
1 minute read
Destrava a Língua
DESTRAVA A LÍNGUA: DICAS DE PORTUGUÊS
QUE/QUÊ
Advertisement
Reza o Formulário Ortográfico de 1943 (na 14ª regra da Acentuação Gráfica - Obs.) que o acento circunflexo deve ser usado como distintivo ou diferencial entre “porquê (quando é substantivo ou vem no fim da frase) e porque (conj.)” e entre “quê (s.m., interj., ou pron. no fim da frase) e que (adv., conj., pron. ou part. expletiva)”. Vamos lá! Com acento circunflexo: . Substantivo masculino: Seu olhar tem um quê de misterioso e vago. . Interjeição: Quê! isso é intriga. . Pronome em fim de frase: Fumar pra quê?
Sem acento: . Advérbio: Que beleza! . Conjunção: O ministro disse que vai pensar no caso. . Pronome: É linda a casa que construíram. . Partícula expletiva: Que doce que ela é!
Em suma: escreve-se o que com acento para marcá-lo como monossílabo tônico e essa tonicidade ocorre com o que quando interjeição ou substantivo e quando pronome no final da frase. Há, contudo, uma situação que deixa muitos brasileiros em dúvida: é justamente quando o “que” soa como tônico mas não vem no fim da frase. É para evidenciar essa tonicidade que alguns redatores usam o “que” acentuado no meio da frase ou antes de acabado o período.
Não se pode considerar o acento gráfico um erro nesses casos, de modo algum. Mas pelo sim, pelo não, é uma boa opção ater-se ao preceituado na gramática e não acentuar o “que” situado no meio da frase, com ou sem pontuação na sequência: Por que, Senhor? E se o barco afundar, vamos fazer o que, Presidente?
Fonte: Não Tropece na Língua