Revista mercado imobiliario & construcao

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HISTÓRIA

O surgimento dos primeiros

loteamentos e residenciais ACERVO A TRIBUNA

Ponte de madeira sobre o Arareau, na região da Vila Jardim, era único acesso estruturado à Vila Aurora

Um

dos primeiros empreendimentos imobiliários de Rondonópolis foi o lançamento do loteamento Vila Aurora, pela antiga Imobiliária Aurora. Passados mais de 50 anos, o espaço se tornou em uma das regiões mais nobres e valorizadas do município. As terras onde se encontram a Vila Aurora pertenciam ao pioneiro William Cândido de Moraes, que convidou o então corretor de imóveis Aureo Candido Costa para auxiliá-lo nas vendas do loteamento. Assim, vindo de

Goiânia, Aureo veio para Rondonópolis em julho de 1963 e, logo após sua chegada, lançou as vendas da Vila Aurora. Conforme Aureo, hoje tabelião e empresário do ramo imobiliário, o loteamento inerente à Vila Aurora foi registrado inicialmente em Poxoréu, tendo o registro transferido em 1959 para Rondonópolis. Contudo, as vendas e implantação do loteamento iniciaram apenas em 1963. “Naquele tempo era muito difícil, porque para abrir as ruas não haviam máquinas. As primeiras ruas da Vila Aurora foram abertas no

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O primeiro conjunto habitacional da cidade foi o Núcleo Residencial Rio Vermelho, a chamada Cohab Velha, na vila Aurora Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 8

machado, na foice e no enxadão, manualmente”, lembra. Nos locais mais próximos ao antigo centro da cidade, na atual parte baixa da Vila Aurora, na região onde hoje é a Rua Fernando Correa da Costa, a partir da barra do Arareau, as vendas do loteamento ocorreram de forma muito rápida. Contudo, para ir vendendo as demais áreas da Vila Aurora, os loteadores precisaram lançar mão de artifícios, como a doação de áreas para instituições, entidades e estruturas públicas diversas. Dentro dessa visão, a partir de doações de áreas, para fomentar a ocupação da Vila Aurora, Aureo conta que surgiram os primeiros conjuntos habitacionais de Rondonópolis. O primeiro conjunto habitacional da cidade foi o Núcleo Residencial Rio Vermelho, a chamada Cohab Velha, cuja área foi doada para a Companhia de Habitação Popular, a antiga Cohab. Depois, da mesma forma, foram criados a Coopharondon e a Coophalis, respectivamente o segundo e terceiro conjunto habitacional da cidade. Na verdade, foram inúmeras as doações de áreas feitas por Aureo e William nessa região da cidade, a exemplo da antiga Superintendência de Campanhas Públicas (Sucam), Maçonaria, Igrejas, antiga Cemat, Receita Federal, Cemitério, os clubes de Rotary e Lions entre outras. “Nós revertemos o crescimento da cidade de um lado para o outro do ribeirão Arareau. Antes, a cidade só crescia de um lado do Arareau”, atesta. Entre as doações efetivadas, Aureo destaca a destinação de 60 hectares para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), na saída para Guiratinga. “Nunca me arrependi dessa doação. Mas, por mais que a gente tenha visão, a gente ainda erra. Por exemplo, coloquei a Cohab e o Cemitério onde hoje é a área mais nobre da cidade, mas naquela época era uma viagem para chegar até lá”, revela. Com as doações, o poder público foi sendo obrigado a construir pontes para a população ter acesso a essas estruturas. Inclusive, quando do lançamento das vendas da Vila Aurora,


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