Cinder - Crônicas Lunares de Marissa Meyer

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eu… Pelas estrelas sobre minha cabeça, ela vai me matar quando descobrir sobre isso. — Senhora quem? A rainha Levana? A garota fechou bem os olhos, o rosto contorcido pela dor. Quando os abriu novamente, cintilavam. — Não. Sra. Sybil. Ela é a taumaturga-chefe de Sua Majestade… e minha guardiã. Reconhecimento atravessou a mente de Cinder. A primeira suspeita de Kai sobre quem poderia ter instalado o chip em Nainsi recaíra sobre a taumaturga da rainha. — Mas ela está mais para uma captora, na verdade — continuou a garota. — Não sou nada para ela exceto uma prisioneira e escra…ava. — Ela soluçou na última palavra e enterrou a cabeça em um monte de cabelo, ainda soluçando. — Me desculpe. Me desculpe. Sou uma garota perversa, sem nenhum valor e deplorável. Cinder sentiu o coração se apertar em compaixão — ela podia se dizer uma “escrava” de sua guardiã, mas não conseguia se lembrar de temer que Adri a matasse de fato. Bem, além da vez em que ela a vendeu como cobaia para a pesquisa da letumose. Ela contraiu a mandíbula diante da crescente pena, lembrando a si mesma de que aquela garota era lunar. Havia ajudado a rainha Levana a espionar o imperador Rikan e Kai. Ela imaginou rapidamente se a garota estava apenas manipulando suas emoções agora, antes de se lembrar de que lunares não podem controlar pessoas por meio de netscreens. Soprando o cabelo que estava em seu rosto, Cinder se inclinou para a frente e gritou: — Pare com isso! Pare de chorar! A garota parou e olhou para Cinder com seus grandes e úmidos olhos. — Por que você está tentando entrar em contato com o palácio? A garota se encolheu e soluçou, mas as lágrimas pareciam ter sido drenadas. 303


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