R1 Pleno

Page 132

103 12 Vitalidade fetal AT

As desacelerações tardias (DIPII) são quedas graduais da FCF com amplitude negativa, não inferior a 15 bpm, com duração maior do que 15 segundos e menor do que três minutos, que se iniciam depois do início da contração, de modo que o ápice desta localiza-se mais de 20 segundos antes do nadir da desaceleração, ao que se chama decalage. Apresentam formato de “U”.

AT 200 180 160 140 120 100

80 60

Figura 12.6 Aceleração transitória.

As DIP tipo II são o resultado da redução do fluxo sanguíneo placentário que ocorre durante a contração uterina em fetos com baixa reserva de oxigênio, e significam insuficiência placentária. Sua persistência denota sofrimento fetal. ST-mSEC

Desacelerações da FCF Desacelerações periódicas Define-se desaceleração periódica como a queda de pelo menos 15 bpm por, no mínimo, 15 segundos, da frequência cardíaca basal. As desacelerações periódicas são assim denominadas por apresentarem repetição e estarem associadas às contrações uterinas ou à movimentação fetal. Podem ser precoces, tardias ou variáveis.

240

240

210

210

180

180

120

120

90

90

60

60

30

2500

80

2000

60

1500

40

1000

20

500

0

0

15

180

12

150

9

120

6

90

3

60

0

30

150

35

75

+10

125

30

50

0

100

25

25

-10

75

0

-20

50

ABP mmHg

CVP mmHg

EMI mSEC

Figura 12.8 Desaceleração tardia. Dip I

Dip II

lat.min 160 -

Duração CFC basal

140 -

Amplitude

130 100 -

mm Hg -

40

FCF mínima

Intervalo

Decalagem

Intensidade Pressão máxima

20 0

Tono minutos

Figura 12.9 Classificação da desaceleração precoce (DIP I) e da desaceleração tardia (DIP II).

30

100

210

+20

20

Pressão amniótica

150

18

100

60 150

240

40

TEMP ºC

Frequência cardíaca fetal

As desacelerações precoces, também chamadas de DIP I ou desacelerações vagais, são quedas de frequência que ocorrem com a contração. Correspondem a uma resposta parassimpática determinada pela compressão do polo cefálico durante a contração uterina. Considera-se evento fisiológico se acompanhadas de membranas ovulares rotas ou período expulsivo do parto, mas deve-se alertar o obstetra para possível oligodrâmnia, caso ocorram com as membranas íntegras. Na visualização gráfica, o nadir da desaceleração coincide com o pico da contração uterina, ou a diferença entre esses dois pontos não ultrapassa os 20 segundos.

NHR-BPM

21

Figura 12.7 Desaceleração precoce.

As desacelerações umbilicais (também conhecidas como DIP III, DIP variável ou DIP de cordão) são amplamente variáveis na forma e no momento de aparecimento, mas geralmente apresentam morfologia semelhante à letra V ou W. A forma depende da descida e da recuperação, da incidência no tempo e

SJT Residência Médica – 2016


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
R1 Pleno by SJT MED - Educação Médica - Issuu