a equipe da seleção brasileira nas Olimpíadas de Barcelona onde começou a ganhar medalhas. Conquistou sua medalha olímpica de


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bronze em Atlanta em 1998. No mesmo ano em Abril Rodrigo conquistou a Copa do Mundo e foi considerado o mais jovem campeão mundial da história. No final de 2000, Rodrigo já tinha conquistado 23 vitórias, 10 segundos lugares, uma Copa do Mundo, uma Medalha Olímpica e ainda terminou o ano como o número 1 do Ranking Mundial FEI/BCM. Em 2009, Rodrigo começa o ano sendo campeão do GP de Jacksonville, na Florida. Os inúmeros resultados de Rodrigo proporcionaram para o Brasil alcançar o mesmo nível de competição dos principais países, como México, Estados Unidos e Canadá (que se destaca nos saltos). Na última edição da Copa das Nações (Alemanha) o Brasil ficou em quarto lugar, e em quinto no Mundial. O Brasil já conquistou cinco ouros nas competições de saltos. As competições em equipe proporcionaram para o Brasil três títulos de medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos: Havana (1991), Mar Del Plata (1995) e Winnipeg (1999).

5.1.3.3 Funcionamento do Hipismo

Para conseguir um bom resultado no esporte em questão, é necessário que haja uma concordância entre do conjunto (cavalo/cavaleiro), Pessoa (2009), referência mundial, comenta “o cavalo é treinado para ser 70% no esporte e o cavaleiro 30%. Se trabalha uma vida inteira para obter 30%, este é o auge, se você atingir 31% não é um bom cavaleiro”. Em busca do aperfeiçoamento e com a evolução a postura do cavaleiro foi mudando com o objetivo facilitar o trabalho do animal. A primeira teoria para uma boa montaria seria que o cavaleiro mantivesse uma postura vertical ereta, forçando seu equilíbrio nas rédeas e no estribo. No final do séc. XIX, com a teoria de que ate hoje se sustenta do Italiano Frederico Caprilli, a postura correta é inclinando o corpo para frente deixando a cabeça e o pescoço da montaria livre, sem alterar o equilíbrio do cavalo no instante do salto.


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Uma característica particular do esporte é que o hipismo não diferencia homens e mulheres pela sua força física como em outras competições onde o homem é considerado mais apto pela sua estrutura hormonal e física. Pelo contrário, cavaleiros e amazonas competem entre si não existindo barreiras entre eles, o importante nesta competição é a integração com o animal. As categorias no hipismo estão relacionadas com a idade, subdivididas em: minimirim ou principiantes (oito a doze anos), mirins ou aspirantes (doze a quatorze anos), juniores, jovens cavaleiros ou seniores novos (quatorze a dezoito anos) e seniores ou veteranos (acima de dezoito anos).

5.1.3.4 Práticas Olímpicas Adestramento7 - O objetivo geral desta prova é auxiliar o cavalo a desenvolver, com diversos exercícios, a capacidade de executar todos os seus movimentos naturais. Nesta prova, o cavaleiro deve executar uma série de movimentos num determinado período de tempo. A prova deve ser realizada em uma arena fechada de 20x60 metros. Os jurados avaliam o competidor com notas de 0 a 10, com os critérios de flexão do animal, domínio, qualificação das performances nos movimentos obrigatórios e na coreografia livre, o balanço, o ritmo e a harmonia entre o cavaleiro e o cavalo.

Saltos - É uma competição em que tanto o cavalo quanto o cavaleiro são avaliados. O cavaleiro deve transpor, com seu cavalo, de 12 a 15 obstáculos numa pista que mede de 700 a 900 metros. O cavaleiro deve fazer duas vezes o percurso da prova. O vencedor será o cavaleiro que errar menos (conquistando mais pontos) em menos tempo. Potência, força, velocidade e obediência do cavalo são fundamentais nas competições de saltos. Saltos é a categoria mais conhecida e, dependendo da competição, ganha quem percorrer um trajeto determinado no menor tempo possível, derrubar o menor número possível de obstáculos ou somar o maior número de pontos.

7

Adestramento: ou dressage, deriva da palavra francesa “dresser”, que significa “treinar”.


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Esta categoria dispõe de quatro tipos diferentes de competição. A primeira avaliação é feita por cronometro (tempo ideal), onde a pista é medida e dá-se um tempo para concluir o percurso. A segunda também é feita por cronometro, porem nesta, a velocidade que decide para o fim do resultado. A terceira é feita com barragem (obstáculos). A quarta e última é a avaliação por potência, onde um máximo de quatro barragens são usadas, onde a altura dos obstáculos são sucessivamente aumentadas.

TABELA DE FALTA – DERRUBE QUATRO PONTOS a

1 Desobediência

Quatro Pontos

2 a Desobediência

Eliminado

Queda do cavalo ou cavaleiro

Eliminado

Erro no percurso

Eliminado

Tempo excedido numa prova cronometrada

1 ponto por cada quatro seg.

O cavalo que não tiver adequadamente uniformizado Eliminado (toque, bota preta, camisa com gola branca e casaca) – nem sempre é obrigatório.

ILUSTRAÇÃO 17 – Vestimenta prática do hipismo Fonte: CHG (2009)


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CCE (Concurso Completo de Equitação) - Reúne provas de adestramento, cross country e salto. As provas são feitas em um dia (ODE) ou três dias (3DE). O cross country é realizado numa área que simula um ambiente natural, sendo que o cavaleiro deve passar por obstáculos naturais (tanques de água e troncos de árvores). Vence o cavaleiro ou equipe que somar o maior número de pontos negativos (errar menos), além de apresentar habilidades durante a equitação (harmonia com o cavalo, obediência, resistência e habilidade).

5.1.3.5 Práticas não Olímpicas Enduro eqüestre (prova em longa distância separada em etapas) – O cavalo percorre trilhas e ao final de cada parte do percurso deve apresentar o animal para ser avaliado, tanto no regulamento quanto na velocidade livre. Volteio (ginástica sobre o cavalo) – Umas das práticas mais antigas, utilizada desde a Idade Média como treinamento para saldados para as guerras. Mas foi somente em 1984 que a modalidade foi reconhecida pela FEI. O Volteio, em sua totalidade, consegue aliar os princípios básicos da equitação: equilíbrio, força e a leveza e flexibilidade da ginástica olímpica. Outra razão que torna o volteio propício para iniciantes é o fator segurança, já que o cavalo está o tempo todo sendo controlado, através de guias e rédeas pelo instrutor, tornando desnecessária a concentração do aluno quanto à impulsão e condução do animal. Desta forma, o praticante se sente mais confiante e preocupa-se somente com seus movimentos e postura.


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ILUSTRAÇÃO 18 – Modalidade não olímpica - Volteio Fonte: Hipismo Brasil (2009)

Equitação baby – voltada para praticantes infantis, com média de 02 (dois) aos 05 (cinco) anos de idade. Nesta etapa a criança é direcionada para a prática do convívio do animal e os primeiros passos para a montagem no cavalo. Esta fase é importante para a perda do medo e o aprendizado do equilíbrio. Aos 05 (cinco) anos a criança tem a pré-inicialização para os saltos, e consequentemente, a criança já está pronta para a aprendizagem da equitação completa. Equoterapia – Destino a indivíduos com algumas dificuldades a nível cerebral e motor. É um método terapêutico que utiliza os andamentos do cavalo como recursos para deficientes físicos. Pelo cavalo são transmitidos movimentos tridimensionais, ritmado, repetitivo e simétrico, similares aos padrões do movimento humano, e que se encontram alterados nas pessoas com problemas motores.

5.1.3.6 Benefícios do Hipismo

A prática do esporte proporciona mais do que uma atividade física, ela é considerada uma forma de qualidade de vida. Entre outros aspectos físicos, o hipismo acrescenta a melhora na coordenação motora, equilíbrio, postura, simetria,


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normalização da pressão arterial e o preparo aeróbico. Já os fatores psicológicos são a sensibilidade, percepção sobre si mesmo, desenvolvimento do reflexo rápido, trabalha a liderança, melhora a autoconfiança, estimula o processo de aprendizagem escolar e aumenta a inteligência intra-pessoal.

5.1.4 Pesca Esportiva

Também se pode chamar de pesca de lazer ou pesca amadora. Se define sendo uma pesca que se pratica como um esporte ou hobby, sem que dela dependa a subsistência do pescador. É a forma de pescar onde se busca o prazer de capturar o peixe e não matálo, como uma forma de reconhecer que a natureza está sendo muito agredida e a capacidade reprodutiva dos peixes está sendo prejudicada. Desta forma, a pesca esportiva também se preocupa em respeitar períodos de reprodução (piracema).

ILUSTRAÇÃO 19 – Pesca Esportiva Fonte: Nativos Pesca Esportiva (2009)

Métodos e técnicas foram desenvolvidos com o intuito de entender cada vez mais o comportamento dos peixes e facilitar sua captura. Com o passar dos anos, o ser humano foi modificando o seu modo de vida e a sua relação com o meio ambiente. A pesca assumiu valores diferentes e passou a representar, além de um meio de subsistência, uma importante alternativa de lazer.


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Uma das modalidades mais populares da pesca esportiva é a praticada utilizando-se

apenas

vara

de

pesca,

linha

de

pesca,

anzol

e

outros

equipamentos,com capacidade de tração semelhante à força do peixe. É uma forma de pescar que possibilita aos peixes escapar do equipamento de pesca. A pesca esportiva é praticada no mar, rios e lagos artificiais utilizando-se iscas naturais ou iscas artificiais, molinetes ou carretilhas. Deve ser considerada também como uma atividade de suporte ao desenvolvimento sustentável, pois está diretamente ligada à necessidade de preservação dos rios, lagos, açudes, represas e das espécies de peixes, inclusive para a sua própria continuidade. A prática é uma evolução ecologicamente correta da pesca amadora. Entre as várias opções de pesca, a que mais vem se popularizando é o "pesque-pague", uma atividade barata, bastante difundida e próxima às grandes cidades. Os peixes mais adequados e comuns para a prática é o Pintado, Pirarara, Tambaqui, Barbado, Matrixã,Cachara, Tabatinga, Caranha, Tambacu entre várias outras espécies. Apesar de ser pouco explorada no Brasil é grande o potencial desta atividade devido à variedade de peixes e à grande extensão costeira e rede hidrográfica, quando comparada com a América do Norte, que atualmente gera um enorme resultado com o turismo pesqueiro. Para se praticar a pesca esportiva é necessário obter licença fornecida pelo IBAMA. Pescar sem esta licença sujeita o pescador amador ou profissional à multa e outras penalidades previstas pelo Artigo 21 do Decreto 3179/99 de 21/09/99, publicado no Diário Oficial da União em 22 de setembro de 1999.

5.2 LEGISLAÇÃO

5.2.1 Lei no 204/2000 de 1 de Setembro Legislação Nacional tratando o licenciamento de empresas para a criação de animais voltada ao turismo, assim podendo exercer as atividades previstas nos centros equestres destinados a prática de equitação desportiva e de lazer.


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5.2.2 NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Esta norma objetiva os critérios e parâmetros técnicos considerando diversas condições de mobilidade e de percepção do ambiente, a fim de proporcionar maior qualidade das pessoas, sejam elas idosas, jovens e com ou/e sem necessidades especiais.

5.2.3 NSCI/94 Norma de segurança contra incêndio. Saídas de emergência - Estas normas fixam as condições exigíveis que devem possuir as edificações a fim de que suas populações possam abandoná-las, e para permitir o fácil acesso de auxílio externo; É o conjunto de componentes e equipamentos que, em funcionamento, proporcionam a Iluminação suficiente e adequada para permitir a saída fácil e segura do público para o exterior, no caso de interrupção da alimentação norma, como também, a execução das manobras de interesse da segurança e intervenção do socorro e garante a continuação do trabalho naqueles locais onde não pode haver interrupção da Iluminação.

5.2.4 Lei Nº 136/98-N - de 14 de Outubro de 1998

Regulamenta normas para registro de Aguicultor e Pesque Pague. Art. 1º. Estabelecer normas para registro de Aquicultor e Pesque - pague no IBAMA. Art. 2º. Para os efeitos desta Portaria entende-se como: I - Aquicultor - a pessoa física ou jurídica que se dedique ao cultivo ou criação de organismos cujo ciclo de vida ocorre inteiramente em meio aquático. II – Pesque - pague - a pessoa física ou jurídica que mantém estabelecimento constituído de tanques ou viveiros com peixes para exploração comercial da pesca amadora.


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Art. 8º. Os animais abatidos oriundos de projetos de aqüicultura ou pesquepague deverão, em seu transporte e comercialização, ser acompanhados de documento emitido na origem, quando: a) tratar de espécie nativa e os indivíduos encontrarem-se com tamanhos inferiores aos mínimos estabelecidos na legislação vigente para a pesca extrativa da espécie; b) tratar-se de espécie nativa que se encontra em período de defeso na pesca extrativa. 5.2.5 Plano Diretor do Município de Ananindeua e das outras Providências – Lei n0 2.237/ 06, 08 de Outubro de 2006 Têm como objetivo: Art. 30. III – Orientar e controlar o parcelamento, o uso e a ocupação do solo urbano. O terreno escolhido para o estudo projetual se localiza no Bairro de Águas Lindas, Micro área 16 e Unidade de Planejamento 5 (cinco). O Plano Diretor de Ananindeua, por estar em processo de atualização, não dispõem de embasamentos satisfatórios para um maior detalhamento de projeto.

ILUSTRAÇÃO 20 – Mapa Divisão em Micro-Áreas Fonte: Plano Diretos de Ananindeua (2010)


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5.2.6 A NBR 10844/89 e os elementos hidrológicos

Fornecem os critérios para dimensionar calhas e condutores (verticais e horizontais) além de estabelecer que cada obra, em face de seu vulto ou responsabilidade, deve Ter seu tempo de retorno (grau de segurança - corresponde a freqüência de chuvas com determinada intensidade).

5.3 REVISÕES DA LITERATURA

5.3.1 Centro Hípico Ananindeua

Hípica localizada na Rua Ricardo Borges, na Cidade de Ananindeua, Pará. O estabelecimento apresenta uma infra-estrutura que comporta uma pista coberta e duas descobertas para o treino do hipismo, com o auxílio de barragens (obstáculos).

ILUSTRAÇÃO 21 - Imagem de Satélite - Centro Hípico Ananindeua Fonte: Google Earth (2009)

Possui baias que comportam mais de quinze cavalos, depósitos, banheiros e uma casa de serviço. Além disso, possui uma ampla área de estacionamento. O estabelecimento funciona todos os dias, porém as aulas só são realizadas duas vezes por semana, o restante é para o treino dos cavalos.


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5.3.2 Jockey Club de São Paulo

O Jockey Club de São Paulo foi fundado em 14 de março de 1875 com o nome de Club de Corridas Paulistano, contando com 73 sócios e um capital de 9 contos e 990 mil réis. A primeira corrida aconteceu em 29 de outubro de 1876, no hipódromo da Moóca, na Rua Bresser. Somente mais tarde, em 25 de janeiro de 1941, foi inaugurado o atual hipódromo da Cidade Jardim. Atualmente o Jockey é uma associação civil, dirigida por uma diretoria eleita diretamente pelos sócios, com mandato de três anos. O hipódromo está distante apenas oito quilômetros do centro da capital paulista, com fácil acesso pela marginal do Rio Pinheiros – via pontes Eusébio Mattoso e Cidade Jardim. A entrada é gratuita e apresenta um amplo estacionamento disponível para os visitantes. O hipódromo de Cidade Jardim aloja cerca de 1.500 animais puro-sangue inglês de corrida, mais os 500 cavalos que estão alojados nos centros de treinamento e que ajudam a formar os programas de corridas. O hipódromo conta com quatro pistas, uma de grama com 2.119 metros, e outra de areia com 1.993 metros de volta fechada, que são utilizadas para corridas oficiais, e mais duas pistas auxiliares de areia, para treinos.

ILUSTRAÇÃO 22 - Arquibancadas Fonte: Jockey Club SP (2009)


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ILUSTRAÇÃO 23 – Arquibancadas privilegiadas. Fonte: Jockey Club SP (2009)

Além disso, o Jockey possui uma infra-estrutura de:

Playground para as crianças; Passeio de pôneis para as crianças;

ILUSTRAÇÃO 24 – Passeio de pônei para as crianças. Fonte: Jockey Club SP. (2009)

Três bares-restaurantes: o Charlô/ o Cânter Bar/ a Mercearia São Roque; Cafés; 01 Tabacaria; 01 filial da loja da marca Miguel Gianinni óculos.

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5.3.3 Centro Hípico de Guararema (CHG)

O Centro Hípico Guararema situa-se em Guararema/SP, bairro Freguesia da escada, Estrada Municipal da Hípica, n.º 330. O CHG tem como fundadores Fernando Guilherme da Cruz Rocha e Rogério Rodrigues Rocha. A hípica foi inaugurada em 30 de março de 1997. Atualmente ela se destaca por ser completa de uma infra-estrutura, que oferece conforto para o cavaleiro e para o animal. Contam com baias sofisticadas, pista de treinamento iluminada e muitos outros recursos que torna o CHG a hípica "ímpar" da região. O CHG também é conhecido por suas inúmeras conquistas de campeonatos e torneios, tais como: Torneios de Verão; Campeonato Paulista; Campeonato Brasileiro; Torneios Regionais; Torneio Regional, Paulista, Brasileiro, Sul Americano e Mundial de equitação fundamental.

Sua infra-estrutura conta com: 40 (quarenta) cocheiras de alvenaria, com piso de concreto; Sistema de drenagem de urina devidamente canalizada; Todas as baias possuem sistema de ventilação natural e artificial;

ILUSTRAÇÃO 25 – Duas das três baias. Fonte: CHG.(2009)


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Baias com sistema de escoamento canalizado; Picadeiro principal para as aulas de adestramento e salto; 01 Quiosque; 01 pista para aulas de equitação de solo;

ILUSTRAÇÃO 26 – Pista para aula de equitação de solo. Fonte: CHG.(2009)

5.3.4 Centro Hípico Haras Lagoinha

O Centro Hípico Haras Lagoinha nasceu para implantar um novo conceito no que se refere à qualidade e prestação de serviços, devido sua proximidade da capital. Partindo das instalações, manejo alimentar, equipamentos e animais, uma equipe de profissionais gabaritados, passando por ambiente extremamente agradável, até culminar em um local perfeito para realização de exposições e encontros.

ILUSTRAÇÃO 27 – Arquitetura e funcionalidade. Fonte: C.H. Haras Lagoinha (2009)


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Além de aulas de equitação e o sistema de pensão, o local tem estrutura para promover palestras, clínicas e congressos.

Sua infra-estrutura conta com:

30 alqueires, com piquetes e picadeiros arborizados; Piscina em dimensões profissionais com hidromassagem para treinamento; Fisioterapia e condicionamento físico dos animais; Pista de 100 x 80 metros; Trilhas para cavalgadas;

ILUSTRAÇÃO 28 – Vista aérea Fonte: C.H. Haras Lagoinha (2009)

Duas pistas de aquecimento;

ILUSTRAÇÃO 29 – Vista da pista para equitação Fonte: C.H. Haras Lagoinha (2009)


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Alojamentos e corredores de baias; 95 baias, de 4 x 4 metros, bastante ventiladas e, ao mesmo tempo, preservadas contra a entrada de insetos; Área reservada ao ferrageamento; Redondel8 coberto; Lavatórios; Vestiários; Farmácia; Amplo estacionamento; Loja de roupas com grife do Centro Hípico; Restaurante cercado por varandas com vista para a pista; 02 Bares; Auditório para 20 pessoas; Videoteca totalmente equipada; 01 apartamento completo, destinados aos palestrantes e convidados especiais.

Contra o perigo de acidentes, o Haras se preocupou em arredondar os cantos da construção, sendo todos arredondados e as portas contêm arremates de alvenaria, impossibilitando o cavalo de mordê-las. As dimensões do Centro Hípico Haras Lagoinha também fogem às regras comuns: os lavadores comportam o banho de 10 animais ao mesmo tempo.

8

Redondel: É um curral redondo com em média, 15 ou 17 metros de diâmetro, pode ser construído de muitas maneiras. A

mais comum é aquela feita de madeira sólida, sem vãos até pelo menos 1,20m e acima dessa medida os vãos não podem caber a cabeça do cavalo. Tem a função de soltar um cavalo, trabalhar um cavalo montado, trabalhar um cavalo à guia, trabalhar um cavalo solto, ter aulas de equitação, entre outros.


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6 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Em arquitetura o programa de necessidades é uma lista exaustiva de todas as exigências que o projeto arquitetônico deve ter para satisfazer as necessidades do projeto a ser construído. Tem como finalidade diagnosticar as necessidades atuais de espaço físico com as necessidades futuras. É usado nas fases iniciais do projeto a fim de nortear as decisões a serem tomadas.

Relação das Áreas e Função Setor de esporte – 46.120,00 m2 640 m2

40 baias de 4 x 4 metros e 5 metros de pé direito (baias de alvenaria

ventilação natural e artificial; drenagem de urina

canalizada); 800 m2

1 pista com picadeiros9 de 40 x 20 metros;

2400 m2

1 pista com picadeiros de 60 x 40 metros;

80 m2

1 redondel coberto, com 10 metros de diâmetro;

16000 m2 2 pistas para aula que equitação de solo 100 x 60 m; 20000 m2 Trilhas para cavalgadas e exercícios; 6000 m2 200 m

2

Lago artificial para pesca esportiva; Piscina em dimensões profissionais com hidromassagem para treinamento, fisioterapia condicionamento físico dos cavalos.

Setor de veterinários – 80,80 m2 19 m2

Sala dos veterinários; Banheiro para os veterinários;

16 m2

9

Sala de atendimento e medicação de animais;

Picadeiros: são peças em madeira ou metal, ajustáveis em altura, utilizadas servir de obstáculos no treinamento do esporte hípico.


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32 m2 13,80 m

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2 baias hospitalar para internação; 2

Centro farmacêutico com farmácia.

Setor social – 368,80 m2 9,80 m2 42 m

2

Hall de entrada; Balcão de recepção;

15 m2

Hall da secretaria;

70 m2

Auditório para 72 pessoas;

15 m2

Sala exclusiva para os palestrantes;

49 m2

Sanitários e vestuários masculinos e femininos e PNE;

11 m2

Telefones públicos;

56 m2

Restaurante para os visitantes – 120 pessoas;

26 m2

Lobby bar;

75 m2

3 Quiosques para visitantes com churrasqueiras com vista para a pista de treinamento.

Setor administrativo – 219,57 m2 20 m2

Sala do administrador com banheiro;

20 m2

Sala do diretor geral com banheiro;

30 m2

Sala de reunião pequena para 14 pessoas;

20 m2

Contabilidade;

20 m2

Departamento pessoal;

20 m2

Recrutamento e seleção de pessoal;

20 m2

Controle e organização de aulas de esporte;

20 m2

Controle dos cavalos;

20 m2

Departamento do transporte de cavalos;

20 m2

Departamento de pedido para manutenção do centro hípico e dos cavalos;

6,40 m2

Sanitários;

3,17 m2

Copa.


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Setor de serviço - 396 m2 8 m2

Portaria de serviço; Controle dos funcionários; Relógio de ponto;

20 m2 49 m

2

Segurança monitorizada; Vestuário e sanitário masculino e PNE; Vestuário e sanitário feminino e PNE;

32 m2

Refeitório dos funcionários;

21 m2

Sala de descanso;

58 m2

Cozinha terminal – que irá alimentar o restaurante de sérvio e o social;

20 m2

Protocolo;

20 m2

Controle do recebimento de mercadoria;

140 m2

Almoxarifado de alimentos; Almoxarifado de ração de cavalo; Almoxarifados de matérias diversos de montaria; Almoxarifado de equipamentos e acessórios; Depósito de material de limpeza; Área para guardar os picadeiros; Áreas para guardar ferragens;

8 m2

Armazenamento de ração e palha junto às baias;

20 m2

Lavanderia pequena.

Setor de transporte – 5.414,00 m2 14 m2

Guarita com banheiro para controle de pedestre, bicicleta e automotores;

10 m2

Sala dos manobristas;

3140m2

100 vagas para carro - visitantes; 20 vagas para bicicletas - visitantes;

1650 m2

50 vagas para carro - serviço;


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50 vagas para bicicletas - serviço; 600 m

2

2 vagas de carga e descarga.

Setor dos equipamentos – 1.008,00 m2 336 m2

Sistema de água Casa de bombas; Estação de tratamento de água; Estação de tratamento de água para reutilização; Tratamento de água da piscina;

84 m

2

Sistema de esgoto Estação de tratamento de esgoto;

168 m2

Sistema de ar - condicionado Condicionadores de ar (utilização do essencial); Exaustores;

252 m2

Sistema de lixo; Área para armazenamento de lixo úmido; Armazenamento de lixo seco; Armazenamento de estrumes.

168 m2

Sistema de energia elétrica Sala de transformadores; Sala dos quadros elétricos e das placas solares.

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7 MEMORIAL JUSTIFICATIVO E DESCRITIVO

Tendo em vista a necessidade de criação de um espaço voltado para atender a todos os públicos relacionados ao esportista, saúde e ao relaxamento e que possa proporcionar lazer, conforto, segurança e comodidade, com isso procurou-se triar na escolha do terreno algumas características, tais como: localização e dimensão. A escolha do terreno foi minuciosa, pois a implantação do projeto tinha que estar em um terreno de em média 100 mil metros quadrados e que fosse perto suficiente do público freqüentador, mas reservado suficiente para a tranqüilidade dos visitantes e dos animais. Os lotes dispostos no bairro de Águas Lindas atendem melhor às características almejadas, já que seus limites são satisfatórios em relação à metragem quadrada necessária. Com isso, foi possível fazer um estudo projetual com dimensões estratégicas, valorizando as edificações, projetando um pórtico de entrada destacável, disponibilizando cinco tipos de pistas em tamanhos e funções diferentes, baias confortáveis para os animais, espaço para pesca esportiva com lago artificial, além do enriquecimento do trabalho com detalhamento de centros com convivência infantil e adulta, trilha para cavalgada e ênfase para o paisagismo. Para a elaboração do projeto de uma forma total, primeiramente foi tomado como partida o organograma que foi baseado no programa de necessidades. A definição do último se fez a partir de pesquisas em outros Centros Hípicos, fazendo junção de todos os serviços obrigatórios oferecidos e tomando para si, além desse, a proposta mais adequada que alcance os objetivos pessoais da proponente. Diante disso, fez-se necessário considerar para melhor organização dos espaços, a divisão de um bloco principal e seus anexos setorizados, definindo assim o programa de necessidade em sete partes. Na edificação principal, foi abordada a parte burocrática da hípica, onde se concentra o setor social, administrativo, restaurante e serviços. Os demais blocos foram localizados no restante do terreno tendo sua organização interna independente. Para tirar partido do projeto paisagístico, fez-se a interligação desses setores por caminhos em jardins repletos das mais variadas espécies de vegetação.


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Seguindo a tendência de outras hípicas, procurou-se adotar o estilo contemporâneo na elaboração do projeto, escolhendo formas puras, como o retângulo e o quadrado buscando centralidade e a simetria na disposição dos mesmos. A forma escolhida para a edificação principal foi proposital, pois como ela concentra o maior número de setores agrupados, sua forma necessita de diversas áreas. Sendo assim, os quatro setores foram divididos, e tomando como referência um centro, os blocos em formato retangulares foram radiados estrategicamente para que nenhum cômodo ficasse sem abertura de iluminação e ventilação natural da área externa. Em relação a disposição dos blocos no terreno, foi levado em consideração sua funcionalidade como todo. Desta forma, o terreno necessitou de duas entradas distintas, o acesso social, feito através de um Porte Couchère pela BR-316 e o acesso de serviço feito pela Rua Clementino Rocha. O estacionamento de caminhão fica estrategicamente perto das baias principais de cavalos, para facilitar no transporte dos animais, e a entrada de serviço do prédio principal, fica disposta no sistema radial no lado mais próximo da entrada deste setor. As baias principais foram locadas tomando como embasamento a angulação do norte no terreno, desta forma este bloco recebe a predominância da ventilação e pouca iluminação do sol da tarde. Este estudo também foi levado em consideração para a localização dos demais blocos. O trabalho como um todo se sustentou em desenvolver um maior desempenho no quesito de sustentabilidade. Para isso, foram estudadas alternativas simples que, além de reduzirem os impactos ambientais, diminuem os custos com manutenção. O tema da preservação ambiental será enfatizado no aproveitamento da luz solar natural, da água da chuva e do uso de materiais sustentáveis.

Sistema de Energia Solar

Em busca de uma maior eficiência econômica no estudo projetual buscou-se priorizar o uso de iluminação natural, sendo que todos os ambientes da Hípica foram


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projetados com aberturas estratégicas que permitem que essa iluminação entre nos ambientes durante o dia de sol e dispense o uso de iluminação elétrica, diminuindo os gastos de eletricidade e uso de recursos naturais.

ILUSTRAÇÃO 30: Vista interna do Restaurante – Prédio Principal Fonte: Maquete Eletrônica do Projeto

Como proposta para suprir a necessidade do Prédio Principal, foi projetado o uso de placas solares, descritas no referencial teórico, como alternativa para energia sustentável. Foi tomado como base o sistema passivo de ganho direto, onde a energia solar coletada é armazenada durante o dia e distribuído para os cômodos mediante suas necessidades. Na iluminação externa da Hípica (jardins, estacionamento, piscina, praças, etc.), deverão ser usados produtos ecológicos com energia renovável e limpa – iluminação solar light g-III da General Heater, que já vêm equipados com placa solar monocristalina, 5 LDDs de alto brilho com bateria recarregável, e energia 100% sustentáveis, sendo um produto de fácil instalação.


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ILUSTRAÇÃO 31 – Luminária Solar Fonte: www.generalheater.com.br (2010)

Essas luminárias são completas e não requerem custo de fiação, instalação, manutenção e reposição de lâmpadas, dispensando energia elétrica. Elas são projetadas para emitir luminosidade equivalente a uma lâmpada florescente de até 5 watts. Funcionam da seguinte forma: durante o dia armazenam energia solar na bateria e ao escurecer, o sensor fotocélula dispara e acende os LEDs automaticamente, dispensando assim qualquer manuseio.

Arborização e Áreas Verdes

O espaço irá dispor de muitas áreas verdes, que terão como finalidade amenizar o calor do sol provocado pelo efeito estufa, promover sombreamento, ajudar a absorver gases poluentes, disponibilizar espaços permeáveis e outros, produzir frutos e proporcionar bem estar. Estas áreas estarão presentes nos espaços não edificados, que serão preenchidos com gramados de grama batatais e arborização com espécies que se adaptam ao clima da região como jambeiros, açaizeiros e outros. Isso deverá proporcionar uma melhor integração homem–natureza.


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ILUSTRAÇÃO 32 - Grama Batatais Fonte: www.edegramas.com.br (2010)

Utilização de Madeira de Reflorestamento

A utilização da madeira de reflorestamento no projeto será incorporada na maioria das estruturas de cobertura - com exceção da pista de equitação coberta onde será utilizada estrutura de ferro e nas coberturas verdes, nos bancos e caramanchões das áreas de lazer, no deck de entrada, nas fachadas das edificações como revestimento e nas estruturas dos brinquedos da área de recreação infantil.

Caramanchão

As coberturas tipo caramanchão são estruturas mais robustas. São construídas com fortes colunas e réguas, sendo adequadas para grandes e médios jardins. Podem ser estruturalmente de madeira, metal ou concreto. Sua estrutura deve ser chumbada no terreno para proteção de tombamentos e umidade. Os caramanchões são espaços de descanso e lazer, que podem ser utilizados isolados ou para integrar áreas ao jardim. A altura dos caramanchões deve ser no mínimo de 2,50 metros, para que as pessoas mais altas possam usufruir do espaço do conforto. Por serem estruturas mais altas, os caramanchões podem ser revertidas com trepadeiras de flores pendentes de flores ou frutíferas.


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No projeto, as passarelas de caramanchões foram projetadas em madeira de reflorestamento certificada e estão integradas em toda a extensão do terreno, com diversos tipos de funcionalidade. Nas áreas de recreação e lazer, a cobertura complementa a funcionalidade e o aspecto visual, e na passarela com arquibancada, a estrutura ganha uma placa de policarbonato, tendo como função a proteção para as chuvas em corriqueiras situações. Todos os caramanchões da hípica serão complementados com trepadeiras de flores buganvília.

ILUSTRAÇÃO 33 – Exemplo de Caramanchão com Buganvília Fonte: Arquiteta, Urbanista & Light Design (2010)

Placa de Policarbonato

O Policarbonato é um termoplástico de engenharia composto de uma resina resultante da reação entre derivados do Ácido Carbônico e o Bisfenol. Para o projeto, foi escolhida a chapa plana compacta de Policarbonato cristal, que possibilitam a entrada de 71 a 82% de luz. Além de suas outras vantágens, tais como:

Aproveitamento da luz natural; Redução com gastos com estruturas muito pesadas por se tratar de um material extremamente leve; Material auto-extinguível, não propaga chamas; Resistência á altas temperaturas; Alta resistência a impactos.


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PROPRIEDADE MÉTODO ASTM UNIDADE VALOR Índice de Refração D-542 1,586 Densidade D-792 g/cm³ 1,20 Resistência à Tração D-638 kgf/cm² 665 Resistência ao Escoamento D-638 kgf/cm² 630 Resistência à Compressão D-695 kgf/cm² 875 Resistência ao Cizalhamemto D-732 kgf/cm² 700 Módulo de Elasticidade D-638 kgf/cm² 23820 Temperatura de Deflexão ao Calor D-648 ºC 133 Coeficiente de Dilatação Térmica D-696 cm/cm°C 6,8x10-5 ILUSTRAÇÃO 34 – Indicação Técnica - chapa plana compacta de Policarbonato cristal Fonte: www.poliwork.com.br (2010)

Utilização de Telha Ecológica

São telhas com fibras naturais ou de materiais recicladas "ecológicas", produzidas com resíduos de fibras vegetais. Em sua composição são usadas fibras vegetais de madeiras, como pinho e eucalipto, e de não-madeiras, como sisal, bananeira, fibras de papel reciclado e coco, empregadas no reforço dos materiais cimentícios. As telhas têm na composição uma monocamada de fibras vegetais que são impregnadas de betume, pigmentadas para se obter a cor desejada e em seguida protegidas por uma resina especial. A grande vantagem do fibrocimento vegetal além de serem ecologicamente corretas não oferece risco de saúde, além de que se comparada ao amianto, sua capacidade de isolamento térmico é maior. A telha é em média 10% mais cara que as de cerâmica, por exemplo, mas como é mais leve que, acaba consumindo uma estrutura menor para sua sustentação. Desta forma, enfatizando a sustentabilidade, as telhas ecológicas foram tomadas para estudo de projeto executivo, levando em consideração sua forma, resistência, impermeabilidade, baixa transmissão térmica e acústica, leveza na estrutura da cobertura e o grau de inclinação, que fica em média de 8% a 10% do vão, facilitando seu desempenho.


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ILUSTRAÇÃO 35 – Telha Ecológica Fonte: Ecotérmica (2010)

Cobertura Verde Leve (CVL)

A cobertura verde foi escolhida para que o projeto em questão se adequasse aos conceitos de sustentabilidade, tomando como base seu alto conforto térmico. Segundo pesquisadores da USP, estudos comprovam que o uso CVL nivela as temperaturas internas nos espaços internos das edificações, tendo como comparação as coberturas tradicionais, que levam cerca de cinco horas para trocar calor com o ambiente externo, enquanto a CVL leva de oito a dez horas. Outra característica é o reuso de águas capitadas pela cobertura. Uma casa com cobertura verde pode drenar a água captada pelo telhado direto para cisternas ou caixas d’água e depois reutilizada para serviços domésticos, como a lavagem de carros, calçadas e regas de jardim ou até para o consumo. Toda a estrutura da cobertura é feita a partir de recursos renováveis, desde a manta impermeabilizante ao dreno. Sobre o impermeabilizante é colocada uma geomanta com estrutura plástica que drena e conduz água com rápido escoamento. Por fim, uma camada de 8 a 10 centímetros de terra comum ou vegetal serve de substrato para o plantio de espécies vegetais na cobertura. A grama-amendoim (Arachis repens) é a mais indicada para essas coberturas, pois a planta extrai nitrogênio do ar, fixando-o no solo, além de demandar menos manutenção. Desta forma, esse tipo de cobertura vegetal necessita de menos substrato, regas e adubação.


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ILUSTRAÇÃO 36 – Cobertura Verde Leve Fonte: Unimovel (2010)

Utilização de Piso Intertravado e Pisograma

Em busca de aperfeiçoamento sustentável, foram analisados diversos tipos de pisos. Por essa razão, foi concluído que o uso de cobertura asfáltica seria eliminado do estudo projetual, e a utilização de pisos menos degradantes para o meio ambiente seria incorporado. Em toda a extensão do terreno a cobertura predominante será a vegetação verde, porém, para as áreas de circulação de pedestre, os pisos intertravados e pisogramas foram os mais indicados para proporcionar conforto, beleza e funcionalidade no projeto. O Piso intertravado agrega uma camada superior de 10mm com alta densidade feita de cimento, aditivos e grãos finos de Quartzo. Essa camada aumenta consideravelmente sua resistência ao desgaste, intensidade da cor do piso e ainda proporciona uma superfície incrivelmente lisa, melhorando o escorregamento e a sua durabilidade.

ILUSTRAÇÃO 37 – Esquema de Piso Intertravado Fonte: Guia Decor (2010).


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ILUSTRAÇÃO 38 – Esquema Pisograma Fonte: Guia Decor (2010)

Placa Perfurada

As arquibancadas do projeto serão todas em estrutura metálica e em suas laterais, terão fechamento em chapa metálica perfurada. O formato de uma chapa perfurada pode variar desde que não ultrapasse o limite determinado pelos fabricantes de matéria-prima, a dimensão do furo é fator preponderante para determinar a espessura da chapa a ser perfurada. As diversificações das perfurações fazem com que se possam executar furos redondos, quadrados, oblongos, retangulares, ovais e outros. Sua área perfurada poderá ser ampliada de acordo com as necessidades. Para o projeto foi escolhido as chapas perfuradas da empresa MSK – com tamanho de: 2m x 1m, furo de 1,5 mm, espessura da chapa 0,47 mm, na cor branca.

ILUSTRAÇÃO 39 – Detalhamento Placa Perfurada Fonte: MSK (2010)


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se considerar Ananindeua ou o Estado do Pará, uma parcela do Brasil em crescente ascensão populacional, onde o ritmo de vida dessa população, antes acostumada às facilitações geradas pelo ritmo das cidades pequenas, modificou-se. O ritmo e as grandes jornadas de trabalho vêm diminuindo o tempo de laser para grande parte da população. A proposta para a criação que um Clube Centro Hípico, foi desenvolvida para suprir as necessidades de uma opção de laser, tendo em vista, que no estabelecimento em questão serão abordados diversos tipos de seguimentos do hipismo, como a equoterapia, que auxilia a reabilitação de pessoas especiais com métodos terapêuticos e educacionais usando cavalos dentro de uma abordagem interdisciplinar. A pesca esportiva também se faz presente na elaboração do projeto, pois complementa o ciclo de estratégia para a atração de pessoas. Desta forma, a hípica englobará uma gama de opções para ser feito pela família ou individualmente, buscando a proposta de integração e união entre as pessoas, entre pais e filhos e entre a população em geral. Esta é a principal característica para a criação de uma hípica urbana, que têm a seu favor a diminuição da distância x centro de laser que está voltado para regeneração do corpo, com prática do esporte e da mente, pois a proposta de paisagismo para o projeto remete a idéia de paz e tranquilidade que esses ambientes enriquecidos por verde e animais proporcionam.


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