ampliação do sistema: a primeira com elevação da captação de água de 10 m³/s para 15 m³/s e a segunda para 20 m³/s. As intervenções resultaram no acréscimo de 02 m³/s, concluídas em novembro de 2010, e por fim aumento de 03 m³/s concluído em maio de 2011 (FABHAT e GIANSANTE, 2013). O Sistema Produtor Rio Grande constitui-se pelo rio homônimo que é um dos formadores do reservatório Billings. Nesse curso d’água foi implantada uma barragem que separou o braço do rio Grande do corpo principal. Nas margens do denominado Compartimento do rio Grande, foi implantada uma elevatória de água bruta que alimenta a ETA do Rio Grande. As águas desse manancial abastecem os municípios de Diadema, São Bernardo do Campo e parte de Santo André (FABHAT e GIANSANTE, 2013). O Sistema Produtor Guarapiranga possui uma área de drenagem de 631 km² (segundo maior manancial de São Paulo) e a represa de mesmo nome tem como principais contribuintes os rios Embu-Mirim, Embu-Guaçu e Parelheiros, além de diversos córregos e pequenos cursos d’água. Para abastecer a RMSP, são captados 14 m³/s de água que são encaminhados para a Estação de Tratamento de Água Alto da Boa Vista (ETA ABV), operada pela SABESP (FABHAT e GIANSANTE, 2013). Entre 1,0 e 1,5 m3/s das águas do rio Capivari, pertencente à bacia hidrográfica da Baixada Santista, são revertidos para o rio Embu Guaçu, e o rio Parelheiros recebe entre 2,0 e 4,0 m3/s das águas do braço Taquacetuba do Reservatório Billings para auxiliar este manancial (COBRAPE, 2010b). O Sistema Produtor São Lourenço trata-se de novo sistema a ser implantado, proposto pelo Plano Diretor de Abastecimento de Água da RMSP (PDAA) (ENCIBRA / HIDROCONSULT, 2006) e com estudo de concepção intitulado “Relatório Síntese do Estudo de Concepção do Sistema Produtor São Lourenço” (ENCIBRA / PRIME, 2011). A alternativa selecionada pelo estudo para abastecer a RMSP é a reversão da bacia do Alto Juquiá. A captação seria realizada no reservatório Cachoeira do França (margem direita), no braço do ribeirão Laranjeiras, que divide os municípios de Ibiúna e Juquitiba, com volume previsto de 4,7 m³/s, estipulada no art. 5.º do Decreto 27 de junho de 1996. Serão abastecidos os municípios da região oeste da RMSP, hoje atendidos pelos Sistemas Cantareira, Alto e Baixo Cotia (FABHAT e GIANSANTE, 2013). O município de São Paulo, particularmente, conta ainda com três sistemas produtores isolados: Maria Trindade (produção média 0,6 L/s), Colônia (produção média 49,9 L/s) e Jardim das Fontes (produção média 6,8 L/s) (Planos Integrados Regionais / SABESP, 2011). Os sistemas isolados caracterizam-se, basicamente, pelos núcleos urbanos que têm sistemas próprios de abastecimento de água, abrangendo a produção (captação, estações de tratamento e poços profundos), adução, reservação e distribuição de água. Além de presentes como fonte de abastecimento no sistema isolado da SABESP, os recursos hídricos subterrâneos são uma importante fonte de água potável para o abastecimento privado, complementando o sistema público na BHAT. O Plano de Bacia (FUSP, 2009) estima que aproximadamente 11 m3/s sejam extraídos dos sistemas aqüíferos da bacia. As reservas explotáveis são da ordem de 34,8 m³/s, vazão essa suficiente para 25.000 poços homogeneamente distribuídos na BHAT, considerando-se uma vazão média contínua de 120 m³/dia por poço. Esse sistema isolado apresenta uma capacidade nominal total de 2.728.384 m3/mês de água com uma produção média total de 784,0 L/s, que atende cerca de 305.950 habitantes da RMSP.
185