Revista Indústria Capixaba n° 302

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caso de sucesso por Fabrícia Kirmse

Bebidas Reggiani Sabor cheio de tradição

J

enipapina ou genipapina? Quando foi lançado no Estado, há mais de 50 anos, o famoso licor de jenipapo da família Reggiani carregou em seu rótulo, durante algum tempo, o nome da bebida escrito - equivocadamente - com a letra g. O erro de português não impediu que o produto caísse no gosto do consumidor. A correção veio depois, mas o licor já tinha ganhado o mercado capixaba. Essa é apenas uma das boas histórias que ilustram a trajetória da Catuaba Indústria de Bebidas S.A, conhecida como Bebidas Reggiani, no Espírito Santo. A fábrica surgiu pelas mãos dos irmãos Honório Reggiani e Mário Reggiani, em 1949, no município de Araguaia, inicialmente com o nome Fratelli Reggiani. Os irmãos já revendiam bebida no Estado, até que decidiram fabricar licor de jenipapo e foi um grande sucesso. “Virou tradição no Espírito Santo. Depois, corrigimos o nome para jenipapina, mas a bebida já vendia muito e teve quem achasse até que se escrevesse com g mesmo”, diverte-se Gibson Barcelos Reggiani (foto), filho de Honório Reggiani e sócio-proprietário da empresa. O executivo conta que o tio, Mário Reggiani, era bastante habilidoso na arte de produzir bebidas, e acabou criando também a famosa catuaba. “Nossa empresa vendeu a primeira catuaba do país. Por muito tempo, só existiu ela no mercado. Fomos pioneiros”, orgulha-se. E foram justamente os bons resultados das vendas da catuaba que marcaram a ampliação dos negócios da empresa. O sucesso levou a fábrica a alçar voos mais altos, saindo do interior do Espírito Santo e se instalando em Cariacica. Atualmente, a Bebidas Reggiani tem sede em Viana e conta com uma linha completa de destilados, vinhos, 48

Indústria Capixaba – FINDES

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coquetéis, gaseificados e outras bebidas de qualidade reconhecida. Acompanhando as novas tendências, a fábrica lançou os produtos Ice Off e, mais recentemente, o energético Start, hoje o carro-chefe da empresa, ambos voltados para o mercado jovem. As novidades ajudaram a modernizar a imagem da empresa. “Já chegamos a ocupar o terceiro lugar em volume de produção de Ice no país. Os energéticos estão na moda, por isso, vivemos uma ótima fase com esse produto”, conta Gibson Reggiani, que comanda a fábrica ao lado de seu irmão Honório Reggiani Filho. Hoje, os negócios estão mais concentrados na Região Sudeste, mas a empresa, com cerca de 100 empregados, também vende para a Bahia (que consome 20% da produção) e, em menor percentual, para Pernambuco, Goiás e Distrito Federal. No total, incluindo todas as linhas, são produzidas, em média, por mês, 95 mil dúzias (caixas) de bebidas. E os planos de crescimento não param. Está sendo feita uma reformulação nas linhas de produção e também há um projeto de construção de outra unidade fabril, agora no Rio de Janeiro. “A previsão é de concluirmos esse projeto até julho do ano que vem”, pontua o sócio-proprietário. Gibson Reggiani também não para. Formado em Engenharia Civil, com doutorado em Engenharia de Produção, ele dirige a empresa, dá aulas na Universidade Federal do Espírito Santo, é presidente do Sindicacau e vice-presidente do Sindibebidas, além de diretor tributário na Findes. Sobre a história de sucesso da Bebidas Reggiani, um dos segredos, como revela, é estar atento às mudanças e exigências do mercado. “Tudo começou com a jenipapina e a catuaba, mas não paramos no tempo”. Set/2012 – nº 302

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