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Cremos ser impossível penetrar no “complexo” da criatura que engendrou semelhantes “legiões” que, por certo, irá ainda mais confundir ou embaralhar esta Umbanda de todos nós, ainda tão incompreendida, perseguida e detratada! E quem, inteirando-se de mais este “sincretismo”, não terá um sorriso de ironia e de descrença? É a luz que se apaga, a esperança que se esvai... Não sabemos por que existe uma insistência tremenda em reduzir a Lei de Umbanda a simples apêndice de outra Religião, que, mais dia, menos dia, se verá no legítimo direito de reivindicar os nomes dos seus Santos e imagens que estes nossos irmãos teimam em qualificar dentro da dita Lei65. 65. A primeira edição, de 1956, já estava no prelo quando a Igreja Católica, através do Frei Boaventura O. F. M. atacou esta questão. Ver jornal “O Globo” de 27- 4, 14 - 5, 15-5 e 29-5-56, que documentou as conferências e debates realizados pelo referido frade.

Basta verificarmos que na concepção mais imperante, a primeira descrita, o autor, em moderna versão, cremos que antiga também, apresenta as “Legiões da Linha dos mistérios ou encantamentos” chamada Linha de Santo, com seus “chefes”, que são os seguintes: 1. Legião de Santa Catarina (na segunda concepção, o autor ou Escola, promoveu esta santa à direção máxima da Linha, naturalmente sem ouvir a opinião do primeiro); 2. Legião de S. Benedito; 3. Legião de S. Lázaro (repete-se a promoção na primeira); 4. Legião de Santo Onofre; 5. Legião de S. Cipriano; 6. Legião de Santo Antônio; 7. Legião de Cosme-Damião. Bem, cremos ter deixado patente que: esta profusa classificação de santos e santas na Umbanda obedece ou à concepção de humanas criaturas ou ao chamado sincretismo existente nos cultos africanos, em franco processo de ampliação. Certas criaturas jamais consultaram os Orixás ou os Guias (espíritos superiores), quanto às diretrizes da Lei. Haja vista que querem transformar a Umbanda numa escola de samba, criando rei e rainha dos “terreiros” e, ainda, promovendo romarias ou procissões de “Yemanjá” (?) tal e qual fazem os padres... Tornamos a frisar, não ser do nosso feitio, nem do objetivo deste livro, criticar A ou B partidariamente. Citamos apenas as concepções que imperam e são


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