Assessoria de imprensa como se relacionar com a midia maristela mafei

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seu cliente e não ao jornalista — ainda que essa afirmação gere controvérsias entre repórteres, especialmente quando o assessorado é um órgão público, e o jornalista argumenta que o salário do assessor advém dos impostos pagos por todo cidadão. Seja como for, a não ser que o jornalista peça sua ajuda para levantar fontes, informações e dados, canalize sua energia e sua atenção para auxiliar seu assessorado no relacionamento que ele precisará desenvolver com a imprensa da melhor forma possível. Muitas vezes, você tem uma excelente matéria em mãos do ponto de vista da imprensa, mas não interessa a seu assessorado que ela seja veiculada — ou pelo menos não naquele momento. Saber fazer essa distinção e ver até onde o alegado interesse público se sobrepõe aos interesses de quem você está assessorando é fundamental para que você não se perca, não saia do foco do seu trabalho e não prejudique seu assessorado. AINDA EXISTEM OBJETIVOS EM COMUM Se existem divergências entre o papel do assessor e o do jornalista de redação, existem também objetivos em comum. O principal deles é qúe nós, os assessores, trabalhamos para intensificar o fluxo de informações entre os meios de comunicação e a sociedade. Com isso, facilitamos o acesso dos jornalistas às fontes e auxiliamos as mesmas fontes (nossos assessorados) a ter um canal de comunicação aberto com a imprensa. Além disso, a matéria-prima desse relacionamento é a informação exata e correia. Não é preciso ficar com um pé atrás ou se preparar para ir à guerra. Se a regra desse relacionamento for o profissionalismo (embalado pela ética) de ambos os lados, é o público que, em última instância, sairá beneficiado. Afinal, as pessoas têm buscado, cada vez mais, informações particulares sobre organizações com as quais se relacionam. Esta parece ser uma forma característica da pós-modernidade, em que os cidadãos deixam de acreditar firmemente nas grandes instituições (como Igreja e governos) e tentam se situar em universos mais restritos à vida cotidiana. C) caminho é a informação, que flui muito mais solta na forma de redes de comunicação. Melhorar esse fluxo de informações e levar ao público, por meio da imprensa, dados sobre as organizações, é um passo na direção do contexto contemporâneo. Definir o que é, de fato, interesse público, está quase virando tarefa de adivinhação. Esse cenário, que vem sendo pesquisado exaustivamente pelos estudiosos da pós-modernidade, exige que tanto a mídia quanto as organizações em geral revisem seus relacionamentos. O primeiro desafio é saber quem é o público. Depois, vem a tarefa de descobrir o que ele quer saber. Nesse ambiente de dúvidas e incertezas, as assessorias deimprensaestão se reestruturando e buscando construir alicerces mais seguros. Incorporadas pelas agências de comunicação e relações públicas, se desenvolveram a ponto de balizar as estratégias de governos, grandes corporações e instituições sociais no mundo todo. E o que veremos a seguir. UM NOVO MODELO DE COMUNICAÇÃO Diante desse cenário em que as relações públicas assumem papel fundamental nas organizações, vale a pena fazer uma breve pausa e nos lançarmos um pouco à teoria. Em


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