AIAFANews 9 / Brasil

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EDIÇÃO BRASIL

A REVISTA PROFISSIONAL DOS GESTORES DE FROTAS

Novembro 2015 / N0 9 / R$ 10,50 ENTREVISTA COM GESTORES

Keila Yuka Hanashiro Takata, gerente de facilities do Santander PÁGINA 16

GESTÃO

O papel do gestor no gerenciamento dos recursos em momentos de crise PÁGINA 14

Estamos fazendo o melhor possível na gestão de nossas frotas? PÁGINA 18

Corporate Vehicle Observatory 2015 PÁGINA 20

MONTADORAS

Entrevista com Jörg Hofmann, presidente e CEO da Audi do Brasil PÁGINA 24

Chevrolet Prisma 2016 VW Novo Jetta Trendline Hyundai New Elantra Ford Focus Fastback BMW Série 3 PÁGINA 26

LOCADORAS / GESTORAS

Entrevista com José Luis Criado Pérez, diretor-geral da LeasePlan International PÁGINA 32

ENTREVISTA COM GESTORES

«As empresas devem enxergar o papel estratégico do gestor de frota» Flávio Gueiros da Silva Coordenador de frotas da Nokia Networks PÁGINA 10

DIA DA FROTA 2015

Soluções em segurança e gestão de frota Confira nesta edição a cobertura completa sobre o Dia da Frota 2015, que reuniu cerca de 150 profissionais do setor na AmCham Brasil, em São Paulo. Neste ano, o evento da AIAFA focou na importância do networking e apresentou as novidades tecnológicas a serviço dos gestores de frota. PÁGINA 4

A terceirização de frotas ainda não amadureceu no Brasil PÁGINA 34

Entrevista com Luis Fernando Porto, CEO da Locamerica PÁGINA 36

PRESTADORAS DE SERVIÇOS

Entrevista com Marcos Valillo, diretor comercial da Pointer do Brasil PÁGINA 38

ASSOCIE-SE GRÁTIS

www.br.aiafa.com



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EDITORIAL / SUMÁRIO

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DIA da FROTA 2015, soluções em segurança e gestão de frota

ENTREVISTA COM GESTORES Temos a alegria e a satisfação de oferecer a vocês a nova edição da nossa revista para gestores de frotas. Neste número, vocês encontrarão artigos muito interessantes sobre gestão, entrevistas e reportagens do setor. Desejamos que esse conteúdo completo e atual seja de seu interesse e possa contribuir de alguma forma em suas responsabilidades e dedicação aos veículos de sua empresa.

10 Flávio Gueiros da Silva, coordenador de frotas da Nokia Networks 16 Keila Yuka Hanashiro Takata, gerente de facilities do Santander

GESTÃO Jaume Verge

Já estamos na reta final de um ano difícil, que suscitou desafios aos gestores e fornecedores do setor para redimensionar frotas e reduzir custos. Queremos com esta revista e com o trabalho que desempenhamos junto aos gestores de frotas encorajá-los a enfrentar 2016 com otimismo. Para isso, convidamos nossos leitores e associados para as atividades que a AIAFA organizará durante o próximo ano. Por um lado, a boa notícia é que poderemos voltar ao renovado circuito de Interlagos, para organizar ali a próxima edição do Dia da Frota, a principal jornada de test-drive de veículos para gestores e profissionais do setor. Nesta edição da AIAFANews você acompanha a cobertura completa do Dia da Frota 2015. Por outro lado, no segundo semestre, a AIAFA tem presença confirmada no tradicional e maior evento do setor automotivo de América Latina, o Salão do Automóvel de São Paulo. Ali, organizaremos o V Congresso de Gestores de Frotas, com debates e conferências sobre as temáticas mais atuais que contribuam para o desenvolvimento profissional dos gestores de frotas. Esperamos encontrá-los nos eventos da AIAFA. Nos vemos em 2016!

14 O papel do gestor no gerenciamento dos recursos em momentos de crise 18 Estamos fazendo o melhor possível na gestão de nossas frotas? 20 Corporate Vehicle Observatory 2015

MONTADORAS 24 Entrevista com Jörg Hofmann, presidente e CEO da Audi do Brasil 26 Chevrolet Prisma 2016 27 VW Novo Jetta Trendline 28 Hyundai New Elantra 29 Ford Focus Fastback 30 BMW Série 3

LOCADORAS / GESTORAS 32 Entrevista com José Luis Criado Pérez, diretor-geral da LeasePlan International 34 A terceirização de frotas ainda não amadureceu no Brasil 36 Entrevista com Luis Fernando Porto, CEO da Locamerica

PRESTADORAS DE SERVIÇOS 38 Entrevista com Marcos Valillo, diretor comercial da Pointer do Brasil 40 Tendências 41 Veículos elétricos 42 Novas tecnologias

EDITORA Sociedad Iberoamericana de Administradores de Flotas, S.L. CIF: B61912077 Horaci, 14-16 08022 - Barcelona, Espanha DIRETOR EDITORIAL Jaume Verge JORNALISTA RESPONSÁVEL Liana Aguiar (Mtb 7324/DF) imprensa@aiafa.com DIAGRAMAÇÃO E DESIGN Guillermo Bejarano hola@guillermobejarano.com FOTOGRAFIA Lillian Bento Walter Motta

COLABORADORES Karen Pinnati Leandro Ferraz Renato Carrelas Rodrigo Amaral PUBLICIDADE Jaume Verge jverge@aiafa.com +34 600 446 088

Associação Internacional de Administradores de Frotas de Automóveis Horaci, 14-16 08022 - Barcelona, Espanha T. +34 932 042 066 / F. +34 932 057 373 info@aiafa.com / www.br.aiafa.com

AIAFANews é a publicação oficial da Associação Internacional de Administradores de Frotas de Automóveis. Esta revista é exclusivamente veiculada por distribuição direta. Para recebê-la gratuitamente, é necessário inscrever-se no site www.br.aiafa.com As opiniões expressas nos artigos desta edição são exclusivas de seus autores, não correspondendo necessariamente à opinião da AIAFA. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização expressa da editora.


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DIA da FROTA 2015 Soluções em segurança e gestão de frota Centrado na importância do networking e nas novidades tecnológicas a serviço dos gestores, evento da AIAFA reúne cerca de 150 profissionais do setor em São Paulo

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Texto e fotos: Lillian Bento

om formato inovador, o Dia da Frota 2015 reuniu cerca de 150 gestores de frota de diversas regiões do Brasil e outros profissionais do setor, na sede da AmCham Brasil, em São Paulo, no dia 21 de julho. O evento foi realizado pela Associação Internacional de Administradores de Frotas de Automóveis (AIAFA) e teve como empresas patrocinadoras a Audi do Brasil, Bosch Service Solutions, Concept Blindagens, Localiza Gestão de Frotas, TFleet Management, VB e Instituto PARAR, que apresentaram produtos e serviços e promoveram rodadas de negócio. A principal novidade deste ano no Dia da Frota foi o formato do evento, direcionado ao networking com exposições das

Leandro Ferraz e Jaume Verge, da AIAFA


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empresas e ciclos de apresentações e palestras sobre segurança, inovações e novas tecnologias em gestão de frotas. Um dos destaques foi o test-drive urbano. Para a ocasião, a Audi do Brasil apresentou a nova SUV compacta Q3, um modelo que atende o perfil dos gestores de frota tanto em desempenho quanto no custo. Outra novidade que agradou aos participantes foi a distribuição do poken, um dispositivo para a troca de dados acionado ao entrar em contato com outro. O poken proporcionou o intercâmbio de informações e a criação de maillings entre os gestores de frota. Para o representante da AIAFA no Brasil, Leandro Ferraz, é necessário potencializar o uso das novas tecnologias. Ferraz lembrou a importância das tecnologias para controlar as performances de abastecimento, manutenção, utilização dos veículos, bem como a gestão operacional das equipes em campo e integração das informações para melhorar o gerenciamento. “O gestor é o motor que para que tudo isso possa acontecer da melhor maneira”, pontua.

Rogério Garrubbo, da Concept Blindagens

Para Ferraz, o melhor aproveitamento das tecnologias a favor da atuação do gestor de frotas possibilita a redução dos custos operacionais, a proteção à vida dos condutores e a redução do impacto ambiental. A TFleet Management também apresentou inovações na área de gerenciamento de processo de transporte de funcionários e auditoria de frota locada com a apresentação de um aplicativo com uma base de

O representante da AIAFA no Brasil, Leandro Ferraz, apresenta a associação no Dia da Frota 2015

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dados unificada. O aplicativo proporciona o rastreamento da frota e telemetria, gestão de compras, documentação e desmobilização e gestão de manutenção e sinistros, além de outras vantagens. O gestor comercial da TFleet, Welson Silva, afirmou que foi possível compartilhar informações e interagir diretamente com os gestores durante o evento. “Aqui reunimos quem tem a necessidade e é o espaço de trocas”, disse.

O analista de frota Fabiano Luiz e o supervisor de frota Rafael Silva, ambos da Brink’s Segurança e Transporte de Valores, testam o poken, dispositivo de transferência de dados distribuído entre participantes

A Bosch Service Solutions apresentou um sistema de gestão de frotas da empresa, que ajuda na recuperação de veículo roubado e proteção para empresas de pequeno porte, além da gestão de combustível e da agenda e disponibilidade dos motoristas. Para Carlos Pereira, gestor da empresa, a AIAFA contribui para o mercado ao proporcionar coesão a um segmento tão difuso como o de gestão de frotas. “A AIAFA é hoje a principal entidade desse mercado e possibilita que as pessoas certas conheçam nosso serviço”, comentou Pereira. MELHORES PRÁTICAS EM TEMPOS DE CRISE O CEO da Cork Services, Marcelo Nogueira, afirmou durante palestra no Dia da Frota 2015 que o momento de crise econômica pela qual passa o Brasil requer gestores de frota que saibam utilizar as tecnologias com as melhores práticas em gestão. “A crise propõe desafios que necessitam de decisões seguras e mais acertadas, e a tecnologia em gestão de frotas é importantíssima para isso”, afirma.

Representantes de patrocinadores e frotistas conversam durante rodada de negócios no Dia da Frota 2015

“Quanto mais vivemos em crise, mais precisamos de um bom profissional de gestão. Assim, os gestores de frota no Brasil vivem um momento de oportunidades de crescimento profissional”, acrescentou o vice-presidente da AIAFA, Jaume Verge.


DIA DA FROTA 2015

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As novidades apresentadas foram bem recebidas pelo público. “Todos os frotistas estão interessados nas novas tecnologias aqui apresentadas para aumentar a produtividade e baixar custos”, afirmou o coordenador de transportes do Metrô de São Paulo, Alceu Agostinetti. “A vantagem do Dia da Frota é conhecer novos fornecedores porque o que busco é consolidar um fornecedor e garantir estabilidade no atendimento”, disse o coordenador de frota da Aché Laboratórios, André Leitão. SEGURANÇA AUTOMOTIVA E REDUÇÃO DE ACIDENTES Cuidar do capital humano é uma das preocupações centrais da gestão de frotas e por isso a prevenção de acidentes automotivos é fundamental. O Instituto PARAR, criado para contribuir com a humanização e profissionalização do trabalho dos gestores de frota no Brasil, melhorando assim os índices de trânsito no País, apresentou seu trabalho e propostas para os gestores de frota. Para o PARAR leader, Ricardo Imperatriz, o Dia da Frota está entre as oportunidades do Instituto de mostrar seu trabalho e defender a importância da segurança no trânsito. “Nossa expectativa é criar uma consciência nos gestores de frota de que são responsáveis por construir histórias de vida. Precisam entender que o foco da gestão deles é o trabalhador e que esse trabalhador precisa voltar seguro para casa depois de um dia de trabalho”, defendeu. Nesse sentido, o gerente comercial da TFleet Management, Osnil Bruschi, também afirmou que a gestão de frotas deve se preocupar com a segurança do veículo e dos motoristas. “Temos de identificar quem são os condutores, conhecê-los para analisar os riscos de infrações de trânsito e colisão e identificar o perfil de condução”, disse.

O coordenador de frota da Aché Laboratórios, André Leitão, recebe informações do consultor de vendas corporativas da Audi do Brasil, Guilherme Eberle Moraes, para o test-drive na nova SUV Q3

Osnil Bruschi, da Tfleet Management, responde às perguntas dos gestores de frotas

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Alceu Agostinetti e Sidnei da Costa, do Metrô de São Paulo

Test-drive na nova SUV Audi Q3

Estande da VB, do Grupo FleetCor Gestão de Abastecimento de Veículos

Flávio Tavares e Ricardo Imperatriz, do Instituto PARAR

Jaume Verge e André Leitão

Estande da Bosch Service Solutions


DIA DA FROTA 2015

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A Concept Blindagens também esteve presente no Dia da Frota 2015 como patrocinadora e apresentou as vantagens da blindagem corporativa. Segundo o CEO da empresa, Rogério Garrubbo, hoje a empresa consegue gerir 10 mil veículos, todos dentro das regras de compliance, de acordo com os preceitos normativos e éticos para garantir a qualidade dos serviços. REPERCUSSÃO POSITIVA Na avaliação do vice-presidente da AIAFA, Jaume Verge, o formato diferenciado do Dia da Frota 2015, focado no networking, agradou os participantes. “Os participantes se sentiram à vontade para conversar, fechar negócios ou agendar conversas futuras. O intercâmbio profissional entre eles ocorreu o tempo todo”, observou Verge. Outro ponto que ele destacou como positivo foi a utilização do poken, dispositivo de troca de dados. “Foi uma maneira mais simpática de trocar dados em um dispositivo que é privado e muito prático. Foi um diferencial que tornou o evento ainda mais sustentável.” O diretor de produtos da VB, do Grupo FleetCor Gestão de Abastecimento de Veículos, Petrus Moreira, lembrou que o evento da AIAFA é bastante conhecido no setor e traz benefícios para os gestores de frota por conseguir reunir os principais nomes do setor. “É um momento de troca em que o gestor de frota pode encontrar a solução que melhor atende sua necessidade”, afirmou. O representante da AIAFA no Brasil, Leandro Ferraz, destacou a fidelização do público como algo positivo. “Se esse público está sempre presente nos eventos que a AIAFA realiza e tem interesse em estar conosco é sinal de que estamos entregando a eles algo que precisam, que gostam de receber. Para nós, foi um retorno muito positivo”, concluiu.

Estande da Audi

Petrus Moreira, da VB

Martha Mendes, da Localiza Gestão de Frotas

Carlos Pereira da Bosch Service Solutions

Osnil Bruschi, da Tfleet Management

A AIAFA AGRADECE ÀS EMPRESAS PATROCINADORAS POR CONTRIBUÍREM PARA TORNAR POSSÍVEL A REALIZAÇÃO DO DIA DA FROTA 2015. Montadora:

Empresas de Serviços:

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ENTREVISTA COM GESTORES

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«Devemos mensurar metas dentro da nossa realidade econômica» Flávio Gueiros da Silva

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iagnosticar os principais custos de frotas e garantir medidas contingenciais e corretivas que propiciem o menor impacto são os desafios do gestor de frotas diante de um cenário de reformulação de taxas e impostos. Essa é a recomendação do coordenador de frotas da Nokia Networks, Flávio Gueiros da Silva, para uma boa gestão, especialmente em momentos de crise, com a que o País enfrenta.

Fotos: Walter Motta

Coordenador de frotas da Nokia Networks

“As empresas devem enxergar o papel estratégico do gestor de frota e inserir esse recurso dentro da cultura organizacional”

No cargo há quase seis anos, Silva explica como administra uma frota de 280 veículos, dos quais 207 são comerciais leves. A Nokia está presente no Brasil há 12 anos, e 40% de sua frota se situa no Nordeste, 22% no Norte, 24% no Centro-Oeste e 14% entre o Sudeste e Sul. Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gerenciamento de Projetos, Silva se divide entre as duas sedes da Nokia no Rio de Janeiro, no Centro e


Flávio Gueiros da Silva

no bairro do Irajá para gerenciar a frota. Nesta entrevista à AIAFANews, ele explica como mudanças na gestão, especialmente em relação aos condutores e às duas modalidades de aquisição da frota – terceirizada e agregada –, têm trazido resultados positivos à empresa. Quais são os maiores desafios para gerir uma frota como a da Nokia? Um dos maiores desafios é gerir uma frota pulverizada com atuação em áreas de difícil acesso, por exemplo, em áreas não urbanizadas no Norte e Nordeste. Os nossos steakholders (parceiros) possuem baixa capilaridade nessas localidades. As sedes no Brasil situam-se em diferentes locais das áreas de atuação, a gestão é remota. O desafio é constante, uma vez que muitos projetos da organização são temporários, o que gera desmobilização e mobilização para outros locais. Que conquistas no seu trabalho como gestor de frotas o senhor destacaria? Destacaria uma ferramenta de gestão de combustível que criamos em 2012. Ela é capaz de processar de forma dinâmica os dados coletados de telemetria, abastecimento e ordens de serviço dos condutores em uma única informação. Esse avanço tecnológico foi traduzido em menos

ENTREVISTA COM GESTORES

“Um dos maiores desafios é gerir uma frota pulverizada com atuação em áreas de difícil acesso, em áreas não urbanizadas” esforços e redução do tempo de análise dos casos de necessidade de crédito de combustível, otimizando e automatizando os processos manuais para a execução de crédito de combustível nos cartões pela gestão de frotas. Os créditos de saldo nos cartões de combustível são inseridos com base na quilometragem percorrida pelos veículos, respeitando a meta individual pré-estabelecida pelo gestor de frotas. Que sistema a Nokia adota para adquirir os veículos (frota própria ou terceirizada)? A frota é terceirizada. Contamos com veículos de locadora e veículos agregados, aqueles que pertencem aos próprios colaboradores da empresa. Por que utilizam frota terceirizada e agregada? Quais são as principais vantagens e desvantagens dessas modalidades?

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Com a frota terceirizada, a empresa pode usufruir de maior rapidez na transferência de dados e informações, podendo dedicar mais tempo ao seu negócio principal. Também reconhecemos como vantagem a redução de despesas com oficinas, mecânicos, controle e investimentos em estoque de peças, uma vez que essa não é atividade fim da empresa, o que representaria um aumento de custo se a frota fosse própria. Já a agregação possui como vantagem o comprometimento do motorista em cuidar do seu próprio veículo de forma a manter não só o compliance que atende aos requisitos da organização como também dos processos de frotas. Outra vantagem da agregação é a redução de custos de avarias, multas e outros de natureza de má utilização do veículo. O fato de serem agregados não os isenta de seguirem as normas e diretrizes expressas na política de frotas, que é mista para veículos agregados e locados. Da mesma forma que os veículos locados, os agregados devem ser acompanhados de perto com o controle por monitoramento de rastreadores. Uma vantagem específica do nosso negócio é que os custos de pagamento mensal da modalidade de agregação são inferiores aos custos mensais de locação de veículos.


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ENTREVISTA COM GESTORES

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Os colaboradores são obrigados a fornecer seus dados cadastrados para conseguir abastecer, tais como matrícula e senha pessoal e intransferível. Como diferencial, o que fazemos é validar a informação de quem dirige o veículo, com base na telemetria, e quem abastece, com base na informação cedida pela compra do combustível. Quais foram os resultados dessa política para reduzir gastos e sinistros? Essa política com os condutores continua sendo mantida? Trazendo a cumplicidade dos condutores. Por meio da aceitação e comprometimento deles com a política de frotas, foi possível reduzir o quadro ofensivo de má condução dos veículos. Sim, a política continua sendo seguida. É necessário ter uma frota superdimensionada para garantir a rapidez dos serviços? No caso da Nokia, como a companhia minimiza a ociosidade desses veículos? Por meio do compartilhamento de veículos minimizamos a ociosidade da frota, uma vez que o número de veículos é inferior ao de motoristas. Como é realizada a manutenção da frota? A companhia possui uma oficina de manutenção própria? Não, nós utilizamos a terceirização como viés. As manutenções são realizadas entre a equipe orçamentária das locadoras e as oficinas. As cobranças dessa natureza são posteriormente avaliadas pelos analistas de frotas e, se deferidas, seguem o fluxo para pagamento. A frota é destinada para que serviços da companhia? A maior demanda é para serviços de implantação e manutenção de redes de telecomunicação. Para essa demanda de serviços, quantos profissionais utilizam um veículo? Os condutores dividem o uso dos veículos? Os nossos técnicos são também os condutores dos veículos. Hoje temos 320 colaboradores. Como não temos um veículo para cada técnico e o número dos recursos alocados em nossos projetos supera o número de veículos, que são compartilhados entre dois, três ou mais colaboradores. No caso de utilitários pesados e/ ou 4x4, que atendem diretamente a área de manutenção e infraestrutura, de três a seis condutores utilizam o mesmo veículo. Em um evento do setor, o senhor divulgou que a Nokia, por meio da análise do perfil de seus condutores, conseguiu reduzir o gasto com combustível e o número de sinistros e multas. Em que consiste essa política? Que tipo de trabalho ou treinamento foi realizado com os condutores?

“Uma vantagem do nosso negócio é que os custos de pagamento mensal da modalidade de agregação são inferiores aos custos mensais de locação de veículos” Foram estabelecidos dois planos, sendo um corretivo e o outro preventivo. No plano corretivo, os condutores são responsáveis por multas de trânsito, assim como avarias oriundas de má utilização (sinistros, por exemplo), e os condutores concordaram com a política de frotas ao ingressarem na empresa. O preventivo consiste em dar treinamento de direção de defensiva a todos os condutores, principalmente para aqueles que são vistos como ofensores e recorrentes em excesso de velocidade e outros indicadores de frota. A Nokia adota o sistema de compra por cartão de combustível. Como os funcionários utilizam o cartão e que informações se conseguem por esse meio?

Diante do cenário pessimista para a economia brasileira este ano, quais são os maiores desafios do gestor de frota para contribuir para os bons resultados da empresa? Diagnosticar os principais custos de frotas da empresa, compará-los com os orçamentos e metas pré-estabelecidos no planejamento estratégico da organização e garantir medidas contingenciais e corretivas que propiciem o menor impacto diante do cenário de reformulação de taxas e impostos. Para isso, devemos mensurar metas viáveis com resultados palpáveis e dentro da nossa realidade econômica. Quais são suas principais dicas para gerir uma frota de maneira estratégica? Compartilho da filosofia de que as empresas devem enxergar o papel estratégico do gestor de frota e inserir esse recurso dentro da cultura organizacional como um membro potencial e estratégico para as tomadas de decisões assertivas e eficazes de gestão e planejamento. Assim, o gestor atuará não somente para “apagar incêndios” como também participará do plano de negócio e será cúmplice com os objetivos de resultado da companhia.


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GESTÃO

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O papel do gestor no gerenciamento dos recursos em momentos de crise Como as ações do gestor de frota podem potencializar o alcance de resultados em cenários de recessão econômica

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comum, em momentos como os atuais, ouvirmos colocações que relacionam crise à oportunidade. De fato, cenários de dificuldade econômica nos remetem à necessidade de avaliar o posicionamento e exercitar com mais vigor práticas para conter desperdícios e preservar os recursos da organização. Na administração da frota, é parte do escopo de responsabilidades do gestor direcionar as decisões da companhia para reduzir riscos do investimento e custos diretos de processos (insumos operacionais) e garantir a qualidade de atendimento aos usuários e ao negócio (maior segurança e disponibilidade). O orçamento financeiro de frota figura entre os principais grupos de despesas e investimentos em muitos segmentos e empresas, cabendo ao especialista a difícil tarefa de assegurar a austeridade dos gastos envolvidos na operação dos veículos. Considerando então o cenário de crise, o papel do gestor passa a ganhar posição de maior destaque.

Todavia, para alavancar as oportunidades e ajustar os recursos à nova realidade, é necessário organizar a estrutura de gerenciamento, garantindo o uso racional da frota, por meio de uma política consistente, aliada a procedimentos e ferramentas eficazes de controle. POLÍTICAS DE USO E DE VEÍCULOS Há organizações que não definem as regras de uso dos veículos de maneira eficaz. Estabelecer uma política adequada é o primeiro passo para propiciar condições de acompanhamento e gestão dos recursos. Também é substancial para preservar a empresa de riscos jurídicos e trabalhistas. Mas não basta criar as regras; é preciso assegurar sua aplicabilidade. Muitas normas acabam não saindo do papel, por questões políticas ou culturais no âmbito organizacional. Ao gestor de frota cabe trabalhar as condições para implementá-las, sensibilizando as lideranças estratégicas da necessidade e os ganhos que podem proporcionar.

Para ajustar os recursos à nova realidade, é necessário organizar a estrutura de gerenciamento, garantindo o uso racional da frota e uma política consistente Além disso, é preciso trabalhar outra política substancial para garantir a sustentabilidade dos recursos: a política de veículos. A escolha do veículo apropriado às características operacionais e demandas internas da empresa, aliado à definição do ciclo ideal de renovação da frota propiciam melhorias operacionais a curto e médio prazos, abreviando custos. ORGANIZAÇÃO DE PROCESSOS A partir da definição das políticas, é possível estruturar os processos de gerenciamento, que devem possibilitar ao gestor alcançar melhores metodologias para adquirir os insumos a custos minimizados. Processos organizados facilitam a rotina do administrador na realização e controle das atividades, por meio de indicadores que auxiliam na adoção de metas e aju-

dam na identificação de não conformidades. Assim, as fases das tarefas podem ser revistas e melhoradas. Para que as análises possam ser efetuadas, é fundamental trabalhar as informações e dados. Vale salientar que a empresa deve definir como eles serão medidos, arquivados e manuseados. A metodologia de controle deve garantir a confiabilidade das informações para estruturação dos relatórios de acompanhamento (painéis gerenciais) e indicadores. O acompanhamento e avaliação dos principais indicadores de gerenciamento da frota podem direcionar o gestor a identificar oportunidades para obter resultados. Atitude é fundamental nessa tarefa. É preciso persistência em analisar a evolução dos indicadores e trabalhar com informações consistentes, com o intuito de formular ações que possam gerar maior eficiência e consequentemente atingir as metas estabelecidas. Por meio dessa análise, o gestor poderá identificar o nível de utilização da frota; resultados significativos podem ser alcançados com a redução de veículos ociosos. Aumentar o compartilhamento do uso de veículos é uma das iniciativas que garantem o uso racional. Essa ponderação deve ser igualmente realizada com os insumos


O papel do gestor no gerenciamento dos recursos em momentos de crise

a condição de segurança e dos veículos. Essa ação deve ser empreendida em conjunto com outras áreas da organização; a participação de setores como talentos humanos, de segurança, da operação e outras dependendo do segmento, fortalece as iniciativas, aumentando a viabilidade de sucesso nas ações planejadas. Tais iniciativas trazem valor agregado às organizações, além da eficiência operacional.

Leandro Ferraz de Oliveira Diretor-executivo da Efficient Consulting Soluções Integradas em Gestão de Frotas e representante da AIAFA no Brasil

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CONSCIENTIZAÇÃO DE CONDUTORES Todo o esforço de organizar a política de uso, a estrutura de gestão, os processos e indicadores não surtirão o efeito desejado caso os usuários da frota não sejam conscientizados para as boas práticas de utilização e dirigibilidade. É preciso trabalhar a melhoria comportamental para elevar

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O papel do gestor em organizar as ações para garantir que custos possam ser minimizados é amplo; não há como conseguir evoluir sem trabalhar sistemicamente as principais vertentes que compõem o cenário de utilização dos veículos em uma frota, e ainda manter a equipe envolvida motivada e ciente das metas e objetivos que devem ser alcançados. Superar esse momento requer evoluir na capacidade de gestão e de liderança e assegurar que os recursos sejam utilizados de forma austera.

operacionais da frota; aferir as performances dos veículos, identificar as unidades que não correspondem às expectativas e adotar as medidas para corrigir e normalizar o desempenho. TECNOLOGIA AUXILIA O GESTOR Deve ser rotina a qualquer gestor apurar os indicadores e apontar medidas para melhorar os resultados. Nessa atribuição, soluções tecnológicas podem auxiliar e facilitar o desafio, mas devem ser escolhidas e implementadas com muito cuidado. A partir da utilização de ferramentas adequadas oportunidades poderão surgir e caberá ao administrador da frota identificar possíveis pontos de melhoria. O grande desafio e tendência no mercado de gestão de frotas é a possibilidade de integrar diferentes ferramentas e soluções. Com essa opção, podem-se analisar de uma forma ampla as informações, efetuando cruzamentos de diferentes indicadores que poderão apontar, de uma maneira rápida e eficaz, as causas para performances indesejáveis.

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ENTREVISTA COM GESTORES

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«Passamos a operar com poucos veículos e frota própria» Keila Yuka Hanashiro Takata

Fotos: Lillian Bento

Gerente de facilities do Santander

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om uma frota própria e diferenciada, o Banco Santander no Brasil tem um modelo de gestão que atua em diferentes frentes. A frota consiste em 53 veículos próprios e dois helicópteros, além de 1.800 cartões combustível vinculados a veículos particulares de funcionários da área comercial. O banco também oferece serviço de transporte aos colaboradores, com veículos fretados e vans entre os edifícios administrativos. Dessa maneira, são transportadas 3 mil pessoas por dia. A frota do Santander é variada, composta por vários tipos de veículos: sedã e SUV para executivos, modelo popular para ta-

“Na frota própria, a maior vantagem é a velocidade para resolução dos problemas do dia a dia, além de redução de gastos” refas operacionais, motos e um caminhão, sem contar os ônibus e vans de propriedade de um fornecedor, que realiza o transporte dos colaboradores do banco. À frente da gestão da frota está Keila Yuka Hanashiro Takata, gerente de facilities do

Santander. Nesta entrevista à AIAFANews, ela explica que o banco fez uma revisão de seu modelo de gestão de frota e passou a operar com poucos veículos e a modalidade de aquisição passou a ser frota própria. Segundo ela, as poucas unidades percorrem uma média anual de 20.000 km por veículo e têm entre um e cinco anos de uso. Graduada em Turismo com MBA Executivo Empresarial e especialização na Kellogg School of Management, Takata atua há 11 anos no Santander do Brasil, que tem sede de São Paulo. Nesta entrevista, ela fala sobre a adoção do cartão de combustível e aponta os desafios de gerenciar a frota de uma rede bancária tão ampla no País.


Keila Yuka Hanashiro Takata

Com 17 anos de experiência na gestão de serviços e 11 anos no Santander, que porcentagem do seu tempo é dedicado à frota? Como a gama de serviços sob minha responsabilidade é grande, tenho 10% do meu tempo dedicado à frota. Claro que, em uma intercorrência nessa área, minha dedicação é total. Além da gestão da frota, quais as outras atividades ou serviços a funcionários do banco que a senhora gerencia? As demais atividades incluem assuntos relacionados a viagens de negócios e de treinamento, alimentação, recepção, serviços administrativos Vips, cartão corporativo, serviços de táxi, cartório e tradução. Além disso, coordeno os serviços de conveniências, por exemplo, academia, salão, espaço de massagens terapêuticas, agência de viagens a lazer, lavanderia/costureira, engraxates volantes, concierge, entre outros. Que sistema o Santander adota para adquirir os veículos, frota própria ou terceirizada? Fizemos um grande trabalho há sete anos, o qual, por meio de um benchmarking, mudamos conceitualmente a gestão de frota. Desde então, passamos a operar com poucos veículos e com frota própria. Por quê? Quais são as principais vantagens dessa opção? Na frota própria, a maior vantagem é a velocidade para resolução dos problemas do dia a dia, além de redução de gastos. A frota que a senhora gerencia é executiva ou também aquela destinada para outros serviços do banco?

ENTREVISTA COM GESTORES

“O desafio do gestor de frotas é buscar eficiência por meio de soluções inteligentes com o mínimo de impacto na área de negócios”

Temos frota executiva, para a alta direção do banco, e a frota para serviços de apoio e ronda. Além disso, fazemos o gerenciamento de 1.800 cartões combustível para a área comercial. Esses 1.800 cartões de combustível estão vinculados a veículos particulares dos funcionários. Como o cartão é utilizado? O cartão combustível é utilizado pela área de negócios, no qual cada funcionário cadastra dois veículos.

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Que tipos de veículos que compõem a frota do Santander? Temos quatro tipos de veículos na frota: sedã e SUV para executivos, modelo popular para tarefas operacionais, motos e um caminhão. Também contamos com ônibus e vans de propriedade de um fornecedor que realiza o transporte dos funcionários. Quais são as marcas e os modelos mais presentes? Não temos exclusividade com marcas e modelos. Com que frequência há renovação da frota? Como é realizada a manutenção dos veículos? Em geral, a renovação ocorre a cada três anos. Já a nossa manutenção preventiva e corretiva é feita por gerenciamento terceirizado, por meio de agendamento.

Por que o Santander adotou esse serviço? O Santander, desde longa data, adota essa prática porque o benefício é gerado tanto para o colaborador como para a gestão da frota. O colaborador deixa de desembolsar valores para o pagamento de despesas com combustível e a gestão passa a ter maior controle e indicadores.

Quais os desafios de gerenciar uma frota de uma rede bancária tão ampla no Brasil? Nossos desafios são diários, ainda mais pelo Brasil ser um país com dimensões continentais e cultura diversificada. Acho que os maiores desafios dessa área são o acompanhamento dos indicadores de emissão de CO₂, controle orçamentário, consumo de combustível, recomendação do tipo de combustível utilizado, cadastramento, entre outros.

Ainda sobre o cartão de combustível, quais os desafios de gerenciar essa área que atende tantos colaboradores? Os desafios são desde administrar a qualidade dos serviços prestados pelo cartão combustível a distância até a entender a dinâmica e necessidade de cada área de negócios.

Na sua opinião, qual o papel do gestor de frota para o controle de gastos e maior eficiência no uso de recursos, principalmente nestes tempos de crise econômica? O principal papel, e diria que desafio do gestor de frotas, é buscar eficiência por meio de soluções inteligentes com o mínimo de impacto na área de negócios.


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GESTÃO

AIAFANews

Estamos fazendo o melhor possível na gestão de nossas frotas? Em um período de incertezas políticas e econômicas, aumenta nossa responsabilidade como gestores para obter bons resultados

R

eduzir custos, aumentar produtividade, melhorar a qualidade dos serviços e garantir a satisfação dos clientes. Essas metas, com certeza, fazem parte do dia a dia de todo gestor, porém, neste período de incertezas políticas e econômicas, nossa responsabilidade com a obtenção desses resultados aumenta mais. É nessa hora que surge a dúvida: como atuar diferente? Se até o momento parece que já estamos fazendo tudo o que consideramos ser correto e possível. Mas será que fizemos tudo que podíamos mesmo?

Há momentos que nós apenas reagimos. Seja a uma demanda de um cliente perdido, a uma despesa não prevista ou a uma execução errada de processo. Mas, se estamos fazendo o melhor possível, esses pequenos percalços do dia a dia não poderiam ter sido previstos? Muitas vezes, sim. E aí surge uma série de outros questionamentos: será que pensamos em tudo? Exploramos todas as possibilidades, fizemos benchmark? Ou tomamos decisões baseadas apenas em imprevistos? Imprevisto não deveria ser motivador para mudança de rumo. A chance de sermos precipitados em nossas escolhas e decisões, quando temos apenas fatos isolados para analisar, é muito grande. Temos que agir levando em consideração o nosso negócio por inteiro. E isso nos leva à mais importante das questões: como fazer? Para responder a essa pergunta, é fundamental medirmos com efetividade os principais “entregáveis” de nossos processos. Precisamos criar nossos KPIs (key performance indicator, indicador-chave de desempenho) e acompanhá-los periodicamente. Somente a construção desses indicadores pode garantir processos mais eficientes e melhores resultados para a empresa para qual estamos trabalhando. Uma vez que os KPIs estejam criados e possam ser medidos, devemos avaliar qual o propósito de nossa área. Pensemos no que é preciso para que sua gestão seja bem-sucedida. Vejamos a seguir alguns exemplos de perguntas que precisamos saber a resposta.

Sobre o perfil da frota: • A frota que gerenciamos fica muito tempo imobilizada (parada em manutenção, aguardando peças etc.)? • Os modelos de carro que escolhemos precisam de manutenções constantes? • Se as paradas são recorrentes, qual a principal razão? Falta de cuidado do condutor ou escolha de veículos inadequados para o tipo de trabalho contratado? • Qual o período de maior imobilização? Sobre a segurança de seus condutores e cuidado com a imagem de sua empresa: • Os condutores recebem muitas multas? • Há muitos sinistros? • Em caso de respostas afirmativas, quando essas ocorrências aumentam de volume? • Os condutores imprudentes são advertidos? Eles pagam pelas multas? Eles recebem treinamento? Há alguma ação de educação para que eles dirijam melhor? Sobre os custos: • Qual o volume de despesas com manutenção versus veículos que temos na frota (respeitando a idade do veículo)?

• Qual o volume de despesa com veículos provisórios em razão dos automóveis imobilizados? Com as respostas dessas perguntas em mente, o próximo passo é analisar os resultados, entender os “porquês” dos números e planejar ações que corrijam os indicadores e os tornem positivos. Se for necessário, devemos efetuar novos ajustes. Afinal, é para isto que servem os indicadores: para serem nossos aliados e nos indicarem o melhor caminho a seguir. Agora é com você.

Karen Pinatti Diretora de Desenvolvimento de Negócios e Suprimentos da ALD Automotive



AIAFANews

GESTÃO

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2015

CORPORATE VEHICLE OBSERVATORY

Arval analisa dados de pesquisa realizada em três continentes, que traça panorama do setor de terceirização de frotas e aponta tendência de crescimento da frota nos próximos três anos no Brasil

A

rval Brasil, gestora de frotas empresariais leves e subsidiária do Grupo BNP Paribas, apresenta os resultados da pesquisa global Corporate Vehicle Observatory 2015 (CVO), que traça um panorama do setor em relação à gestão dos veículos, financiamento, sustentabilidade, prevenção de riscos e novas tecnologias. Realizada pela CSA e apoiada pela Arval desde 2002, a pesquisa avalia micro e pequenas empresas, com até 99 empregados, e médias e grandes companhias, acima de 100 funcionários. A edição 2015 contou com 4.557 entrevistas de empresas de três continentes que usam veículos corporativos. A pesquisa mostra que, pelo menos em relação ao mercado de frotas, os empresários brasileiros estão otimistas. De acordo com o levantamento, 58% das empresas com mais de 100 funcionários esperam um

Principais modalidades de financiamento Empresas com até 99 funcionários

58% 48%

Como localizador/ rastreador do veículo

57%

Compra direta

Monitora comportamentos de condução

Crédito automotivo

Monitora dados técnicos do veículo para reduzir os custos de manutenção

23% 41%

33% 10%

7%

9% 14% 40% 14%

15% 11%

17% 4%

Europa grandes empresas

9% 20% 16% 37%

27%

6%

Monitora uso não autorizado

25%

Leasing financeiro

Brasil

9% 13%

0%

2% 9%

29%

4%

36% Leasing operacional

Comparativo entre Brasil e União Europeia / Fonte: Corporate Vehicle Observatory (CVO) 2015

56%

Melhora a segurança dos condutores

3%

médias empresas

10% 12%

30%

10%

36%

0%

Reduz o consumo de combustível

13%

24%

Empresas com mais de 100 funcionários

Finalidades principais para o uso de telemetria pequenas empresas

16%

21% 14% 18% 10% 15% 8%

17% 9%

Comparativo entre Brasil e União Europeia / Fonte: Corporate Vehicle Observatory (CVO) 2015

21% 10%

crescimento da frota nos próximos três anos no Brasil, contra apenas 5% que projetam diminuição. No ano passado, 42% esperavam crescimento e 3%, retração. “Apesar de estarmos enfrentando um cenário de recessão, a pesquisa mostra que nosso setor tem oportunidades para crescer. Em momentos como este que o Brasil vive, a terceirização da frota ganha mais relevância nas empresas, porque consegue apresentar uma redução real de custos”, analisa Ricardo De Bolle, diretor comercial da Arval. O cenário é positivo também para as micro e pequenas empresas, já que 57% daquelas com menos de 99 funcionários esperam um crescimento da frota, contra apenas 3% que projetam diminuição. Já na Europa, 12% das empresas creem em expansão, contra 7% que apostam na retração. “O CVO nos mostra que temos muitas oportunidades de crescimento neste segmento, de micro e pequenas empresas. Por isso, esse é um dos nossos focos de atuação para 2015 no Brasil”, comenta De Bolle.

Tecnologia Outro dado interessante revelado pela pesquisa da Arval é que cada vez mais as companhias brasileiras aderem à tecnologia para


GESTÃO

Percentual de gestores de frotas que consideram o consumo de combustível Microempresas

41% Pequenas empresas

49%

33%

53%

Muito importante

13% 1%

acordo com a pesquisa, 66% das grandes empresas brasileiras utilizam algum tipo, contra 41% das europeias. “Esses resultados nos mostram que o brasileiro, em geral, tem uma aceitação maior por novas tecnologias. Acreditamos, com isso, que podemos crescer muito mais em telemetria, podendo conseguir a adesão de 45% dos nossos grandes clientes em três anos”, disse De Bolle.

Combustíveis

Médias empresas

Grandes empresas

6% 3%

21

69%

30%

59% Um pouco importante

38% Não muito importante

1%

2% 1%

Não importante

Fonte: Corporate Vehicle Observatory (CVO) 2015

gerir suas frotas, já que 36% das empresas com mais de 100 funcionários já usam telemetria. Na Europa, são 20%. Em 2012, o índice era de 23% entre as empresas brasileiras desse mesmo porte, o que representa um aumento de 13 pontos. No Brasil, a Arval lançou esse serviço há três anos. O levantamento mostrou ainda que 26% dessas empresas usam a telemetria com o objetivo de melhorar a segurança do condutor, seguido por localizar o veículo, com

21%, e monitorar os dados para reduzir custos de manutenção, com 17%. Na Europa, o principal uso da telemetria pelas empresas com mais de 100 funcionários é como localizador do veículo, com 37%, seguido por redução do consumo de combustível, com 17%. Apenas 10% das empresas europeias utilizam essa tecnologia como medida de segurança ao condutor. Outra tendência apontada pelo CVO foi a do uso de aplicativos pelas empresas. De

A maioria das grandes empresas brasileiras considera o consumo de combustível como um item importante ao avaliar o desempenho da sua frota de veículos. Analisar o consumo de combustível de sua frota é muito importante para 68% das empresas com mais de 100 funcionários, e importante para 31%. Apenas 1% não julga esse item importante. Entre as empresas com menos de 100 funcionários, 40% acham muito importante, 49%, importante, 7%, não muito importante e 3% não importante. “Acredito que a pesquisa reflita o cenário atual brasileiro de incertezas econômicas e aumento do preço dos combustíveis. Com isso, as empresas que mais utilizam veículos, tendem a se preocupar mais com este assunto, visto que, de forma geral, os principais gastos de uma empresa são com folha de pagamento, veículos corporativos e combustível”, conclui Ricardo De Bolle.


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MONTADORAS

AIAFANews

Fiat completa 39 anos no Brasil e moderniza planta de Betim Quando comemora 39 anos de atividades no Brasil, a Fiat Automóveis moderniza a fábrica de Betim (MG), primeira fora do cinturão industrial paulista. Segundo a companhia, a planta passa por um processo de modernização para produzir veículos cada vez mais adequados às novas exigências do consumidor. A fábrica da Fiat em Betim foi inaugurada em 1976. A FCA, resultado da fusão entre os grupos Fiat e Chrysler em 2014, está em meio ao maior ciclo de expansão em suas operações no Brasil. Além de ser a maior fábrica da FCA no mundo, a planta de Betim também é a mais complexa: produz em quatro linhas de montagem 16 modelos diferentes, que se desdobram em

mais de 120 versões. Opera ao todo com 64 mil peças diferentes que são trazidas dos quase 300 fornecedores por aproximadamente 1,6 mil caminhões diariamente, sendo que cerca de 25% dessas peças chegam através do sistema JIS (just in sequence), como bancos, para-choques, painel de instrumentos e outros. A fábrica de Betim terá uma das maiores e a mais moderna cabine de pintura do mundo, com capacidade para processar 180 carrocerias por hora ou 950 mil por ano. A cabine terá 500 metros de comprimento e é uma das maiores obras de construção civil em curso em Minas Gerais.

BMW atinge marca de 10 mil automóveis produzidos no País A fábrica do BMW Group em Araquari (SC) alcançou em agosto um importante marco: a produção do automóvel de número 10 mil em solo brasileiro. Desde o início da produção, em 30 de setembro de 2014, o BMW Group vem ampliando sua gama de modelos manufaturados no País, com a produção de BMW Série 3, BMW X1, BMW Série 1 e BMW X3. Até o fim do ano, o Mini Countryman entrará nas linhas nacionais. Com investimento de mais de 200 milhões de euros, a unidade fabril do BMW

Group em Araquari tem capacidade para produzir até 32 mil carros por ano. Com uma área total de 1,5 milhão de metros quadrados, dos quais 500 mil metros quadrados de área pavimentada, a fábrica do BMW Group no Brasil é a 30ª unidade fabril da empresa no mundo, em 14 países. A infraestrutura da unidade produtiva contempla as atividades de montagem, carroceria/soldagem, sistemas de pintura e logística, além de prédios administrativos e auxiliares. Fonte: Imprensa BMW Group Brasil

Fonte: Imprensa Fiat Brasil

Volvo celebra produção de 300 mil veículos em Curitiba VW comemora 100 mil unidades do Novo Fox no Paraná A Volkswagen do Brasil superou, em agosto, a marca de 100 mil unidades do Novo Fox produzidas em São José dos Pinhais (PR), em apenas um ano. O marco foi representado pelo Novo Fox Rock in Rio, edição especial que oferece extensa lista de conteúdo de série e detalhes visuais exclusivos, com excelente custo-benefício. Desde a sua inauguração, em 1999, o complexo industrial paranaense já produziu mais de 2,4 milhões de veículos, dos quais mais de 1,8 milhão do modelo Fox – um dos veículos mais vendidos no País. O modelo Fox começou a ser fabri-

cado em 2003, e é o segundo mais vendido da marca no País e o segundo modelo mais exportado da Volkswagen, totalizando quase 450 mil unidades enviadas a 62 países da Europa, África e América do Norte, América Central e América do Sul. Inaugurada em 18 de janeiro de 1999, a fábrica de São José dos Pinhais é uma das mais modernas do Grupo Volkswagen no mundo. A unidade paranaense produz atualmente os modelos Volkswagen Novo Fox, Novo CrossFox, Novo SpaceFox e Novo Golf. Fonte: Imprensa Volkswagen do Brasil

O Grupo Volvo, que fabrica no Brasil caminhões e chassis de ônibus, está celebrando a produção de 300 mil veículos em sua planta de Curitiba, sede latino-americana da empresa. O veículo é um caminhão extra-pesado FH 4x2, com motor de 540cv, equipado com caixa de câmbio eletrônica I-Shift, rodas de alumínio e cabine alta XL. A fábrica paranaense começou a funcionar em 1979, quando foi montado o primeiro veículo no País, um chassi de ônibus modelo B58. Um ano depois, iniciou-se a produção de caminhões, com a montagem do modelo N10, com motor de 260cv. O FH número 300 mil integra a última e mais avançada geração de uma linha de caminhões que vem sendo aperfeiçoada constantemente, desde que a marca iniciou sua fabricação no País, em 1998. O

modelo é considerado o caminhão mais seguro do mundo. É reconhecido também por sua grande produtividade, além do baixo consumo de combustível e de emissões. Recentemente, foram feitos mais investimentos no complexo industrial da Volvo em Curitiba. A empresa modernizou a linha de produção de caminhões para poder lançar a nova geração de veículos e também automatizou e inovou as linhas de pintura e solda de sua fábrica de cabines. Com as mudanças, a montadora introduziu no Brasil e demais países latino-americanos uma nova geração de caminhões. Os investimentos também melhoraram ainda mais a qualidade dos veículos, promoveram ganhos ambientais e aumentaram a capacidade de produção. Fonte: Imprensa Volvo Group Latin America


BREVES

MONTADORAS

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Novos quadros diretivos

Fabrice Cambolive

Cledorvino Belini

Ana Theresa Borsari

Renault do Brasil

Fiat Chrysler Automobiles

Peugeot do Brasil

O executivo Fabrice Cambolive assumiu em agosto as operações da Renault no Brasil como presidente, sucedendo e reportando-se a Olivier Murguet, que passa a se dedicar exclusivamente à função de vice-presidente sênior e presidente do Conselho da Região Américas, cargo que ocupa desde 1º de abril de 2015. Fabrice Cambolive é diplomado pela Escola Superior de Comércio de Toulouse e pela London Business School. Iniciou sua carreira na Renault Áustria, em 1995; dois anos mais tarde, foi promovido a Gerente de Vendas e Marketing da Região Europa (Alemanha, Áustria, Suíça) e, um ano depois, tornou-se Gerente de Distribuição e Planos de Ações de Marketing na Renault Espanha. Em 1999, Fabrice Cambolive assumiu a diretoria de Pós-Vendas na Renault-Nissan Suíça. De 2011 a 2015, ocupou a vice-presidência de vendas e marketing da Região Eurásia e Rússia.

A Fiat Chrysler Automobiles N.V. anunciou que Stefan Ketter se tornou presidente da FCA para a América Latina (COO Latam) em 1º de novembro de 2015. Ketter manterá suas funções atuais como vice-presidente mundial de Manufatura (chief manufacturing officer) e como membro do Conselho Executivo do Grupo (GEC). Stefan Ketter sucederá Cledorvino Belini que, a partir de novembro de 2015, será designado presidente de Desenvolvimento para América Latina, com a responsabilidade de representar a FCA em todas as relações institucionais, além de desenvolver e manter o relacionamento do grupo com instituições governamentais e financeiras na América Latina. Em seu novo cargo, Belini se reportará diretamente ao CEO mundial da FCA. Cledorvino Belini está no grupo desde 1973 e assumiu em fevereiro de 2004 o cargo de presidente da Fiat Automóveis. Entre março de 2010 e abril de 2013, exerceu o cargo de presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Ana Theresa Borsari assumiu em outubro a direção-geral da Peugeot no Brasil. Assim, pela primeira vez desde que iniciou suas operações no País, em 1991, a marca tem um brasileiro no comando. Também cabe a ela mais um fato inédito: é a primeira mulher a pilotar a operação no Brasil. A executiva é advogada formada pela USP (Largo de São Francisco). Ingressou na marca em 1995 e passou por vários postos na Peugeot do Brasil até deixar, em 2010, o cargo de diretora de Marketing para iniciar sua carreira internacional. Nesse período de preparação para retornar à frente da operação brasileira, Ana Theresa foi a responsável pela coordenação comercial da Peugeot no sul da Europa e a primeira mulher a comandar uma operação da marca no mundo, quando foi diretora-geral da Peugeot e Citroën na Eslovênia. Desde 2013, dirigia a Peugeot no sudoeste da França.

Fonte: Imprensa Renault

Fonte: Imprensa FCA

Fonte: Imprensa Peugeot


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ENTREVISTA COM MONTADORAS

AIAFANews

«O Brasil tem grande potencial de crescimento no segmento premium» Jörg Hofmann Presidente e CEO da Audi do Brasil

A

participação da Audi tem crescido no mercado brasileiro, mesmo diante do cenário negativo da economia. Enquanto o setor de automóveis registra queda de 20,5% nas vendas neste ano, a Audi, por outro lado, teve aumento de cerca de 40%, em comparação ao mesmo período de 2014, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automores (Anfavea) divulgados em outubro. O presidente e CEO da Audi do Brasil, Jörg Hofmann, explica nesta entrevista à AIAFANews que o segredo do sucesso está no trabalho intensivo de capacitação de fornecedores e nos esforços de fabricação nacional. Entre as novidades da marca, Hofmann anuncia os próximos lançamentos, como os esperados A3 Sedan e o SUV Q3.

Com que estratégias a Audi do Brasil atuará para potencializar as vendas? Olhando para a nossa estratégia, traçamos um planejamento 360° que vai muito além da produção e visa o crescimento sustentável de longo prazo da nossa empresa no país. Essa visão envolve esforços em diferentes frentes de investimentos. Focamos em nosso pós-vendas e destinamos aportes de R$ 12 milhões em dois anos, que englobam a inauguração do Centro de Treinamento e Competência e a expansão do Centro de Distribuição e Peças.

Fotos: Audi/Divulgação

A Audi está a ponto de inaugurar sua linha de produção em São José dos Pinhais, no Paraná. Quais as expectativas da marca para a fábrica? Vemos um grande potencial de expansão do segmento premium por aqui e as perspectivas são excelentes. Hoje, o setor premium representa apenas 2% do mercado total, se comparamos esse dado com outros mercados podemos ver o potencial que ele tem. Na China, por exemplo, esse montante sobe para 10%, na Europa chega a 20% de mercado premium dentro das vendas automobilísticas totais. Aqui, o setor deve triplicar até 2020, por isso, investimos mais de R$ 500 milhões na produção local dos modelos A3 Sedan e Q3, campeões de vendas no ranking nacional.

“Acreditamos que todo o investimento da Audi seja a chave do sucesso diante do cenário negativo que estamos vivendo no Brasil”

Serão 1.800 treinamentos anuais direcionados aos funcionários de vendas e técnicos dos concessionários, com aulas ministradas por instrutores capacitados e certificados pela Audi AG da Alemanha, garantindo o padrão de excelência internacional da marca. Já na expansão da rede de revendas, investimos outros R$ 200 milhões com nossos parceiros e saímos de 27 lojas em 2013 para fechar este ano com 50 concessionárias. Outra frente im-


Jörg Hofmann

ENTREVISTA COM MONTADORAS

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portante é a focada em marketing. Fizemos investimentos recorde recentemente e contamos com uma equipe de funcionários muito bem qualificados e engajados em cumprir nossas metas de crescimento. Pode detalhar os modelos que serão lançados no mercado brasileiro? Temos um planejamento acertado de carros de luxo com versões de entrada em cada segmento de nossa linha, além de condições especiais para financiamentos aos clientes. As vendas dentro desta modalidade estão crescendo, também porque criamos e lançamos programas diferenciados no mercado, como o Audi Pass. Já a linha de produção da marca no Brasil, onde foram investidos mais de R$ 500 milhões, inaugurada no início de outubro, com a fabricação do A3 Sedan 1.4 TFSI Flex, o primeiro da marca no mundo com essa tecnologia. A partir de 2016 vamos iniciar a produção nacional do Q3. A capacidade máxima produtiva da linha será alcançada em 2020, quando serão 26 mil unidades por ano. Todos esses investimentos têm refletido no crescimento da marca no Brasil. Em agosto, por exemplo, foram emplacadas 1.944 unidades, um recorde não só na empresa, mas em todo o segmento – é a primeira vez na história que uma marca premium alcança esse número no país. Com 3.095 unidades entregues, o A3 Sedan 1.4 TFSI ocupa o topo do ranking entre os modelos premium no acumulado do ano. Quando o A3 Sedan 1.4 TFSI Flex chegará às lojas? O carro nacional passa a ser comercializado no Brasil a partir de novembro. A capacidade máxima da linha será alcançada em 2020, com 26 mil veículos/ano (entre A3 Sedan e o SUV Q3). O SUV Q3 será produzido ainda este ano? Quais serão os atrativos do modelo para os clientes corporativos? O Q3, veículo que vem alcançado excelente desempenho de vendas no país, será produzido localmente somente a partir de 2016. Ainda não temos os detalhes do modelo que será produzido por aqui, porém, o Q3 tem despertado muito interesse em clientes corporativos. Entre os modelos da Audi do Brasil, quais são os indicados para o cliente frotista e/ ou corporativo? Toda a linha é indicada, todos os carros conseguem atender bem tanto o cliente frotista quanto o corporativo. Que modelos da Audi são os mais procurados por clientes corporativos? Os modelos mais procurados são A3 Sedan, tanto 1.4 quanto 1.8; o A4, que é o carro mais vendido da marca mundialmente; e agora o Q3, que está sendo um sucesso de vendas. Embora as montadoras presentes no Brasil tenham registrado queda de 20,5% nas vendas de automóveis, a Audi teve aumento de cerca de 40%. Quais são as chaves do

“O gestor de frota tem de considerar marcas que tragam diferenciais e, ao mesmo tempo, atendam questões como durabilidade, segurança e conectividade” sucesso da Audi em um cenário econômico tão negativo para o setor automotivo? De 2013 – quando a empresa anunciou aportes para a produção nacional – para cá, a Audi fez um trabalho intensivo de capacitação de fornecedores e de pessoal, para atender todos os requisitos de qualidade que são seguidos internacionalmente pela marca. Além disso, temos uma estratégia de longo prazo para o Brasil, que envolve esforços de fabricação nacional, investimentos em pós-vendas, marketing, portfólio de produtos, entre outros, traçada para que possamos alcançar a meta de 30 mil unidades em 2020. Acreditamos que todo esse investimento seja a chave do sucesso diante do cenário negativo que estamos vivendo. O Brasil tem grande potencial de crescimento no segmento premium. A Audi trabalha com uma grande rede de concessionárias da marca no país. Todas elas estão aptas para atender o cliente frotista e corporativo? Que serviços específicos as lojas oferecem para o segmento corporativo? Hoje contamos com 43 lojas em mercados estratégicos e objetivamos fechar 2015 com 50 lojas. Sim, todas nossas concessionárias

são treinadas para atender todos os perfis de clientes, inclusive os corporativos. Algumas revendas têm uma gama de clientes corporativos maior e, por conta disso, um serviço diferenciado, sempre mantendo o padrão Audi de qualidade. Qual a importância da Audi no mercado brasileiro de frotas? Que tipo de investimentos em vendas para frotistas a Audi tem realizado? Por questões estratégicas, não abrimos os números, mas podemos afirmar que a participação da Audi tem crescido consideravelmente. Fizemos uma série de reestruturações para poder atender esse segmento de mercado e isso se torna cada vez mais importante para a marca. Quais as diferenças e tendências do mercado brasileiro de frotas em relação a outros mercados latino-americanos? O tamanho do mercado é um dos principais diferenciais, além do porte de companhias que podemos encontrar por aqui. No Brasil, temos uma grande variedade de empresas, o que, para a Audi, se traduz na variedade de oferta de modelos. Com essa característica, conseguimos trabalhar todo o portfólio de produtos. Que dicas o senhor daria ao gestor de frota na hora de escolher uma marca e um modelo? Nesse momento desafiador da economia brasileira, o melhor é direcionar e aplicar bem seu orçamento, não só para a questão de frota, mas em todas as áreas da empresa. Nesse sentido, é importante considerar marcas que tragam diferenciais e, ao mesmo tempo, atendam questões como durabilidade, segurança e conectividade, por exemplo.


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Chevrolet Prisma 2016: sofisticação extra A Chevrolet apresenta a linha 2016 do Prisma, que ganha sofisticação extra com a adoção do volante multifuncional em todos os modelos com o sistema multimídia MyLink Outra novidade é a série especial Advantage, mais completa e agora equipada com motor 1.4 e transmissão automática de seis velocidades. O Prisma Advantage se destaca pelos itens exclusivos, entre eles os faróis com máscara, as molduras de proteção lateral e o aerofólio na tampa traseira. As capas dos retrovisores externos e o adesivo da coluna central em preto brilhante “High Gloss” também fazem parte do pacote, assim como as rodas de liga leve aro 15 com acabamento escurecido. Como nas demais configurações do carro, a Advantage vem bastante completa, trazendo painel com velocímetro digital, ar-condicionado, direção hidráulica e sensor de estacionamento como itens de série. O modelo 2016 incorpora coluna de direção com regulagem de altura, controlador de velocidade de cruzeiro, transmissão automática de seis velocidades e motor 26 cavalos mais potente.

Design Sedã mais vendido do país no acumulado do ano e prestes a completar a marca de 200 mil

unidades emplacadas desde seu lançamento em 2013, o novo Prisma caracteriza-se pelo design atraente, amplo espaço interno, excelente dirigibilidade e pioneirismo na oferta de sistemas de conectividade em seu segmento. Para reforçar esse caráter inovador, o Prisma chega à linha 2016 ainda mais equipado. O veículo passa a vir de série com volante multifuncional com teclas de controle de áudio e telefone nas versões equipadas com o sistema multimídia Chevrolet MyLink (LT, LTZ e Advantage).

O Prisma Advantage é uma série especial cuja principal diferença da versão 2016 é o conjunto mecânico mais sofisticado, que traz motor 1.4 e transmissão automática de seis marchas Além de comodidade, a tecnologia proporciona mais segurança. As teclas do controle de áudio ficam posicionadas estrategicamente na extremidade do raio direito do volante, bem ao alcance dos dedos, o que evita que o motorista desvie o foco de atenção. Até então, apenas a série Advantage e as versões equipadas com transmissão automática traziam esse modelo de direção.

Tecnologia O Chevrolet Prisma tem na tecnologia de conectividade um de seus principais diferenciais. Com tela de sete polegadas sensível ao toque (touchscreen), o sistema multimídia permite ao usuário trazer suas músicas, fotos e vídeos, além de conectar à internet através do smartphone. Dessa forma, pode-se acessar conteúdos e canais importantes da web, como o site BringGo, próprio para navegação.

Chevrolet Prisma Advantage 1.4 PREÇO SUGERIDO:

a partir de R$ 58.130,00 CILINDRADA:

1.400 cm3 POTÊNCIA MÁXIMA:

98 cv (G) / 106 cv (E) VELOCIDADE MÁXIMA:

197 km/h (G) / 200 km/h (E) COMPRIMENTO / LARGURA / ALTURA:

4.275 / 1.705 / 1.484 mm TANQUE:

54 litros

Desde a versão 1.0 de entrada, o Chevrolet Prisma conta com diversos itens de conforto e de segurança. Destaque para o sistema de abertura do porta-malas por controle remoto, o banco do motorista com regulagem de altura e a função “Siga-me” (faróis permanecem acesos por um período de tempo após o travamento das portas). Freios ABS com EBD (Electronic Brake Force Distribution) nas quatro rodas, airbag duplo e cintos de segurança dianteiros com ajuste de altura também estão presentes em todos os modelos.

Mecânica A linha 2016 mantém a consagrada família de propulsores Flex Fuel SPE/4 (Smart Performance Economy 4 cylinders), caracterizada pelo sistema de injeção sequencial com ignição independente por cilindro – cada qual alimentado por uma bobina individual da mesma classe das utilizadas no Camaro –, o que resulta em menos trabalho ao motor. Com alta densidade de potência, o modelo 1.0 do Chevrolet Prisma entrega 80 cv quando abastecido com etanol e 78 cv com gasolina, sempre a 6.400 rpm, enquanto o modelo 1.4 entrega 106 cavalos quando abastecido com etanol e 98 cavalos com gasolina, ambos a 6000 rpm.


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VW Novo Jetta Trendline: amplo espaço, visual sofisticado Produzido na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), modelo estreia a versão Trendline, com dianteira e traseira renovadas A Volkswagen estreia em 2015 a versão Trendline do Novo Jetta, atendendo a uma demanda do mercado e aumentando a gama de configurações do sedã médio. O Novo Jetta também é comercializado nas versões Comfortline e Highline. Entre as características que tornaram o Jetta um dos carros mais admirados e desejados sempre se destacou seu comportamento dinâmico. Todas as versões do modelo 2015 utilizam sistema de suspensão traseira do tipo Multilink, com novas molas e amortecedores, que ganharam calibração específica. O Novo Jetta passa a ser oferecido exclusivamente com transmissão automática de seis marchas. As configurações Trendline e Comfortline são equipadas com o motor 2.0l Total Flex, de até 120 cv, associado à transmissão automática AQ250 Tiptronic (segunda geração) de seis marchas – a mesma que equipa o utilitário esportivo Tiguan. A versão Highline traz o motor 2.0l TSI, de 211 cv, e a transmissão DSG (DQ250) de seis marchas e dupla embreagem. Outras novidades são os portfólios diferenciados de rodas

de liga leve para cada versão e de cores da carroceria, com destaque para a nova tonalidade metálica azul Silk.

Design Os designers criaram um novo visual para a dianteira e para a traseira do Novo Jetta. No interior, o novo modelo traz aparência mais sofisticada e confortável, com novo volante e detalhes inéditos de decoração. A Volkswagen reestilizou a dianteira e a traseira do modelo. A novidade pode ser identificada imediatamente pela nova dianteira, com a grade do radiador redesenhada, atravessada por três filetes, faróis opcionais bixenônio direcionais e com iluminação de curvas, indicadores direcionais e luzes de condução diurna de LEDs,

Novo Jetta Trendline 2.0 Automático PREÇO SUGERIDO:

a partir de R$ 69.990,00 CILINDRADA:

O Novo Jetta passa a ser oferecido com transmissão automática de seis marchas. As configurações Trendline e Comfortline são equipadas com o motor 2.0l Total Flex

1.984 cm3

além de um novo para-choque. A nova faixa visual formada pela grade do radiador e os faróis, assim como a entrada de ar aumentada, dão ao Novo Jetta uma aparência mais imponente e exclusiva. Assim como a dianteira, a parte de trás do carro também foi modificada. Desse ângulo, a tampa do porta-malas, os logos e o para-choque identificam o Novo Jetta. Uma característica típica do DNA de design da Volkswagen é a orientação inconfundível das linhas traseiras. A tampa do porta-malas agora passa a contar com uma borda aerodinâmica. Em todas as versões do Novo Jetta, o banco traseiro é rebatível e dividido na proporção 40/60, aumentando a versatilidade do in-

TANQUE:

POTÊNCIA MÁXIMA:

116 cv (G) / 120 cv (E) VELOCIDADE MÁXIMA:

197 km/h (G) / 200 km/h (E) COMPRIMENTO / LARGURA / ALTURA:

4.659 / 1.778 / 1.473 mm 55 litros

terior. Seu porta-malas tem capacidade para 510 litros de bagagem, um dos melhores da categoria. Outro ponto forte do Novo Jetta é seu interior, que eleva o carro à categoria imediatamente superior com seu amplo espaço, visual sofisticado e ergonomia excepcional com controles intuitivos.

Lançamento A versão Trendline estreia para o Novo Jetta, trazendo excelente relação custo-benefício. Sua extensa lista de itens de série inclui bancos revestidos em tecido preto, direção com assistência hidráulica, ar-condicionado Climatic, rodas de liga leve “Sedona” de 16 polegadas com pneus 205/55 R16, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e alarme com comando remoto keyless. Complementam a lista de itens de sério do Novo Jetta Trendline o apoia-braço com tomada de 12V adicional e saída de ar-condicionado para o banco traseiro, porta-luvas refrigerado, sistema de som RCD320G (CD Player, entrada USB e conexão Bluetooth), iluminação da placa de licença em LED, volante com ajustes de altura e distância, freios ABS com EBD (distribuição das forças de frenagem), controle de tração (ASR) e quatro airbags: dois frontais e dois laterais.


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MONTADORAS

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Hyundai New Elantra: novos equipamentos e cores Modelo equipado com motor 2.0 Flex ganhou moderno painel de instrumentos e nova central de entretenimento com TV digital Silencioso, moderno e repleto de itens de série, o Hyundai New Elantra passou a contar com uma nova configuração, trazendo equipamentos inéditos como o elegante painel Supervision em LED TFT, wifi, a nova central de entretenimento Android com TV digital e sistema Mirror Link, que projeta os aplicativos dos celulares no painel, via USB, com função touch para aparelhos com sistema Android. Ainda dentro do pacote de itens de conforto estão os três novos diferentes modos de direção (Flex Steer) e o rebatimento elétrico dos retrovisores. Para marcar ainda mais o lançamento da nova configuração do New Elantra, a CAOA (importador exclusivo da marca Hyundai no Brasil) comercializará 130 unidades do modelo na cor cinza metálico e 40 veículos em vermelho pérola. Além das novidades, o Hyundai New Elantra continua equipado com seis airbags, controle de estabilidade e tração, freios a disco nas quatro rodas, ABS com assistência de frenagem, oferecendo segurança total a todos os ocupantes. Com relação ao conforto, o sedã ainda tem bancos em couro, ar-condicionado

digital Dual Zone com ionizador e conexão Bluetooth, piloto automático, além de permitir o controle de várias funções através dos comandos instalados no volante. Segundo a marca, o Hyundai New Elantra é sucesso de vendas internacional desde sua primeira geração e, também no Brasil, tem sido condecorado por seu baixo custo de manutenção e reduzido índice de desvalorização, além de ser admirado por sua direção precisa, suspensão bem calibrada, elevado desempenho e por seu design moderno.

Versão destinada ao mercado brasileiro é equipada com o moderno motor NU 2.0 DOHC Flex, que desenvolve 178 cv (etanol) e 169 cv (gasolina)

Hyundai New Elantra 2.0 DOHC PREÇO SUGERIDO:

a partir de R$ 79.990,00 CILINDRADA:

2.000 cm3 Mecânica A versão destinada ao mercado brasileiro é equipada com o moderno motor NU 2.0 DOHC Flex, que desenvolve 178 cv quando abastecido unicamente com etanol (E100) e 169 cv utilizando gasolina pura. O torque máximo é, respectivamente, 21,5 kgfm e 20 kgfm. Os modernos motores Nu da Hyundai têm bloco e cabeçote em alumínio e camisas dos cilindros em ferro fundido. O motor do Elantra possui duplo comando de válvulas continuamente variável (D-CVVT) e é montado sobre coxins hidráulicos para aperfeiçoar o desempenho, eficiência e precisão. A opção pelo uso do CVVT nos dois eixos de comando de válvula traz várias vantagens em comparação com a aplicação apenas nas válvulas de admissão: 2% a mais no desempenho (maior eficiência volumétrica), com a vantagem do consumo 2% menor (redução de perdas por compressão) e 30% menos emissões de hidrocarbonetos.

POTÊNCIA MÁXIMA:

169 cv (G) / 178 cv (E) VELOCIDADE MÁXIMA:

n/d COMPRIMENTO / LARGURA / ALTURA:

4.530 / 1.775 / 1.455 mm TANQUE:

56 litros

O motor de quatro cilindros utiliza um design em que o virabrequim fica deslocado, reduzindo o atrito entre os pistões e as paredes dos cilindros para ganhar mais 1% na economia de combustível. O desempenho, eficiência e flexibilidade do motor do New Elantra são potencializados pela moderna transmissão automática Shiftronic, totalmente desenvolvida pela Hyundai. Além de executar mudanças de marchas com rapidez e suavidade, o câmbio tem controle eletrônico para aumentar a eficiência do veículo e permite ao motorista fazer trocas manuais quando preferir.

Garantia e serviços Assim como toda a linha de veículos Hyundai, o modelo está coberto pela garantia por um período de cinco anos, sem limite de quilometragem. Por um período de um ano, o motorista conta também com o serviço de assistência 24 horas da Hyundai CAOA, com cobertura em todo o território nacional, durante um ano. O Hyundai New Elantra é comercializado em todas as concessionárias Hyundai Importados em uma única versão com o preço sugerido de R$ 79.990,00.


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MONTADORAS

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Ford Focus Fastback: nova tendência de design Com mais espaço no portamalas, modelo tem silhueta dinâmica, inspirada nos atuais carros globais da Ford, e traz uma conexão emocional com outros carros de grande sucesso A Ford lançou no Brasil a versão fastback de quatro portas da linha Focus, que chegou ao mercado com inovações no visual, no refinamento técnico e nos equipamentos. O Focus Fastback atende os consumidores do segmento de carros médios com uma nova proposta de esportividade, desempenho, segurança e tecnologia. Segundo a Ford, o Focus Fastback quer conquistar um consumidor que “deseja mais espaço no porta-malas sem ter de abrir mão da esportividade, performance, tecnologia e prazer de dirigir”. O modelo conta com as versões SE, SE Plus, Titanium e Titanium Plus, todas com motor Direct Flex 2.0 e câmbio automático sequencial de seis velocidades. É um carro com muito conteúdo, design, inovação e tecnologia. O Focus Fastback é um carro inovador, que traz a influência de design de outros ícones da marca, sem perder a identidade expressiva da linha. O capô amplo com ressaltos dá ao carro uma presença imponente. O para-choque

dianteiro, de linhas limpas, exibe um novo desenho na tomada de ar inferior e nos faróis de neblina – item de série em todas as versões.

Inovador, o Focus Fastback tem para-choque dianteiro de linhas limpas que exibe um novo desenho na tomada de ar inferior e nos faróis de neblina A grade dianteira poligonal incorpora o atual estilo de design da Ford, com frisos cromados nas versões Titanium e tipo colmeia nas SE. Os novos faróis, mais afilados, avançam nas laterais com traços dinâmicos e elegantes. A lateral é ágil, com uma linha de teto fluida que percorre o carro até a traseira, desenhando uma curva suave. As rodas de liga leve de 17 polegadas têm desenhos exclusivos para as versões SE, SE Plus e Titanium. Na traseira, as novidades incluem as lanternas mais estreitas e translúcidas, acentuando a esportividade. O para-choque traseiro foi redesenhado, assim como a tampa do porta-malas de formas limpas e precisas. As mudanças estéticas beneficiam também a aerodinâmica do veículo, que ficou 4% mais eficiente, com um coeficiente de 0,296 Cx, o melhor da categoria. Por dentro o requinte também evoluiu, com o uso de materiais nobres e peças de encaixes precisos. O painel, moldado em espuma injetada, tem acabamento em material macio ao toque e traz no centro a tela do sistema de conectividade SYNC. O Focus Fastback foi projetado para atender às normas internacionais de segurança e emissões mais exigentes. O modelo oferece até seis airbags (frontais, laterais e de cortina),

Ford Focus Fastback SE AT 2.0 PREÇO SUGERIDO:

a partir de R$ 77.900,00 CILINDRADA:

1.999 cm3 POTÊNCIA MÁXIMA:

175 cv (G) / 178 cv (E) VELOCIDADE MÁXIMA:

205 km/h (G) / 208 km/h (E) COMPRIMENTO / LARGURA / ALTURA:

4.538 / 1.823 / 1.469 mm TANQUE:

55 litros

estrutura reforçada com aços de alta resistência e barras de proteção lateral e sistema de alerta pós-acidente.

Mecânica O conjunto mecânico do Focus Fastback é equipado com o elogiado motor Direct Flex 2.0, fabricado em alumínio, o primeiro no mundo a oferecer injeção direta com etanol e gasolina. Ele gera 178 cv e torque de 221 Nm com etanol. Sua elasticidade é revelada pela curva de torque, com 88% da força máxima disponível a 2.750 rpm. Além disso, conta com a melhor relação peso-potência da categoria. Esse motor vem associado ao câmbio automático de seis velocidades sequenciais com dupla embreagem. Ele tem dois modos de condução: Drive (D), com giro mais baixo para privilegiar o conforto e o consumo, e o Sport (S) para uma condução mais esportiva com trocas de marcha em até 0,2 segundo. A versão de entrada é a 2.0 SE AT. Vem de série com rodas de liga leve de 17”, duplo airbag, sistema Advance Trac, freio a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, faróis de neblina, acendimento automático dos faróis, espelho retrovisor eletrocrômico, sensor de chuva, chave programável MyKey e sistema de conectividade SYNC com AppLink e Assistência de Emergência.


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MONTADORAS

AIAFANews

BMW Série 3: uma história de sucesso A marca chega à cifra de 10 milhões de unidades produzidas do sedã , ao mesmo tempo em que comemora 40 anos do modelo icônico O BMW Série 3 é o modelo que criou o segmento dos sedãs esportivos modernos e, nessa categoria, é um ícone que completa 40 anos em 2015. As vendas do Série 3 correspondem a 25% das vendas da marca, seja na versão sedã ou familiar. É a série de modelos de maior sucesso da marca BMW. O novo BMW Série 3 Sedan, assim como o novo BMW Série 3 Touring, são agora mais atrativos, graças a seu desenho mais nítido, avançada tecnologia e motores modernos. Há quatro opções de motores a gasolina e sete a diesel, com potências entre 116 cv e 326 cv. Esses motores podem ser combinados com câmbio manual de seis marchas ou uma caixa Steptronic de oito marchas (de série nos modelos BMW 330d, BMW 335d e BMW 340i Touring). A nova série 3 da BMW é oferecida, de acordo com o modelo, com a tradicional tração traseira, mas também pode ser adquirido com sistema de tração total inteligente BMW xDrive.

O desenho do novo BMW Série 3 se destaca pela maior precisão dos acabamentos. Na parte dianteira, acentua-se a largura do carro com novas saias e entradas de ar de renovadas. O inovador sistema de luzes com novos faróis e a chamativa luz diurna LED destacam o aspecto potente e esportivo do carro. Como opcional, podem-se adquirir faróis completamente de LED.

O novo BMW Série 3 Sedan está mais atrativo, graças a seu desenho mais nítido, avançada tecnologia e motores modernos

BMW Série 3 - 320i Sport GP ActiveFlex Sedan PREÇO SUGERIDO:

n/d O interior se caracteriza pelo uso de materiais novos, elementos cromados adicionais que realçam os comandos, adornam as grades de saída de ar e melhoram o aspecto do sistema de comando central. A nova forma do console central, com portas-copos recobertos com uma tampa corredeira, permite usar mais comodamente os vãos portas-objetos localizados diante da alavanca de câmbio ou a alavanca seletora, melhorando a ergonomia do BMW Serie 3.

CILINDRADA:

1.997 cm3 POTÊNCIA MÁXIMA:

184 cv a 5.000/6.250 rpm VELOCIDADE MÁXIMA:

235 km/h COMPRIMENTO / LARGURA / ALTURA:

4.624 / 1.429 / 1.811 mm TANQUE:

60 litros

Mecânica Todos os motores a gasolina de três, quatro e seis cilindros do novo BMW Série 3, assim como os motores a diesel dos modelos BMW 316d, BMW 318d e BMW 320d, proveem agora da nova gama de propulsores de estrutura modular, desenvolvidos de acordo com critérios de Efficient Dynamics. Os novos motores diesel de quatro cilindros contam com unidades turbo otimizadas. O propulsor a gasolina de três cilindros que estreia no BMW Série 3 é uma novidade nesse segmento. O novo motor a gasolina de quatro cilindros estreia no sedã

BMW 320i e no familiar BMW 320i Touring. O sedã BMW 330i e o familiar BMW 330i Touring estreiam um motor de quatro cilindros, enquanto o sedã BMW 340i e o familiar BMW 340i Touring estreiam o motor a gasolina de seis cilindros. Ao aumentar sua potência, a eficiência dos motores também melhorou, reduzindo o consumo e até 11% das emissões de CO₂.

Marco O BMW Group comemorou em setembro de 2015 um marco histórico: o alcance da marca de 10 milhões de modelos BMW Série 3 Sedan produzidos pelo mundo. A icônica unidade foi produzida na fábrica de Munique, na Alemanha, logo após o modelo ter completado 40 anos de história, em junho. Mais de 14 milhões de unidades do BMW Série 3 já foram produzidas entre os modelos Sedan, Touring e Gran Touring. Além de Munique e Regensburg (Alemanha), o BMW Série 3 Sedan também é produzido nas fábricas de Rosslyn (África do Sul), Tiexi (China) e Araquari (Brasil). Revelado no Salão Internacional de Frankfurt (IAA) de 1975, o BMW Série 3 é o modelo de maior sucesso da marca e em um best-seller mundial. Responde por cerca de 50% das vendas da marca BMW no Brasil.


BREVES

MONTADORAS

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Nissan atinge marca de 250 mil unidades fabricadas no Brasil

Presente no Brasil de 2000 e fabricando veículos desde 2002, a Nissan atingiu em agosto a marca de 250 mil veículos

produzidos no país. O total considera as fábricas de São José dos Pinhais (PR) e Resende (RJ). A unidade histórica foi

um New March SL 1.6 16V vermelho, fabricada no Complexo Industrial de Resende (RJ), inaugurado oficialmente

Oica divulga pesquisa de percepção dos consumidores sobre indústria automotiva A Organização Internacional dos Construtores de Veículos Automotores (Oica) divulgou durante o Salão do Automóvel de Frankfurt 2015, em setembro, estudo sobre reputação e percepção global dos consumidores com relação à indústria automotiva. A pesquisa foi feita entre fevereiro e abril deste ano com 14 mil pessoas em 18 países, que representam 76% das vendas mundiais. O estudo mostrou que 57% dos entrevistados declararam não imaginar suas vidas sem o automóvel. Além disso, 67% afirmaram que o primeiro carro adquirido é muito especial, 65% consideram importante possuir um carro próprio, 61% disseram que é uma das principais conquistas da humanidade e 57% que é símbolo de liberdade pessoal. A pesquisa conduzida pela TNS Sofres, consultoria especializada em pesquisa de

opinião, gerou ainda uma escala batizada de Índice TNS de Reputação Corporativa. Nele, a indústria automotiva conquistou 59 pontos, pontuação positiva e similar a de outros setores conferidos pela empresa, como tecnologia com 62 pontos, viagem e turismo com 60 e bens de consumo com 52. Os pesquisadores também ouviram o público com relação a fatores que contribuem para essa reputação: inovação, visão de futuro, necessidades do consumidor, ética social & corporativa e meio ambiente. E mostrou que 81% do público entrevistado acredita que os veículos estão equipados com tecnologia atualizada, 79% que o setor possui orientação para o futuro, 78% que os produtos estão adaptados para atender às necessidades dos clientes e 73% que é uma indústria cujo longo prazo é confiável. Fonte: Anfavea

Volkswagen vende 50 unidades do Gol para frota de segurança pública A Volkswagen vendeu 50 unidades do Gol 1.6 para a Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) do Rio Grande do Norte. Com a entrega dos veículos, os municípios potiguares terão estrutura necessária para o funcionamento da Defesa Civil. Os veículos foram recebidos em Natal, em julho. O objetivo do governo do Estado é que a frota faça

parte do programa “Ronda Cidadã”, que integra o trabalho da Polícia Militar, Polícia Civil e a comunidade, como ação de prevenção e redução de riscos de desastres. Para a Volkswagen do Brasil, o negócio realizado com o governo potiguar representa mais uma importante conquista na região para a marca. Fonte: Imprensa Volkswagen do Brasil

Percepções com os carros

no dia 15 de abril de 2014. A planta do sul fluminense, que é 100% Nissan, também produz o sedã compacto Novo Versa e os modernos motores 1.0 12V 3 cilindros e 1.6 16V que equipam os dois modelos. A unidade representa uma nova etapa na história da empresa no Brasil. Com bases sólidas, a Nissan acelera para atingir no país novo patamar de participação de mercado. A Nissan começou a produzir veículos em solo brasileiro em 2002 na fábrica em conjunto com sua parceira de Aliança, a Renault, em São José dos Pinhais (PR). O primeiro produto da marca fabricado nesta unidade industrial foi a Nissan Frontier (D22). Atualmente com mais de 130 mil unidades vendidas, a picape simbolizou o início de um duradouro compromisso firmado pela Nissan com o Brasil. Desse compromisso vieram diversos outros lançamentos – como o bem sucedido sedã médio Sentra – e a produção de outros modelos, como o New March e Novo Versa. Fonte: Imprensa Nissan


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LOCADORAS / GESTORAS

INTERNACIONAL

AIAFANews

“A terceirização sinaliza para um grande futuro no Brasil“ José Luis Criado Pérez Diretor-geral da LeasePlan International

C

om 52 anos de experiência global, a LeasePlan International é uma boa referência para o setor de locadoras no Brasil. A empresa tem hoje uma frota de 1,5 milhão de veículos e 6.950 colaboradores nos 32 países em que está presente e segue em fase de crescimento em escala mundial. Em entrevista à AIAFANews, o diretor-geral da LeasePlan International, o espanhol José Luis Criado Pérez, que trabalha na sede da empresa em Almere, na Holanda, faz uma análise do mercado mundial das locadoras. Com a experiência de uma empresa que enfrentou os desafios de atuar em países em crise econômica, como no sul da Europa, ele arrisca alguns prognósticos para o mercado mercado de locadoras no Brasil. Segundo ele, em situações de recessão econômica, em que as empresas têm de buscar eficiência e economia, é que a terceirização adquire mais sentido. “Por isso, a LeasePlan Brasil continua crescendo, apesar da situação da economia brasileira”, situa Criado Pérez. Veja na entrevista. Enquanto a Europa sinaliza para uma recuperação econômica, o Brasil dá sinais de que enfrentará uma crise duradoura. O que a LeasePlan aprendeu da crise na Europa e como se posiciona hoje no mercado mundial? Uma das características de uma empresa global como a LeasePlan é que sempre atua em zonas em crise e zonas em crescimento. Há apenas poucos anos, o Brasil crescia com grande dinamismo e o sul da Europa estava em recessão. Agora a situação é a inversa. Nestes momentos, a LeasePlan está em uma fase de crescimento praticamente global. A terceirização (renting) é um produto baseado na eficiência, por isso em momentos de menor atividade econômica, como no Brasil na atualidade, também se pode crescer. É justamente quando as empresas têm de buscar eficiência e economia que a terceirização adquire mais sentido. E são muitas as empresas que deixam de comprar seus veículos e decidem terceirizar suas frotas. Por isso, a LeasePlan Brasil continua crescendo, apesar da situação da economia brasileira. Nesse contexto, quais são os desafios da LeasePlan no Brasil? O desafio da LeasePlan é continuar demonstrando às empresas brasileiras que é possível

"A terceirização é baseada na eficiência, por isso em momentos de menor atividade econômica, como no Brasil agora, também se pode crescer" ser eficiente e economizar nas frotas e que a terceirização da gestão é um bom negócio. A mudança de proprietários da LeasePlan, que está prevista ser aprovada pelo banco central da Holanda antes do fim do ano, afetará a política e estratégia da companhia no mundo?

Não espero que a troca de acionistas afete a política nem a estratégia da LeasePlan. Os novos acionistas formam um consórcio de entidades que decidiram investir na LeasePlan devido à sua história de contínuo crescimento e rentabilidade. Segundo declararam, eles apoiam em sua totalidade o plano estratégico 2020, em que constam os objetivos da LeasePlan para os próximos cinco anos. A LeasePlan tem 52 anos de experiência internacional. Quais são as grandes diferenças entre o serviço oferecido na Europa, Estados Unidos e América Latina? A vocação global da LeasePlan a fez expandir em escala mundial e se adaptar aos distintos mercados e produtos demandados por seus clientes. Por um lado está o produto mais comum nos Estados Unidos e Canadá, chamado


José Luis Criado Pérez

INTERNACIONAL

LOCADORAS / GESTORAS

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ali de open end. A particularidade principal desse produto é que as empresas terceirizam o serviço, mas não os riscos. Ou seja, se os custos operativos e o preço de venda do veículo no final do contrato diferem da estimativa inicial, é a empresa-cliente quem assume o risco e quem paga ou economiza qualquer diferença. Por outro lado está o produto mais comum no restante do mundo, no qual a empresa terceiriza o serviço e o risco. Uma variante desse produto é o chamado “Cálculo Aberto”, exclusivo da LeasePlan, onde se mostra ao cliente todos os componentes do custo, tanto em sua estimativa inicial como os que se vão produzindo durante a vigência do contrato. Uma vez finalizado, qualquer diferença negativa é absorvida pela LeasePlan, enquanto qualquer economia conseguida é dividida com o cliente. Na sua opinião, qual é o diferencial que a LeasePlan oferece a seus clientes? A LeasePlan é uma empresa de serviços e como tal sua vocação de servir o cliente é seu fator diferencial. O produto “Cálculo Aberto” foi pioneiro em oferecer total transparência que ainda hoje não foi igualada por nenhum operador do mercado. Essa transparência nos custos tem levado a LeasePlan a uma dinâmica de constante melhoria nos serviços. Desde incluir no produto a gestão de combustível e o seguro, nos anos 1980, até a atual gestão telemática da frota são mostras da liderança da LeasePlan na definição da terceirização moderna. Outro aspecto que comprova a liderança da LeasePlan foi a incorporação da consultoria de gestão de custos e de identificação de oportunidades de economia, como serviços ao cliente, o qual criou uma verdadeira escola no setor. A LeasePlan também foi pioneira em criar uma divisão internacional para oferecer aos grandes clientes uma gestão global da frota com um nível uniforme de qualidade, serviço e transparência. Para as empresas, quais são as principais vantagens de terceirizar a frota? No Brasil, a terceirização como agora se conhece nasceu em 1999 com a chegada da LeasePlan. Até então, existiam no mercado serviços de aluguel de frotas por períodos de até um ano. Hoje, as empresas brasileiras têm reconhecido as vantagens de terceirizar a frota: redução de custos, mais eficiência da gestão e terceirização dos riscos. O princípio da terceirização afirma: “Se uma atividade não forma parte do negócio principal da empresa, um especialista externo a realizará melhor e mais barato”. E isso é totalmente certo também no Brasil. O setor de terceirização tem potencial para crescer no Brasil? Sem dúvida. O Brasil é uma das principais economias do mundo, e as necessidades de suas empresas não são diferentes das de outros mercados. As economias de escala, a capacidade de controle de gastos e a maior eficiência na gestão fazem a terceirização sinalizar para um grande futuro no Brasil.

"Apesar de tudo, minha previsão é de que, nos próximos cinco anos, o volume de terceirização no Brasil crescerá até dobrar" Pode nos dar exemplos de outros mercados onde a LeasePlan International está presente? Em outras economias em fase de desenvolvimento, como México, Turquia e Índia, experimentamos incrementos na introdução do renting como a forma mais eficiente de gestão de frotas. O desenvolvimento da terceirização no Brasil também dependerá da evolução econômica do País nos próximos anos. Apesar de tudo, minha previsão é de que, nos próximos cinco anos, o volume de terceirização no Brasil crescerá até dobrar.

trole dos gastos em frota e até a perder os fatores motivacionais da frota. Mas os processos de gestão também são importantes. O tempo investido pelos gestores de frotas das empresas e pelos condutores são custos nem sempre medidos e avaliados. Os processos internos de seleção e solicitação de um veículo, aprovação de serviços e gastos não orçados, por exemplo, são custos reais para a empresa. E a terceira origem de valor pode ser ligada à segurança dos condutores, que, além da obrigação ética da empresa, é uma importante fonte de economia. Reduzir a frequência de acidentes, o tempo de parada dos veículos, a inatividade dos condutores são valiosas fontes de economia. Um gestor de frotas necessita de seu fornecedor de renting, não só um preço competitivo e um nível de serviço adequado, mas um sistema de relatórios com detalhes suficientes para analisar e identificar as possíveis origens de economias e aumento de eficiências.

O que o senhor aconselharia aos gestores de frota para reduzir gastos e melhorar a gestão? Todo gestor de frotas, no final das contas, tem como objetivo conseguir o maior valor possível da frota para sua empresa. Esse valor se consegue por três caminhos principais, sendo o controle e redução de gastos o principal deles. Mas minha sugestão é não focar exclusivamente no preço inicial de um renting, mas sim analisar o custo total do ciclo do veículo. A segunda origem do valor radica na otimização da política de veículos da empresa e na eficiência dos processos. Uma política mal definida pode levar à falta de con-

Quais são suas expectativas para o setor de terceirização para 2016 no mundo e especialmente no Brasil? Nos próximos dois ou três anos, o setor vai continuar crescendo no mundo. Na Europa, Austrália e América do Norte, esse crescimento será mais uniforme por causa da maturidade dos próprios mercados. Já nos mercados em desenvolvimento, como o Brasil e o restante da América Latina, será menos uniforme, pois estarão mais afetados pela evolução das economias locais. A Ásia é o grande mercado para a terceirização de frotas crescer e dependerá mais do nível de maturidade social de suas economias.


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LOCADORAS / GESTORAS

AIAFANews

A terceirização de frotas ainda não amadureceu no Brasil Em época de crise, é natural que as empresas economizem em veículos para otimizar recursos e assumir menos riscos associados à estratégia de uso do capital

O

delicado momento do Brasil permite enxergar as diferentes formas das empresas se posicionarem em relação à redução de custos e aumento da produtividade. No que diz respeito à terceirização e gestão de frotas, é visível o fato de que as empresas ainda relutam em abdicar do microgerenciamento, mesmo após terem decidido terceirizar.

Vamos direto ao ponto: em uma época de crise, nada mais natural que as empresas, precavidamente, abram mão de imobilizar milhões de reais em veículos para otimizar seus recursos e assumir menos riscos associados à estratégia de uso do capital. Afinal, esse é um investimento fora de suas atividades-fim. Embora haja, entre os executivos financeiros, uma clara vertente na direção da eficiência do uso de capital, no quesito gestão ainda há espaço para evolução quando se fala em terceirizar a frota. Isso porque, muito frequentemente, mesmo após terceirizarem centenas de carros, os gestores de frotas ainda têm dificuldade para se desprenderem das questões mais mundanas relativas ao dia a dia de cada veículo. Sabe-se que, em média, um automóvel vai para manutenção a cada quatro ou cinco meses e, portanto, uma frota de 500 veículos vai passar por cerca de cinco paradas diárias, só para manutenção, sem falarmos de pneus e sinistros. As empresas de gestão de frota têm tipicamente uma estrutura profissional para analisar, criticar, aprovar e reportar tais eventos de manutenção, liberando o cliente da ineficiência de ter de se envolver com esses casos, individualmente. Mas, na prática, não é isso o que acontece em muitos casos. Gestores seguem apegados ao processo de decisão pontual e não ao analítico, que é propiciado através de reportes mensais, querendo assim interferir na decisão de troca de peças, pneus, execução ou não de serviços, entre outros.

As estruturas de gestão das empresas ainda precisam atentar para os requisitos de eficiência cada vez mais fundamentais A saída para essa questão é trabalhar com a abordagem de que um veículo custa uma fração do custo de um funcionário, que, por sua vez, custa uma fração do que ele vale para a empresa. Portanto, cada hora de veículo parado para se discutir sobre a realização de um serviço custa demais para o cliente. E esse convencimento é um dos nossos maiores desafios hoje, pois, para um custo médio mensal de repasse de manutenção por veículo de R$ 6, criam-se estruturas e processos que muitas vezes não são eficazes. Essa tendência também é verificada na insistência de algumas empresas em interferir na escolha da estratégia de gestão de risco da frota. Ou ainda, na concessão ou não de

garantia da montadora para a empresa gestora. O que de fato importa para o cliente são as garantias contratuais que a gestora oferece, relativamente à frota alugada. Por fim, podemos concluir que, se por um lado, as áreas financeiras estão mais adaptadas à crise em que nos encontramos, por outro as estruturas de gestão das empresas ainda precisam entender melhor os requisitos de eficiência cada vez mais fundamentais para o sucesso.

Rodrigo Amaral Diretor de Operações da Arval


A LAND ROVER SUPERA SUAS EXPECTATIVAS

Na cidade somos todos pedestres.

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/LandRoverBR


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LOCADORAS / GESTORAS

AIAFANews

“Este momento de crise favorece a terceirização de frotas“ Luis Fernando Porto

A

CEO da Locamerica

Como a Locamerica se situa no mercado de locação no Brasil? A Locamerica é a segunda maior empresa de terceirização de frotas do Brasil em número de veículos e a maior empresa do País dedicada exclusivamente à terceirização de frotas corporativas. Está entre os players que mais cresceram no setor nos últimos anos. Na sua opinião, qual o diferencial da Locamerica? Como diferencial, buscamos sempre oferecer soluções para nossos clientes que permitem uma redução de custos significativa, aliadas à agilidade e flexibilidade. As empresas atendidas pela Locamerica contam com nossa experiência de mais de 22 anos terceirizando frotas, possuímos sólida estrutura financeira e somos uma das poucas empresas do setor com ações listada no Novo Mercado da BM&FBovespa. Oferecemos ainda alguns diferenciais em relação ao mercado em geral como veículo reserva da mesma categoria do titular, sem limites de diárias.

Fotos: Locamerica/Divulgação

locação de veículos ganha força em momentos de crise econômica, justamente porque as empresas buscam reduzir gastos e uma das medidas mais eficientes passa pela reorganização da gestão da frota. É o que observa Luis Fernando Porto, diretor-presidente da Locamerica, a segunda maior empresa de terceirização de frotas do Brasil em número de veículos e a maior empresa do País dedicada exclusivamente à terceirização de frotas corporativas. Com uma frota de 29.016 carros, a Locamerica é uma rede de 30 filiais e 609 colaboradores que atendem todo o Brasil. Formado em administração de empresas e especialista em Negócios, Porto foi um dos sócios fundadores da Companhia de Locação das Américas (Locamerica). Além de diretor-presidente, atualmente ocupa o cargo de vice-presidente do Conselho de Administração da Locamerica e atua na sede de Belo Horizonte (MG). Com tamanha experiência, nesta entrevista à AIAFANews, ele faz uma análise sobre a terceirização e se mostra bastante otimista com o futuro do setor no Brasil.

"Cada vez mais as empresas enxergam o quanto a terceirização adiciona eficiência, simplicidade, agilidade e economia às suas operações"

Para as empresas, quais são as vantagens de terceirizar a frota? A frota de veículos é simplesmente um meio pelos quais a empresa realiza suas atividades fim, ou seja, gerir uma frota não é o core business de uma organização. Com isso, as empresas com frota própria acabam dis-

persando recursos financeiros ao assumir a administração de uma frota e consumindo energia na solução de problemas ligados aos veículos. A terceirização surge como alternativa na medida em que a locadora assume todos os controles e atividades inerentes à gestão da frota, como licenciamento, manutenção, assistência técnica, veículos reservas, seguros e gestão de multas. A experiência de uma locadora em gerir todas essas atividades, aliada ao poder de barganha junto às montadoras e fornecedores, permite que as empresas obtenham uma redução de custos com a frota em até 25% ao migrarem para o modelo de terceirização. Além do expressivo ganho financeiro, terceirizar a frota permite que as empresas se dediquem ao seu negócio principal e deixe a gestão da frota com quem é especialista no assunto.


Luis Fernando Porto

LOCADORAS / GESTORAS

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A Locamerica oferece algum tipo de consultoria para os gestores de frotas das empresas que contratam seus serviços? Em que medida a Locamerica pode personalizar um serviço? Apoiamos nossos clientes desde o planejamento da frota, garantindo os veículos certos para uma operação mais eficiente. Durante o contrato, atuamos de forma consultiva, apresentando as oportunidades de melhoria na operação de veículos, através da análise de indicadores-chave e relatórios inteligentes. Os gestores da frota também podem contar com o Portal do Cliente, que centraliza todas as informações da frota e pode ser acessado de qualquer dispositivo. Procuramos entender o negócio de cada cliente, oferecendo soluções sob medida, flexibilizando nosso mix de serviços de acordo com suas necessidades. A Locamerica disponibiliza carros populares, executivos, utilitários. Há demanda também para veículos blindados? Atualmente atendemos empresas de todos os setores da economia, de forma que temos na nossa frota um mix completo de categoria de veículos. Sobre blindados, existe uma demanda crescente de veículos dessa categoria, decorrente principalmente de companhias que fornecem veículos-benefício aos seus executivos, e a segurança é um item básico para esse tipo de usuário. Da nossa carteira de clientes, cerca de 8% das empresas contam com pelo menos um veículo blindado. Que modelos são os mais solicitados pelos clientes corporativos? Isso naturalmente vai variar de acordo com o segmento da empresa e finalidade de uso do veículo. Para frota operacional, por exemplo, os clientes corporativos costumam preferir modelos já consagrados pela boa relação custo – benefício, que ofereçam robustez, mecânica simples e baixo consumo. No entanto, a depender da política de descontos para aquisição de determinados modelos junto às montadoras, conseguimos oferecer aos clientes um veículo que alie a melhor tarifa mensal de locação à categoria e gama de acessórios que o cliente deseja. Já para veículos benefício para uma diretoria, por exemplo, há uma demanda maior por veículos com um nível mais elevado de conforto dado o perfil do usuário.

"A terceirização surge como alternativa na medida em que a locadora assume todos os controles e atividades inerentes à gestão da frota"

A Locamerica possui 30 filiais no Brasil. Quais as estratégias e principais desafios para expandir a participação da empresa em outras regiões? A Locamerica já consegue prestar atendimento em todo território nacional, seja através das nossas unidades próprias ou através da nossa rede de oficinas e concessionárias que atualmente contam com mais de 5 mil credenciados. Toda essa estrutura garante o atendimento e as manutenções preventivas e corretivas nos locais onde nossos clientes operam. Quais são os desafios para o setor de terceirização de frotas em um contexto de crise econômica no Brasil? Este momento de crise econômica é bastante favorável ao setor de terceirização de frotas,

já que a locação de veículos possibilita que a empresa venda sua frota própria, gere caixa e invista o recurso em sua atividade fim, deixando conosco todo o investimento em frota, burocracia e gestão dos veículos. Você acredita que o setor de terceirização tem potencial para crescer no Brasil? Sem dúvidas. O setor de terceirização vem apresentando um ritmo de crescimento anual na casa de dois dígitos, sinalizando que cada vez mais as empresas enxergam o quanto este serviço adiciona eficiência, simplicidade, agilidade e economia às suas operações. Esse modelo de terceirização já é extremamente difundido nas grandes corporações no Brasil, e temos percebido um movimento das médias e pequenas empresas para esse caminho. O que o setor de terceirização no Brasil pode aprender das experiências de outros países? Nos países onde a cultura de terceirização de frotas já está difundida, o uso da tecnologia para dar suporte à gestão da frota adiciona um valor imenso, e isso tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil, como no uso da telemetria, por exemplo. Cada vez mais estamos vendendo esse serviço de alto valor agregado a nossos clientes, o que aumenta consideravelmente a segurança, mitigando os riscos de roubos, desvios e improdutividade. Quais as expectativas para o setor de locadoras para 2016? A despeito do cenário de recessão econômica pelo qual estamos atravessando, e que deve se estender por, no mínimo, dois ou três anos para vermos um ponto de inflexão, acreditamos que o setor de aluguel de frotas continuará apresentando crescimento no país, ao contrário de um PIB negativo e em linha com o que vem mostrando nos últimos dez anos.


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PRESTADORAS DE SERVIÇOS

AIAFANews

“Com a atual crise, a telemetria é a melhor aliada do gestor de frota“ Marcos Valillo

Fotos: Lillian Bento

Diretor comercial da Pointer do Brasil

P

ara Marcos Valillo, diretor comercial da Pointer do Brasil, a crise econômica que o Brasil enfrenta faz as empresas se reinventarem, e a telemetria é uma excelente ferramenta para reduzir custos e melhorar a eficiência. Nesse sentido, a empresa oferece uma plataforma de software desenvolvida para ajudar o gestor de frota. Valillo explica que hoje “a Pointer é sinônimo de tecnologia inovadora em soluções avançadas para gestão de frotas”. Segundo ele, a Pointer do Brasil entende que alcançar os resultados passa pelo desafio de qualificar as informações que nortearão a tomada de decisão dos gestores de frotas. Por isso, a empresa desenvolveu um conceito da consultoria safety officer e visão 360° da operação que reduz custos e aumenta a produtividade. Marcos Valillo tem 20 anos de experiência nas áreas de vendas, planejamento e marketing, atua há cinco anos na Pointer e recentemente assumiu o cargo de diretor comercial

da empresa, que tem sede em Barueri (SP). Nesta entrevista à AIAFANews, ele fala sobre a importância da telemetria para o trabalho do gestor de frotas. Recentemente o senhor assumiu o cargo de diretor comercial da Pointer do Brasil. Quais são seus principais desafios nesta nova função? A Pointer é uma referência de mercado em projetos que envolvem complexidade para frotas de médio a grande porte. Meu desafio é massificar o uso de nossa tecnologia e fazer a marca Pointer conhecida em vários segmentos, por meio de parceiros estratégicos que temos buscado em diferentes regiões do Brasil. Que novos serviços são oferecidos pela Pointer e como a empresa se situa no mercado? Oferecemos serviço de rastreamento e telemetria voltados para a otimização de frotas, logística e segurança e temos uma equipe de safety officer (consultoria e outsourcing para clientes) cuidando de grandes contas

para acelerar o retorno de investimento de nossos projetos. A empresa atende principalmente o mercado corporativo e se diferenciou customizando soluções, integrando plataformas e desenvolvendo BI (Business Intelligence - Cockpit) que suportam de forma rápida uma assertiva tomada de decisão que não seria possível usando somente relatórios de telemetria. Ajudamos nossos clientes a reduzirem custo de suas operações de forma considerável. Qual é o cenário da telemetria em frotas corporativas no Brasil e as perspectivas do setor para 2016? Telemetria e segurança (recuperação de veículos roubados) caminham juntos no Brasil. O mercado brasileiro continuará demandando segurança, entretanto a telemetria ganhou muito espaço no mercado corporativo. Principalmente com a atual crise e o cenário macroeconômico negativo previsto para 2016, a telemetria é o melhor aliado do gestor de frota, do gestor de operações e do gestor de logística para garantir eficiência operacional e redução


Marcos Valillo

de custos. É difícil imaginar empresários que possuam uma parte considerável de despesas e custos associados a frotas e não pensem em investir, em 2016, em tecnologia para gerenciar e controlar o apontamento de horas extras, uso indevido de veículos alocados com colaboradores, custos com multas e acidentes que comprometem a imagem da empresa e fraudes. A crise faz as empresas se reinventarem, e a telemetria é uma excelente ferramenta para reduzir custos e melhorar a eficiência. Como as funcionalidades da telemetria podem ser aplicadas na melhoria da gestão de frotas e quais as possíveis contribuições nesse cenário de crise? Atualmente os indicadores de aceleração brusca, freadas bruscas, controle de velocidade e outros dados referentes à condução dos veículos (telemetria) não são mais suficientes para obter ganhos expressivos na gestão de frota das empresas. Telemetria no conceito Pointer está associada ao negócio de nossos clientes, que se traduz em informações valiosas para todas as áreas da empresa, como recursos humanos, operações, vendas, administrativo e frotas. Na área de frotas, além da análise de indicadores de uso dos veículos e ranking de risco de motoristas (forma de condução) que reduz acidentes e exposição negativa da marca das empresas, a telemetria integrada com empresas de cartão combustível certifica se o veículo da empresa está no posto no momento do abastecimento. Tudo isso é muito favorável para esse momento de crise que estamos passando. Como a Pointer se posiciona para atender a essas demandas? A Pointer já atende a essas demandas baseado em customizações de projetos, integrações de plataformas e uma equipe especializada em consultoria e gestão de frotas. De que maneira o uso da telemetria pode ajudar a empresa na aplicação das políticas de utilização da frota?

PRESTADORAS DE SERVIÇOS

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"A principal contribuição do gestor de frota é analisar informações consolidadas para melhorar a operação e corrigir desvios"

etc. As integrações são construídas normalmente por web service, usando regras de negócio bem definidas durante a implementação e customização do projeto, permitindo o cruzamento e apresentação de informações associadas ao negócio e ao modelo de gestão de nossos clientes.

Tão importante quanto ter a política de utilização é garantir sua aplicação. Nesse sentido, as funcionalidades da solução potencializam o controle, detalhando todos os eventos que ferem a política implementada. Mediante a integração com outras tecnologias, é possível expandir o nível de acompanhamento e de identificação de práticas que fogem às diretrizes da organização. É substancial que as empresas construam programas voltados à melhoria comportamental dos usuários da frota, utilizando as informações da telemetria para focar ações nos principais ofensores e condutores de alto risco. Dessa forma, as organizações podem reforçar o cumprimento das políticas de utilização dos veículos.

Como a ferramenta pode ser aplicada para auxiliar no aumento da produtividade das empresas? Apontando as melhores rotas para uma sequência de visita (entrega ou serviço); indicando em tempo real um veículo mais próximo de um determinado ponto de interesse; comparando o tempo de cada visita entre condutores para a finalização de um trabalho padronizado; verificando tempo ocioso da frota por região; e informando o horário que um veículo alocado a um colaborador iniciou e terminou suas atividades diárias (disponibilidade de força de trabalho). Existem diferentes estratégias de gestão de produtividade a ser seguida dependendo do segmento que cada empresa opera.

Que dificuldades podem surgir em um projeto e qual o papel do gestor de frota para superar esses desafios? É importante que o gestor tenha ciência de que a telemetria pode ajudá-lo não somente em sua linha de aplicação direta, mas principalmente por meio do tratamento de uma infinidade de informações que são geradas nos períodos de utilização do veículo. Os resultados são alcançados por meio do planejamento e implementação de ações, construídas a partir desses dados. Ao gestor cabe dedicar-se a essas análises para que as dificuldades possam ser superadas. Quais são as principais possibilidades de integração dessa tecnologia com outras ferramentas ou softwares existentes? Como são construídas essas integrações? A Pointer está integrada com ERPs, plataformas de gestão de abastecimento, sistemas de despacho, sistema legados de empresas

Que dicas o senhor daria aos gestores de frota na hora de adotar a telemetria em seu trabalho? Antes de adotar a telemetria ou se já estiver com uma solução implantada, certificar se a solução atual está apta a entregar os indicadores que possibilite uma boa gestão. A principal contribuição do gestor de frota é analisar “informações consolidadas” para melhorar a operação e corrigir desvios. As empresas, principalmente na crise, buscam vantagem competitiva para diferenciação de seus concorrentes. Isso gera valor e novos negócios. O gestor de frota, entendendo isso, possui informações qualificadas que podem ser compartilhadas com outras áreas da empresa de forma estratégica para beneficiar o negócio. O papel de um gestor de frotas transcende a área de frotas. Essa é a dica para reflexão e posicionamento para os gestores de frota nas empresas.


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TENDÊNCIAS

BREVES

Ford e HP pesquisam como aprimorar operação A Ford concluiu a primeira fase de uma pesquisa sobre hábitos de direção, feita com funcionários que usam os carros da frota da HP, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. O objetivo do experimento, chamado Fleet Insights, é desenvolver inovações tecnológicas e serviços personalizados para buscar oportunidades de redução dos custos operacionais e otimizar o uso dos veículos. O estudo faz parte das ações desenvolvidas pela Ford em várias partes do mundo – incluindo o Desafio de Mobilidade de São Paulo, no Brasil – para buscar soluções de melhoria do trânsito nas grandes cidades. A fase de coleta de dados, feita com sensores sem fio instalados nos cerca de 100 carros da frota da HP, já foi concluída. Cada motorista teve acesso aos seus dados de rodagem usando um aplicativo para smartphone. Especialistas da Ford agora estão usando ferramentas de análise da HP, como a plataforma HP Haven, para identificar padrões e outros aspectos da atividade dos motoristas. O processamento das infor-

mações continua até o fim do ano. O estudo já mostrou que, independentemente do local de trabalho, a maioria dos motoristas da frota parava para um café na mesma rede de cafeterias e reabastecia com a mesma marca de gasolina. Revelou também que 70% das viagens ocorreram nos dias da semana, com distâncias de 20 km ou menos, e frequentemente funcionários em viagem deixavam os veículos parados durante dias no aeroporto. A análise dessas rotinas pode gerar novas soluções para otimizar o aproveitamento dos veículos e aumentar a economia de escala da frota. Segundo um porta-voz da Ford, “as frotas corporativas podem reduzir custos por meio de contratos de compra nacionais, melhorias na manutenção e no uso dos veículos. Os motoristas também podem ser incentivados a adotar novos hábitos, por meio de cupons de descontos e a criação de grupos de compartilhamento de veículos”.

A Toyota apresenta, durante o 44º Salão Internacional do Automóvel de Tóquio, sua visão para o futuro da mobilidade, com a apresentação de três novos carros-conceito que farão suas estreias mundiais durante o evento. Enquanto alguns veículos que estarão expostos representam o desenvolvimento e comercialização de novas tecnologias inovadoras, outros procuram explorar e fortalecer o vínculo emocional entre motorista e carro. O compromisso da Toyota com tecnologias de propulsão avançadas é representado por três modelos: o novo Prius, apresentado em Las Vegas e também no Salão de Frankfurt, o conceito de crossover compacto C-HR, e o FCV Plus, um

carro-conceito movido a célula de combustível, que incorpora a visão da Toyota sobre o futuro da mobilidade baseado no hidrogênio. Além desses veículos, que representam a constante e natural evolução da mobilidade, a Toyota também vai revelar outros dois conceitos: o S-FR, um veículo esportivo leve, de condução divertida e prazerosa, ressaltando a filosofia fun-to-drive, e o Kikai, veículo com conceito diferenciado de design, que relembra a beleza inata das máquinas. A Toyota também vai mostrar o Kirobo Mini, um parceiro de comunicação robótico, que está sempre ao lado do cliente. Fonte: Imprensa Toyota

Fonte: Ford Motor Company

Renault mostra picape em experiência de realidade virtual A Renault criou uma experiência inédita em realidade virtual para mostrar a picape Duster Oroch. Com óculos especiais acoplados a um celular, os jornalistas que participaram do evento de lançamento do modelo, no Rio de Janeiro, e os colaboradores da fábrica, no Paraná, puderam fazer um test-drive em realidade virtual em ambientes remotos filmados em 360˚. A experiência com a Duster Oroch transportou as pessoas para três possíveis cenários: uma pedreira, uma praia ou uma cidade. Antes de escolher o destino, a experiência traz uma breve introdução sobre a primeira picape da história da Renault, que foi usada para

Toyota antecipa novidades para Salão do Automóvel

as gravações aproveitando sua robustez e versatilidade. A partir daí, o espectador dá uma volta virtual com a picape no cenário escolhido, em uma experiência tridimensional. Os óculos de realidade virtual são uma criação da LOOX VR, rede social pioneira em conteúdo 360˚. O testdrive virtual foi criado pelo estúdio HOVR em parceria com a produtora Asteróide Filmes. A tecnologia de realidade virtual já é aplicada em diversas áreas como jogos e entretenimento, comunicação à distância, simulação de direção, segurança pública, entre outros. Fonte: Imprensa Renault

Montadora ajuda a desenvolver carro movido a energia solar A Ford ajudou a desenvolver um carro movido a energia solar para o World Solar Challenge, campeonato mundial não oficial dessa categoria de veículos que realizado em outubro, na Austrália. O modelo projetado por estudantes de engenharia da Universidade de Leuven, da Bélgica, chamado Punch One, teve sua aerodinâmica aprimorada por especialistas do túnel de vento do Centro de Desenvolvimento da Ford em Merkenich, na Alemanha. Desde 2005, a Ford apoia a equipe da universidade, chamada Belgian Solar Team, no desenvolvimento de carros solares. A ação faz parte dos programas que a marca promove em todo o mundo para incentivar a formação de jovens engenheiros no setor automotivo. Este ano,

também deu acesso ao Campo de Provas de Lommel, na Bélgica, para os estudantes testarem a dirigibilidade, funcionalidade e resistência do protótipo. O Punch One vai correr com outros 29 monopostos de 17 países na prova, que terá um percurso de mais de 3.000 km. Ele é o primeiro carro de quatro rodas da equipe com desenho assimétrico, que ajuda a reduzir em 25% a resistência do ar. Além disso, é 10 kg mais leve que o modelo anterior e tem painéis solares cerca de 50% mais eficientes. A velocidade máxima também foi limitada em 125 km/h para otimizar o consumo de energia, item importante em corridas de longa duração. Fonte: Imprensa Ford Motor Company


BREVES

BMW disponibiliza dispositivo de recarga em shopping centers O BMW Group Brasil anuncia parceria com a Multiplan para oferecer pontos de recarga pública de automóveis elétricos e Plug-In híbridos da inovadora BMW i em estacionamentos dos shopping centers da rede. A primeira cidade a contar com o BMW i Wallbox, dispositivo exclusivo para carregamento rápido dos veículos BMW i, foi São Paulo, desde maio. Nos próximos meses, outros pontos urbanos estratégicos receberão o dispositivo fornecido, incluindo centros comerciais da rede Multiplan de Ribeirão Preto, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Com a parceria, proprietários dos modelos BMW i3 e BMW i8, além de outros veículos elétricos compatíveis com o dispositivo, poderão ir até os locais contem-

plados e utilizar o BMW i Wallbox. Como exemplo, são necessárias apenas três horas para uma carga completa do BMW i3, o que permite uma autonomia de 160 km ou de até 300 km, quando o tanque de 9 litros de gasolina que abastece seu motor auxiliar à combustão estiver completo. “O BMW Group acredita nos veículos elétricos e híbridos como alternativa de mobilidade urbana. Por meio desta parceria com a rede Multiplan, proporcionamos facilidade para os donos de modelos BMW i, que contarão com pontos estratégicos na cidade para carregar seus carros durante os percursos urbanos”, explica Carlos Côrtes, gerente sênior da BMW i no Brasil. Fonte: Imprensa BMW Group Brasil

Coca-Cola utilizará Kangoo Z.E. em Curitiba A Coca-Cola, uma das maiores indústrias alimentícias e de bebidas do mundo, começará a testar um Kangoo Z.E. (Zero Emissão) 100% elétrico em suas operações em Curitiba. A Femsa Brasil, o maior engarrafador do sistema Coca-Cola no país, usará o veículo para realizar entregas na região central da capital paranaense. O Renault Kangoo Z.E. é o primeiro furgão totalmente elétrico disponível e homologado no mercado brasileiro. O modelo é equipado um pacote de baterias de íon-lítio que permite rodar 170 km com uma só carga e pode ser recarregado entre seis e oito horas, variando de acordo com a rede de energia da cidade. O motor elétrico é capaz de gerar 44 kW (60cv) e 23 kgfm, levando o furgão a uma velocidade máxima de

130 km/h limitada eletronicamente. Altamente sustentável, o Kangoo Z.E. não emite poluentes na atmosfera e consome somente 3KVA/16A de energia para rodar 120 km, o equivalente a um banho de 15 minutos em chuveiro elétrico. Um dos grandes diferenciais do furgão elétrico é o quadro de instrumentos com indicadores de autonomia, capacidade da bateria e média de consumo instantâneo. No Brasil, o Renault Kangoo Z.E. está sendo utilizado também pela Patrus Transportes, em Belo Horizonte; pelos Correios, para a entrega de encomendas na região central de Curitiba e em Brasília. Estão sendo testados também por empresas como Fedex, pelo Grupo TPC, Itaipu Binacional, CPFL e prefeitura de Curitiba. Fonte: Imprensa Renault

VEÍCULOS ELÉTRICOS

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Ford pesquisa combustíveis com benefícios ambientais A Ford anunciou o desenvolvimento de pesquisa de combustíveis alternativos limpos com benefícios ambientais similares aos de um carro elétrico. Esse projeto visa testar o uso do éter para mover veículos com a mesma potência e desempenho dos modernos motores à combustão, com emissões quase zero. O governo alemão é parceiro financeiro do projeto de três anos. Os combustíveis testados são o éter dimetílico, comumente usado como gás propelente não tóxico em aerossóis, e éter oximetileno, um líquido geralmente utilizado como um solvente na indústria química. Eles são gerados por biogás e gás natural e podem também ser obtidos por um

processo sofisticado chamado power-to-liquid que usa fontes renováveis, como energia solar ou eólica, junto com o CO² obtido a partir do ar. Um protótipo do Ford Mondeo está sendo utilizado nos testes. Os novos combustíveis têm o potencial de gerar emissões de partículas extremamente baixas e maior eficiência energética. Essa tecnologia promissora está sendo investigada em um projeto paralelo em conjunto com a Universidade de Aachen, na Alemanha, pesquisando a viabilidade de diferentes métodos de geração do éter dimelítico, visando à eficiência de conversão, os preços estimados de combustível e os aspectos de infraestrutura. Fonte: Imprensa Ford Motor Company

Anfavea usa Renault 100% elétrico em Brasília A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) passa a contar com um moderno Renault Zoe 100% Elétrico para demonstração em Brasília. O veículo foi entregue em agosto ao presidente da entidade, Luiz Moan, por Eric Feunteun, diretor mundial do Programa Veículos Elétricos da Renault, no escritório de representação da instituição na Capital. Além do carro, que foi cedido em comodato, o escritório da Anfavea passa a contar também com uma moderna estação de carregamento de veículos elétricos, com capacidade para abastecer

dois carros simultaneamente. Com quatro modelos, a Renault é o único grupo automobilístico mundial a oferecer uma gama completa de veículos 100% elétricos. Além do Zoe, a Renault também comercializa o utilitário Renault Kangoo Z.E., o sedã Fluence Z.E. e o Twizy, um modelo ultracompacto de dois lugares para uso urbano. Desde 2013, quando iniciou a venda de veículos elétricos no País, a marca já comercializou mais de 80 unidades para empresas e instituições públicas em projetos de mobilidade zero emissões. Fonte: Imprensa Renault


NOVAS TECNOLOGIAS

BREVES

© GM Corp

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Chevrolet adota aplicativo que avisa dono em caso de roubo O OnStar será lançado em breve no Brasil com exclusividade na linha Chevrolet. Inédita em carros nacionais, a tecnologia irá oferecer uma ampla gama de serviços, entre eles o de monitoramento e de assistência na recuperação veicular. Sensores localizados em partes estratégicas do veículo são capazes de detectar situações de arrombamento e enviar um sinal ao Centro de Atendimento OnStar que, nesse caso, entra em contato com o proprietário para verificar o fato e dar sequência na operação de busca. Mesmo que o automóvel tenha sido levado, é possível observar seu deslocamento via GPS e enviar um comando remoto de redução gradual da velocidade ou até de bloqueio total do mo-

tor, o que facilitará a recuperação do bem pela polícia. O proprietário ainda tem a opção de programar a função “Alerta de Movimento” por meio de um aplicativo exclusivo para smartphones. Assim, no instante em que o sistema detectar deslocamento do veículo, uma mensagem será enviada ao cliente. O acesso ao Centro de Atendimento OnStar ocorre por meio do aplicativo para celular ou pressionando um botão na base do retrovisor do veículo. Os primeiros Chevrolet equipados com o OnStar no Brasil serão o Cruze Sedã e o Cruze Sport6, que chegam às concessionárias da marca até o fim do ano já como modelos 2016. Fonte: Imprensa GM do Brasil

Assistente de frenagem previne pequenas batidas A Ford lançou com o Focus Fastback o assistente autônomo de frenagem, uma nova tecnologia que freia o carro automaticamente para evitar as “batidinhas” no trânsito. O sistema conta com um sensor óptico que detecta um carro parado na frente em velocidades de até 20 km/h e aciona os freios sem a intervenção do motorista. Para ilustrar o funcionamento, a marca lançou um vídeo que apresenta exemplos de situações corriqueiras em que é impossível evitar um esbarrão com outras pessoas ou objetos: alguém que passa com um carrinho de compras na

sua frente, dar de cara com uma porta de vidro ou um colega distraído. O assistente de frenagem autônomo entra em ação a tempo de evitar a colisão. O equipamento opera com um sistema conhecido como Lidar – sensor de detecção de distância por reflexão de luz. A distância do objeto é medida pela diferença de tempo entre a emissão de um pulso laser e a detecção do sinal refletido, de modo semelhante a um radar. Para isso, usa elementos reflexivos da traseira dos veículos, como placa, lanternas, brake-light e refletores de para-choque. Fonte: Imprensa Ford

VW usa tecnologia de games para aprimorar ergonomia A Volkswagen do Brasil inova ao trazer para o setor automobilístico uma tecnologia que já é sucesso no universo dos games. A tecnologia de games permite avaliar a ergonomia dos postos de trabalho da produção. Durante as análises, um colaborador simula o movimento necessário no processo produtivo. Com uma câmera, são captadas as imagens do operador em movimento; essa tecnologia permite que os ergonomistas avaliem se os movimentos são ergonômicos. Uma das principais vantagens é a praticidade de uso dessa tecnologia, cujo aparelho é transportado e montado facilmente, permitindo simulações rápidas. As imagens do colaborador são captadas e reproduzidas na tela do computador, já inseridas em uma cena virtual que

simboliza a produção automobilística e reflete a realidade do ambiente de produção da empresa, inclusive com a linha de montagem e o veículo. Em seguida, são informados aos softwares características da atividade, tais como peso da peça que está sendo manipulada, quantas vezes o operador repetirá aquele movimento por dia, seu campo de visão, postura, entre outras. Com base nesses dados, os softwares analisam como pode ser aprimorada ainda mais a ergonomia do posto de trabalho. A “Fábrica Digital” da Volkswagen do Brasil, ao simular virtualmente processos produtivos antes de implementá-los fisicamente, já permitiu que a empresa evitasse erros no processo que demandariam correções posteriores. Fonte: Imprensa Volkswagen do Brasil

Ford usa relógio inteligente para otimizar veículos A Ford está usando a tecnologia do smartwatch, a grande novidade de relógios inteligentes, para controlar as funções dos veículos elétricos e híbridos plug-in da marca. Os novos aplicativos completam a plataforma MyFord Mobile, lançada em 2012 para smartphones Android e Apple, e podem ser usados nos modelos Ford Focus Electric, Fusion Energi e C-Max Energi. Entre outros recursos, por exemplo, eles permitem checar a carga e autonomia da bateria, ligar o ar-condicionado, bloquear

e desbloquear a partida e localizar onde o carro está estacionado. Foram desenvolvidos especialmente para facilitar o uso e caber na tela dos smartwatches, tanto redondos como quadrados. Os de formato redondo, por exemplo, têm um design que se encaixa em modelos como o novo Moto 360. No Apple Watch, o usuário tem o recurso de olhar e tocar na tela para iniciar rapidamente sua operação. Fonte: Ford Motor Company


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Na cidade somos todos pedestres.


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