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Restrições nas descargas de nutrientes e micropoluentes – O que podemos antecipar?

Jacinto

Licenciado em Química Tecnológica pela Universidade de Lisboa, está no grupo Veolia desde 1999, onde é atualmente responsável pelo departamento de Suporte Técnico do Departamento de Água na Veolia Portugal. Com larga experiência em operação de ETAR, realizou nos últimos anos várias missões internacionais, entre as quais como suporte técnico aos processos de tratamento de várias ETAR (em Espanha: Soto Gutierrez, Santander, Aranjuez, Adeje, Laiola, Torrelodones; na Polónia: Mlawa na); de auditoria a sistemas de desodorização química da ETAR de Carrigrenan (Irlanda) e desodorização biológica das ETAR de Stevenston (Escócia), de Inverclyde (Escócia) e de Meadowhead (Escócia); e enquanto responsável de Operação e Processo na ETAR de Rejas e na ETAR de Butarque, em Madrid, com a responsabilidade da gestão e otimização do processo de tratamento.

“... muitos desses investimentos terão impactos que ultrapassam o cumprimento de limites e parâmetros, na medida em que as novas tecnologias permitem responder a outros tantos desafios como uma menor pegada de construção, aumento da capacidade de tratamento e da eficiência energética”.

Restrições nas descargas de nutrientes e micropoluentes – O que podemos antecipar?

Restrições nas descargas de nutrientes e micropoluentes – o que podemos antecipar?

Na União Europeia existe hoje um elevado nível de conformidade ao nível das águas residuais recolhidas (98%) e das águas residuais tratadas (92%) respeitando os critérios de qualidade da Diretiva Europeia 91/271/ CEE. Embora tratando-se de valores médios, sabemos que nem todos os estadosmembros possuem os mesmos indicadores, é hoje largamente admitida a necessidade de realizarmos um esforço tecnológico e financeiro adicional para atingirmos em 2050 o objetivo “ambiente livre de contaminação” a que a Comissão Europeia se propõe.

Esta necessidade decorre nomeadamente da contaminação crescente de pequenas aglomerações e do excesso de águas das chuvas e de micropoluentes, como é o caso dos resíduos de produtos farmacêuticos e cosméticos, que são frequentemente encontrados nas massas de água, com impactos negativos na qualidade das origens de água e na saúde pública, e que para serem removidos requerem um tratamento adicional.

É neste contexto que surge a proposta da Comissão