Grandes Construções - Ed. 28 - Julho 2012

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MATÉRIA DE CAPA - USINA HIDRELÉTRICA DE JIRAU WW Guedes: falta de comunicação é um dos maiores problemas

trabalha porque “atuar na construção civil é vício”. Hoje, ele tem uma microempresa nos Estados Unidos, onde tem residência, e se orgulha de falar espanhol e inglês fluentes.

Ao longo de sua vida, já trabalhou em 12 barragens – Cruzes, Casagrandes, em Mogi das Cruzes e uma das primeiras construídas em SP, nos idos de 1950, depois Jupiá, Ilha Solteira, Água Vermelha, Tucuruí, Itaipu, dentre outras. Trabalhou também na primeira linha de metrô do País, a Norte-Sul, da capital paulista, com obras a cargo da Camargo Correa, pioneira, que eternizou o apelido de tatuzão ao equipamento que rompia o subsolo. Ele se lembra que de lá para cá muita coisa mudou. Por exemplo, quando começou em canteiro, utilizavam-se sistemas rústicos de detonação de rocha. No campo das barragens, os sistemas de geração se modificaram e as áreas inundadas foram drasticamente reduzidas. Mas, a seu ver, ainda há algo a mudar. Ele fala sobre as relações com os homens de campo, os

que estão à frente das obras, no chão do canteiro. Acredita que engenheiros e supervisores em geral não “falam a mesma língua” desse trabalhador, uma das razões para muitos problemas que têm surgido nos canteiros. “É preciso ir até ele, falar com ele, ver suas condições reais de trabalho, falar a sua língua. Não adianta ir com linguagem técnica que esse homem não entende. Por isso, teve queima em muitos canteiros e ainda vai ter mais. Hoje, as coisas mudaram. Com a internet, os trabalhadores têm mais acesso às informações. Ele está mais instruído e não aceita certas coisas, porque a escravidão não acabou, apenas mudou de jeito”. Agora, Guedes sairá dos canteiros para dar palestras aos jovens ingressos à Camargo Correa contando sua história e motivando-os sobre seu futuro profissional.

SILOS DESMONTÁVEIS AGILIZAM OBAS EM JIRAU A RCO forneceu para obra da Hidrelétrica de Jirau, através da Construtora Camargo Corrêa, 17 conjuntos de silos aparafusados de alta capacidade para armazenamento de 1000 toneladas de cimento, cada. Os silos garantirão que não haja interrupções na obra por falta de cimento. Um dos diferenciais dessa solução – já adotada na Hidrelétrica de Foz do Chapecó – é que os silos podem ser desmontados, facilitando assim seu deslocamento. O transporte é fácil, desde a saída do equipamento da empresa RCO até o canteiro de obras, e também, na ocasião do término do projeto, no seu deslocamento para outro canteiro de obras.

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