101 12 Vitalidade fetal
Parâmetros analisados na CTR Esses parâmetros podem ser avaliados, a princípio, tomando-se por base a análise da banda cardiográfica, sendo que a banda actotocográfica será auxiliar na diferenciação dos tipos de desaceleração.
Linha de base.
Variabilidade.
Acelerações transitórias.
Desacelerações.
Linha de base É a média dos batimentos cardíacos fetais no momento de repouso, em local do traçado onde estão ausentes as acelerações e desacelerações. A linha de base deve situar-se entre 110 e 160 batimentos por minuto [bpm]. Níveis inferiores a 110 bpm caracterizam bradicardia, e acima de 160 evidenciam taquicardia fetal. As principais causam dessas variações são citadas no quadro abaixo, e nem sempre indicam sofrimento fetal. Deve-se analisar os parâmetros em conjunto. Taquicardia Bradicardia
Hipóxia fetal crônica, febre materna e infecção ovular. Hipóxia fetal grave, estados pré-óbito, BAVT, pós-datismo e betabloqueador. Tabela 12.1
Variabilidade A variabilidade é definida como oscilação da frequência cardíaca fetal a partir da linha de base, ou seja, a diferença entre a maior e a menor freqüência cardíaca fetal encontrada na área do traçado correspondente à linha de base. Uma vez que muda a cada batimento é determinada pela interação dos sistemas simpático, o qual estimula o aumento da FCF, e parassimpático que, por sua vez, desempenha mecanismo oposto. Quando sua amplitude apresenta valores entre 10 e 25 bpm, diz-se normal ou oscilatório. Entre 10 e 5 bpm, diminuída ou comprimida, embora alguns autores considerem normais variabilidades acima de 5 bom, e para valores inferiores a 5 bpm, tem-se o ritmo silente ou silencioso. A variabilidade estará aumentada se apresentar amplitude superior a 25 bpm, dita saltatória, como nos casos de compressão funicular ou hipoxemia aguda. A variabilidade pode ainda apresentar o padrão sinusoidal quando tiver ondas em forma de sino, com amplitude de 5 a 15 bpm, monótonas, ritmo fixo e regular, comum em fetos gravemente anêmicos, como os vitimados por aloimunização Rh grave ou parvovirose.
Variabilidade Compressões funiculares e hipoxemia aumentada aguda. Hipoxemia crônica, betabloqueador, Variabilidade pré-óbito, sulfato de magnésio, narcódiminuída ticos, barbitúricos, atropina. Padrão Anemia grave, aloimunização grave e sinusoidal insuficiência cardíaca. Tabela 12.2
200
200
200
180
180
180
160
160
160
140
140
140
120
120
120
100
100
100
80
80
80
60
60
60
10
10
10
8
8
8
6
6
6
4
4
4
2
2
2
0
0
0
200 180 160 140 120
Figura 12.1 Taquicardia.
100 80
240
240
210
210
180
180
150
150
120
120
90
90
60
60
30
30
100
100
75
75
50
50
25
25
0
0
Figura 12.2 Bradicardia.
60 100 80 60 40 20 0
Figura 12.3
SJT Residência Médica – 2016
Variabilidade aumentada.