Cinder - Crônicas Lunares de Marissa Meyer

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— Minha esperança é que, como imperador, você seja mais capaz de enxergar o motivo, Vossa Alteza. Kai ficou em silêncio enquanto o elevador passou pelos sexto, quinto e quarto andares. — Meu pai é um homem sábio. Neste momento, não tenho nenhuma intenção de alterar qualquer uma das suas decisões anteriores. Espero que nós sejamos capazes de chegar a um acordo, mas temo que a sua senhora precisará diminuir suas tão sensatas exigências. O sorriso de Sybil tinha congelado em seu rosto. — Bem — disse ela, enquanto as portas se abriram para o terceiro andar —, você é jovem. Baixou a cabeça, fingindo que ela lhe fizera um elogio, e em seguida virou-se para Torin. — Se tiver um minuto de sobra, talvez possa andar comigo até o consultório do dr. Erland. Você pode ter questões nas quais eu não tenha pensado. — É claro, Vossa Alteza. Nenhum deles acenou para a taumaturga ou para seu guarda ao deixarem o elevador, mas Kai ouviu a voz açucarada atrás deles dizer “Vida longa ao Imperador” antes de as portas se fecharem. Ele rosnou. — Deveríamos encarcerá-la. — Uma embaixadora lunar? Isso não é bem uma demonstração de paz. — É um tratamento melhor do que eles nos dariam. — Ele esfregou uma das mãos pelos cabelos. — Argh… lunares. Percebendo que Torin tinha parado de segui-lo, Kai baixou a mão e se virou. O olhar de Torin estava pesado. Preocupado. 103


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