Revista Goiás Industrial nº 260

Page 29

Eleições

2014

Nossa expectativa quanto aos futuros líderes da Nação e do Estado de Goiás é, em primeiro lugar, que respeitem o equilíbrio dos gastos públicos, que trabalhem com planejamento, enxuguem a máquina pública” CARLOS ALBERTO MOURA, presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO)

Menos gastos, mais investimento Racionalidade nos gastos públicos, de forma a abrir espaço para o avanço dos investimentos, planejamento e organização nas ações dos governos em todos os níveis, com a criação de processos e procedimentos que forneçam ao setor privado alguma previsibilidade para planejar a atividade empresarial. Num resumo, essa é a expectativa da indústria da construção em relação aos governantes que assumirão o poder no Estado e na capital federal a partir de janeiro, na visão de Carlos Alberto Moura, presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO). “Nossa expectativa quanto aos futuros líderes da Nação e do Estado de Goiás é, em primeiro lugar, que respeitem o equilíbrio dos gastos públicos, que trabalhem com planejamento, enxuguem a máquina pública, reduzindo o número de secretarias e ministérios para que sobrem recursos para investimentos”, reforça Moura. Goiás em particular, prossegue o presidente do Sinduscon-GO, vem experimentando fase de crescimento robusto nos últimos anos, mas os investimentos públicos, especialmente em infraestrutura, “ainda se mostram insuficientes para atender à demanda”.

O caminho para avançar “ainda mais”, afirma Moura, deverá envolver, no País e no Estado, um esforço em algumas “frentes estruturantes”, envolvendo a reforma de legislações inadequadas ou “pouco adaptadas à realidade do mercado”, modernização da infraestrutura e de sistemas de tecnologia da informação, além da redução da burocracia excessiva na aprovação de projetos habitacionais.

GRUPO PARA ANÁLISE DE PROJETOS Estudo recente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC),

segundo Carlos Alberto Moura, mostrou que o excesso de burocracia chega a encarecer em até 12% o custo final de um imóvel. A demora na aprovação dos projetos funciona como um tiro no próprio pé, já que atrasa o recolhimento de impostos, com impacto negativo sobre a arrecadação tanto nos municípios quanto no Estado. “Para se ter uma ideia, hoje para aprovar um projeto imobiliário de grande porte em Goiás se demora pelo menos 24 meses, enquanto que em São Paulo e Maringá, por exemplo, o mesmo empreendimento teria sua aprovação concluída em 60 e 40 dias, respectivamente”, aponta Moura. Como sugestão prioritária, o Sinduscon-GO defende a criação de um grupo especial para análise de projetos imobiliários, a exemplo do que já se faz em São Paulo, onde o Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (Graprohab), formado por representantes do governo e da iniciativa privada, centraliza todos os procedimentos e a análise de empreendimentos no setor. “A mesma providência pode e deve ser implantada tanto no Estado quanto nos municípios goianos.”

Canteiro de obra da

construção: setor espera racionalidade nos gastos públicos e mais investimentos

GOIÁS INDUSTRIAL // Outubro 2014 //

29


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.