Jornalismo UFMS: duas décadas e meia em relatos

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Seria uma coisa inovadora. A gente está caminhando no que dá, mas tem coisas que vêm lá de cima que amarram. Na verdade, esse projeto era pra ter sido encaminhado para capes este ano, mas, em função dessa mudança de ministro, a coisa ficou no ar, a gente está trabalhando para encaminhar no ano que vem. Qual a importância do mestrado? Eu acho que vocês poderiam responder melhor do que a gente. Do ponto de vista assim, não sei se a palavra é técnica, mas, por exemplo assim, operacional, sei lá. Parte da biblioteca, por exemplo, eu vejo que vocês ganharam um monte com a biblioteca. Nós temos trazido muita gente do exterior para cá. Agora mesmo, no começo do ano, (?) uma palestra com um professor da Espanha, da Universidade de Navarra. Volta e meia a gente está trazendo palestras com professores, outros espanhóis que já estiveram aqui, de Barcelona, de Navarra. Tivemos um português agora no seminário de ciberjornalismo. Tivemos palestras com professores de outras Universidades brasileiras aqui, de vários lugares, do Sergipe. Quer dizer, são pessoas que estão chegando toda hora, participando de palestras, seminário, não sei o que, que trazem ideias diferentes para o curso, que vão oxigenar o curso, que trazem novos pontos de vista, novas análises e etc, novo entendimento sobre o Jornalismo. Que são coisas que, pela graduação, dificilmente a gente teria como trazer essas pessoas para cá, esses professores. Dificilmente. Então essa coisa dessa circulação de ideias é uma coisa fundamental. Em termos de infraestrutura, eu penso que a biblioteca seja um avanço muito importante. O próprio aperfeiçoamento dos professores nossos aqui da casa hoje que estão saindo para pós doutorado, que estão saindo para cursos de curta duração fora, em Barcelona, no caso eu agora vou para Portugal. E aí a gente vai, aprende um pouquinho, traz alguma novidade. É assim que o processo acontece. Então essas saídas todas, se não fosse pelo mestrado, a gente dificilmente teria essas mudanças. Então eu acho que a mudança está nisso, na oxigenação de ideias, no aperfeiçoamento do professor e etc, os próprios alunos do mestrado estão produzindo Ciência, pesquisa. Se eu perguntar para vocês qualquer coisa sobre o sistema, os meios de comunicação de Mato Grosso do Sul, vocês não vão saber, porque não existem dados. O que é a Comunicação em Mato Grosso do Sul? Ninguém sabe. Como se faz? Por que se faz? Se faz bem? Se faz mal? Qual o efeito do que a mídia produz aqui no Mato Grosso do Sul? Qual é o efeito disso para as pessoas que lêem jornal, que assistem televisão? Ninguém sabe. Não tem dados sobre isso. A gente não sabe em que mundo nós estamos atuando aqui dentro do Mato Grosso do Sul. O que é a nossa mídia. Qual o efeito. Não se sabe. Por que? Porque nunca se fez pesquisa. Nunca se avaliou isso. Nunca se dimensionou isso. Porque pesquisa, como eu falei, é mestrado e doutorado. Graduação não é. Não é exatamente a área da graduação. Claro que a graduação faz pesquisa também e deve fazer, mas é um outro grau de compreensão, outra freqüência de pesquisa e etc. Então, no mínimo, o que a gente está começando, lógico, a gente está com três anos. No mínimo, o que a gente está trazendo é uma nova dimensão, uma nova compreensão do que é a Comunicação no Mato Grosso do Sul. O que tem e o que não tem. O efeito que isso causa. Nós acabamos de terminar um trabalho aqui da Fernanda França, que defendeu agora, duas, três semanas atrás, fazendo o mapeamento do ciberjornalismo do Estado do Mato Grosso do Sul. Ela detectou 328 sites jornalísticos. Isso é muita coisa. Eu acho, não sei, a gente não tem referência de outros Estados, mas é um índice acima de muitos outros Estados brasileiros,


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