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gavam. Uma amiga da minha mãe tinha todos os da Ângela Maria e me deixava ouvir. Eu ficava fascinada com as letras e com as melodias. Nas matinês do cinema, vi muito Mazzaropi. Eu adorava Mazzaropi. Depois, na minha adolescência, havia o cinema americano. Em Prudente, só chegavam grandes sucessos de bilheteria. Via circo, também, com freqüência. E teatro não existia. Quer dizer, só aqueles que minha mãe fazia na igreja, e o da festa do IV Centenário de São Paulo, em que as moças dançavam São Paulo, terra adorada... Espetáculo, para mim, eram aqueles montados pela professora de canto ou pelas senhoras que organizavam festas na cidade.

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Os primeiros teatros profissionais que vi foram no clube de Prudente. Assisti a Procópio Ferreira e Rodolfo Mayer fazendo As Mãos de Eurídice. E teatro, mesmo, só conheci em São Paulo, por volta dos 16 anos. Estava passando uns dias na cidade – nessa altura eu já tinha amigos do interior que estudavam na capital –. Assisti a My Fair Lady e a uma comédia com a Cleyde Yaconis. Fiquei encantada. A minha referência de artistas vinha de teatro de revista. Virgínia Lane e suas coelhinhas: isso era forte na época, havia cartazes enormes.

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