Cinder - Crônicas Lunares de Marissa Meyer

Page 104

— O quê? — Sei que este é um momento difícil para você. Kai sentiu os pelos do pescoço se arrepiarem em autodefesa e tentou se forçar a relaxar. — É um momento difícil para todos. — Com o tempo, Vossa Alteza, teremos que discutir sobre a rainha Levana e o que você pretende fazer em relação a ela. Seria prudente ter um plano. Kai aproximou-se de Torin, ignorando um grupo de técnicos de laboratório que foi forçado a se desviar deles. — Eu tenho um plano. Meu plano é não casar com ela. A diplomacia que se dane. Aí está. Não se fala mais nisso. Torin contraiu o maxilar. — Não olhe para mim desse jeito. Ela nos destruiria. — Kai baixou a voz. — Ela nos transformaria em escravos. — Eu sei, Alteza. — Seus olhos solidários aplacaram a raiva crescente em Kai. — Por favor, acredite em mim quando digo que não pediria isso a você. Assim como nunca pedi a seu pai.

Kai recuou e despencou contra a parede do corredor. Cientistas passavam apressados em seus jalecos brancos, esteiras de androides chiavam no linóleo, mas se alguém notou o príncipe e seu conselheiro, não o demonstrou. — Tudo bem, estou ouvindo — disse ele. — Qual é o nosso plano? — Vossa Alteza, este não é o lugar… — Não, não, você tem minha atenção. Por favor, dê-me algo para pensar que não seja essa doença estúpida. Torin respirou, ponderando a situação. 104


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.