a era das máquinas equiparam uma ceifadora com telas móveis que transportavam o material ceifado para uma plataforma, na qual era amarrado pelo operador. O primeiro amarrador com fio foi apresentado em 1867 por John Appleby e, posteriormente, foram feitos aperfeiçoamentos por Sylvanus Locke e McCormick. O sistema de fios foi utilizado por algum tempo, mas tinha o inconveniente de mistura do fio com o material colhido. Esse fio era comido pelo gado ou transformado em farinha, com resultados desastrosos. Quando se colhia o grão manualmente, a separação entre as sementes e a palha era lenta e trabalhosa. Transportava-se o produto para um celeiro, onde era espalhado no chão de debulha para ser batido a mão ou pisado por animais. Em seguida, a palha era limpa com ancinhos e o material restante era lançado no ar, de modo que o vento removesse a palha e as impurezas leves, enquanto os grãos, mais pesados, caíam sobre o solo.
DEBULHADEIRA A debulhadeira, por sua vez, foi inventada em 1786 por Andrew Meikle, na Escócia, mas o primeiro modelo bem-su-
Com tração a cavalo, os primeiros equipamentos para a colheita foram desenvolvidos no século XIX, como este modelo de Walter A. Wood
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cedido é atribuído a Hiram e John Pitts, em 1830, utilizando cavalos. O sistema de debulha de grãos pequenos compreende três fases: inicialmente, os feixes são lançados numa tremonha. Em seguida, um conjunto de lâminas rotativas abre os feixes e separa as espigas da palha. A palha e a amarração seguem então para um conjunto de peneiras vibratórias de malha cada vez menor, para serem eliminadas, enquanto as espigas são batidas sobre uma placa ondulada, que remove as sementes sem quebrá-las. No último estágio, as sementes passam por uma corrente de ar que elimina o restante da palha, sendo colocadas em uma tremonha, a partir da qual seguem para ser ensacadas ou moídas. Embora a primeira colheitadeira-debulhadeira combinada tenha sido patenteada em 1828, foi somente em 1834 que Hiram Moore conseguiu fazer essa combinação funcionar, embora ainda com a necessidade de padejar o material para que o vento removesse a palha. Em 1871, B. F. Cook instalou um motor a vapor para acionar o mecanismo e, em 1886, George Berry construiu a primeira máquina combinada autopropulsada.
PROPULSÃO Até o final do século XVIII, os fazendeiros utilizavam principalmente os braços da família, de escravos ou de contratados. As novas máquinas demandaram maior esforço, passando-se a utilizar animais e, posteriormente, motores portáteis a vapor, que surgiram em 1849, inicialmente montados sobre carretas. Como consumiam muita água e combustível (carvão ou lenha), além de serem pesados, desajeitados e pouco confiáveis, não substituíram os animais. Posteriormente, foram desenvolvidos conjuntos mais leves que permitiram acionar diretamente as máquinas pelo país afora e, em 1920, começaram a ser usados motores a gasolina, compactos e leves. Mas era necessário transportar a colheita e as máquinas para outros pontos da fazenda ou para o mercado. Por mais de dois séculos, foram usados reboques de duas rodas, logo substituídos por reboques de quatro rodas com tração animal. Os primeiros veículos comerciais de tração, movidos a vapor, eletricidade ou gasolina, apareceram na virada do século e, em 1910, eram comuns em áreas urbanas. A primeira tentativa real de










