Um novo caminho uma nova vida

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Uma das fases mais importantes foi a definição do traçado. Algumas alternativas foram consideradas antes da decisão de uma estrada federal a oeste da BR-116, paralela ao Rio dos Sinos, sem excluir a opção a leste, que deve ser viabilizada com o projeto da rodovia estadual ERS010, ligando a BR-290 em Porto Alegre à RS-239 em Sapiranga do Sul. Uma opção tradicional para desafogar trechos sobrecarregados é a construção de uma rodovia de contorno, sem necessariamente passar próximo à via principal, para desviar o tráfego de passagem, ou seja, aqueles veículos que não circulam somente no trecho problemático, mas estão em viagem mais longa. No entanto, como 90% do tráfego da BR-116 na Região Metropolitana é local, isso se tornou inviável. A alternativa de alargamento da própria capacidade da BR-116 também foi descartada por diferentes motivos. Um deles foi a própria dificuldade de se desenvolver obras em uma rodovia que convive com engarrafamentos diários e se constitui em alternativa insubstituível para deslocamentos na região. O período de construções agravaria os congestionamentos e possivelmente geraria protestos da comunidade devido ao aumento de poluição sonora e visual, por exemplo. Além disso, as desapropriações de propriedades contíguas à via elevariam demais os custos dessa opção. O custo de desapropriações também seria um dos entraves para uma rodovia a oeste da BR-116, porém, que cruzasse a área urbanizada dos municípios. Ainda mais importante do que o valor do investimento foi a oposição das prefeituras e comunidades dos municípios atingidos, manifestada BR-116: capacidade de tráfego da principal via de entrada e saída de Porto Alegre está esgotada desde os anos 90

Foto: Trensurb

durante o EIA/RIMA, a qualquer escolha que envolvesse cruzar áreas urbanizadas. Especialmente em Canoas, mas também em Esteio e Sapucaia do Sul, o fato de a BR-116, assim como o Trensurb

Traçado

− o trem metropolitano −, cindir as cidades representa grandes transtornos à população. Por isso, os municípios solicitaram uma mudança no traçado original previsto: que deixasse de coincidir com o da antiga linha férrea para passar mais próximo ao Rio dos Sinos.

O caminho para a construção efetiva da Rodovia do Parque começou a ser construído pela Medida Provisória nº 274/2005, posteriormente transformada na lei federal nº 11.297/2006.

Após os estudos, o traçado final para a BR-448/RS foi definido: inicia-se no entroncamento da

A legislação inclui esse trecho da BR-448/RS no Sistema Rodoviário Federal. Com isso, ficou

BR-116 com a RS-118, em Sapucaia do Sul, e termina na BR-290, em Porto Alegre, junto ao Bair-

definido que esse projeto de rodovia alternativa à BR-116 na RMPA ficaria a cargo do governo

ro Humaitá, em frente à Arena do Grêmio (novo estádio do time de futebol porto-alegrense). A

federal, e a nova estrada poderia enfim ser incluída nos seus planos de investimento.

maior parte da rodovia está nos domínios dos municípios de Esteio e Canoas, onde se localiza

22 Um novo caminho Uma nova vida

O histórico da BR-448/RS

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