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Ministério da Educação, desconto de 5% na compra de livros didáticos e também nos casos de empate em resultados de concursos públicos, desde que a regra esteja prevista no edital da prova. As campanhas de doações, realizadas anualmente no país, também procuram conscientizar as pessoas sobre a importância de se doar sangue. O Corpo dos Bombeiros tem um papel importante nessas campanhas. Com a ideia de dar mais ênfase às comemorações ao Dia do Bombeiro, a corporação iniciou em 2004 a campanha “Bombeiro Sangue Bom”. A ação resultou num aumento de 1.173 doações para 43.009 doações. Desse número, 487 doações são de Americana e 33 doações de Piracicaba. A campanha acontece em julho, um dos mais críticos do ano, quando os estoques de sangue apresentam queda de até 30% nas doações por causa do inverno e férias. Nesse período, é comum gripes e resfriados, o que impossibilita a doação. Em 2012, trabalhadores em busca de aumento salarial usaram a doação de sangue como forma de protestar e para aumentar a visibilidade da causa. Em agosto os funcionários da Compania de Engenharia de Tráfico de São Paulo ao doar sangue de forma coletiva, não tiveram descontos no dia não trabalhado. A greve da Polícia Federal (PF), também em agosto, promoveu coletivamente e como forma de protesto uma doação de sangue, reclamando do posicionamento do governo, que teria declarado que os trabalhadores possuem “sangue azul” por estar em greve mesmo com salários acima da média. Muitos outros trabalhadores se tornam voluntários coletivamente por meio de campanhas criadas nas empresa. Esse é o lema da Suzano Papel e PAINEL CIÊNCIA & CULTURA • Março/2013

Fotos: Natália Paula Mendes

VIDAS

Recipientes utilizados para coletar o sangue que passará por nova análise

COMO DOAR SANGUE A doação de sangue segue as orientações do Organização Mundial de Saúde: os homens podem doar a cada 60 dias e mulheres, 90 dias. Somente os bancos autorizados podem receber essa doação. Em Americana, o banco funciona no Hospital Municipal (Avenida da Saúde, 415 – Jardim Nossa Senhora de Fátima , fone: 3468-1739) e, em Piracicaba, o hemocentro fica na Avenida Independência, 953 – Bairro Alto (fone: 3422-2019). Os requisitos básicos para doação: • Estar em boas condições de saúde. • Ter entre 16 e 67 anos. • Pesar no mínimo 50 kg. • Estar descansado (ter dormindo no mínimo 6 horas nas últimas 24 horas) • Estar bem alimentado e ter evitado alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação. • Apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial. (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social).

Celulose, de Limeira, que desde 2004 incentiva seus colaboradores a doarem sangue. Em 2011, contribuíram com 149 doações. Em outubro de 2012, a empresa contou com a participação de mais de 55 voluntários, 24 delas feitas no banco de sangue de Americana. Para o responsável pelo programa de Qualidade de Vida da empresa, Marcelo de Mello Martins, gerente executivo de Segurança Saúde Ocupacional, apoiar iniciativas como essa é um ato de cidadania que pode salvar vidas. “Doar sangue é um ato simples e de grande importância, pois não há substituto para o sangue humano, só a doação pode salvar vidas”.

Como fazer - O processo de doação de sangue segue oito etapas que duram no máximo uma hora: cadastramento, triagem clínica, entrevista confidencial e o lanche. Após o sangue ser coletado, as bolsas são analisadas para testar seis tipos de doença infecciosas. Depois, é fracionada em quatro componentes: hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado (fatores de coagulação) que, armazenados em temperaturas corretas e de acordo com os componentes, duram de três dias a um ano dependendo. Para a enfermeira Francieli Vansei, doar sangue é primordial na família. “Já deparei com situações de emergência onde a doação de sangue tinha que ser momentânea, pois o estoque de sangue não sanaria a necessidade. Infelizmente, nenhum parente da vítima ajudou por medo. É necessário haver conscientização, pois não se trata de algo vicioso, rotineiro e nem prejudicial”, enfatiza. O estagiário têxtil Jheison Kléber Teodoro é doador assíduo. Sua primeira doação aconteceu há três anos, quando seu tio, que realizou uma cirurgia cardíaca, necessitou de voluntários para contribuir com o hospital. A partir dessa data, Jheison tornou rotineira a ação humanitária. “É bom saber que de forma simples, podemos salvar vidas”, afirma. Assim como ele, vários doadores se conscientizam da emergência. Simone Tavares doou sangue pela primeira vez em outubro deste ano para ajudar um companheiro de trabalho que tinha leucemia. Para ela, a doação será rotineira a partir de agora. “Sempre que possível doarei sangue”.  51


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