Revista M&T - Ed. 165 - Fevereiro 2013

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Barbosa Mello

PROCONVE 7

Preço do Arla 32 tem baixado gradativamente

cia maior que 200 km entre os postos aptos, como, aliás, foi a promessa da Petrobras”, aponta Alcaraz.

CUSTOS

Outra queixa do mercado transportador, como frisa Alcaraz, diz respeito ao custo adicional que acompanhou a entrada do Proconve 7 (para saber mais, leia reportagem deste especial na edição 164 da M&T). Nesse ponto, vale a lembrança de que o P7, em vigor desde janeiro de 2012, estabeleceu que os caminhões produzidos a partir de então incorporassem tecnologias que reduzam em 18,5% a emissão de óxido de carbono (CO), 60% de óxido de nitrogênio (NOx) e 80% de materiais particulados (MP). Como se sabe, para alcançar tais níveis os novos motores são equipados com um sistema de redução catalítica seletiva (SCR), solução que exige a adição paralela de um tanque de agente redutor líquido automotivo (Arla 32) para realizar o tratamento dos gases de escape. Além disso, também é necessária a utilização de um diesel mais limpo do que o utilizado anteriormente. Em comparação, o S-50 é um diesel que contém 50 partículas por milhão de material particulado, ou seja, possui uma composição com 10 vezes me-

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nos poluentes que o diesel anterior, o S-500. Já o S-10, portanto, que acaba de ser introduzido pela Petrobras, reduz em 50 vezes o volume de poluentes do S-500. “O fato é que o mercado transportador tem se queixado porque o custo operacional com o P7 aumentou sensivelmente”, confirma Alcaraz. Segundo ele, uma divulgação feita pelas montadoras de caminhões no final de 2011 – pouco antes da entrada definitiva do P7 – apontava que o custo operacional seria semelhante ao trazido pelo P6, uma vez que o maior custo do diesel S-50 e do Arla 32 seria compensado pela redução de consumo proporcionada pelas novas tecnologias aplicadas aos caminhões P7. “Na prática, isso não ocorreu”, sublinha o representante da Abralog. “O custo do Arla gera um acréscimo aproximado de 7% ao preço total de compra do combustível, sendo que o custo do S-50 tem sido praticado 10% acima do S-500, fazendo com que o custo com combustível na verdade seja 17% superior ao anterior, contra uma redução no consumo de apenas 5% na média”, calcula. Mas o próprio executivo admite que o valor do Arla 32 tem baixado gradativamente e que alguns postos já es-

tão praticando o mesmo valor para o S-50 e o S-500, o que permite esperar que, no médio prazo, esse custo superior seja minimizado ou até mesmo totalmente eliminado. A Petrobras, por sua vez, contrapõe que os critérios que determinaram a obrigatoriedade da disponibilização do diesel S-50 desde janeiro de 2012 pelos postos foram estabelecidos pela Resolução ANP nº 62, de 1º de dezembro de 2011, que procurou garantir uma autonomia mínima de 100 km para os veículos pesados. “Contudo, com o crescimento da demanda pelo S-10 – que começou a ser distribuído em janeiro de 2013 – é esperado um aumento gradativo da rede de postos que comercializam diesel mais limpo de maneira voluntária”, afirma a Petrobras. “No que concerne aos postos com bandeira da Petrobras, temos procurado incentivar a expansão da oferta do S-50 e S-10, sendo que em janeiro de 2012 eram cerca de 850 estabelecimentos e hoje são mais de 2.200 postos oferecendo pelo menos um dos dois novos produtos.” Abralog: www.abralog.org.br JSL: www.jsl.com.br Petrobras: www.petrobras.com.br

Proconve 7

Un avance necesario, pero difícil

Determinada por ley hace más de un año, la entrada del Proconve 7 y de los nuevos combustibles todavía promete mucha divergencia en el país. Responsable por normalizar la comercialización el diesel en Brasil, la Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estipuló la entrada del diesel S-50 en 2012 y del S-10 en 2013, según el cronograma de la sétima fase del Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Programa de Control de la Contaminación del Aire por Vehículos Automotores - Proconve 7). Y así se hizo, para nuestro propio bien, pero ni todo parece suceder como fue previsto. Para evaluar el cumplimiento y los desdoblamientos de dicha reglamentación, este tercer reportaje de la serie especial Proconve 7 trae el contrapunto actual entre lo que afirman Petrobras y la Associação Brasileira de Logística (Abralog), entidad que representa las transportadoras brasileñas, en lo se refiere a logística de implantación y distribución de los nuevos combustibles (S-50 y S-10) y del Arla 32.


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