Revista M&T - Ed. 209 - Fevereiro 2017

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no consumo de combustível, obtendo a mesma produtividade por meio da escolha do melhor modo de trabalho e da redução de desperdícios por parte do operador. “As máquinas M0 (trator de esteiras D61EX-23M0 e escavadeira hidráulica PC200-8M0) possuem um painel monitor LCD que monitora todos os parâmetros do equipamento”, explica Mitsuda. “Quando em operação, o sistema integrado indica ao operador, por meio de mensagens na tela, desde recomendações para se evitar desperdícios, como excesso de tempo em marcha lenta, até o melhor modo de trabalho para o serviço que está sendo executado, a fim de obter o melhor custo benefício.” Na mesma linha, o gerente corporativo de gestão de equipamentos da Construtora Queiroz Galvão, Francisco Neto, informa que a empresa utiliza o sistema Trimble VisionLink habilitado em equipamentos da marca Caterpillar, além de manter contrato corporativo com a Sotreq para gestão da manutenção e desempenho de equipamentos. Ao todo, são cerca de

QUEIROZ GALVÃO

ELETRÔNICA

A partir da identificação de problemas, empresas podem proporcionar treinamento para operadores

80 máquinas, subdivididas entre as empresas do grupo (Queiroz Galvão e Vital Engenharia Ambiental). Segundo Neto, o controle eficiente da manutenção preventiva é fundamental para a empresa, uma vez que as falhas podem ser previstas e as soluções, antecipadas. “O sistema emite alertas, indicando anormalidades como baixas pressões de óleo lubrificante, restrição de filtros, operação do equipamento com freio de mão acionado, superaquecimento, entre outras”, comenta o gerente. E os ganhos são palpáveis. Por exemplo, ao identificar períodos em que uma escavadeira fica ociosa, em regime de marcha lenta – no qual o sistema hidráulico não está sendo acionado, porém o equipamento mantém-se ligado e

LIEBHERR

Tecnologias para guindastes incorporam itens como limitador de momento de carga e sistema de acoplamento

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consumindo combustível –, o gestor tem a possibilidade de tomar providências, como adicionar mais caminhões para transporte de material e, assim, otimizar a produtividade. “Ao se analisar os relatórios gerados pelo sistema, é possível identificar o consumo de combustível inativo”, explica Neto. “Se o equipamento trabalhar por dez horas, porém permanecendo em regime ocioso por quatro, o ciclo de carregamento pode ser otimizado, tendo como referência os períodos em que há consumo com a máquina ociosa.” O especialista pondera ainda que esse gerenciamento operacional fica a cargo das próprias obras, e não do departamento central de equipamentos da Queiroz Galvão. Mas a partir da identificação das falhas, a empresa pode, inclusive, proporcionar treinamento para melhorar o trabalho dos operadores. “É importante investir em sistemas que agreguem economia, por meio da rastreabilidade de falhas”, ressalta Neto. Para ele, a eletrônica embarcada auxilia com informações vitais para gerar intervenções de manutenção no equipamento antes que a falha ocorra, mas “o acompanhamento deve ser feito com eficiência e os alertas tratados em tempo”. Desse modo, as informações de falhas podem ser enviadas para o celular e o e-mail do gestor de equipamentos da obra, que deve tomar as providências necessárias. Embora não seja utilizado como “espião”, esse sistema de monitoramento pode também inibir negligências de operação, como super-rotação da máquina, velocidades excedentes ao limi-


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