porque é surpreendente. Porque atravessa a linha da ficção e da realidade. A gente sempre faz uma careta, reage estranho, completamente fora do personagem. Eu nunca fiz par romântico em novela. Fiz O Cafona em que eu terminava com o Paulo Gracindo; em Bandeira 2 eu era casada com o Felipe Carone, que era um bicheiro, e tinha um caso com um garoto – então não chegava a ser par romântico. Em Locomotivas, eu era uma mulher mais velha que gostava de um jovem, mas ela só se declara no final. Claro que meus papéis sempre foram secundários, nunca fiz uma protagonista realmente, como no cinema. Mas gostei de todos eles, que eram sempre bem atuantes na história. Nesse papel de Locomotivas, a personagem chamava Celeste e foi um sucesso. O público adorava porque tinha um quê de transgressão na história. Saí em um monte de capa de revista, reportagem, porque aquilo era uma coisa inovadora para a época.
Ilka Soares miolo.pmd
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13/8/2008, 14:50
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