JoaoBatistaDeAndrade_MariaDoRosarioCaetano

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O fotógrafo do filme foi o Aloysio Raulino, que fez, no original 16 mm, uma fotografia genial, em meio às loucuras de filmagens noturnas com luz improvisada, filmagens em ruas, interior de prédio em construção, etc. Mas aí nós chegamos ao momento chave, a ampliação. O próprio Aloysio estava confiante, baseado na experiência de ampliação de alguns curtas no novo laboratório LabTec, dirigido tecnicamente por um experiente laboratorista, o Dimitry. O problema é que, com os curtas, um rolo só, tudo ia mais ou menos bem. Mas no longa a coisa pegou. O Laboratório não conseguia eqüalizar a ampliação e era obrigado a retomar os rolos já feitos. Quando finalmente se chegou a uma ampliação completa, era evidente a má qualidade do trabalho. E era impossível refazer, já que, de tanto manuseio, o negativo original 16 mm acabou imprestável, cheio de riscos e quebrado. Na falta de melhor solução, a solução estava dada. E o filme estreou em São Paulo, no final de 1980, como sempre com pouca divulgação, mais “arremessado” do que lançado, nos cines Olido (centro) e Belas-Artes (Paulista). Em duas semanas eu já estava fora do mercado.

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